67
CURSO DE ATUALIZAÇÃO SINDICATO DOS BIBLIOTECÁRIOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2007

Cur So Cdd 20071

Embed Size (px)

Citation preview

  • CURSO DE ATUALIZAO

    SINDICATO DOS BIBLIOTECRIOSNO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    2007

  • CURSO DE ATUALIZAO EM

    CLASSI FI CAO DECI MAL DE DEWEYProf . Dr. Marcos Lui z Mi randa

  • BREVES NOTAS BIOGRFICAS Nasceu em 1851. Aos cinco anos revelava j o tipo de preocupao que lhe iria

    marcar a vida inteira: teria proporcionado despensa de sua me uma organizao sistemtica, mais consentnea com a necessidade de recuperar os itens de mantimentos ali armazenados.

    Aluno do Amherst College, de Amherst, Massachussetts, conseguiu, em 1872, o cargo de assistente de biblioteca, apresentando, no ano seguinte, um plano de reorganizao da biblioteca daquele Colgio de maneira mais sistemtica.

    Em 1874 foi promovido a Assistant College Librarian.

  • Publicando em 1876, anonimamente, uma obra que viria revolucionar a Biblioteconomia de ento, com enorme repercusso nos anos futuros: o Classification and Subject Index for Cataloguing and Arranging the Books and Pamphlets of a library.

    Ainda em 1876 tornou-se o primeiro redator-chefe do Library Journal, alm de membro-fundador da American Library Association, e seu primeiro secretrio.

    Em 1887 fundou a primeira escola de Biblioteconomia dos Estados Unidos (Columbia Unversity), e, no transcurso de uma longa existncia.

    Participou ativamente no apenas de quase todos os aspectos da Biblioteconomia,

    Faleceu em 1931, com 80 anos

  • HISTRIA DA CLASSIFICAO

  • ARISTTELES Organon Predicados ou Categorias classes gerais em que podemos situar de forma

    ordenada as idias que temos das coisas Gnero Espcie

    DiferenaPropriedade

    Acidente

  • Dez Gneros Supremos Substncia (homem, co,

    pedra etc.) Qualidade (azul, virtual,

    bonito etc.) Quantidade (grande,

    comprido, pouco etc.) Relao (duplo,

    empregado, mais barulhento etc.)

    Durao (ontem, 2001, de noite etc.)

    Lugar (Brasil, ali, no quintal etc.)

    Ao (escrevendo, falando, correndo etc.)

    Sofrimento (cortado, vitorioso, apreendido)

    Maneira de ser (feliz, saudvel, gelado etc.)

    Posio (horizontal, abaixo, supra etc.)

  • Classificao do Conhecimento de Aristteles Fsica

    Filosofia Terica Matemtica Metafsica

    tica

    Filosofia PrticaEconomia Poltica

    PoticaFilosofia Produtiva Esttica

    Artes

  • rvore de Porfrio Substncia

    Corprea IncorpreaCorpo

    Animado InanimadoSer Vivo

    Sensvel InsensvelAnimal

    Racional IrracionalHomem

    Scrates Plato e Outros

  • Classificao de Bacon Subseqentemente um grande nmero de

    classificao escolstica do conhecimento foi operacionalizado.

    Rojer Bacon - Opus Majus - 1214-1294 Francis Bacon - Argumentis Scientarum

    Advancement of Learning - 1603-1623 um esquema de classificao do conhecimento.

    A classificao baconiana foi considerada esclarecedora

    satisfatria para a classificao do conhecimento humano

    influenciou outros esquemas de classificao

  • Base da Classificao de BaconHISTRIA (MEMRIA) Histria Natural Histria CivilPOESIA (IMAGINAO) Narrativa Dramtica ParablicaFILOSOFIA (RAZO) Divina Natural Humana

  • Classificao de Bacon

    A classificao baconiana (a de Francis, 1628) foi ampliada por D'Alambert 1787

    W. T. Harris - 1870 (que a usou invertida) Dewey - 1873-1876 (influenciada pela de

    Harris)

  • Sistemas de Organizao do Conhecimento

    Bibliogrficos Escolsticos SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao de Locke 1688 John Locke

    Classificao de Comte 1822-51 Auguste Comte

    Classificao de Coleridge 1826 Samuel Taylor Coleridge

    Classificao de Spencer 1864 Herbert Spencer

    Classificao de Bain 1870 Alexander Bain

    Classificao de Stadler 1896 Auguste Stadler

    Classificao de Pearson 1892 Karl Pearson

    Classificao de Richardson 1901 E. C. Richardson

  • Sistemas de

    Organizao do Conhecimento Cientficos SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao Botnica de Lineu 1753 Carl Lineu

    Classificao Botnica de Jussieu 1789 Antoine Jussieu

    Classificao de Bentham e Hooker 1862-1883 Bentham e Hooker

    Classificao de Engler 1900 Engler

    1845 Carpenter

    1897 Lydekkar

    1903 Hertwig

    1729-1832 Cuvier

    1884-1892 Owen

  • Sistemas de Organizao do Conhecimento

    Bibliogrficos sem Notao SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao de Aldus 1505 Aldo Manuzzi

    Classificao de Gesner 1548 Konrad Gesner

    Classificao de Maunsell 1595 Andrew Maunsell

    Classificao de Naud 1627 Gabriel Naud

    Classificao de Garnier 1678 Jean Garnier

    Classificao de Leibnitz 1718 Leibnitz

    Classificao de Horne 1824 Thomas Hartwell Horne

    Classificao do British Museum

    1836-38 British Museum

    Classificao de Brunet 1842 J. C. Brunet

  • Sistemas de Organizao do Conhecimento Bibliogrficos sem Notao

    SOC ANO CLASSIFICACIONISTAClassificao de Schleiermacher

    1852 SchleiermacherClassificao de Merlin 1842 R. Merlin

    Classificao de Palermo 1854 Francisco PalermoClassificao do Royal Institute 1857 Royal Institute

    Classificao de Trubner 1859 Nicholas TrubnerClassificao de Edward 1859 Edward EdwardsClassificao de Smith 1882 L. P. SmithClassificao de Ogle 1895 J. J. Ogle

    Classificao de Sonnenschein 1897 W. S. SonnenscheinClassificao de Quinn-Brown 1894 John H. Quinn e James Duff Brown

  • Sistemas de Organizao do Conhecimento

    Bibliogrficos com Notao SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao de Harris 1870 William T. Harris

    Classificao de Schwartz 1871-79 Jacob Schwartz

    Classificao Decimal de Dewey 1876 Melvil Dewey (1851-1902)

    Classificao Expansiva de Cutter 1891-1903 Charles Ammi Cutter

    Classificao do Sion College 1886-89 W. H. Milman

    Classificao Decimal Expandida de Bruxelas

    1905 IIB

    Classificao Racional de Perkins 1882 F. B. Perkins

    Classificao de Hartwig 1888 Otto Hartwig

    Classificao de Fletcher 1889 W. I. Fletcher

  • Sistemas de Organizao do Conhecimento Bibliogrficos com Notao

    SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao de Bonazzi 1890 G. Bonazzi

    Classificao de Rowell 1894 J. C. Rowell

    Classificao Ajustvel de Brown 1898 James Duff Brown

    Classificao Cientfica 1901 Usada no CILC

    Classificao Internacional da Universidade de Princeton

    1901 Universidade de Princeton

    Classificao da Biblioteca do Congresso

    1902 Biblioteca do Congresso - EUA

    Classificao Decimal Universal 1905 FID

    Classificao de Assunto de Brown 1906 James Duff Brown

  • Maiores Sistemas de Organizao do

    Conhecimento Bibliogrficos Universais SOC ANO CLASSIFICACIONISTA

    Classificao Decimal de Dewey 1876 Melvil Dewey

    Classificao Expansiva de Cutter 1891-1903

    Charles Ammi Cutter

    Classificao da Biblioteca do Congresso

    1902 Biblioteca do Congresso

    Classificao Decimal Universal 1905 FID

    Classificao de Assunto 1906 James Duff Brown

    Colon Classification 1933 S. R. Ranganathan

    Classificao Bibliogrfica 1935 H. E. Bliss

  • Classificao Decimal de Dewey CDD base em Harris, que por sua vez se baseou em

    Bacon numa forma invertida; 1873 e trazida a pblico pela primeira vez em 1876; sistema biblioteconmico de classificao mais

    utilizado em todo o mundo; adotado em mais de 135 pases; traduzido para mais de trinta lnguas Estados Unidos, 95% de todas as bibliotecas

    pblicas e escolares, 25% de todas as bibliotecas das faculdades e universidades e 20% das bibliotecas especiais

  • Classificao Decimal de Dewey CDD desenvolvida, mantida e aplicada pela Diviso de

    Classificao Decimal da Biblioteca do Congresso (LC), onde, anualmente, mais de 110.000 nmeros so atribudos aos textos catalogados pela Biblioteca.

    Suas notaes so incorporadas em registros bibliogrficos de catalogao legveis por computador (MARC) e figuram nos registros MARC emitidos por pases do mundo inteiro

    distribudos s bibliotecas por meios de comunicao computadorizados, dados de Catalogao-na-Publicao (CIP) e fichas da LC

  • Classificao Decimal de Dewey CDD utilizadas nas bibliografias nacionais da frica do Sul,

    Austrlia, Botsuana, Brasil, Canad, Filipinas, ndia, Indonsia, Islndia, Itlia, Nambia, Noruega, Nova Zelndia, Papua Nova Guin, Paquisto, Reino Unido, Turquia, Venezuela, Zimbbue e outros pases

    diversas empresas de Biblioteconomia e servios bibliogrficos dos Estados Unidos e outros locais colocam as notaes da CDD disposio das bibliotecas atravs do acesso on line e mediante publicaes e produo de fichas de catalogao

  • Edies da CDD

    18a. 197112a. 19276a. 1899

    17a. 1965-6711a. 19225a. 1894

    22a. 200316a. 195810a. 19194a. 1891

    21a. 199615a. 19519a. 19153a. 1888

    20a. 198914a. 19428a. 19132a. 1885

    19a. 197913a. 19327a. 19111a. 1876

  • Classificao Decimal de Dewey CDD

    Impressa 22.ed CD-Rom Dewey for Windows OnLine Web Dewey

  • Base da CDDFILOSOFIA (RAZO) Divina Natural Humana POESIA (IMAGINAO) Narrativa Dramtica Parablica HISTRIA (MEMRIA) Histria Natural Histria Civil

  • ARCABOUO CONCEITUAL As classes fundamentais so organizadas

    por disciplinas ou campos de estudo. Nenhum princpio mais fundamental para a

    CDD do que este: as partes da Classificao so dispostas por disciplina, e no por assunto.

    No haver nenhum lugar exclusivo para este ou aquele assunto. Um assunto poder aparecer em qualquer disciplina.

  • Vesturio 391 artes 746.92 costura domstica 646.4 costumes 391 couro 685.22 economia domstica 646.3

    fabricao comercial 687 peles 685.24

    foras armadas 355.81 uniformes 355.14 influncia psicolgica 155.95 previdncia social 361.05

    sade 613.482 segurana do produto 363.19 legislao 344.042 35 ver tambm Segurana do produto ver o Manual em 391 vs. 646.3,746.92

  • NOTAO No nvel mais geral, a CDD dividida em dez

    classes principais, que abrangem, em conjunto, a totalidade do mundo do saber.

    Essas classes so depois divididas em dez divises;

    Cada diviso, em dez sees, embora nem todos os nmeros das divises e das sees tenham sido usados.

    A palavra classe pode ser usada para indicar classes principais, divises, sees e qualquer outro nvel de notao na hierarquia.

  • Classes principais da CDD 000 Generalidades 100 Filosofia. Psicologia 200 Religio 300 Cincias Sociais 400 Linguagem 500 Cincias Naturais e Matemtica 600 Tecnologia (Cincias Aplicadas) 700 Arte. Belas-Artes e Artes Decorativas 800 Literatura (Belas-Letras) e Retrica 900 Geografia, Histria e Disciplinas Afins

  • A classe principal 000 a mais geral, sendo utilizada com obras que no se restrinjam a nenhuma disciplina especfica, como en-ciclopdias, jornais e peridicos em geral.

    Tambm usada para algumas disciplinas especializadas que lidam com o conhecimento e a informao, como a Cincia da Computao, Biblioteconomia e Cincia da informao e Jornalismo.

    Cada uma das classes principais 100-900 consiste numa grande disciplina ou conjunto de disciplinas afins.

  • Classificao Decimal de Dewey CDD O primeiro algarismo dos nmeros listados acima

    indica a classe principal. Os zeros so empregados para completar a notao

    at a extenso mnima obrigatria de trs algarismos.

    Cada classe principal consiste em dez divises, tambm numeradas de 0 a 9.

    O nmero de algarismos significativos, nesse caso, so dois, e o segundo deles indica a diviso. Por exemplo, 500 usado para obras gerais sobre cincias, 510 para a matemtica, 520 para a astronomia e 530 para a fsica.

  • - Cada diviso tem dez sees, tambm numeradas de 0 a 9.

    - O terceiro algarismo de cada nmero de trs dgitos indica a seo. Assim, 530 usado para as obras gerais de fsica, 531para a mecnica clssica, 532 para a mecnica dos lquidos e 533 para a mecnica dos gases.

    - Um ponto decimal colocado aps o terceiro algarismo, depois do qual prossegue a diviso por dez at o grau especfico de classificao que se fizer necessrio.

  • Princpio da Hierarquia A hierarquia, na CDD, expressa-se atravs da

    estrutura e da notao. A hierarquia estrutural [structural hierarchy] significa

    que todos os tpicos (excetuadas as dez classes principais) so subordinados aos tpicos mais gerais acima deles e constituem parte integrante destes.

    Tambm se confirma o corolrio: tudo o que vlido em relao ao todo vlido em relao s partes. Esse importante conceito s vezes chamado de fora hierrquica [hierarchical force].

    Qualquer nota referente natureza de uma classe aplica-se a todas as classes subordinadas, inclusive aos temas logicamente subordinados que so classificados em nmeros coordenados.

  • As notas hierrquicas costumam ser feitas apenas uma vez no nvel mais geral de aplicao. Por exemplo, a nota de mbito [scope note] que aparece em 700 aplica-se a 730, 736 e 736-4. As palavras Descrio, avaliao crtica..., encontradas na nota de mbito em 700, tambm regem a avaliao crtica dos entalhes em madeira em 736.4 Madeira [gravura].

    Para compreender a hierarquia estrutural o classificador deve ler as tabelas em direo ascendente e descendente (e se lembrar de virar a pgina).

  • A hierarquia notacional [notational hierarchy] expressa pela extenso da notao.

    Os nmeros de qualquer nvel costumam estar subordinados s classes cuja notao tem um algarismo a menos, coordenados com as classes cuja notao tem o mesmo nmero de algarismos significativos, e costumam reger as classes com nmeros que tenham um ou mais algarismos adicionais.

    600 Tecnologia (Cincias aplicadas) 630 Agricultura e tecnologias afins 636 Criao de animais 636.7 Ces 636.8 Gatos

  • As relaes entre os tpicos que rompem a hierarquia de notaes so indicadas por cabealhos, notas e verbetes especiais.

    Usa-se um cabealho duplo [dual heading] quando um tema subordinado a parte principal do assunto; o assunto como um todo e o tema subordinado como um todo compartilham o mesmo nmero (por exemplo, 610 Cincias Mdicas Medicina).

    A referncia ver [see reference] leva o classificador s subdivises de um assunto que estejam localizadas fora da hierarquia de notaes.

  • O verbete centralizado [centered entry] (assim chamado porque seus nmeros, cabealho e notas aparecem no centro da pgina) constitui um desvio significativo da hierarquia de notaes.

    utilizado para indicar e relacionar estruturalmente um par de nmeros que, juntos, formam um nico conceito, para o qual no existe uma notao hierrquica especfica.

    Os cabealhos centralizados so sempre tipograficamente assinalados pelo smbolo > na coluna dos nmeros.

  • Classificando com a CDD Classificar uma obra com a CDD exige

    a determinao do assunto, do foco disciplinar e, conforme o caso, da abordagem ou forma.

    Convm observar que as obras de fico costumam ser classificadas na CDD por sua forma literria, e no pelo assunto.

  • DETERMINAO DO ASSUNTO DE UMA OBRA

    A classificao adequada de uma obra depende, em primeiro lugar, da determinao do assunto a que ela se refere.

    (A) O ttulo costuma ser um bom indcio do assunto, mas nunca deve ser a nica fonte de anlise. Por exemplo, The Greening of America um livro sobre as condies sociais e a mudana social, e no uma obra de ecologia.

  • (B) O ndice constante da obra pode relacionar os principais assuntos discutidos. Os ttulos de captulos podem servir de substitutos, na falta de um ndice ou sumrio. comum os subttulos de captulos revelarem-se teis.

    (C) O prefcio ou a introduo geralmente expem o objetivo do autor. Quando h uma nota preliminar, ela costuma indicar o tema da obra e sugerir seu lugar no desen- volvimento das idias sobre o assunto. A sobrecapa dos livros ou outro materialque os acompanhe podem incluir um resumo do assunto tratado.

  • (D) Um exame do prprio texto pode fornecer orientao adicional ou confirmar a anlise preliminar do assunto.(E) As referncias bibliogrficas e os verbetes do ndice remissivo so fontes de informao sobre o assunto.

    (F) A cpia catalogrfica dos servios centralizados de catalogao costuma ser til, fornecendo ttulos de assuntos, nmeros de classificao e notas.

    (G)Ocasionalmente, a consulta a fontes externas, como crticas, obras de referncia e especialistas na rea, pode ser necessria para determinar o assunto da obra.

  • DETERMINAO DA DISCIPLINA DE UMA OBRA

    Aps a determinao do assunto, o classificador deve escolher a disciplina ou campo de estudos apropriado da obra em questo.

    O princpio norteador da CDD que as obras devem ser classificadas na disciplina a que se destinam, e no naquela de que derivam. Isso permite que obras utilizadas em conjunto sejam encontradas juntas. Por exemplo, um texto geral de um zologo sobre o controle de pestes agrcolas deve ser classificado em agricultura, e no em zoologia, juntamente com outros trabalhos sobre o controle de pestes na agricultura.

  • Uma vez que o assunto tenha sido determinado e que se tenham obtido informaes sobre a disciplina, o classificador experiente dever voltar-se para as tabelas [schedules].

    Os resumos so um bom meio de navegao mental para os iniciantes.

    Os cabealhos e notas das tabelas e do Manual fornecem grande orientao.

    O ndice Relativo pode ser til, sugerindo as disciplinas em que um assunto normalmente tratado.

    Se for utilizado o ndice Relativo, o classificador dever, ainda assim, pautar-se na estrutura da Classificao e em vrias fontes de auxlio em toda ela, para chegar ao lugar adequado em que classificar um trabalho.

    At as citaes mais promissoras do ndice Relativo devem ser verificadas nas tabelas so o nico lugar em que possvel encontrar todas as informaes sobre o mbito e a utilizao dos nmeros.

  • MAIS DE UM ASSUNTO NA MESMA DISCIPLINA

    Um trabalho pode incluir mltiplos aspectos de um assunto ou mais de um assunto, do ponto de vista de uma disciplina isolada. Utilize as seguintes normas para determinar a melhor posio para a obra:

    (A) Classifique as obras que versem sobre assuntos inter-relacionados no assunto sobre o qual recai a ao. Essa a chamada regra de aplicao [rule of application], que tem precedncia sobre todas as demais regras. Por exemplo, classifique um texto analtico que verse sobre a influncia de Shakespeare em Keats na classificao Keats.(B) Classifique as obras sobre dois assuntos no assunto que receber o tratamento mais completo.

  • (C) Se dois assuntos receberem tratamento equiparvel e no forem usados para introduzir ou explicar um ao outro, classifique a obra no assunto cujo nmero aparecer primeiro nas listagens da DDC. Chama-se a isso regra do primeiro de dois [first-of-two rule]. Por exemplo, um livro de histria que discorra igualmente sobre os Estados Unidos e o Japo, no qual os Estados Unidos sejam abordados em primeiro lugar e apaream primeiro no ttulo, ser classificado em histria do Japo, porque 952 Japo precede 973 Estados Unidos.

  • Muitas vezes, do-se instrues especficas para o uso de nmeros que no so os primeiros a aparecer nas tabelas. Essas instrues podem vir sob a forma de uma nota ou uma tabela sobre a ordem de preferncia, de uma nota de acrscimo com instrues sobre a ordem de citao na construo dos nmeros, ou de uma nota que identifique o nmero global do assunto.

    Por exemplo, em 598, a nota classifique as obras gerais sobre vertebrados de sangue quente em 599 instrui o classificador a ignorar a regra do primeiro de dois e a classificar um texto sobre aves (598) e mamferos (599) em 599,que o nmero global para os vertebrados de sangue quente.

  • Desconsidere tambm a regra do primeiro de dois quando os dois tpicos forem as duas subdivises principais de um assunto. Por exemplo, o abasteci-mento de gua (628.1) e a tecnologia do escoamento de dejetos (628.4), comsiderados em conjunto, compem a maior parte da classifica- o 628, Engenharia sanitria e municipal; os trabalhos que versem sobre esses dois tpicos devem ser classificados em 628 (e no em628.1).

  • (D) Classifique as obras sobre trs ou mais assuntos, todos os quais sejam subdivises de um assunto mais geral, no primeiro nmero mais elevado que inclua a todos (a menos que um dos assuntos seja mais plenamente abordado do que os outros). Chama-se a isto regra de trs [rule of three]. Por exemplo, um livro sobre a histria de Portugal (946.9), da Sucia (948.5) e da Grcia (949.5) classificado em histria da Europa (940).

  • (E) As subdivises iniciadas em zero devem ser evitadas, se houver uma escolha entre 0 e 1-9 no mesmo ponto da hierarquia da notao. Similarmente, as subdivises iniciadas em 00 devem ser evitadas, se houver uma opo entre 00 e 0. D-se a isso o nome de regra do zero [rule of zero]. Por exemplo, uma biografia de um missionrio metodista norte-americano na China comea por 266 Misses.

  • O contedo da obra pode ser expresso por trs nmeros diferentes:266.0092 Biografia de missionrios

    266.02373051 Misses estrangeiras dos E.U.A. na China 266.76092 Biografia de missionrios da Igreja Metodista

    Unida

    Utiliza-se o ltimo nmero, uma vez que ele no tem zero na quarta posio.

  • MAIS DE UMA DISCIPLINA Tratar um assunto do ponto de vista de

    mais de uma disciplina diferente de tratar diversos assuntos numa nica disciplina.

  • (A) Use o nmero interdisciplinar [interdisciplinary number] constante das listagens ou do ndice Relativo, se ele for fornecido. Uma considerao importante ao usar esse nmero interdisciplinar que a obra deve conter material significativo da disciplina em que ele encontrado. Por exemplo,305.231 (um nmero da sociologia) fornecido para as obras interdisciplinares sobre desenvolvimento infantil. Entretanto, se um trabalho interdisciplinar referente ao desenvolvimento infantil der pouca nfase ao desenvolvimento social e muita nfase ao desenvolvimento psicolgico e fsico dacriana (155.4 e 612.65, respectivamente), classifique-o em 155.4 (o primeiro nmero das listagens das duas escolhas bvias seguintes). Em suma, os nmeros interdisciplinares no so absolutos; s devem ser usados quando forem aplicveis.

  • (B)Classifique as obras que no receberem um nmero interdisciplinar na disciplina que receber o tratamento mais completo.

    Por exemplo, um texto que verse sobre os princpios cientficos e os princpios de engenharia da eletrodinmica ser classi-ficado em 537.6, se os aspectos da engenharia forem introduzidos primordial-mente para fins ilustrativos, mas o ser em 621.31, se as teorias cientficas bsicas forem somente um prembulo para a exposio de princpios e prticas da engenharia pelo autor.

  • (C) Ao classificar obras interdisciplina- res, no deixe de considerar as possi-bilidades da classe principal 000 Generalidades, como, por exemplo, 080 para uma coletnea de entrevistas com pessoas famosas de diversas discipli- nas.

  • TABELA DE LTIMO RECURSO(1) Tipos de coisas(2) Partes de coisas(3) Materiais de que se compem as coisas,

    tipos ou partes(4) Propriedades das coisas, tipos, partes ou

    materiais(5) Processos dentro das coisas, tipos, partes

    ou materiais(6) Operaes com as coisas, tipos, partes ou

    materiais(7) Meios para efetuar as operaes indicadas

  • Por exemplo, a vigilncia exercida pelas patrulhas de fronteira poderia ser classificada como 363.285 Patrulhas de fronteira, ou como 363.232 Patrulhamento e vigilncia. Escolha 363.285, j que as patrulhas de fronteira so uma espcie de servio policial, ao passo que Patrulhamento e vigilncia so processos efetuados pelos servios policiais.

  • A disposio da CDD 21 Volume 1

    (A) Novos aspectos da Edio 21: explicao sucinta das caractersticas especiais e das mudanas da CDD 21.(B) Introduo: descrio da CDD e de como us-la.(C) Glossrio: definies sucintas dos termos usados na CDD.(D) ndice da Introduo e do Glossrio.(E) Tabelas: sete tabelas de notao numeradas, que podem ser acrescentadas aos nmeros das classes para dar maior especificidade.(F) Listas comparativas das Edies 20 e 21: Relocaes e Redues; Tabelas Comparativas e de Equivalncia para a antiga Unio Sovitica, para a Administrao Pblica, a Educao e as Cincias Biolgicas; Nmeros Reutilizados.

  • Volumes 2 e 3(G) Tabelas: a organizao do conhecimento, de 000 a 999.

    Volume 4(H) ndice Relativo: lista alfabtica de assuntos com as disciplinas em que eles so tratados, dispostas em ordem alfabtica em cada verbete.(I) Manual: Guia de classificao de reas difceis, informaes sobre novas listagens e explicao das normas e prticas da Diviso de Classificao Decimal da Biblioteca do Congresso. As informaes do Manual so dispostas conforme os nmeros das tabelas e listagens.

  • SUMRIOS Trs tipos de sumrios aparecem na CDD:(A) Os sumrios das listagens como um todo encontram-se no comeo das listagens.(B) So fornecidos sumrios com dois nveis para cada classe e cada diviso principais das listagens, bem como para os nmeros principais da Tabela 2 com subdivises que se estendam por mais de 40 pginas. Ver os sumrios no incio da Tabela 2-4 Europa Europa Ocidental e da 370 Educao para obter exemplos de sumrios com dois nveis.

  • (C) Os sumrios com um s nvel nas listagens e tabelas proporcionam uma viso geral das classes que tm subdivises abrangendo 4 a 40 pginas. Por exemplo, 382 Comrcio Internacional (Comrcio exterior) tem o seguinte sumrio:

    SUMRIO382.01-.09 Subdivises padronizadas

    .1 Generalidades do comrcio internacional .3 Poltica comercial .4 Comrcio internacional por produto e servio .5 Comrcio de importaes .6 Comrcio de exportaes .7 Poltica tarifria .8 Acordos de comrcio

  • VERBETES Os verbetes das listagens e tabelas

    compem-se de um nmero da CDD na coluna de nmeros (a que fica na margem esquerda), um cabealho que descreve a classe representada pelo nmero e, muitas vezes, uma ou mais notas.

    Os nmeros da CDD so impressos em grupos de trs algarismos, para facilitar a leitura e a reproduo.

    Todos os verbetes (nmeros, cabealhos e notas) devem ser lidos no contexto da hierarquia.

  • Tabelas AuxiliaresT1 Subdivises-padroT2 reas geogrficas, Perodos histricos, PessoasT3 Subdivises referentes s artes, s literaturas individuais

    e a formas literrias especficas T3-A Subdivises para obras de ou sobre autores individuais T3-B Subdivises para obras de ou sobre mais de um autor T3-C Notao a ser acrescentada conforme instruo na

    Tabela 3-B, 700.4, 791.4, 808-809T4 Subdivises de lnguas individuais e famlias de lnguasT5 Grupos raciais, tnicos e nacionaisT6 LnguasT7 Grupos de pessoas

  • NOTAS(A) Notas que descrevem o que se encontra numa classe.

    (B) Notas de incluso [including notes] (notas que identificam os assuntos em espao de espera [standing room]). (C) Notas sobre o que encontrado em outras classes.

    (D) (D) Notas que explicam mudanas ou irregularidades nas listagens e Tabelas.

  • Construo de nmeros (A) Acrscimo de subdivises-padro a partir da Tabela 1(B) Acrscimo a partir das Tabelas 2-7(C) Acrscimos de outras partes das listagens

    (D) Acrscimos a partir de tabelas encontra- das nas listagens

  • ORDEM DE CITAO Permite que o classificador construa ou sin-tetize um nmero, usando duas ou mais caractersticas (facetas), conforme especificado nas notas de instruo. O sucesso na construo de um nmero da CDD exige que se determinem as caracte-rsticas aplicveis a uma obra especfica e, em seguida, a partir das instrues da listagem, que se determine a seqncia em que as facetas devem ser ordenadas.

  • ORDEM DE PREFERNCIA Quando no h nenhuma instruo para

    mostrar mais de um dos aspectos ou caractersticas, isso passa a ser uma questo de preferncia (porque preciso fazer uma escolha entre diversas caractersticas). As notas sobre a preferncia fornecem uma instruo ou uma tabela que estabelecem a ordem em que a escolha deve ser feita.

  • REFERENCIAS DEWEY, M. Dewey Decimal Classification and relative index. 21th. ed.

    Albany, NY: Forest Press, 1996. 4v. DEWEY for windows. Disponvel em: http://www.oclc.or/oclc/fp/

    products/dewey/forwindows/index/htm. Acesso em: 11.04.2007. KAULA, Prithvi N. Repensando os conceitos no estudo da

    classificao. Disponvel em: http://www.conexaorio.com/biti Acesso em: 27.02.2007.

    MIRANDA, Marcos Luiz Cavalcanti de. Organizao e representao do conhecimento: fundamentos terico-metodolgicos para a busca e a recuperao da informao em ambientes virtuais. Rio de Janeiro, 2005. Tese (Doutorado em Cincia da Informao) Escola de Comunicao, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005.

    PIEDADE, M. A. R.. Introduo teoria da classificao. 2.ed. ver. aum. Rio de Janeiro: Intercincia, 1983. 190p.