16
Polícia investiga fraude em “recall” de 11 mil coletes balísticos no Paraná Página 4 Página 5 Estado reforça policiamento no Litoral durante toda temporada Curitiba, maio 2016 Menina de 5 anos é socorrida por policiais militares do "Verão Paraná 2015/2016" em Matinhos, litoral do Paraná São 2.222 policiais mi- litares, 609 bombeiros mi- litares e 64 delegados de polícia. “Um importante reforço policial que refle- tirá significativamente na segurança dos paranaen- ses. Com o aumento do contingente, teremos me- lhores condições de tra- balho e consequente que- da na criminalidade no Estado”, afirmou Richa na solenidade, realizada no Palácio Iguaçu, em Curi- tiba. Pedagogia do sofrimento’ em treinamento alimenta violência policial, diz capitão da PM Privação de sono, paula- das, tarefas em salas impreg- nadas de gás lacrimogêneo e pimenta, almoço mistura- do com água e consumido com as mãos imundas de terra e pus, humilhação e assédio moral praticados por superiores. As cenas, registradas em um curso recente de formação policial no Brasil, se repetem pelo país. Ex- põem ainda o predomínio, no treinamento das PMs, de uma “pedagogia do so- frimento” que acaba por alimentar a violência de seus agentes nas ruas. Página 5 ‘A solução é desmilitarizar as PMs e permitir que a polícia investigue’ Páginas 6 e 7 Páginas 9 e 10 Tornozeleira eletrônica: Falta de um padrão nacional de atuação Página 11 Resistência às Drogas e à Violência Página 14 DAREO PROERD - Programa Educacional de Resistência às Dro- gas e à Violência - começou em 1982, na cidade de Los Angeles, EUA, em parceria com o Departa- mento de Polícia daquela cidade e escolas. No Brasil o programa foi introduzido no ano de 1992 na ci- dade do Rio de Janeiro. Entrevista na Gazeta do Povo do nosso Presidente APRA-PR Jayr Ribeiro Junior

Curitiba, maio 2016 Polícia investiga fraude em “recall ... · gressão ao Regulamento Disciplinar da Corporação ... (AM). O Conselho Permanen-te de Justiça da Auditoria

Embed Size (px)

Citation preview

Polícia investiga fraude em “recall”de 11 mil coletes balísticos no Paraná

Página 4

Página 5

Estado reforça policiamento noLitoral durante toda temporada

Curitiba, maio 2016

Menina de 5 anosé socorrida porpoliciais militaresdo "Verão Paraná2015/2016" emMatinhos, litoraldo Paraná

São 2.222 policiais mi-litares, 609 bombeiros mi-litares e 64 delegados depolícia. “Um importantereforço policial que refle-tirá significativamente nasegurança dos paranaen-ses. Com o aumento docontingente, teremos me-lhores condições de tra-balho e consequente que-da na criminalidade noEstado”, afirmou Richa nasolenidade, realizada noPalácio Iguaçu, em Curi-tiba.

Pedagogia do sofrimento’ em treinamentoalimenta violência policial, diz capitão da PM

Privação de sono, paula-das, tarefas em salas impreg-nadas de gás lacrimogêneoe pimenta, almoço mistura-do com água e consumidocom as mãos imundas deterra e pus, humilhação eassédio moral praticados porsuperiores.

As cenas, registradasem um curso recente deformação policial no Brasil,se repetem pelo país. Ex-põem ainda o predomínio,no treinamento das PMs,de uma “pedagogia do so-frimento” que acaba poralimentar a violência deseus agentes nas ruas.

Página 5

‘A solução é desmilitarizaras PMs e permitir que a

polícia investigue’

Páginas 6 e 7

Páginas 9 e 10

Tornozeleira eletrônica: Falta deum padrão nacional de atuação

Página 11

Resistência àsDrogas e à Violência

Página 14

DAREO PROERD - ProgramaEducacional de Resistência às Dro-gas e à Violência - começou em1982, na cidade de Los Angeles,EUA, em parceria com o Departa-mento de Polícia daquela cidade eescolas. No Brasil o programa foiintroduzido no ano de 1992 na ci-dade do Rio de Janeiro.

Entrevista naGazeta doPovo donossoPresidenteAPRA-PR JayrRibeiro Junior

2 Maio/2016

PresidenteOrélio Fontana Neto

Vice-PresidenteJayr Ribeiro JuniorSecretário GeralAlisson Norberto1º TesoureiroValdemiro Dusi1º Secretário

Marcelo José FrancezVice Presidente Norte

BM Joatan Guedes1º Vice Presidente Norte

PM Claudio Ronei CretuchiVice Presidente

BM Oeste Eloisio BuzolinVice Presidente Oeste

PM Donizete DiasVice Presidente CuritibaPM Wanderley Jeovai

Vice-Presidente Curitibae Região Metropolitana

BM Flávio Tincani

APRA participa de ato publico sobre asnegociações do reajuste salarial dos servidores

ATO PÚBLICO

CNPJ:11.358.450/0001-77CNPJ:13.416.683/0001-04

(Órgão Oficial dedivulgação do APRA)

JORNAL APRAPraça Tiradentes,190

Centro - [email protected]

Diretor:Julian A. BahlsColaboradores

Fabio Francisco da Silva

DIRETORIA41-9769-3406

"Cada articulista deste jornal éresponsável por suas palavras. Nósdefendemos o direito de torná-las

públicas mesmo que não concordemoscompletamente com todas as ideias"

A Associação de Praças do Estado do Paraná vem

publicamente informar aos bombeiros e policiais mi-

litares do Estado do Paraná, do serviço ativo, inativo,

pensionistas, e demais entes que compõem a família

militar estadual, que no dia 19 de maio de 2015, foi

realizado um ATO PÚBLICO em defesa aos direitos

da classe, em específico, o reajuste devido pelo Go-

verno do Paraná.

Assim como os Profissionais de Segurança Públi-

ca, outros seguimentos de servidores também parti-

ciparam do ATO em questão, abrangendo profissio-

nais da saúde, educação, entre outros.

A Entidade prima pelo respeito aos Poderes Cons-

tituídos e pela Manutenção da Ordem Pública que move

o Estado Democrático de Direito, e que o fato de con-

tar com a participação dos Profissionais de Seguran-

ça Pública (bombeiros e policiais militares), ainda que

regidos pelos princípios da hierarquia e disciplina, não

Família APRA/PR.

podem ser relegados os Direitos e Garantias Funda-

mentais previstos na Constituição de 1988, art. 5º e

incisos.

Neste viés, a Entidade protocolou na Justiça Mili-

tar Estadual do Paraná, Habeas Corpus Preventivo,

com a intenção de assegurar o exercício pleno des-

ta garantia constitucional. O Dr. Davi Pinto de Al-

meida, conhecido pela forma legalista e imparcial,

foi taxativo ao assegurar o direito para os bombei-

ros e policiais militares estaduais, desde que res-

peitem os vetores descritos na própria redação da

Constituição Federal, que seja de forma ordeira, pa-

cífica, sem armas e estejam de folga.

“Os militares dos estados também são conside-

rados cidadãos de direitos e pertencentes ao povo,

e devem ter seus direitos constitucionais respeita-

dos, e suas limitações estão balizadas pelo consti-

tuinte”.

R. Castro, 605 - 3 - Água Verde, Curitiba - PR,80620-300Telefone:(41) 3148-1201

3Maio/2016

Governo do Paraná vai alugar 200 viaturas. APRADenúncia a falta delas.

O governo do Paranávai alugar 200 novas via-turas que serão destinadasà Polícia Militar (PM), parareforçar o policiamentoostensivo e preventivo emCuritiba e Região Metropo-litana. A iniciativa visa areduzir crimes contra opatrimônio, principalmen-te assaltos e arrastões. Noúltimo fim de semana, doisrestaurantes foram rouba-dos na capital paranaense.Em um dos casos, doisfuncionários foram balea-dos e um suspeito, mortoem confronto com polici-ais. Há um mês, o gover-no admitiu que havia 1,4mil viaturas paradas porfalta de manutenção.

Carro da PM tem go-teira

Vídeo obtido pela Ga-zeta do Povo mostra a si-tuação de uma das viatu-ras que rodam em Curiti-ba.

O aluguel foi definidoem uma reunião do secre-tário de Segurança Públi-ca, Wagner Mesquista,com o governador BetoRicha (PSDB). O governoentende que a locação dosveículos seria mais vanta-josa que a aquisição, por-que a empresa locatáriatambém ficaria responsá-vel pela manutenção dafrota. Caso a experiênciarealizada na região de Cu-ritiba seja positiva, o Pa-raná deve estender o alu-guel a regiões do interior.

A Sesp disse que osprocedimentos ainda estãoem fase inicial. Por isso,não há uma previsão paraque os novos carros se-jam incorporados à frotada PM. Também não háuma estimativa de quantoo aluguel deve custar aoscofres públicos. Sabe-seapenas que a locação deveser bancada com recursosdo Fundo Especial de Se-

4 Maio/2016

APRA compartilha mais umaapreensão de drogas eprisões realizada pelaequipe do Sgt FAHUR

Da esp Sd AdrianoJosé, e Sgt Fahur

.

Em Operação na PR323 Km 323, Veículo Cor-sa placas: MGN- 0854/SCse evadiu de abordagem daequipe do Sargento Fahur.Após acompanhamentoadentraram numa estradavicinal momento em queforam abordados 3 jovensde Santa Catarina sendo 1menor de idade, transpor-tando 76.450 Kg de ma-conha. Veículo, droga ejovens encaminhados àdelegacia de polícia civil deUmuarama.

Parabéns a Equipe!

Família APRA-PR

A troca de mensagensem grupos fechados deWhatsApp por policiaismilitares não pode serclassificada como trans-gressão ao RegulamentoDisciplinar da Corporação(RDPM) se todos os inte-grantes do espaço de co-municação pertencerem àforça policial. Isso porqueas informações enviadas erecebidas equivalem àsconversas dentro do quar-tel, onde o diálogo é pú-blico, mas não ultrapassaos muros do local. O en-tendimento é do juiz Mar-cos Fernando TheodoroPinheiro.

No caso julgado, umcabo da Polícia Militar foipreso depois de informarseus colegas que bandidostentaram atacar um outropolicial, mas desistiram aoperceberem que apenas amulher do alvo estava nocarro. As informações, quetambém foram publicadaspela imprensa, foram en-viadas por ele em um gru-

Policial Militar é inocentado por avisar colegas noWhatsApp sobre emboscada

po do WhatsApp. Por cau-sa da mensagem, foi aber-to um procedimento dis-ciplinar contra o cabo.

A investigação contra opolicial foi embasada noartigo 13 do RDPM, quedetermina em um de seustópicos ser transgressãodisciplinar grave “publicar,divulgar ou contribuir paraa divulgação irrestrita defatos, documentos ou as-suntos administrativos outécnicos de natureza poli-cial, militar ou judiciária,que possam concorrerpara o desprestígio da Po-lícia Militar, ferir a hierar-quia ou a disciplina, com-prometer a segurança dasociedade e do Estado ouviolar a honra e a imagemde pessoa”.

Em resposta, a defesado cabo da PM, feita peloadvogado Lucimar Cordei-ro Rodrigues, impetrouHabeas Corpus pedindoque a anulação do proce-dimento disciplinar. Ao

analisar o processo, o juizentendeu que o policial nãocometeu nenhum desviode conduta, pois, além deter enviado a informaçãoa um grupo restrito de pes-soas, que também inte-gram a força policial, oassunto já tinha saído naimprensa, o que o tornoufato público.

“Entendo que essemodo de se comunicarequivale a uma conversaentre os pares, como asque acontecem nos aloja-mentos. Ali não há intimi-dade nem privacidade, en-tretanto, o que ali se con-versa, via de regra, nãoextrapola os muros dosquartéis. […] No que tocaao conteúdo da mensa-gem, verifica-se que se tra-ta de um alerta endereça-do aos colegas de farda.Dali não se extrai nada quepudesse comprometer ainstituição da Polícia Mili-tar, ferir a hierarquia oucomprometer a seguran-ça”, argumentou o magis-trado.

Briga entre militaresfora das instalações dasForças Armadas e que nãofoi motivada por algo rela-cionado à carreira deve serdebatida na Justiça co-mum, e não na Militar. Oentendimento é da 2ª Tur-ma do Supremo TribunalFederal, que declarou a in-competência da JustiçaMilitar para julgar um casoque envolveu militares,porém fora das dependên-cias oficiais. A decisão, nojulgamento do Habeas Cor-pus 131076, da relatoriada ministra Cármen Lúcia,determina a remessa dosautos da ação penal à Jus-

tiça comum do Estado doAmazonas.

O Habeas Corpus foiimpetrado pela DefensoriaPública da União em favorde um sargento do Exérci-to denunciado pelo Minis-tério Público Militar pordesrespeito e violência (le-são corporal) a superior,delitos tipificados nos ar-tigos 160, caput, e 157,caput e parágrafo 3º, doCódigo Penal Militar. Omotivo foi uma briga porcausa de uma lata de cer-veja, que culminou em

agressões físicas e verbaiscontra outros militares nacomemoração ao aniversá-rio de um deles, na áreade lazer de um condomí-nio residencial em Tabatin-ga (AM).

O Conselho Permanen-te de Justiça da Auditoriada 12ª Circunscrição Judi-ciária Militar reconheceuinicialmente a incompetên-cia da Justiça Militar e de-terminou a remessa dosautos à Justiça comum.Em recurso, porém, o Con-selho reformulou a deci-

são, e o entendimento foiratificado pelo SuperiorTribunal Militar.

No HC apresentado aoSTF, a defesa do sargentoalegou que “não é crívelque pessoas de bermudase sandálias, alcoolizadas,em ambiente estranho àsForças Armadas, por sedesentenderem, sejam ob-jeto de apreciação da Jus-tiça Militar, ainda mais porcrime propriamente mili-tar”.

A ministra Cármen Lú-cia, que já havia concedi-do liminar para suspendero andamento da ação pe-nal militar, votou na ses-são desta terça-feira (1º/12) pela concessão doHabeas Corpus. Ela desta-cou que se tratava de umafesta de aniversário queresultou numa situação debriga. “O crime foi prati-cado por militar contramilitares — porque eramamigos —, porém, fora desituação de atividade e delocal sujeito à administra-

ção militar, o que atrai acompetência da Justiçacomum”, concluiu. Cominformações da Assesso-ria de Imprensa do STF.

Briga de militares fora de área das Forças Armadas écompetência da Justiça comum

5Maio/2016

6 Maio/2016

Polícia investiga fraude em “recall” de 11 mil coletesbalísticos no Paraná

A Delegacia de Explo-sivos, Armas e Munições(Deam) investiga irregula-ridades no “recall” de11.240 coletes balísticosdas polícias do Paraná,realizado no galpão de umaempresa na região metro-politana de Curitiba. Se-gundo as investigações, oprocedimento chegou a serfeito em mais de sete milcoletes, que já foram re-passados a policiais mili-tares – o efetivo da PM doParaná é de 18,7 mil poli-ciais. Além de receber ape-nas uma malha de refor-ço, o equipamento eraadulterado com etiquetasfalsas, de modo a esten-der em um ano sua datade validade. Exames balís-ticos realizados em lotesapreendidos comprovaramque o material estava “re-provado” para o uso.

O caso veio à tona nodia 31 de março, quandouma operação conjuntaentre a Deam e o Exércitochegou a um barracão daempresa Algemas Brasil,em Almirante Tamandaré,onde o material era recau-chutado. No local, foramapreendidas 3 mil placasde aramida – um tecidosintético usado neste tipode equipamento – e cercade 500 coletes das políci-as do Paraná. Também fo-ram localizados 500 novosrevestimentos, que conti-nham as etiquetas falsas,com o mesmo número desérie e data de fabricaçãodo colete original, mascom a validade acrescidaem um ano.

Parte dos coletes apre-endidos estava vencida eparte, em vias de vencer.Na quinta-feira (7), a Deamrealizou um exame perici-al em amostras do equi-pamento, que comprovouque o material estava “re-provado” para uso. Ao lon-

Perícia “reprovou” coletes recauchutados e mostra o impacto que disparos provocari-am no corpo humano. Foto: Jonathan Campos

Associado recebe a im-portância de R$ 13.000,00com auxílio dos advoga-dos da Entidade.

Segue relato do agra-decimento do associado:

“Gostaria de agradecera APRA por terem meatendido e colocado seucorpo de advogados à dis-posição para conseguirreceber os valores da par-cela transitória de ensino.O reconhecimento pelostrabalhos prestados é dig-no de elogio, e confessoque estava descrente deentidades sérias e compro-metidas com a classe, masao longo dos meus 30(trinta) anos de serviço fi-quei impressionado com avontade de mudança e aliderança apresentada pelaAPRA, e me fez reviver avontade de lutar pela efe-tivação de direitos. Nãopoderia deixar de agrade-cer diretamente o Sr. JayrRibeiro Junior, Vice Presi-dente.

Tenho orgulho de fazerparte da FAMÍLIAAPRA!!!”.

Resposta da Entidade:

“Prezado Associado:

Nosso compromissode ter uma Associação for-te, independente e com acoragem de fazer as mu-danças necessárias, em

7Maio/2016

APRA-PR Firma parceira com a Construtora Sustentare. Casa para Servidores Militares e Associados.É com enorme alegria que a APRA-PR Associação de Praças do Estado do Paraná, apresenta a parceria de construção e e vendas de casas e apartamentos e sobrados

, em fim habitação aos associados a Entidade.Agora veja o nosso primeiro empreendimento da parceria.Interessados compareçam ao escritório da Construtora SUSTENTARE.Plantão de Vendas 41 3233-2077Também :A Construtora poderá construir casas e apartamento a onde grupo de pms e bm quiserAtenciosamente Família APRA-PR

8 Maio/2016

APRA entrega certificado de Seguro de vida e AuxilioFuneral.

APRA Através de seu representante autorizado de Seguros sr. Luciano Nogueira entrega Certificados de Seguro de vida e apólices do Auxilio Funeral aos novosassociados .

Sr Luciano Nogueira Corretor Seguroscredenciado APRA-PR.

A entrega ocorreu coma presença do nosso Dire-tor APRA-PR Cb CarlosSouza em Foz do Iguaçu-Pr.

A APRA-PR Agradeçe aconfiança dos novos asso-ciados no trabalho da en-tidade.

Se você não é filiadofilie-se

Você tem direito a Se-guro de vida no valor deR$5.000,00 reais e AuxilioFuneral R$ 3.000,00.

Atenciosamente;Família APRA-PR

9Maio/2016

STF. HABEAS CORPUS. ASSOCIAÇÃO NÃO ESTÁ SOBADMINISTRAÇÃO MILITAR. É REGIDA POR NORMAS DE

DIREITO PRIVADO.

STF. HABEAS CORPUS.ASSOCIAÇÃO NÃO É CON-SIDERADA PESSOA MILI-TAR. É REGIDA POR NOR-MAS DE DIREITO PRIVA-DO. ORDEM CONCEDIDAE DETERMINADA A INVA-LIDAÇÃO DA AÇAÕ CON-TRA MILITAR

A Associação de Praçasdo Estado do Paraná, vemrespeitosamente informaraos militares estaduais,que as associações sãoregidas por normas de di-reito privado.

Desta forma, as Entida-des representativas nãoestão sob a autoridade doEstado, tampouco da ad-ministração militar, nãosendo enquadradas no ar-tigo 9º, inciso II, alínea ‘b’do CPM.

O Supremo TribunalFederal tem firmado o en-tendimento à respeito, quenarra a conduta de ummilitar acusado de ter co-metido crime no interior deuma associação, ou seja,regida por normas de di-reito privado, determinan-do a invalidação da açãopenal instaurada em des-favor do paciente perantea Justiça Militar da União,desde a denúncia, inclusi-ve.

Vejamos.

“Na espécie, argumen-ta o impetrante que a Casado Abrigo do Marinheirode Ladário (CAMALA) —local onde o paciente mi-nistrava aulas de karatêpara garotos — é uma as-sociação civil de direitoprivado, não se enqua-drando, por conseguinte,no previsto no art. 9º, II,alínea ‘b’, do CPM: Consi-deram-se crimes militares,em tempo de paz: … II –

os crimes previstos nesteCódigo, embora também osejam com igual definiçãona lei penal comum, quan-do praticados: … b) pormilitar em situação de ati-vidade ou assemelhado,em lugar sujeito à admi-nistração militar, contramilitar da reserva, ou re-formado, ou assemelhado,ou civil . Depreende-se doart. 9º, II, “b”, do CPM, aoreferir-se expressamente alugar sujeito à administra-ção militar, que, nesta alí-nea, para a configuraçãodo crime militar, predomi-na o critério do lugar docrime (ratione loci).

Deveras, indubitável adificuldade em se definir oscontornos do que possaser considerado como lu-gar sujeito à administraçãomilitar. Se é certo que nãohá duvida em definir cri-me militar aqueles come-tidos em espaços físicosnos quais estão estabele-cidas as instalações mili-tares, situações há, poroutro lado, que podemsuscitar dúvidas a respei-to da amplitude dessa ex-pressão. No presente caso,entendo assistir razão àdefesa.

É que, partindo-se dapremissa de que a Casa doAbrigo do Marinheiro deLadário (CAMALA) é umaassociação civil de direitoprivado e que a condutapara caracterizar crimemilitar e, por conseguinte,fixar a competência da Jus-

tiça Castrense. II – Da lei-tura dos autos, verifica-seque a conduta criminosanão possui qualquer cono-tação militar e que a con-dição de policial militar nãofoi determinante para aprática do crime, de modoque não vejo como classi-ficá-lo como militar. III –Esta Corte já firmou enten-dimento no sentido de quea condição de militar ou acircunstância de o agenteestar em serviço no mo-mento da prática do crimenão são suficientes paraatrair a competência daJustiça Castrense. Prece-dentes. IV – Ordem dene-gada (HC 109.150, Min.RICARDO LEWANDO-WSKI, Segunda Turma, DJ13.10.2011). Na espécie,argumenta o impetranteque a Casa do Abrigo doMarinheiro de Ladário (CA-MALA) — local onde o pa-ciente ministrava aulas dekaratê para garotos — éuma associação civil dedireito privado, não se en-quadrando, por conseguin-te, no previsto no art. 9º,II, alínea ‘b’, do CPM: Con-sideram-se crimes milita-res, em tempo de paz: …II – os crimes previstosneste Código, embora tam-bém o sejam com igualdefinição na lei penal co-mum, quando praticados:… b) por militar em situa-ção de atividade ou asse-melhado, em lugar sujeitoà administração militar,contra militar da reserva,ou reformado, ou asseme-lhado, ou civil . Depreen-de-se do art. 9º, II, “b”, do

CPM, ao referir-se expres-samente a lugar sujeito àadministração militar, que,nesta alínea, para a confi-guração do crime militar,predomina o critério dolugar do crime (rationeloci).Deveras, indubitável adificuldade em se definir oscontornos do que possaser considerado como lu-gar sujeito à administraçãomilitar. Se é certo que nãohá duvida em definir cri-me militar aqueles come-tidos em espaços físicosnos quais estão estabele-cidas as instalações mili-tares, situações há, poroutro lado, que podemsuscitar dúvidas a respei-to da amplitude dessa ex-pressão. No presente caso,entendo assistir razão àdefesa. É que, partindo-seda premissa de que a Casado Abrigo do Marinheirode Ladário (CAMALA) éuma associação civil dedireito privado e que a con-duta do paciente se deu noexercício de atividade es-tranha à função militar (au-las de karatê), não hácomo se cogitar de crimemilitar. Nem se diga, poroutro lado, que a Casa doAbrigo do Marinheiro deLadário, pelo só fato depossuir instalações dispo-nibilizadas pela Marinha doBrasil, configura lugar su-jeito à administração mili-tar, para fins de incidênciado art. 9º, II, do CPM. Comefeito, esse conceito, de-vido à competência excep-cional da Justiça Militar,não pode ser ampliado in-

devidamente, a ponto deequiparar um clube sociala uma organização militar.

Portanto, inviável atra-ir para a Justiça Militar fatoocorrido na Casa do Abri-go do Marinheiro de La-dário, associação criada,nos termos do Estatuto,para promover, dirigir, in-centivar e colaborar comas iniciativas e eventos decaráter cívico, cultural, as-sistencial, social, esporti-vo e recreativo, dedicadosaos oficiais, praças e fun-cionários civis, pensionis-tas da Marinha do Brasil erespectivos dependentes.Para mim, a suposta prá-tica delituosa, por maisgrave que seja, não tem,em momento algum, refle-xo na ordem e na discipli-na militares, cuja tutela éa razão maior de ser daJustiça Militar. Nesses ter-mos, o meu voto é no sen-tido de conceder a ordemde habeas corpus, a fim deinvalidar a ação penal ins-taurada em desfavor dopaciente perante a JustiçaMilitar da União, desde adenúncia, inclusive. Res-salvo, contudo, a possibi-lidade de renovação dapersecutio criminis peran-te o órgão judiciário com-petente da Justiça comum.

Documento assinadodigitalmente conforme MPn° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públi-cas Brasileira – ICP-Brasil.O documento pode ser

acessado no endereço ele-t r ô n i c o h t t p : / /www.stf.jus.br/portal/au-tenticacao/ sob o número2710994. Supremo Tribu-nal Federal HC 95.471 /MS.”

Como visto, o Supre-mo concedeu a ordem dehabeas corpus, sendo in-validada a ação penal ins-taurada em desfavor aomilitar.

HABEAS CORPUS95.471 MATO GROSSODO SUL.

Com respeito e inde-pendência,

Presidência APRA/PR

10 Maio/2016

ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. CURSO DE CABOS 2014.INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS.

A APRA gostaria deesclarecer os fatos envol-vendo a antecipação detutela determinadas pelopoder judiciário a favor desoldados que prestaram oCFC PM/2014.

A antecipação de tutelaocorre quanto verificado obinômio da prova inequí-voca da verossimilhançadas alegações apresenta-das pelo postulante, po-dendo ser concedida pelojudiciário.

O fundamento legalestá descrito no art. 273,Caput., do CPC:

“Art. 273. O juiz pode-rá, a requerimento da par-te, antecipar, total ou par-cialmente, os efeitos datutela pretendida no pedi-do inicial, desde que, exis-

tindo prova inequívoca, seconvença da verossimi-lhança da alegação e: (Re-dação dada pela Lei nº8.952, de 13.12.1994)”.

Com efeito, o que a leiassegura, sob caráter limi-nar, “é uma execução pro-visória, total ou parcial, dodireito que se espera con-seguir com a sentença fi-nal de mérito”. Como setrata de uma decisão inter-locutória provisória, pode-rá ocorre a reversibilida-de[1] da decisão precária,após ser instruído o pro-cesso judicial, da apresen-tação de atos probatóriosque não foram evidencia-dos ou demonstrados nomomento da juntada dopeça vestibular.

Logo, o que podemosconcluir sobre a antecipa-ção de tutela, de que bus-

ÇÃO 29-02-16 Envie a fi-cha através de foto via wattzap 41 9997-0471 e esta-rá filiado! e terá direito aseguro de vida e auxiliofuneral no valor de R$5.000,00.

[1] Art. 273. O juiz po-derá, a requerimento daparte, antecipar, total ouparcialmente, os efeitos datutela pretendida no pedi-do inicial, desde que, exis-tindo prova inequívoca, seconvença da verossimi-lhança da alegação e: (Re-dação dada pela Lei nº8.952, de 13.12.1994)

2º. Não se concederá aantecipação da tutelaquando houver perigo deirreversibilidade do provi-mento antecipado. (Inclu-ído pela Lei nº 8.952, de13.12.1994).

ca assegurar um direitosubjetivo do postulante(leia-se não definitivo), quepoderá ser mantido (con-firmado) ou não na sen-tença.

Por conseguinte, osassociados interessadosem ingressar com a de-manda, devem entrar emcontato com os advogadosda Entidade, 41 – 9646-

2522.

Com respeito e inde-pendência,

Presidência APRA/PR.

FILIE-SE A APRA-PRNOVA_FICHA-DE-FILIA-

PAGAMENTO DE PROGRESSÕES ATRASADAS. SENTENÇAPROCEDENTE PARA MAIS UM ASSOCIADO.

A Família APRA gosta-ria de compartilhar maisuma vitória de um associ-ado que não recebeu osvalores atrasados da mu-dança de nível de referên-cia (leia-se progressão). OGraduado adquiriu o direi-to após completar o tem-

po previsto em lei, mes-mo assim o Estado deixoude pagar os meses atrasa-dos, sendo acionado o ju-diciário, o qual não tevedúvidas e JULGOU PRO-CEDENTE A AÇÃO. Valorda Causa: R$5.029,35.

Vejamos o recorte daSENTENÇA:

“Centrado nos funda-mentos acima expostos

JULGO PROCEDENTE opedido do autor para o fimde condenar a pagar aoreclamante as diferençasdecorrentes da progressãopor antiguidade durante operíodo de novembro de2014 a agosto de 2015,incidindo sobre os venci-mentos básicos e reflexosem décimo terceiro salá-

rio, férias e demais adicio-nais.”

Desta forma, buscandoa união das praças, quesão líderes setoriais e re-presentam o grande efeti-vo e a força da Polícia Mi-litar do Paraná, com cer-

teza.

Com respeito e inde-pendência,

Presidência APRA/PR.

Documento em pdf:PAGAMENTO DE PRO-GRESSÕES ATRASADAS.SENTENÇA PROCEDENTEPARA MAIS UM ASSOCI-ADO.

“Na vida temos duasopções: levantar a cabeçae lutar, ou se trancar em simesmo e esperar que ou-tros lutem por você”.

por Jayr Ribeiro Junior

11Maio/2016

Tabela salarial,tempo de progressão, adicionaisquinquênios e anuênios e texto integral subsídio

12 Maio/2016

Passo a passo para Confirmação descontofiliação no Caixa Eletrônico e Internet banking

Nessa matéria faremos o passo a passo para confirmação do desconto da mensalidade APRA-PR no Banco do Brasil.IMPORTANTE! Somente com a confirmação será descontada a mensalidade, devidamente autorizada na ficha de filiação a APRA-PR http://www.aprapr.org.br/filiacao/

OBSERVE O PASSO A PASSO: INTERNET BANKING PASSO 2

PRONTO ESTÁ AUTORIZADA O DESCONTO EM SUA CONTA-CORRENTE O VALOR DA MENSALIDADE APRA-PR.

PASSO A PASSO NO CAIXA ELETRÔNICO BANCO DO BRASIL:PASSO 1 PASSO 2

PASSO 3 - CONFIRMAÇÃO

13Maio/2016

O Grupo Ostensivo deSocorro Tático (GOST) e o6º Grupamento de Bombei-ros (6º GB), do Corpo deBombeiros do Paraná,atenderam quatro ocorrên-cias de afogamento entrequinta-feira (21/04) e estedomingo (24/04), na Re-gião Metropolitana de Cu-ritiba (RMC). Quatro pes-soas morreram e seus cor-pos foram resgatados pe-las equipes.

A primeira situação foina madrugada de quinta-feira, quando o barco deum grupo de quatro pes-soas que estava na repre-sa do Capivari virou e umhomem ficou desapareci-do. As buscas duraram atéa manhã deste domingo,quando o corpo do ho-mem de 43 anos foi en-contrado. As outras trêspessoas passam bem.

Outra situação, destavez na represa do Passaú-na, aconteceu no sábado(23/04). Após receber in-formações de que haviaum rapaz desaparecido nolocal, os bombeiros mili-tares fizeram buscas e en-

Corpo de Bombeiros atende quatro casos de afogamentosdurante feriado de Tiradentes; quatro pessoas morrem

contraram o corpo da víti-ma horas depois.

Já neste domingo (24/04) houve duas ocorrên-cias, sendo uma na repre-sa Piraquara II e outra noRio Capivari. Por volta de9 horas, em Piraquara, osintegrantes do GOST, jun-tamente com equipes do

6º GB, fizeram buscas paraencontrar um rapaz de 20anos que teria se afogado.Duas horas e meia depois,as equipes encontraram ocorpo na represa. Por fim,a última situação de afo-gamento aconteceu no RioCapivari.

“Um jovem de 19 anos

que tentou atravessar o rioa nado acabou se afogan-do e fomos acionados parafazer buscas. Por volta de17h15 encontramos a víti-ma sem vida”, disse o te-nente Luiz Henrique Vojci-echovski.

ORIENTAÇÃO – Aindasegundo o tenente, as pes-soas devem procurar lo-

cais com guarda-vidaspara a prática de ativida-des aquáticas. Caso vejaalguém se afogando, o ci-dadão não deve entrar naágua para tentar ajudar,pois pode se tornar maisuma vítima.

“Por mais que a pes-soa seja uma nadadoraexperiente, a orientação étentar lançar algo para avítima se apoiar e imedia-tamente acionar o Corpode Bombeiros pelo telefo-ne 193, permanecendo nolocal até a chegada daguarnição para indicar oponto exato onde aconte-ceu o afogamento”, expli-cou. O Corpo de Bombei-ros orienta ainda a evitarentrar na água após inge-rir alimentos e bebidas al-cóolicas, pois isso podeafetar a coordenação físi-ca e colaborar para umpossível afogamento.

Por Marcia SantosJornalista PMPR

14 Maio/2016

15Maio/2016

16 Maio/2016