32
Curitiba Pop Festival Dia 7 1:00 - Teenage Fanclub - Escócia Teenage Fanclub Formação: 1989 em Glagow, Escócia Norman Blake: vocal, guitarra Raymond McGinley: vocal, guitarra Gerard Love: vocal, baixo O Teenage Fanclub é uma das mais cultuadas bandas de um gênero que ficou conhecido como power pop, que teve seu maior expoente na banda Big Star de Alex Chilton nos anos 70. As influências do grupo não se limita ao Big Star, mas também em bandas como The Byrds, Beatles, Beach Boys e Neil Young, resultando num som densamente melódico, de músicas singelas e acessíveis. No entanto, até hoje encontram resistência do grande público que mantém a banda num certo anonimato. São três os compositores do TFC, Gerard Love, Raymond McGinley e Norman Blake, mas os discos revelam uma coesão impressionante, o que demonstra a sinergia de seus integrantes que serve de base para uma carreira de mais de 10 anos sem grandes conflitos. No Teenage Fanclub sempre a música se revela mais importante do que as personalidades de seus integrantes. Até hoje, muito pouco se discute sobre eles, enquanto suas músicas seguem influenciando uma geração inteira após 6 excelentes discos. A história começa quando os dois guitarristas Blake e McGinley conheceram o baixista Gerry em 1987 na banda Boy Hardresses em Glasgow, que chegou a lançar um single, "Golden Shower", pelo famoso selo independente escocês 53rd and 3rd, pouco antes da banda se separar. Após outro curto período de tempo tocando no BMX Bandit, Blake se reúne novamente com McGinley e Love para formar o Teenage Fanclub em 1989. O baterista Francis McDonald, que também tocava no BMX Bandit, completou a formação original da banda, embora tenha sido substituído por Brendam O'Hare durante as gravações do primeiro disco. "A Catholic Education", lançado em 1990 foi o álbum de estréia do Teenage Fanclub. Lançado no Reino Unido pela Creation e nos Estados Unidos pelo selo Matador, "A Catholic Education" foi bastante elogiado e logo a banda se tornava umas das preferidas da crítica. Nessa época, o som do Teenage Fanclub era recheado de guitarras distorcidas embora densamente melódicas, no início de sua carreira, o Teenage antecipou um espaço que foi depois foi ocupado pelo chamado grunge. O EP "God Knows Its True" deu seqüência a carreira da banda em 1991, quando as grandes gravadoras passaram a assediar o grupo. No entanto, eles ainda deviam a Matador um disco e então ofereceram o álbum "The King" para preencher as cláusulas contratuais. O disco era uma coleção de

Curitiba Pop Festival.doc

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Curitiba Pop Festival.doc

Curitiba Pop Festival

Dia 7

1:00 - Teenage Fanclub - Escócia

Teenage FanclubFormação: 1989 em Glagow, Escócia

Norman Blake: vocal, guitarraRaymond McGinley: vocal, guitarraGerard Love: vocal, baixoO Teenage Fanclub é uma das mais cultuadas bandas de um gênero que ficou conhecido como power pop, que teve seu maior expoente na banda Big Star de Alex Chilton nos anos 70. As influências do grupo não se limita ao Big Star, mas também em bandas como The Byrds, Beatles, Beach Boys e Neil Young, resultando num som densamente melódico, de músicas singelas e acessíveis. No entanto, até hoje encontram resistência do grande público que mantém a banda num certo anonimato. São três os compositores do TFC, Gerard Love, Raymond McGinley e Norman Blake, mas os discos revelam uma coesão impressionante, o que demonstra a sinergia de seus integrantes que serve de base para uma carreira de mais de 10 anos sem grandes conflitos. No Teenage Fanclub sempre a música se revela mais importante do que as personalidades de seus integrantes. Até hoje, muito pouco se discute sobre eles, enquanto suas músicas seguem influenciando uma geração inteira após 6 excelentes discos.

A história começa quando os dois guitarristas Blake e McGinley conheceram o baixista Gerry em 1987 na banda Boy Hardresses em Glasgow, que chegou a lançar um single, "Golden Shower", pelo famoso selo independente escocês 53rd and 3rd, pouco antes da banda se separar. Após outro curto período de tempo tocando no BMX Bandit, Blake se reúne novamente com McGinley e Love para formar o Teenage Fanclub em 1989. O baterista Francis McDonald, que também tocava no BMX Bandit, completou a formação original da banda, embora tenha sido substituído por Brendam O'Hare durante as gravações do primeiro disco. "A Catholic Education", lançado em 1990 foi o álbum de estréia do Teenage Fanclub. Lançado no Reino Unido pela Creation e nos Estados Unidos pelo selo Matador, "A Catholic Education" foi bastante elogiado e logo a banda se tornava umas das preferidas da crítica. Nessa época, o som do Teenage Fanclub era recheado de guitarras distorcidas embora densamente melódicas, no início de sua carreira, o Teenage antecipou um espaço que foi depois foi ocupado pelo chamado grunge.

O EP "God Knows Its True" deu seqüência a carreira da banda em 1991, quando as grandes gravadoras passaram a assediar o grupo. No entanto, eles ainda deviam a Matador um disco e então ofereceram o álbum "The King" para preencher as cláusulas contratuais. O disco era uma coleção de músicas instrumentais que continha uma cover de Like a Virgin da Madonna. A Matador rejeitou o álbum e o Teenage Fanclub acabou pagando em dinheiro o seu desligamento do selo, antes de assinar com a Geffen para seus lançamentos nos States.

Quando o álbum "Bandwagonesque" foi lançado em 1991, iniciou-se uma verdadeira histeria coletiva por parte da mídia. "Bandwagonesque foi escolhido o disco do ano pela revista Spin (algo impensável hoje em dia, tendo na época superado na lista nomes como Nevermind do Nirvana, Out of Time do REM). Alguns meses depois o Teenage Fanclub foi considerado a "Hot Band for 1992", pela revista Rolling Stone, uma espécie de grande aposta, ou o próximo grande nome para o ano seguinte. No

Page 2: Curitiba Pop Festival.doc

auge do sucesso, os escoceses se apresentaram ao no programa Saturday Night Live na mesma noite da antológica apresentação do Nirvana.

No entanto, o sucesso massivo não aconteceu, o público da banda permanecia restrito ao universo do rock alternativo.

Em 1993 a banda grava "Thirteen", seu terceiro álbum de estúdio. Apesar do título (Thirteen é nome do maior sucesso do Big Star), o disco não segue a obsessão pelo Big Star mostrada em Bandwagonesque. Os temais mais amargos nas letras e o som das guitarras relembram bastante Neil Young, enquanto que a última música, "Gene Clark", presta uma homenagem ao co-fundador do The Byrds.

Desta vez, o disco não fez tanto estardalhaço e o Teenage Fanclub permaneceu restrito ao seu público mais fiel. Em 1994, o baterista O'Hare abandona o grupo, partindo para tocar com o Mogwai e mais tarde montando seu próprio projeto, o Telstar Ponies. O ex-baterista do Soup Dragons, Paul Quinn assume o Teenage Fanclub. Em 1995 surge o disco "Grand Prix", que trazia uma sonoridade bem mais limpa que nos trabalhos anteriores. Aos poucos, o Teenage Fanclub ia trocando as guitarras distorcidas por uma sonoridade mais coesa.

Grand Prix talvez tenha sido o álbum de maior sucesso do Teenage Fanclub no Brasil, devido ao sucesso do videoclip de Sparky's Dream. No restante do mundo porém, o disco vendeu muito pouco, o que acabou levando a Geffen a dispensar o grupo.

De volta ao estúdio, a seguiu as gravações de "Songs From Northern Britain", seu quinto álbum, que foi lançado em 1997 (pela Creation no Reino Unido e desta vez pela Columbia nos EUA). De bom desempenho nas paradas britânicas e praticamente desapercebido pelo público americano, "Songs" é mais um belo trabalho, cuidadosamente bem produzido, recheado de 'paredes' de guitarras e harmonias vocais de seus três vocalistas/compositores.

Depois de várias turnês pela Europa e participações nos festivais de verão ingleses, o Teenage Fanclub embarcou para uma turnê ao lado do Radiohead, que acabava de lançar o aclamadíssimo "Ok Computer", nos EUA.

Depois de um tempo parada, a banda retoma os trabalhos em 1999 para iniciar os trabalhos de estúdio para o que viria a ser seu mais novo lançamento, "Howdy!", que foi lançado em 2000. Logo em seguida, a banda sofre uma baixa, o baterista Paul Quinn deixa a banda. O TFC segue tocando com o velho conhecido Brendam O'Hare em caráter não-permanente até hoje. "Howdy!", lançado em 2000 no Reino Unido pela Columbia (depois da falência da Creation), é a continuação da saga do Teenage Fanclub, coroando uma carreira de 10 anos com mais um bom consistente trabalho. Para celebrar os 10 anos, a banda fez uma sequência de três shows especiais em Londres. O primeiro foi um show convencional, no segundo, somente instrumentos acústicos, e no terceiro... Bom, no terceiro a banda resolveu não usar nenhuma guitarra ou violão, abrindo espaços para instrumentos como violinos, gaita e muita percussão em arranjos bizarros. Era só uma brincadeira experimental, mas ninguém pode dizer ainda se isso pode significar alguma novidade para o próximo álbum.O sucesso maciço nunca aconteceu (Howdy! ainda está para ser lançado nos Estados Unidos mais de um anos após o seu lançamento na Inglaterra), embora a banda seja altamente prestigiada e cultuada, e tenha sempre obtido a sólida porém modesta marca de 150.000 cópias vendidas por cada CD o que garante a sua sobrevivência.

Em 2003, a banda lança a coletânea Four Thousand Seven Hundred And Sixty Six Seconds: A Shortcut To Teenage Fanclub, que possui 18 músicas tiradas de seus discos

Page 3: Curitiba Pop Festival.doc

de estúdio, além de 3 faixas inéditas. Essa coletânea saiu nos formatos CD simples e vinil duplo.

A Catholic Education1990 (Creation / Matador)Bandwagonesque1991 (Creation / Geffen)Thirteen1993 (Creation / Geffen)Grand Prix1995 (Creation / Geffen)Songs From Northern Britain1997 (Creation / Columbia)Howdy!2000 (Columbia)Four Thousand Seven Hundred And Sixty Six Seconds: A Shortcut To Teenage Fanclub2003 (Sony)

A banda que veio tocar no festival de Curitiba também passa por São Paulo e Recife. Nas vésperas de completar 15 anos e com várias formações, a Teenage FanClub (na foto) popularizou um estilo considerado alternativo nos anos 90, o pop desleixado.

Formada por Gerard Love (baixo e vocal), Norman Blake (guitarra e vocal), Raymond McGinley (guitarra e vocal) e Francis MacDonald (bateria), a banda uniu influências de folk, country e punk. Para o espetáculo, os integrantes devem mostrar canções como What You Do To Me, Alcoholiday e Star Sign, do CD Bandwagonesque (1991); e Sparky´s Dream, do CD Grand Prix (1995).

SERVIÇOLocal:Sesc Pompéia - Choperia (INFORMAÇÕES)Preço(s):R$ 15,00 a R$ 35,00.Data(s):04 a 06 de maio.Horário(s):terça a quinta, 20h30.

meia noite - Hell on Wheels (Suécia)

Rickard Lindgren - vocal e guitarraAsa Sohlgren - baixo e backing vocalJohanRisberg - bateriainfluências: a cena indie americana e inglesa dos anos 80 e 90, uma produção da rádio nacional sueca e um guia no museu medieval de Estocolmodois álbuns, dois EPs, cinco cd-singles, 9 ou 10 demos e 3 vídeosOh my god what I doneThere is a generation od handicaped people to carry onEPsHaving one´s luggage labeledThe sodaWhat is the influenceVarious artists the wrong way home: a tribute to SupertrampAlphaphozz and the Betahustle

Page 4: Curitiba Pop Festival.doc

SinglesHell on WheelsA Singles Bitecontato: [email protected] / 46 8 630 36 [email protected]

23:15 Sonic Jr. (Alagoas)

Os queridinhos do Rappa - eles falaram muito dessa dupla, q sao a grande revelação do momento e talsAldo e Juninho. O primeiro teve o Living in the Shit, uma banda heavy q chegou a tocar em ABril pro Rock e REc Beat. O segundo tb tinha sua banda, e resolveram se unir.Som totalmente novo - eles usam um groovebox, um aparelho de mixagem - e misturaram isso ao roch, um "power duo fazendo puch roqueiro em forma de gigabytes" - música eletrônica com alma nordestina, apadrinhada pelo O Rappa.Músicas do momento- Acelerou, Bateu- Ouro PretoA dupla é a primeira a estrear no mercado da música brasileira atraavés da internetinfluências: Jorge Benjor + Manu Chao + DAvid Holmes + The Metter + Fugeeswww.imusica.com.br/sonicjunior

22:30 - Íris (Curitiba)

www.irisrock.bligger.com.brIris - pequena história da banda & música

Mais um dia daqueles sem nada interessante prá fazer. Tem o telefone prá atender e do outro lado um cara que eu conheço já há algum tempo do Dusty me convidando pra fazer um som. Legal! Vamos lá!O cara que me convidou pra jam é o Igor Ribeiro (Tods, ESS, Dusty e OAEOZ). Tava mesmo curioso pra ver o que ele tinha trazido na bagagem após sua passagem por Londres. Não tínhamos nos falado direito ainda. Então o cara me apresentou pro Fabiano Ferronato (Hangar 18, Megadeth cover e Arkanóia), o baterista que tava ali pronto prá por mais lenha na fogueira.A proposta do Igor não poderia ser melhor. Ele tinha começado um trabalho e tava a fim de dar continuidade. O nome do trabalho, Iris. De cara gostei do nome, gostei das pessoas e fiquei a vontade prá por o baixo nas linhas suaves e poéticas que o Igor compõe. Foi como nascer de novo, só que de uma maneira mais tranqüila. Tinha passado antes por coisas bem diferentes, do ponto de vista musical com meu baixo (Jully et Joe, Garotos Chineses, EPM, Kyrie Elleisson, Daio Baronni, Madson Andrade, Magnéticoss, Dusty, Loxocelle, Zeitgeist Co., e Megavoltz). Fiquei fascinado com as possibilidades que estavam à nossa frente.Também fiquei impressionado com a precisão e a técnica daquele guri na bateria, que parecia ser jovem demais prá ter sentimentos tão precisos e afinados com o que a gente começou a fazer. As composições foram sendo feitas imediatamente. Quando se está no lugar certo, fica mais fácil.Gravamos no final de julho e em agosto lançamos o primeiro CD da banda em estúdio Bizri (tiragem de 50 cópias). Foi gravado no Jacarecords, pelo grande irmão Lúcio Machado, que além de gravar, fez alguns arranjos e eternizou a sua guitarra, juntamente com a do Igor, na canção Chuva. Tem também o Marcelo França (lique), que emprestou a sua voz, e que voz, em um belo texto do Igor , por coincidência do destino, em Chuva.São cinco composições. Cachorro Magro, primeira parceria minha, Rubens K com o Igor, Monumentos Sem Cabeça, essa o Igor trouxe na bagagem (OAEOZ), Solitude, que

Page 5: Curitiba Pop Festival.doc

o Igor compôs em Londres, Chuva, fantástica, passa bem perto do céu, quase tocando as nuvens que a devolvem e Dia e Noite, onde a gente encontra aquelas coisas que acontecem na vida de todos nós.Tem também o lançamento do Iris - Solitude (tiragem de 50 cópias) que o Igor produziu com arranjos diferentes prá essas e outras canções. É uma reedição do CD lançado ano passado (Iris) que tinha mais ou menos o mesmo perfil.O Iris hoje tá fechado num trio: Igor Ribeiro (vocal & guitarras & teclados & trompete), Fabiano Ferronato (bateria & dinâmicas) e Rubens K (baixo, fretless & palpites).contato: [email protected]@[email protected] K

Bizri - atenção para Morgado "IRIS é um dos projetos musicais mais lindos, tristes, sofisticados e magníficos que já ouvi. E é aqui do terrinha do leite quente. Prá entender, entre no site da Trama e baixe a música Morgado.... "texto do Ivan Santos(Deinverno Records/OAEOZ), que saiu no Jornal do Estado (21/01/03). na matéria resenhas sobre os trabalhos do Gianoukas Papoulas, La Carne, Loxocelle, Deus e o Diabo, Cores d Flores, Marcelo França e o álbum reunião, Poléxia, Pelebrói nao sei, e Blue Afternoon. Confira no Blog DE INVERNO <http://http://www.deinverno.blogger.com.br/>

Íris - Bizri/Solitude

"Todo dia tem vai e vem, em toda parte, e ninguém olha, ninguém te acolhe, as ruas sem fim...". A solidão urbana pontua o cd duplo do Íris, projeto de Igor Ribeiro (E.S.S, ex-OAEOZ). No primeiro - Bizri, estão as cinco canções registradas em estúdio já com a cozinha precisa, segura e criativa de Rubens K (baixo) e Fabiano Ferrorato (bateria). No segundo, estão as gravações caseiras feitas pelo próprio Igor, sozinho ou com a participação de outros parceiros. O disco valeria só por "Cachorro magro", faixa dos versos citados acima, cuja audição invariavelmente provoca um nó na garganta. Mas ele ainda tem as belíssimas "Solitude", "A chuva" e "Horizontes". Para se ouvir em tardes frias e cinzentas (e de preferência bem acompanhado).

22:45 - Pipodélica (Florianópolis)

Simetria RAdial - 2003Enquanto o sono não vem - 2002 (EP)Tudo isso - 2001 (EP)Pipodélica - 2000 (EP)

Todo mundo sabe. Florianópolis tem uma ilha invadida em determinadas épocas do ano e abandonada aos requintes de inspiração de quem por lá fica no restante do tempo. E há de se deixar o tempo passar e absorver o que há de se dar...A PIPODÉLICA formou-se a partir da gravação de uma fita-demo homônima no início do ano de 2000. Sem maiores pretensões, um grupo de amigos de diferentes bandas "deu vida" a um de seus inúmeros projetos e gravou 7 músicas em um fim-de-semana. O resultado empolgou-os o suficiente para levar a idéia à frente e então, formar a banda. Eduardo "XuXu" e Carine Nath responsabilizavam-se pelos vocais e assim foi até pouco depois do lançamento do EP "Tudo Isso" [2001 - Migué Records], quando a vocalista deixou o grupo. Mais algumas mudanças de formação e tudo se efetiva no fim desse mesmo ano, quando a banda começa a aparecer em festivais de todo o país como um quarteto (sem vocais femininos). "Tudo Isso" teve ótima aceitação de público e crítica e ao vivo, a ausência da vocalista foi rapidamente superada pela energia e destreza da

Page 6: Curitiba Pop Festival.doc

nova escalação, em que os dois pilotos das guitarras dividem e harmonizam belas melodias vocais.Em abril de 2002 com a formação devidamente estabilizada e entrosada, a PIPODÉLICA lança o independente "Enquanto o Sono Não Vem"; da mesma forma elogiadíssimo, com produção impecável aos padrões vigentes, porém com distribuição não tão atenta, também por conta da assinatura - no mês seguinte - com a lendária Baratos Afins (selo que tem em seus catálogos, obras dos Mutantes, Tom Zé, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Itamar Assumpção, Fellini e outros). A partir de então, a ordem seria: concentração nas novas composições. Viria por aí a gravação do primeiro disco, que foi inteiramente concebido em Florianópolis e produzido, como os outros EP´s, pelos próprios "guris de família".Entretanto, o mundo não pára. Foram meses de muito trabalho alternando horas de estúdio e viagens para o interior de Santa Catarina, e os vizinhos Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Nestas ocasiões, a banda esteve em alguns dos mais importantes festivais do país, como o Upload (São Paulo), De Inverno (Curitiba), Bananada (Goiânia) e Super Noites Senhor F (Brasília). Com isso, em quase 3 anos, muita gente conheceu e se deleitou com as melodias e ambiências sofisticadas embebidas num equilibrado (e uau! - atual) surrealismo sonoro.Agora, alguns dos invasores julgam oferecer a prova de fogo. XuXu, M. Leonardo, Cachorro & Batata não se preocupam. Vejamos o que "Simetria Radial" [Baratos Afins - 2003] vai colocar em questão aos outros. Porque os atentos sabem que Florianópolis tem DUAS ilhas. Uma invadida e decantada por forasteiros e outra dócil, porém instigante e sempre disposta a ser agraciada por requintes de inspiração que o tempo há de lhe dar.Zsa Zsa Szibor

PIPODELICA É:

M. Leonardo - baixoGustavo "Cachorro" - bateria/programaçõesEduardo "XuXu" - guitarras/vocaisFelipe "Batata" - guitarras/vocais

Felipe "Batata", canta e toca guitarra faz algum tempo. Não pensa em tocar outra coisa. Ainda é o líder do Roque Pedrero, bem como era do Groove Batuka. Seu beatle preferido também é o George. Estuda desenho industrial e é caricaturista dos melhores, o que sempre é diversão garantida. Gosta de ainda mais coisas impublicáveis que o XuXu e suas histórias são sempre as mais divertidas. Usa guitarras Fender e Gibson e prefere os retornos pra poder colocar o pé. E quem põe o pé em retorno, é habilidoso e inventivo como ele, é um autêntico Guitar Hero. Provavelmente um dos poucos (quem sabe, único?) dos dias de hoje. Pergunte a quem já o viu tocar "ao vivo". Batata é imbatível.M. Leonardo, tem 10 instrumentos. Nenhum com mais de quatro cordas e ele não é pagodeiro. É o baixista dos sonhos de todas as bandas. Porque é versátil ao extremo, sabe como somar ao conjunto e tem os baixos mais legais do mundo. É o que toca a mais tempo, tendo passado por muitas, realmente muitas bandas. Sempre responsável pelos graves. Por isso, o filho mais legítimo do Tim Maia é o verdadeiro demolidor das quatro cordas. Melhor seria dizer, construidor. Estuda a arquitetura, é noivo da Elise, pai dedicado e afetuoso de um simpático cachorrinho e seu beatle preferido é o Paul, claroEduardo "XuXu", toca guitarra e canta na Pipodélica. Tocou baixo e cantou também no Snow Puppets, The Pitrs e Instrumental Lisergic. É arquiteto e não gosta. Gosta de Pepsi Twist Light, hamburgers, pedais de efeitos analógicos, aparelhos que possa tirar barulhos estranhos, retorno de voz, horários cumpridos, muitas horas de sono e outras

Page 7: Curitiba Pop Festival.doc

coisas impublicáveis. Seu beatle preferido é o George. Sente-se em casa no estúdio de gravação e no seu quarto verde. Quando acabar a Pipodélica, quer ir pra casa dormir.Gustavo "Cachorro", é um ex-ambervision. Isso define quase tudo. Porque tem a irreverência do grupo teatral/banda, porém é "ex" porque decidiu levar a vida um pouco mais a sério, talvez. Num momento mais sereno, disse que seu beatle preferido era o George, mas dada sua personalidade, poderia se apostar que falaria que é o Ringo. Figurinha cabrimbadíssima do underground catarinense. Quem nunca tocou ou se divertiu com o Cachorro? É o companheiro de quarto do Batata nas viagens (organização é metodologia é com a outra dupla!) e também de festinhas... Trabalha em projetos áudio-visuais fazendo trilhas sonoras muito loucas pra filmes mais loucos ainda. É DJ das festinhas mais badaladas de Floripa e tem o cabelo mais fashion dos 4.Dois clipes: Valsina #3 e Blá Blá Blá - esqueminha na mtvEStão concorrendo no dynamite por simetria radialganharam o segundo INdie DEstaque - premio promovido pelo selo carioca Midsummer Madness.ja fizeram truibuto aos mutantesestarao quinta-feira em ctba para compromissos com a imprensawww.pipodelica.com.br

21:00 - Kingstone (Curitiba)

Fusão de instrumentos e ritmos temperados com o tradicional jamaican style - oh

20:15 - No Milk Today (Curitiba)

Dezembro de 1993: em um cômodo de empregada na casa de um deles, o baixista Mauricio Singer, o vocalista Trajano Budola (ex-Barbapapas) e o baterista Carmino Neto começam a ensaiar algumas composições feitas na hora. A banda só ganha formato definitivo e nome - tirado do título de uma música da banda 60's britânica Herman's Hermits - em março de 1994 com a entrada do guitarrista Rodrigo Meister, o "Amendoim".Com meia dúzia de canções próprias, em 17 de junho de 1994 o No Milk Today faz seu primeiro show no 92° (Ninety Two Degress) <http://www.92graus.com/> abrindo para a banda indie brasiliense Oz, já conseguindo angariar um certo público. A banda segue com alguns shows nos famosos 'take-fives' promovidos no porão, em um desses, inclusive, tocando com as bandas amigas e influentes Pinheads, Slack Nipples, e Paincult.O reconhecimento definitivo veio no final do ano quando a banda foi convidada pelo "padrinho" J.R. Ferreira para tocar no 3º B.I.G. em uma das noites mais concorridas, com os já citados Pinheads e Paincult, e as bandas Muzzarelas e No Class de Campinas - SP. Em abril de 1995 Carmino faz seu último show com a banda, abrindo para as paulistas I.M.L e Garage Fuzz. A saída do baterista esfria a banda, que volta a tocar só em outubro com um novo detentor do drum-kit: Mauricio Gau-Gau, na época também integrante do Slack Nipples. Mesmo assim, poucos shows se seguiram culminando com uma única apresentação durante todo o ano de 1996.Em 1997, após dedicar-se a duas outras bandas (Skuba e Pullover), Mauricio Singer volta ao NMT, que retorna com um show na sede da Escola de Agrárias da UFPR. Na última hora, Gau-Gau fica impossibilitado de tocar e quem quebra o galho e acaba ficando é Gustavinho (Monkeybrain, Numtemcaô).Com essa formação e com um ritmo mais constante de ensaios, o NMT parte para o ano de 1998 com tudo: fazem shows memoráveis na Escola de Engenharia Florestal da UFPR e no 92° <http://www.92graus.com/>, finalmente decidem gravar uma demo-tape e participam da coletânea Lototol, lançada em setembro, com a faixa "Morte". Camisetas do No Milk pipocam pela cidade e a banda abre seu primeiro show internacional em Curitiba para a californiana Lag Wagon - logo se torna uma rotina a

Page 8: Curitiba Pop Festival.doc

banda ser escalada como anfitriã pelos lados pinheirais. Em maio abrem para as também californianas Agent Orange e T.S.O.L., arrancando elogios de Mitch Dean, baterista do T.S.O.L.Em junho de 1998, a banda grava em três dias 13 músicas ao vivo para a demo-tape produzida por Mauricio Gau-Gau com participações especiais de figuras como Tin-Tin (ex-Missionários, atualmente nos Limbonautas), Alceste (Paincult), Duda (pullover, Poli) e do próprio Gau-Gau.Em agosto fazem seu primeiro show fora de Curitiba, mais especificamente no interior de Santa Catarina com Jack (guitarrista do Slack Nipples) empunhando o baixo no lugar de Mauricião, que não pôde tocar na ocasião. Neste mesmo mês a banda participa do programa CicloJam, da Rádio Educativa FM, uma espécie de "Peel Sessions" com entrevistas e performances ao vivo - em 2000 a banda gravaria o mesmo programa em sua versão para a TV. Em 1999 a banda grava mais uma faixa, desta vez para a coletânea Tributo ao Pinheads, da então novata Barulho Records <http://www.barulhorecords.com.br/>. Inúmeros shows marcam o ano, mas em termos de estúdio ainda não era chegada a hora.Nos anos 2000 e 2001 a banda resolve incrementar o som com a entrada de mais um guitarrista, Ramon (ex PornStar e atual Sarnentos). Credenciada pelo tempo de estrada, mesmo com a ausência de registros fonográficos, abrem vários shows de grandes nomes do punk nacional e internacional como Olho Seco, Exploited e The Lurkers. Em um dos inúmeros shows de 2001 (entre eles com os Varukers), chegam a colocar mais um guitarrista (Neto, ex-ExLax), mas a formação sexteto dura apenas uma apresentação e passa direto de seis para quatro integrantes. Após um show abrindo para os Alemães do Rasta Knast, Trajano e Ramon decidem numa boa não mais fazerem parte da banda, ficando apenas com os Sarnentos. Ao invés de procurarem outro vocalista, Rodrigo e Mauricião resolvem assumir os vocais, Neto é o guitarrista e Mauricio Gau-Gau volta para a banda no lugar de Gustavinho. E justamente a influência da já citada banda alemã Rasta Knast é determinante para a remodelação do NMT. Mauricião e Rodrigo passam a revezar os vocais. O som fica mais lento e pesado, incorporando mais influências góticas e Oi!.Composições antigas são adequadas à nova realidade e os shows impressionam pela segurança, introsamento e um misto de sobriedade e insanidade de todos os membros. Mauricião, Rodrigo, Neto e Gau-Gau finalmente entram em estúdio, primeiro para a gravação de "Lif'e's a Gas", para um tributo aos Ramones a ser lançado por um selo da Argentina, e logo depois para a gravação do tão almejado CD, Devolvam Meu Vinil, pela Barulho Records.Com 13 composições - entre antigas (de 94!!!), incluindo regravações de "Morte" e "Many Side Lad", coisas bem recentes e um cover dos Slack Nipples, o lançamento estava previsto para março de 2002, mas alguns problemas na prensagem fizeram com que o primeiro álbum chegasse apenas em dezembro, na véspera da viagem da banda para Praia Grande, SP. Lá, tocaram no lendário festival Dezembro Negro ao lado de Grinders, Muzzarelas, Tropa Suicida e Inocentes - com os últimos, voltaram a dividir o palco em fevereiro de 2003 em Curitiba.Este ano também abriram para o Ratos de Porão, com quem disputaram o prêmio da revista Dynamite na categoria melhor álbum de punk/hardcore de 2002. Selecionados por mais de 300 jornalistas de todo o país, o NMT levou mais de 5400 votos ficando em quarto lugar. Em maio veio mais uma indicação. A banda concorreu ao Prêmio Saul Trompet, que contempla os melhores da música paranaense, na categoria rock. Atualmente o No Milk Today está concentrado em músicas novas para entrar em estúdio ainda este ano e gravar para a coletânea BR-116 e para o segundo álbum da banda.Atualmente o No Milk Today conta com a seguinte formação:

Mauricio Singer - Vocais, baixo e backing-vocalsRodrigo Meister - Guitarra, vocais e backing-vocals

Page 9: Curitiba Pop Festival.doc

Jahyr F.Neto - Guitarra, backing vocalsMauricio Gaudêncio - Bateria e Percussão

Do Punk Rock/Hardcore básico dos primeiros anos o No Milk Today chega a seu décimo ano na ativa ainda devotando-se aos três acordes do punk, porém calcados na vertente do Oi! e do GothRock, unindo-se a crueza do hardcore europeu e a linhas mais elaboradas e soturnas de guitarra, baixo e bateria. Vocais raivosos em dueto e coros descendentes diretos dos Toy Dolls e Misfits. Além das já citadas, outras influências são Cock Sparrer, Buzzcocks, Sisters Of Mercy, Circle Jerks, The Damned, Ratos de Porão, Varukers, Social Distortion, Sex Pistols, Inocentes, Siouxsie and The Banshees, Sham 69, 7 Seconds, Die Toten Hosen e é claro,........RAMONES.Demo-Tape "4 years 4 that?" (1998 - independente)1 faixa ("Morte") na coletânea "Lototol" (1999, + Records)1 faixa ("Many Side Lad") na coletânea "Here's the Silver Tape - 24 bandas tocando Pinheads" (1999, Barulho Records)1 faixa (Life's a Gas) em um tributo aos Ramones (2002, Argentina)CD "Devolvam meu Vinil !", 13 faixas (2002, Barulho Records)Rua Eurípedes Garcez do Nascimento, 1000 Ahú Curitiba-PR CEP- 80540-280Fone: 41- 9957-9922 - RodrigoFone: 41 - 9141-1663 - Neto

Email: [email protected] <mailto:[email protected]>

O No Milk ficou em 4? lugar dos 10 indicados para o premio da revista Dynamite na categoria de melhor album Punk/Hardcore de 2002 com "Devolvam meu Vinil". Com o primeiro album fomos indicados a uma seleç?o feita por mais de 300 jornalistas do pa?s, e mais de 5.400 pessoas votaram espontaneamente para ganharmos, concorremos com albuns de bandas de peso como Ratos de Por?o e Muzzarelas....... isso é muito foda!!!! Sinceramente n?o esper?vamos.Agradecemos a todos que votaram e apoiaram a banda de uma maneira ou outra.

saiu até na Folhateen

http://www.nomilktoday.cjb.net/

Dia 8 - sábado

23:00 - Pin Ups (São Paulo)

Depois de Alê,Eliane e Flávio terem deixado a bandapor motivos pessoais (é importante dizer que não houvedesentendimentos entre os integrantes da banda) o Pin Ups tem nova formação definida,alem de Zé Antonio(guitarra),Luis Gustavo(vocal)que fazia parte daprimeira formação da banda está de volta, Ramon(guitarra)que tocava no Strada,Pedrinho (bateria)e Chuck doForgotten Boys no baixo (embora sua permanência na bandaainda não esteja definida).Quanto a disco novo,o Pin Ups deve estar gravandoem fevereiro o Proximo disco da banda.O Pin ups é uma das bandas mais importantes do cenário indie/alternativo/escambau brasileiro.A banda debutou em vinil com o já clássico Time Will Burn, uma verdadeira revolução se você parar para pensar que antes deste disco não existia nada do tipo sendo feito no Brasil. Lançado pelo selo Stilleto no começo dos anos 90, Time Will Burn é uma

Page 10: Curitiba Pop Festival.doc

verdadeira coleção de guitarras iradas, vocais sussurados e ritmos chapados executados por três rapazes com aparência de inofensivos: Luis Gustavo, Marco e Zé Antônio.O disco foi bem recebido e logo houve um acréscimo ao power trio: a baxista Alê. A banda estava numa boa até que a revista Bizz resolveu entrevistar a "tal banda nova", publicando uma reportagem maldosa que acabou por ferrar com a imagem da banda ao estampar frases como "Nós somos a melhor banda do Brasil!", após este fato a banda passa a ser tida como arrogante, o que é uma grande besteira.Após a ida para o buraco do selo Stilleto, os Pin Ups assinam com a Zoyd, por este selo eles gravam o clássico Gash - a mellow project by Pin Ups. Com uma sonoridade acústica, muito diferente do disco de estréia, os Pin Ups conseguem novamente o reconhecimento por parte dos fãs e da parte da crítica que coloca o disco nas alturas dos melhores de 93, a mesma Bizz coloca Zé Antônio entre os melhores guitarristas do Brasil.Em 93 novamente uma troca de casa, desta vez o quarteto vai para a Devil Discos que edita Scrabby?. Voltando às raizes do barulho, Scrabby? é resultado da colaboração da banda com os produtores R.H. Jackson e João Gordo que conseguem fazer outro disco perfeito. O disco vende bem para os padrões de uma banda independente brasileira, e os shows acabam por amplificar ainda mais a fama da banda.Jodie Foster quarto disco da banda, é o primeiro aceno para as mudanças nos próximos anos. Este disco, novamente produzido por R.H e primeiro a ser lançado em CD, é a despedida de Luis Gustavo dos Pin Ups. Alê passa a comandar o baixo e os vocais.Os próximos dois anos são marcados por muitas apresentações, algumas mudanças de formação(Marquinhos também resolve sair) e algumas demos que a banda grava para não deixar a peteca cair. No meio de todas estas alterações a banda lança em 97 o um 7" chamado Single, lançado pelo selo Fishy Records.Com a formação estabilizada(Alê, Zé, Flávio e Eliana), a banda lança em 98 Lee Marvin pela Spicy Records. Toda a crítica cai de quatro para o disco, mas incrivelmente as rádios ignoram o lançamento que fica relegado aos velhos fãs dos Pin Ups, que afinal de contas, é o que vale.Em 1999 a banda lançou o maravilhoso EP BRUCE LEE com faixas acústicas, para ver comentarios sobre bruce lee, vá até discografia e clique sobre a capa do cd bruce lee.time will burn - stiletto - 1990gash - zoyd - 1991scrabby - devil discos - 1992single - fishy recs - 1997100trifuga (coletânea) - short - 1997jodie fosterdevil discos1995lee marvinspicy recs1998bruce leeshort recs1999

http://pinups.cjb.net/[email protected]

22:00 - Frank Jorge + Flu + Wander Wildener (Porto Alegre)

WW vai lançar Cd no CPF - Wander Wildner e sus comancheros - Paraquedas do coração

Page 11: Curitiba Pop Festival.doc

21:15 - Mombojó (Recife)

www.mombojo.com.brUm cd deles veio com a Outra CoisaRelease - abril/2004

A Mombojó tira do forno, após dois anos e meio de experimentos, o cd NADADENOVO. Nada de novo, simplesmente música. A banda lança o primeiro disco assim, de modo despretencioso. Mas o impacto sonoro é ousado e original. Quinze faixas que compilam melodias, ritmos e tendências múltiplas, em arranjos trabalhados com baixo, bateria, guitarra, violão de 7, teclados, cavaco, flauta, escaleta, samplers... O grupo aposta na psicodelia lírica e sofisticação dos timbres e loops para elaborar seu som. Música agradável ao esqueleto de quem vai dançar e aos ouvidos de quem quer apenas deixar o tempo passar. Rock-de-refrão, bossa-nova, lounge, surf music, jazz, clássico, samba e outras referências são elementos num complexo de sonoridade singular que, ao final, é apenas música... fácil de ouvir, cool.

Desde sua formação em abril de 2001, a Mombojó tem colecionado experiências importantes e que ajudaram a compor o trabalho atual. Já em 2002 a banda participaria dos principais eventos musicais de Pernambuco, tendo recebido o seguinte comentário acerca de sua apresentação no 10º Abril pro Rock: (Jornal do Brasil/Sílvio Essinger, 23/04/02)- "Os novatos da Mombojó... foram a grande revelação da nova cena de Recife na noite de domingo, com sua música de alto poder combustível, feita com guitarras, computadores e cavaquinhos".

Em 2003, o grupo foi contemplado com recursos do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Recife para produzir o Nadadenovo. Gravado e mixado em Recife nos estúdios Fábrica, Mr. Mouse e Poço, com produção musical de Igor Medeiros e Mad Mud (Leo D & William P), e masterizado em São Paulo por Carlos Freitas (Classic Master), o disco representa o trabalho da Mombojó desde sua formação inicial. A banda segue de forma natural a tendência mundial de se fazer música de qualidade com produção independente, inclusive disponibilizando em seu site na Internet todas as faixas do Nadadenovo para download gratuito.Após o lançamento do disco no finalzinho de 2004, o grupo conquistou visibilidade nacional através de resenhas diversas, algumas das quais são resumidas a seguir: (Folha de São Paulo/Alexandre Matias, 30/01/2004)- "Efeitos sonoros se confundem com dramas amorosos, graves espetaculares chocam-se com improvisos jazzísticos, cada músico indo para um lado, e é justamente essa disparidade de papéis que dá a surpreendente --e madura-- unidade sonora do grupo... Nadadenovo avisa pro resto do Brasil que este ano os trabalhos começam antes do Carnaval, com um disco surpreendente, coeso, reverente e, que beleza, divertido. (Alexandre Matias concedeu 4/4 estrelas ao CD)". (Revista TRIP/Hermano Vianna, 17/02/2004)- "A bola que Jorge Ben passou pra Fred 04 agora esquenta o gogó do vocalista Felipe. Sonho então com o Credicard Hall lotado, e Felipe cantando músicas como 'Merda'. O mestre alquimista diria: 'Que maravilha!'." (Ronca-Ronca/Maurício Valladares, 11/02/2004)- "Ouve-se de tudo em Nadadenovo (o título não é à toa) - surf music, Mundo Livre, Ed Lincoln, Buzzcocks, Los Hermanos, Stereolab... e por aí vai. Torço para que eles sigam em frente (caramba, a média de idade da banda é 20 anos!) e tenham tempo de mostrar um disco que não dê mole para os da cara feia. A 'palinha' passada nesse lançamento aponta para um dos mais criativos grupos surgidos nos últimos anos!"Ao completar três anos de formação em abril de 2004, o disco ganha distribuição nacional como encarte da Revista OutraCoisa, a chamada "revista de Lobão, à venda em milhares de bancas de jornal e postos de gasolina do país!

felipe s - voz

Page 12: Curitiba Pop Festival.doc

samuel - baixovicente machado - bateriamarcelo machado - guitarrao rafa - flautachiquinho - teclado e samplermarcelo campello - violão, cavaquinho e escaletaluciano meira - produçãojoli campello - imprensalindenberg oliveira - técnico de PApedro moreira - técnico de monitor

contatos:: www.mombojo.com.br // [email protected]

Bons Sons 2004 I - MombojóAlexandre Matias

O disco de estréia do grupo de Recife é a prova que discos são os novos livros - que experiência, sentimentos, narrativa e racionalização podem ser transmitidos em pequenos objetos ritualescos que fundem letras e música, privilégio antes restrito ao universo das letras. Isso explica a maturidade de Nadadenovo, que, mesmo composto por moleques com idade entre 17 e 21 anos, parece erguer-se com a sobriedade do sertão apocalíptico que reúne Patativa do Assaré, Chico Science, Hermeto Paschoal e Zé Ramalho numa tensa mesa de buraco. O baralho ganha sentido metafísico e cada carta posta à mesa tem ares dramáticos e divinatórios: naipes e rostos que se confundem com a tensão histórica daquela partida, dissipada entre vibrafones, flautas, guitarras com eco, cavaquinho, vocoder, percussão e scratches. Jogo rígido, não se trocam palavras, apenas lentos gestos com as mãos, olhos ou pescoço. O volume de som da banda não deixa ouvir o som lá fora e não dá pra saber se o barraco em que estão é do lado da praia ou no meio da mata. Está quente e escuro, apenas umas lamparinas, rodeadas por mariposas, iluminam a pequena casa de madeira. A guitarra distorcida e a pegada rock da bateria no miolo de "Deixe-se Acreditar" (que abre quase caribenha, quase surf music) parecem testar a paciência dos jogadores, mas a letra não os deixam esquecer a natureza do próprio jogo:"Eu vou te levar aonde você quer chegar Eu tenho a chave nada impede a vida acontecer Deixe-se acreditar Nada vai te acontecer Tudo pode ser Nada vai te acontecer Não tema Esse é o reino da alegria"E por mais que os rostos dos quatro profetas se contorçam de preocupação frente números e letras vermelhos e pretos, a banda apazigua o momento com doses simultâneas de leseira e calor instrumental, dissolvendo gêneros alheios e diferentes idades em um caldo sonoro novo e cheio de personalidade. O Mombojó repete o ritual mágico de seus antecessores, que assimilaram escolas culturais, densidade dramática e as conseqüências da urbanização - e eletrificação - do sertanejo em fluxos viscosos de palavras, ritmo e estranha musicalidade, tão latina quanto árabe e africana, mas intensa e irreversivelmente brasileira. Seria reducionismo chamar de jazz, pós-mangue beat, MPB ou pós-rock: são rótulos genéricos, que determinam mais linhagens e árvores genealógicas do que sonoridades propriamente ditas. A passagem do gangsta rap "Discurso Burocrático" para o baião trip hop de "A Missa" soa como uma transição interdimensional, em que o grupo mostra o quão proficiente é em diferentes idiomas. E a carga trágica de Nadadenovo, quase sempre vermelho de sangue, ajuda a engrossar a mistura, dando-lhe tutano e sustança suficientes para que o título soe quase como uma ironia, dita com uma modéstia cínica cujo paradoxo parece refletir a época em que vivemos.Nadadenovo

felipe s - voz

Page 13: Curitiba Pop Festival.doc

samuel - baixovicente machado - bateriamarcelo machado - guitarrao rafa - flautachiquinho - teclado e samplermarcelo campello - violão, cavaquinho e escaleta1. cabidela (música-felipe s / letra- felipe s & china)2. deixe-se acreditar (música - felipe s / letra- felipe s & china)3. nem parece (música e letra- felipe s & vicente machado)4. discurso burocrático (música e letra- felipe s)5. a missa (música- felipe s / letra- felipe s & marcelo machado)6. absorva (música e letra- felipe s & samuel)7. o céu, o sol e o mar (música- felipe s / letra- felipe s & china)8. adelaide (música- marcelo campello / letra- china)9. duas cores (música e letra- felipe s)10. estático (música-felipe s / letra- china)11. merda (música e letra- felipe s & marcelo campello)12. splash shine (música- felipe s & o rafa / letra- felipe s)13. faaca (música- felipe s & chiquinho / letra- felipe s & maurício silva)14. baú (música- felipe s, marcelo campello & o rafa / letra- felipe s)15. container (música e letra- felipe s)

Revista OutraCoisa (www.revistaoutracoisa.com.br) - China

O que se pode esperar de um monte de moleques que são amigos desde a infância e cresceram vendo de perto toda a efervescência da cena musical pernambucana? No mínimo uma banda de rock. Mas o Mombojó, que curiosamente estreou no dia primeiro de abril de 2002 (dia da mentira), conseguiu ir muito além das paredes do pequeno estúdio em que ensaiava. Não são apenas mais uma banda, e sim, uma grande família, ou até mais, um verdadeiro mundo que eles criaram para fugir dos clichês impostos pela mídia.

No "mundo Mombojó" não há espaço para rótulos, hierarquias ou padrões de comportamento. Música de trabalho, nem pensar, e os conceitos estabelecidos pela sociedade são deixados de lado para que a imaginação possa correr livre, sem redomas. Tudo sem muito aperreio e na mais santa paz, numa realidade paralela à nossa.

Essa descentralização estética é a marca da banda, a começar pelo nome, que até parece ter sido tirado de algum ritual afro-brasileiro, mas que na verdade não quer dizer nada. É apenas mais uma das brincadeiras desses moleques que, assim como Chacrinha, vieram para confundir e não para explicar.

Os sete integrantes da banda têm papel fundamental dentro desse "mundo", cada qual na sua função, respeitando as diferenças e trazendo sempre novas idéias que nunca ficam de lado. No fim, tudo vira música, e o que não é necessariamente melodia acaba rendendo boas risadas, como o bloco de carnaval Bomba Meu Ovo, o Segundo Sábado (encontro mensal no qual os amigos se reúnem para relembrar as histórias dos tempos de colégio), a Del Rey, que faz releituras para os clássicos de Roberto e Erasmo Carlos, e milhões de outros projetos que eles não param de inventar.A trilha sonora desse mundo que os caras construíram é cheia de referências conhecidas (João Gilberto, Stereolab, Tom Jobim, Titan, Garoto, Can), mas que somadas soam como algo realmente novo e bastante autoral. Enquanto Chiquinho passeia os dedos no teclado, Samuel Vieira sacode com muita responsabilidade os graves do seu baixo. O Rafa e Marcelo Campello se divertem no playground, alternando-se entre

Page 14: Curitiba Pop Festival.doc

violão, cavaquinho, escaleta e flauta. Os irmãos Vicente (bateria) e Marcelo Machado (guitarra) imprimem um estilo inconfundível de tocar, e Felipe S., letrista e autor da maioria das músicas, costura a manta sonora dos seus parceiros com uma voz aveludada e cheia de nuances.

O passaporte para esse reino da alegria é o disco de estréia da banda, Nadadenovo, lançado inicialmente pela lei de incentivo à cultura da Prefeitura de Recife. No disco, letras bem sacadas e harmonias de deixar maestro com o cabelo em pé.

Se você ainda não ouviu, ou duvida que possa existir um mundo novo, os meninos do Mombojó avisam: "Deixe-se acreditar."

Por China**China foi vocalista da finada (e inesquecível) banda pernambucana Sheik Tosado e está lançando seu primeiro disco solo pelo selo Cardume, da EMI.

20:30 - Relespública (Curitiba)

www.relespublica.com15 anos de estrada19:45 - Ludov (SP)LUDOV - DOIS A RODAR EPHá algum tempo, você deve se lembrar, havia o "roqueiro". Ele nem precisava ouvir apenas rock, realmente, mas era o cara que sabia o nome dos três guitarristas que tocaram com Keith Richards nos Rolling Stones, que tinha centenas de discos em casa (nunca emprestava para ninguém), era um bicho meio caladão, não se misturava muito nem com a turma do fundão nem com os CDFs da classe e, especialmente, estava sempre disposto a descobrir as "novidades" da música. Bandas novas, discos novos, qualquer coisa nova. Nos anos 80, esse elemento passou a ser chamado de "alternativo" ou "indie" ou algo assim. Depois, quando as rádios passaram a tocar quase que somente exclusivamente Red Hot Chili Peppers, quando as revistas de música acabaram e os cadernos culturais foram falar mais de mercado do que de música, nosso amigo ficou restrito aos guetos underground. De qualquer forma, tanto faz, porque você não precisa ser um "roqueiro", um "alternativo" ou um indie kid para ouvir, entender e gostar do que o Ludov faz.

Este é o espírito. O Ludov já trilhou todo o circuito indie quando se chamava Maybees e chegou tão alto quanto uma banda "indie", com suas letras e inglês, olhar tristonho e gola-olímpica, pode chegar: dois discos independentes gravados no capricho, elogios de artistas do mainstream, da grande imprensa, público fiel, agenda de shows constante. Dali, era ou mudar para Londres para lavar pratos e viver mandando notícias de suas "turnês internacionais" por bibocas de Leeds ou trilhar mais uma vez o mesmo circuito, falar para as mesmas pessoas e ouvir os mesmos elogios. O quinteto paulista fez o que de mais corajoso e certo poderia fazer: Fechou para balanço, ergueu a pernoca e subiu o próximo degrau.

Foram dois anos compondo lentamente um novo repertório, burilando letras, arranjos, estudando timbres, criando músicas, descartando outras. A formação manteve-se praticamente a mesma: Vanessa Krongold (voz e violão), Mauro Motoki (guitarra, teclados e voz), Eduardo Filomeno (baixo), Habacuque Lima (guitarra e voz) e Vlad Rocha (este o novo integrante, na bateria). Os shows foram poucos e estratégicos, para testar as novas canções frente a velhos e novos fãs - para um grupo que desde 1995 passeia pelo Brasil todo mostrando sua música, a ausência deve ter sido complicada. Neste meio-tempo, Mauro Motoki compôs com o Ira! (o single "Milhas e Milhas"), Vanessa cantou com o Ira! e Pato Fu. Todo mundo travava contato com a nova cena de

Page 15: Curitiba Pop Festival.doc

pop nacional (Bidê ou Balde, Frank Jorge, Los Hermanos) e pegava gosto por fazer-se entender em português. Depois de tudo, com Dois a Rodar, o EP que o Ludov acaba de tirar do forno, a ausência foi plenamente justificada.

A bem da verdade, a essência do som da banda ainda é a mesma - pop redondo reconhecível há quilômetros, com arestas cortantes delicadamente concebidas -, o que não explica muito, porque esta é a essência do bom pop de guitarras desde os Beatles até o Kid Abelha. O Ludov faz canções, com esmero e domínio da linguagem, com melodias assobiáveis como profissão de fé, mas com vocação jovem, urbana, por DNA. No fundo, o que separa o bom do mau pop é a convicção com que você veste a camisa - quem o faz pela fórmula, como uma concessão, está fadado ao fracasso. O Ludov passa longe disso: Dois a Rodar é uma sessão de pouco mais de 20 minutos mostrando que o pop inteligente, como desafio, no Brasil, não ficou restrito aos melhores momentos dos anos 80.

O disquinho é variado no conteúdo, mas transpira personalidade própria - o paradoxo é explicado por uma banda ao mesmo tempo estreante e veterana. "Dois a Rodar" é romantismo barroco, quase um tango guitarreiro, com versos cheios de volutas e levemente oníricos; "Da Primeira Vez" parece Antonio Marcos reencarnado no ano 2003, grudenta e evidentemente ótima para ouvir no meio de uma platéia; "Aconteceu" vem na seqüência conduzida pelo piano, mas com muitas guitarras e um clima de esperança escondido sob versos como "e num palco vazio, você me deixou/ a luz se apagou". O clima muda com "Trânsito", pepita pop com letra de amor delirante (platônico, claro, como só a voz de uma garota pode legitimar); "Princesa" é a mais radiofônica ("pra tocar em que rádio?" o cínico de plantão vai perguntar), uma balada conduzida ao violão que mistura cenas do cotidiano com uma meta-linguagem levemente surrealista ("como seria melhor se não houvesse refrão nenhum/ mas há"); "Melancolia" fecha o disco usando elementos lounge para suavizar seu clima de insônia e mau-amor a que o título se refere. A idéia do quinteto é usar Dois a Rodar para voltar aos palcos, enquanto negocia com selos e gravadoras interessadas, com rádios, com a imprensa.

As FMs jovens estão cheias de músculos, tatuagens, dreads e bermudões street-wear, mas vazias de canções que falem sobre um dia na vida de seu ouvinte (ou de seu leitor, ou de seu público-alvo). Ou seja, vazias do bom pop. "Vamos falar a mesma língua para o nosso bem", verso de "Da Primeira Vez", já diz tudo. O Ludov tem o que dizer desde os tempos de underground. Agora resolveu abrir as portas para o grande público. A festa começa.Ricardo Alexandre*junho 2003* Ricardo Alexandre é jornalista, autor do livro 'Dias de Luta - O Rock e O Brasil dos Anos 80'.Vanessa KrongoldVoz e Violão

Eduardo FilomenoBaixo

Mauro MotokiGuitarra, Teclado e Voz

Paulo "Chapolin" RochaBateria

Habacuque Lima

Page 16: Curitiba Pop Festival.doc

Guitarra e Voz

Caso necessite de mais informações sobre a banda, entre em contato pelo e-mail [email protected] <mailto:[email protected]>.

19:00 - Pelebroi não sei (Curitiba)

"Esses caras são uns manés" - foi a frase que eu disse na primeira vez que eu os vi ao vivo. Logo então eu quebro a cara e dou o braço a torcer pros caras. Essa é uma das bandas mais legais de Curitiba. Punk-rock enérgico, apresentações insanas. Alegria garantida em suas letras e performances. Não deixe de ter esse Cd e nunca, por tudo que existe nesse mundo, nunca perca um show dos caras.

18:15 - Autoramas (RJ)

"VIDA REAL"/ 2001 - Astronauta Discos/Universal MusicDeus me deu um cérebro/ Você não soube me amar/ Copersucar/ Eu era pop/ Sonhador/ Paciência/ A história da vida de cada um/ Minha guerrilha particular/ Stress, depressão & síndrome do pânico - Mais ou menos/ Rio-São Paulo/ Aquela/ Magma/ Bônus: Autodestruição/ Carinha Triste"STRESS, DEPRESSÃO & SÍNDROME DO PÂNICO"/ 2000 - Produzido por Carlo Bartolini - Astronauta Discos/UniversalFale mal de mim/ Carinha triste/ Ex-amigo/Agora minha sorte mudou/ Autodestruição/ Jogos olímpicos/ Tudo errado/ Eu não morri/ Boa-fé/ Bahamas/ Ação/ Catchy Chorus/ Souvenir"MOTOCROSS" /2000 - Monstro DiscosCompacto simples em vinil preto, com duas faixas instrumentais ("Bahamas " e "Motocross" <motocross.mp3>)DEMO-TAPE/ 1998 - Produzido por Carlo BartoliniAção/ Tudo errado/ Catchy Chorus/ Eu não morriEm dezembro de 2002, o Autoramas rodou o Japão em turnê com o alucinado trio japonês Guitarwolf"

Nada pode parar os Autoramas*** start transmissionDelta 7 para nave-mãe, Delta 7 para nave mãe: identificamos no radar três caças estelares rebeldes. Identificação positiva. Os pilotos são os renegados conhecidos em toda a galáxia como Autoramas. Acessando o sistema de informação:"Cinco anos e meio, e não-sei-quantos mil quilômetros depois, os únicos Autoramas envenenados com um hiperpropulsor do planeta, continuam aterrorizando o circuito rock intergaláctico. Depois de estender seus domínios até o Japão, o trio de humanóides capitaneado pelo líder rebelde Gabriel Thomaz (guitarra & vocal) se uniu a oito produtores maquiavélicos e à suspeita gravadora independente Monstro Discos, a fim de levar adiante mais uma etapa do seu ambicioso plano de dominação do universo e adjacências. Por esse motivo, as entidades alienígenas Rafael Ramos , Carlos Trilha e Jimmy London & Fausto Prochet, do setor Rio de Janeiro; Júnior Ribeiro & Iuri Freiberger , do quadrante Porto Alegre, e Clayton Martin & Marco "Butcher" do maligno eixo de São Paulo, também se encontram foragidos da justiça planetária. E o próprio Capitão Thomaz pilotou a produção de dois fonogramas.As unidades imperiais têm se empenhado em vasculhar os planetas do Anel Extremo, provável esconderijo dos Autoramas, mas até agora não foi possível a captura de Gabriel e seus comparsas, a replicante psicopata Simone do Vale (baixo & vocal) e o especialista wookie em dispositivos eletrônicos "Chew" Bacalhau (bateria). O fracasso das nossas missões acabaram por tornar possível mais um atentado sônico do trio.

Page 17: Curitiba Pop Festival.doc

"Nada pode parar os Autoramas" é uma ameaça visceral - embora muito dançante - contra a hegemonia da federação interplanetária.Da primeira à décima terceira faixa, os Autoramas se apoiam em cada megatom da sua artilharia sonora subversiva para zombar do Império e, assim, amealhar novos correligionários para o seu ladinho debochado da Força. Nossos osciloscópios detectaram decibéis acima dos limites da lei em "Você Sabe" e "Rei da Implicância", na qual Gabriel desafia as autoridades imperiais com a sua verve implacável. Em "Megalomania", o beligerante Capitão Thomaz dispara o seu blaster contra o status quo, enquanto "O inferno são os Outros", escrita por Simone, toma emprestado uma frase antisocial de Sartre para celebrar o hedonismo.E a sucessão de crimes não pára por aí. Resultado da parceria entre os agentes do serviço de inteligência rebelde Renato (Canastra) e Nervoso (primeiro droid de bateria do Autoramas), "O Bom Veneno" destila acidez, enquanto "Ressaca Moral" resgata a urgência catártica que as canções rrrrock eram capazes de expressar, anos luz antes da implementação do nosso programa de inteligência artificial para a produção industrial de sucessos."Beleza" é a afirmação do estilo marcante do infame Capitão Thomaz. Temos que confessar que nossa equipe precisou dobrar a dosagem de soma para não se render aos efeitos homeostáticos dessa canção em particular. E o phaser catódico do Autoramas segue disparando neste intrigante artefato digital, como na dinâmica robótica de "Nada a Ver". A propósito, precisamos verificar os arquivos sobre uma forma primitiva de comportamento antropóide denominada New Wave.Finalmente, precisamos apurar se houve algum defeito na sequência de logaritmos da programação mnemônica a qual foram submetidos os Autoramas antes da sua fuga de Naboo. Definitivamente, a sensibilidade dos rebeldes continuou intacta, como na alegoria meta-dor-de-cotovelo de "Resta Um" e na mordaz "Caso Perdido".E como se escapar aos nossos aparatos de supressão cognitiva por raios-gama não fosse o bastante, os Autoramas ainda registraram a bela "Música de Amor", do casal Gabriel e Érika (fugitiva do complexo de Mos Espa e líder da unidade de resistência Penélope). Também tentamos analisar a estranha frequência eletromagnética instrumental "Multiball", emulada no encerramento do arquivo, mas nossas telas de diagnósticos sofreram danos irreparáveis."Delta 7 para nave-mãe... vocês estão nos ouvindo, câmbio? Os caças rebeldes estão se aproximando... Nave-mãe, aqui é Delta 7... responda! Oh não, fomos atingidos! Malditos Auto...ra..maaaaas...*** transmission [email protected] gabriel, simone, bacalhauA maioria dessas bandas participa no Jornal da mtv apresenta bandas novas

17:30 - Excelsior (Curitiba)

www.excelsiortheband.com"Não ganhamos dinheiro, nao esperamos a fama e nao queremos mudar o mundo. mas é algo tao essencial apra nós quanto respirar.Um grande conhecido nosso já falou algo sobre as canções que podem nos salvar e o respeito q devemos a elas. Acho que isso ja diz mutoAline Roman (voz)Rodrigo Stradiotto (guitarra, violão, voz)Rafael Martins (guitarra, teclado)Denis Nunes (baixo, piano)J.C. Branco (bateria)É difícil ouvir a Excelsior e não querer observar os detalhes que fazem-na hipnotizante. A voz suave de Aline Roman é a maior causa disso, mas a estrutura de guitarras não fica para trás. O E-Bow, que permite a vibração das cordas, promovendo um clima violino à guitarra, é notado em diversas músicas. "A Day Like This", uma delas, ganha

Page 18: Curitiba Pop Festival.doc

um clima Cat Power, pelo natural realce à melancolia de voz. Em outras boas canções, o dueto com uma voz masculina remete a Delgados, sendo sustentando com baixo e bateria agradáveis e sem peso, como em "Even You Consider (...)". Passeiam, ainda, por uma estética 80's, como em "When You're Around". É importante destacar que a banda tem uma cara própria, não se confundindo com suas influências. Sabem usar o legado que lhes convém, ao qual acrescentamos My Bloody Valentine, inclusive pelo modo de usar a alavanca, promovendo um ambiente dissonante. É o caso da instrumental "Perfect Morning", que ganha com uma linha de baixo dinâmica e autônoma. De quebra, um acordeon torna mais graciosa a balada acústica "The Invisible One", que não supera "The Ride", quando Aline rouba a atenção para a belíssima melodia de voz. Sempre em inglês, se o país do futebol não assimilar, lá fora haverá quem assimile. Excelente!por Rogério Alvarenga

16:45 - Grenade (Londrina)

No início da década de 90 Rodrigo Guedes integrava a banda piracicabana Killing Chainsaw, pioneira do chamado rock alternativo nacional. A banda gravou dois discos (Killing Chainsaw, 1992 e Slim Fast Formula,1993) e deu início a uma nova geração de músicos e bandas independentes que surgiram anos mais tarde.Em 98, Rodrigo retornou de forma bastante particular, gravado suas músicas em casa, sem obrigações artísticas, tomando conta da gravação, produção e até mesmo distribuição de seus discos. Convidando amigos para algumas gravações e eventuais shows, nasce o Grenade.Em menos de 2 anos lança 3 álbuns, (A child´s Introduction to Square Dancing, 98 / Out of Body Experience, 99 / Shortwave Young Love Kingdom,99).Além da distribuição de seus discos pelo selo Ordinary Recordings (São Paulo), após alguns contatos, o selo Duckweed Records (Seattle, USA) começa a distribuir seus discos também nos USA.

Em 2001 o Grenade assume sua forma definitiva como uma banda de rock. Contando com Eric, integrante do Grenade e parceiro de Rodrigo desde 99, Eduardo e Paulo, começaram uma nova etapa, mais orgânica e voltada para os palcos. Neste ano a banda fez shows em várias cidades (Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Maringá, Londrina, Sorocaba, Goiânia) e participou de quase todos os grandes festivais independentes nacionais: Balaio Brasil, Circadelica, Geração Pedreira, UPLOAD e Goiânia Noise Festival.Em 2003 o Grenade está pronto para retornar as gravações e começa a preparar o primeiro disco como banda. 16 canções são registradas ao vivo num pequeno estúdio em Londrina e masterizadas nos USA. Após definir o lançamento com a gravadora Slag Records e enquanto aguarda o disco fica pronto, a banda lança uma compilação de músicas inéditas chamado Splinters (2000#2002) através do selo Bay King Music (BH). São 14 músicas que encerram a primeira fase da banda.Em janeiro de 2004 sai o tão aguardado cd "GRENADE" (Slag Records). O novo Grenade está melhor do que nunca e a mudança será conferida nos palcos durante o ano, mostrando definitivamente porque o tempo e a espera foram importantes para banda

HUMBERTO FINATTI - REVISTA DYNAMITEGRENADE DE VOLTANome dos mais lendários da constelação principal da indie rock scene brasileira, o quarteto paranaense Grenade hibernou por um tempo razoável até lançar finalmente seu novo e aguardado trabalho. "Grenade", o disco, é o quinto álbum (excetuando-se uma fita demo e um EP) do grupo liderado pelo guitarrista e vocalista Rodrigo César, 31 anos, e que agora é acompanhado pelos músicos Eric (guitarra), Paulo (baixo) e

Page 19: Curitiba Pop Festival.doc

Vitor (bateria). Agora, porque o Grenade já foi uma banda de um homem só - nos primórdios de sua trajetória com o Grenade Rodrigo compunha, tocava e gravava tudo praticamente sozinho, de maneira quase artesanal, tal qual um bardo solitário à la Bob Dylan em sua fase mais afolkalhada. Tempos depois ele sentiu a necessidade de trabalhar em grupo novamente, montando a formação que permanece até hoje, praticamente inalterada.O grupo, na verdade, surgiu das cinzas de outra formação lendária do indie rock nacional do final dos anos 80/início dos 90: o piracicabano Killing Chainsaw. O quarteto, formado por Rodrigo em 1989, chegou a lançar dois discos (pela independente Zoyd Music e pela extinta Roadrunner, atual Sum Records) e durou até 1995, quando o guitarrista nascido em Brasília já havia se mudado de Piracicaba (no interior de São Paulo) para Londrina (no Paraná), para onde foi por conta de seu casamento e da mudança do restante da família para lá. Na cidade, além de continuar dando vasão à sua paixão pela música em geral e pelo rock'n'roll em particular, Rodrigo também abriu uma agência de publicidade. "Mas a minha vida é mesmo a música", diz o vocalista em entrevista para a coluna. "Eu preciso do Grenade, senão eu piro. É claro que eu acho legal trabalhar com a agência, mas se for para optar entre um e outro, é claro que eu ficarei com a música".O Killing Chainsaw possuía uma dinâmica sonora bem diferente do que Rodrigo viria a fazer com o Grenade. A praia do grupo era centrada em guitarras tratadas a noise e feedback, com clara inspiração no som de guitar bands oitentistas como The Jesus And Mary Chain, Sonic Youth ou My Bloody Valentine. Quando decretou o fim do KC e partiu para a criação do Grenade, a cabeça do guitarrista já estava em outras paragens sonoras. "Eu sempre ouvi de tudo", diz Rodrigo. "Por exemplo, ando ouvindo muito rap experimental americano. Mas eu nunca vou deixar de gostar de coisas sagradas como Stones, Dylan, Neil Young. É justamente por causa disso que o Grenade é tão diferente do que o Killing Chainsaw era: nós somos uma banda que não possui uma cara. Eu quero, isso sim, que o grupo possua uma personalidade. O novo disco é bem rock mas o próximo, com certeza, vai ser completamente diferente", completa ele. E quando fala do próximo disco, o guitarrista e vocalista não está sendo apressado: "já temos material inédito para preencher três novos discos. Por isso, eu pretendo lançar mais alguma coisa nova até o meio deste ano", revela. Afinal, o álbum que acaba de sair (através da parceria Slag Records/Trama) foi gravado, na verdade, em novembro de 2002. "Sim, demorou um pouco pra sair", admite Rodrigo. "E demorou por causa dos problemas de sempre: as fábricas estão sempre com suas prensas ocupadas com a produção da tiragem das majors, eu fui finalizando o disco aos poucos ao longo do ano passado por causa do meu trabalho na agência etc".Mas, ao ouvir o material contido no quinto e homônimo álbum de um conjunto que já ganhou status de cult band no Brasil (custa a lançar discos; excursionar então, é uma raridade, embora Rodrigo jure que neste ano vai por o pé nos palcos e na estrada, começando a tocar já nas próximas semanas em Londrina e Curitiba para depois chegar a São Paulo), quem haverá de se importar se as faixas foram gravadas há mais de um ano? O disco do Grenade exibe uma beleza musical escandalosa e uma qualidade sonora aviltante no bom sentido - gravado em Londrina mesmo (com a mixagem sendo realizada de forma "caseira", na própria casa de Rodrigo), foi masterizado nos Estados Unidos pelo engenheiro de som Steve Fallone, um sujeito que já masterizou discos do Luna, do Sonic Youth e... voilá!, o aclamado "Room On Fire" de uns certos Srokes. É, sem nenhum favor, um dos melhores álbuns de ROCK (com maiúsculas) já concebidos por uma banda brasileira e disparado o melhor disco lançado por aqui nos últimos meses. Quem duvidar que ouça os acachapantes insights de folkismo estradeiro (em "Turn The Page" ou na curta, porém, belíssima "Top Of My Head"), os rock psicodélicos com um quê de Stones/The Byrds (em "Rainmaker" e "Gooday") ou os eflúvios de Neil Young (pode escolher entre "Erase Your Head" ou "Moving On"), tudo costurado de forma magistral em um disco que exibe o equilíbrio perfeito entre rocks eletrificados e canções de inebriante bucolismo e docilidade. E,

Page 20: Curitiba Pop Festival.doc

como se não bastasse tudo isso, todas cantadas em perfeito inglês (ainda uma das grandes deficiências dos grupos indies daqui que se aventuram a compor no idioma de Shakespeare) sem nenhum sotaque.

ALEXANDRE MATIAS - FOLHA DE SÃO PAULO"Hora de virar a página", canta Rodrigo Guedes, que antes respondia como a banda de um homem só Grenade, logo na primeira faixa de seu novo disco. Mas a mudança --significativa-- só pode ser percebida da segunda faixa ("Old Wish") em diante, quando o conjunto de guitarras, baixo e bateria parecem dizer o mesmo que Guedes quer enfatizar: "Grenade é uma banda".Para salientar a unidade do grupo, o novo disco se chama apenas "Grenade" e os quatro membros dão as caras na capa. A sonoridade vai além do folk americano com referências de rock clássico e experimentos de eletrônica que marcava a primeira fase do Grenade, quando apenas Guedes jogava em todas as posições."A intenção era começar do zero mesmo", conta o guitarrista. "É a primeira vez que eu vou fazer shows com músicas que as pessoas podem ouvir no disco."Lançado pela paulistana Slag, o CD foi masterizado por Steve Fallone, que pilotou a mesa no "Room on Fire" dos Strokes e trabalhou com Beulah, Sonic Youth e Luna. Com ele, o disco ganha corpo e peso surpreendentes.Guitarrista do melhor eco do Sonic Youth no Brasil, a banda piracicabana Killing Chainsaw, Guedes mudou-se para Londrina no meio dos anos 90 e começou a compor e gravar em casa. Logo estava colando pedaços de som sobre as bases folk e valorizando a estética lo-fi de gravação. Assim batizou o trabalho: se a guitarra distorcida era a motosserra do título de sua banda anterior, as novas músicas eram arremessadas à distância, enquanto ele esperava ouvir a reverberação solitária mais adiante --uma granada.Sozinho, gravou quatro discos, entre eles o excepcional "Grenade Is an Out of Body Experience" (99), também lançado nos EUA.Mas quando começou a cogitar a possibilidade de sair do estúdio e voltar aos palcos, lembrou-se de como era estar de novo em banda. "Quando você está num quarto tocando com seus amigos, chega uma hora que o tempo pára. E isso é muito mais importante do que modismos, estilo, rebeldia, autenticidade rock'n'roll."O novo disco foi gravado em Londrina e entregue pronto para a gravadora Slag. "O som ficou mais conciso, colado mesmo".Influenciadas pelo rock inglês dos anos 70, faixas como "Rainmaker" mostram que o Grenade está afiado como grupo e sólido como banda de rock clássico.

EXPLODINDO NO VOLUME 11Amauri Stamboroski Jr. comenta "Grenade"

A granada me pegou no estômago. Tudo começa limpinho, violão e voz só. E palmas. A música alegre destoa do folk soturno que marcou os outros discos do Grenade. A letra avisa: "It´s time to turn the page/ I brought all the strings of rage". O nome da faixa é o mesmo de uma canção de Bob Seger, "Turn the page". Uma introdução de 48 segundos apenas. E as guitarras jorram nos ouvidos. E te agarram o estômago. "Old Wish" começa o massacre. Bateria redondinha e riffs marcantes, preparando o ouvinte para o golpe seguinte, "Rainmaker". Grande parte dos fãs da banda já conhecia a versão protótipo da música, disponível no site da banda (www.grenade.com.br), porém todas as vezes que ouvida ela lança um balde de adrenalina no sangue e faz você ter vontade de sair pulando por aí. "Rainmaker" contém provavelmente o melhor riff de 2004. Tou pra ver alguém desbancar."Gooday" baixa o ritmo mas não a animação. Otimista, o refrão diz: "It´s a good day/ The sun shine your way". No final "Good day sunshine" dos Beatles, com o refrão sampleado, denuncia a influência para quem ainda não a adivinhou no título. Mais lenta ainda, porém pesada na medida, como se tudo em volta desabasse, "Raise your

Page 21: Curitiba Pop Festival.doc

head" segue apoiada na eficiente linha de baixo. As guitarras vão hipnóticas, avisando psicodelia brava. "For Her" abraça Abbey Road, novamente Beatles, e tira uma balada bem resolvida. "Secret Trick" volta ao hard rock, e "Walk On Glass" explica o que deve ser feito em 2004: "Wake up, walk on glass". "Moving On" é country distorcido, um efeito leve na voz e guitarras segurando a porteira. Os violões e a voz de Rodrigo Guedes, somados à percussão leve fazem "Top Of My Head" uma música do período anterior do Grenade, sem soar estranha, provando a coesão entre as duas fases da banda. "Going Home" vai e volta, sobe e desce sem perder a doçura e o amargor. Se o Dinosaur Jr. Tivesse nascido nos anos 70 comporia "The Ride", o cheiro de psicodelia exalado por todos os poros e conduzido por uma guitarra que não dá descanso, com um timbre sólido e ao mesmo tempo delicado. Pontuada entre duas vinhetas, "Tonight" atualiza o blues a espasmos de baixo e violões espertos, até a guitarra entrar elegante e crescer com a música. O volume vai aumentando, os instrumentos enterram a voz e entram numa jam, até o final catártico. "Leave Me Alone" arrasta-se em Pink Floyd pré Dark Side Of The Moon, terminado com guitarras ao contrário.A mixagem do disco também é um capítulo à parte. Timbres muito bem trabalhados, distribuição dos instrumentos perfeita, a produção soa impecável e combina com o clima do disco. Vale lembrar que a masterização foi feita nos EUA por Steve Fallone, responsável pela master do novo disco dos Strokes, Room On Fire."Grenade" pode soar estranho para o público acostumado com a calmaria desesperada do momento anterior do grupo, talvez porque é um disco de transição, e por isso mesmo não tão "fácil", e marca a transformação do projeto solo de Rodrigo Guedes em uma banda sólida. Não à toa, o disco leva o nome da banda, como numa estréia. Nada segura melhor os alicerces de uma banda do que rock na essência. Aí vem Grenade: um disco de rock, com todos os prós e os contras que nascem dessa constatação. Situa-se exatamente no momento em que a psicodelia encontra-se com a garagem e divide-se em hard rock e progressivo. Poderia perfeitamente ser lançado em 1969. Em 2004 soa excelente, deslocado e lindo. Para melhorar, só ouvindo alto e acompanhado de [email protected]

16:00 - Poléxia (curitiba)

Poléxia é uma banda de sonoridade "pop-alternativa" formada por Rodrigo Lemos (voz, guitarra e violão), Raphael Santos (baixo), Juninho Jr. (bateria e percussão) e Eduardo Cirino (teclados), desde o início de 2002.A Poléxia faz uma abordagem ampla de assuntos em sua arte, prezando sempre pela autenticidade e assumindo compromisso com a qualidade dos arranjos das músicas, sempre cantadas em português.

O trabalho se desenvolveu com a realização do primeiro EP intitulado "Poléxia", produzido de maneira independente e que conta com cinco faixas. O lançamento deste primeiro trabalho rendeu à banda convites para festivais de música independente ao longo de 2002 e 2003; como o Rock De Inverno (em sua terceira e quarta edição) e o National Garage. Além da inclusão de suas músicas na programação das rádios Transamérica, 96 rádio rock e 97 Educativa FM.Graças a seu talento e à sua forma diferenciada de lidar com as adversidades do cenário em que reside, a Poléxia é apontada por muitos como uma das mais promissoras novas bandas do estado do Paraná.Em maio de 2003, após alguns meses de planejamento e ensaios, a banda comemorou um ano de existência com um espetáculo acústico no Teatro Paiol, onde foi lançado, na mesma ocasião, o videoclipe para o single "Melhor Assim". Neste evento, a música da banda foi reforçada por Allan Yokohama (violão, gaita e voz), Carlos Araújo (percussão) e um trio de cordas formado por Fabiane Nishimori, Samuel e Moara Pessati. Além de contar com as participações especiais de Fábio Elias (Relespública), Mariele Loyola e

Page 22: Curitiba Pop Festival.doc

Marco Macoy (Cores D'Flores), Dary Júnior (Terminal Guadalupe) e Edith de Camargo. O evento proporcionou uma grande repercussão entre a mídia local e nacional, levando o público a esgotar os ingressos antecipadamente.Com um novo site, desenvolvido pela designer Fabiana Bubniak, a Poléxia promove uma maior interatividade com seu público fiel que cresce a cada dia. Lá, podem ser encontradas todas as informações necessárias para o melhor conhecimento da banda. Incluindo vídeos, fotos, áudio e matérias de imprensa.No momento, o grupo se concentra em conceber o seu primeiro álbum de estúdio, com lançamento previsto para o final do corrente ano.Para os curiosos de plantão: "Poléxia" é o nome de uma groupie, personagem coadjuvante do filme "Almost Famous" (Quase Famosos) interpretada pela atriz Anna Paquin.

Eduardo Cirinotecladosinfluências:Enya, Michael Jackson, Legião Urbanadisco preferido:"Shepherd Moons" da Enyao que anda escutando:"Revolución de Amor" Maná e "18" Moby

Juninho Jr.bateriainfluências:Pixies, Pearl Jamdisco preferido:"Badmotorfinger" do Soundgardeno que anda escutando:"Automatic for the People" R.E.M. e "Ventura" Los HermanosRodrigo Lemosvoz, guitarra e violãoinfluências:Nirvana, Beatlesdisco preferido:"In it for the Money" do SupergrassO que anda escutando:"Strays" Jane's Addiction"Before Those Crowded Streets" Dave Matthews Band

Raphael Santosbaixo e violãoinfluências:Los Hermanos, Beatles, Pearl Jamdisco preferido:"Melloncolie and the infinite sadness" Smashing Pumpkinso que anda escutando:"Burn to Shine" Ben Harper e "Music of the Sphere" Ian Brown

e-mail:[email protected] <mailto:[email protected]>Tel.: (41) 367-7139(41) 9122-4764

15:15 - Tarja Preta (Ctba)

Page 23: Curitiba Pop Festival.doc

A banda TARJA PRETA se formou em CURITIBA em meados de 2000, tendo como objetivo principal tocar versões de seus heróis como: THE WHO, THE JAM, THE SMALL FACES, THE ROLLING STONES, THE SONICS, THE TROGGS, THE KINKS E THE RAMONES. Formada inicialmente pelo vocalista RAFAEL RODRIGUES, pelo guitarrista GUILHERME NASCIMENTO, pelo baterista IVAN RODRIGUES e pelo baixista GABRIEL NOGUEIRA, a banda não demorou a compor seus números originais e a fazer shows no interior do estado.Após a subita saída de GUILHERME NASCIMENTO, a banda vem se apresentando em trio, o que tornou o som ainda mais simples e visceral.

00:00 - Pixies

O Pixies é, sem dúvida alguma, uma das bandas mais originais e influentes que apareceram nos anos 80. Junto com Hüsker Du e Sonic Youth, o grupo capitaneou o renascimento do circuito de Rock alternativo norte-americano. Com um som que mesclava elementos básicos do punk Rock, surf music, noisy guitar, passando mesmo pela suavidade da música pop., o Pixies fez história e ficará para sempre na memória daqueles que se achavam meio deslocados entre os hard Rock farofas que reinavam nos anos 80.

A banda foi formada em Boston, Massachusetts, no começo de 1986, por Charles Thompson - que depois mudaria seu nome para Black Francis - nos vocais e guitarra base, e seu companheiro de quarto na universidade Joey Santiago na guitarra base.

Através de um anúncio nos classificados encontraram Kim Deal, uma baixista de Ohio, que tocara antes em sua cidade natal numa banda chamada Breeders com sua irmã, Kelly. Pouco depois recrutaram o baterista David Lovering (amigo de Deal), e assim formaram os Pixies. Reza a lenda que o nome da banda foi tirado aleatoriamente do dicionário por Joey (o nome significa "fadas", duendes"). Foi também nessa época que Charles resolveu, inspirado por Iggy Pop, mudar seu nome para Black Francis.

Em 1986, os Pixies estavam tocando em Boston, num show com a banda co-irmã Throwing Muses da guitarrista Tanya Donnevy - que mais tarde participaria das Breeders. O empresário dos Muses, Gary Smith, que estava na platéia e gostou muito do som do Pixies, ofereceu-lhes a gravação de um disco. Em março de 1987, a banda grava 17 músicas (em 3 dias!). Essa demo ficaria conhecida como "The Purple Tape". A demo acaba caindo nas mãos de Ivo Watts, um dos donos do selo inglês 4AD Records, que na época também era gravadora das Throwing Muses. Impressionado com o material, Watts contrata os Pixies e lança um EP chamado "Come On Pilgrim", que possui 8 das 17 faixas da demo original de "The Purple Tape".

No ano seguinte, a banda entra em estúdio para a gravação do seu primeiro LP, ao lado do produtor Steve Albini. O álbum "Surfer Rosa" é lançado na primavera de 1988 e recebe ótimas críticas. A banda passa a ficar mais conhecida e acaba trocando de selo, indo para a Elektra Records. Curiosidade nos dois primeiros álbuns dos Pixies: a baixista Kim Deal assinava seu nome como Mrs. John Murphy. Inclusive, a única música composta por ela em todo repertório do álbum "Sufer Rosa", "Gigantic", é assinada por Murphy. Kim Deal só usaria seu próprio nome a partir de "Doolittle", já pela Elektra.

No final de 1988, a banda volta ao estúdio. Dessa vez, o produtor escolhido foi o Inglês Gil Norton. O disco "Doolitle" é lançado na primavera de 1989, e é, certamente, o melhor da banda, além de ser um dos melhores discos de Rock alternativo de todos os tempos. Puxado pelo forte apelo comercial de "Monkey Gone to Heaven" e "Here Comes Your Man", o disco faz bastante sucesso e acaba indo parar no Top 10 inglês.

Page 24: Curitiba Pop Festival.doc

Importante frisar que, apesar de algumas músicas mais comerciais, o som da banda continuava o mesmo: músicas simples e curtas, excelentes melodias e sonoridades inusitadas, como a nítida influência latina em várias canções. A turnê "Sex and Death" é muito bem sucedida, principalmente na Europa. As apresentações ao vivo da banda eram marcadas pela performance de Black Francis, que quase nunca se dirigia a platéia. Deixando que a baixista Kim Deal apresentasse as canções e divertisse o público. A banda também ficou conhecida por algumas extravagâncias como, por exemplo, tocar o set list dos seus shows em ordem alfabética. E claro, pela extravagância maior: o próprio Black Francis.

Em 1989, a banda resolve dar um tempo e alguns dos integrantes resolvem levar adiante alguns projetos paralelos. Kim Deal, ao lado de Tanya Donnevy (Throwing Muses) e Josephine Wiggs (Perfect Disaster), ressuscita o The Breeders e lança o álbum "Pod" em 1990. Esse disco tem a produção de Steve Albini e foi lançado pelo ex-selo do Pixies, o 4AD Records. Black Francis parte para uma pequena turnê solo.

Ainda neste ano, a banda volta a se reunir para a gravação de mais um disco. Sob a produção de Gil Norton, "Bossanova" é lançado no final de 1990 e segue a mesma linha dos discos antecessores. Talvez a única diferença seja que esse álbum tenha uma influência maior de surf Rock, gerando hits como "Allison", "Dig For Fire" e a instrumental de abertura "Cecilia Ann". Nas músicas "Velouria" e "Is She Weird" ouvimos um Theremin (instrumento que ficou conhecido nas mãos de Jimmy Page, do Led Zeppelin, introduzido no Rock por Brian Wilson dos Beach Boys no álbum "Pet Sounds"), tocado por Robert Brunner. Ainda neste ano, o grupo é um dos headliners do Reading Festival, na Inglaterra.

Nessa época não dava mais para esconder que Black Francis e Kim Deal não se davam mais muito bem. No disco "Bossanova" a participação nos vocais de Kim Deal foi bastante reduzida. A baixista chegou a dizer publicamente que a banda estava no fim.

Apesar dos boatos de sua desintegração, a banda se junta uma vez mais para a gravação de um novo disco, novamente com a produção de Gil Norton. O disco "Trompe Le Monde" é lançado em 1991, fazendo bastante sucesso. Dessa vez, as músicas possuem um acento mais hard-rock, sem deixar de lado a sonoridade que já era a marca registrada da banda. Muitos chegaram a dizer na época do lançamento que essa influência hard Rock vinha da presença de Ozzy Osbourne em um estúdio próximo. Novamente Deal é deixada de lado nas composições e nos vocais. O álbum trás também uma cover da banda inglesa Jesus and the Mary Chain, "Head On".

Depois de abrir os shows do U2 na turnê ZooTV, a banda resolve dar uma nova parada. Deal aproveita para gravar um EP com o The Breeders (chamado "Saffari" e lançado na primavera de 1991). Nesse período Black Francis aproveita para gravar um disco solo.

Um pouco antes do lançamento desse disco solo (o disco iria se chamar "Frank Black"), em 1992, Francis dá uma entrevista a BBC dizendo que o Pixies tinha terminado. Os outros membros da banda ainda não sabiam disso, mas tampouco desmentiram o fato, provando que a relação entre Deal e Francis realmente não era mais suportável.

Black Francis muda seu nome para Frank Black e começa então a sua carreira solo. Já lançou cinco discos, destacando-se "Teenager of the Year" (de 1994) e "Cult of Ray" (de 1996). Kim Deal gravou mais um álbum com o The Breeders chamado "Last Splash", lançado em 1993. O disco acabou se tornando muito bem sucedido comercialmente, e puxado pela música Cannonball chegou a ganhar disco de Platina nos EUA. O sucesso da banda de Kim Deal meio que ofuscou a carreira solo de Frank Black. Mas os problemas com drogas da irmã de Deal, Kelly, acabaram interrompendo

Page 25: Curitiba Pop Festival.doc

a carreira da banda abruptamente, após o festival Lollapalooza de 1994. Pouco tempo depois Kim Deal montou a banda The Amps com o baterista Jim Macpherson das Breeders. The Amps também teve vida curta e lançou apenas um disco, "Pacer", em 1995. Já o guitarrista Joey Santiago, depois de participar dos primeiros álbuns solos do Frank Black, formou em 1997 com o baterista David Lovering o conjunto The Martinis, cujo único registro pode ser ouvido na trilha sonora do filme "Empire Records".

Em 1997 saiu "Death to the Pixies", uma coletânea dupla, sendo um CD de maiores sucessos, e o segundo um disco ao vivo. Em 1998 saiu "Pixies at the BBC", ao vivo com material tirado das apresentações da banda nos famosos estúdios da BBC, em Londres.

4 /5/ 04 Neste fim de semana, os Pixies tocaram no Coachella Festival, em Indio, na Califórnia. Foi para participar deste festival em específico, que a banda voltou à ativa. Duranmte a coletiva de imprensa, o guitarrista Joey Santiago declarou, em tom informal e convidativo, que os Pixies estarão também no Lollapalooza. "Nós vamos tocar no Lollapalooza, no Ventura County Fair Grounds, na sexta, dia 24 de julho e em Nova York, no dia 17, em Randall's Island. Estejam lá", disse ele.A banda diz que tem ensaiado cerca de 40 músicas como repertório para seus shows. O vocalista, Frank Black, esclareceu que eles se reuniram em Los Angeles para ensaiar. "Na real, a gente se reuniu pela primeira vez no espaço de ensaios do Breeders, numa ala industrial, na zona sul de Los Angeles. Não sei dizer exatamente onde. Nós levamos tacos para comer", disse.Além disso, Black também disse que, embora não haja planos para entrarr em estúdio, a banda tem uma música inédita, secreta e sem nome, já composta.