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CURRÍCULO PLENO PARA HABILITAÇÃO DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM Moema Guedes Barbato * Virginia Galante ** BARBATO, M.G. & GALANTE, V. - Currículo pleno para habilitação de técnico em enfermagem. Rev. Esc Enf. USP, 8(1): 18-37,1974. O presente estudo foi realizado pelo Grupo de Trabalho da Área da Saúde da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e tem co-mo finalidade apresentar subsidios para o Laboratório de Currículos da Universidade do Trabalho de Minas Gerais (UTRAMIG), responsável pelo planejamento de Currículos Plenos dos Cursos Profissionalizantes, Grau Mé-dio. Dividimos o assunto em seis itens, dos quais os tres primeiros tratam, de maneira geral, da descrição da ocupação, qualidades pessoais re-queridas e situação do mercado de trabalho. O quarto item, que mais nos interessa, refere-se à apresentação'do Currículo Pleno do Técnico em Enfer-magem. Esse planejamento está fundamentado na Legislação vigente do Ensino de 29 Grau, Lei nP 5692/71, observando-se as duas formações curri-culares, a geral (núcleo comum) e a profissionalizante. Depois de várias dis-cussões e horas de trabalho, chegamos às seguintes conclusões: IP) carga horária total para o curso, 3000 horas (100 crédi- tos), divididas entre a Educação Geral e Formação Especial 29) Matérias da Formação Especial: Psicologia e Ética, Admi- * Professor Colaborador da disciplina Enfermagem Médica da EE USP. " Diretora da Escola de Auxiliar de Enfermagem da Assistência Psicópata da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

CURRÍCULO PLENO PARA HABILITAÇÃO DE TÉCNICO EM … · A seguir apresentamos um currículo pleno moldado na Lei 5692, composto pelas formações exigidas: a geral e a profissionalizante

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CURRÍCULO PLENO PARA HABILITAÇÃO DE

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Moema Guedes Barbato * Virginia Galante **

BARBATO, M.G. & GALANTE, V. - Currículo pleno para habilitação de técnico em enfermagem. Rev. Esc Enf. USP, 8(1): 18-37,1974.

O presente estudo foi realizado pelo Grupo de Trabalho da Área da Saúde da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e tem co­mo finalidade apresentar subsidios para o Laboratório de Currículos da Universidade do Trabalho de Minas Gerais (UTRAMIG), responsável pelo planejamento de Currículos Plenos dos Cursos Profissionalizantes, Grau Mé­dio.

Dividimos o assunto em seis itens, dos quais os tres primeiros tratam, de maneira geral, da descrição da ocupação, qualidades pessoais re­queridas e situação do mercado de trabalho. O quarto item, que mais nos interessa, refere-se à apresentação'do Currículo Pleno do Técnico em Enfer­magem. Esse planejamento está fundamentado na Legislação vigente do Ensino de 29 Grau, Lei nP 5692/71, observando-se as duas formações curri­culares, a geral (núcleo comum) e a profissionalizante. Depois de várias dis­cussões e horas de trabalho, chegamos às seguintes conclusões:

IP) carga horária total para o curso, 3000 horas (100 crédi­tos), divididas entre a Educação Geral e Formação Especial

29) Matérias da Formação Especial: Psicologia e Ética, Admi-

* Professor Colaborador da disciplina Enfermagem Médica da EE USP. " Diretora da Escola de Auxiliar de Enfermagem da Assistência Psicópata da Secretaria

da Saúde do Estado de São Paulo.

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nistração, Saúde da Comunidade, Fundamentos de Enfermagem, Enferma­gem Médica, Cirúrgica, Materno-Infantil, Psiquiátrica. Cada matéria é subdivi­dida em disciplinas.

39) Práticas Profissionais (Estágios) totalizando 840 horas(28 créditos).

49) As habilitações parciais ou derivadas foram planejadassegundo a orientação da legislação vigente Sugerimos, como habilitações, as de instrumentador cirúrgico e visitador sanitário. No ítem V abordamos as diretrizes programáticas e no item IV indicamos as normas para a instalação do curso e o equipamento mínimo necessário à implantação de um Curso Técnico em Enfermagem.

O Núcleo Comum (Formação Geral) foi planejado com a co­laboração de especialistas em educação e tencionamos adotá-lo para todos os cursos da Área da Saúde

INTRODUÇÃO

A deficiência numérica do pessoal de enfermagem no Pais fez com que as enfermeiras e os poderes públicos se preocupassem com a formação de um profissional cujo planejamento curricular o habilitasse a ocupar as funções de Técnico em Enfermagem, sugeridas no I Seminário Regional de Ensino Médio de Enfermagem, realizado em Curitiba, Paraná, em 1966.

Esse Seminário, cujo objetivo foi o estudo das características do móvel profissional, tornou-se possível face a promulgação da Lei nP 4024/ 61 (Diretrizes e Bases da Educação Nacional) que permitia a instalação de Cursos Técnicos.

Desta forma foi incrementada a idéia do Curso Técnico em Enfermagem, cujo produto (out-put), o indivíduo instruído, venha preencher a grande lacuna que existe entre o enfermeiro e o auxiliar de enfermagem.

Considerando-se que aproximadamente 70% do pessoal de

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Saúde, em especial o que milita na área hospitalar, é constituído por leigos, justifica-se plenamente a formação do profissional em pauta.

O número de Escolas Técnicas de Enfermagem no Estado é reduzido e os 31 habilitados (dados fornecidos pela Associação Brasileira de Enfermagem, dezembro de 1970) estão espalhados pelas cidades do interior e capital. Não existe nenhum estudo de seguimento de suas atividades e con­seqüentemente não foram aquilatadas suas reais funções ou se as atribuições a eles conferidas estão de acordo com a formação profissional que lhes é dada.

Diante da evidência dos fatos o Conselho Estadual de Educa­ção (CEE) do Estado de São Paulo, baixou a Resolução nP 45/66 que dispõe sobre a matéria, o que está despertando grande interesse nas comunidades, principalmente naquelas onde já existem Colégios Técnicos.

O recrutamento dos educandos não tem apresentado dificulda­des em virtude do grande número de jovens com formação de IP grau e que vêem atrativos no mercado de trabalho ainda pouco explorado.

Urge que os Poderes Públicos dêem continuidade ao trabalho iniciado regulamentando o exercício profissional.

Com a reforma do Ensino Médio, Lei de Diretrizes e Bases (Lei 5692/71), os cursos técnicos tomaram nova orientação, principalmente no tocante às habilitações. Assim sendo, o Grupo da Área de Saúde da Coordenadoria do Ensino Técnico, achou por bem, após minucioso estudo, considerar como viáveis as seguintes habilitações parciais: instrumentador (cirúrgico) e visitador sanitário.

I - DESCRIÇÃO DA OCUPAÇÃO

1. Considerando o técnico propriamente dito, a ocupação se

caracteriza:

a) Assistência integral de enfermagem ao paciente. b) Atendimento do indivíduo, família e comunidade, na ma­

nutenção ou recuperação da saúde e na prevenção das

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doenças. c) Execução dos Planos de Saúde. d) Colaboração nos Programas de Treinamento em Serviço, c) Administração de Unidade Hospitalar ou de Saúde que

não constituam campo de ensino dos cursos de graduação e pós-graduação.

2. Considerando as habilitações parciais o planejamento pre­

vê as seguintes ocupações:

a) Instrumentador (cirúrgico). b) Visitador Sanitário.

II - QUALIDADES PESSOAIS PSICO-FÍSICAS REQUERIDAS

A enfermagem, profissão que requer determinadas atitudes e comportamentos, aliados a uma formação científica profunda, exige do profissional qualidades psico-físácas gerais, além das específicas. Citaremos algumas dessas:

1. Psíquicas: iniciativa rápida e precisa, observação minuciosa e constante, previsão e planejamento, atenção concentrada, exatidão, memó­ria, rapidez e comunicabilidade, e interação permanente e efetiva.

O tipo de inteligência ideal é aquele que se manifesta pela capacidade que deve ter o profissional para estabelecer relações entre situações, a partir de estímulos não verbais (abstratos), e para abstrair, gene­ralizar e refletir a partir de conceitos verbais.

2. Físicas: coordenação motora, habilidade manual, audição e visão normais e postura correta.

m - SITUAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO

A estimativa que se possue sobre o número de técnicos (31)

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em atividade no Estado de São Paulo, dado fornecido pela Associação Brasileira de Enfermagem (ABEnJ, e a sua distribuição no interior e na Capi­tal, ainda é muito insuficiente para se fazer qualquer previsão.

Através de uma análise sumária de dados obtidos do trabalho de um grupo de alunos do Curso de Administração Hospitalar para Gradua­dos, do Instituto de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares, 1971, pode-se deduzir que a falta de técnicos entre o pessoal de enfermagem justifica plenamente a formação deste,; profissional.

v

Os autores do trabalho citado encontraram:

para 3634 leitos, pesquisados na Capital em 18 hospitais:

Enfermeiros 135 Técnicos 1Auxiliares 556

para 2594 leitos no interior em 20 hospitais:

Enfermeiros 30 Técnicos 0Auxiliares 90

O progresso tecnológico na área médica e a necessidade pre­mente da mão de obra especializada fará com que o administrador hospitalar através do Serviço de Enfermagem, venha sentir a importância da inclusão do técnico entre os profissionais de enfermagem, criando o mercado de trabalho.

Mister se faz que a atuação desse elemento na equipe de enfer­magem, venha sanar o hiato entre o enfermeiro, no momento desempenhan­do mais funções administrativas e de ensino, e o auxiliar de enfermagem, que, pela sua formação, é preparado para dar cuidados de enfermagem menos complexos.

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IV - CURRÍCULO PLENO

A seguir apresentamos um currículo pleno moldado na Lei 5692, composto pelas formações exigidas: a geral e a profissionalizante. O núcleo comum foi elaborado pelo grupo de trabalho da Área de Saúde e seria exatamente igual para a formação de qualquer técnico desta área. O núcleo profissionalizante foi proposto pelas enfermeiras integrantes do grupo, após estudo e acurada apreciação dos diferentes currículos de enfermagem.

A carga horária foi distribuída em créditos (1 crédito = 30 horas) prevendo o aproveitamento dos mesmos, quando o aluno, por diferen­tes motivos, quiser optar por outra área profissionalizante ou até mesmo in­gressar nos cursos universitários.

Nota-se que o núcleo geral começa com determinado número de horas-aulas e que este vai decrescendo à medida que a parte profissionali­zante vai aumentando.

Este planejamento obedece a uma seqüência pedagógica, isto é, uma certa hierarquização de matérias e disciplinas. Pode e deve ser/flexível, visando sempre as necessidades de cada instituição. Recomenda-se que cada matéria não tenha mais do que tres disciplinas, isto porque facilita a verifica­ção da aprendizagem e do rendimento escolar.

Foram previstos oito semestres para atender a uma preocupa­ção do grupo, isto é, não dar terminalidade ao fim do IP ano (habilitações parciais), devido à provável pouca idade do educando nessa etapa e inúmeros problemas específicos da profissão que deverá enfrentar.

Posteriormente fizemos um outro estudo, de seis semestres, por dois motivos:

IP) atendendo à demanda do mercado de trabalho, que ne­cessita de mão de obra qualificada e rápida;

2P) na tentativa de acompanharmos os demais ensinos téc­nicos do Estado, feitos em tres anos.

Em seguida ao Currículo Pleno damos, em detalhes, a distri-

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buição em semestre da parte de Práticas Profissionais (estágios) e os créditos teóricos-práticos das diferentes matérias.

O total geral de horas do Curso foi calculado em 3000 horas, 100 créditos, sendo 1320 horas destinadas ao núcleo comum e 1680 horas para a parte profissionalizante.

Nâo devemos esquecer que exagero de horas, tanto para mais como para menos, provavelmente irá prejudicar o equilíbrio do Currículo Heno e desta forma o elemento altamente prejudicado será o educando.

O planejamento do Ensino Religioso é obrigatório para as instituições oficiais porém, optativo para o aluno. O particular pode deixar de incluí-lo no seu currículo, se assim o desejar.

Outra orientação que a coordenação do curso deve fazer é tentar instrumentalizar, o máximo possível, as matérias do núcleo comum, isto é, objetivando o ensino na aplicação direta da enfermagem. Ex.: a Educação Artística pode estar voltada para a dramatização, estratégia comu-mente usada no ensino da enfermagem, assim como o desenho orientado para confecções de cartazes, álbum seriado, e tc , meios utilizados com gran­de eficiência na Enfermagem de Saúde Pública.

Passamos agora, ao Currículo Pleno.

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Currículo Pleno proposto para a Habilitação Profissional de: TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Duração: 4 anos

I n s t i t u i ^ ç l o

M a t é r i a s C o n t e ú d o E s p e c í f i c o T r a t a / O p e d a g ó g i c o D i s c i p l i n a s / A t i v i d a d e s

C a r g a H o r á r i a por S e m e s t r e T o t a l I n s t i t u i ^ ç l o

M a t é r i a s C o n t e ú d o E s p e c í f i c o T r a t a / O p e d a g ó g i c o D i s c i p l i n a s / A t i v i d a d e s 10 20 30 40 50 60 70 80 Cr Hs

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COMUNICAÇÃO

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1 . E n f e r m . O b s t é t r i c a ( B e r ç á r i o )

2 . En f . P e d i á t r i c a

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I n t r . C i r ú r g i c o V i s . S a n .

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Recomenda-se que parte desta carga horária (parte teórica) seja utilizada como ensino clínico informal.

Habilitações Parciais - a distribuição da carga horária obedece a uma característica da nova legislação, isto é, oferece uma habilitação parcial ao educando quando este conclui cada série. Assim, respeitando esse princípio é que propusemos duas habilitações: o de instrumentador cirúrgico, ao término da 2? série e a de visitador sanitário na 3? série (isto quando o curso for de 4 anos). As habilitações parciais devem ser planejadas de acordo com as necessidades locais do mercado de trabalho.

Serão conferidos certificados das habilitações parciais, propor­cionando ao educando uma condição de trabalhar.

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Currículo pleno proposto para a Hábil i lucilo Profissional tic: TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Duraçffo: 3 anos

I n s t itui çSo M u í é r i a s

C o n t e ú d o e s p e c í f i c o T r a t a / O p e d a g ó g i c o D i s c i p l i n a s / a t i v i d a d e s

Ca rgn H o r á r i a p / S o m e s t r e T o t a l I n s t itui çSo M u í é r i a s

C o n t e ú d o e s p e c í f i c o T r a t a / O p e d a g ó g i c o D i s c i p l i n a s / a t i v i d a d e s 10 20 30 40 50 60 P a r c i a l G e r a l

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COMUNICAÇÃO

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1 . P s i c o l o g i a 2 . É t i c a 3 0

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1 . S a ú d e da Comunidade 2 . M i c r o b . e P a r a s i t . 3 . N u t r i ç ã o

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I V - F u n d a m e n t o s d e E n f e r m .

1 . F u n d a m e n t o s 2 . Ana tomia 3 . F i s i o l o g í a

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V-Enfermagem Medica

1 . Enfermagem Med ica 2 . D o e n ç a s T r a n s m i s s í ­

v e i s

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VI-Enf ermagem C i r ú r g i c a

1 . Enfermagem C i r ú r g i c a 2 . E n f e r m . C C i r ú r g i c o 3 . P r o n t o S o c o r r o

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V I I - E n f e r m a g e m M a t e r . - I n f .

1 . E n f e r m . O b s t é t r i c a 2 . E n f e r m . P e d i á t r i c a

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V I I I - E n f e r m a g e m P s i q u i á t r •

Enfermagem N e u r o - p s i -q u i á t r i c a 30 30 600

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P r á t i c a P r o f i s s i o n a l 90 240 270 270 300 1170

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T o t a l d e Formação E s p e c i a l 60 150 330 390 420 420 1770 ,

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V - DIRETRIZES PROGRAMÁTICAS

1?> Parte - Teoria - Total de 840 horas - 4 anos

Considerando a grande responsabilidade assumida ao se pren­der a formação do técnico em enfermagem, é imprescindível um acurado estudo na elaboração de diretrizes programáticas com o fim de se evitar a sobrecarga desnecessária, bem como a deficiência que porventura possa res­ponder pela falta de conhecimentos básicos.

De acordo com o espírito da Lei e com o apoio de experiên­cias várias sobre o planejamento de currículos de enfermagem sugere-se para a elaboração de programas, os seguintes tópicos:

A - Fundamentos de Enfermagem

1. Introdução à Enfermagema) Generalidades

— Conceito, importância e tendências— Evolução histórica da enfermagem— Enfermagem no Brasil

b) Assistência ao homem em algumas necessidades bási­cas, na saúde e na doença— Higiene corporal e do ambiente— Alimentação— Eliminação— Sono, repouso— Assistência espiritual— Conforto físico e saúde mental

c) Admissão do doente ao hospitald) Ambiente hospitalar — Assepsia médica e cirúrgicae) Observação dos sinais vitaisf) Administração de medicamentos

— Elementos de Farmacologia geral— Técnicas de administração de medicamentos— Tratamentos e curativos

g) Colheita de material para exames de laboratório

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2. Anatomia e Fisiología — Introdução ao estudo da Anatomia. Generalidades. — Estrutura dos aparelhos: digestivo, circulatório, respi­

ratório, excretor e genital. — Sistemas: endocrino, nervoso e locomotor. — órgãos dos sentidos. — Introdução ao estudo de Fisiología, Generalidades. — Sangue. — Fisiología do Sistema Nervoso. — Fisiología da circulação, respiração, digestão e do

aparelho renal e genital. — Funcionamento das glândulas endocrinas.

3. Elementos de Patologia. Generalidades.

B — Saúde da Comunidade

1. Nutrição a) Necessidades alimentares da população. b) Elementos essenciais da dieta, glicídeos, protídeos,

lipídeos, água, sais minerais e vitaminas.

2. Saúde da Comunidade a) Problemas de Saúde do País. b) Manutenção e promoção da Saúde. c) Saúde Mental. d) Saneamento do meio. e) Educação sanitária. 0 Socorros de urgência.

3. Microbiología e Parasitología a) Introdução ao estudo da Microbiología

— Estudos das bactérias. — Microscopía. — Métodos gerais de esterilização, desinfecção, an-

tissepsia. — Imunologia.

Page 16: CURRÍCULO PLENO PARA HABILITAÇÃO DE TÉCNICO EM … · A seguir apresentamos um currículo pleno moldado na Lei 5692, composto pelas formações exigidas: a geral e a profissionalizante

— Generalidades sobre Ricketsias, Cogumelos e Vi­rus.

b) Introdução à Parasitología. Generalidades.— Estudo dos parasitas intestinais mais comuns :

helmintos, trematóides, cestóides e nematôides. — Os protozoários parasitas do homem: rizópodes,

flagelados, tripanozomídeos e esporozoários. — Artrópodes em geral — Importância para medici­na. — Insetos transmissores de doenças. — Animais peçonhentos.

C - Psicologia e Ética

1. Éticaa) Conceito de ¿tica.b) Princípios fundamentais da Ética. Direito à vida, à

verdade e à Justiça.c) Pressupostos da ética: bem e mal, prêmio e castigo e

liberdade individual.— Liberdade.— Consciência.— Hábitos, virtudes e vícios.

d) Códigos de Ética.e) Direitos do Homem. Declaração Universal dos Direi­

tos do Homem.0 Moral Natural, Moral Religiosa e Moral Profissional.

2. Psicologiaa) O fator humano nas organizações.

— Adaptação do homem ao trabalho.— Adaptação do trabalho ao homem.— Adaptação do homem ao homem.

b) O grupo.— Composição e estrutura dos grupos sociais.

c) Como dirigir um grupo de pessoas.— A necessidade de direção.— Equilíbrio do dirigente face ao ambiente de traba-

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Iho. — Como dirigir para obter cooperação,

d) Os problemas de Relações Humanas. — As rivalidades. — As limitações da liberdade. — As frustrações. — A pressão do grupo.

D - Enfermagem Médica

Enfermagem Médica, Doenças Transmissíveis e Especialidades.

1. Assistência de Enfermagem nos problemas respiratórios. 2. Assistência de Enfermagem nos problemas cardiovascula­

res, 3. Assistência de Enfermagem nos problemas hematolôgicos. 4. Assistência de Enfermagem nos problemas digestivos. 5. Assistência de Enfermagem nos problemas neurológicos. 6. Assistência de Enfermagem nos problemas metabólicos e

endocrinos. 7. Assistência de Enfermagem em Moléstias Contagiosas. 8. Técnica de isolamento: limpeza concorrente e terminal,

vestir e despir o avental, tratamento de objetos e roupas, transporte de lixo, louça e vasilhames, transporte de pa­cientes, cuidados higiênicos do paciente, medicação, cura­tivos, lavagem das mãos, uso de gorro, máscara e luvas.

E - Enfermagem Grúrgica

Enfermagem Cirúrgica e em Centro Cirúrgico.

1. Preparo do paciente para cirurgia. 2. Cuidados de enfermagem no pré e pós operatorio imediato 3. Assistência de enfermagem a pacientes de cirurgias dos

aparelhos digestivo, circulatório, respiratório, renal, glan­dular e locomotor.

4. A circulante na sala de operação.

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5. Instrumentação em sala de operação. 6. Manejo de aparelhos (Bird, Takaoka, e tc) .

F - Enfermagem Materno-Infantü

1. Enfermagem Obstétrica a) Pré-natal (normal) — higiene na gravidez, modifica­

ções gravídicas e educação da gestante. b) Emergência. c) Enfermagem no puerperio. d) Cuidados de enfermagem ao recém-nascido.

2. Enfermagem Pediátrica a) A criança e seu ambiente normal b) A criança hospitalizada — técnicas especializadas:

— Admissão e alta — Sinais vitais — Banho do bebê — Hidratação e alimentação — Tratamentos — Restrições mecânicas — Coleta de material — Observação de comportamento

c) Assistência de enfermagem à criança com alterações diversas: cutânea, respiratória, cárdio-vasculaies, geni­tourinarias, gastro-intestinal e metabôücas

d) Recreação da criança

G - Enfermagem Psiquiátrica

1. Assistência ao doente mental. 2. Admissão e alta. 3. Medidas de segurança empregadas nas unidades de enfer­

magem para proteção dos pacientes e funcionários. 4. Alimentação do doente mental. 5. Higiene individual. Eliminações. 6. Problemas relativos ao sono, repouso, recreação.

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7. Tratamentos específicos. 8. Observação de comportamento.

H - Administração

Administração em unidade de enfermagem

1. Fundamentos da Administração — Elementos e princípios aplicados ao Hospital e no Serviço de Enfermagem.

2. Serviços Técnicos e Administrativos do Hospital. 3. Planejamento de uma Unidade de Enfermagem. 4. Educação em Serviço, controle e avaliação do trabalho do

pessoal.

VI - NORMAS PARA INSTALAÇÃO DO CURSO

Número de alunos por série: 40

A - Dos recursos da comunidade 1. Levantamento das necessidades locais e regionais, ca­

pacidade de absorção dos profissionais pelo mercado de trabalho.

2. Levantamento dos recursos da comunidade: a) existência de escolas de nível médio com possibili­

dades de atendimentos às disciplinas obrigatórias; b) existência de enfermeiras de preferência com cur­

so de pós-graduação em Pedagogia e Didática, ou Licenciatura;

c) hospitais gerais e especializados, que possibilitem ao estudante desenvolver habilidades nos setores básicos de enfermagem.

B — Do ambiente físico 1. 3 salas de aulas 2 .1 sala para laboratório, para demonstração de práticas

de enfermagem

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3. 1 sala para biblioteca 4. 1 secretaria 5. 2 salas para o corpo docente 6. 1 sala para a diretora ou coordenadora do curso 7. 1 ambiente para recepção 8. 1 ambiente para descanso dos alunos 9. 1 copa

10. sanitários para ambos os sexos 1 sanitário para o corpo docente e administrativo

11. vestiario para o corpo discente 12. 1 sala para Centro Cívico

C - Corpo docente 1. Diretora ou Coordenadora; deve ser enfermeira diplo­

mada, se possível comiformação pedagógica ou expe­riência de ensino em qualquer dos níveis de enferma­gem.

2. Professores: 3 enfermeiras para o ensino da Enferma­gem Médico-Cirúrgica, na qual devem estar incluídos os aspectos de Fundamentos de Enfermagem, Doen­ças Transmissíveis, Centro Cirúrgico; 1 enfermeira de Saúde Pública; 3 enfermeiras para o ensino da Enfer­magem Materno-Infantil e Neuro-Psiquiátrica.

OBS.: Recomenda-se para a prática, 1 enfermeira para 12 a 15 alunos.

D — Do pessoal administrativo 1. 1 Secretária credenciada 2. 2 Auxiliares-escriturarías (uma devendo ocupar-se da

biblioteca) 3. Pessoal de serviço: 2 serventes

LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM - MATERIAL

Material Quantidade

Cama simples Mesa de cabeceira

2 2

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Material Quantidade

Cadeira simples 2 Comadre 1 Papagaio 1 Cuba redonda 2 Cubarán 2 Bacia 2 Jarro 2 Fogão 1 Cuba retangular média 2 Cuba retangular média com tampa 1 Esterilizador 1 Pinça servente 1 Lençol 9 Colcha 2 Cobertor de lã 2 Fronha 4 Toalha de banho 4 Toalha de rosto 4 Ataduras: crepe-algodão-rayon 4 Faixa para restrição 4 Conta-gotas 1 Prancha (para prontuário) 2 Garrote 1 Seringas (1 de 10 ml, 1 de 5 ml, 1 de 3 ml) 3 Agulhas hipodérmicas (1 cx de 30x7,1 cx de 30x8,1 cx de 25x8,1 cx de 25x7) 4 cx Copo graduado de ágata — 500 ml 1 Copinho para medicação 4 Impermeável (l,40m x 0,90 m) 2 Sacola para roupa suja 1 Armário (1 para roupa, 1 para material) 2 Termômetro 2 Esfigmomanômetro 1 Estetoscopio 1

Observação — Deverá constar ainda: 1 pia, 1 b^cào \com armários e divisões), 1 tomada para ligar esterilizador e aquecedor.

Page 22: CURRÍCULO PLENO PARA HABILITAÇÃO DE TÉCNICO EM … · A seguir apresentamos um currículo pleno moldado na Lei 5692, composto pelas formações exigidas: a geral e a profissionalizante

BARBATO, M.G. & GALANTE, V. - Curricula for vocacional programs. Rev. Esc. Enf. USP, 5(1): 16-39, 1974.

This report was prepared by the Working Committee of the State of São Paulo Department of Education — Health Area, for the purpose of contributing an auxiliary working paper on the vocational portion of the Nursing Technician, to the Curricula Laboratory of the University of Labor of the State of Minas Gerais, responsible for planning suggested Curricula for Vocational Programs (three years of general and vocational education, following completion of eight years of primary education; minimum require­ments for such programs are clearly determined by federal laws).

The report was divided into six sections. The first three sections give a general idea of the professional activities which they exercise, personal qualifications necessary, and positions open to them in the health field.

The following sections present the suggested areas of study for their preparation. After many hours of consultation and discussion, the Committee arrived at the' following conclusions:

1) The total number of hours should be at least 3.000.

2) The areas of study should include: Psychology, EthicsFundamentals of Nursing, Medical—Surgical Nursing, Maternal—child Nurs­ing, Psychiatric nursing, Community Health Nursing, Nursing Administration.

3) Ward Experience — 840 hours.

4) Since federal legislation also allows for the recognitionof partial (shorter) preparation in such programs, the Committee sugested the preparation of operating room (scrub) personnel, and health visitors. The last two sections present general program outlines and a list of the basic equipment necessary for the establishment of a Nursing Technician program.

The subject matter necessarily included in all programs of the area of nursing was planned with the help of specialists in education. The Committee is studying the possibility of including it in all programs of the health area.