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  • CURSO DE ADMINISTRAOFINANCEIRA

    ALEXANDRE ASSAF NETO FABIANO GUASTI LIMA

    MANUAL DO MESTRE

  • CURSO DE ADMINISTRAO FINANCEIRA

    ALEXANDRE ASSAF NETO FABIANO GUASTI LIMA

    Editora

    Atlas

  • Editora

    Atlas

  • Editora

    Atlass

    SO PAULOEDITORA ATLAS S.A. 2009

    CURSO DE ADMINISTRAO FINANCEIRA

    ALEXANDRE ASSAF NETO FABIANO GUASTI LIMA

    MANUAL DO MESTRE

    MATERIAL DE SITE

  • Editora

    Atlas

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Assaf Neto, AlexandreCurso de administrao financeira: manual do mestre / Alexandre Assaf Neto, Fabiano Guasti Lima. So Paulo: Atlas, 2009.

    Bibliografia.ISBN 978-85-224-5398-6

    1. Finanas Manuais I. Lima, Fabiano Guasti II. Ttulo.

    09-00052 CDD-332

    ndice para catlogo sistemtico:

    1. Finanas : Economia : Manuais 332

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS proibida a reproduo total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violao dos direitos de autor(Lei no 9.610/98) crime estabelecido pelo artigo 184 do Cdigo Penal.

    Depsito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto no 1.825,de 20 de dezembro de 1907.

    Impresso no Brasil/Printed in Brazil

    Editora Atlas S.A.Rua Conselheiro Nbias, 1384 (Campos Elsios)01203-904 So Paulo (SP)Tel.: (0_ _11) 3357-9144 (PABX)www.EditoraAtlas.com.br

    2008 by Editora Atlas S.A.

    Capa: Leonardo HermanoComposio: Formato Servios de Editorao Ltda.

    ABDR

  • Editora

    AtlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Dentro da dinmica de decises financeiras, a administrao financeira volta-se ao planeja-mento financeiro, controle financeiro, adminis-trao de ativos e administrao de passivos. Assim, no correto afirmar:

    a) No planejamento financeiro, so evidencia-das as necessidades de expanso da empre-sa e a identificao de eventuais desajustes futuros.

    b) No controle financeiro avaliado todo o desempenho da empresa e feitas tambm anlises de desvios que venham a ocorrer entre os resultados previstos e realizados.

    c) A administrao de ativos tem como objetivo obter a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos empresariais, e proceder a um gerenciamento eficiente de seus valores.

    d) A administrao de passivo est associa-da gesto da liquidez e capital de giro,

    INTRODUO S FINANAS CORPORATIVAS

    onde so avaliadas eventuais defasagens entre entrada e sada de dinheiro de cai-xa.

    e) O levantamento de fundos de provedores de capital, envolvendo principalmente o gerenciamento das obrigaes financeiras e a composio do passivo, identificando a estrutura adequada em termos de liquidez, reduo de seus custos e risco financeiro, caracterstica da administrao de passivo.

    Justificativa:

    A administrao de passivo est voltada para o levantamento de fundos de provedores de capital, envolvendo principalmente o gerenciamento das obrigaes financeiras e a composio do passivo, identificando a estrutura adequada em termos de liquidez, reduo de seus custos e risco financeiro. A administrao de ativos que est associada gesto da liquidez e capital de giro, onde so avalia-das as eventuais defasagens entre entradas e sadas de dinheiro de caixa.

    1

  • 6 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlass

    2. Na dinmica das decises financeiras, uma empresa, independentemente da sua natureza operacional, obrigada a tomar duas grandes decises: a deciso de investimento e a deciso de financiamento. Identifique duas alternativas corretas:

    a) A deciso de investimento envolve todo o processo de identificao e seleo de alternativas de aplicao de recursos na expectativa de se auferirem benefcios econmicos futuros.

    b) Para serem consideradas economicamente atraentes, as decises de investimento no precisam criar valor.

    c) As decises de financiamento voltam-se principalmente em selecionar ofertas de re-cursos, sem preocupao em manter a me-lhor proporo entre capital de terceiros e capital prprio.

    d) No h a necessidade de se avaliar toda deciso de investimento diante da relao risco-retorno, pois certa a realizao futura dos benefcios econmicos.

    e) As decises de investimentos so atra-entes quando a taxa de retorno exigida pelos proprietrios de capital exceder ao retorno esperado da alternativa de inves-timento.

    Justificativa:

    As decises financeiras tomadas regularmente por uma empresa resumem-se na captao de re-cursos decises de financiamento , e na aplicao dos valores levantados decises de investimento. So decises que toda empresa toma de maneira contnua e inevitvel, definindo sua estabilidade financeira e atratividade econmica e, por isso, essas decises no podem ser tomadas de forma independente.

    As decises de investimento envolvem todo o processo de identificao e seleo de alternativas de aplicao de recursos na expectativa de se au-ferirem benefcios econmicos futuros. As decises de investimento so atraentes quando os investi-mentos realizados criam valor aos proprietrios de capital, ou seja, quando a taxa de retorno exigida

    excede ao retorno mnimo esperado da alternativa de investimento.

    As decises financeiras devem estabelecer a atratividade econmica da empresa promovendo sua continuidade e valorizao.

    Na consecuo de suas atividades, as empresas utilizam duas fontes de recursos: recursos prprios e recursos de terceiros. Sabe-se que todo financia-mento apresenta um custo, que a remunerao atribuda aos proprietrios de capital pela utiliza-o de tais recursos. O resultado proveniente do investimento desses capitais, definido por lucro operacional, deve idealmente satisfazer as expec-tativas de retorno de maneira a viabilizar economi-camente o empreendimento. Assim, torna-se inevi-tvel a busca pela melhor proporo entre capital de terceiros e capital prprio.

    3. De acordo com as alternativas abaixo, corre-to afirmar:

    a) O lucro, conforme apurado pelos princpios contbeis consagrados, representa uma me-dida de eficincia econmica, pois deduz dos resultados do exerccio os custos do capital prprio e do capital de terceiros alocados pela empresa em suas decises de ativo.

    b) Imagem, participao de mercado, estra-tgia financeira, tecnologia, distribuio e logstica, potencial de lucro etc. no so considerados na determinao do valor eco-nmico de uma empresa.

    c) A distribuio de dividendos leva em consi-derao se o retorno gerado pela empresa superior ao custo de oportunidade do acio-nista.

    d) As aes ordinrias das companhias brasi-leiras so as mais negociadas em bolsa de valores, em razo de no Brasil existir uma grande diluio do capital votante.

    e) Commercial Papers uma nota promis-sria de curto prazo emitida por uma sociedade tomadora de recursos para fi-nanciar seu capital de giro. As taxas so geralmente mais baixas devido elimi-nao da intermediao financeira.

  • Introduo s Finanas Corporativas 7

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    Atlass

    Justificativa:

    Commercial Papers so ttulos de crdito emi-tidos visando captao pblica de recursos para o capital de giro da empresa. O ttulo negociado no mercado, constituindo-se em importante meca-nismo de financiamento para as companhias de ca-pital aberto alternativamente ao sistema bancrio. Costuma ter como vantagens, em relao s opera-es convencionais de emprstimos, o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, explicados pela eliminao da inter-mediao bancria. Uma empresa, ao necessitar de recursos de curto prazo, pode colocar ttulos de sua emisso junto a investidores no mercado.

    4. O objetivo contemporneo da administrao financeira est centrado na maximizao da riqueza de seus acionistas. Assim fica eviden-ciado o impacto que cada deciso financeira de-termina sobre a riqueza. Neste contexto, todas as afirmativas abaixo esto corretas, exceto:

    a) O lucro contbil no o critrio mais in-dicado para a anlise da liquidez por no definir a efetiva capacidade de pagamento da empresa, pois o critrio de apurao o regime de competncia e no o regime de caixa.

    b) O lucro contbil no leva em considerao o valor do dinheiro no tempo, prejudicando a tomada de deciso financeira.

    c) A realizao dos resultados em termos de caixa, valor da moeda no tempo e diferentes nveis de risco associado s decises finan-ceiras so fundamentos importantes para se obter o valor de mercado da empresa.

    d) O mtodo que calcula o valor de mercado da empresa, como o valor presente de um fluxo futuro esperado de benefcios de caixa, o critrio mais indicado para a tomada de deciso financeira.

    e) O genuno resultado operacional de uma empresa calculado aps todas as des-pesas operacionais, inclusive as despesas de juros de financiamentos contrados e direcionados atividade operacional.

    Justificativa:

    A Demonstrao de Resultados do Exerccio visa fornecer os resultados (lucro ou prejuzo) aufe-ridos pela empresa em determinado exerccio social. O lucro (ou prejuzo) resultante de receitas, cus-tos e despesas incorridos pela empresa no perodo e apropriados segundo o regime de competncia.

    De acordo com a Lei no 6.404, a Receita Lqui-da calculada por meio da deduo de descontos concedidos sobre vendas, de devolues de vendas e ainda de impostos sobre vendas, do total da recei-ta bruta de vendas e servios. Para calcular o Lucro Bruto basta deduzir o custo dos produtos vendidos e dos servios prestados da Receita Lquida. Ao deduzir do Lucro Bruto as despesas de vendas, as despesas administrativas, as despesas financeiras lquidas, entre outras despesas operacionais, chega-se ao Lucro Operacional.

    Nota-se que dentro do mbito da Lei no 6.404, as despesas financeiras so consideradas equivoca-damente como operacionais. Na verdade, esses va-lores no provm de decises ativas (operacionais), mas do exigvel (passivo) da empresa, prejudican-do, por conseguinte, o genuno conceito de lucro operacional.

    5. Sobre a criao de valor para uma empresa correto afirmar:

    a) Uma empresa agrega valor sempre que gerar lucro lquido positivo.

    b) Uma empresa agrega valor se o roteiro do capital investido em sua atividade ex-ceder o custo de oportunidade de suas fontes de financiamento.

    c) Uma empresa agrega valor se o retorno do capital investido em sua atividade for infe-rior ao custo de oportunidade de suas fontes de financiamento.

    d) Uma empresa agrega valor sempre que suas receitas forem recebidas em dia.

    e) Uma empresa agrega valor sempre que o retorno do capital investido for positivo.

  • 8 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    Justificativa:

    O investimento do acionista revela atratividade econmica somente quando a remunerao ofereci-da for suficiente para remunerar o custo de oportu-nidade do capital prprio aplicado no negcio.

    O valor criado ao acionista quando as recei-tas de vendas superarem todos os custos e despesas incorridos, inclusive o custo de oportunidade do capital prprio. Nesse caso, o valor da empresa ex-cederia ao de realizao de seus ativos, indicando esse resultado adicional como agregao de riqueza pelo mercado.

    Uma empresa destri valor quando, mesmo apurando um lucro contbil, seu montante no conseguir cobrir o custo mnimo de oportunidade do capital investido. Nesse caso, o retorno oferecido no se mostra capaz de remunerar o risco assumido pelo acionista.

    Os acionistas tm a expectativa de que a em-presa gere retorno superior ao custo dos recursos investidos, promovendo uma valorizao em seu valor de mercado, ou seja, a criao de riqueza.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. A globalizao da economia, conceito chave dos anos 90, forou as empresas a adotarem estra-tgias mais apuradas para lidar com finanas corporativas. No conflito entre risco e retorno, as empresas adotaram alguns instrumentos es-tratgicos mais sofisticados, como os que envol-vem derivativos, opes, swaps e hedges. Por que existe a necessidade na gesto do risco de levar em considerao esses instrumentos financei-ros?

    Soluo:

    Numa economia globalizada, a atuao das empresas influenciada pelas variaes cambiais, preos internacionais das matrias-primas, volatili-dade dos mercados e fluxos financeiros, oscilaes das taxas de juros, entre outras variveis. Estas ca-ractersticas do mercado tornam o processo de ges-to bem mais complexo e exigente de instrumentos mais sofisticados. No suficiente para uma empre-sa globalizada preocupar-se somente em produzir

    e vender se ela mantiver, por exemplo, passivos em determinada moeda e ativos em outra moeda. Da mesma forma, se o preo de seus insumos de-terminado em mercados futuros, recebendo fortes influncias de variveis exgenas, os mercados fi-nanceiros oferecem, atravs de operaes futuras e de opes, diversos mecanismos de defesa para os riscos inerentes globalizao.

    2. Dentro da dinmica de decises financeiras, a administrao financeira volta-se ao planeja-mento financeiro, controle financeiro, adminis-trao de ativos e administrao de passivos. Defina as quatro funes citadas.

    Soluo:

    Com o Planejamento Financeiro so evidencia-das a necessidade de expanso da empresa e a iden-tificao de eventuais desajustes futuros. Por meio do planejamento possvel selecionar, com maior margem de segurana, os ativos mais rentveis e condizentes com os negcios da empresa de forma a estabelecer uma rentabilidade mais satisfatria sobre os investimentos. Com o Controle Financeiro avaliado todo o desempenho financeiro da em-presa. Anlises de desvios que venham a ocorrer entre os resultados previstos e realizados, assim como propostas de medidas corretivas necessrias. A Administrao de Ativos tem como objetivo obter a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos empresariais e proceder a um gerenciamento eficiente de seus valores. A Admi-nistrao de Ativos tambm est associada gesto da liquidez e capital de giro, onde so avaliadas as eventuais defasagens entre entradas e sadas de dinheiro de caixa. A Administrao de Passivo est voltada para o levantamento de fundos de provedores de capital, envolvendo principalmen-te o gerenciamento das obrigaes financeiras e a composio do passivo, identificando a estrutura adequada em termos de liquidez, reduo de seus custos e risco financeiro.

    3. Quais so os riscos da empresa, associados s decises financeiras? Discuta cada um desses riscos.

  • Introduo s Finanas Corporativas 9

    Editora

    Atlass

    Soluo:

    Os riscos associados s decises financeiras so: risco operacional (ou econmico) e risco fi-nanceiro. O Risco Operacional inerente prpria atividade da empresa e s caractersticas do mer-cado em que opera. Esse risco independe da forma como a empresa financiada, restringindo-se ex-clusivamente s decises de investimento. Alguns exemplos de risco operacional so sazonalidade de mercado, tecnologia, concorrncia, estrutura de custos, qualidade dos produtos, aspectos cclicos de economia etc. O Risco Financeiro reflete o risco associado s decises de financiamento, ou seja, a capacidade da empresa em liquidar seus compro-missos financeiros assumidos. Empresas com redu-zido nvel de endividamento apresentam baixo nvel de risco financeiro; altos nveis de endividamento, por outro lado, ao mesmo tempo em que podem promover a capacidade de alavancar os resultados, denotam maior risco financeiro. A administrao financeira preocupa-se com o equilbrio na relao risco-retorno de suas decises, alcanando a m-xima rentabilidade associada a um nvel de risco que promova a maximizao do valor de mercado da empresa.

    4. O objetivo contemporneo da administrao financeira est centrado na maximizao da ri-queza de seus acionistas. Assim fica evidenciado o impacto que cada deciso financeira determi-na sobre a riqueza. Neste contexto, discuta se o lucro contbil o critrio mais indicado para a tomada de decises financeiras.

    Soluo:

    O lucro contbil no o critrio mais indicado principalmente por no definir a efetiva capacidade de pagamento da empresa, pois o critrio de apura-

    o o regime de competncia e no o regime de caixa; no leva em considerao o valor do dinheiro no tempo. Os resultados so distribudos ao longo do tempo e a metodologia tradicional de apurao do lucro contbil no considera os ganhos e perdas implcitos nessa distribuio; o critrio mais ade-quado para a tomada de decises financeiras o mtodo que calcula o valor de mercado da empresa, como o valor presente de um fluxo futuro esperado de benefcios de caixa. A realizao dos resultados em termos de caixa, o valor da moeda no tempo e os diferentes nveis de risco associados s decises financeiras ajudam a obter o valor de mercado da empresa. Os benefcios operacionais produzidos pela empresa so expressos em fluxos de caixa e descontados a valor presente mediante uma taxa mnima de atratividade, considerando dessa forma o valor do dinheiro no tempo e o risco associado deciso. Essa taxa de atratividade embute funda-mentalmente a remunerao mnima exigida pelos proprietrios de capital para o risco assumido.

    5. Juca e Joo so contratados por uma empresa para a rea de finanas. Joo se especializou em mercados e instituies financeiras. Juca se formou em contabilidade e especializao em controladoria e finanas. Qual deles est mais apto para ser tesoureiro e qual est mais apto para assumir as funes de controller? Expli-que.

    Soluo:

    Joo provavelmente seria indicado para tesou-reiro, uma vez que atuaria na busca de recursos nos mercados de crdito e financeiro e por isso precisa da sua experincia em mercados financeiros. Juca seria indicado para controller pois atuaria mais como um supervisor que requer experincia em contabilidade.

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    AtlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Dentre as alternativas abaixo, incorreto afir-mar:

    a) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) tem importncia social e econmica no processo de intermediao e distribuio de recursos no mercado.

    b) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) com-posto por instituies pblicas e privadas que atuam nos diversos instrumentos finan-ceiros.

    c) O rgo mximo do Sistema Financeiro Na-cional (SFN) o Conselho Monetrio Nacio-nal (CMN), e sua funo normativa.

    d) O Banco Central do Brasil, que atua como um organismo fiscalizador do mercado financeiro um dos rgos da CVM.

    Justificativa:

    O Banco Central do Brasil o principal poder executivo das polticas traadas pelo Conselho Mo-

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    AMBIENTE FINANCEIRO BRASILEIRO

    netrio e rgo fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional.

    Pode-se tratar o Banco Central como um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro, ao definir regras, limites e condutas das institui-es, banco de penalidades, ao serem facultadas pela legislao a interveno e a liquidao ex-trajudicial em instituies financeiras e gestor do Sistema Financeiro Nacional, ao expedir normas e autorizaes e promover o controle das instituies financeiras e de suas operaes.

    A Comisso de Valores Mobilirios (CVM) uma autarquia vinculada ao poder executivo (Mi-nistrio da Fazenda), que age sob a orientao do Conselho Monetrio Nacional. A CVM tem por fi-nalidade bsica a normatizao e o controle do mercado de valores mobilirios, representado por aes, partes beneficirias e debntures, commercial papers e outros ttulos emitidos pelas sociedades annimas e autorizadas pelo Conselho Monetrio Nacional.

  • Ambiente Financeiro Brasileiro 11

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    2. O sistema de intermediao composto por agentes capazes de gerar poupana para inves-timentos e agentes carentes de capital. Estas transferncias de recursos processam-se por meio das instituies financeiras. Assim, com relao ao SFN, no correto afirmar:

    a) Uma caracterstica do banco a capacidade de interferir nos meios de pagamentos da economia com a criao da moeda escritu-ral. Devido a essa caracterstica, todo recur-so depositado no banco pode ser devolvido ao mercado sob a forma de emprstimo.

    b) Os bancos comercias e mltiplos so insti-tuies financeiras que atendem demanda por crdito de tomadores de recursos, sen-do que a atuao do banco mltiplo mais abrangente que a do banco comercial.

    c) A sociedade de arrendamento mercantil e a sociedade de crdito, financiamento e investimento, tm como principais fontes de recursos a colocao de debntures de emisso prpria e a colocao de letras de cmbio no mercado, respectivamente.

    d) O BNDES um banco de investimento que atua em operao de repasses oficiais. Os recursos so oferecidos para suprir a neces-sidade de capital de giro e capital fixo.

    e) Associaes de Poupana e Emprstimo so constitudas sob a forma de socieda-des civis sem fins lucrativos que atuam no financiamento imobilirio. As APEs fazem parte do subsistema normativo do SFN.

    Justificativa:

    As Associaes de Poupana e Emprstimo so instituies financeiras que atuam na rea habitacional, por meio de financiamentos imobi-lirios.

    Essas associaes fazem parte do Sistema Bra-sileiro de Poupana e Emprstimo (SBPE) e costu-mam atuar de forma restrita a determinada regio. So constitudos sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos, sendo de propriedade comum a seus associados.

    3. Os ativos financeiros negociados no mercado podem ser classificados com relao renda,

    prazo e emisso. Assim, no correto afirmar que:

    a) O ativo de renda fixa oferece ao seu titular rendimentos que so previamente conhe-cidos parcial ou integralmente. Um ttulo de renda fixa tem rendimento que pode ser prefixado ou ps-fixado.

    b) Os ttulos ps-fixados so definidos quando uma parcela dos juros fixa, e outra parte determinada com base em um indexador de preos contratado.

    c) O rendimento de um ttulo com base no de-sempenho apresentado pela instituio emi-tente conhecido como renda varivel.

    d) CDB, debntures, caderneta de poupana so exemplos de renda varivel.

    e) Um ttulo com prazo de vencimento indeter-minado no possui data marcada para seu resgate, mas o mesmo pode ser convertido em dinheiro a qualquer momento que seu titular desejar.

    Justificativa:

    O certificado de depsito bancrio (CDB) uma obrigao de pagamento futura de um capital aplicado em depsito a prazo fixo em instituies fi-nanceiras. Esses recursos destinam-se, basicamente, ao financiamento do capital de giro das empresas. O CDB pode ser emitido com remunerao prefi-xada ou ps-fixada.

    As debntures so ttulos de crdito emitidos por sociedades annimas, tendo por garantia seus ativos. Os recursos provenientes de sua emisso so destinados ao financiamento de capital de giro e capital fixo das empresas. Os direitos e as remune-raes oferecidas pelas debntures so juros (taxa de juros prefixada, taxa de juros flutuante e taxa de juros real fixa acrescida de um ndice de correo de preos da economia), participao nos lucros e prmios de reembolso.

    A caderneta de poupana uma alternativa de aplicao financeira bastante conservadora, ofere-cendo segurana e baixa remunerao, compara-tivamente a outros tipos de ativos no mercado. A caderneta paga juros de 0,5% ao ms acrescidos de correo.

  • 12 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    4. As aes representam uma frao do capital social de uma sociedade. A ao considerada um ttulo de renda varivel, e seus rendimentos vinculam-se aos lucros auferidos pela empresa emissora. Com relao ao mercado de aes, todas as alternativas abaixo so verdadeiras, exceto:

    a) No exerccio social, parte dos resultados lquidos distribuda sob a forma de divi-dendos, ou seja, parte dos lucros paga aos acionistas.

    b) Uma maneira de remunerar os acionis-tas atravs do pagamento de dividen-dos. Outra forma de remunerao dos acionistas o pagamento de juros calcu-lados sobre o capital prprio; no entan-to, existem certas limitaes e condies estabelecidas para essa forma de distri-buio de resultados previstas pela legis-lao. O pagamento de juros calculados sobre o capital prprio no proporciona nenhuma vantagem fiscal empresa.

    c) Os subscritores de capital podem benefi-ciar-se das valorizaes de suas aes no mercado, sendo que este ganho depender da conjuntura do mercado e do desempe-nho econmico-financeiro da empresa e da quantidade de aes.

    d) O direito de subscrio permite a todo acio-nista subscrever, na proporo das aes possudas, todo o aumento de capital; no entanto, esse direito de subscrio pode ser negociado no mercado pelo investidor quan-do o preo de mercado apresentar-se valo-rizado em relao ao preo subscrito.

    e) Bonificao a emisso e distribuio gra-tuita de novas aes aos acionistas, quando uma sociedade decide elevar seu capital so-cial. Esta distribuio feita em quantidade proporcional participao de capital. O capital social elevado em funo da incor-porao de reservas patrimoniais.

    Justificativa:

    O clculo dos juros sobre capital prprio est previsto em nossa legislao societria e fiscal como forma de apurar a remunerao dos capitais man-

    tidos pelos scios em determinado empreendimen-to empresarial. Da mesma forma, que os encargos financeiros (juros) se referem remunerao dos capitais de terceiros tomados como emprstimos e financiamentos, os juros sobre capital prprio so calculados do investimento mantido pelos proprie-trios da empresa.

    A atual legislao estende essa remunerao a todos os scios dentro de certos limites, permitindo ainda que o valor pago seja dedutvel do clculo do imposto de renda nas sociedades que apurem o tributo com base no lucro real.

    5. O juro o valor pago pelo emprstimo de um capital. Um financiamento embute a taxa livre de risco e o prmio pelo risco. Assim, no se pode dizer que:

    a) SELIC um sistema especial de custdia e liquidao no qual so negociados os ttulos pblicos no mercado monetrio.

    b) Devido natureza dos ttulos pblicos, a taxa SELIC aceita na economia brasileira como a taxa livre de risco.

    c) Prmio de risco a diferena entre uma taxa de juros com risco e outra livre de risco.

    d) SELIC no opera com ttulos emitidos pelo Banco Central e Tesouro Nacional.

    e) O prmio de risco revela quanto um investi-dor exige, acima de uma aplicao sem risco (ou de risco mnimo), para manter sua pou-pana em determinado ttulo com risco.

    Justificativa:

    O Sistema Especial de Liquidao e Custdia (SELIC) foi desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e a Andima ( Associao Nacional das Ins-tituies do Mercado Aberto) em 1979, voltado a operar com ttulos pblicos de emisso do Bacen e do Tesouro Nacional. Tem por finalidade controlar e liquidar financeiramente as operaes de compra e de venda de ttulos pblicos e manter sua custdia fsica e escritural.

  • Ambiente Financeiro Brasileiro 13

    Editora

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    EXERCCIOS PROPOSTOS

    Complete a palavra cruzada:

    3 5

    7 2 9 5

    1 1

    6 4

    10 4 9

    2

    3

    10 6

    7

    8 8

    Horizontal

    1. Sigla do rgo responsvel pela organizao, funcionamento e fiscalizao das Bolsas de Valores, so-ciedades corretoras e corretores.

    2. Ttulo de crdito emitido pelas Sociedades por Aes para captar recursos.

    3. Sigla que representa a taxa cambial mdia praticada no mercado brasileiro divulgada pelo Banco Cen-tral.

    4. Tributo cobrado na compra e na venda das aes que pertence a Bolsa de Valores.

    5. Sigla das aes que conferem ao seu detentor o direito de voto.

    6. Bancos cujas atividades caracterizam-se pela atuao mais abrangente em crdito imobilirio, opera-es de crdito direto ao consumidor e certas operaes de financiamento de longo prazo tpicas dos bancos de investimentos e operaes de leasing.

    7. Taxa bsica de formao de juros da economia.

    8. Nome da empresa com maior participao no ndice da Bolsa de Valores de So Paulo atualmente.

    9. Sigla do ttulo emitido por instituies financeiras com objetivo de captar recursos de outras institui-es financeiras; tambm conhecida como a taxa de juros que remunera esses depsitos.

    10. Sigla do rgo mximo do Sistema Financeiro Nacional.

  • 14 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    Vertical

    1. Mercado onde so realizadas operaes de curto e curtssimo prazos, que permitem o controle da liquidez monetria da economia.

    2. o mais importante indicador do desempenho do mercado de aes brasileiro, pois retrata o compor-tamento das principais aes negociadas na BOVESPA.

    3. Valor representativo de parte dos lucros da empresa, distribudo aos acionistas, em dinheiro, por ao possuda. Por lei, no mnimo 25% do lucro lquido do exerccio devem ser distribudos entre os acio-nistas.

    4. um aumento de capital deliberado por uma empresa, com o lanamento de novas aes, para ob-teno de recursos. Os acionistas da empresa tm preferncia na compra dessas novas aes emitidas pela companhia, na proporo que lhe couber, pelo preo e no prazo preestabelecidos pela empresa.

    5. a instituio que compra e vende aes para voc.

    6. Imposto que incide nos resgates feitos num perodo inferior a 30 dias. O percentual do imposto pode variar de 96% a 0%, dependendo do nmero de dias decorridos da aplicao, e incide sobre o rendi-mento do investimento.

    7. Sigla do imposto incidente na maioria das aplicaes brasileiras.

    8. Indicador de gerao de riqueza que mede quanto uma empresa lucra acima do mnimo exigido a vis-ta em funo do risco do negcio. Na prtica, avalia se a empresa est destruindo ou aumentando o capital dos acionistas.

    9. a diferena entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de crdito e a paga aos aplicadores.

    10. considerado o combustvel do mercado de capitais.

    Soluo:

    3 5

    7 2 9 5

    1 1

    6 4

    10 4 9

    2

    3

    10 6

    7

    8 8

    D C

    S E L I C C D I O N

    B V R

    C V M O I R

    O V I S D E

    N I E M O L U M E N T O S

    D E B E N T U R E S F B N O P

    T F P S D R R

    P T A X O A C O A E

    R R R A

    I C M N M U L T I P L O S D

    O A

    I

    P E T R O B R A S

    O V

    A

  • Editora

    AtlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Dada uma taxa efetiva anual capitalizada men-salmente, a sua correspondente taxa nominal anual uma taxa _____________ mensal da sua taxa efetiva anualizada _______________.

    Preenchendo corretamente as lacunas acima a opo correta ser:

    a) Equivalente; exponencialmente.

    b) Equivalente; linearmente.

    c) Proporcional; exponencialmente.

    d) Proporcional; linearmente.

    e) Linear; linearmente.

    Justificativa:

    Taxa efetiva de juros a taxa dos juros apurada durante todo o prazo n, sendo formada exponen-cialmente atravs dos perodos de capitalizao. Ou seja, taxa efetiva o processo de formao dos

    juros pelo regime de juros compostos ao longo dos perodos de capitalizao.

    Quando se diz, por outro lado, que uma taxa nominal, geralmente admitido que o prazo de capitalizao dos juros (ou seja, o perodo de for-mao e incorporao dos juros ao principal) no o mesmo daquele definido para a taxa de juros.

    Quando se trata de taxa nominal comum ad-mitir-se que a capitalizao ocorre por juros sim-ples. Assim, a taxa por perodo de capitalizao uma taxa proporcional ou linear.

    2. Com relao taxa linear de juros, no pode-mos afirmar que:

    a) 2,6% a.m. proporcional taxa de 31,2% a.a.

    b) 3,5% a.b. proporcional a 5,25% a.t.

    c) 5,1% a.q. proporcional a 2,518% a.b.

    d) 6,2% a.t. proporcional taxa de 24,8% a.a.

    e) 8,4% a.s. proporcional 2,8% a.b.

    3

    CLCULO FINANCEIRO

  • 16 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora At

    las

    Justificativa:

    5,1%i 2,55% a.b.

    2= =

    3. Classificando em verdadeiro ou falso as seguin-tes afirmaes, pode-se afirmar que a alternati-va que responde corretamente a sequncia :

    I ( ) Para se compreender a formao das taxas de juros, deve-se com-preender o prazo a que se refere taxa e o prazo de capitalizao dos juros.

    II ( ) Por ser uma taxa caracteristica-mente de juros simples, a maior parte dos juros praticados no siste-ma financeiro no referenciada na taxa linear (proporcional).

    III ( ) O uso da taxa proporcional promo-ve uma taxa efetiva mais elevada que a taxa implicitamente decla-rada para a operao.

    IV ( ) Se o prazo de uma operao coin-cidir com a periodicidade com que os juros so capitalizados, a taxa declarada menor que a taxa efe-tiva.

    V ( ) Quando o prazo a que se refere a taxa de uma operao coincidir exatamente com o prazo com que os juros so capitalizados, temos a chamada taxa nominal de juros.

    a) I-V; II-F; III-V; IV-F; V-V

    b) I-F; II-V; III-V; IV-V; V-F

    c) I-V; II-V; III-F; IV-F; V-F

    d) I-V; II-F; III-F;; IV-F; V-V

    e) I-F; II-F; III-V; IV-V; V-V

    Justificativa:

    I Est correto afirmar que para se com-preender a formao das taxas de juros, deve-se compreender o prazo a que se refere taxa e o prazo de capitalizao dos juros, uma vez que a taxa de juro o coeficiente que determina o valor do

    juro, isto , a remunerao do fator ca-pital utilizado durante certo perodo de tempo. As taxas de juros se referem sem-pre a uma unidade de tempo.

    II Quando se trata de taxa nominal co-mum admitir-se que a capitalizao ocor-re por juros proporcionais simples. Assim, a taxa por perodo de capitalizao uma taxa proporcional ou linear.

    III Ao se capitalizar uma taxa nominal, apu-ra-se uma taxa efetiva de juros superior quela declarada para a operao.

    IV A taxa efetiva de juros a taxa obtida para todo o perodo n de um investimen-to, sendo formada exponencialmente atravs dos perodos de capitalizao. Se o prazo de uma operao coincidir com a periodicidade com que os juros so capitalizados, a taxa declarada igual taxa efetiva.

    V Quando o prazo a que se refere a taxa de uma operao coincidir exatamente com o prazo com que os juros so capitaliza-dos, temos a chamada taxa nominal de juros.

    Uma taxa de juros dita nominal geralmente quando o prazo de capitalizao dos juros (pero-do em que os juros so formados e incorporados ao capital) no o mesmo que o prazo definido para a referida taxa de juros.

    4. Um investidor aplicou um determinado valor presente (PV), taxa de juros simples de i% a.m., durante 12 meses e obteve um montante FV1. Um outro investidor aplicou o mesmo va-lor presente, tambm a juros simples e mesma taxa mensal, por 5 meses, e depois reaplicou o montante todo novamente por mais 7 meses, obtendo um montante final FV2. Ento, COR-RETO afirmar que:

    a) FV1 > FV2, qualquer que seja a taxa de juros i%.

    b) FV1 > FV2 somente para alguns valores de i%.

    c) FV1 = FV2.

    d) FV1 < FV2, qualquer que seja a taxa de juros i%.

  • Clculo Financeiro 17

    Editora A

    tlas

    e) FV1 < FV2 somente para alguns valores de i%.

    Justificativa:

    O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada perodo so acrescidos ao capital formando o montante do perodo. Esse montante, por sua vez, passar a render juros no perodo seguinte formando um novo montante. Este processo de formao dos juros diferente do regime de juros simples, onde unicamente o capital rende juros, no ocorrendo remunerao sobre os juros formados em perodos anteriores, o que faz com que a remunerao dos juros compostos seja sempre maior.

    5. Seja uma srie de n pagamentos iguais poste-cipada, taxa de juros composta de i% a.m. Seja FV1 o valor futuro dessa srie na data n, e seja FV2, o valor futuro de FV1 na data n + k.

    Pode-se dizer que 12

    FVFV

    :

    a) ( ) ( )1 1 1n

    kiPMT i

    i

    + +

    b) ( )1 1niPMTi

    + c) ( )1 ki+d) ( )1 1ni + e) (1 + i)k

    Justificativa:

    1 (1 )

    2 (1 ) (1 )

    1 (1 ) 1(1 )

    2 (1 ) (1 ) (1 )

    n

    n n k

    nk

    n n k k

    FV PV i

    FV PV i i

    FV PV ii

    FV PV i i i

    +

    +

    = +

    = + +

    += = = +

    + + +

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Suponha que seja oferecida uma aplicao fi-nanceira com renda mensal de 1,5%, a qual capitalizada e paga ao final da operao. Sa-

    bendo-se que um investidor tenha aplicado $ 90.000,00 por seis meses, pede-se:

    a) Determinar o montante da operao pelo critrio de juros simples e pelo de juros com-postos;

    Soluo:

    PV = $ 90.000

    i = 1,5%

    n = 6 meses

    FV = PV(1 + i n)

    FVJS = $ 90.000(1 + 0,015 6)

    FVJS = $ 98.100,00

    FV = PV (1 + i)n

    FVJC = $ 90.000 (1 + 0,015)6

    FVJC = $ 98.409,89

    b) Explicar a diferena determinada pelos cri-trios de capitalizao de juros sobre o mon-tante a ser resgatado pelo investidor ao final do sexto ms.

    Soluo:

    Juros compostos rendem juros sobre juros, produzindo um montante maior que os juros sim-ples.

    2. Faa as seguintes converses de juros:

    a) Para uma taxa efetiva de 18% ao ano, qual a respectiva taxa nominal anual com capi-talizao mensal?

    Soluo:

    i= 18% a.a.1

    12(1 0,18) 1 1,3888% . .a m+ =

    inominal = 1,3888 12 = 16,67% a.a. com ca-pitalizao mensal

    b) Para uma taxa nominal de 24% ao ano com capitalizao mensal, qual a sua taxa efetiva equivalente trimestral?

    Soluo:

    i = 24% a.a.

  • 18 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora At

    las

    24%2% . .

    12a m=

    (1 + 0,02)3 1 = 6,12% a.t.

    3. Uma construtora diz financiar suas vendas a ju-ros de 3% ao ms. Sua sistemtica no financia-mento em 12 prestaes mensais a seguinte: 3% 12 prestaes = 36%. Se o valor a ser financiado for de $ 10.000,00, ento o clien-te dever pagar: FV = 10.000 (1 + 0,36) = 13.600. Como o cliente ir pagar em 12 presta-es, ento: PMT = 13.600,00/12 = 1.133,33. Assim, o cliente ir pagar 12 prestaes men-sais de $ 1.133,33, para um financiamento de $ 10.000,00. A taxa de juros realmente 3% ao ms?

    Soluo:

    PMT= $ 1.133,33

    PV = $ 10.000

    n = 12 meses

    i ?

    1.133,33 CHS PMT

    10.000 PV

    12 n

    i 5,08% a.m.

    4. Uma dvida apresenta as seguintes condies de pagamento: R$ 6.200,00 vencveis hoje e R$ 9.600,00 vencveis daqui a 4 meses. O devedor prope a renegociao da dvida nas seguintes condies: R$ 3.000,00 daqui a 3 meses do vencimento do primeiro pagamento original, R$ 4.500,00 da a 3 meses e o restante 5 meses depois deste ltimo pagamento. Para uma taxa efetiva de juros de 2,9% a.m., calcular o saldo a pagar.

    Soluo:

    Dvida Atual

    PMT 1 = $ 6.200 n = 0PMT 2 = $ 9.600 n = 4

    Renegociao

    PMT 1 = $ 3.000 n=3 mesesPMT 2 = $ 4.500 n = 6 meses

    PMT 3 = Y n = 11 meses

    i = 2,9% a.m.

    6.200(1,029)x + 9.600(1,029)(x+4) =

    3.000(1,029)(x+3) +4.500(1,029)(x+6)

    +y(1,029)(x+11)

    6025,2672 + 8321,3609 = 2675,8376 +

    3683,8750 + 0,7096y

    0,7096y = 7986,9155

    Y = $ 11.255,47

    5. Uma dvida tem o seguinte esquema de paga-

    mento: R$ 3.900,00 vencveis em 3 meses a

    partir de hoje e R$ 11.700,00 de hoje a 5 me-

    ses. O devedor prope ao credor refinanciar

    esta dvida mediante 5 pagamentos bimestrais,

    iguais e sucessivos, vencendo o primeiro de hoje

    a um ms. Sendo de 2,1% ao ms a taxa de ju-

    ros da dvida original e de 3% ao ms a taxa a

    ser considerada no refinanciamento, pede-se

    determinar o valor de cada prestao.

    Soluo:

    Dvida Atual

    PMT 1 = $ 3.900 n = 3

    PMT 2 = $ 11.700 n = 5

    i = 2,1% a.m.

    Renegociao

    PMT 1 = $ x n=1 msPMT 2 = $ x n =3 mesesPMT 3 = $ x n = 5 mesesPMT 3 = $ x n = 7 mesesPMT 3 = $ x n = 9 meses

    i = 3% a.m.

    3.900(1,021)3 + 11.700(1,021)5 =

    x(1,03)1 + x(1,03)3 + x(1,03)5 +x(1,03)7 + x(1,03)9

    3.664,27 + 10.545,26 = 0,9709x + 0,9152x + 0,8627x + 0,8131x + 0,7665x

    4,3284x = 14.209,53

    x = $ 3.283,06

  • Editora

    AtlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Juca trabalha em uma instituio bancria, na funo de gerente pessoa fsica, o que lhe pro-porciona um rendimento lquido de $2.500,00 mensais. Apesar do baixo ndice inflacionrio, Juca verificou que seu poder de compra dimi-nuiu. Ele constatou que no intervalo de seis meses seu padro de consumo passou para 90% do que consumia antes. O ndice mensal de in-flao no semestre atinge:

    a) 1,79% a.m.

    b) 1,77% a.m.

    c) 1,86% a.m.

    d) 1,72% a.m.

    e) 1,81% a.m.

    Justificativa:

    ITDM

    1 I=

    +

    TDM = 10%

    0,1 = I

    1 I+ I = 0,1 + 0,1I 0,9I = 0,1

    I = 11,11% a. s.

    16(1 0,111) 1,77% a.m.+ =

    2. O IGP-M um indicador que mede a taxa de inflao da economia. Este ndice utiliza uma grande variedade de itens, bens e servios, por esse motivo muito utilizado por empresas que atuam em diferentes segmentos. O IGP-M de ja-neiro de um determinado ano de 195,827. Sa-be-se que a taxa de inflao de cada um dos me-ses seguintes atinge 0,70% (fevereiro), 0,80% (maro), 0,71% (abril). O valor do IGP-M no final do trimestre ser:

    a) 200,187

    b) 198,775

    c) 197,197

    d) 198,849

    e) 201,87

    4CLCULO FINANCEIRO EM CONTEXTO INFLACIONRIO

  • Editora

    Atlas

    20 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    s

    Justificativa:

    PnI 1

    Pn t=

    I = 0,7%

    Pn t = 195,827

    Em fevereiro: 0,007 = 1195,827

    PnI

    1,007

    = 195,827

    Pn Pn = 197,198

    I = 0,8%

    Pn t = 197,198

    Em maro: 0,008 = 1197,198

    PnI 1,008 =

    197,198Pn

    Pn = 198,776

    I = 0,71%

    Pn t = 198,776

    Em abril: 0,0071 = 1198,776

    PnI

    1,0071 =

    198,776Pn

    Pn = 200,187

    3. Um investidor adquiriu um imvel na expec-tativa de especulao imobiliria. O imvel foi adquirido por $ 600.000,00 em janeiro de de-terminado ano e vendido em junho do mesmo ano por $ 650.000,00. Sabe-se que os valores do IGP-M foram de 201,872 e 211,764 para ja-neiro e junho, respectivamente. Assim, o valor da rentabilidade nominal da operao de com-pra e venda do imvel e a inflao sero:

    a) 1,08% e 1,05%

    b) 8,33% e 2,03%

    c) 1,08% e 4,90%

    d) 8,33% e 4,90%

    e) 8,33% e 1,05%

    Justificativa:

    Rentabilidade nominal = Preo de Venda

    Preo de Aquisio

    Rentabilidade nominal =

    $ 650.000,001 8,33%

    $ 600.000,00 =

    Pn = 211,764

    Pn t = 201,872

    = =

    =

    Pn 211,764I 1 I 1

    Pn t 201,872I 4,90%

    4. Uma loja de departamentos est vendendo cer-

    to produto a prazo cobrando juro nominal de

    2,2% ao ms, sendo a inflao projetada de 8%

    ao ano. O custo real mensal do financiamento

    :

    a) 2,75%

    b) 3,72%

    c) 1,55%

    d) 1,06%

    e) 7,31%

    Justificativa:

    Taxa Real (r) = +

    +

    1 ( )1

    1 ( )taxa nominal i

    taxa de inflao I = + = =

    += =

    +

    1 112 12I (1 0,08) I (1,08) I 0,6434% a.m.

    1 0,022r 1 r 1,55%

    1 0,006434

    5. Sendo de 0,7% a inflao de determinado ms

    e de 0,6% a taxa do ms seguinte, determinar

    a perda do poder de compra verificada no bi-

    mestre.

    a) 1,30%

    b) 1,29%

    c) 1,27%

    d) 1,25%

    e) 1,24%

  • Clculo Financeiro em Contexto Inflacionrio 21

    Editora A

    tlass

    Justificativa:

    ITDM

    1 I=

    +

    Para I = 0,7%

    TDM1 = 0,0071,007

    0,6951%

    Para I = 0,6%

    TDM2 = 0,0061,006

    0,5964%

    TDM1 + TDM2 = 1,29%

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Admita que um investidor tenha feito uma apli-cao em um CDB que est pagando 0,9% ao ms lquido. Se o investidor pretende resgatar essa aplicao ao final de 7 meses e obter um ganho real de 5% nesse perodo, qual dever ser a taxa mxima de inflao do perodo?

    Soluo:

    (1 i)I 1

    (1 r)+

    =

    +

    r = 0,9% a.m. r = (1,009)7 1 r = 6,4727% no perodo

    Para i = 5% e r = 6,4727% (ambos no pe-rodo), tem-se:

    I =(1,05)

    1(1,064727)

    I = 1,4% no perodo

    2. Os ganhos nominais (rentabilidades) acumula-dos no ano de 2006 das principais aplicaes financeiras disponveis no Brasil atingiram se-gundo dados do Banco Central, os seguintes percentuais anuais:

    Caderneta de Poupana (dia 1o): 7,79%

    CDB (pr) para 30 dias: 15,04%

    Ouro (BM&F): 12,69%

    Bolsa de Valores (IBOVESPA): 32,93%

    Dlar comercial: 8,09%

    IPCA: 2,81%

    Pede-se determinar a rentabilidade real de cada alternativa de aplicao financeira considerando como base o IPCA.

    Soluo:

    Taxa Real (r) = 1 ( )

    11 ( )

    taxa nominal itaxa de inflao I+

    +

    Poupana: (1,0779)

    1(1,0281)

    r =

    r = 4,84% a.a.

    CDB: (1,1504)

    1(1,0281)

    r = r = 11,9% a.a.

    Ouro: (1,1269)

    1(1,0281)

    r = r = 9,61% a.a.

    Bovespa: (1,3293)

    1(1,0281)

    r = r = 29,3% a.a.

    Dlar: (0,9191)

    1(1,0281)

    r = r = 10,6% a.a.

    3. Suponha que voc v emprestar a algum $ 5.000,00 pelo prazo de um ano. No h risco de que voc no receba o dinheiro de volta. Admita que voc v emprestar o dinheiro da seguinte forma: $ 2.000,00 em dinheiro que voc tinha aplicado no banco e os outros $ 3.000,00 uti-lizando seu limite de cheque especial. O custo do dinheiro emprestado pelo banco atravs do cheque especial 9% ao ms efetivo. Voc tinha uma taxa de aplicao de 1% ao ms com os seus recursos aplicados no banco. O Imposto de Renda sobre o rendimento de suas aplicaes de 20% e admita que no haja outros impostos incidentes. Qual a taxa mensal de juros que voc deve cobrar para que to-somente cubra todos os seus custos?

    Soluo:

    PV = $ 2.000

    n = 12 meses

    i = 0,01 * (1 0,2) = 0,008 = 0,8%

    FV?

  • Editora

    Atlas

    22 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Aplicao pela HP

    2.000 CHS PV12 n0,8 iFV $ 2.200,68

    PV = $ 3.000n = 12 mesesi = 9%FV?

    Aplicao pela HPCheque Especial pela HP3.000 CHS PV12 n9 iFV 8$ 437,99

    Clculo da taxa mensal de jurosPV1 + PV2 = $ 5.000FV1 + FV2 = $ 10.638,67n = 12 mesesi = ?

    Aplicao pela HP5.000 CHS PV10.638,67 FV12 ni 6,5% a.m.

    4. Calcule o custo real mensal de um financia-mento pelo prazo de um ano sabendo-se que os juros nominais cobrados atingem 1,8% ao ms e a inflao de todo o perodo esteja estimada em 6%.

    Soluo:

    Taxa Real (r) = 1 ( )

    11 ( )

    taxa nominal itaxa de inflao I+

    +

    I = 1

    12(1,06) I = 0,4867% a.m.Para i = 1,8% a.m. e I = 0,4867% a.m., tem-

    se:

    r = (1,018)

    (1,004867) 1 r = 1,31% a.m.

    5. Admita que uma instituio financeira deseje obter uma remunerao real de 1% ao ms em suas operaes de crdito. Sendo de 0,6% ao ms a expectativa de inflao, pede-se calcular a taxa mensal de juros a ser cobrada.

    Soluo:

    i = (1 + r) (1 + I) 1

    Para r = 1% a.m. e I = 0,6% a.m., tem-se:

    i = (1,01) (1,006) 1 i = 1,606% a.m.

  • Editora A

    tlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Os tributos que incidem sobre os ganhos obtidos na maioria dos produtos financeiros brasileiros so:

    a) ISS e IR.

    b) IR.

    c) ISS e IOF.

    d) IOF e IR.

    e) IOF.

    Justificativa:

    Tanto o IOF (Imposto sobre Operaes Finan-ceiras), quanto o IR (Imposto de Renda) incidem sobre os ganhos obtidos com a maioria dos produtos financeiros brasileiros.

    O ISS (Imposto Sobre Servios) um imposto de competncia dos municpios e do Distrito Fede-ral. O fato gerador a prestao de servios cons-tantes em uma Lista de Servios. O imposto incide

    sobre o preo do servio da Lista e tambm sobre o servio proveniente do exterior ou cuja prestao a se tenha iniciado. Portanto, no incide sobre os ganhos com produtos financeiros.

    2. Pelas novas alquotas de tributao em vigor no Brasil, em quanto ser tributado o valor mone-trio aplicado por 200 dias em um CDB?

    a) 27,5%.

    b) 22,5%.

    c) 20%.

    d) 17,5%.

    e) 15%.

    Justificativa:

    A alquota do Imposto de Renda sobre os ga-nhos lquidos auferidos em operaes realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, passou de 20% para 15%. Tal tributao no se aplica aos ganhos auferidos nas operaes de day trade, que permanecem sujeitos

    5

    PRODUTOS FINANCEIROS

  • 24 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlass

    s alquotas de 1,0% na fonte e de 20% no final de cada perodo de apurao.

    J para os fundos de investimento e demais aplicaes de renda fixa, foi adotado um critrio de tributao decrescente, de acordo com o prazo de permanncia dos recursos na aplicao:

    Aplicaes de at 6 meses: 22,5%

    Aplicaes de 6 a 12 meses: 20%

    Aplicaes de 12 a 24 meses: 17,5%

    Aplicaes acima de 24 meses: 15%

    3. Sobre o produto financeiro factoring correto afirmar:

    a) A atividade de factoring controlada pelas regras do mercado financeiro.

    b) As factorings podem trabalhar com recur-sos prprios ou capt-los atravs de emis-so de debntures e notas promissrias comerciais.

    c) Seu principal servio o desconto de ttulos de crdito.

    d) Ao adquirir direitos de fomento de seus clientes, a factoring no assume o risco ine-rente do crdito concedido pela empresa vendedora.

    e) Em uma operao de desconto em que haja inadimplncia de quem vai pagar o ttulo, a factoring tem todo o direito de fazer o ttulo regressar do emissor e exigir a devoluo do capital emprestado.

    Justificativa:

    As sociedades de fomento comercial facto-ring so empresas comerciais (no financeiras) que operam por meio de aquisies de duplicatas, cheques etc. de forma similar a uma operao de desconto bancrio. As empresas de factoring tm como fonte de recursos principalmente os fundos prprios, emprstimos bancrios, emisso de de-bntures e notas promissrias comerciais.

    4. Sobre os produtos financeiros destacados a se-guir, assinale a opo verdadeira:

    a) Os commercial papers costumam oferecer maiores garantias de liquidao, sendo en-

    tendidos como uma promessa de pagamen-to vinculada ao desempenho financeiro do emitente do ttulo.

    b) Por representar uma opo de compra futura de obrigaes, um warrant no poder ser emitido de forma separada de outros ttulos de dvidas da empresa.

    c) As operaes de open market podem ser re-alizadas tanto por instituies financeiras bancrias como pelas sociedades de fomento comercial factoring.

    d) A taxa Selic aceita como taxa livre de risco e referencia o custo do dinheiro no mercado financeiro.

    e) Hot money uma operao de emprstimo de curtssimo prazo, demandado para cobrir as necessidades mais permanentes de caixa das empresas.

    Justificativa:

    O commercial paper uma nota promissria de natureza comercial emitida por sociedades anni-mas abertas ou fechadas, cuja colocao no merca-do intermediada por uma instituio financeira. O prazo de emisso desses ttulos geralmente in-ferior a um ano e os ttulos no possuem garantias reais.

    Warrant um ttulo que concede a seu titular o direito de adquirir outros ttulos de emisso da prpria empresa, constituindo-se numa alternativa adicional de financiamento. Diversas emisses de ttulos de dvidas so processadas com warrants, o que concede ao investidor do ttulo o direito de compra de outro por um preo estabelecido previa-mente. O emissor de um warrant a instituio que possui ativos que serviro de lastro para o seu lan-amento. No Brasil costumam ser emitidos warrants sobre aes, debntures e notas promissrias.

    As operaes de open market funcionam como um instrumento bastante gil de poltica monet-ria a fim de melhor regular o fluxo monetrio da economia e influenciar os nveis das taxas de juros a curto prazo. Essas operaes so fundamentadas por meio da compra e venda de ttulos da dvida pblica no mercado e so processadas pelo Banco

  • Produtos Financeiros 25

    Editora A

    tlass

    Central na qualidade de agente monetrio do go-verno.

    Os ttulos negociados no Selic so de grande liquidez e teoricamente de risco mnimo, por isso, a taxa definida no mbito desse sistema aceita como taxa livre de risco da economia, servindo de importante referencial para a formao dos juros de mercado.

    Hot Money so operaes de aplicaes finan-ceiras de curtssimo prazo que prometem altas mar-gens de ganhos. Podem-se deslocar rapidamente altas margens de um mercado para outro em busca de melhores oportunidades de ganhos.

    5. Sobre os sistemas de amortizao de emprsti-mos e financiamentos assinale a opo verda-deira:

    a) No sistema de amortizao constante os juros so decrescentes nos perodos.

    b) Na tabela Price as prestaes so constantes e as amortizaes decrescentes nos pero-dos.

    c) O total dos juros acumulados na tabela Price inferior ao total de juros acumulados pelo sistema de amortizao constante.

    d) No sistema de amortizao constante as prestaes que so constantes em todos os perodos.

    e) Na tabela Price as prestaes decrescem em progresso geomtrica.

    Justificativa:

    O sistema Price, adotado quando os perodos das prestaes (normalmente mensais, mas no necessariamente) se apresentam menores que o da taxa de juros, tem como caracterstica bsica o uso de taxa proporcional (linear) simples ao invs da taxa equivalente composta de juros. As presta-es so constantes e as amortizaes crescentes nos perodos.

    O sistema de Amortizao Constante tem como caracterstica bsica serem as amortizaes do prin-cipal sempre iguais em todo o prazo da operao. O valor da amortizao facilmente obtido median-te a diviso do capital emprestado pelo nmero de prestaes.

    Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, cujo montante decresce aps o pagamento de cada amortizao, assumem valores decrescentes nos perodos. Em consequncia do comportamento da amortizao e dos juros, as prestaes peridicas e sucessivas do SAC so decrescentes em progresso aritmtica.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Um investidor aplica $ 50.000,00 num CDB pre-fixado taxa de juros de 16,8% ao ano (base 360 dias) para um perodo de 32 dias, com 20 dias teis. O Imposto de Renda retido na fonte alquota de 22,5% sobre os rendimentos bru-tos. Determinar:

    a) o valor de resgate bruto e lquido;

    Soluo:

    Rendimento total:32

    360$ 50.000 [(1,168) 1] $ 694,98 =

    IR retido (alquota 22,5%)

    22,5% $ 694,98 = $ 156,37

    Rendimento Lquido: $ 694,98 $ 156,37 = $ 538,61

    FVBRUTO = Investimento inicial + Rendimen-to Bruto = $ 50.000 + $ 694,98 = 50.694,98

    FVLq. = Investimento inicial + Rendimento Lquido = $ 50.000 + $ 538,61 = $ 50.538,61

    b) taxa mensal lquida.

    Soluo:

    FV Lquidoi

    PV=

    $ 50.538,61i 1 1,08% para 36 dias

    $ 50.000,00= =

    3032i (1,0108) 1 1,01% a.m.= =

    2. Admita que uma empresa tenha adquiri-do no passado um emprstimo no valor de $ 60.000,00, pelo prazo de 60 meses, a juros de 48% ao ano com capitalizao mensal, e que,

  • 26 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    Atlass

    neste ms, a empresa tenha pago a 36a parcela deste emprstimo, amortizado pela Tabela Pri-ce. Procurando o Banco para renegociar o sal-do devedor, em virtude da queda do fluxo de caixa, a empresa prope ao Banco amortizar o saldo devedor em $ 10.000,00 e refinanciar o restante em 50 meses, a juros de 51,106866% ao ano, em prestaes iguais e consecutivas, vencendo a primeira em 70 dias. O Banco in-forma que cobra ainda uma TAC de R$ 100,00 que ser parcelada junto com o saldo devido. Pede-se calcular o valor da nova prestao.

    Soluo:

    48% i 4% a.m.

    12 a.a.

    meses= =

    (1 ) 1PV PMT

    (1 )

    n

    n

    ii i

    + = +

    =

    =

    60

    60

    (1,04) 1$ 60.000 PMT

    (1,04) 0,04

    $ 2.652,11

    Pela HP:

    F CLX 60.000 CHS PV4 i60 nG ENDPMT $ 2.652,11

    O saldo ser o PV das 24 prestaes vincendas, ou seja:

    24

    24

    (1,04) 1PV 2.652,11

    (1,04) 0,04

    $ 40.436,62

    =

    =

    Amortizando o saldo devedor em $ 10.000, o novo saldo devedor ser:

    SD = $ 40.436,62 $ 10.000 = $ 30.436,62

    Nova taxa efetiva:

    = +

    =

    112i (1 0,51106866) 1

    3,5% a.m.

    Vencimento da primeira parcela em 70 dias, mais $ 100 de TAC:

    7030FV $ 30.536,62 (1,035)

    $ 33.088,86

    =

    =

    Calculando a prestao, agora com entrada, uma vez que em 70 dias vence a primeira:

    50

    50

    (1,035) 1$ 33.088,66

    (1,035) 0,035

    $ 1.363,00

    PMT

    =

    =

    3. Um cliente procura um banco para realizar uma operao de desconto de cheques com os seguintes valores: $ 1.000,00 para 24 dias e $ 1.600,00 para 38 dias. O banco informa que cobra para a operao uma taxa de 2% a.m, custdia de $ 0,30 por cheque, uma tarifa de abertura de crdito (TAC) de $ 30,00 para a operao toda e IOF (Imposto sobre Operaes Financeiras) de 0,0082% a.d. e IOF adicional de 0,38%. Pede-se:

    Soluo:

    $ 1.000 24 dias

    $ 1.600 38 dias

    1.000 24 1.600 38n mdio

    1.000 1.60032,615 dias

    + =

    +=

    J1 = 1.000 0,0230

    24 = 16,00

    IOF 1 = (1.000 16) 0,000082 24

    = 1,94

    J2 = 1.600 0,0230

    38 = 40,53

    IOF 2 = (1.600 40,53) 0,000082 38

    = 4,86

    IOF adicional = (1.000 + 16.000 16 40,53) 0,0038 = 9,67

    a) o valor lquido a receber do cliente.

    Total dos cheques $ 2.600

    () Juros (16 + 40,53) ($ 56,53)

    () IOF (1,94 + 4,86 + 9,67) ($ 16,47)

    () Custdia(2 0,3) ($ 0,60)

    () TAC ($ 30,00)

    Valor Lquido a Receber $ 2.496,40

  • Produtos Financeiros 27

    Editora A

    tlass

    b) o custo efetivo mensal da operao.

    $ 2.600i 1

    $ 2.496,4=

    i = 4,149976% em 31,615 dias30

    32,615i = (1 0,04149976) 1+

    i = 3,82% a.m.

    4. Um investidor aplica $ 5.000,00 num CDB pre-fixado taxa de 1,5% a.m. para um perodo de 80 dias. O Imposto de Renda retido na fonte alquota de 22,5% sobre o lucro bruto. Deter-minar:

    a) o valor de resgate lquido do imposto de renda.

    Soluo:

    Rendimento Bruto:8030[(1,015) 1 $ 5.000 = $ 202,51

    IR retido:

    22,5% $ 202,51 = $ 45,56

    Rendimento Lquido: $ 202,51 $ 45,56 =$ 156,94

    Valor de resgate lquido: Investimento + Ren-dimento Lquido = $ 5.000 + $ 156,94 =$ 5.156,94

    b) a rentabilidade real mensal lquida consi-derando que a inflao do perodo todo da aplicao foi de 0,8%.

    Soluo:

    $ 156,94i = 1 = 3,14% para 80 dias

    $ 5.000,00

    3080i = (1,0314) 1 = 1,16% a.m.

    3080I = (1,008) 1 = 0,2992% a.m.

    Taxa Real (r) = 1 ( )

    11 ( )

    taxa nominal itaxa de inflao I+

    +

    (1,0116)r = 1 = 0,86% a.m.

    (1,002992)

    5. Uma empresa est com uma necessidade ime-diata de caixa para saldar uma dvida. Para isso, est estudando a contratao de um hot money junto ao seu banco (Banco A) por um dia, cujo spread de 0,07% ao dia e a taxa over de juros mensal de 3,5%. Na tentativa de minimizar o custo desse emprstimo, o gerente financeiro da empresa procura um banco concorrente (Banco B), que se prope a cobrir a proposta oferecida pelo Banco A. Sabendo que o Banco B trabalha com um juros over de 4,2% a.m. para operaes de hot money, calcule o spread mximo que o Banco B ganhar nessa operao, admitindo o mesmo IOF.

    Soluo:

    Supondo um emprstimo de $ 1.000.000,00 captado junto ao Banco A:

    Quantidade de dias teis: 1(um) dia

    Valor do emprstimo: $ 1.000.000,00

    IOF: $ 1.000.000 0,0041% $ 41,00

    Emprstimo liberado: $ 999.959,00

    Juros: $ 1.000.000,00 (0,035/30) $ 1.166,67

    Spread $ 1.000.000,00 0,07% $ 700,00

    Saldo devedor: $ 1.001.825,67

    Supondo agora o mesmo emprstimo de $ 1.000.000,00 captado junto ao Banco B, o saldo devedor para a empresa deve ser, no mnimo igual ao do Banco A:

    Quantidade de dias teis: 1(um) dia

    Valor do emprstimo: $ 1.000.000,00

    IOF: $1.000.000 0,0041% $ 41,00

    Emprstimo liberado: $ 999.959,00

    Juros: $ 1.000.000,00 (0,042/30) $ 1.400,00

    Spread $ 1.000.000,00 (taxa spread) $ 466,67(*)

    Saldo devedor: $ 1.001.825,67

  • 28 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    (*) Para que o saldo devedor final para a em-presa seja, no mnimo, igual ao saldo devedor se a operao tivesse sido realizada no Banco A, o spread em $ tem que ser igual a:

    $ 1.001.825,67 ($ 999.959,00 + $ 1.400,00) = $ 466,67

    Agora, calculamos o spread percentual dirio mnimo que o Banco B ganhar para empatar com a oferta do concorrente:

    [($ 999.959 + $ 1.400)/$ 1.001.825,67] 1 = 0,000466 ou 0,0466% a.m.

    Portanto, o spread mximo que o Banco B ga-nhar nessa operao 0,0466% a.m.

  • Editora At

    lasTESTES DE VERIFICAO

    1. No que diz respeito ao bnus, pode-se afirmar

    que:

    a) Seu preo de mercado fixo, apesar dos ju-

    ros prometidos se alterarem.

    b) So ttulos de renda fixa representativos de

    contrataes de emprstimos pela empre-

    sa.

    c) So notas promissrias emitidas com garan-

    tias reais que pagam juros peridicos a seus

    proprietrios.

    d) Um dos principais riscos a que o investidor

    est exposto ao adquirir estes ttulos quan-

    to falta de liquidez do mercado.

    e) O valor de mercado e o valor nominal dos

    bnus tm o mesmo significado.

    Justificativa:

    O mercado internacional de dvidas permite o levantamento de recursos por meio da emisso de ttulos pelos prprios tomadores. Neste contexto, destaca-se a emisso de bnus.

    Os bnus so essencialmente ttulos de renda fixa, no costumam apresentar garantia real, po-dendo eventualmente ser negociados com garantia por fiana bancria. Os bnus prometem geralmen-te pagamentos peridicos de juros e amortizao do principal ao final do prazo de aplicao. Costuma apresentar uma nica data de vencimento, poden-do-se eventualmente encontrar bnus com opo de resgate antes do vencimento.

    As taxas de juros pagas por esses ttulos po-dem ser fixas ou flutuantes. Os bnus negociados no mercado costumam oferecer um prmio pelo risco como forma de compensar a possibilidade de insolvncia do emitente. Esse prmio adicional varia de acordo com o prazo e o risco do emitente do ttulo.

    Duas importantes caractersticas dos bnus so a diluio de seu risco entre os vrios investido-res nos ttulos emitidos e a liquidez desses ttulos

    6

    AVALIAO DE RENDA FIXA

  • 30 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlass

    devido a presena de um atuante mercado secun-drio.

    2. Todas as alternativas abaixo so verdadeiras, exceto:

    a) Os juros pagos pelos bnus so represen-tados por cupons e as taxas so exclusi-vamente fixas (percentual do principal).

    b) Ttulos conversveis em aes so denomi-nados Equity Related.

    c) Os bnus de mais baixo risco so aqueles emitidos pelo governo.

    d) O capital aplicado na aquisio de bnus pode ser pago no vencimento do ttulo, ou em valores peridicos.

    e) Os principais emitentes de bnus em uma economia so os governos (estadual, federal e municipal) e as empresas.

    Justificativa:

    As taxas de juros pagas pelos bnus podem ser fixas ou flutuantes. Os bnus negociados no merca-do costumam oferecer um prmio pelo risco como forma de compensar a possibilidade de insolvncia do emitente. Esse prmio adicional varia de acordo com o prazo e o risco do emitente do ttulo.

    3. Dentre as alternativas apresentadas abaixo a nica que no est correta :

    a) O conceito de Yield to Maturity (YTM) reflete o rendimento (yield) efetivo dos ttulos de renda fixa at seu vencimento (maturity).

    b) Se a Yield to Maturity (YTM) superar a taxa de rentabilidade requerida, o investimento considerado atraente.

    c) Yield to Maturity (YTM) por derivar do con-ceito de taxa interna de retorno (IRR), as-sume implicitamente seu pressuposto bsico de reinvestimento dos fluxos intermedirios de caixa prpria taxa de juros prometida pelo investimento.

    d) Pode-se afirmar que para um prazo de ven-cimento e retorno dados, quanto mais baixa a taxa de cupom, maior a volatilidade de preo.

    e) Pode-se dizer que ttulos com cupom zero so negociados por um preo maior que seu valor de face (gio).

    Justificativa:

    Os ttulos podem no prever pagamento de ju-ros durante sua maturidade, sendo denominados de zero cupon bond (ttulo com cupom zero). Em substituio aos cupons de rendimentos, o ttulo geralmente negociado por um valor de face des-contado (desgio), ou seja, por um preo inferior a seu valor de face.

    4. A duration de Macaulay para um ttulo de renda fixa pode ser interpretada como:

    a) Uma mdia ponderada do tempo de ven-cimento dos fluxos de caixa de um ttulo a valor futuro.

    b) Um desvio-padro dos prazos de vencimen-to dos fluxos de caixa de um ttulo a valor presente.

    c) Uma mdia ponderada do tempo de ven-cimento dos fluxos de caixa de um ttulo a valor presente.

    d) Um desvio-padro dos prazos de vencimen-to dos fluxos de caixa de um ttulo a valor futuro.

    e) Uma mdia aritmtica simples de vencimen-to dos fluxos de caixa de um ttulo a valor presente.

    Justificativa:

    Para um ttulo que paga rendimentos peridicos e resgata o principal ao final, partes do montante total prometido pelo ttulo so desembolsadas ao longo de sua durao, no refletindo sua efetiva maturidade. Para que o prazo assumido pelo ttulo expresse adequadamente sua maturidade, neces-srio o clculo de uma medida de durao represen-tativa dos resultados de caixa esperados.

    A durao efetiva desse fluxo com parcelas de rendimentos intermedirias aquela que torna equivalente (indiferente) opo de resgatar o in-vestimento por meio de um nico pagamento.

  • Avaliao de Renda Fixa 31

    Editora At

    lass

    Esses clculos podem ser processados pela pon-derao do valor presente para cada parcela com o respectivo prazo ou, de forma mais rigorosa, por meio do conceito de equivalncia de matemtica financeira.

    A durao mdia dos fluxos de caixa dos resul-tados prometidos pelo ttulo determinada pela metodologia denominada Macaulay duration.

    5. A current yield para um ttulo de renda fixa pode ser interpretada como:

    a) A duration do ttulo.

    b) A yield to maturity do ttulo.

    c) A rentabilidade do ttulo em relao ao seu valor de face.

    d) A rentabilidade do ttulo em relao ao seu preo corrente de mercado.

    e) A rentabilidade do cupom pago pelo ttulo em relao ao seu valor de face.

    Justificativa:

    O clculo do current yield (CY) demonstra a rentabilidade peridica de um ttulo em relao a seu preo corrente de mercado.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Admita um ttulo com valor de face de $ 1.000,00, maturidade de 3 anos e cupom igual a 12% a.a. com pagamento semestral de juros. Esse ttulo est negociado no mercado atual-mente por $ 1.011,98. Determinar o retorno semestral auferido pelo investidor.

    Soluo:

    1.011,98 CHS g CFo

    60 g CFj

    5 g Nj

    1.060 g CFj

    f IRR 5,76% a.s.

    2. Um bnus possui as seguintes caractersticas:

    Maturidade: 10 anos

    Cupom semestral: 10% ao anoRendimento exigido pelo investidor: 12%

    ao ano

    Valor de emisso: $ 1.000,00Pede-se calcular o preo de mercado do ttulo.

    Soluo:

    0 g CFo

    50 g CFj

    19 g Nj

    1.050,00 g CFj

    6 i

    f NPV $ 885,30

    3. Considere uma carteira composta por dois ttu-los: um com valor de resgate de $ 24.000,00, prazo de vencimento de 23 dias e juros de 1,2% a.m; outro com valor de resgate de $ 32.000,00, durao de 45 dias e juros de 1% a.m. Pede-se:

    Soluo:

    Resgate Prazo Taxa

    $ 24.000 23 1,2%

    $ 32.000 45 1,0%

    a) Duration de Macaulay.

    2330

    $ 24.000$ 23.781,51

    (1,012)PV ==

    PV = 4530

    $ 32.000

    (1,01) = $ 31.525,93

    PV1 + PV2 = $ 55.307,44

    Duration =

    = + 23 ($ 23.781,51 45 ($ 31.525,93))

    $ 55.307,44

    = 35,5 dias 36 dias

    b) Rentabilidade mdia mensal.

    $ 56.000 = $ 55.307,44 3630(1 )i+

  • 32 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

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    Atlas

    f CLX

    56.000 CHS FV

    55.307,44 PV

    36 E

    30 n

    i 1,04% a.m. i = 1,06%a.m.

    4. Admita um bnus com maturidade de 5 anos que paga cupom de 9% ao ano, com rendimen-tos semestrais. O bnus est sendo negociado no mercado pelo preo de $ 1.100,00, sendo seu valor de face de $ 1.000,00. Determinar a Yield to Maturity (YTM).

    Soluo:

    1.100 CHS g CFo

    45 g CFj

    9 g Nj

    1.045 g CFj

    f IRR 3,31% a.s. (6,62% a.a.)

    5. Admita uma obrigao com valor de face de $ 1.000,00 e maturidade de 6 anos. A remune-rao prometida so juros semestrais de 4% (cupom de 8% a.a.). Se os investidores aceita-rem descontar esse ttulo somente taxa de 9% ao ano, calcular seu preo de mercado.

    Soluo:

    0 g CFo

    40 g CFj

    11 g Nj

    1.040,00 g CFj

    4,5 i

    f NPV $ 954,41

  • TESTES DE VERIFICAO

    1. Ainda que o processo de deciso de investimen-

    to acionrio seja, muitas vezes, desenvolvido de

    maneira intuitiva, indispensvel, para efeito

    de posicionamento mais racional de mercado,

    que a aplicao financeira seja consequncia de

    uma avaliao mais formal desse ativo. Sendo

    assim, pode-se dizer que na deciso de inves-

    timento em ao devero ser considerados os

    seguintes fundamentos, exceto:

    a) A avaliao do retorno esperado.

    b) A variao passada da carteira de merca-

    do.

    c) Avaliao do retorno esperado de seu capital

    aplicado.

    d) Parmetros de oferta e procura do ttulo.

    e) A expectativa do investidor quanto valori-

    zao futura.

    Justificativa:

    A variao passada da carteira de mercado pode no estar relacionada com o da rentabilidade do investimento, isso porque, mesmo em momentos de baixa rentabilidade da carteira de mercado, a rentabilidade de um investimento pode ser alta e vice-versa.

    2. Os modelos de avaliao procuram projetar o comportamento futuro dos ativos financeiros, formulando previses com relao s variaes de seus preos no mercado. Basicamente so adotados dois critrios de anlise para investi-mento em aes, anlise tcnica e anlise fun-damentalista. Assim, quanto anlise tcnica, a nica alternativa incorreta :

    a) Adota a hiptese de um valor intrnseco para cada ao, com base nos resultados apurados pela empresa emitente.

    b) Dedica-se a estabelecer projees sobre o comportamento das aes a partir de pa-

    7

    ndo

    so de inves-

    o ser considerados os

    damentos, exceto:

    ) A avaliao do retorno

    b) A variao

    d

    seu capital

    s de oferta e procura do ttulo

    ) A expectativa do investidor

    zao futura.

    pode abilidade do

    mesmo em momentos dade da carteira de mer

    dade de um investimentoce-versa.

    2. Os mceiros,

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    a) A

    Editora A

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    AVALIAO DE RENDA VARIVEL

  • 34 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlass

    dres observados no desempenho passado do mercado.

    c) So considerados parmetros de oferta e procura desses papis e a evoluo de suas cotaes.

    d) A utilizao de projees baseada no com-portamento passado da ao.

    e) O principal instrumento de avaliao desse critrio de anlise so os grficos.

    Justificativa:

    A anlise tcnica, tambm conhecida por an-lise grfica, dedica-se a estabelecer projees sobre o comportamento das aes a partir de padres ob-servados no desempenho passado do mercado.

    A anlise desenvolvida por meio do estudo do comportamento das aes no mercado, sendo con-siderados, principalmente, os parmetros de oferta e procura desses papis e a evoluo de duas cota-es. A partir desse conhecimento de preos e volu-mes transacionados, so efetuadas projees sobre o desempenho futuro dos preos das aes.

    3. A respeito da medida do Lucro por Ao (LPA), incorreto afirmar:

    a) O ndice ilustra o benefcio (lucro) auferido por ao emitida pela empresa.

    b) Denota a parcela do lucro lquido pertencen-te a cada ao, sendo que sua distribuio aos acionistas definida pela poltica de di-videndo adotada pela empresa.

    c) Relaciona os dividendos distribudos pela empresa com alguma medida que ressalte a participao relativa desses rendimen-tos.

    d) Mostra quanto do resultado lquido aps o IR compete a cada ao emitida.

    e) mensurado pela seguinte expresso: LPA = LUCRO LQUIDO/NMERO DE AES EMITIDAS.

    Justificativa:

    O ndice LPA ilustra o benefcio (lucro) auferi-do por ao emitida pela empresa, ou seja, do re-sultado lquido (aps o Imposto de Renda) obtido

    em determinado perodo, quanto compete a cada ao emitida.

    O lucro por ao (LPA) mensurado pela ex-presso: LPA = LUCRO LQUIDO/NMERO DE AES EMITIDAS.

    A quantidade de aes emitidas, denominador da expresso de clculo do LPA, pode ser determi-nada pelo nmero de aes que compem o capital social da companhia ao final do exerccio social, ou em funo de sua quantidade mdia calculada no perodo.

    Deve ser ressaltado que o indicador no revela o quanto cada acionista ir efetivamente receber em funo do retorno produzido na aplicao de seu capital. O ndice LPA denota, em verdade, a parce-la do lucro lquido pertencente a cada ao, sendo que sua distribuio aos acionistas definida pela poltica de dividendos adotada pela empresa.

    4. Todas as alternativas abaixo sobre o ndice Pre-o/Lucro (P/L) esto corretas, exceto:

    a) um dos quocientes mais tradicionais do processo de anlise de aes, sendo muito utilizado pelos investidores.

    b) calculado pela relao entre o preo de aquisio do ttulo e seu lucro unitrio pe-ridico.

    c) bastante utilizado na avaliao dos preos de mercado das aes, devido a sua simpli-cidade.

    d) Teoricamente ele indica o nmero de anos (exerccios) que o investidor tardaria em recuperar o capital investido.

    e) Pode-se dizer que o ndice P/L no est-tico, indicando que seu resultado vlido para perodos futuros.

    Justificativa:

    O ndice preo/ lucro constitui-se em um dos quocientes mais tradicionais do processo de anlise de aes, sendo bastante utilizado pelos investido-res. calculado pela relao entre o preo de aqui-sio do ttulo e seu lucro unitrio peridico.

    Teoricamente, o ndice P/L indica o nmero de anos que um investidor tardaria em recuperar o capital investido. Entretanto, o ndice esttico,

  • Avaliao de Renda Varivel 35

    Editora A

    tlass

    indicando que o resultado vlido somente para perodos futuros. Os valores considerados em sua forma de clculo assumem, normalmente, contnuas variaes no tempo, as quais devero ser incorpo-radas em sua apurao, permitindo tornar o ndice mais adequado s decises envolvendo aes. O P/L no leva em considerao o risco inerente ao investimento.

    5. O valor das aes de uma empresa, em um mer-cado eficiente, deve refletir:

    a) O valor do patrimnio lquido contbil da empresa.

    b) Comportamento histrico da sua rentabili-dade.

    c) O valor de compra dos ativos da empresa.

    d) O fluxo de caixa futuro esperado.

    e) O valor da rentabilidade mdia das aes.

    Justificativa:

    O preo de mercado de uma ao, independen-temente do prazo do investimento, determinado pelos dividendos futuros esperados. O valor do patrimnio lquido de uma empresa passa, assim, a ser representado pelo valor presente de seus divi-dendos futuros projetados na perpetuidade.

    O modelo de avaliao de aes leva em con-siderao o fluxo de dividendos, e no o de lucros. Essa opo se baseia na expectativa dos investido-res ao selecionarem as aes a serem adquiridas no recebimento de dividendos e no de lucros.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    1. Calcular a rentabilidade produzida por uma ao adquirida no incio de certo ms por $ 43,90 e vendida no final do mesmo ms por $ 45,10 aps o investidor ter recebido $ 0,55 sob a forma de dividendos.

    Soluo:

    $ 45,10 $ 0,55 $ 45,651 1

    $ 43,90 $ 43

    3,9

    ,

    9

    90

    % a.m.

    + =

    =

    2. Um investidor comprou uma determinada ao por $ 12,29. Sabendo que a empresa pretende pagar dividendos de $ 0,80, $ 0,90 e $ 0,95 nos prximos trs trimestres, respectivamente, e que o valor de venda previsto da ao ao final do terceiro trimestre seja de $ 12,99, pede-se verificar se o investidor subavaliou ou supera-valiou o valor da ao, dado que a sua rentabi-lidade mnima exigida de 10% ao trimestre.

    Soluo:

    1 2 3 3

    $ 0,80 $ 0,90 $ 0,95 $ 12,99(1,1) (1,1) (1,1) (1,1

    Po)

    $ 11,94

    + + +

    =

    =

    Superavaliou (pagou mais que seu valor in-trnseco).

    3. Calcule o valor da taxa de crescimento de uma determinada ao para que o seu valor corrente de mercado de $ 6,50 seja justificado, sabendo que ela paga um fluxo corrente de $ 0,50 de dividendos e que a taxa requerida de retorno seja de 12% ao ano.

    Soluo:

    1DK g

    Po= +

    $ 0,500,12 g

    $ 6,50= +

    g = 0,12 0,077

    g = 4%

    4. Admita as seguintes estimativas de crescimen-to dos dividendos de uma ao: 5% ao ano nos prximos 4 anos, 7% ao ano para os prximos 6 anos e 4% ao ano da para frente. Sabendo-se que o dividendo esperado para o prximo ano dessa ao de $ 0,60 e fixando-se em 10% ao ano a taxa mnima de retorno requerida, determine o preo mximo que um investidor poderia propor por esta ao.

    Soluo:

    Ano 1 = 0,60

    Ano 2 = 0,60 (1,05)1 = 0,630

  • 36 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlas

    Ano 3 = 0,63 (1,05)= 0,662

    Ano 4 = 0,662 (1,05)= 0,695

    Ano 5 = 0,695 (1,07)= 0,743

    Ano 6 = 0,743 (1,07)= 0,795

    Ano 7 = 0,795 (1,07)= 0,851

    Ano 8 = 0,851 (1,07)= 0,910

    Ano 9 = 0,910 (1,07)= 0,974

    Ano 10 = 0,974 (1,07)= 1,042

    Ano 11 = 1,042 (1,04)= 1,084

    Perpetuidade

    Usando o modelo de Gordon na perpetuida-de:

    PV = 1,084

    0,10 0,04 = 18,07 (este valor est

    no ano 10)

    PV = 10,60

    (1,10) + 2

    0,63(1,10)

    + 30,662

    (1,10) + 4

    0,695(1,10)

    + 50,743

    (1,10) + 6

    0,795(1,10)

    + 70,851

    (1,10) + 8

    0,910(1,10)

    +

    9

    0,974(1,10)

    + 101,042

    (1,10) + 10

    18,07(1,10)

    = $ 11,60

    5. Se uma empresa apurar um LPA de $ 1,20 em determinado ano e apresentar um ndice de payout de 40%, calcule a taxa de crescimento prevista do LPA para o prximo exerccio, admi-tindo que a empresa possa reinvestir a parcela retida dos proprietrios a 15% ao ano.

    Soluo:

    g = b r

    onde:

    g taxa anual de crescimento

    b parcela retida do LPA

    r taxa de reinvestimento da parcela retida dos proprietrios

    g = 0,60 0,15

    g = 9% a.a.

  • Editora A

    tlasTESTES DE VERIFICAO

    1. Todas as alternativas abaixo so verdadeiras, ex-ceto:

    a) Na maioria das empresas, o ciclo operacional de at 12 meses. Esse ciclo operacional est no ativo circulante, sendo as disponibilidades, crditos, estoques e despesas antecipadas com-ponentes do ativo circulante.

    b) No Brasil no permitido o uso do mtodo UEPS na conta de estoques devido Legislao Fiscal. O mais utilizado o critrio do Preo Mdio Ponderado. Quando o valor dos esto-ques a preo de mercado for inferior ao valor da aquisio necessrio realizar os ajustes mediante proviso.

    c) As despesas antecipadas podem ser defini-das como recursos aplicados em itens re-ferentes a servios ou benefcios a serem usufrudos no exerccio seguinte. Podem ser classificados como despesas antecipadas, prmios de seguros, pagamento de anuida-

    de de jornais e revistas etc. No permitido classificar como despesas antecipadas os juros de emprstimos de qualquer natureza realizados pela empresa.

    d) Um item considerado realizvel a longo prazo quando seu prazo de realizao for superior a um ano. No entanto, a legislao fiscal deter-mina que os crditos junto a controladas, co-ligadas e administradores e scios, originrios de atividades no normais, se vencveis a curto prazo, devem figurar como realizveis a longo prazo.

    Justificativa:

    As despesas antecipadas so recursos aplicados em despesas que traro benefcio por mais de um exerc-cio, ou seja, so ativos que representam pagamentos antecipados cujos benefcios ou prestaes de servio empresa se faro durante vrios exerccios.

    Algumas transaes classificadas como despesas antecipadas: aluguis de locais ou de equipamentos pagos antes de desfrutar do direito de uso dos mes-

    8ENTENDENDO AS DEMONSTRAES CONTBEIS BRASILEIRAS

  • 38 Curso de Administrao Financeira Manual do Mestre Assaf e Lima

    Editora

    Atlass

    mos; prmio de seguros e fianas bancrias; juros pagos antes do vencimento do passivo (emprsti-mo) que o gerou; assinaturas e anuidades de jor-nais e revistas; comisses e prmios aos vendedores pagos antecipadamente; honorrios decorrentes de servios tcnico-profissionais, por exemplo, servios de auditoria; agenciamento de propaganda e publi-cidade (excluda a campanha publicitria).

    2. Assinale a alternativa incorreta:

    a) Os resultados de exerccios futuros podem ser considerados parte do patrimnio l-quido; no so ainda patrimnio lquido devido ao regime de competncia, porque no transitaram pelo resultado do exerccio. Exemplo de item do resultado de exerccio futuro bilhete de voo emitido por compa-nhias de aviao comercial recebido e no realizado.

    b) O capital social representado pelos seguin-tes itens: capital subscrito, capital a integra-lizar e capital social lquido.

    c) No patrimnio lquido existe uma conta na qual alocado o gio na emisso de capi-tal, ou seja, os valores do aumento de capital subscritos por um valor acima do valor no-minal das aes. Essa conta denominada de reserva de capital.

    d) impedido, pela legislao, que a reserva le-gal seja distribuda na forma de dividendos. As reservas de contingncia so mantidas em funo de fatos geradores, mesmo que ainda no tenham acontecido, como poss-veis perdas de safra por problemas climti-cos.

    e) Lucros e prejuzos acumulados so o re-sultado final do exerccio social. Quando positivo, torna-se saldo disposio da assembleia para ser alocado conforme sua vontade ou conforme a legislao determina.

    Justificativa:

    A conta lucros ou prejuzos acumulados repre-senta a sobra remanescente de determinado exer-ccio acumulado com outros exerccios sociais, aps

    a destinao do lucro do perodo para reservas e dividendos.

    Em se tratando de prejuzos acumulados, o con-ceito o mesmo, porm de maneira negativa, ou seja, a empresa estaria retificando o seu patrimnio lquido, reduzindo assim o valor do mesmo.

    3. Todas as alternativas so verdadeiras, exce-to:

    a) A conciliao entre os saldos iniciais e fi-nais do exerccio social de todas as contas do patrimnio lquido denominada de de-monstraes das mutaes patrimoniais. Atravs desse recurso possvel verificar os fatos que provocaram mudanas internas sem alteraes no patrimnio lquido.

    b) Os dividendos extraordinrios so relativos a lucros obtidos no passado ou ento por conta de lucros obtidos durante o prprio exerccio social. Podem, s vezes, ser cha-mados de bonificaes em dinheiro.

    c) Nas Demonstraes de Origens e Aplicaes de Recursos a receita lquida a parcela que efetivamente pertence empresa, pois j esto descontados os impostos que incidem sobre a receita bruta, IPI, ICMS, ISS, PIS e COFINS.

    d) No setor de servios, o custo dos servios prestados obedece s mesmas regras da in-dstria e comrcio. No entanto, algumas empresas lanam esses custos como despe-sas administrativas.

    e) O custo das mercadorias vendidas, con-forme registrado na Demonstrao de Resultados do Exerccio (DRE), inclui os custos de todas as mercadorias adquiri-das para revenda pela empresa no exer-ccio, independentemente de sua venda.

    Justificativa:

    Os custos dos produtos vendidos representam todos os custos incorridos pela empresa para ter fabricado um produto no caso da indstria.

    Representam os custos das mercadorias que esto sendo vendidas no caso do comrcio; e na prestao de servios representam os custos envol-

  • Entendendo as Demonstraes Contbeis Brasileiras 39

    Editora A

    tlass

    vidos no processo da efetiva prestao do servio desempenhada pela empresa.

    De maneira geral, os custos so apurados pelo custo histrico, independentemente da atividade a ser explorada.

    4. Dentre as alternativas abaixo, no correto afirmar que:

    a) Entende-se como operacional todo item que se relaciona com o objeto da empresa. So consideradas, de forma mais rigorosa, recei-tas ou despesas no operacionais os resul-tados de participao societria em outras sociedades, despesas financeiras e receitas financeiras.

    b) Das notas explicativas no constam ex-plicaes sobre os critrios de avaliao de estoques e proviso para retificao de ativo.

    c) O Imposto de Renda surge no passivo circulante como proviso. Ele incide obri-gatoriamente sobre o lucro do exerccio, originando dessa forma o lucro lquido do exerccio.

    d) O objetivo das Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos destacar de onde se originam os valores que aumentam o capital circulante lquido da empresa e para onde foram os valores que o diminuram.

    e) O lucro real igual ao lucro contbil antes do IR. So realizados ajustes no lucro fiscal denominado lucro de apurao do lucro real que acaba por conciliar o lucro contbil an-tes do IR.

    Justificativa:

    As Notas Explicativas visam fornecer as infor-maes necessrias para esclarecimento da situao patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transao, ou de valores relativos aos resultados do exerccio, ou para meno de fatos que podem alterar futuramente tal situao patrimonial, ou ain-da, poder estar relacionada a qualquer outra das Demonstraes Financeiras, seja a Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos, seja a De-monstrao dos Lucros ou Prejuzos Acumulados.

    As Notas Explicativas devero indicar, entre ou-tras coisas, os principais critrios de avaliao dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos clculos de depreciao, amortizao e exaus-to, de constituio de provises para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas provveis na realizao dos elementos do ativo.

    5. Sobre as demonstraes contbeis, assinale a alternativa correta:

    a) absolutamente errada a ideia de se ter, s vezes, grande lucro contbil e pouca dispo-nibilidade de caixa.

    b) Como receitas operacionais somente so classificadas as vendas realizadas recebidas no exerccio social. As vendas cujos venci-mentos ultrapassem o atual exerccio so consideradas receitas operacionais da DRE do exerccio social seguinte.

    c) Para o registro de despesas operacionais no resultado de determinado exerccio somente so consideradas as despesas efetivamente pagas, devendo as incorridas (e no pagas ainda) ser apropriadas no momento de sua liquidao.

    d) A DRE um instrumento de medio de riqueza (econmica) e no do acmulo efetivo de dinheiro (financeiro).

    e) A receita de vendas reconhecida contabil-mente no no exato momento da entrega de bens ao comprador, e sim no seu recebi-mento financeiro.

    Justificativa:

    absolutamente possvel de se ter, s vezes, grande lucro contbil e pouca disponibilidade de caixa.

    De acordo com o Regime de Competncia como receitas operacionais so classificadas as vendas re-alizadas no exerccio social, independentemente de terem sido recebidas. Da mesma forma, o registro de despesas operacionais no resultado de determi-nado exerccio considera as despesas incorridas, independentemente de seu pagame