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Auditar Treinamentos Empresariais Instrutor: João Paulo de Melo 30/08/2018 Fone: 62 3922-5470 www.auditarauditoria.com 1 CURSO DE ANALISTA FISCAL CURSO DE ANALISTA FISCAL – P1 P1 Instrutor: João Paulo de Melo Instrutor: João Paulo de Melo Os direitos autorais desta obra são exclusivos do autor. Esta obra é protegida pelo conteúdo da lei 5.988/73, ficando infratores sujeitos às penalidades previstas nos artigos 184 e 186 do código penal. É proibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de outra apostila com base neste material, por qualquer forma ou meio, ainda que por meio xenográfico, de fotocópias ou de gravação, sem a prévia autorização dos titulares dos direitos autorais.

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CURSO DE ANALISTA FISCAL CURSO DE ANALISTA FISCAL –– P1P1Instrutor: João Paulo de MeloInstrutor: João Paulo de Melo

Os direitos autorais desta obra são exclusivos do autor. Esta obra é protegida pelo conteúdo da lei5.988/73, ficando infratores sujeitos às penalidades previstas nos artigos 184 e 186 do código penal. Éproibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de outra apostila com base nestematerial, por qualquer forma ou meio, ainda que por meio xenográfico, de fotocópias ou de gravação,sem a prévia autorização dos titulares dos direitos autorais.

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Capitulo 1 – IPI

1- Regras de Apuração do IPI

2- Contribuinte

3- Conceito de Industrialização

4- Base de cálculo

5- Alíquotas, alíquota zero, produtos NT

6- Crédito do IPI

7- Hipóteses de Suspensão

ESTRUTURA JURÍDICA DO IPI – VISÃO GERAL

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Regras de Apuração do IPI

O IPI, de competência da União, nos termos do art. 153, caput, IV, daConstituição Federal de 1988 (CF/1988), tem como princípios básicos, além dospertinentes à legalidade, anterioridade, anterioridade nonagesimal,irretroatividade e igualdade, os enumerados no § 3º do mencionado dispositivo,quais sejam:

a) seletividade

b) não cumulatividade

c) imunidade

d) incentivo ao setor produtivo

a) seletividade: é seletivo em função da essencialidade do produto;

b) não cumulatividade: é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cadaoperação com o montante cobrado nas operações anteriores;

c) imunidade: não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior;

d) incentivo ao setor produtivo: terá reduzido o seu impacto sobre a aquisição de bens decapital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.

Os bens de capital, também designados como bens de produção, são aqueles que permitemproduzir outros bens, tais como máquinas, computadores, equipamentos, instalações e insumosindustriais.

Para efeitos de aplicação da legislação do IPI, são considerados bens de produção:

a) as matérias-primas;

b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejamconsumidos ou utilizados no processo industrial;

c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;

d) as ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; e

e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partese outros componentes, que se destinem a emprego no processo industrial.

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Contribuinte

A legislação do IPI dispõe que são contribuintes do imposto, nas saídas deprodutos que realizar:

a) o estabelecimento industrial que realiza quaisquer das operações definidascomo industrialização, previstas no RIPI , art. 4º (transformação, beneficiamento,montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ourecondicionamento); e

b) o estabelecimento equiparado a industrial, assim considerado aquele a quem alegislação atribui os mesmos direitos e obrigações do estabelecimento industrial,apesar de não realizar nenhuma das operações de industrialização referidas naletra "a".

ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL

A equiparação a industrial pode ser obrigatória ou por opção do próprioestabelecimento.

Determinados estabelecimentos são equiparados obrigatoriamente, pela legislação, a industrial combase nas operações e nos produtos que comercializam.

A seguir, elaboramos tabela com descrição dos estabelecimentos equiparados a industrial e arespectiva fundamentação legal.

EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA

EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO LEGAL

estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída aesses produtos

RIPI/2010 , art. 9º , caput, I

estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem para comercialização diretamente darepartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma empresa

RIPI/2010 , art. 9º , caput, II

filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados,industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte,salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados nahipótese descrita no item anterior

RIPI/2010 , art. 9º , caput, III

estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outroestabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, dematérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou

modelos

Nota: Não é equiparado a industrial o estabelecimento que encomenda a industrialização paraser realizada por terceiros sem o fornecimento de insumos (Parecer Normativo CSTnº 202/1970 e Solução de Consulta DT/SRRF nº 94/2001).

RIPI/2010 , art. 9º , caput, IV

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EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA

EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO LEGAL

estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI (bebidas), cuja industrialização tenhasido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade doencomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda

RIPI/2010 , art. 9º , caput, V

estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 71.01 a 71.16da TIPI (pérolas, pedras preciosas e outros)

RIPI/2010 , art. 9º , caput, VI

estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas edemais produtos, de produção nacional, classificados nas posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI ,e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo,com destino aos seguintes estabelecimentos:a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como insumo na fabricação de bebidas;b) atacadistas e cooperativas de produtores; ouc) engarrafadores dos mesmos produtos.

RIPI/2010 , art. 9º , caput, VII

estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos importadores produtos deprocedência estrangeira, classificados nas posições 33.03 a 33.07 da TIPI (cosméticos)

RIPI/2010 , art. 9º , caput, VIII

estabelecimentos atacadistas dos produtos da posição 87.03 da TIPI (automóveis); essa equiparaçãoaplica-se, inclusive, ao estabelecimento fabricante que revender produtos dessa mesma posiçãoproduzidos por outro fabricante, ainda que domiciliado no exterior

RIPI/2010 , art. 9º , caput, X, § 4º

EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA

EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO LEGAL

estabelecimentos industriais que derem saída a matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) ematerial de embalagem (ME) adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, paraindustrialização ou revenda

RIPI/2010, art. 9º, §6º

estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III da Leinº 7.798/1989 , de estabelecimentos industriais ou dos estabelecimentos equiparados a industriais de quetratam os incisos I a V do caput do art. 9ºdo RIPI . Essa equiparação a industrial somente se aplica nashipóteses em que o adquirente e o remetente forem empresas controladoras, controladas ou coligadas,interligadas ou interdependentes

RIPI/2010 , art. 10 , caput, § 1º

empresa comercial atacadista adquirente dos produtos classificados nas posições 8701 a 8705da TIPI (automóveis), industrializados por encomenda por conta e ordem de pessoa jurídica domiciliadano exterior, da qual é controlada direta ou indiretamente

RIPI/2010 , art. 137

Bebidas frias - estabelecimentos de pessoas jurídicas que derem saída a produtos indicados noart. 1º do Decreto nº8.442/2015 , relacionados nos incisos I a VII do art. 4º do mencionado Decreto

Decreto nº8.442/2015 , arts. 1º e 4º

Bebidas quentes - estabelecimentos de pessoas jurídicas que derem saída a produtos indicados noart. 1º da Lei nº13.241/2015 , relacionados nos incisos I a VII do art. 4º do citado diploma legal

Lei nº13.241/2015, arts. 1º e 4º

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São equiparados a industrial, por opção do próprio estabelecimento:

a) os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção paraestabelecimentos industriais ou revendedores; e

b) as cooperativas, constituídas nos termos da Lei nº 5.764/1971 , que se dediquemà venda em comum de bens de produção recebidos de seus associados paracomercialização.

EQUIPARAÇÃO OPCIONAL

FORMALIZAÇÃO

A formalização da opção pela equiparação a industrial deverá ser realizada por meiode alteração dos dados cadastrais do estabelecimento no CNPJ, para a sua inclusãocomo contribuinte do imposto.

Ao formalizar a opção, o estabelecimento deverá relacionar no livro Registro de Utilização deDocumentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, os produtos que possuía no diaimediatamente anterior àquele em que iniciar o regime de tributação ou anexar ao referidolivro relação desses produtos, podendo se creditar do respectivo IPI diretamente no Registrode Apuração do IPI, desde que, na referida relação os produtos estejam discriminados pelaclassificação fiscal na NCM, seguidos dos respectivos valores.

DESISTÊNCIA

Caso o estabelecimento desista da equiparação a industrial deverá formalizar suadesistência, também, por meio de alteração dos dados cadastrais do estabelecimentono CNPJ.

Nota:O optante agirá, ao formalizar a opção, como contribuinte do imposto, obrigando-se ao cumprimentodas normas legais e regulamentares correspondentes, até que venha a formular a desistência daopção.

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Caracteriza - se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, ofuncionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou oaperfeiçoe para o consumo, tal como:

TRANSFORMAÇÃO

BENEFICIAMENTO

MONTAGEM

ACONDICIONAMENTO / RECONDICIONAMENTO

RENOVAÇÃO / RECONDICIONAMENTO

EXERCIDA SOBRE A MP IMPORTE NA OBTENÇÃO DE ESPÉCIE NOVA

MODIFICAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO, ACABAMENTO DO PRODUTO

REUNIÃO DE PRODUTOS, PEÇAS OU PARTES QUE RESULTE UM NOVO PRODUTO

IMPORTA EM ALTERAR A APRESENTAÇÃO DO PRODUTO, PELA COLOCAÇÃO DA EMBALAGEM, AINDA QUEEM SUBSTITUIÇÃO DA ORIGINAL, EXCETO A DE TRANSPORTE

EXERCIDA SOBRE PRODUTO USADO OU PARTE REMANESCENTE DE PRODUTO DETERIORADO OUINUTILIZADO, RENOVE OU RESTAURE O PRODUTO PARA UTILIZAÇÃO

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O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem deapresentação:

b) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta acorporações, empresas e outras entidades, para consumo de seusfuncionários, empregados ou dirigentes;

a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias,padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a vendadireta a consumidor;

O preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio demáquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares eestabelecimentos similares, para venda direta a consumidor.

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A confecção ou preparo de produto de artesanato.

A confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ouusuário, em oficina ou na residência do confeccionador

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O preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, naresidência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, sejapreponderante o trabalho profissional.

A manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, demedicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica.

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A moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista comoatividade acessória.

A operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião deprodutos, peças ou partes e de que resulte:

a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suascoberturas);

b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações ecentrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas eredes de distribuição de energia elétrica e semelhantes;

c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo.

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A montagem de óculos, mediante receita médica.

O acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI,adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natale semelhantes.

Capítulo 21 Preparações alimentícias diversas

Capítulo 16 Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos

Capítulo 17 Açúcares e produtos de confeitaria

Capítulo 18 Cacau e suas preparações

Capítulo 19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria

Capítulo 20 Preparações de produtos hortícolas, fruta ou de outras partes de plantas

Capítulo 22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres

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O reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediantesubstituição de partes e peças, quando a operação for executadagratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, emvirtude de garantia dada pelo fabricante.

A mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sobencomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista,efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejistanão sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas.

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O fato gerador do IPI é:

a) o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

b) a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado aindustrial.

Nos termos do artigo 69 do Decreto nº 7.212/2010, as alíquotas básicasdo IPI são as constantes da TIPI.

A Tabela do IPI é composta por 21 seções, capituladas e apresentada naseguinte ordem:

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)

Composto por 8 dígitos Descrição literal do produto compreendido nanomenclatura em questão

Percentual aplicável para fins do IPI.

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Dentre outras hipóteses, de redução do IPI tem-se:

Aplicável nas aquisições de equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, assimcomo acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens,destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico por empresas industriais eagropecuárias nacionais que foram habilitadas em Programas de DesenvolvimentoTecnológico Industrial - PDTI ou Programas de Desenvolvimento TecnológicoAgropecuário - PDTA.

Capítulo 55 - Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)

55.01 Cabos de filamentos sintéticos5501.10.00 De náilon ou de outras poliamidas 05501.20.00 De poliéster 05501.30.00 Acrílicos ou modacrílicos 05501.40.00 De polipropileno 05501.90.00 Outras 0

DECRETO Nº 8.950, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2016

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Seção I - ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulo 1 - Animais vivos

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)

01.01 Cavalos, asininos e muares, vivos0101.2 Cavalos0101.21.00 Reprodutores de raça pura NT0101.29.00 Outros NT0101.30.00 Asininos NT0101.90.00 Outros NT

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto,deverá constar a expressão a seguir, vedado o destaque do imposto, sobpena de se considerá-lo como indevidamente destacado, sujeitando oinfrator às disposições legais estabelecidas para a hipótese:

“Saído com Suspensão do IPI”, nos termos do artigo .... do Decreto nº ................”.

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Nos termos do artigo 43, inciso X do Decreto nº 7.212/2010, poderão saircom suspensão do IPI os produtos remetidos, para industrialização oucomércio, de um estabelecimento industrial ou equiparado a industrialpara outro da mesma firma.

Vide a seguir a ilustração

Suponha que determinado estabelecimento industrial, esteja remetendo emtransferência, produtos de fabricação própria, para revenda por meio de seuestabelecimento atacadista. Nesta hipótese tem-se a seguinte estrutura tributária:

Saída em transferência com Suspensão do IPIManutenção dos Créditos do IPI da aquisição

Saída Posterior com Incidência do IPIImpossibilidade de Recuperação de Créditos do IPI relativo à

transferência recebida

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Características e efeitos da transferência de mercadorias entreestabelecimentos com opção pela suspensão do IPI:

CATEGORIAS FISCAIS

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO REMETENTE

FATO GERADOR OBRIGAÇÃOTRIBUTÁRIA

CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO REMETENTE

CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO DESTINATÁRIO DA

TRANSFERÊNCIA

RECOLHIMENTO DO TRIBUTO

Suspensão do IPI prevista no Inciso X

do Artigo 43 do RIPI

Deslocamento do Fato Gerador

Não haverá o nascimento por

efeito suspensivo

Crédito mantido, considerando que o

destinatário irá revender o produto

Não haverá o surgimento

Não haverá orecolhimento

Características e efeitos da transferência no destinatário das mercadoriasquando da revenda das mesmas:

CATEGORIAS FISCAIS

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO DESTINATÁRIO

FATO GERADOR OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA CRÉDITO TRIBUTÁRIO AODESTINATÁRIO DA REVENDA

RECOLHIMENTO DO TRIBUTO

Tributação Normaldo IPI em função da

Equiparação do Atacadista à

Industrial

Concretiza-se com a saída dos produtos do

estabelecimento equiparado

Haverá o nascimento quando concretizado o fato

gerador

Poderá ser recuperado a depender do perfil daquele que adquire a mercadoria

Haverá o recolhimento nos termos e prazos

definidos na Legislação

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Suponha que determinada estabelecimento industrial, esteja remetendo emtransferência, produtos de fabricação própria, para revenda por meio de seuestabelecimento atacadista. Nesta hipótese tem-se a seguinte estrutura tributária:

Saída com Incidência do IPIManutenção dos Créditos do IPI

Saída Posterior sem a Incidência do IPIImpossibilidade de recuperação de créditos do IPI relativo à

transferência recebida, que necessariamente comporá o custo dos produtos.

Características e efeitos da transferência de mercadorias entreestabelecimento com opção pela suspensão do IPI:

CATEGORIAS FISCAIS

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO REMETENTE

FATO GERADOR CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO REMETENTE

CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO DESTINATÁRIO DA TRANSFERÊNCIA

RECOLHIMENTO DO TRIBUTO

Tributação Normaldo IPI em função da

Equiparação do Atacadista à

Industrial

Concretiza-se com a saídados produtos do estabelecimento

Crédito mantido, considerando que o

destinatário irá revender o produto

Impossibilidade de recuperação do Crédito

do IPI

Haverá o recolhimento pelo estabelecimento

remetente da transferência

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Características e efeitos da transferência no destinatário das mercadoriasquando da revenda das mesmas:

CATEGORIAS FISCAIS

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO DESTINATÁRIO

FATO GERADOR OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA CRÉDITO TRIBUTÁRIO AODESTINATÁRIO DA REVENDA

RECOLHIMENTO DO TRIBUTO

Venda posterior não alcançada pela

incidência do IPI Não haverá Não haverá Não haverá Não haverá

Hipóteses de SuspensãoTodas as hipóteses de suspensão poderão ser verificadas no art. 43 do Decreto nº 7.212/2010 –RIPI.

Listaremos a seguir algumas hipóteses de suspensão:

• os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, diretamentea exposição em feiras de amostras e promoções semelhantes;

• os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, a depósitosfechados ou armazéns-gerais, bem como aqueles devolvidos ao remetente;

• as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem destinados àindustrialização, desde que os produtos industrializados sejam enviados ao estabelecimentoremetente daqueles insumos;

• os produtos que, industrializados na forma do item anterior e em cuja operação o executor daencomenda não tenha utilizado produtos de sua industrialização ou importação, foremremetidos ao estabelecimento de origem e desde que sejam por este destinados:

• a comércio; ou

• a emprego, como matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, em novaindustrialização que dê origem a saída de produto tributado.

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Nos termos do artigo 49 da Lei nº 5.172/1966, o IPI é não-cumulativo, de formaque o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período,entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pagorelativamente aos produtos nele entrados.

A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito do imposto relativo aprodutos entrados no estabelecimento do contribuinte, para ser abatido do quefor devido pelos produtos dele saídos, num mesmo período (Artigo 225 doDecreto nº 7.212/2010).

ESPÉCIES DOS CRÉDITOS

Créditos Básicos (art. 226 RIPI)

Créditos por Devolução ou Retorno

de Produtos(art. 229 RIPI)

Créditos como Incentivo

(art. 236 RIPI)

Outros(art. 240 RIPI)

Créditos Presumidos

(art. 241 RIPI)

As aquisições de produtos de estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional, não ensejarão aos adquirentes direito afruição de crédito do IPI relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem (Artigo 228 do Decretonº 7.212/2010).

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A peça de reposição destinada ao funcionamento da máquinaindustrial não está classificada nas contas de bens do AtivoPermanente.

O Parecer CST 65/79, dispõe que: “o bem, desde que não devam,em face de princípios contábeis geralmente aceitos, ser incluídosno Ativo Permanente”, geram direito a crédito de IPI.

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Dentre as hipóteses de créditos básicos, os estabelecimentos industriais e os que lhes sãoequiparados poderão creditar-se do IPI (Artigo 226 do Decreto nº 7.212/2010):

a) Relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos para emprego naindustrialização de produtos tributados, incluindo-se, entre as matérias-primas e os produtos intermediários, aquelesque, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de industrialização, salvo secompreendidos entre os bens do ativo permanente;

b) Relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, quando remetidos a terceiros paraindustrialização sob encomenda, sem transitar pelo estabelecimento adquirente;

c) relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, recebidos de terceiros paraindustrialização de produtos por encomenda, quando estiver destacado ou indicado na nota fiscal;

d) destacado em nota fiscal relativa a produtos industrializados por encomenda, recebidos do estabelecimento que osindustrializou, em operação que dê direito ao crédito;

e) pago no desembaraço aduaneiro;f) relativo a bens de produção recebidos por comerciantes equiparados a industrial.

Nos termos do Decreto nº 7.212/2010, não geram direito a créditodo IPI:

Bens do Ativo Imobilizado

Material de uso e consumo

Aquisição de produtos Imunes, isentos e tributado a alíquota zero

Aquisição de produtos junto a Optante pelo Simples Nacional

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Os créditos do IPI, escriturados na forma da legislação específica, serãoutilizados pelo estabelecimento que os escriturou na dedução, em suaescrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtostributados.

Quando do confronto dos débitos e créditos, num período de apuração doimposto, resultar saldo credor, será este transferido para o períodoseguinte.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.717/2017

CRÉDITO EXTEMPORÂNEO

Apesar de a legislação fixar o prazo de 5 dias para a escrituração do documentofiscal pelo adquirente dos insumos, pode ocorrer de a escrituração se atrasar enão ser efetuada em tal período.

Nessa hipótese, a escrituração do documento fiscal e do respectivo créditopoderá ser efetuada extemporaneamente, desde que o contribuinte possa provara legitimidade do crédito, independentemente de comunicação ao órgão da RFB.

Contudo, entendemos, por oportuno, que o contribuinte que realizar aescrituração do documento fiscal de aquisição de insumos fora do prazo, anote ofato na coluna "Observações" do Registro de Entradas, e no próprio documentofiscal que está dando origem ao lançamento extemporâneo.

PRESCRIÇÃO

Prescreve em 5 anos o direito ao crédito do IPI relativo à entrada de produtos noestabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, contados a partir da datada entrada.

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Base de cálculo

A base de cálculo do IPI é o valor total da operação de que decorrer a saída doestabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

O valor da operação referido acima compreende o preço do produto, acrescido:

• do valor do frete; e

• das demais despesas acessórias;

Cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

Importante: Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos,diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda queincondicionalmente. § 3º, do art. 190, do Decreto nº 7.212/2010 – RIPI.

Alíquotas, alíquota zero, produtos NT

O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota,ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nasrespectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde anotação “NT” (não tributado).

Por essa razão é necessário acessar a TIPI por meio do Decreto nº 8.950/2016para consulta da tributação prevista para cada produto.

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DEVOLUÇÃO OU RETORNO DE PRODUTOS

Os estabelecimentos industriais e os a eles equiparados poderão se creditar doimposto relativo aos produtos tributados que forem devolvidos ou tenhamretornado aos seus estabelecimentos, total ou parcialmente.

ATACADISTA NÃO CONTRIBUINTE

Os estabelecimentos industriais e os a eles equiparados poderão se apropriar doimposto relativo a MP, PI e ME, adquiridos de comerciante atacadista nãocontribuinte do IPI.

O valor do imposto a ser creditado será calculado pelo adquirente medianteaplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto na Tabela de Incidência doIPI (TIPI) sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota fiscal deaquisição.

Saliente-se que o direito ao crédito está condicionado a que os produtosadquiridos estejam dentro do campo de incidência do IPI, não se aplicando aosprodutos com notação "NT" (não tributados) na TIPI .

Capitulo 2 – PIS/PASEP e COFINS

1- Regime Cumulativo

1.1 Atividades sujeitas ao regime cumulativo

1.2 Casos Práticos

2- Regime Não Cumulativo

2.1 Atividades sujeitas ao regime não cumulativo

2.2 Base de Cálculo

2.3 Créditos admissíveis

3- Benefícios Fiscais (alíquota zero, não incidência,isenção, suspensão)

4- Substituição Tributária

5- Incidência Monofásica

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PIS/PASEP e COFINS:

São espécies do gênero contribuições sociais, tributos que têm como traçopreponderante a arrecadação de recursos para o custeio da:

1. previdência social;2. assistência social ;3. saúde.

Modalidades

A contribuição para o PIS/PASEP compreende três modalidades:

• Sobre o faturamento;

• Sobre a folha de pagamento;

• Sobre importação.

A COFINS, por sua vez, tem apenas as seguintes modalidades:

• Sobre o faturamento;

• Sobre importação.

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Regimes de tributação

Há dois regimes possíveis para o PIS/PASEP e para a COFINS incidentesobre o faturamento:

• Regime cumulativo;• Regime não-cumulativo.

A partir de 1º/12/02, em relação ao PIS/PASEP, e 1º/02/04, em relação àCOFINS, passamos a conviver com dois regimes de apuração dascontribuições:

CUMULATIVO e o NÃO CUMULATIVO.

1- Regime CumulativoO regime cumulativo é regido pela Lei 9.718/1998 e alterações posteriores.

O regime cumulativo consiste em um método de apuração na qual o tributo éexigido toda vez que ocorre a incidência de acordo com a norma tributária, sem apossibilidade de amortizar nessa operação o valor do tributo incidido na operaçãoantecedente, o famoso efeito cascata.

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Atividades sujeitas ao regime cumulativo:

Independentemente da forma de apuração do lucro pelo Imposto de Renda, sãocontribuintes da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre areceita, no regime de apuração cumulativa:

bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras detítulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil ecooperativas de crédito;

as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucropresumido ou arbitrado;

as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;

as pessoas jurídicas imunes a impostos;

os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais emunicipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei;

sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária

as receitas decorrentes das operações:

referidas no inciso IV do § 3o do art. 1º da Lei n.º 10.833/2003 – Receitasdecorrentes da venda de álcool para fins carburantes – Vigência encerradaem: 01/10/2008

sujeitas à substituição tributária da PIS e COFINS;

referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998: (Compra evenda de veículos usados).

as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;

as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação deserviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons eimagens;

as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47 daLei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002; (A pessoa jurídica integrante doMercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE)).

as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de2003:

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com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos deconsórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionarpelo Banco Central;

com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou defornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;

de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado,de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público,empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bemcomo os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostasapresentadas, em processo licitatório, até aquela data;

as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivorodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;

as receitas decorrentes de serviços prestados por hospital, pronto-socorro,clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratóriode anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e

as receitas decorrentes de serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico eradioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;

as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinosfundamental e médio e educação superior.

as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoasjurídicas referidas no art. 15 do Decreto-Lei no 1.455, de 7 de abril de 1976; (Lojasfrancas estabelecidas na zona primária de porto ou aeroporto para venda demercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, nachegada ou saída do País, ou em trânsito, contra pagamento em moeda nacionalou estrangeira)

as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo depassageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e asdecorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas detáxi aéreo;

as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos ede informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviçospúblicos de telefonia;

as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícolainscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);

as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;

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as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras deconstrução civil;

as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e deorganização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e doTurismo.

as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos;

as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras derodovias;

as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo.

as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades dedesenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como deanálise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico emanutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginaseletrônicas. Excetuadas a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de softwareimportado.

as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento deterrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes decontratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003;

as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construçãocivil e de areia de brita.

as receitas decorrentes da alienação de participações societárias.

• Caso n.º 01A empresa ABC Comercial LTDA apresentou na competência 08/X1, as seguintesinformações:

• Revenda de mercadorias: R$ 434.000,00• Devoluções de vendas: R$ 13.500,00• Descontos incondicionais concedidos: R$ 2.350,00• Compras de mercadorias: R$ 220.000,00

Revenda de mercadorias R$ 434.000,00

(-) Devolução de vendas R$ 13.500,00

(-) Descontos incondicionais concedidos R$ 2.350,00

(=) Base de Cálculo PIS e COFINS R$ 418.150,00

PIS a recolher (0,65%) R$ 2.717,98

COFINS a recolher (3%) R$ 12.544,50

1.2 Casos Práticos

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• Caso n.º 02

A empresa XYZ Serviços Advocatícios LTDA, apresentou na competência 01/X1 as seguintesinformações:

• Serviços Prestados: R$ 200.000,00• Cancelamentos de serviços: R$ 26.500,00• Abatimento sobre serviços prestados: R$ 3.830,00• Compras de mercadorias para prestação do serviço: R$ 18.000,00• Retenção de PIS: R$ 500,00• Retenção de COFINS: R$ 2.130,00

Serviços Prestados R$ 200.000,00

(-) Cancelamentos de serviços R$ 26.500,00

(-) Abatimento sobre serviços prestados R$ 3.830,00

(=) Base de cálculo PIS e COFINS R$ 169.670,00

Cálculo do PIS a recolher (0,65%) R$ 1.102,85

(-) Retenção do PIS R$ 500,00

(=) PIS a recolher R$ 602,85

Cálculo da COFINS a recolher (3%) R$ 5.090,10

(-) Retenção da COFINS R$ 2.130,00

(=) COFINS a recolher R$ 2.960,10

• Caso n.º 03

A empresa LFG Comércio e Serviços LTDA apresentou na competência 12/X1 as seguintesinformações:

• Revendas de mercadorias tributáveis a alíquota básica: R$ 831.000,00

• Revenda de mercadorias sujeita a incidência monofásica: R$ 325.826,00

• Revenda de mercadorias beneficiadas com alíquota zero: R$ 128.945,00

• Devoluções de vendas: R$ 31.325,00

• Descontos incondicionais concedidos: R$ 2.138,00

• Vendas canceladas: R$ 10.639,00

• Compras de mercadorias para revenda: R$ 638.925,00

• Serviços prestados: R$ 535.632,00

• Cancelamento de serviço: R$ 5.300,00

• Abatimento sobre serviços prestados: R$ 2.785,00

• Compras de mercadorias para prestação de serviços: R$ 135.000,00

• Retenções de PIS: R$ 3.825,31

• Retenções de COFINS: R$ 12.325,86

• Receita de alugueis: R$ 25.000,00

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Revenda de mercadorias tributável a alíquota básica R$ 831.000,00 Revenda de mercadorias incidência monofásica R$ 325.826,00

Revenda de mercadorias beneficiadas com alíquota zero R$ 128.945,00

Serviços Prestados R$ 535.632,00

Receita de alugueis R$ 25.000,00

(-) Devoluções de vendas R$ 31.325,00

(-) Descontos incondicionais concedidos R$ 2.138,00

(-) Vendas canceladas R$ 10.639,00

(-) Cancelamento de serviço R$ 5.300,00

(-) Abatimento sobre serviços prestados R$ 2.785,00

(=) Base de cálculo PIS e COFINS R$ 1.339.445,00

Cálculo do PIS a Recolher (0,65%) R$ 8.706,39

(-) Retenções de PIS R$ 3.825,31

(=) PIS a Recolher R$ 4.881,08

Cálculo da COFINS a Recolher (3%) R$ 40.183,35

(-) Retenções de COFINS R$ 12.325,86

(=) COFINS a Recolher R$ 27.857,49

• Receita decorrente da venda de veículos usados.

• Art. 5º Lei 9.716/98. As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado emseus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar, paraefeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda de veículosusados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda deveículos novos ou usados.

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Compra R$ 50.000,00

Venda R$ 55.000,00

Base (55.000,00-50.000,00) R$ 5.000,00

PIS (5.000,00x0,65%) R$ 32,50

COFINS (5.000,00x3,00%) R$ 150,00

Em análise às leis acima, o PIS e a COFINS nas operações de veículos usados,será calculado à alíquota 0,65% e 3,0% sobre a diferença entre a compra e avenda:

CASO PRÁTICO:

2- Regime Não Cumulativo

Diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não cumulativa é a Lei nº10.637, de 2002, e o da COFINS a Lei nº 10.833, de 2003.

O regime não cumulativo contrario a situação mencionada anteriormente,consiste justamente na possibilidade de compensar o valor do tributodevido em cada operação com o montante cobrado na operação anterior.

O regime da não-cumulatividade da contribuição para o PIS e a COFINSsurgiu com o objetivo de incentivar determinadas atividades econômicas edesonerar os contribuintes do efeito cascata do regime cumulativo. Noentanto, a alíquota nominal do PIS e da COFINS no regime não cumulativoé mais elevada, se comparada com o regime cumulativo.

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• São as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes sãoequiparadas pela legislação do Imposto de Renda, tributadas peloreferido imposto com base no lucro real, inclusive as empresaspúblicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, associedades civis de profissões legalmente regulamentadas, bemcomo as sociedades cooperativas de produção agropecuária e deconsumo. (exceto aquelas previstas no art. 10 da Lei n.º10.833/2003)

• Também estão sujeitas ao regime não cumulativo as entidadesisentas em relação às receitas não decorrentes de suas atividadespróprias.

2.1 Atividades sujeitas ao regime não cumulativo

FATO GERADOR DO PIS E COFINS NO REGIME NÃO CUMULATIVO.Com a nova redação dada pela Lei nº 12.973/2014 que altera o art. 1º da Lei10.833/2003 a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, coma incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pelapessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.Para efeito do parágrafo anterior, o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicassujeitas ao regime não cumulativo compreende a soma da receita bruta de que trata oart. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais receitasauferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste avalor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 dedezembro de 1976.

BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS NÃO CUMULATIVODe acordo com os Art. 1º das Leis nº 10.833/2003 e 10.637/2002 a base de cálculo doPIS/Pasep e COFINS com a incidência não cumulativa é o total das receitas auferidasno mês pela pessoa jurídica independentemente de sua denominação ou classificaçãocontábil.

Obs.: De acordo com Resolução CFC nº 1.282/2010 no princípio da competência,todas as receitas devem ser reconhecidas no exercício em que foram geradas,ainda que seu recebimento seja realizado no exercício seguinte, motivo pelo qual,mesmo que não ingressada, a receita deverá constar como já auferida para osdevidos fins fiscais e contábeis.

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NÃO INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

Decorrente de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;

AS RECEITAS:

Auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação àsquais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substitutatributária;

REFERENTES:

Vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

Reversões de provisões e recuperações de créditos baixadoscomo perda, que não representem ingresso de novas receitas, oresultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor dopatrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados departicipações societárias, que tenham sido computados comoreceita;

Decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado comoinvestimento, imobilizado ou intangível;

Decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobreOperações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviçosde Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditosde ICMS originados de operações de exportação;

Financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídasda base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e COFINS;

Relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base novalor justo;

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Reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação oumelhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangívelrepresentativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão deserviços públicos;

De subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ouredução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ouexpansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas pelopoder público;

Relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções ereduções aplicadas sobre o (lucro da exploração) de que tratam as alíneas “a”,“b”, “c” e “e” do § 1o do art. 19 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de1977; e prêmios na emissão de debêntures.

CASO PRÁTICO: BASE DE CÁLCULO DO PIS e COFINS – REGIME NÃO CUMULATIVO

A empresa JR comércio de móveis Ltda, efetuou venda de mercadoria para receber

daqui 2 anos, registrada em “Contas Receber”, no Realizável a Longo Prazo (ANC), pelo

valor de R$ 800.000,00, com juros prefixados embutidos a uma taxa contratada de 10%

ao ano. Nesse mesmo mês a empresa obteve ainda as seguintes receitas e operações:

De aluguel de bens imóveis (compreendido na atividade) no valor de R$ 5.000,00;

De venda de bens do ativo não circulante no valor de R$ 15.000,00;

Financeiras decorrentes do Ajuste a valor presente no valor de R$ 2.000,00;

Vendas canceladas no valor de R$ 8.000,00

• A seguir a apuração do AVP e posteriormente o cálculo da base de cálculo do PIS e

COFINS regime não cumulativo.

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Contas a receber

R$ 800.000,0010% 2 anos

- Valor Presente

- Valor liquido dos juros

R$ 661.157,00

FV I N PV

(calculadora financeira)

AVP R$ 800.000,00 (-) R$ 661.157,00 (=) R$ 138.843,00

AVP R$ 800.000,00 (-) R$ 661.157,00 (=) R$ 138.843,00

(calculadora Simples)

Apuração do AVP.

Ano Valor Presente Juros 10% Saldo Atualizado

1 R$ 661.157,00 R$ 66.116,00 R$ 727.273,00

2 R$ 727.273,00 R$ 72.727,00 R$ 800.000,00

R$ 138.843,00

Registro Contábil do AVP

D- Contas a Receber (ARLP)C- Receita Bruta (CR) -------------------------------------R$ 800.000,00D- Ajuste a Valor Presente (CRRB)C- Juros a Transcorrer (CRARLP)----------------------R$ 138.843,00

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Total das receitas auferidas no mês= (800.000+5.000+15.000+2.000) = R$ 822.000,00

(-) Deduções:Vendas Canceladas ........................................= R$ 8.000,00Venda de ativo não circulante..........................= R$ 15.000,00Financeiras decorrente (AVP)..........................= R$ 2.000,00Total .................................... .......................... = R$ 797.000,00

Neste exemplo, a base de cálculo do PIS/COFINS corresponde a R$ 797.000,00.Observe-se que o AVP da venda no valor de R$ 138.843,00 não foi abatido da basede cálculo.

Cálculo das contribuições devidas:PIS – R$ 797.000,00 x 1,65%PIS – R$ 13.150,50COFINS – R$ 797.000,00 X 7,60%COFINS – R$ 60.572,00

De acordo com os artigos 2º das Leis nº 10.833/03 e 10.637/02 as alíquotas básicas doPIS/PASEP e COFINS sujeitos ao regime não cumulativo são as seguintes:

• Contudo, a carga tributária das contribuições para essas contribuições sujeitas ao regimenão cumulativo é igual a 9,25%.

Ressalvamos que há alíquotas majoradas e reduzidas aplicados em situações específicastendo o contribuinte o dever de analisar cada norma individualmente.

CONTRIBUIÇÕES

PIS/PASEPPIS/PASEP

COFINSCOFINS

1,65%

7,60%

4. ALÍQUOTAS DAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS/PASEP E COFINS NÃOCUMULATIVO.

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A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras,inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelaspessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidascontribuições, são de 0,65% e 4%, respectivamente.

Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte desuas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição parao PIS/PASEP e da COFINS.

Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente, as alíquotas daContribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis aos juros sobre o capitalpróprio.

Base: Decreto 8.426/2015.

RECEITA FINANCEIRA

2.3 Créditos admissíveis

As pessoas jurídicas, optantes ou obrigadas ao regime não cumulativo dascontribuições para o PIS/PASEP e COFINS, poderão descontar créditos do valordas contribuições a pagar, determinados mediante a aplicação das seguintesalíquotas sobre a base de cálculo dos créditos:

• PIS/Pasep: 1,65%• COFINS: 7,60%

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Do valor das contribuições apuradas no regime não cumulativo a pessoa jurídica poderádescontar créditos calculados em relação a:a) bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos

referidos na letra "c" do tópico 5 e àqueles aos quais se aplicam alíquotas específicas,conforme a Lei nº 10.637/2002 , art. 2º , §§ 1º e 1º-A e Lei nº 10.833/2003 , art. 2º , §§ 1ºe 1º-A, observando-se, ainda, que o IPI incidente na aquisição, quando recuperável, nãointegra o custo de aquisição desses bens (Instrução Normativa SRF nº 247/2002 , art.66 , § 3º);

b) bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção oufabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis elubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata a Lei nº 10.485/2002 , art. 2º ,devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entregados veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;

c) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nosestabelecimentos da pessoa jurídica (Lei nº 11.488/2007 art. 18 );

ESPECIE DEDUÇÕES

d) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizadosnas atividades da empresa;

e) valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoajurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;

f) encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outrosbens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação aterceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou naprestação de serviços;

g) encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveispróprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa, adquiridas a partirde 1º.05.2004;

h) bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamentodo mês ou de mês anterior, tributada pela modalidade não cumulativa;

i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos das letras"a" e "b", quando o ônus for suportado pelo vendedor;

ESPECIE DEDUÇÕES

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j) aquisição dos produtos sujeitos as alíquotas diferenciadas de que trata o § 1º do art.2º da Lei nº 10.833/2003 por pessoas jurídicas produtoras ou fabricantes dessesprodutos de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante, para revendano mercado interno ou para exportação (Lei nº 11.727/2008 , art. 24): o crédito será o valor das contribuições devidos pelo vendedor em decorrência

dessa operação a vedação ao crédito prevista na alínea "b" do inciso I do art. 3º das Lei nº.

10.637/2002, Lei nº 10.833/2003, não se aplica nessa hipótese;k) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos

aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação deserviços de limpeza, conservação e manutenção (Lei nº 11.898/2009 , art. 24)

l) encargos de depreciação e amortização dos bens incorporados ao ativo intangível,adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestaçãode serviços (vigência a partir de 1º.01.2015, ou a partir de 1º.01.2014, no caso deoptantes da Lei nº 12.973/2014 , arts. 54 , 55 e 119).

ESPECIE DEDUÇÕES

A pessoa jurídica vendedora de mercadorias, poderá aproveitar créditos apurados emrelação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação,observado os critérios de apuração do crédito.O direito de utilizar o crédito não beneficia a empresa comercial exportadora quetenha adquirido mercadoria com o fim específico de exportação. É vedada, nestahipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação.Lembra-se que o método eleito pela pessoa jurídica para determinação do créditodeverá ser aplicado consistentemente em todo o ano-calendário.

Exportação - ESPECIE DEDUÇÕES

Nota:1) O crédito será utilizado para dedução do valor das contribuições a recolher, decorrente das demaisoperações no mercado interno ou compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativosa tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).2) A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o crédito porqualquer das formas do item 1 desta nota, poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro.

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Nota:

Não gera direito ao crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física, empregado ou não;

O IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo dos bens;

O ICMS integra o custo dos bens e das mercadorias, exceto quando cobrado pelo vendedorna condição de substituto tributário; e

Integram o custo de aquisição dos bens e das mercadorias o seguro e o frete pagos naaquisição, quando suportados pelo comprador.

A partir de 1º.01.2015 ou a contar de 1º.01.2014, nos cálculos dos créditos, poderão serconsiderados os valores decorrentes do ajuste a valor presente.

Exemplo:

Considerando que uma pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, sujeita ao regime não cumulativo e comatividade de comércio atacadista fez uma aquisição de mercadorias para revenda no valor de R$15.000,00, nesta nota fiscal ainda teve destaque de IPI no valor de R$ 3.000,00, frete e Seguro por contado adquirente no valor de R$ 1.500,00 e R$ 500,00 respectivamente. Neste caso em específico a base decálculo para a determinação dos créditos das contribuições do PIS e COFINS será:

Valor dos Produtos: .............................................R$ 15.000,00

Valor do IPI: .........................................................R$ 3.000,00

Valor do Frete: ................................................... R$ 1.500,00

Valor do Seguro: ..................................................R$ 500.00

Base de Cálculo é igual:

COFINS: R$ 20.000,00(15.000+3.000+1.500+500) x 7,6% = R$ 1.520,00

PIS: R$ 20.000,00(15.000+3.000+1.500+500) x 1,65% = R$ 330,00

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Serviços subcontratados R$ 20.000,00

Crédito Presumido (1,23% sobre R$ 20.000,00) R$ 246,00

Crédito Presumido (5,7% sobre R$ 20.000,00) R$ 1.140,00

Subcontratação com Transportador Autônomo

Uma transportadora rodoviária de cargas (optante pelo lucro real) subcontrata dentro de determinado mês, por R$20.000,00 serviços de transportadores autônomos.

Subcontratação com Transportadora Optante pelo SIMPLES NACIONAL

Uma transportadora rodoviária de cargas (optante pelo lucro real) subcontrata dentro de determinado mês, por R$20.000,00 serviços de transportadoras optantes pelo SIMPLES NACIONAL.

Serviços subcontratados R$ 20.000,00

Crédito – Alíquotas básicas (1,65% sobre R$ 20.000,00) R$ 330,00

Crédito – Alíquotas básicas (7,6% sobre R$ 20.000,00) R$ 1.520,00

O crédito não pode ser aproveitado em relação à:a) mão de obra paga a pessoa física;b) aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no

caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtosou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição;

c) sobre os gastos com desembaraço aduaneiro na importação de mercadorias.

Não gera direito a crédito

Direito ao crédito - Abrangência

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:a) aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;b) aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados à pessoa jurídica domiciliada no

País;c) aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir de 1º.12.2002

para o PIS-Pasep e de 1º.02.2004 para a COFINS.

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O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 7,6% para a COFINS e de 1,65% parao PIS-Pasep sobre o valor:a) dos itens mencionados nas letras "a" e "b“ no tópico espécie de créditos, ADQUIRIDOS no mês;b) dos itens mencionados nas letras "c" a "e" e "i" no tópico espécie de créditos, INCORRIDOS no

mês;c) dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados nas letras "f" e "g" no tópico

espécie de créditos, INCORRIDOS no mês;d) dos bens mencionados na letra "h" no tópico espécie de créditos, DEVOLVIDOS no mês.

Opcionalmente, a pessoa jurídica pode calcular o crédito relativo à aquisição de máquinas eequipamentos destinados ao Ativo Imobilizado, no prazo de 4 anos, mediante a aplicação, a cada mês,das alíquotas das contribuições sobre o valor correspondente a 1/48 do valor de aquisição do bem.Essa faculdade não se aplica, todavia, aos veículos automotores incorporados ao ativo imobilizado dapessoa jurídica e utilizados para locação a terceiros, para produção de bens destinados à venda oupara prestação de serviços, admitindo-se tão somente a apuração de créditos da contribuição para oPIS-Pasep e da COFINS com base no encargo mensal de depreciação, nos termos art. 3º , VI, c/c § 1º,III, da Lei nº 10.833/2003 (Lei nº 10.833/2003 , art. 3º , § 14º, com a redação dada pela Lei nº10.865/2004 , art. 21 ; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 4/2015 ). A

Determinação do crédito

As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência dacontribuição para o PIS-Pasep e da COFINS não impedem a manutenção, pelovendedor, dos créditos vinculados a essas operações.

Manutenção do crédito

Dedução de crédito presumido - Hipóteses

Produtores de mercadorias de origem

animal ou vegetal

Cofins/PIS-Pasep - Suspensão - Venda de produtos agropecuários e respectivoscréditos presumidos

CarnesCofins/PIS-Pasep - Suspensão e Alíquota zero - Venda de animais vivos da espéciebovina e de carnes

Suínos e aviculáriosCofins/PIS-Pasep - Suspensão e Alíquota zero - Venda de insumos de origemvegetal, preparações e animais vivos para produtores de suínos e aves

Medicamentos Cofins/PIS-Pasep - Medicamentos e perfumaria - Alíquotas diferenciadas

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Dedução de crédito presumido - Hipóteses

BebidasCofins/PIS-Pasep - Tributação de Bebidas Frias - Regras aplicáveis desde de1º.05.2015

Café Cofins/PIS-Pasep - Alíquota zero - Venda de café

Biodiesel Cofins/PIS-Pasep - Biodiesel

LaranjasCofins/PIS-Pasep - Suspensão na venda e crédito presumido na aquisição delaranjas para utilização na fabricação de sucos

SojaCofins/PIS-Pasep - Suspensão e crédito presumido - Vendas de soja, óleo de soja,margarina e biodiesel

Contratação de transportador

autônomo por pessoa jurídica transportadora

art. 3º , § 11, da Lei nº 10.833/2003

Estoque de abertura Lei nº 10.833/2003 , art. 12 ; Lei nº 10.637/2002 , art. 11

Custo orçado (atividade imobiliária)

art. 4º da Lei nº 10.833/2003

BONIFICAÇÃO

O recebimento de mercadorias como bonificações de forma isolada, desvinculada da operação decompra, acaba por influenciar a receita da empresa que a recebe, sugerindo assim, um acréscimo à basede cálculo das contribuições.

Pode ocorrer que por ocasião da compra de mercadorias para revenda, o adquirente seja beneficiado poruma bonificação recebida em produtos. Tal bonificação se refere, normalmente, a um acréscimo nonúmero de produtos recebidos, ou seja, a "dúzia de treze".

Nesse caso, considerando que a bonificação recebida está vinculada a uma compra efetiva, econsiderando ainda, que na contabilização dessas mercadorias adquiridas o procedimento será o deredução de custo unitário (ou seja, pelo preço de 12, será dado entrada em 13 produtos), para a tomadade créditos de PIS/PASEP e COFINS, o procedimento será o normal: do valor dos produtos, há odireito ao crédito normalmente, já com a redução unitária de cada produto. Assim, o valor do créditonão se alterará.

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16. PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS

Muito se discutiu sobre a existência ou não de prazo para a utilização dos créditos decorrentes da nãocumulatividade das contribuições sociais. Para sanar a dúvida, alguns contribuintes ingressaram comconsultas formais perante a Receita Federal do Brasil para verificar o posicionamento daadministração tributária em relação ao assunto e, as decisões exaradas pelas Regiões Fiscais eramdivergentes.

Nesse sentido, por meio da Solução de Divergência nº 21/2011, a administração pública se posicionouno sentido de que os direitos creditórios referidos no art. 3º da Lei nº 10.637/2002, e no art. 3º da Leinº 10.833/2003, estão sujeitos ao prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910, de 06 dejaneiro de 1932 (prazo quinquenal).

Conforme dispôs o Coordenador-Geral, os fatos geradores dos direitos creditórios decorrentes da nãocumulatividade das contribuições sociais, têm natureza complexiva e aperfeiçoam-se no último dia domês da apuração e, por esse motivo, o termo de início para contagem do prazo prescricional relativo aestes direitos creditórios é o primeiro dia do mês subsequente ao de sua apuração.

O art. 18 da MP nº 2.158-35/2001 prevê que o pagamento da contribuição incidente sobre afolha de salários deverá ser efetuado até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrênciados fatos geradores.

Caso este dia coincida com um dia não útil (sábado, domingo ou feriado), o recolhimentodeverá ser antecipado para o primeiro dia útil imediatamente anterior.

18. PRAZO PARA PAGAMENTO

19. CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO DARF

CONTRIBUIÇÕES CÓDIGO

PIS/PASEP 6912

COFINS 5856

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Benefícios Fiscais:

Todos os produtos e operações sujeitos a benefícios fiscais podem ser verificadospelas tabelas listadas a seguir no site do SPED cujo link está abaixo:

Alíquota Zero – Tabela 4.3.13

Isenção – Tabela 4.3.14

Operações com suspensão – Tabela 4.3.16

Não Incidência – Tabela 4.3.15

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-codigos/tabelas-de-codigos_PIS_Pasep_Cofins.htm

Venda de Livros:

• Ficam reduzidas a zero as alíquotas da COFINS e da contribuição para o PIS-Pasep incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda no mercado internode livros.

• Considera-se como livro a publicação de textos escritos em fichas ou folhas,não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado,encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato eacabamento.

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Defensivos agropecuáriosÉ reduzida a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para oFinanciamento da Seguridade Social - COFINS incidentes na importação e sobre a receita bruta devenda no mercado interno sobre os seguintes insumos agrícolas:

• adubos ou fertilizantes classificados no Capítulo 31, exceto os produtos de uso veterinário, daTIPI, e suas matérias-primas;

• defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas;

• sementes e mudas destinadas à semeadura e plantio, em conformidade com o disposto na Lei nº10.711, de 5 de agosto de 2003, e produtos de natureza biológica utilizados em sua produção;

• corretivo de solo de origem mineral classificado no Capítulo 25 da TIPI;

• inoculantes agrícolas produzidos a partir de bactérias fixadoras de nitrogênio, classificados nocódigo 3002.90.99 da TIPI; e

• vacinas para medicina veterinária.

Pintos de 1 (um) dia• ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentesna importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno de pintos de1 (um) dia classificados no código 0105.11 da TIPI.

Conforme pesquisa no site portal veterinário, o processo de produção de “pinto de um dia” começa a partir do momento em que as matrizes botam os ovos que serão incubados em uma máquina

especifica de incubação de ovos, estes embriões ficam incubados até o momento de sua eclosão, dando-se origem ao “pinto de um dia”, este são mantidos em um galpão numa temperatura aproximada de 32ºC com cortinas levantadas para que o calor não saia até a chegada de seu

comprador. Este produto é definido pela NCM 0105.11.

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Farinha de trigo

• Massas e farinhas de trigo tem alíquota de PIS e COFINS reduzida a zero emdefinitivo

• Massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da Tipi;

• Farinha de trigo classificada no código 1101.0010 da TIPI;

• Trigo classificado na posição 10.01 da Tipi;

• Pré – misturas próprias para fabricação de pão comum e pão classificados.

Não Incidência

Há na legislação, de forma esparsa, diversas receitas não sujeitas à incidência dascontribuições.

CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA

Nas operações com Suspensão das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS o contribuintedeverá levar na apuração junto ao EFD-Contribuições o código CST 08 saídas e 74entradas.

TABELA DE SEM INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES

Para facilitar a localização dos produtos e serviços beneficiados, elaboramos a seguinteTabela:

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Descrição do Produto Legislação

QUEROSENE DE AVIAÇÃO

Venda de querosene de aviação por pessoa jurídica não enquadrada na condição de

importadora ou produtora

Art. 2º da Lei nº 10.560, de

2002

Venda de querosene de aviação por produtora ou importadora a distribuidora,

quando o produto for destinado ao consumo por aeronave em tráfego internacional

Art. 3º da Lei nº 10.560, de

2002

BIODIESEL

Vendas de biodiesel por pessoas não enquadradas como produtor ou importador Art. 3º da Lei nº 11.116, de

2005

ITAIPU BINACIONAL

Vendas de materiais e equipamentos, bem assim da prestação de serviços decorrentes

dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu Binacional

Art. 43 do Decreto nº 4.524,

de 2002

EXPORTAÇÃO

Exportação de mercadorias para o exterior

Art. 6º da Lei nº 10.833, de

2003 e art. 5º da Lei 10.637,

de 2002

Serviços prestados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no

exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas

Art. 6º da Lei nº 10.833, de

2003 e art. 5º da Lei 10.637,

de 2002

Vendas, com o fim específico de exportação, a empresa comercial exportadora

constituída nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, ou

simplesmente registrada na Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Art. 6º da Lei nº 10.833, de

2003 e art. 5º da Lei 10.637,

de 2002

DEMAIS RECEITAS SEM INCIDÊNCIA

Regime Cumulativo - Demais receitas não classificadas como faturamento.Art. 3º da Lei nº 9.718, de

1998

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REVENDA COM ALÍQUOTA 0 (ZERO) DAS CONTRIBUIÇÕES

Fica vedado à pessoa jurídica descontar os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e daCOFINS de que tratam o inciso I do art. 3o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e oinciso I do art. 3o da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, em relação aos produtos deque trata o art. 14 desta Lei revendidos com a aplicação da redução de alíquotas a 0 (zero)

1.2. LISTA DOS PRODUTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA –ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS

Tabela 4.3.10 – Produtos Sujeitos a Incidência Monofásica da Contribuição Social –Alíquotas Diferenciadas (CST 02 e 04) – Atualizada em 31/01/2017:

Obs.: As tabelas da EFD-Contribuições foram construídas com base na legislação vigente doPIS e da COFINS. Dessa forma, em diversos casos a legislação não atribui a um código NCMespecífico o tratamento tributário, assim são listados somente os códigos que se amoldam aotexto legal. Ou seja, a ausência de determinado código da NCM nas tabelas da EFD-Contribuições não significa que aquele código não possa receber o tratamento tributário dedeterminada tabela da EFD-Contribuições.

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REVENDA DE PRODUTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA.

No caso de comercialização dos produtos relacionados nesta tabela com o CST 04 (OperaçãoTributável Monofásica - Revenda a Alíquota Zero), deve ser considerada a alíquota zero,quando a pessoa jurídica não se enquadrar na condição de fabricante, industrial, importadorou a estes equiparados.

Descrição do Produto NCM

AlíquotasPIS

%

AlíquotasCOFINS

%

REVENDA PRODUTO MONOFÁSICO

Revenda de combustíveis – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de fármacos e perfumarias – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de veículos, maquinas e autopeças – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de bebidas frias – Alíquota zero 0,00 0,00

Substituição Tributária/Incidência Monofásica

Todos os produtos sujeitos a substituição tributária e a incidência monofásica do PIS e da COFINS

estão listados nas tabelas citadas a seguir podendo ser verificados no site do SPED no link abaixo:

Incidência Monofásica – Alíquotas Diferenciadas – Tabela 4.3.10

Incidência Monofásica – Alíquotas por Unidade de Medida de Produto – Tabela 4.3.11

Produtos sujeitos a Substituição Tributária - Tabela 4.3.12

Obs.: A revenda dos produtos sujeitos a substituição tributária e a incidência monofásica do PIS e da

COFINS é tributada a alíquota zero (0%), observado regras especificas quanto as bebidas frias.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-codigos/tabelas-de-

codigos_PIS_Pasep_Cofins.htm

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Operações Sujeitas a Substituição Tributária do PIS eCOFINS

• Operações com cigarros e cigarrilhas;

• Operações com motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclosequipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais;

Operações com motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclosequipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais.

• Os fabricantes e os importadores de motocicletas, são responsáveis, nacondição de substitutos, pelo recolhimento das contribuições devidas peloscomerciantes varejistas, inclusive nas operações efetuadas ao amparo doConvênio ICMS n º 51, de 15 de setembro de 2000.

O Convênio ICMS nº 51/2000 dispõe sobre as operações com veículos automotores novos, efetuadas por meio de

faturamento direto para o consumidor.

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substituição tributária:

• não exime o fabricante ou importador da obrigação do pagamento dascontribuições na condição de contribuinte; e

• não se aplica às vendas efetuadas a comerciantes atacadistas de veículos,hipótese em que as contribuições são devidas em cada uma das sucessivasoperações de venda do produto.

Produtos abrangidos:Códigos Produtos

8711Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar,

mesmo com carro lateral; carros laterais

8711.10.00 Com motor de pistão alternativo de cilindrada não superior a 50cm3

8711.20Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 50cm3 mas não superior a

250cm3

8711.20.10 Motocicletas de cilindrada inferior ou igual a 125cm3

8711.20.20 Motocicleta de cilindrada superior a 125cm3

8711.20.90 Outros

8711.30.00Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 250cm3 mas não superior a

500cm3

8711.40.00Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 500cm3 mas não superior a

800cm3

8711.50.00 Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 800cm3

8711.90.00 Outros

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Operações com cigarros e cigarrilhas:

São substitutos dos comerciantes varejistas:

• Os fabricantes;

• Os importadores; e

• Os comerciantes atacadistas.

Nesta situação o PIS e a COFINS serão calculados sobre o preço fixado paravenda do produto no varejo, multiplicado por coeficientes.

O fabricante e o importador de cigarros e cigarrilhas deve computar comobase de cálculo a receita auferida da Contribuição para o PIS/PASEP e daCOFINS por eles devida como contribuintes e substitutos dos comerciantesatacadista e varejista, que corresponderá ao resultado da multiplicação:

• do número de unidades vendidas, deduzido das unidades relativas àsvendas canceladas e às devoluções de vendas;

• pelo preço previsto para venda do produto no varejo; e

• por 3,42 (PIS/PASEP) e 2,9169% (COFINS).

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Exemplo Prático:

DESCRIÇÃO DO CÁLCULO: PIS COFINS

1. Preço fixado para venda do produto no varejo 1,31 1,31

2. Unidades vendidas 2.000 2.000

3. Fator de Multiplicação 3,42 2,9169

4. Base de Cálculo da Substituição (1 x 2 x 3) 8.960,40 7.642,28

5. Valor da Substituição Tributária (4 x alíquota) 58,24 229,27

Alíquotas:Código Descrição do Produto NCM

Alíquotas PIS

%

Alíquota

COFINS %

100 CIGARROS E CIGARRILHAS

101Cigarros, de fumo (tabaco) ou dos

seus sucedâneos24.02 0,65 3,0

102 Cigarrilhas 2402.10.00 0,65 3,0

200 MOTOCICLETAS

201 Motocicletas (incluídos os

ciclomotores) e outros ciclos

equipados com motor auxiliar, mesmo

com carro lateral; carros laterais

87.11 0,65 3,0

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PIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS

Fato Gerador do PIS e COFINS no Regime Cumulativo

PIS/PASEP SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO:

A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários à alíquota deum 1% pelas seguintes entidades:

I - templos de qualquer culto;

II - partidos políticos;

III - instituições de educação e de assistência social;

IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações;

V - sindicatos, federações e confederações;

VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e

X - a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas.

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Não integra a base de cálculo: • o salário-família;• o aviso prévio indenizado;• o FGTS pago diretamente ao empregado na rescisão contratual;• a indenização por dispensa, desde que dentro dos limites legais.

A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo é 11%%..

Se não houver pagamentos relativos a trabalho assalariado, não haverá contribuição devida.

Exemplo:Em março de 2014, a folha de salários de determinado templo religioso foi deR$ 10.000,00. Neste caso, o PIS - Folha devido será de:

• R$ 10.000,00 x 1% = RR$$ 100100,,0000

Código do DARF: 83018301 Prazo para pagamento: 25º dia do mês subsequente

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Exemplo Prático:• Determinado condomínio residencial apurou as seguintes verbas no

fechamento de sua folha de pagamento de novembro:

(A) Salários R$ 6.000,00(B) Horas extras R$ 1.000,00(C) Férias R$ 3.000,00(D) Adicional noturno R$ 1.000,00(E) 1a Parcela do 13o salário pago R$ 5.000,00(F) Salário-família R$ 200,00CALCULO DO PIS DEVIDOBase de Cálculo (A + B + C + D + E) R$ 16.000,00PIS Devido (16.000,00 x 1%) R$ 160,00

Capitulo 3 – IRPJ e CSLL1- Lucro Presumido

1.1 Opção

1.2 Apuração do Lucro Presumido

1.3 Percentuais de presunção

1.6 Redução do percentual

1.7 Ganho de capital

1.8 Regime de Caixa eCompetência

1.9 Mudança do Lucro Real paraLucro Presumido e Vice-Versa

1.10 Cálculo do Imposto

1.11 Adicional

2- Lucro Real

2.1 Tipos de apuração (Trimestralou Anual)

2.2 Estimativa sobre a ReceitaBruta

2.3 Balancete de Redução eSuspensão

2.4 Ajuste Anual

2.5 Adições, Exclusões eCompensações

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1- Lucro PresumidoO regime de tributação com base no Lucro Presumido implica na apuração do

imposto com base em uma presunção de lucratividade, não sendo adotado o lucro

efetivamente apurado pela empresa. Salienta-se que a adoção da presunção da

lucratividade anteriormente citada implica em faculdade outorgada ao contribuinte e

não uma obrigatoriedade.

1.1 OpçãoAs pessoas jurídicas não enquadradas nas obrigatoriedades de enquadramento com

base no Lucro Real, cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou

inferior a R$ 78.000.000,00; ou, a R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de

meses de atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses, poderão

optar pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido.

A adesão será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto

devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.

Quando iniciado atividade a partir do segundo trimestre a manifestação da opção

também será realizada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto

devido relativa ao período de apuração do início de atividade.

1.2 Apuração do Lucro PresumidoO Lucro Presumido é determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta de

vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços, percebida em cada trimestre civil,

de determinados percentuais, fixados em função da atividade da pessoa jurídica, com

adição de valores de algumas operações.

Para determinação o Lucro Presumido será o montante da soma das seguintes

parcelas:

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a) o valor resultante da aplicação dos percentuais que variam entre 1,6%, 8%, 16% e 32%

conforme previsto nos artigos 33 e 34° da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, aplicado

sobre a receita bruta, para cada atividade e em cada período de apuração trimestral, com

dedução das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos;

b) os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não

abrangidas pelo item “a” acima, auferidos no mesmo período;

c) os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda

variável;

d) os juros sobre o capital próprio auferidos;

e) os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no

recebimento de créditos, com exceção se comprovar não os ter deduzido em período anterior

no qual tenha se submetido ao regime de tributação Lucro Real ou que se refiram a período

no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no Lucro Presumido ou

Arbitrado;

f) o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção, letra “a” sobre a

parcela das receitas auferidas em cada atividade no período de apuração.

Nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida

que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa com disposições

da Instrução Normativa RFB n° 1.312, de 28 de dezembro de 2012 para as

pessoas vinculadas.

g) a diferença de receita financeira para os contratos firmados até 31.12.2012

calculada conforme previsto no artigo 58 da Instrução Normativa RFB n°

1.312/2012;

h) as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica,

mesmo a sendo a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato.

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Percentuais de presunçãoOs seguintes percentuais serão aplicados sobre a Receita Bruta Trimestral:

Descrição da Atividade

Presunção

IRPJ CSLL

(%)Receita anual até R$

120.000,00(%)

Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcooletílico carburante e gás natural

1,6%

- 12%

Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia,fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica,imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicinanuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos,procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise eoxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviçosseja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda àsnormas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)*

8% - 12%

Prestação de serviços de transporte de carga 8% - 12%

Descrição da Atividade

Presunção

IRPJ CSLL

(%)Receita anual

até R$ 120.000,00

(%)

Atividade de construção por empreitada com emprego de todos osmateriais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiaisincorporados à obra

8% - 12%

Prestação de serviços de transporte, exceto o transporte de cargas 16% - 32%

Atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos deinvestimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixaseconômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valoresmobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas decrédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades deprevidência privada aberta

16% - 32%

Prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmenteregulamentada

32% - 32%

Intermediação de negócios 32% 16% 32%

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Descrição da Atividade

Presunção

IRPJ CSLL

(%)Receita anual até R$

120.000,00(%)

Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamentode terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédiosdestinados à venda e a venda de imóveis construídos ou adquiridospara revenda;

8% - 12%

Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis edireitos de qualquer natureza

32% 16% 32%

Construção por administração ou por empreitada unicamentede mão de obra ou com emprego parcial de materiais

32% 16% 32%

Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento deinfraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviçospúblicos, independentemente do emprego parcial ou total demateriais

32% - 32%

Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoriacreditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,administração de contas a pagar e a receber, compra de direitoscreditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou deprestação de serviços (factoring)

32% 16% 32%

Descrição da Atividade

Presunção

IRPJ CSLL

(%)Receita anual até R$

120.000,00(%)

Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou localde descarte

32% 16% 32%

Prestação de qualquer outra espécie de serviço nãomencionada anteriormente

32% 16% 32%

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Redução do percentualAs pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral:

• Intermediação de negócios;• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais;• Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de

riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis aprazo ou de prestação de serviços (factoring);

• Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte;• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

Cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderão utilizar, na

determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ, o percentual de 16% (dezesseis por cento).

A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% (dezesseis por cento) para o

pagamento mensal do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-

calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao

pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada mês transcorrido.

Para efeitos do disposto acima a diferença deverá ser paga até o último dia útil do mêssubsequente àquele em que ocorrer o excesso.

Quando paga até o prazo previsto acima a diferença apurada será recolhida sem acréscimos.

A Solução de Consulta Cosit nº 200/2015 esclareceu que para fins de determinação do lucropresumido, deve ser aplicado o percentual de 32% sobre a receita bruta, auferida no período deapuração, decorrente da prestação de serviços de representação comercial autônoma.

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Ganho de capitalO ganho de capital nas alienações de ativos não circulantes corresponderá à diferença positiva

entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil, podendo ser considerados no valor

contábil, e na proporção deste, os respectivos valores decorrentes dos efeitos do ajuste a valor

presente das obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante de que

trata o inciso III do artigo 184 da Lei n° 6.404/1976.

Para obtenção da parcela a ser considerada no valor contábil do ativo conforme mencionado no

inciso III do artigo 184 da Lei n° 6.404/1976, terá que calcular inicialmente o quociente entre:

a) o valor contábil do ativo na data da alienação, e

b) o valor do mesmo ativo sem considerar eventuais realizações anteriores, inclusive mediante

depreciação, amortização ou exaustão, e a perda estimada por redução ao valor recuperável.

Quando a pessoa jurídica relacionada na neutralidade tributária citada conforme § 14º do artigo

215 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017 será considerado valor contábil a diferença entre

o valor do ativo na contabilidade societária e o valor do ativo mensurado de acordo com os

métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007 verificado a data da adoção.

Quando de montantes de reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante

dos custos de aquisição se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados

na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda.

Para intangível os custos incorridos na sua obtenção, deduzido da correspondente amortização,

confrontado com a alienação resultará no ganho de capital.

Para determinar o imposto devido, os valores de que tratam o item 3, letras “f” e “g” serão

apurados anualmente e acrescidos à base de cálculo do último trimestre do ano-calendário.

EXEMPLO DE CÁLCULO

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Empresa Beta faturou no trimestre: R$ 400.000,00

Prestação de Serviços: percentual de presunção de 32%

Venda de um veículo: R$ 50.000,00

Custo de aquisição: R$ 30.000,00

Depreciação Acumulada: R$ 10.200,00

O valor contábil do bem corresponde a diferença entre o custo de aquisição

diminuído os encargos da depreciação:

R$ 30.000,00 – R$ 10.200,00 = R$ 19.800,00

O Ganho de Capital será o valor da alienação menos o custo que aquisição

diminuído da depreciação, neste sentido, teremos:

R$ 50.000,00 – R$ 19.800,00 = R$ 30.200,00

Composição da Base de Cálculo do IRPJ

Faturamento do Trimestre: R$ 400.000,00 x 32% = Base Presumida de R$

128.000,00

(+) Ganho de Capital: R$ 30.200,00

(=) BC de R$ 158.200,00

IRPJ (15%) = R$ 23.730,00

Adicional de 10% (R$ 128.000,00 + R$ 30.200,00) – R$ 60.000,00 = R$

98.200,00

Adicional = R$ 98.200,00 x 10% = R$ 9.820,00

Total do IRPJ a Recolher = R$ 33.550,00

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Composição da Base de Cálculo da CSLL

Faturamento do Trimestre: R$ 400.000,00 x 32% = Base Presumida de R$

128.000,00

(+) Ganho de Capital: R$ 30.200,00

(=) BC de R$ 158.200,00

CSLL (9%) = R$ 14.238,00

Total da CSLL a Recolher = R$ 14.238,00

Regime de Caixa e CompetênciaO contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento das

receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos recebimentos em cada

trimestre - regime de caixa.

A pessoa jurídica no regime do Lucro Presumido quando adotar o critério de reconhecimento de

suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços com pagamento a prazo

ou em parcelas na medida do recebimento e mantiver a escrituração do livro caixa, deve:

a) emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço;

b) indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada

recebimento.

Quando atentado a legislação comercial mantendo a escrituração contábil deve controlar os

recebimentos de suas receitas em conta específica, indicando a nota fiscal a que corresponder o

recebimento.

O reconhecimento da receita em período posterior ao do recebimento sujeitará ao pagamento do

imposto com o acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, conforme o caso,

calculados na forma da legislação vigente.

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Mudança do Lucro Real para Lucro Presumido e Vice-Versa

MUDANÇA DO LUCRO REAL PARA LUCRO PRESUMIDO

A pessoa jurídica no regime Lucro Real no ano-calendário anterior deverá adicionar à

base de cálculo do imposto sobre a renda, correspondente ao primeiro período de

apuração no qual houver optado pela tributação com base no Lucro Presumido, os

saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade de

controle na parte B do Lalur.

Aplica-se mesmo controlado por subcontas referente:

a) as diferenças na adoção inicial dos artigos 1°, 2°, 4° a 71 da Lei n° 12.973, de 13 de

maio de 2014.

b) a avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo.

MUDANÇA DO LUCRO PRESUMIDO PARA LUCRO REAL

A pessoa jurídica tributada pelo Lucro Presumido que, em período de apuração

imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo Lucro Real deverá observar em

relação a avaliação a valor justo, prevista no artigo 219 da Instrução Normativa RFB n°

1.700/2017.

1.10 Cálculo do ImpostoO imposto sobre a renda devido em cada trimestre será calculado mediante a aplicação

da alíquota de 15% sobre a base de cálculo.

1.11 AdicionalA parcela do Lucro Presumido que exceder o valor resultante da multiplicação de R$

20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à

incidência do adicional do imposto sobre a renda à alíquota de 10%.

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2- Lucro Real Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.

Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.

Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela

pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação

fiscal, conforme esquema a seguir:

Lucro (Prejuízo) Contábil:

(+) Ajustes fiscais positivos (adições)

(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)

(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período

Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo

Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de imposto de renda a pagar.

2.1 Tipos de apuração (Trimestral ou Anual)

Pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral

definitivo; ou

Pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31

de dezembro)

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (por opção ou por estaremlegalmente obrigadas a esse regime tributário) podem adotar uma das seguintes formasde pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre oLucro (CSLL):

Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa (balanço anual), tendo em vistavantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e também pelofato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o pagamento daestimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou balancetes levantadosespecificamente para esse fim, sobre o assunto veja procedimento Balanço de suspensãoou redução.

É importante sublinhar, ainda, que a adoção de uma das formas citadas (lucro realtrimestral ou pagamento por estimativa, com apuração anual) é irretratável para todo oano-calendário.

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2.2 Estimativa sobre a Receita BrutaA base de cálculo do imposto é determinada pela aplicação de um percentual sobre a

receita bruta mensal. Esse percentual é fixado em função da atividade da empresa.

PERCENTUAIS DE ESTIMAÇÃO DE LUCRO

Serão aplicados os percentuais de presunção previstos nos artigos 33 e 34 da Instrução

Normativa nº 1700/2017, descritos detalhadamente nos slides 195,196, 197 e 198.

CONCEITO DE RECEITA BRUTA

A receita bruta compreende:

• o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

• o preço da prestação de serviços em geral;

• o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

• as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos

itens anteriores.

EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA

A receita líquida será a receita bruta diminuída de:

• devoluções e vendas canceladas;

• descontos concedidos incondicionalmente;

• tributos sobre ela incidentes; e

• valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art.

183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.

Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente,

do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na

condição de mero depositário.

Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do

ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de

1976.

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Acréscimos às Bases de CálculoA base de cálculo do IRPJ e da CSLL, em cada mês, será determinada mediante a aplicação dospercentuais de presunção (mencionados nos slides anteriores) sobre a receita bruta, auferida naatividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionaisconcedidos.

Exemplo – Dados Hipotéticos

Receita Bruta de Serviço de TRANSPORTES PercentagemLucro Estimado

(3) = (1) x (2) de cargas R$ 200.000,00 8% R$ 16.000,00 De passageiros R$ 100.000,00 16% R$ 16.000,00

Total do Lucro Estimado - - R$ 32.000,00

Serão acrescidos às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, no mês em que forem auferidos, osganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas nãocompreendidas na receita bruta, inclusive:

os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes emsociedades coligadas e controladas e de participações societárias que permaneceram no ativo dapessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

• os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsasde valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão organizado;

• a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoajurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;

• os juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais relativos aimpostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;

• os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoasjurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;

• as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos decrédito e das obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientesaplicáveis por disposição legal ou contratual;

• os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; e• a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos

de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiroou o valor dos bens e direitos entregues para a formação do referidopatrimônio.

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• os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas embolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado debalcão organizado;

• a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social dapessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;

• os juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federaisrelativos a impostos e contribuições a serem restituídos oucompensados;

• os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entrepessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;

• as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dosdireitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função deíndices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual;

• os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens edireitos; e

• a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitosrecebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e ovalor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos entregues para aformação do referido patrimônio.

Exemplo de Cálculo Estimativa com Base na ReceitaBruta da Contribuição Social

Admita-se que uma empresa optante pelo pagamento mensal do Imposto de Renda porestimativa em 20X1 no mês de janeiro deste ano:a) auferiu receitas de vendas de mercadorias no valor total de R$ 2.300.000,00, sem

inclusão do IPI, líquidas de vendas canceladas ou devoluções de clientes e dedescontos incondicionais;

b) auferiu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 25.000,00;c) obteve ganhos líquidos em operações financeiras de renda variável de R$

18.000,00;d) alienou bens do Ativo Não Circulante (antigo Ativo Permanente), apurando ganho

de capital (lucro) de R$ 50.000,00;e) não teve outros ganhos, receitas ou resultados que devam ser computados na base

de cálculo da CSLL.

Nessa hipótese, teremos:1. base de cálculo da contribuição mensal:

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b) contribuição devida:

12% de R$ 2.300.000,00 R$ 276.000,00

Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa R$ 25.000,00

Ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável R$ 18.000,00

Ganhos de capital na alienação de bens do Ativo Não Circulante

R$ 50.000,00

Soma R$ 369.000,00

9% s/ R$ 369.000,00 = R$ 33.210,00

2.3 Balancete de Redução e Suspensão

As pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do Imposto de Renda e ContribuiçãoSocial por estimativa podem, mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos, comobservância dos procedimentos aqui focalizados:

Suspender o pagamento do imposto relativoao mês em que levantarem balanço oubalancete quando o valor do imposto devido,inclusive o adicional, calculado com base nolucro real do ano-calendário em curso, atéesse mês, for igual ou inferior à soma doimposto pago, correspondente aos mesesanteriores do mesmo ano-calendário;

Reduzir o valor do imposto a pagar aomontante correspondente à diferençapositiva entre o imposto devido sobre olucro real do ano-calendário em curso, até omês em que levantarem balanço oubalancete, e a soma dos impostos pagos,correspondente aos meses anteriores domesmo ano-calendário.

Observe-se que, inclusive o pagamento do imposto mensal relativo ao mês de janeiro do ano-calendário pode ser suspenso ou reduzido, com base em balanço ou balancete levantado nessemês, caso tenha sido apurado prejuízo fiscal ou o imposto calculado sobre o lucro real apuradotenha sido inferior ao calculado por estimativa.

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Períodos de Referência

Os balanços ou balancetes levantados para fins de suspensão ou reduçãodo Imposto de Renda devem abranger o período de 1º de janeiro do ano-calendário em curso (ou do dia de início de atividades, se dentro do anoem curso) até o último dia do mês cujo imposto se pretende suspender oureduzir.Isso significa que, por ocasião do levantamento de cada balanço oubalancete, deve ser apurado o resultado acumulado do ano em curso, enão apenas o resultado do mês cujo imposto se deseja suspender oureduzir.Exemplificando:• no balanço ou balancete de fevereiro: apura-se o resultado

acumulado de janeiro e fevereiro;• no balanço ou balancete de março: apura-se o resultado acumulado

de janeiro a março, e assim sucessivamente.É oportuno lembrar, também, que não há necessidade de levantamento debalanço ou balancete em todos os meses do ano, mas somente naquelesem que a empresa deseja se valer da faculdade de suspender ou reduziro pagamento do imposto mensal estimado.

Levantamento dos estoques - Dispensa da escrituração do livro Registro de Inventário

Para fins de determinação do resultado, é necessário o levantamento dosestoques existentes na data dos balanços ou balancetes que objetivem asuspensão ou a redução do Imposto de Renda.Entretanto, as empresas que mantiverem registro permanente de estoques,integrado e coordenado com a contabilidade, somente ficam obrigadas a ajustaros saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, por ocasião dobalanço anual, em 31 de dezembro, ou na data de encerramento do período deapuração, nos casos de fusão, cisão, incorporação ou encerramento deatividade.Portanto, a existência de registro permanente de estoques, integrado ecoordenado com a contabilidade, dispensa o levantamento físico dos estoquespor ocasião dos balanços ou balancetes elaborados nos meses de janeiro anovembro. Para esse fim, prevalecerá o valor dos estoques constante doregistro permanente.Em qualquer caso, nos balanços ou balancetes de suspensão ou reduçãolevantados de janeiro a novembro, é dispensada a escrituração do LivroRegistro de Inventário.

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TRANSCRIÇÃO NO LIVRO DIÁRIO OU NO LALUR

Os balanços ou balancetes levantados para fins de suspensão ouredução do Imposto de Renda deverão ser transcritos no livro Diário ouno Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), até a data fixada para opagamento do imposto do respectivo mês, ou seja, até o último dia útil domês seguinte àquele a que se referir o imposto suspenso ou reduzido.

A transcrição no livro Diário será dispensada no caso de o contribuinte ter apresentado a

Escrituração Contábil Digital (ECD), nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013.

Desconsideração do Balanço ou Balancete por Falta de Escrituração do Livro Diário e do Lalur

A não escrituração do Livro Diário (inclusive com a transcrição do balançoou balancete levantado para efeito de suspensão ou redução depagamentos mensais do Imposto de Renda e da Contribuição Socialsobre o Lucro) e do Lalur (com os ajustes ao lucro líquido e ademonstração do lucro real do período em curso) até a data fixada para opagamento do imposto do respectivo mês (até o último dia útil do mêsseguinte), quando detectada pelo Fisco, implicará a desconsideração dobalanço ou balancete levantado e o lançamento e a cobrança dos valoresindevidamente suspensos ou reduzidos, com os acréscimos legais e aspenalidades previstas na legislação vigente.

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Registros no Lalur

A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços oubalancetes deverá ser transcrita no Lalur , observando-se que:

a) a cada balanço ou balancete levantado, deverá ser determinado um novolucro real para o período em curso, desconsiderando as apurações emmeses anteriores do mesmo ano-calendário;

b) as adições, as exclusões e as compensações computadas na apuraçãodo lucro real correspondente aos balanços ou balancetes deverãoconstar, discriminadamente, na Parte A do Lalur;

c) não caberá nenhum registro na Parte B desse livro relativo a adições,exclusões ou compensações feitas na determinação do lucro real.

A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas,deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz. Emface dessa disposição, as pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real ficam dispensadas, emrelação aos fatos ocorridos a contar de 1º.01.2014, da escrituração do Lalur em meio físico(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , arts. 1º e 5º , com a redação dada pela InstruçãoNormativa RFB nº 1.489/2014).

Compensação de Prejuízos Fiscais

Com o lucro real apurado por ocasião do levantamento de balanços oubalancetes de suspensão ou redução do imposto, poderão ser compensados osprejuízos fiscais existentes em 31 de dezembro do ano-calendário anterior,registrados na Parte B do Lalur, respeitados o limite de 30% do lucro realapurado (Lei nº 9.065/1995 , art. 15 ; Lei nº 12.973/2014 , art. 43 ; RIR/1999, art.510) e outras condições pertinentes, focalizadas no procedimento Compensaçãode prejuízos fiscais .Lembramos que o limite de 30% não se aplica aos prejuízos fiscais decorrentesda exploração de atividades rurais nem aos apurados pelas empresas titulares deProgramas Especiais de Exportação aprovados, até 03.06.1993, pela Comissãopara Concessão de Benefícios Fiscais a Programas Especiais de Exportação(Befiex), importando observar que essas últimas são autorizadas a compensar osprejuízos fiscais apurados em um período de apuração com o lucro real apuradonos 6 anos-calendário subsequentes (Lei nº 8.023/1990, art. 14 ; Lei nº8.981/1995 , art. 95 ; Lei nº 9.065/1995 , art. 1º ; RIR/1999 , arts. 470 , I, e 512).É oportuno observar que não cabe cogitar de compensação de prejuízos fiscaisdo próprio ano-calendário em curso porque, nos balanços ou balanceteslevantados para fins de suspensão ou redução do Imposto de Renda apura-se oresultado acumulado desde o mês de janeiro, de modo que os prejuízos de ummês são automaticamente absorvidos por lucros de outro, sem nenhumarestrição.

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Exemplo de cálculo da suspensão e redução dopagamento do Imposto de Renda

Admita-se que, em 20X1, uma empresa:a) pagou por estimativa, nos meses de fevereiro a junho, o imposto devido nos

meses de janeiro a maio, no valor total de R$ 72.000,00;b) em 30 de junho, levantou um balanço com base no qual determinou o lucro

real do período de 1º de janeiro a 30 de junho, no valor de R$ 380.000,00;c) sofreu retenção do Imposto de Renda na Fonte, no valor de R$ 12.000,00,

sobre receitas computadas no lucro real apurado em 30 de junho, e temdireito à dedução do incentivo do PAT, no limite máximo admitido (4% doimposto normal devido).

Neste caso, temos:

Imposto devido no período em curso:Imposto normal: (15% s/ R$ 380.000,00) R$ 57.000,00

Adicional: 10% s/ R$ 260.000,00 (R$ 380.000,00 - R$ 120.000,00) R$ 26.000,00

Imposto e adicional devidos R$ 83.000,00

Dedução do incentivo do PAT: (4% s/ R$ 57.000,00) (R$ 2.280,00)

Imposto devido no período em curso, líquido do incentivo fiscal do PAT

R$ 80.720,00

Imposto pago por estimativa nos meses de fevereiro a junho, relativo aos meses de janeiro a maio

(R$ 72.000,00)

Imposto retido na fonte sobre receitas computadas o lucro real do período

R$ 12.000,00

Excesso de pagamento verificado (R$ 3.280,00)

Nessa situação, poderá ser suspenso o pagamento do imposto mensal relativo ao mês de junho,que seria pago em julho, porque o valor acumulado pago até junho supera o valor do impostoefetivamente devido sobre o lucro real apurado até esse mês.Utilizando os dados dessa hipótese, mas desconsiderando-se os R$ 12.000,00 relativos aoImposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a compensar, temos a seguinte situação:

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Nesse caso, admitindo-se que o imposto calculado por estimativa combase na receita bruta e acréscimos no mês de junho seja de R$10.000,00, o seu pagamento em julho poderá limitar-se a R$ 8.720,00,que é o saldo a pagar do imposto efetivamente devido até o mês de junho.

Imposto devido no período em curso, líquido do incentivo fiscal do PAT

R$ 80.720,00

Imposto pago no período (R$ 72.000,00)

Saldo a pagar R$ 8.720,00

Se o saldo a pagar do imposto calculado sobre o lucro real determinado combase no balanço ou balancete levantado, de acordo com os procedimentosexemplificados anteriormente, for superior ao valor do imposto calculado porestimativa com base na receita bruta do mês de junho, a empresa simplesmentepode ignorar o balanço ou balancete levantado e pagar o imposto pelo valordeterminado por estimativa.

Procedimento nos meses seguintes

Se a empresa pretender suspender ou reduzir o pagamento do imposto devidoem qualquer outro mês posterior, deverá sempre levantar um novo balanço oubalancete, ainda que, com base no último balanço ou balancete levantado,tenha verificado haver pago imposto maior que o devido até a data do balançoou balancete.No exemplo, o excesso de imposto pago até junho, de R$ 3.280,00, não poderáser deduzido do valor do imposto estimado devido em julho a ser pago emagosto.Se a empresa quiser suspender ou reduzir o imposto de julho, terá de levantaroutro balanço ou balancete em 31.07, que compreenderá o período de 1º.01 a31.07.

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2.4 Ajuste Anual

Anualmente a pessoa jurídica deve levantar um balanço, compreendendo operíodo que vai de 01 de janeiro a 31 de dezembro, apurar o lucro real ecalcular o imposto devido.Do imposto devido são deduzidos os valores dos recolhimentos mensais, doimposto retido e dos incentivos fiscais.O prazo para o recolhimento do imposto anual é o último dia útil do mês demarço do ano seguinte.• Se recolhido no mês de janeiro, o imposto não terá nenhum acréscimo.• Se recolhido no mês de fevereiro, o imposto terá acréscimo de 1%.• Se recolhido no mês de março, o imposto terá acréscimo da taxa Selic do

mês de fevereiro mais 1%.Os saldos do IRPJ e da CSLL apurados em 31 de dezembro, se negativos,poderão ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 daLei nº 9.430, de 1996.

Apuração do Lucro Real Trimestral

A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado líquido de cada trimestre(encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 dedezembro do ano-calendário), determinado por meio de levantamento debalanço com observância das normas estabelecidas pela legislação comercial efiscal.Esse resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração doLucro Real (Lalur) por todas as adições, exclusões e compensaçõesdeterminadas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestredeve ser determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente,ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadaspela legislação vigente.Vale ressaltar que a adoção do pagamento trimestral do imposto, a que se refereeste subitem, é irretratável para todo o ano-calendário, o que significa que apessoa jurídica fica impedida de optar pelo lucro presumido ainda que não estejaobrigada ao lucro real.

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Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e na extinção da pessoa jurídicapelo encerramento da liquidação, a apuração das bases de cálculo do IRPJ e daCSL devidos será efetuada na data do evento, observada a legislação deregência.Da mesma forma deverá proceder a pessoa jurídica incorporadora, salvo noscasos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estiverem sobo mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.E, na extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação, a apuração

da base de cálculo, do imposto e da contribuição devidos será efetuada na datadesse evento.

O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre,deverão ser:• pagos em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do

encerramento do período de apuração; ou• à opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e

sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao doencerramento do período de apuração a que corresponder.

Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa devidoao fato de que empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais dentrodo próprio ano em 30% do seu lucro.

Exemplo:

• No 1º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 300.000,00• No 2º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00• No 3º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00• No 4º Trimestre Lucro Fiscal de R$ 400.000,00

No 4º Trimestre a empresa poderá compensar somente R$ 120.000,00 (30% deR$400.000,00), ficando, assim, um lucro tributável de R$ 280.000,00(400.000,00 – 120.000,00), incidindo sobre esse valor o Imposto de Renda +Adicional e a Contribuição Social sobre o Lucro, totalizando um desembolso R$89.200,00 (9% CSSL + 25% IRPJ –6.000,00 (limite isenção adicional IRPJ)).

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Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízodentro do próprio ano seria automática, pois pelo lucro real anual o resultadoé apurado acumuladamente dentro do exercício (janeiro a dezembro), sendoo resultado tributável do ano calendário igual a zero, inexistindo opagamento de IRPJ e CSLL.O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro RealAnual proporciona é quando a empresa tem lucro em todos os trimestres doano, assim paga o imposto de renda e a contribuição social a cada trimestree tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada quota superiora R$ 1.000,00, acrescidas pela variação da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/96).Porém é muito arriscado prever que a empresa terá lucro fiscal em todos ostrimestres do exercício.

Caso Prático – IRPJ e CSLL – Lucro Real Anualcom Recolhimentos Mensais por Estimativa

Determinada empresa com atividade econômica de construção iniciousuas atividades em 01/10/2017 e tributa o IRPJ com base no LucroReal Anual.

Levantou as seguintes informações em relação ao 4º trimestre de 2017.

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COM BASE NA RECEITA BRUTA

OUTUBRO

A Receita da Prestação do Serviço R$ 300.000,00

B Rendimentos de Aplicações Financeiras R$ 1.800,00

C IR sobre os Rendimentos de Aplicações Financeiras (B x 17,5%) R$ 315,00

E IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 100.000,00) R$ 1.200,00

F CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) R$ 1.000,00

IRPJ

G (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 300.000,00

H (x) Percentual do Lucro Estimado 8%

I (=) Lucro Estimado (G x H) R$ 24.000,00

J Imposto de Renda (I x 15%) R$ 3.600,00

L Base para o Adicional do IRPJ (I – R$ 20.000,00) R$ 4.000,00

M Adicional do IRPJ (L x 10%) R$ 400,00

N Imposto de Renda Devido (J + M) R$ 4.000,00

O (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 1.200,00)

P (=) Imposto de Renda a Pagar (N - O) R$ 2.800,00

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CSLL

Q Rendimentos de Aplicações Financeiras R$ 1.800,00

R Receita Bruta na Prestação de Serviços R$ 300.000,00

S (x) Percentual 12%

T (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (R x S) R$ 36.000,00

U Base de Cálculo da Contribuição Social (Q + T) R$ 37.800,00

V Contribuição Social Devida (U x 9%) R$ 3.402,00

X (-) CSLL sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 1.000,00)

Z (=) Contribuição Social a Pagar (V-X) R$ 2.402,00

COM BASE NO BALANÇOPeríodo em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017

RECEITA BRUTA R$ 300.000,00

(-) Deduções da Receita (R$ 57.750,00)

(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 242.250,00

(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP (R$ 81.000,00)

(=) LUCRO BRUTO R$ 161.250,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$ 83.250,00)

(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO (R$ 3.500,00)

(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 4.050,00

(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 78.550,00

(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 7.069,00)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 71.481,00

(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica R$ 17.637,50

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 53.843,50

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(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 78.550,00

ADIÇÕES

EXCLUSÕES

(-) COMPENSAÇÃO

(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 78.550,00

(-) Contribuição Social sobre o Lucro (R$ 7.069,00)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 71.480,00

ADIÇÕES (R$ 7.069,00)

EXCLUSÕES

(-) COMPENSAÇÃO

(=) LUCRO REAL R$ 78.550,00(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) (R$ 11.782,50)

Adicional do Imposto de Renda (R$ 5.855,00)

R$ 17.637,50

Base para o Adicional do Imposto de Renda: R$ 78.550,00 – R$ 20.000,00 = R$ 58.550,00

COM BASE NA RECEITA BRUTANOVEMBRO

A Receita da Prestação do ServiçoR$

350.000,00

B IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 50.000,00) R$ 600,00

CCS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$50.000,00)

R$ 500,00

IRPJ

D (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 350.000,00

E (x) Percentual do Lucro Estimado 8%

F (=) Lucro Estimado (D x E) R$ 28.000,00

G Imposto de Renda (F x 15%) R$ 4.200,00

H Base para o Adicional do IRPJ (F – R$ 20.000,00) R$ 8.000,00

I Adicional do IRPJ (H x 10%) R$ 800,00

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J Imposto de Renda Devido (G + I) R$ 5.000,00

L (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 600,00)

M (=) Imposto de Renda a Pagar (J-L) R$ 4.400,00

CSLL

N Receita Bruta na Prestação de ServiçosR$

350.000,00

O (x) Percentual 12%

P (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (N x O) R$ 42.000,00

Q Contribuição Social Devida (P x 9%) R$ 3.780,00

R (-) CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 500,00)

S (=) Contribuição Social a Pagar (Q-R) R$ 3.280,00

COM BASE NO BALANÇOPeríodo em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017

RECEITA BRUTA R$ 650.000,00

(-) Deduções da Receita (R$ 115.500,00)

(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 534.500,00

(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP (R$ 165.200,00)

(=) LUCRO BRUTO R$ 369.300,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$ 166.500,00)

(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO (R$ 7.550,00)

(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 1.050,00

(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 196.300,00

(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 17.667,00)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 178.633,00

(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (R$ 45.075,00)

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 133.558,00

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(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 196.300,00

ADIÇÕES

EXCLUSÕES

(-) COMPENSAÇÃO

(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 196.300,00

(-) Contribuição Social sobre o Lucro R$ 17.667,00

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 178.633,00

ADIÇÕES R$ 17.667,00

EXCLUSÕES

(-) COMPENSAÇÃO

(=) LUCRO REAL R$ 196.300,00

(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) R$ 29.445,00

Adicional do Imposto de Renda R$ 15.630,00

Base para o Adicional do Imposto de Renda: 196.300,00 – 40.000,00 = 156.300,00 R$ 45.075,00

COM BASE NA RECEITA BRUTA

DEZEMBRO

Receita da Prestação do Serviço R$ 350.000,00

IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 50.000,00) R$ 600,00

CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 50.000,00) R$ 500,00

Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 210.000,00

Ganho de Capital na Alienação de Ativos R$ 90.000,00

IRPJ

D (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 350.000,00

E (x) Percentual do Lucro Estimado 8%

F (=) Lucro Estimado (D x E) R$ 28.000,00

G Imposto de Renda (F x 15%) R$ 4.200,00

H Base para o Adicional do IRPJ (F – R$ 20.000,00) R$ 8.000,00

I Adicional do IRPJ (H x 10%) R$ 800,00

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J Imposto de Renda Devido (G + I) R$ 5.000,00

L (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 600,00)

M (=) Imposto de Renda a Pagar (J - L) R$ 4.400,00

CSLL

N Receita Bruta na Prestação de Serviços R$ 350.000,00

O (x) Percentual 12%

P (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (N x O) R$ 42.000,00

Q Contribuição Social Devida (P x 9%) R$ 3.780,00

R (-) CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 500,00)

S (=) Contribuição Social a Pagar (Q - R) R$ 3.280,00

COM BASE NO BALANÇOPeríodo em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017

RECEITA BRUTA R$ 1.000.000,00

(-) Deduções da Receita (R$ 192.500,00)

(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 807.500,00

(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS R$ 270.500,00

(=) LUCRO BRUTO R$ 537.000,00

(-) DESPESAS OPERACIONAIS R$ 109.250,00

(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO R$ 15.600,00

(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 295.000,00

(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 707.150,00

(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 39.694,50)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 667.455,50

(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (R$ 104.262,50)

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 563.193,00

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(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 707.150,00

ADIÇÕES R$ 11.400,00EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)(-) COMPENSAÇÃO(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 441.050,00(-) Contribuição Social sobre o Lucro

(R$ 39.694,50)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJR$ 667.455,50

ADIÇÕES R$ 51.094,00EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)(-) COMPENSAÇÃO(=) LUCRO REAL R$ 441.050,00(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) (R$ 66.157,50)Adicional do Imposto de Renda (R$ 38.105,00)

R$ 104.262,50Base para o Adicional do Imposto de

Renda:R$ 441.050,00 – R$ 60.000,00 = R$381.050,00

LACS – Livro de Apuração da Contribuição Social

PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCICIO

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES

NATUREZA DOS AJUSTES

05/12/2017Multa pelo Atraso na Entrega de Declaração Imposta emProcedimento de Ofício.(Art. 344 do Decreto 3000/1999 e PN CST 61/79)

R$ 5.400,00

10/12/2017Despesas que não são Normais, Usuais e Necessárias.Infrações as Leis de Trânsito.(Art. 299 do Decreto 3000/1999)

R$ 1.000,00

15/12/2017

Prejuízo por furto de mercadorias (quantidade: 1.000 kg,valor unitário de R$ 5,00), praticado por empregado. Nãofoi instaurado inquérito administrativo nos termos dalegislação trabalhista e, também, não houve queixaperante a autoridade policial.(Art. 364 do Decreto 3000/1999)

R$5.000,00

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15/12/2017Ganho de Capital na Alienação à Longo Prazo de Bens do Ativo Imobilizado¹ (Art. 421 do Decreto

3000/1999)67.500,00

31/12/2017Receita de Equivalência Patrimonial²(Lei 8.981/1995, art. 32, § 2º)

R$ 210.000,00

TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES R$ 11.400,00R$

287.500,00

DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL

RESULTADO DO PERÍODO R$ 707.150,00

ADIÇÕES R$ 11.400,00

EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)

BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 441.050,00

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido R$ 39.694,50

LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real

REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES

NATUREZA DOS AJUSTES

31/12/2017Contribuição Social sobre o Lucro, registrada naconta... R$ 39.694,50

05/12/2017

Multa pelo Atraso na Entrega de Declaração Impostaem Procedimento de Ofício.(Art. 344 do Decreto 3000/1999 e PN CST 61/79) R$ 5.400,00

10/12/2017

Despesas que não são Normais, Usuais eNecessárias. Infrações as Leis de Trânsito.(Art. 299 do Decreto 3000/1999) R$ 1.000,00

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15/12/2017

Prejuízo por furto de mercadorias (quantidade: 1.000 kg,valor unitário de R$ 5,00), praticado por empregado. Nãofoi instaurado inquérito administrativo nos termos dalegislação trabalhista e, também, não houve queixaperante a autoridade policial.(Art. 364 do Decreto 3000/1999)

R$ 5.000,00

29/12/2017Ganho de Capital na Alienação à Longo Prazo de Bensdo Ativo Imobilizado¹(Art. 421 do Decreto 3000/1999)

R$ 67.500,00

31/12/2017Receita de Equivalência Patrimonial²(Lei 8.981/1995, art. 32, § 2º)

R$ 210.000,00

TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES R$ 51.094,50 R$ 287.500,00

31/12/2017 DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL

RESULTADO DO PERÍODO 667.455,50

ADIÇÕES 51.094,50

EXCLUSÕES (277.500,00)

LUCRO REAL 441.050,00

Imposto de Renda (15%) 66.157,50

Adicional do Imposto de Renda 38.105,00

Total do Imposto Devido 104.262,00

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IRPJ Pagamentos Mensais por Estimativa

A B C D E

Mês Valores (em reais) com Base na Receita Bruta

Valores (em reais) Retidos na Fonte

Total Valores (em reais) com Base no Balanço do

Período em Curso

Outubro 2.800,00 1.515,00 4.315,00

Período em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017 17.637,50

Novembro 4.400,00 600,005.000,00

Período em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017 45.075,00

Dezembro 4.400,00 600,005.000,00

Período em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017 104.262,50

CSLL Pagamentos Mensais por Estimativa

A B C D E F

Mês

Valores (em reais) com

Base na Receita Bruta

Valores (em reais) Retidos na Fonte

Total Período em

Curso

Valores (em reais) com

Base no Balanço do Período em

Curso

Outubro 2.402,00 1.000,00 3.402,00Período em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017 7.069,00Novembro 3.280,00 500,00 3.780,00Período em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017 17.667,00Dezembro 3.280,00 500,00 3.780,00Período em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017 39.694,50

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CURSO DE ANALISTA FISCAL CURSO DE ANALISTA FISCAL -- P2P2Instrutor: João Paulo de MeloInstrutor: João Paulo de Melo

Os direitos autorais desta obra são exclusivos do autor. Esta obra é protegida pelo conteúdo da lei5.988/73, ficando infratores sujeitos às penalidades previstas nos artigos 184 e 186 do código penal. Éproibida a reprodução total ou parcial, inclusive a produção de outra apostila com base nestematerial, por qualquer forma ou meio, ainda que por meio xenográfico, de fotocópias ou de gravação,sem a prévia autorização dos titulares dos direitos autorais.

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Capitulo 4 – ICMS 1- Regras de Apuração do ICMS

1.1 Créditos Fiscais Admissíveis

1.2 Vedação de Créditos

1.3 Procedimentos para impostosdestacados “a maior” e “a menor”

2- Benefícios Fiscais

2.1 Condicionantes para utilizaçãode benefícios fiscais

2.2 Estorno de Créditos

3- Operações Especificas –Destaque de algumas Operações

3.1 Espécies de Industrialização porencomenda

3.2 Venda para Entrega Futura

3.3 Venda sem destinatário Certo

3.4 Consignação Mercantil

3.5 Venda a Ordem (Triangular)

4- Substituição Tributária

4.1 Mercadorias sujeitas asubstituição tributária em MG

4.2 Cálculos Práticos

4.3 Substituição Tributária do Frete

5- Diferencial de Alíquotas

5.1 Diferencial de Alíquotas –Contribuintes

5.2 Diferencial de Alíquotas – NãoContribuintes

Regras de Apuração do ICMS O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação

relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante

cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo DF.

Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido

pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de

bens ou serviços já tributados pelo imposto.

O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto pago

na aquisição de produtos e mercadorias e serviços.

Caso o crédito seja maior que o débito, denomina-se "crédito acumulado".

Reduzir, de forma legal, o montante do ICMS a pagar.

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Exemplo Prático:

Total do ICMS devido pelo sujeito passivo: R$ 80.000,00

Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradasde mercadorias nas NF: R$ 30.000,00.

Valor do ICMS a pagar: R$ 80.000,00 – R$ 30.000,00 = R$ 50.000,00

Créditos Fiscais AdmissíveisÉ assegurado ao sujeito passivo, conforme decreto 43.080/02 (RICMS/02) o direito de creditar-se

do imposto anteriormente cobrado em operações ou prestações resultantes:

• de entrada de mercadoria, real ou simbólica, no seu estabelecimento, inclusive a destinada ao

seu uso, consumo final ou ao ativo imobilizado;

• de serviço de transporte interestadual e intermunicipal utilizado pelo estabelecimento:

remetente de mercadoria, correspondente à operação tributada pelo imposto, contratada

com cláusula CIF;

destinatário de mercadoria, correspondente à operação tributada pelo imposto, contratada

com cláusula FOB;

transportador, quando redespachar ou subcontratar o serviço com outro transportador, ainda

que autônomo, vinculado à execução de serviço de transporte por aquele contratado, desde

que o valor total da prestação tenha sido integralmente tributado pelo contratante e este

proceda à apropriação do crédito de, no máximo, no mesmo percentual aplicado à prestação

de sua responsabilidade (art. 63 § 1º);

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• de serviço de comunicação prestado ao estabelecimento;

• de entrada de mercadoria, real ou simbólica, no seu estabelecimento, inclusive

a destinada ao seu uso, consumo final ou ao ativo imobilizado, realizada sem

aproveitamento de crédito, face a vedação constante na legislação vigente à

época, quando ocorrer a saída com débito do imposto, em proporção

equivalente à quantidade saída;

• das situações descritas nos itens anteriores, em relação ao diferencial de

alíquotas devido nessas operações e prestações.

CONDIÇÕES PARA COMPENSAÇÃO

O direito de crédito, para efeito de compensação com o débito do imposto,reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido a mercadoria ou para o qualtenha sido prestado o serviço, está condicionado à:

• idoneidade da documentação fiscal, emitida por contribuinte em situaçãoregular perante o Fisco, e esteja acompanhada, quando exigido, docomprovante do pagamento do imposto ou de documento de controle previstona legislação tributária;

• escrituração, quando exigida, nos prazos e condições estabelecidos nalegislação tributária;

• observância da correta identificação do destinatário ou usuário, em relação aodocumento de arrecadação que excepcionalmente substituir o documento fiscalpróprio, estabelecido na legislação tributária para a operação ou prestação;

• observância do correto valor destacado no documento fiscal.

ENERGIA ELÉTRICA

Relativamente à energia elétrica e aos serviços de telecomunicação, considera-se como mês da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço, aqueleindicado no documento fiscal como o de vencimento da respectiva conta.

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O crédito do imposto, nas situações a seguir discriminadas, é conferido ao contribuinte quando setratar de consumo de energia elétrica fornecida comprovadamente a ele, ainda que faturado emnome de terceiro.

O direito à apropriação do crédito do ICMS relativo à entrada de energia elétrica noestabelecimento, até 31.12.2019, fica limitado às seguintes situações:

a) quando for objeto de operação de saída por;

b) quando for consumida no processo de industrialização;

c) quando o seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, naproporção destas sobre as saídas ou prestações totais.

Exemplo Prático:

Considerando a hipótese de creditamento prevista na letra “b” acima, se um determinadoestabelecimento industrial definir por meio de um laudo pericial que 80% da energia consumida noestabelecimento está sendo usada no setor produtivo, e 20% no administrativo, então, o direito aocrédito limita-se em relação à energia consumida no setor industrial.

Neste sentido, suponhamos que a nota-fatura da energia elétrica referente a determinado mês foino valor de R$ 30.000,00, e o ICMS destacado com alíquota de 29% foi de R$ 8.700,00, então,temos o seguinte:

Valor da Nota-Fatura: R$ 30.000,00

Alíquota do ICMS: 29%

Valor do ICMS: R$ 8.700,00

Valor passível de aproveitamento: R$ 6.960,00 (R$ 8.700,00 x 80%)

ATIVO IMOBILIZADOA apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao ativo imobilizado é feita àrazão de 1/48 por mês, proporcionalmente aumentada ou diminuída, pro rata die, se o período deapuração for superior ou inferior a 1 mês, devendo ser observado o seguinte:

• a apropriação do crédito é o resultado da multiplicação da razão de 1/48 pelo resultado dadivisão entre o valor das operações e prestações tributadas e o valor total das operações eprestações ocorridas no mesmo período, sendo que:

• as saídas e as prestações com destino ao exterior, consideram-se como sendo tributadas;

• não são computadas no total das operações os valores correspondentes às devoluções e assaídas de mercadorias, desde que retornem ao estabelecimento, tais como: remessa paraarmazém-geral, depósito fechado, industrialização, exposição, feira e conserto;

• a apropriação deve ocorrer a partir do mês de entrada do bem no estabelecimento;

• o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado, quando:

• correr o final do 48º mês, contado da data da entrada do bem no estabelecimento;

• houver a alienação, transferência ou, na hipótese de arrendamento mercantil, restituição dobem antes de completado o 48º mês.

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EXEMPLO PRÁTICO

Contribuinte normal do ICMS, adquiriu um bem para o ativo imobilizado tributado em01/01/2017, no valor de R$ 30.000,00 e com débito de ICMS no documento fiscal deaquisição no valor de R$. 5.100,00 relativamente à alíquota de 17%.

Considere que no mês de janeiro, será o período de apuração em que efetuará o créditoda 1ª parcela, e o contribuinte tenha tido suas saídas totalmente tributadas pelo ICMS.Então, teremos:

1ª Parcela:

Período de Apuração: Janeiro de 2017

Valor do Bem: R$ 30.000,00

ICMS destacado na NF-e (alíquota de 17%): R$ 5.100,00

Valor da Parcela de Crédito do Período: R$ 106,25 (1 ÷ 48 x R$ 5.100,00)

Suponhamos agora que, no mês seguinte, fevereiro/2017, esse contribuinte tenha tidoum total de saídas de R$ 500.000,00, mas apenas R$ 350.000,00 correspondem asaídas tributadas pelo ICMS ou exportações. Nesse caso, ele terá direito ao crédito doimposto referente à 2ª parcela, conforme a seguir:

2ª Parcela:

Período de Apuração: Fevereiro de 2017

ICMS destacado na nota fiscal: R$ 5.100,00

Valor total das saídas: R$ 500.000,00

Valor das saídas tributadas e exportação: R$ 350.000,00

Para calcularmos o fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas eprestações tributadas e o do total das operações de saídas e prestações do período,utilizaremos fórmula:

Fator = 1 ÷ 48 x (total das saídas tributadas + exportações) ÷ total de saídas);

Fator = 1 ÷ 48 x (350.000,00 ÷ 500.000,00) =

Fator = 0,02083 x 0,7 = 0,014581

Valor da parcela a creditar: 0,014581 x R$ 5.100,00 = R$ 74,36

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2ª Parcela:

Período de Apuração: Fevereiro de 2017

ICMS destacado na nota fiscal: R$ 5.100,00

Valor total das saídas: R$ 500.000,00

Valor das saídas tributadas e exportação: R$ 350.000,00

Para calcularmos o fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas eprestações tributadas e o do total das operações de saídas e prestações do período,utilizaremos fórmula:

Fator = 1 ÷ 48 x (total das saídas tributadas + exportações) ÷ total de saídas);

Fator = 1 ÷ 48 x (350.000,00 ÷ 500.000,00) =

Fator = 0,02083 x 0,7 = 0,014581

Valor da parcela a creditar: 0,014581 x R$ 5.100,00 = R$ 74,36

OUTRAS FORMAS DE CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO

Também constitui crédito para efeito de compensação com o débito do imposto, o valor:

• da restituição do indébito tributário sob a forma de aproveitamento de crédito, quando

autorizado pela legislação tributária;

• do imposto correspondente à entrada de mercadoria por devolução, de um contribuinte para

outro, quando acobertada por documento fiscal;

• pago indevidamente, em virtude de erro de fato ocorrido na escrituração dos livros fiscais ou no

preparo do documento de arrecadação, mediante escrituração, no período de sua constatação;

• do imposto destacado na saída de mercadoria não entregue ao destinatário e reintroduzida no

estabelecimento;

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TROCA OU DEVOLUÇÃO DA MERCADORIA

Na entrada de mercadoria proveniente virtude de troca, ou de devolução feita em razão de

garantia de fábrica ou legal, o aproveitamento do crédito fica condicionado (art. 76), no caso de:

• Troca por outra mercadoria, à prova de sua efetivação dentro do prazo de 30 dias, a contar da

data da saída originária;

• devolução, à comprovação da efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento, o prazo

máximo de 90 dias, a contar da data da expedição do documento fiscal relativo à operação

originária.

• se a devolução se referir a mercadoria recebida por repartição pública;

Vale ressaltar que não se considera devolução o retorno da mercadoria para conserto, em razão

de garantia.

APROPRIAÇÃO EXTEMPORÂNEA DO CRÉDITO

O documento fiscal não registrado no período de apuração correspondente à entrada da

mercadoria ou à utilização do serviço pode ter seu registro efetivado pelo contribuinte e,

se for o caso, constituir crédito.

Não exime o contribuinte da responsabilidade por irregularidade verificada em seus livros

fiscais ou contábeis, relativa ao documento vistado, da qual resulte omissão total ou

parcial do pagamento do imposto.

O disposto aplica-se também à situação em que o documento fiscal tenha sido registrado

sem a correspondente escrituração do crédito nele destacado.

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FORMA DE APROPRIAÇÃO

Para a sua apropriação, o contribuinte deverá proceder ao registro dos documentos não

efetuados em época própria, no livro Registro de Entradas, com a utilização das colunas

relativas ao crédito do imposto, se for o caso.

Na hipótese de o documento fiscal ter sido escriturado, sem, contudo, os respectivos

créditos serem apropriados, o contribuinte deverá proceder a apropriação diretamente no

livro Registro de Apuração, na coluna "Outros Créditos", mencionando o motivo do

lançamento extemporâneo, bem como o documento ao qual o crédito se refere

comunicando ao fisco pelo prazo de 05 dias.

PRESCRIÇÃO

O direito ao crédito extingue-se depois de decorridos 5 anos, contados da data de

emissão do documento que lhe deu origem.

Assim, o contribuinte possui o direito de apropriar-se do crédito destacado em

documento fiscal correspondente pelo prazo de 5 anos, de maneira que, após

esse prazo, perde o direito.

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Diferença a Maior na NF

Para melhor ilustrar este subitem consideremos uma operação em que o contribuinte

remetente, erroneamente fez o destaque no documento fiscal, considerando o ICMS

maior que o devido naquela operação. Hipoteticamente os valores são os seguintes:

Documento fiscal Errado:

Valor da Operação: R$ 1.000,00

Frete CIF: R$ 200,00

Base de Cálculo: R$ 1.200,00

Alíquota do ICMS destacada errada: 17%

EXEMPLOS PRÁTICOS

Alíquota do ICMS Oper. Inter. : 12%

ICMS destacado errado: R$ 204,00

ICMS que deveria ser destacado: R$ 144,00

Diferença destacado a maior: R$ 60,00

Considerando os dados acima, percebe-se que houve o destaque a maior do ICMS,

uma vez que a alíquota do imposto nesta operação é de 12% e erroneamente foi feito

pelo contribuinte remetente o destaque de 17%. Assim sendo, o contribuinte

adquirente dessa mercadoria deve limitar a apropriação do crédito do ICMS a 12%

por cento, visto, que essa é a alíquota da operação. Ou seja, ao invés de apropriar

R$ 204,00 que foi o valor destacado no documento fiscal, deverá apropriar apenas

R$ 144,00, valor este que faz jus à operação e consequentemente à apropriação.

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Diferença a Menor na NF

Na hipótese, de o remetente destacar o imposto a menor, o contribuinte deverá

solicitar um documento fiscal complementar com o destaque da diferença do imposto,

para fazer jus à apropriação do crédito. Hipoteticamente essa operação é tratada da

seguinte forma:

Imaginemos uma operação interna de venda de mercadoria cuja alíquota deveria ser

de 17% e o contribuinte remetente destacou a alíquota de 12%, ou seja, fez o

destaque de uma alíquota menor do que a devida na operação. Nesse sentido, o

contribuinte destinatário para efeito de apropriação do crédito do ICMS no

equivalente aos 17% deverá solicitar ao remetente uma nota fiscal complementar de

ICMS com a diferença relativa a 5%.

Documento fiscal Errado:

Valor da Operação: R$ 1.000,00

Frete CIF: R$ 200,00

Base de Cálculo: R$ 1.200,00

Alíquota do ICMS destacada errada: 12%

Alíq. do ICMS Oper. Interna. : 17%

ICMS destacado errado: R$ 144,00

ICMS que deveria ser destacado: R$ 204,00

Diferença destacado a menor: R$ 60,00

Obs.: A diferença a menor do crédito prevista no cálculo acima, cujo valor é de R$

60,00, poderá ser apropriada, desde que, o contribuinte destinatário solicite ao

remetente o documento fiscal complementar com o crédito do ICMS.

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Os benefícios fiscais estaduais tratados do Decreto 43.080/02 anexo I e IV, exigem para sua

aplicabilidade interpretação precisa para sua utilização, sendo assim vale enfatizar que tratar de

benefícios fiscais requer precaução e segurança.

Benefícios Fiscais

Tipos de Benefícios Fiscais:

I. A isenção;

II. A redução da base de cálculo do imposto;

Para os efeitos da legislação tributária, equipara-se a benefício fiscal e sujeita-se às exigênciaspara este requeridas, a concessão, sob qualquerforma, condição ou denominação, de quaisqueroutros incentivos, benefícios ou favores, dosquais resulte, direta ou indiretamente, dilação doprazo para pagamento do ICMS ou exoneração,dispensa, redução, eliminação, total ou parcial,do ônus do imposto devido na respectivaoperação ou prestação, mesmo que ocumprimento da obrigação vincule-se àrealização de operação ou prestação posteriorou, ainda, a qualquer outro evento futuro.

Para melhor visualizar o disposto acima suponhamos que determinado frigorífico tenha

adquirido gado vivo junto a produtor rural, operação esta contemplada com isenção do ICMS,

condicionante para a fruição do benefício do crédito outorgado. Após o abate do animal, o

estabelecimento frigorífico procedeu a venda da carne em operação interestadual com

destino a contribuinte do ICMS (atacadista de carnes), nos seguintes parâmetros:

Valor dos Produtos R$ 200.000,00Alíquota Interestadual 7%Benefício Fiscal Red. de BC para o Equivalente a 5%Percentual de Determinação da Base de Cálculo do ICMS 71,43% (5% /7%)Base de Cálculo do ICMS R$ 142.860,00Valor do ICMS a Destacar no Documento Fiscal R$ 10.000,20

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Espécies de Industrialização por encomenda

A industrialização por encomenda caracteriza-se como uma operação em que,

determinado estabelecimento remete insumos (matéria-prima, produto

intermediário e material de embalagem) a um estabelecimento industrial, para

que este submeta estes insumos a um processo industrial e retorne esses

produtos industrializados ao estabelecimento encomendante.

A prática mais frequente neste tipo de operação, é a situação em que o próprio

estabelecimento encomendante remete os insumos ao estabelecimento industrial

e este retorna o produto acabado ao estabelecimento encomendante.

Porém neste tópico iremos tratar também da operação de industrialização por

encomenda, quando a mercadoria a ser utilizada como matéria prima for

entregue ao industrializador diretamente pelo fornecedor (sem transitar pelo

estabelecimento do adquirente) (anexo IX – decreto 43.080/02);

Insumos Enviados pelo Encomendante Diretamente ao Industrializador

NF1 - Remessa para IndustrializaçãoCFOP: 5.901/6.901

NF2- Retorno da Industrialização:CFOP: 5.902/6.902

Industrialização por Encomenda:CFOP: 5.124/6.124

Retorno da Matéria Prima não Aplicada na Industrialização:CFOP: 5.903/6.903

Registro na EntradaCFOP: 1.901/2.901

Registro na EntradaCFOP: 1.902/2.902

1.124/2.1241.903/2.903

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NF1: Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento autor da encomenda

O estabelecimento autor da encomenda emite nota fiscal de saída escriturada normalmente, no

livro Registro de saídas, conforme orientações abaixo:

• sem destaque do imposto no documento fiscal;

• no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), o código 5.901 ou 6.901.

Observação: Nota fiscal de remessa para industrialização, sem ICMS.

NF2: Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento industrializador

A saída dos produtos resultantes da industrialização, o estabelecimento industrial deverá emitir

nota fiscal em nome do encomendante:

• Nota Fiscal de Retorno: retorno simbólico dos insumos recebidos para industrialização; com a

qualificação do remetente das matérias-primas; no campo "Código Fiscal de Operações e

Prestações (CFOP), o código 5.902/6.902.

• Nota Fiscal de industrialização: com destaque de ICMS, se devido, calculado sobre o valor

agregado para o produto acabado; no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações

(CFOP), o código 5.124/6.124.

• Nota Fiscal de Retorno de insumos não aplicados: com a qualificação do remetente das

matérias-primas; sem destaque de ICMS; no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações

(CFOP), o código 5.903/6.903.

Insumo Entregue ao Industrializador Diretamente pelo Fornecedor (Sem Transitar pelo Estabelecimento do Adquirente)

Na operação em que um estabelecimento mandar industrializar mercadoria, com fornecimento de

matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, remetido ao industrializador, sem

transitar pelo estabelecimento adquirente, devem ser observados os seguintes procedimentos:

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1- Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento fornecedor

1º Passo:

• emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente;

• o destaque do imposto, se este for devido;

• CFOP: 5.122/6.122 ou 5.123/6.123 - Venda de produção do estabelecimento remetida para

industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento do

adquirente.

2º Passo:

• emitir nota fiscal em nome do estabelecimento industrializador, para acompanhar as matérias-

primas;

• Sem destaque do imposto;

• com a qualificação do adquirente, por cuja conta e ordem é feita a remessa;

• a indicação, pelo número, série, se houver, data;

• CFOP: 5.924/6.924 - Remessa para industrialização por conta e ordem do adquirente da

mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente.

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Observações:

2- Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento industrializador

A saída dos produtos resultantes da industrialização, o estabelecimento industrial deverá emitir

nota fiscal em nome do encomendante:

• Nota Fiscal de Retorno: o valor da mercadoria recebida para industrialização, sobre o qual

não haverá destaque do imposto com a utilização dos CFOP 5.902 (interna) ou 6.902

(interestadual);

Nota Fiscal de industrialização: o valor agregado no respectivo processo,

assim entendido o preço efetivamente cobrado do encomendante, nele se

incluindo o valor do serviço prestado e dos demais insumos não fornecidos pelo

encomendante, sobre o qual deve ser destacado o imposto, se devido, aplicando-

se a mesma tributação, definida em legislação, para o produto final - CFOP

5.125/6.125;

Nota Fiscal de Retorno de insumos não aplicados: com a qualificação do

remetente das matérias-primas; sem destaque de ICMS; no campo "Código

Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), o código 5.903/6.903.

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3.2 Venda para Entrega Futura

A operação de venda para entrega futura é a venda de mercadoria já produzida ou

adquirida, mas que, por conveniência ou interesse do comprador, continua em poder da

vendedora, transformando-se esta em mera depositária da mercadoria vendida.

Na venda para entrega futura, pode ser emitida nota fiscal, sem destaque do imposto, na

qual deve-se mencionar que a sua emissão se destina a simples faturamento, hipótese

em que o ICMS deve ser pago por ocasião da efetiva saída da mercadoria do

estabelecimento vendedor” (art. 40 do Convênio SINIEF de 1970).

Por ocasião da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor deve emitir

nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do valor do imposto, quando devido,

indicando-se além dos requisitos exigidos, como natureza da operação, REMESSA -

ENTREGA FUTURA, bem como número, data e valor da operação da nota fiscal relativa

ao simples faturamento, utilizando-se dos seguintes CFOP’s, conforme o caso:

NF1: Simples faturamento sem ICMS - CFOP: 5.922/6.922

NF2: Remessa de entrega futura com ICMS: CFOP: 5.116/6.116 - produção própria CFOP: 5.117/6/117 - adquirida para revenda

Observação: NF1: Nota "Simples Faturamento - Entrega Futura" sem destaque de ICMS (art. 31 do Anexo XII do RCTE). Emissão opcional somente para efeito financeiro. NF2: Nota fiscal de "Remessa - Entrega Futura". Acoberta a efetiva entrega da mercadoria com destaque de ICMS, se devido e dados da NF1 (modelo, série, número, data da emissão, valor total).

Registro de entrada da NF1: CFOP 1.922/2.922

Vendedor

Adquirente

Registro de entrada da NF2:

CFOP 1.116/2.116 - para

industrialização: CFOP 1.117/2.117 comercialização

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3.4 Consignação Mercantil

Consignação Mercantil é a operação entre duas empresas em que a primeira,

chamada consignante, fornece mercadoria a outra, chamada consignatário, para

que seja vendida por ele, com prazo determinado ou não.

Consignação: é a operação pela qual o contribuinte envia mercadoria a outro

contribuinte para ser comercializada por sua conta (Ajuste SINIEF 2/93).

• Consignante ou consignador: é o remetente da mercadoria;

• Consignatário: é o recebedor da mercadoria;

Consignante ou

ConsignadorConsignatário

NF3: Devolução simbólica de mercadoria recebida

anteriormente em consignação. CFOP: 5.919/6.919.

NF1: Remessa em consignação: CFOP: 5.917/6.917

Terceiro

NF2: Venda de mercadoria

anteriormente em consignação.

CFOP: 5.115/6.115

NF4: Simples faturamento - Venda de mercadoriaremetida anteriormente em consignação mercantil.

CFOP: 5.113/6.113 (produção); 5.114/6.114 (revenda)

NF5: Devolução de mercadoria em consignação não vendida. CFOP: 5.918/6.918

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1. REMESSA DAS MERCADORIAS

Na remessa da mercadoria em consignação mercantil o consignante deve:

a) Emitir nota fiscal de "Remessa em Consignação Mercantil";

b) com destaque do ICMS e do IPI, quando devidos, sendo a base de cálculo igual ao valor da

operação;

c) CFOP: 5.917 ou 6.917;

Observação: o consignatário deve lançar a nota fiscal de remessa em consignação mercantil, no

livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto, quando permitido;

2. FATURAMENTO

Na venda da mercadoria remetida a título de consignação mercantil o consignatário deve:

a) Emitir nota fiscal de "VENDA DE MERCADORIA RECEBIDA EM CONSIGNAÇÃO";

b) com destaque do ICMS, tendo como base de cálculo o valor da operação de que decorrer a

venda;

c) CFOP: 5.115 ou 6.115;

3. DEVOLUÇÃO SIMBÓLICA PELO CONSIGNATÁRIO

A devolução simbólica ocorrerá quando a mercadoria anteriormente enviada em consignação for

efetivamente vendida pelo consignatário.

O consignatário emitirá a nota fiscal de devolução simbólica da mercadoria ao consignante, das

quantidades efetivamente vendidas, contendo:

a) Emitir nota fiscal de "DEVOLUÇÃO SIMBÓLICA DE MERCADORIA RECEBIDA

ANTERIORMENTE EM CONSIGNAÇÃO", com a expressão: "Nota Fiscal emitida em função de

venda de mercadoria recebida em consignação pela nota fiscal nº XX" (modelo, série, número e

data da emissão), no campo Informações Complementares.

b) CFOP: 5.919/6.919.

Observação: a nota fiscal de devolução simbólica de mercadoria recebida em consignação deve

ser registrada, no livro Registro de Entradas do consignante, apenas nas colunas "Documento

Fiscal" e "Observações", indicando nesta a expressão: "Compra em Consignação" e dados da

Nota Fiscal 2 (MODELO (modelo, série, nº e data de emissão);

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4. DOCUMENTO FISCAL DE VENDA PELO CONSIGNANTE – SIMPLES FATURAMENTO

O faturamento pelo consignante das mercadorias enviadas em consignação, será efetuado após o

envio da nota fiscal de devolução simbólica emitida pelo consignatário.

O consignante deve:

a) Emitir nota fiscal de "Venda";

b) sem destaque do ICMS e do IPI;

c) CFOP 5.113/6.113 ou 5.114/6.114; contendo a expressão: SIMPLES FATURAMENTO DE

MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de

emissão), sendo o valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria

efetivamente vendida, neste incluído, quando for o caso, o valor relativo ao reajuste do preço;

Observação: O consignante deve lançar a Nota Fiscal 4, no livro Registro de Saídas, apenas nas

colunas DOCUMENTO FISCAL e OBSERVAÇÕES, indicando nesta a expressão: VENDA EM

CONSIGNAÇÃO - e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de emissão) -.

4. DEVOLUÇÃO MERCADORIA NÃO VENDIDA

A devolução efetiva da mercadoria ocorrerá quando da devolução física da mercadoria, parcial ou

total, recebida anteriormente em consignação, quando não ocorrer à comercialização pelo

consignatário.

Devolução da Mercadoria Recebida em Consignação e não Vendida o consignatário deve:

a) Emitir nota fiscal de Devolução de Mercadoria Recebida em Consignação;

b) com destaque o ICMS e indicação do IPI nos valores debitados, por ocasião da remessa em

consignação, quando devidos;

c) natureza da operação: "Devolução de Mercadoria Recebida em Consignação"; CFOP:

5.918 ou 6.918;

d) e a expressão: DEVOLUÇÃO (PARCIAL OU TOTAL, CONFORME O CASO) DE

MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de

emissão), sendo a base de cálculo, o valor da mercadoria efetivamente devolvida, sobre o qual foi

pago o imposto;

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3.5 Venda a Ordem (Triangular)Venda à ordem é a denominação dada à operação cuja mercadoria permanece na

posse do vendedor e será entregue, por conta e ordem do adquirente, a outro

estabelecimento da mesma empresa ou em estabelecimento de terceiros.

Na venda à ordem, há três figuras: duas empresas e um destinatário que poderá ser

pessoa natural ou jurídica, contribuinte ou não do ICMS.

Normalmente, esta operação ocorre quando, o adquirente original efetua a aquisição

de qualquer mercadoria, porém esta mercadoria não transita pelo seu

estabelecimento, sendo entregue pelo fornecedor, por conta e ordem do adquirente

original, para um terceiro envolvido, o chamado destinatário da mercadoria.

Na operação de venda à ordem, por ocasião da entrega global ou parcial da

mercadoria a terceiro, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

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1. ADQUIRENTE ORIGINAL

Nota Fiscal de Venda pelo adquirente original:

a) emitir nota fiscal em nome do destinatário da mercadoria;

b) com destaque do imposto quando devido;

c) CFOP: 5.120/6.120; natureza da operação venda de mercadoria adquirida ou recebida de

terceiros entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em venda à ordem, consignando-se,

além dos requisitos exigidos, nome do titular, endereço e números de inscrição, estadual e no

CNPJ, do estabelecimento que irá promover a remessa da mercadoria (dados do fornecedor) –

2. REMESSA POR CONTA E ORDEM DO ADQUIRENTE ORIGINAL

Nota fiscal de remessa por conta e ordem do adquirente original:

a) emitir nota fiscal em nome do destinatário, para acompanhar o transporte da mercadoria;

b) sem destaque do valor do imposto;

c) CFOP: 5.923/6.923; natureza da operação REMESSA POR CONTA E ORDEM DE

TERCEIROS, número, série e data da nota fiscal de venda do adquirente originário, bem como o

nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente (dados do

adquirente originário);

3. VENDA ORIGINAL

Venda original - remessa simbólica em venda à ordem:

a) emitir nota fiscal em nome do adquirente original;

b) com destaque do imposto, se este for devido;

c) CFOP: 5.118/6.118 (produção própria) ou 5.119/6.119, em se tratando de mercadoria adquirida

de terceiros; natureza da operação, REMESSA SIMBÓLICA - VENDA À ORDEM, número e série

da nota fiscal de remessa por conta e ordem do adquirente original (Ajuste/SINIEF 01/87).

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4- Substituição Tributária

A responsabilidade pelo pagamento do ICMS, como regra, é da pessoa que promove

a circulação de mercadorias ou a prestação de serviços sujeitos ao imposto.

A substituição tributária pode ser aplicada às operações ou prestações anteriores

(diferimento), concomitantes ou subsequentes.

O Convênio ICMS nº 81/1993 estabelece normas gerais a serem aplicadas ao regime

de substituição tributária, instituído por acordos firmados entre os Estados e o DF

(convênios ou protocolos), podendo as Unidades da Federação (UF) estabelecer

normas específicas ou complementares às descritas neste procedimento.

Ressaltamos que o Convênio ICMS n° 81/1993 teve sua vigência até o dia

31.12.2017. A partir de 1º.01.2018 entra em vigor o Convênio ICMS n° 52/2017 que

passa a disciplinar a substituição tributária.

Contribuintes substituto e substituídoContribuinte substituto (ou sujeito passivo por substituição) é aquele que a legislação determina

como responsável pelo recolhimento do imposto em relação às operações subsequentes.

Contribuinte substituído é aquele que recebe a mercadoria cuja retenção antecipada do ICMS já

tenha ocorrido em etapa anterior.

Não aplicação da substituição tributáriaO regime de substituição tributária não se aplica:

• às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma

mercadoria;

• às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por

substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto

recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa

diversa.

• mercadorias ou bens relacionados no Convênio ICMS n° 149/2015, se fabricados em escala

industrial não relevante (Simples Nacional)

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CESTO Cest deverá constar no documento fiscal a partir de:

a) 1º.07.2017, para a indústria e o importador;

b) 1º.10.2017, para o atacadista; e

c) 1º.04.2018, para os demais segmentos econômicos.

O Cest está previsto no Convênio ICMS nº 92/2015 , e a partir de 1º.01.2018 no convênio ICMS n°

52/2017 , que estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e dos

bens passíveis de sujeição ao regime de substituição tributária e de antecipação de recolhimento

com o encerramento da tributação, relativos às operações subsequentes.

Notas:(1) A Nota Técnica nº 3/2015 alterou o leiaute da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), para atender ànecessidade de identificar o Cest nas operações com mercadorias passíveis de aplicação doregime de tributação.(2) O Convênio ICMS nº 92/2015 foi revogado pelo Convênio ICMS nº 52/2017 , nos termos dacláusula trigésima terceira, III, na redação dada pelo Convênio ICMS nº 62/2017 , com efeitos apartir de 1º.01.2018.

Mercadorias sujeitas a substituição tributária

Em MG as mercadorias sujeitas a substituição tributária por convênio ou protocolo

estão listadas dos incisos XV do Decreto nº 43.080/02 – RICMS/02 – MG, a seguir:

1- Autopeças2- Bebida4- Cigarro e outros Produtos derivados do fumo5- Cimento6- Combustíveis e Lubrificantes7 - Energia Elétrica8 – Ferramentas9 – Lâmpadas, reator e "starter“10 - Material de construção11 – Material de Limpeza12 - Material elétrico*13 – Medicamentos14 – Papéis, Plásticos, Produtos Cerâmicos eVidros

15 – Plásticos16 - Pneumático17 – Produtos Alimentícios18 – Produtos de Papelaria20 – Produto Perfumaria, Higiene e Cosméticos21 – Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônico eEletrodomésticos22 - Ração tipo "pet" para animais domésticos*23 – Sorvetes24 - Tinta e Verniz25 - Veículo Automotor novo e de 02 Rodas27 - Vidros28 - Marketing direto

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MVA Original e AjustadaMVA Original:

Deve ser utilizada em operações internas por remetentes do regime normal e optantes

pelo simples nacional; e em operações interestaduais por remetentes optantes pelo

Simples Nacional, conforme dispõe o Convênio ICMS nº 35/2011 e § 2º da Cláusula

décima primeira do Convênio ICMS nº 52/2017.

MVA Ajustada:

Deve ser utilizada em operações interestaduais por empresas do regime normal de

tributação:

Cálculo da MVA Ajustada:

A MVA Ajustada será determinada com a aplicação da seguinte fórmula:

MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100

Onde:

• MVA ajustada" é o percentual correspondente à margem de valor agregado a ser

utilizada para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na operação

interestadual;

• "MVA-ST original" é o coeficiente correspondente à margem de valor agregado

estabelecida na legislação da unidade federada de destino ou previsto nos respectivos

convênios e protocolos;

• "ALQ inter" é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à

operação;

• "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga

tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte

substituto da unidade federada de destino.

VAMOS A UM EXEMPLO PRÁTICO:

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Consideremos as seguintes informações:

• MVA-ST original: 35%

• Alíquota Inter: 7%

• Alíquota Intra: 17%

MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100

MVA ajustada = {[(1+ 0,35) x (1 – 0,07) / (1 – 0,17)] -1} x 100

MVA ajustada = {[1,35 x 0,93 / 0,83] -1} x 100

MVA ajustada = {1,5127 -1} x 100

MVA ajustada = 0,5127 x 100

MVA ajustada = 51,27%

4.2 Cálculos PráticosVamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:

• Empresa Goiana: Comércio Varejista de Tintas; adquirindo mercadoria nacional

para revenda do estado de Minas Gerais.

• Valor das mercadorias: R$ 5.000,00

• Frete: R$ 1.000,00

• ICMS Normal destacado na nota fiscal: 7%

• Alíquota Interna Destino: 17%

• MVA – Ajustada: 51,27%

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CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 5.000,00 + R$ 1.000,00) + 51,27%}

BC ICMS-ST = R$ 6.000,00 + 51,27%

BC ICMS-ST = R$ 9.076,20

ICMS-ST = R$ 9.076,20 x 17%

ICMS-ST = R$ 1.542,95 – R$ 420,00

ICMS-ST = R$ 1.122,95

O responsável pela retenção, apuração e pagamento do ICMS-ST é o remetente damercadoria, sendo assim, na nota fiscal de aquisição tal valor será destacado emcampo próprio e comporá o valor total da nota fiscal. Porém se por qualquer motivoo remetente deixar de reter o imposto o destinatário como responsável solidáriodeverá calcular e recolher o ICMS-ST pela entrada da mercadoria em seuestabelecimento.

2º CASO PRÁTICO:

Vamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:

• Remetente Optante pelo Simples Nacional, vendendo laminas debarbear para empresa de Tocantins que irá revender a mercadoria;

• Valor da mercadoria: R$ 3.000,00

• Frete: R$ 1.200,00

• Despesas acessórias: R$ 200,00

• IPI: R$ 440,00

• Alíquota interestadual origem: 12%

• Alíquota interna destino: 18%

• MVA Original: 30%

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CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 3.000,00 + R$ 1.200,00 + R$ 200,00 + R$ 440,00) + 30%}

BC ICMS-ST = R$ 4.840,00 + 30%

BC ICMS-ST = R$ 6.292,00

ICMS-ST = R$ 6.292,00 x 18%

ICMS-ST = R$ 1.132,56 – R$ 528,00

ICMS-ST = R$ 604,56

O IPI não compõe base de cálculo do ICMS Normal quando a mercadoria édestinada a comercialização, industrialização ou produção.

A base de cálculo do ICMS ST é o preço da mercadoria acrescida dos valorescorrespondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, adicionada da MVA aplicável a operação.

3º CASO PRÁTICO:

Vamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:

• Remetente Regime Normal, revendendo aparelho celular para

empresa revendedora em São Paulo;

• Valor da mercadoria: R$ 10.000,00

• Frete: R$ 500,00

• Despesas acessórias: R$ 75,00

• Alíquota interestadual origem: 4% (mercadoria estrangeira)

• Alíquota interna destino: 18%

• MVA Ajustada: 26,07%

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CALCULANDO A MVA AJUSTADA:

MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100

MVA ajustada = {[(1+ 0,09) x (1 – 0,04) / (1 – 0,18)] -1} x 100

MVA ajustada = {[1,09 x 0,96 / 0,82] -1} x 100

MVA ajustada = {1,2761 -1} x 100

MVA ajustada = 0,2761 x 100

MVA ajustada = 27,61%

CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 10.000,00 + R$ 500,00 + R$ 75,00) + 27,61%}

BC ICMS-ST = R$ 10.575,00 + 27,61%

BC ICMS-ST = R$ 13.494,75

ICMS-ST = R$ 13.494,75 x 18%

ICMS-ST = R$ 2.429,05 – R$ 423,00

ICMS-ST = R$ 2.006,05

Neste caso o ICMS-ST deverá ser recolhido por meio de GNRE instantaneamente.

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5.1 Diferencial de Alíquotas – ContribuintesO fato gerador do Diferencial de Alíquotas é a entrada de mercadoria ou bem oriundo de outro

Estado destinados a estabelecimento de contribuinte para seu uso, consumo final ou integração

ao ativo imobilizado.

O valor a ser recolhido será obtido pela aplicação da diferença entre a alíquota interna em MG e a

interestadual aplicável no Estado de origem sobre a base de cálculo.

Vejamos um exemplo prático:

Base de cálculo conforme art. 65, III:

BCDIFAL= VTNANTES DIFAL / 1 – AICMS INTRA

Onde:

BCDIFAL = base de cálculo do diferencial de alíquotas;

VTNANTES DIFAL = valor total da nota antes da obtenção do valor do diferencial de alíquotas;

AICMS INTRA = alíquota prevista para as operações ou prestações internas;

No caso da alíquota interestadual aplicável à operação de saída para MG seja de 7% (Regiões

Sul, Sudeste, exceto Espírito Santo) e alíquota interna 17%, considerando-se um valor da

operação de R$1.000,00 (já incluído o IPI), teríamos:

Base de cálculo do DIFAL= 1.000/ (1-0,17) = 1.204,82

Diferença entre alíquota interna e interestadual = 17 – 7 = 10%

ICMS diferencial de alíquotas = 1.204,82 * 10% = 120,48;

As empresas do regime normal devem recolher o diferencial de alíquotas juntamente com o ICMS

normal devido no período, o qual deverá ser lançado como Ajuste de Débito na apuração ICMS do

SPED Fiscal.

Já as empresas optantes pelo simples nacional devem recolher o diferencial de alíquotas no prazo

definido pela legislação estadual.

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5.2 Diferencial de Alíquotas – Não ContribuintesAtravés da Emenda Constitucional 87/2015 foi instituído, com vigência a partir de 2016, o

“Diferencial de Alíquotas do ICMS a Consumidor Final não Contribuinte”.

Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,

contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota

interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto

correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota

interestadual.

RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO DIFAL

A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a

alíquota interna e a interestadual será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto

O imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será

partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:

ANO DESTINO ORIGEM

2016 40% 60%

2017 60% 40%

2018 80% 20%

2019 100% 0%

ADICIONAL AO FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA - COM AS

NOVAS REGRAS ESTABELECIDAS PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015,

QUE PRODUZIRÁ EFEITOS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2016

Em relação ao calculo do DIFAL previsto na emenda constitucional nº 87/2015, se houver

incidência de adicional de ICMS destinado ao fundo de combate a pobreza este deverá

ser considerado para o calculo do ICMS “por dentro” e recolhido separadamente para o

Estado de destino.

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FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA

O adicional de até 2% (dois por cento) destinado ao Fundo de Combate a

Pobreza, deve ser levado em conta no cálculo do diferencial relativo as

mercadorias relacionadas neste Estado.

EXEMPLO:

Então, se a alíquota prevista para determinada operação interna neste Estado for

19% (dezenove por cento), nesta incluído adicional de 2% (dois por cento), o

cálculo deverá ser feito utilizado percentual de 17% (dezessete por cento) e 2%

(dois por cento), separadamente.

EXEMPLO PRÁTICO

O ICMS devido ás unidades federadas de origem e destino deve ser calculado,

conforme disposto na cláusula segunda do Convênio ICMS 93/2015, por meio da

aplicação das seguintes fórmulas:

ICMS origem = BC x ALQ inter

ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem

Onde:

BC = base de cálculo do imposto, observadas regras para composição da base

de cálculo;

ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação;

ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de

destino.”

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EXEMPLO PRÁTICO

Mercadoria destinada a Goiás cuja alíquota interna seja 17% e sendo o Estado

de origem Minas Gerais e o valor da operação (somado todos os custos, inclusive

o próprio ICMS) no valor de R$1.000,00, temos:

• Base de cálculo (com ICMS) = 1.000

• ICMS origem = BC x ALQ inter = 1.000 * 7% = 70,00

• ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem = (1.000 * 17%) – 70,00 =

100,00

Dessa forma, o recolhimento desse valor fica assim:

no ano de 2016: 40,00 para Goiás e 60,00 para Minas Gerais;

no ano de 2017: 60,00 para Goiás e 40,00 para Minas Gerais;

no ano de 2018: 80,00 para Goiás e 20,00 para Minas Gerais;

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Capitulo 5 - Simples Nacional -Regras 2018

1- Conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

2- Receita Bruta

3- Devolução de Mercadoria

4- Cancelamento (Anulação) fora do período de Apuração

5- Sublimites para o ISS e ICMS

6- Anexos vigentes a partir de 01/01/2018

7- Determinação das alíquotas efetivas

8- Fator “r”

9- Prazo para Opção no Simples Nacional

10- Vedação a Opção pelo Simples Nacional

11- Novo Diferencial de Alíquotas do Simples Nacional

1- Conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

Para os efeitos da LC 123/06, consideram-se ME ou EPP, a sociedade empresária, a

sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI e o

empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406/02, devidamente registrados

no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,

conforme o caso, desde que aufira em cada ano-calendário, receita bruta:

ME Aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00

EPPAufira em cada ano-calendário, receita bruta

superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (a partir de 2018)

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No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites descritosanteriormente serão proporcionais ao número de meses em que a ME ou a EPPhouver exercido atividade, inclusive as frações de meses.

ExemploExemplo PráticoPrático::

Determinada empresa iniciou atividades no dia 02 de agosto de 2018, paradeterminação dos limites proporcionais de ME e EPP devemos considerar aquantidade de 05 (cinco) meses.

Início de Atividade:

EntãoEntão teremosteremos::

ME: 360.000,00 ÷ 12 x 05 = R$ 150.000,00

EPP: 4.800.000,00 ÷ 12 x 05 = R$ 2.000.000,00

15/01/2018 Opção pelo Simples Nacional

Podem optar pelo Simples Nacional as ME e EPP que não incorram em nenhuma das vedaçõesprevistas na LC 123/06.

1 - EMPRESAS EM ATIVIDADE

Para as empresas já em atividade, a solicitação de opção poderá ser feita em janeiro/2019, até oúltimo dia útil (31/01/2019). A opção, se deferida (aceita), retroagirá a 01/01/2019.

2 - EMPRESAS EM INÍCIO DE ATIVIDADE

Para empresas em início de atividade, o prazo para solicitação de opção é de 30 dias contados doúltimo deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde que não tenhamdecorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ. Quando deferida, a opção produzefeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês dejaneiro do ano-calendário seguinte.

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3 - SOLICITAÇÃO DE OPÇÃO E CANCELAMENTO PELA INTERNET

A solicitação é feita somente na internet, por meio do Portal do Simples Nacional (em Simples -Serviços > Opção > Solicitação de Opção pelo Simples Nacional), sendo irretratável para todo oano-calendário. Durante o período da opção, é permitido o cancelamento da solicitação da Opçãopelo Simples Nacional, salvo se o pedido já houver sido deferido. O cancelamento não é permitidopara empresas em início de atividade.

4 - REGULARIZAÇÃO DE PENDÊNCIAS – DENTRO DO PRAZO DE OPÇÃO

Enquanto não vencido o prazo para a solicitação da opção, o contribuinte poderá regularizareventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional.

Parcelamento de débitos do Simples Nacional

O pedido de parcelamento pode ser feito no Portal do Simples Nacional ou no Portal e-CAC da RFB,no serviço “Parcelamento – Simples Nacional”.

OCUPAÇÕES SUPRIMIDAS PARA O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)

A partir de 2018 deixarão de ser autorizadas para o MEI as seguintes ocupações:

• Arquivista de Documentos;• Contador(a)/Técnico(a) Contábil; e• Personal Trainer.

O MEI que atue nessas atividades terá que solicitar seu desenquadramento noPortal do Simples Nacional.

O desenquadramento de ofício dessas ocupações por parte das administraçõestributárias poderá ser efetuado a partir do segundo exercício subsequente àsupressão da referida ocupação.

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3- PROFISSIONAIS CONTRATADOS POR MEIO DE PARCERIA

Os valores repassados aos profissionais (Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,

Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador) de que trata a Lei nº 12.592/12,

contratados por meio de parceria, nos termos da legislação civil, NÃO

INTEGRARÃO a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação,

cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo

contratado.

Para melhor esclarecimento, segue exemplo:

Considere que a empresa “SEMPRE LINDA LTDA” cuja atividade é de “EMBELEZAMENTO

CAPILAR” tenha prestado serviços de cabeleireiro para o cliente “fulano de tal” pelo valor de R$

1.000,00 (Hum mil reais). Considere ainda que a empresa tenha feito contrato por meio de

parceria com um profissional que preste serviço de cabelereiro e que em relação a esse serviço

tenha repassado ao profissional cabelereiro um valor de R$ 400,00. Então, de acordo com o §

1º-A do artigo 13 da LC nº 123/06, a receita bruta da empresa será de:

Exemplo:

Prestação de serviços de Cabelereiro R$ 1.000,00

Valor a repassar ao profissional cabelereiro R$ (400,00)

Receita bruta passível de tributação no Simples Nacional R$ 600,00

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SALÕES DE BELEZA

A partir de 2018, os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei nº12.592/12, contratados por meio de parceria, não integrarão a receita bruta daempresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retençãoe o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado.

Foram criadas duas novas figuras, o salão-parceiro e o profissional-parceiro.

O salão-parceiro não poderá ser MEI.

Regras para Emissão das Notas Fiscais

O salão-parceiro deverá emitir ao consumidor documento fiscal unificado relativoàs receitas de serviços e produtos neles empregados, discriminando-se as cotas-parte do salão-parceiro e do profissional parceiro, bem como o CNPJ deste.

O profissional-parceiro emitirá documento fiscal destinado ao salão-parceirorelativamente ao valor das cotas-parte recebidas.

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TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS

A receita obtida pelo salão-parceiro e pelo profissional-parceiro deverá ser tributadana forma prevista:

• no Anexo III da LC 123/2006, quando aos serviços e produtos nelesempregados, e

• no Anexo I da LC 123/2006, quanto aos produtos e mercadoriascomercializados.

Será considerada como receita auferida pelo MEI que atue como profissional-parceiro a totalidade da cota-parte recebida do salão-parceiro.

Impostos e Contribuições Abrangidos pelo Simples Nacional

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IMPOSTOS: CONTRIBUIÇÕES:Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica-IRPJ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

Imposto sobre Produtos Industrializados – IPIexceto na operação com importação

Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial (COFINS), exceto na operação comimportação

Imposto sobre Operações Relativas à Circulaçãode Mercadorias e sobre Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação (ICMS)

Contribuição para o PIS/Pasep, exceto naoperação com importação

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza(ISS)

Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para aSeguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, deque trata o art. 22 da Lei n º 8.212, de 24 de julhode 1991

2- Receita Bruta

Considera-se Receita BrutaReceita Bruta, para fins da definição de ME

e EPP:

o resultado nas operações em conta alheia.

o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria;

o preço dos serviços prestados; e

Não se incluí na receita bruta as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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COMPÕEM TAMBÉM A RECEITA BRUTA:

• o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou

serviços ou destacado no documento fiscal;

• as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;

• os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou

gozo; e

• as verbas de patrocínio.

NÃO COMPÕEM A RECEITA BRUTA:

• a venda de bens do ativo imobilizado;

• os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em

decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações;

• a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que

seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário;

• a remessa de amostra grátis;

• os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que

não corresponda à parte executada do contrato.

• para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, os valores

repassados ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ.

CONCEITO DE IMOBILIZADO E INTANGIVEL

Consideram-se bens do ativo imobilizado, ativos tangíveis:

• que sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou

para locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos; e

• cuja desincorporação ocorra a partir do décimo terceiro mês contado da respectiva entrada.

• Imobilizado que fique no ativo da empresa até o 13º mês, alienação após esse período é

ganho de capital. Caso contrário terá que tributar toda a receita da alienação no PGDAS.

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A Resolução CGSN nº 136 divulgou os sublimites vigentes para efeito derecolhimento de ICMS e ISS no Simples Nacional no ano-calendário de 2018, com osseguintes valores:

R$ 1.800.000,00: Acre, Amapá e RoraimaR$ 3.600.000,00: demais Estados e Distrito Federal

O limite anual de faturamento para figurar na condição de optante pelo SimplesNacional a partir de 2018 será de R$ 4.800.000,00.

No entanto, para fins de recolhimento do ICMS e ISS, terão vigência os sublimitesacima descritos.

A empresa que superar esses sublimites deverá quitar referidos impostosdiretamente junto ao Estado, Distrito Federal ou Município.

5- Sublimites para o ISS e ICMS

MOMENTO DA EXCLUSÃO DO ICMS E ISS DO SIMPLES NACIONAL

Como vimos no slide anterior MG está sujeito ao sublimite obrigatório de R$3.600.000,00.

Na hipótese de ultrapassar do referido limite o ICMS e o ISS deverão serrecolhidos fora do Simples Nacional, diretamente aos Estados, Distrito Federal, eMunicípios.

Determinaremos a seguir o momento da exclusão do ICMS e ISS do SimplesNacional:

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Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinadaempresa em 2017:

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 3.800.000,00 (considere operíodo de janeiro a dezembro de 2017)

Observe que a empresa ultrapassou o limite de R$ 3.600.000,00, mas não oultrapassou o novo limite para enquadramento da EPP que é de R$4.800.000,00.

Sendo assim, em 2018 a empresa poderá permanecer enquadrada no SimplesNacional, no entanto, por ter ultrapassado o sublimite obrigatório, a partir de 01de janeiro de 2018 recolherá o ICMS e o ISS fora do Simples Nacional.

1ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2017

Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinada empresa em2018:

Sublimite Obrigatório: R$ 3.600.000,00Majoração em 20%: R$ 3.600.000,00 + 20% = R$ 4.320.000,00

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 3.720.000,00 (Considere o período dejaneiro a dezembro de 2018)

Observe que a empresa ultrapassou o sublimite obrigatório de R$ 3.600.000,00 emMENOS de 20%.

Sendo assim, o momento da exclusão do ICMS e do ISS do Simples Nacional será oprimeiro dia do ano subsequente que ultrapassar, ou seja:

01 de Janeiro de 2019.

2ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2018

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Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinada empresa em2018:

Sublimite Obrigatório: R$ 3.600.000,00Majoração em 20%: R$ 3.600.000,00 + 20% = R$ 4.320.000,00

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 4.420.000,00 (considere o período dejaneiro a setembro de 2018)

Observe que a empresa ultrapassou o sublimite obrigatório de R$ 3.600.000,00 emMAIS de 20%.

Sendo assim, o momento da exclusão do ICMS e do ISS do Simples Nacional será oprimeiro dia do mês subsequente a ultrapassagem, ou seja:

01 de outubro de 2018.

3ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2018

4.1.1- PRAZO PARA INICIO DE APURAÇÃO DO ICMS E ISSQN FORA DO SIMPLES

EXCESSO DE RECEITA BRUTA NÃO SUPERIOR A 20% (VINTE POR CENTO)

A EPP que ultrapassar os limites de receita bruta a que se referem os itens

anteriores estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma

do Simples Nacional, a partir do ANO-CALENDÁRIO SUBSEQUENTE àquele em

que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados

na unidade da Federação que os houver adotado.

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EXCESSO DE RECEITA BRUTA SUPERIOR A 20% (VINTE POR CENTO)

A EPP que ultrapassar em mais de 20% os limites de receita bruta a que se

referem os itens anteriores estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e

o ISS na forma do Simples Nacional, a partir do MÊS SUBSEQUENTE àquele em

que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados

na UF que os houver adotado.

Atividade Anexo Atual até 2017

Alteração a partir de 2018

Micro e pequenas cervejarias - Anexo I ou II

Micro e pequenas vinícolas - Anexo I ou II

Produtores de licores - Anexo I ou II

Micro e pequenas destilarias - Anexo I ou II

Fisioterapia Anexo III Anexo III ou V

Arquitetura e urbanismo Anexo VI Anexo III ou V

Medicina e enfermagem Anexo VI Anexo III ou V

Odontologia e Prótese Dentária Anexo VI Anexo III ou V

Psicologia, terapia, etc. Anexo VI Anexo III ou V

Administração e locação de imóveis de terceiros Anexo V Anexo III ou V

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Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais

Anexo V Anexo III ou V

Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes

Anexo V Anexo III ou V

Elaboração de programas de computadores Anexo V Anexo III ou V

Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação

Anexo V Anexo III ou V

Empresas montadoras de estandes para feiras Anexo V Anexo III ou V

Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica Anexo V Anexo III ou V

Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética

Anexo V Anexo III ou V

Serviços de prótese em geral Anexo V Anexo III ou V

Atividade Anexo Atual até 2017

Alteração a partir de 2018

A partir de 01/01/2018 com as alterações oriundas da LC 155/16, todos

os anexos do Simples Nacional serão tributados em apenas 66 faixasfaixas,

com alíquotas nominais.

Vale observar que na 6ª Faixa, o ICMS e ISS são tributados fora dasistemática do Simples Nacional.

Segue os anexos do Simples Nacional com vigência a partir de janeiro janeiro de 2018de 2018.

6.2. FAIXAS DE TRIBUTAÇÃO DOS ANEXOS I AO V

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6- Anexos vigentes a partir de 01/01/2018

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,004a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,005a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,006a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%

3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -

Anexo I - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Anexo II - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,004a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,005a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,006a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS

1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% -

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Anexo III - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar 123/2006

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,004a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,005a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,006a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS (*)

1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%3a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%4a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%5a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*)6a Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% –(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 14,92537%, a repartição será:

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS5a Faixa, comalíquota efetiva superior a14,92537%

(Alíquota efetiva –5%) x6,02%

(Alíquota efetiva –5%) x5,26%

(Alíquota efetiva –5%) x19,28%

(Alíquota efetiva –5%) x4,18%

(Alíquota efetiva –5%) x65,26%

Percentual de ISS fixo em 5%

Anexo IV - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-C do art. 18 da Lei Complementar 123/2006

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,004a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,005a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,006a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS (*)

1a Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%2a Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%3a Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%4a Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%5a Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*)6a Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% -

(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:

Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS5a Faixa, comalíquota efetiva superior a 12,5%

Alíquota efetiva –5%) x 31,33%

(Alíquota efetiva –5%) x 32,00%

(Alíquota efetiva – 5%) x 30,13%

Alíquota efetiva –5%) x 6,54%

Percentual de ISS fixo em 5%

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Anexo V - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 da Lei Complementar 123/2006

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,004a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,005a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,006a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS

1a Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%2a Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%3a Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%4a Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00%5a Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50%6a Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% -

O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optantepelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas,calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V daLei Complementar 123/2006, sobre a base de cálculo.Para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receitabruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração.A alíquota efetiva é o resultado de:

RBT12xAliq-PDRBT12

em que:

• RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;• Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V da Lei Complementar 123/2006;• PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V da Lei Complementar 123/2006.

7- Determinação das alíquotas efetivas

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Exemplo I :

Suponhamos que um contribuinte, comercial, tenha auferido Receita Bruta Totaldos últimos 12 meses no valor de R$ 650.000,00:

Alíquota efetiva a partir de 2018 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

Fórmula da alíquota efetiva:

RBT12xAliq-PDRBT12

3ª FAIXA 360.000,01 A 720.000,00 9,50% 13.860,00

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (R$)Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (R$)

Alíquota Efetiva: (650.000,00 x 9,50%) – 13.860: 7,37%650.000,00 Alíquota efetiva até 2017 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

De 540.000,01 a 7200.000,00

7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

Com base nas tabelas acima, considerando que a PJ tenha auferido receita bruta no mês no valor de R$100.000,00, então, os valores dos DAS mensais serão os seguintes:

Tabelas Base de Calculo Alíquota Efetiva DAS a Recolher

Tabela I até 31/12/2017 R$ 100.000,00 7,54% R$ 7.540,00Tabela I a partir de 2018 R$ 100.000,00 7,37% R$ 7.370,00

Observe-se que neste exemplo acima, houve um decréscimo da alíquota e consequentementeum baixa na carga tributária a partir do ano de 2018 para a faixa de receita bruta acima identificada.

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Exemplo 2 :

Suponhamos que um contribuinte, comercial, tenha auferido Receita Bruta Total dosúltimos 12 meses no valor de R$ 365.000,00:

Alíquota efetiva a partir de 2018 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (R$)

3ª FAIXA 360.000,01 A 720.000,00 9,50% 13.860,00

Fórmula da alíquota efetiva:

RBT12xAliq-PDRBT12

Alíquota Efetiva: (365.000,00 x 9,50%) – 13.860: 5,70%365.000,00 Alíquota efetiva até 2017 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

Com base nas tabelas acima, considerando que a Pessoa Jurídica tenha auferido receita bruta nomês no valor de R$ 50.000,00, então, os valores dos DAS mensais serão os seguintes:

Tabelas Base de Calculo Alíquota Efetiva DAS a Recolher

Tabela I até 31/12/2017 R$ 50.000,00 6,84% R$ 3.420,00Tabela I a partir de 2018 R$ 50.000,00 5,70% R$ 2.850,00

Observe-se que no exemplo acima, houve um decréscimo na alíquota e consequentementediminuiu a carga tributária a partir do ano de 2018 para a faixa de receita bruta acima identificada.

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EXEMPLO PRÁTICO:Considere, por hipótese, uma empresa de comércio de sapatos, optante pelo SimplesNacional, que apresente os seguintes dados:

• Esteja apurando o mês de fevereiro/2018, cuja receita no mês tenha sido de R$150.000,00;

• Tenha auferido receita bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração no valorde R$ 2.100.000,00;

Calculo da alíquota efetiva:

RBT12 X ALIQ – PD ÷ RBT12R$ 2.100.000,00 x 14,30% - R$ 87.300,00/R$ 2.100.000,00

Alíquota efetiva = 10,14%

Calculo do valor devido no Simples Nacional, a ser recolhido no DAS:

RBA x Alíquota efetivaR$ 150.000,00 x 10,14%

DAS = R$ 15.210,00

TRIBUTO PERCENTUAL VALOR

IRPJ 0,56% R$ 840,00

CSLL 0,35% R$ 525,00

COFINS 1,29% R$ 1.935,00

PIS/PASEP 0,28% R$ 420,00

CPP 4,26% R$ 6.390,00

ICMS 3,40% R$ 5.100,00

TOTAL 10,14% R$ 15.210,00

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS

5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

Repartição de tributos:

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INFLUÊNCIA DO FATOR “R” PARA OS ANEXOS III E V E SUAS CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Com o advento da LC 155/16 a partir de 01/01/18 o fator “r” passaráa influenciar anexos de serviços constantes no simples nacional.

Com a reformulação das tabelas, os anexos III e V serão atingidospela nova sistemática.

O fator "r" é a relação entre a folha de salários, incluídos encargos,nos 12 meses anteriores ao período de apuração, e a receita brutatotal acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração.

Para cálculo do fator (r) pode-se utilizar, da seguinte fórmula:

INFLUÊNCIA DO FATOR “R” PARA OS ANEXOS III, E V E SUAS CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

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Fator “r” =folha de salários dos 12 meses anteriores

receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores

Considera-se receita bruta total acumuladaauferida nos mercados interno e externo nos12 (doze) meses anteriores ao período deapuração.

Não são considerados para efeito dadeterminação da folha de salários valorespagos a título de aluguéis e de distribuiçãode lucros.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional,para efeito de determinação da alíquota no 1º (primeiro) mês de atividade, o sujeito passivoutilizará, como receita bruta total acumulada, a receita auferida no próprio mês de apuraçãomultiplicada por 12 (doze).

Nesta hipótese, nos 11 (onze) meses posteriores ao do início de atividade, para efeito dedeterminação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a média aritmética da receita bruta totalauferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze).

Para as atividades sujeitas ao anexo V:

Com a mudança na legislação a partir do dia 01/01/18 as atividades de prestaçãode serviços a seguir serão tributadas na forma do Anexo III da LC 123/06 caso arazão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igualou superior a 28%.

8- Fator “r”

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• medicina veterinária;• serviços de comissária, de despachantes, de

tradução e de interpretação;• engenharia, medição, cartografia, topografia,

geologia, geodésia, testes, suporte eanálises técnicas e tecnológicas, pesquisa,design, desenho e agronomia;

• representação comercial e demais atividadesde intermediação de negócios e serviços deterceiros;

• perícia, leilão e avaliação;

• auditoria, economia, consultoria, gestão,organização, controle e administração;

• jornalismo e publicidade;• outras atividades do setor de serviços que tenham

por finalidade a prestação de serviços decorrentesdo exercício de atividade intelectual, de naturezatécnica, científica, desportiva, artística ou cultural,que constitua profissão regulamentada ou não,desde que não sujeitas à tributação na forma dosAnexos III ou IV desta LC.

Caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja inferior a 28% as atividades acima relacionadas permanecerão sendo tributadas pelo anexo V da LC 123/06.

Para atividades sujeitas ao anexo III:

Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da ME ou da EPP forinferior a 28%, serão tributadas na forma do Anexo V da LC nº 123/06 as atividadesa seguir:

• Fisioterapia• Arquitetura e urbanismo;• Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;• Odontologia e prótese dentária;• Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,

acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas denutrição e de vacinação e bancos de leite.

• Cumulativamente administração e locação deimóveis de terceiros;

• administração e locação de imóveis de terceiros; • academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes

marciais;• academias de atividades físicas, desportivas, de

natação e escolas de esportes;• elaboração de programas de computadores, inclusive

jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;

• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

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• empresas montadoras de estandes para feiras;• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos

óticos, bem como ressonância magnética;• serviços de prótese em geral.

Caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou superior a 28% as atividades acima relacionadas permanecerão sendo tributadas pelo anexo

III da LC 123/06.

Para o cálculo da razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica, serão considerados, respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao

período de apuração.

CASO PRÁTICO Nº 1

Considere hipoteticamente os seguintes dados:

o Empresa de Odontologiao Apuração mês de Janeiro/2018o Receita Bruta do PA: R$ 50.000,00o Receita Bruta dos Últimos 12 meses: R$ 720.000,00o Folha de Salários dos Últimos 12 meses: R$ 180.000,00

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Primeiro vamos calcular o fator “r”:

Folha de Salários dos Últimos 12 mesesFator “r” =

Receita Bruta dos Últimos 12 meses

R$ 180.000,00Fator “r” =

R$ 720.000,00

Fator “r” = 0,25

Neste exemplo a empresa segregará suas receitas no anexo V.

Agora vamos calcular a alíquota efetiva:

RBT12 x Alíquota – Parcela a DeduzirAlíquota Efetiva =

RBT12R$ 720.000,00 x 19,50% - R$ 9.900,00

Alíquota Efetiva =R$ 720.000,00

Alíquota Efetiva = 18,12%

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,003a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00

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Definiremos agora o percentual de repartição dos tributos:

TRIBUTO PERCENTUAL

IRPJ 4,35%

CSLL 2,72%

COFINS 2,70%

PIS/PASEP 0,59%

CPP 4,32%

ISS 3,44%

TOTAL 18,12%

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS

1a Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%2a Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%3a Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%

Agora sim podemos calcular Simples Nacional do mês de Janeiro de2018:

RBA x Alíquota efetivaR$ 50.000,00 x 18,12%

DAS = R$ 9.060,00

Veremos a seguir o valor correspondente a cada tributo:TRIBUTO PERCENTUAL VALOR

IRPJ 4,35% R$ 2.175,00

CSLL 2,72% R$ 1.360,00

COFINS 2,70% R$ 1.350,00

PIS/PASEP 0,59% R$ 295,00

CPP 4,32% R$ 2.160,00

ISS 3,44% R$ 1.720,00

TOTAL 18,12% R$ 9.060,00

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CASO PRÁTICO Nº 2

Considere hipoteticamente os seguintes dados:

o Empresa de Representação Comercialo Apuração mês de Janeiro/2018o Receita Bruta do PA: R$ 20.000,00o Receita Bruta dos Últimos 12 meses: R$ 240.000,00o Folha de Salários dos Últimos 12 meses: R$ 90.000,00

Primeiro vamos calcular o fator “r”:

Folha de Salários dos Últimos 12 mesesFator “r” =

Receita Bruta dos Últimos 12 meses

R$ 90.000,00Fator “r” =

R$ 240.000,00

Fator “r” = 0,38

Neste exemplo a empresa segregará suas receitas no anexo III.

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Agora vamos calcular a alíquota efetiva:

RBT12 x Alíquota – Parcela a DeduzirAlíquota Efetiva =

RBT12R$ 240.000,00 x 11,20% - R$ 9.360,00

Alíquota Efetiva =R$ 240.000,00

Alíquota Efetiva = 7,30%

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)

1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –

2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00

Definiremos agora o percentual de repartição dos tributos:

TRIBUTO PERCENTUAL

IRPJ 0,29%

CSLL 0,26%

COFINS 1,03%

PIS/PASEP 0,22%

CPP 3,17%

ISS 2,33%

TOTAL 7,30%

Faixas Percentual de Repartição dos TributosIRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS (*)

1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%

2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%

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Agora sim podemos calcular Simples Nacional do mês de Janeiro de2018:

RBA x Alíquota efetivaR$ 20.000,00 x 7,30%

DAS = R$ 1.460,00

Veremos a seguir o valor correspondente a cada tributo:

TRIBUTO PERCENTUAL VALOR

IRPJ 0,29% R$ 58,00

CSLL 0,26% R$ 52,00

COFINS 1,03% R$ 206,00

PIS/PASEP 0,22% R$ 44,00

CPP 3,17% R$ 634,00

ISS 2,33% R$ 466,00

TOTAL 7,30% R$ 1.460,00

DEFINIÇÃO DE FOLHA DE SALÁRIOS

Considera-se folha de salários, incluídos encargos, o MONTANTEPAGO nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, atítulo de salários, retiradas de pró-labore, ACRESCIDOS DOMONTANTE EFETIVAMENTE RECOLHIDO a título de contribuiçãopara a INSS e FGTS.

LEMBRETE

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Vamos Praticar?

Exemplos Práticos

• PA = julho/2017• Receita Bruta do PA = R$ 9.000,00• RBT12 proporcionalizada = R$ 9.000,00 x 12 = R$ 108.000,00

PA (Período de Apuração)RBT (Receita Bruta Total)

Observe que no exemplo acima para o mês de inicio de atividade areceita auferida no próprio mês de apuração deve ser multiplicadapor 12 (doze) para a determinação da Receita BrutaProporcionalizada.

1ª Situação - Empresa Optante no Primeiro Mês de Atividade:

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• PA = agosto/2017• Receita Bruta do PA = R$ 10.000,00• Receita Bruta do mês anterior:julho/2017 = R$ 9.000,00

• RBT12 proporcionalizada = R$ 9.000,00 x 12 = R$ 108.000,00

Observe que para empresas no segundo mês de atividade aReceita Bruta Proporcionalizada será definida base na receita brutado mês anterior multiplicado por 12.

Sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

2ª Situação - Empresa Optante no Segundo Mês de Atividade:

• PA = setembro/2017

• Receita Bruta do PA = R$ 6.000,00

• Receita Bruta dos meses anteriores:julho/2017 = R$ 9.000,00agosto/2017 = R$ 10.000,00

• MA (média aritmética) = (R$ 9.000,00 + R$ 10.000,00) / 2 = R$9.500,00

• RBT12 proporcionalizada (MA x 12) = R$ 9.500,00 x 12 = R$114.000,00

Observe sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

3ª Situação - Empresa Optante no Terceiro Mês de Atividade:

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• PA = outubro/2017

• Receita Bruta do PA = R$ 50.000,00

• Receita Bruta dos meses anteriores:julho/2017 = R$ 0,00agosto/2017 = R$ 0,00setembro/2017 = R$ 60.000,00

• MA = (R$ 0,00 + R$ 0,00 + R$ 60.000,00) / 3 = R$ 20.000,00

• RBT12 proporcionalizada (MA x 12) = R$ 20.000,00 x 12 = R$240.000,00

Observe sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

4ª Situação - Empresa Optante no Quarto mês de Atividade (com RB zero em alguns PA):

Uma Academia de atividades físicas, iniciou suas atividades em janeiro de2018, o período de apuração do DAS é Julho de 2018, com vencimento dia20 de agosto de 2018.

Exemplo Prático:

Período Faturamento Mensal Folha de Salários

Janeiro/2018 R$ 15.000,00 R$ 3.000,00

Fevereiro/2018 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00

Março/2018 R$ 10.000,00 R$ 2.500,00

Abril/2018 R$ 18.000,00 R$ 4.000,00

Maio/2018 R$ 25.000,00 R$ 6.000,00

Junho/2018 R$ 12.000,00 R$ 2.000,00

TOTAL R$ 100.000,00 R$ 22.500,00

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Considerando as informações acima, vamos determinar o fator “r”:

Média aritmética do Faturamento:R$ 100.000,00 ÷ 06 = R$ 16.666,67R$ 16.666,67 x 12 = R$ 200.000,00

Média aritmética da Folha de Salários:R$ 22.500,00 ÷ 06 = R$ 3.750,00R$ 3.750,00 x 12 = R$ 45.000,00

Assim temos:FatorFator “r”“r” == RR$$ 4545..000000,,0000 ÷÷ RR$$ 200200..000000,,0000 == 00,,2323 ouou 2323%%

NESSENESSE CASOCASO AA EMPRESAEMPRESA (QUE(QUE SÃOSÃO ÀSÀS DODO ANEXOANEXO VV EE VIVI EMEM 20172017 ++ ATIVIDADEATIVIDADE DEDEFISIOTERAPIA)FISIOTERAPIA) ESTÁESTÁ SUJEITOSUJEITO AOAO ANEXOANEXO VV

APURAÇÃO SEGREGADA POR ATIVIDADE

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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO SIMPLES NACIONAL

Exemplos práticos

• 1- A empresa JR Industria de lâmpada Ltda – ME, optante pelo SimplesNacional, situada no estado de MG, fez uma venda interna, para aempresa GC comercio LTDA, não optante que irá revendê-las.

Valor da Operação R$ 10.000,00

MVA (Margem de Valor Agregado) 71,78%

Alíquota Interna 17%

ICMS Normal R$ 10.000,00 x 17% = R$ 1.700,00

Base de Cálculo - ICMS ST R$ 10.000,00 + 71,78% = R$ 17.178,00

ICMS ST R$ 17.178,00 x 17% = R$ 2.920,26 – R$ 1.700,00

ICMS ST R$ 1.220,26

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2- A empresa JR Industria de lâmpada Ltda – ME, optante peloSimples Nacional, situada no estado de MG, fez uma venda internade lâmpada constantes no protocolo, para a empresa Pindoramacomercio Ltda – ME, também optante que irá revendê-las.

Valor da Operação R$ 10.000,00

MVA (Margem de Valor Agregado) 71,78%

Alíquota Interna 17%

Percentual de Redução 12 ÷ 17% = 70,59%

ICMS Normal R$ 10.000,00 x 17% = R$ 1.700,00

Base de Cálculo – ICMS ST (Reduzida) R$ 10.000,00 + 71,78% = R$ 17.178,00 x 70,59% = R$ 12.125,95

ICMS ST R$ 12.125,95 x 17% = R$ 2.061,41 – R$ 1.700,00

ICMS ST R$ 361,41

INCIDÊNCIA MONOFÁSICA NO SIMPLES NACIONAL

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As MEs (ME) e as EPP (EPP) que efetuam o recolhimento mensal mediante documento único dearrecadação (Simples Nacional), de alguns impostos e contribuições, entre eles o PIS/ PASEP, aCOFINS e o ICMS, tem o direito de excluir da Receita Bruta aquelas originadas pelacomercialização dos produtos ora mencionados, gerando assim uma substancial redução dacarga tributária.

Desta forma podemos destacar como exemplo o setor de comércio varejista de Cosméticos ePerfumaria, além de farmácias e estabelecimentos comerciais supermercadistas, optantes peloSimples Nacional, que tenha em sua composição de receita a venda dos produtos abaixoelencados não terão incidência das contribuições ora citadas;

• Perfumes e águas-de-colônia;• Produtos de maquilagem para os lábios e olhos;• Cremes de beleza;• Xampus;• Cremes de barbear;• Desodorante;• Fio dental.

Ressaltamos ainda que os seguintes outros produtos e mercadorias, também estão contemplados poreste benefício da não tributação pelo atacadista ou comercio varejista:

a) gasolina e suas correntes, exceto gasolina de aviação; b) óleo diesel e suas correntes;c) GLP derivado de petróleo ou de gás natural;d) querosene de aviação; e) biodiesel; f) álcool hidratado para fins carburantes; g) alguns produtos farmacêuticos; h) alguns produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal; i) certas máquinas e veículos; j) água, refrigerante, cerveja e preparações compostas; l) embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e cerveja; m) pneus novos de borracha e câmaras de ar de borracha; en) algumas autopeças.

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TRIBUTAÇÃO DOS GANHOS DE CAPITAL

Para melhores esclarecimentos quanto à apuração do ganho de capital pelo optante doSimples Nacional, segue abaixo um exemplo prático:

A empresa Estrela do Sul – ME, optante pelo Simples Nacional, fez a alienação de umbem do seu ativo imobilizado em 11/08/2017, pelo valor de R$ 50.000,00. O bem objetoda alienação foi adquirido em 11/08/2015, pelo valor de 60.000,00. A vida útil desse bemé de 5 anos e a taxa de depreciação é logicamente de 20% ao ano.

Depreciação acumulada no período: 60.000,00 x 20% = 12.000,00 x 2 anos = 24.000,00

Valor residual ou contábil: 60.000,00 – 24.000,00 = 36.000,00Ganho de Capital: 50.000,00 – 36.000,00 = 14.000,00

IR sobre Ganho = 14.000,00 x 15% = 2.100,00

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REGIME DE TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS – CAIXA OU COMPETÊNCIA

As receitas são reconhecidas nomomento do efetivorecebimento, e as despesas, nomomento do efetivopagamento.

As receitas são reconhecidas nomomento da venda das mercadoriasou das prestações de serviços, e asdespesas, quando incorridas.

“Ter desafios é o que faz avida interessante e superá-los é o que faz a vida tersentido.”