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Curso Completo de Economia Brasileira para o BNDES Profissional Básico: Economista Profa. Amanda Aires
Teoria e Questões Comentadas – AULA 04
Aula 04: Reformas econômicas da década de 1990: abertura
comercial, financeira e privatizações. Plano Real. Crise e ajuste pós-
1999: regime de câmbio flutuante, metas de inflação e ajuste fiscal.
Sumário Página
Privatização, abertura desindexação: a primeira
metade dos anos 90 2
Comportamento da economia entre 1990 e 1994 10
Estabilização, reformas e desequilíbrio macroeconômicos: os anos FHC
10
Exercícios Comentados 20
Olá Pessoal,
Chegamos hoje a parte da economia brasileira que eu mais gosto: o plano real. Esse plano que retirou da nossa vida a inflação galopante
que chegou a alcançar 1800% a.a. durante o governo Collor. Entender a concepção desse plano é importante não apenas para
responder a prova, mas para a nossa formação enquanto brasileiros!
:)
Vamos ao trabalho?!
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Teoria e Questões Comentadas – AULA 04
Privatização, abertura e desindexação: a primeira metade dos
anos 90
Com o poder passado do governo Sarney para o governo Collor,
damos início a um novo período na economia nacional. Além de
escândalos políticos que resultaram no processo de impeachment, o governo de Fernando Collor é marcado pela ruptura com o
modelo brasileiro de crescimento com elevada participação do estado, proteção tarifária, e da política industrial subordinada ao
combate da inflação. O governo de Itamar Franco, por sua vez, inicia processo de estabilização que daria fim à indexação.
A Mudança de Modelo
Como nós vimos anteriormente, as principais características do modelo de industrialização brasileiro do pós-guerra eram:
1. Participação direta do estado, através de
suprimento de infra-estrutura e alguns setores
prioritários;
2. Proteção a indústria nacional, por meio de tarifas à
importação e diversas barreiras não-tarifárias;
3. Fornecimento de crédito em condições favorecidas
para novos projetos.
Esse modelo brasileiro era compatível ao de substituição das importações (MSI), defendido pelos economistas da CEPAL. Dentre as
conseqüências observadas para economia brasileira dessa estratégia, pode-se citar: formação de uma estrutura de incentivos
distorcida, viés anti-exportador e endividamento do estado. Além disso, as tentativas malsucedidas de resolver a crise fiscal
ocorreram de forma simultânea com o atraso tecnológico da indústria nacional (especialmente bens de capital).
Privatização e Abertura
Para o governo Collor, a recuperação do atraso industrial passa a ser vista como necessária para a estabilização duradoura dos preços.
Nesse sentido, a nova Política Industrial e de Comércio Exterior
(PICE), implementada ainda no governo Collor, tinha como objetivo incentivar a competição e a competitividade.
A ênfase da PICE se deu na estratégia de privatização e reforma tarifária no comércio exterior, com isso esperava-se aumento da
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competição interna e, assim, da eficiência e aumento da
competitividade das empresas. No entanto, as privatizações no período foram modestas devido a: má situação das empresas
públicas, dificuldade em avaliar ativos de diversas estatais por causa
da inflação, resistência da população, governo sem credibilidade, impossibilidade de venda a estrangeiros em alguns setores (previsto
na constituição), falta de experiência em privatizações, dificuldade em vencer a inflação (que continuava a ser a principal preocupação
do governo).
Os Dois Planos Collor
Com o objetivo de combater a inflação, o Plano Collor I reintroduziu o
Cruzeiro, promoveu o congelamento de preços e aumentou a arrecadação através de novos tributos, reajustes em algumas
alíquotas, suspensão de benefícios e subsídios, redução de ministérios e extinção de autarquias. A principal medida, no entanto,
foi o seqüestro da liquidez (ou o confisco das poupanças)– todas as aplicações que ultrapassavam NCr$ 50.000 (o que seria
aproximadamente US$ 1.200,00) foram bloqueadas por 18 meses e
seriam devolvidas em 12 vezes adicionadas de juros e correção monetária.
Essa mudança recebeu diversas críticas dentre as quais: comprometia a confiança dos investidores, limite muito reduzido
prejudicando pequenos poupadores, remuneração proposta muito
inferior a outras operações. Com relação às demais medidas, o plano Collor I também foi criticado pelo desgaste da estratégia de
congelamento dos preços, pelo ajuste fiscal baseado em aumento de receitas, e pelo seu caráter recessivo. A principal crítica ao plano
Collor I foi formulada por Afonso Pastore, para quem o bloqueio dos ativos monetários restringia apenas o estoque de moeda indexada,
mas não acabava com o processo que a criava, ou seja, não eliminava seu fluxo.
Após o fracasso do plano Collor I, foi adotado o plano Collor II que
pretendia controlar a inflação por meio da racionalização dos gastos públicos, modernização do parque industrial e fim de qualquer tipo de
indexação na economia. Esse plano estava baseado na idéia do Neogradualismo, segundo a qual a indexação passa a ser baseada na
inflação futura.
Segundo a idéia do Neogradualismo, as pessoas se baseariam no comportamento fiscal corrente do governo, e dele infeririam suas
expectativas de inflação. Assim, os cortes fiscais reduzem a inflação, o que permitiria novos cortes fiscais, gerando um círculo virtuoso. O
plano possibilitou uma queda na taxa de inflação por alguns meses,
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porém, por depender da credibilidade do governo, essa estratégia
logo foi inviabilizada pelos escândalos políticos ocorridos na época e o subsequente impeachment do presidente Collor.
Plano Real: Concepção e Prática
Com a deposição do presidente Collor, o mineiro Itamar Franco, seu
vice toma posse. Além de reintroduzir o “fusquinha” na frota brasileira, o então presidente implementou o plnoa real de combate a
inflação, tendo como condutor o então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso.
Diferentemente dos demais planos implementados no Brasil até
então, o plano Real foi originalmente concebido como programa de três fases:
1. Ajuste fiscal;
2. Criação de um padrão estável de valor, a URV,
como estratégia de desindexação da economia;
3. Estabelecimento de uma nova moeda, o Real.
Um primeiro erro comum de muitos candidatos é achar que o Plano Real aconteceu no governo FHC, o que não é verdade. Como
acabamos de ver, o plano acontece ainda no gverno anterior. Um outro erro também frequente nas provas é achar que o Plano Real foi
iniciado em 1994, com a introdução da moeda real. De fato, o plano real começa ainda antes, em 1993, quando o governo passa a adotar
políticas de ajuste fiscal para controlar os efeitos da inflação de demanda na economia.
Vamos ver um exercício sobre o iniciozinho do plano?
Exercício 01
(Auditor de Controle Externo (TC-DF) / 2012 / /CESPE) Com
relação a políticas econômicas, à dívida pública e ao comportamento da economia brasileira, julgue o item
seguinte.
Diferentemente de outros planos de estabilização econômica adotados no Brasil até 1994, o Plano Real,
além de não prever o congelamento de salários, foi
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abertamente discutido por representantes do governo,
pelo Congresso Nacional e pelo público especializado.
Essa questão poderia gerar uma certa dúvida quando aponta que o
plano foi abertamente discutido por representantes do governo, pelo Congresso Nacional e pelo público
especializado.
De fato, isso é verdade. Diferentemente dos outros planos implementados entre os governos Sarney e Collor, o plano Real
contou com o apoio não apenas da parte política, mas da elite intelectual brasileira também. Muitos economistas estiveram
envolvidos na elaboração do plano que não previa o congelamento de
preço, mas a ancoragem da inflação na taxa de câmbio! Veja ainda que esse plano se originou na proposta Larida elaborada pelos
economistas Pérsio Arida e André Lara-Resende, na época do Plano Cruzado.
GABARITO: VERDADEIRO
O ajuste fiscal era visto como uma das condições principais para o fim da inflação. O plano Real interpretava o desajuste fiscal da
seguinte forma: como, segundo a concepção do plano real, a inflação possuia um componente de demanda, o plano afirmava que essa
seria originada nas as contas orçadas. Como elas estariam em desequilíbrio, isso acabava gerando uma pressão nos preços para o
consumidor. Veja que, como os gastos eram corroídos pela inflação, e não as receitas, devido à indexação, o déficit fiscal era moderado.
Na fase de ajuste fiscal foram elaborados dois programas: o
Programa de Ação Imediata – PAI e o Fundo Setorial de Emergência – FSE. O primeiro desses teve como objetivo redefinir a relação entre a
União e os estados e municípios, e do Banco Central com os bancos estaduais e federais, além de combater a sonegação. O PAI ainda
estabelecia novos tributos e incluía um acordo de dívida externa com
o FMI e bancos credores.
O FSE era constituído pela desvinculação de algumas receitas do
governo federal, para atenuar a rigidez dos gastos do governo e resolver a questão do financiamento de programas sociais. O FSE
existe até hoje, mas, com outro nome: A Desvinculação das Receitas
da União – DRU.
Apesar dos esforços implementados pelo governo, o desajuste fiscal
não foi revertido, apenas deixou de se refletir na inflação e passou a se espelhar na relação dívida sobre PIB. Como posteriormente a
estabilização foi alcançada, o ajuste fiscal não se mostrou uma pré-
condição para o combate a inflação.
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A segunda fase do plano real buscava eliminar o componente inercial
da inflação, partindo do princípio que seria necessário zerar a memória inflacionária. Mas, ao invés de congelamento de preços, o
plano Real introduziu uma quase moeda. O plano era semelhante à
proposta Larida anunciada como alternativa ainda antes do Plano Cruzado, mas não previa a criação de uma nova moeda, que
circularia de modo simultâneo com a anterior, para evitar que a inflação da antiga contaminasse a nova moeda.
Foi estabelecida a Unidade Real de Valor (URV) que recuperou
primeiramente a função unidade de conta, e então a função de reserva de valor. Os preços e salários eram medidos em URV, mas
pagos em cruzeiros com correção diária dos valores.
O entendimento da URV é de fundamental importância para que você
compreenda o Plano Real. Só para que você entenda, a nossa
economia estava toda indexada, ou seja, todos os contratos estavam sempre reajustados com base no índice de preço oficial do governo,
que passou do IPC para o IPCA. Assim, era consenso dos economistas de que para desindexar a economia era preciso indexar a moeda. A
criação da URV era justamente isso. Vamos entender como isso funcionava.
(Aqui, toda a atenção é pouca)
O primeiro problema da inflação nesse período era a sua memória, ou seja, a inflação de hoje era influenciada pela inflação do mês
passado, pela inflação de setembro, agosto, julho, junho, maio, por
exemplo. Ou seja, nesse caso, vamos dizer que a inflação, no Brasil, possuia uma memória longa.
Vamos ver um exemplo disso:
Em que 𝜋 é o símbolo que os economistas utilizam para definir
inflação.
Ora, imagine que a inflação do mês de setembro tenha sido de 1, a
inflação de agosto tenha sido de 2, julho, 3, junho, 0,5 e maio 4. Nesse caso, veja que essas inflações acumuladas acabam por
influenciar a inflação em outubro, o que tem um efeito ruim na economia hoje.
Assim, para zerar a memória da inflação, os economistas observaram
que seria preciso fazer com que as pessoas notassem que a única inflação importante para determinar o nível de preços de hoje é a
inflação de ontem e, para fazer isso, ou seja, para fazer com que a
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memória inflacionária fosse mais curta, era preciso simular uma
hiperinflação.
Pois é, eis a verdade dos fatos: para poder controlar o ritmo absurdo da inflação, o governo precisava fazer com que os preços subissem
todos os dias, não apenas todos os meses.
A estratégia é semelhante ao que nós vemos nos mercados de ações hoje. Se você vai
comprar uma cota de ações da Petrobrás, por exemplo, você não vai se preocupar com o
preço da ação na semana passada, mas apenas em como ela fechou ontem. O
raciocínio para o caso da inflação seria semelhante.
Nesse sentido, os preços em Cruzeiros reais passaram a ser
ajustados diariamente com base na URV.
Vamos entender como isso aconteceu?
É aí que surge a introdução da URV – Unidade Real de Valor.
Assim, na segunda fase do Plano real, todos os preços, incluindo os salários, passaram a ser contabilizados em Unidades Reais de Valor,
URV e, essas unidades tinham uma paridade com o dólar americano.
Dessa forma, como o dólar americano variava todos os dias, diariamente os preços eram revisados em cruzeiros reais.
Nesse sentido, o preço da semana passada passou a ter cada vez menos importância na minha expectativa de preços hoje, o que
encurtou a memória inflacionária da empresa. Assim:
Com a série de memória cortada, era necessário para reduzir a inflação, zerar a inflação do dia anterior. Se a inflação de 09 de
outubro fosse zero, a inflação de hoje seria zero também. Com essa
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sistemática, seria possível zerar, de uma vez por todas, a memória
inflacionária das pessoas.
Para compreender como a inflação foi zerada, precisamos, antes, ver como a economia brasileira tomou a URV como uma “moeda”,
mesmo sem ela ser uma moeda de fato.
A figura abaixo ajuda a entender:
Veja que, embora o valor em cruzeiros reais seja variável (como
mostra o peso do pêndulo), o valor em URV fica constante e igual ao
dólar.
Como nós já vimos, a partir de 1º de março de 1994, a economia
brasileira passou a ter todos os seus preços em URV, incluindo-se aí os salários. Com o passar do tempo, as pessoas deixaram de pensar
a sua moeda como cruzeiros reais e passaram a considerar a URV
como a moeda corrente. Nesse sentido, os cruzeiros reais eram utilizados, apenas, como meio de pagamento, mas não tinham valor
para as pessoas.
O raciocínio para essa conversão era simples: como os preços em
cruzeiros reais subiam todos os dias e o preço em URV se mantinha
estável, as pessoas passaram a observar que não existia inflação nos preços em URV, logo, com essa “moeda”, era possível fazer previsão
do quanto é possível poupar, por exemplo.
E, com a mente das pessoas URVezida, o governo decidiu igualar a
URV a nova moeda criada, o real. Com isso, a não inflação da URV
migrou para o real. Assim, em 1º de julho de 1994, demos início a
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terceira fase do plano real, quando passou a circular a moeda real,
que conhecemos até hoje.
A terceira fase do plano foi caracterizada pela introdução da nova moeda, o Real, e pela fixação da taxa de câmbio. A medida provisória
542 deu início a essa fase, e apresentava um conjunto de medidas sobrepostas dentre as quais: lastreamento da oferta monetária
doméstica em reservas cambiais (na equivalência de R$1 por US$ 1), fixação de limites máximos para a o estoque de base monetária por
trimestre, mudanças no funcionamento do Conselho Monetário
Nacional, para aumentar a autonomia do Banco Central.
A medida provisória 542 foi criticada pela indefinição de certos
mecanismos presentes no documento, em especial, previa o controle cambial e de estoque monetário simultaneamente em uma economia
com mobilidade de capitais – logo foi esclarecido que o governo
adotaria âncora monetária e câmbio com banda assimétrica (livre para baixo). No entanto, nenhuma das medidas citadas foi
integralmente mantida, e, devido ao insucesso das metas monetárias, o governo passa a adotar a âncora cambial após apenas três meses.
Exercícios?
Exercício 02
(Analista do Banco Central do Brasil / 2009 / / Área 1, Cesgranrio) O Plano Real de estabilização da economia
brasileira, de 1994, levou inicialmente ao(à)
a) congelamento geral de preços e salários.
b) congelamento da taxa de câmbio R$ / US$.
c) estabelecimento de metas de inflação para o Banco
Central do Brasil.
d) valorização do real em relação ao dólar americano.
e) forte expansão das exportações.
Veja que essa questão fala sobre a fase INICIAL do plano Real. Dessa forma, assim que o plano real foi implementado, houve uma
valorização da nossa moeda frente ao dólar americano, embora o objetivo do governo fosse manter a paridade de US$ 1,00 = R$ 1,00.
A alternativas (A) e (B) dizem respeito aos planos anteriores
aplicados durante o Governo Sarney.
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A letra (C), por sua vez, diz respeito à segunda fase do Plano Real
iniciada em meados de 1999, quando a âncora cambial foi trocada pelo regime de metas de inflação.
A letra (D) é a alternativa correta pois, como vimos, houve um
processo de ancoragem entre a moeda nacional e o dólar americano.
Nesse sentido, a moeda estrangeira podia valer menos que o real, mas nunca, mais.
Por fim, a letra (E) é falsa, pois houve uma forte elevação das
importações associada a uma contração das exportações devido à valorização cambial.
GABARITO: (D)
Comportamento da economia entre 1990 e 1994
O comportamento da economia brasileira entre 1990-94 pode ser
resumido da seguinte forma:
1. O crescimento do PIB foi instável, marcado pela retração durante o governo Collor, e pela recuperação de taxas
positivas significativas em 1993-94;
2. A inflação apresentou o mesmo comportamento da década anterior entre 1990-93, com baixas significativas apenas após
a introdução dos planos econômicos;
3. Houve retração das exportações entre 1990-91, que voltam a crescer durante os três anos seguintes;
4. As importações aumentaram continuamente ao longo de
todo período;
5. Os fluxos de capital para o Brasil também apresentam um
crescimento significativo durante o período;
6. As contas públicas apresentam melhora desde o plano Collor I.
Estabilização, reformas e desequilíbrio macroeconômicos: os
anos FHC
A Batalha da Estabilização
O primeiro governo FHC foi dominado pelo tema da estabilização, e
teve início sob forte pressão devido ao superaquecimento da
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Teoria e Questões Comentadas – AULA 04
economia, temia-se um crescimento do consumo que por ter sido
mal administrado provocou o colapso da estabilidade durante o plano Cruzado, à crise no México, que aumentava a suspeita de que
o regime de câmbio fixo era inadequado, e à queda das reservas
internacionais.
As autoridades reagiram a esse ambiente por meio de um conjunto
de medidas que incluía fundamentalmente uma desvalorização controlada e uma elevação da taxa nominal de juros. Os efeitos
não tardaram a aparecer, a inflação começou a ceder (caindo por
quatro anos consecutivos), em contrapartida, o PIB diminui durante o ano de 1995, com maior impacto sobre a indústria.
Pode-se concluir que, nas difíceis condições de 1995, o plano real foi salvo por dois fatores: a política monetária e a situação do
mercado externo. Dificilmente sem juros altos e a ampla liquidez e
busca por atratividades dos mercados emergentes o plano teria escapado do mesmo destino dos antecessores.
A Crise em Gestação
Paralelamente ao êxito no controle da inflação, a gestão macroeconômica deixava dois flancos expostos: um desequilíbrio
externo e uma série crise fiscal. A razão do desequilíbrio externo foi o grande crescimento das importações, combinado com um
fraco desempenho das exportações. Os desequilíbrios eram financiados com novos endividamentos e entrada de IDE. O resultado
foi a quase duplicação do déficit de serviços e rendas durante o primeiro governo FHC.
Todos esses fenômenos eram consequência da forte apreciação
cambial que tinha se verificado nos primeiros meses do Real. Por que as autoridades deixaram a situação chegar a esse ponto é matéria
sujeita a controvérsia. Há três fortes razões: temor de uma repetição dos efeitos da desvalorização mexicana, que acabou gerando
inflação; os anos em que poderia ter sido colocada em prática eram politicamente cruciais; e, manter o câmbio sobrevalorizado era a
esperança de que o resto do mundo continuasse a financiar o país em
um processo de ajustes graduais.
A situação fiscal era caracterizada por déficit primário do setor
público consolidado, equivalente a 7% do PIB em termos nominais, e dívida pública crescente. Muito se discutiu o papel
dos juros, mas, em termos reais, percebe-se a responsabilidade da
política fiscal expansionista. As autoridades imaginavam que os ajustes poderiam esperar até as privatizações, que cumpririam o
duplo propósito de garantir o financiamento externo e evitar uma
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maior pressão sobre a dívida pública, sendo um contrapeso à pressão
fiscal.
Após três crises externas (México (1994), Ásia (1997) e Rússia(1998)), nas quais o país sofreu pelo “efeito contágio”, os
ajustes que o governo pretendia fazer ao longo de quatro anos tiveram que ser feitos imediatamente. Ainda, o instrumento clássico
de combate aos ataques especulativos (taxa de juros elevada) não se mostrava mais eficiente, além de contribuir para o agravamento da
questão fiscal. Foi nesse contexto de crise que se inicia o segundo
governo FHC.
O Segundo Governo FHC
Faltando poucas semanas para as eleições de 1998, o governo
brasileiro começou a negociar um acordo com o FMI que lhe permitisse enfrentar um quadro externo extremamente adverso
caracterizado pelo esgotamento da disposição do resto do mundo em continuar a financiar déficits elevados em conta corrente.
O acordo contemplava um importante aperto fiscal, sem alterar a
política cambial. Ele enfrentou dois obstáculos que se mostraram insuperáveis. O primeiro foi o ceticismo do mercado, que não
acreditava que o Brasil escaparia de uma desvalorização. E o segundo foi a rejeição, pelo Congresso, da cobrança de contribuição
previdenciária dos servidores públicos inativos. Nessas circunstâncias o pessimismo externo aumentou, assim como a perda de
divisas.
No início de 1999, a desvalorização se tornou inevitável, então o governo deixou o câmbio flutuar. A desvalorização não teve os
efeitos inflacionários, o que pode ser explicado pelos seguintes fatores:
ocorreu em um momento de fraco desempenho
da produção industrial, gerando uma contração na demanda que diminuiu as chances de repasses do câmbio aos preços;
dos preços;
remarcações, e de apreciar o Real;
aumentando confiança na estabilidade econômica;
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Aumento de salário mínimo inferior à taxa de inflação esperada,
reduzindo os reajustes;
O panorama começa a mudar quando Armínio Fraga se torna presidente do BC. Foram anunciadas duas medidas: elevação da taxa
de juros básica, e o início dos estudos para a adoção do regime de metas de inflação. A partir do começo de 1999, o país iniciou um
processo de retomada do crescimento que só viria a ser abortado pela combinação de crises em 2001, incluindo a crise energética e o
“contágio” argentino, que diminuíram a entrada de capitais, e os ataques terroristas, que abalaram os mercados mundiais. O balanço
do período de 1999 a 2002 é ambíguo. O crescimento continuou baixo, as taxas de juros elevadas, mas houve melhora da balança
comercial, no ajuste fiscal e em termos de inflação.
As Reformas do Período
Os anos FHC foram caracterizados por marcas positivas importantes:
a estabilização dos preços e as reformas, que deixaram marcas mais
profundas na economia. Dentre as reforma, destacam-se as privatizações que transferiram para o setor privado empresas
deficitárias e superavitárias com níveis inadequados de investimento. Com a desestatização, esses gastos deixaram de pressionar as contas
públicas.
A mudança no tratamento do capital estrangeiro o possibilitou explorar os setores de mineração e energia. Por outro lado, também
mudou o conceito de empresa nacional, permitindo que firmas com sede no exterior passassem a dispor do mesmo tratamento que as
empresas constituídas por brasileiros.
No que se refere ao setor financeiro, o governo: instituiu o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema
Financeiro Nacional, concedendo uma linha especial de assistência que evitou uma crise financeira como a vivida no México; privatizou a
maioria dos bancos estaduais; facilitou a entrada de bancos estrangeiros, buscando ampliar a concorrência; favoreceu um
processo de conglomeração, que deixou o mercado com um número menor, porém mais fortes, de instituições; ampliou os requisitos de
capital para a constituição de bancos; e, melhorou o acompanhamento e monitoramento do nível de risco do sistema por
parte do Banco Central.
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Outra reforma importante foi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)
que estabeleceu tetos para as despesas com pessoal em cada um dos poderes nas três esferas da Federação e, entre vários dispositivos de
controle das finanças públicas, proibiu novas renegociações de
dívidas entre entes da Federação. O governo também implementou um rígido programa de ajuste fiscal, uma restrição orçamentária
efetiva, baseada em metas fiscais rígidas. E, finalmente, o sistema de metas de inflação, ainda que institucionalmente precário pela
ausência de autonomia do Banco Central, caracterizou o compromisso formal com a estabilização dos preços.
Visto como um todo, esse conjunto de novidades moldou um país
mais parecido com as nações desenvolvidas, caracterizadas por economias com menor presença do Estado nas atividades produtivas,
sistemas financeiros sólidos, contas fiscais sob controle e níveis de inflação relativamente baixos.
As Privatizações
As razões do processo de privatização, explicitadas no Programa Nacional de Desenvolvimento lançado em 1990, seriam: transferir à
iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor
público, permitindo que os investimentos fossem retomados, além de contribuir para a redução da dívida pública e para o fortalecimento do
mercado de capitais.
As privatizações na gestão FHC caracterizaram-se pela venda de
empresas prestadoras de serviços públicos, com ênfase nas áreas de
telecomunicações e energia. Durante o primeiro governo, a privatização era funcional porque permitia que os déficits
públicos não pressionassem a dívida, e garantia o financiamento de parte do desequilíbrio em conta corrente.
As privatizações apresentaram consequências positivas, dentre elas:
a redução da dívida pública, aumento da eficiência das empresas privatizadas, redução dos preços (especialmente no setor de
telefonia) e evolução positiva dos resultados fiscais de empresas estatais.
Do lado negativo, os resultados do processo ficaram aquém do
planejado.
Dois elementos concorreram para tanto, primeiramente, a idéia
equivocada de que com a desestatização o governo teria mais recursos para gastar em áreas sociais. E, a falta de uma regulação
clara que incentivasse o setor privado, combinada com a falta de
investimentos estatais, provocou uma crise energética.
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Uma Década de Transformações: A Mudança em Três Estágios
7. 1991-1994. O binômio privatização/abertura introduziu um choque
de competição na economia.
8. 1995-1998. A estabilização associada ao plano Real marcou uma revolução no setor privado, a possibilidade de comparar preços
aumentou a competição entre as firmas.
9. 1999-2002. Ocorre uma mudança do regime. Até 1998, alta inflação, crise externa e/ou descontrole fiscal sempre estiveram
presentes nas crises brasileiras. Mas, a partir de 1999, o Brasil passa a ter condições de atacar os principais desequilíbrios
macroeconômicos.
Por Que o Ajuste não Foi Percebido
Entre 1994 e 2002 não houve um único ano no qual a relação
dívida pública/PIB não tenha aumentado em relação ao ano anterior. Além disso, o déficit em conta corrente permanecia
elevado. Deste modo, entre a maioria dos analistas imperava grande ceticismo sobre o Brasil.
Ao mesmo tempo, o ambiente externo foi desfavorável. As crises
econômicas culminaram em uma maior necessidade de desvalorização cambial, com efeitos negativos sobre a dinâmica de
preços e dos juros. Adiciona-se a esse fato, a inevitável redução dos salários reais como resultado das condições para o ajustamento
externo, e o baixo crescimento do produto no período. Esse
desempenho negativo foi condenado pelo eleitorado em 2002.
Finalmente, com o ingresso do então eleito presidente Lula, houve
uma reversão da dívida externa brasileira. Contudo, no que diz respeito à dívida pública interna, persiste o aumento tendo em vista
que os tributos não conseguem fazer frente aos gastos dos governos.
Ufa! Compreendido? Vamos aos exercícios?
Exercício 03
(Pesq-TMQ – Ciências Econômicas – INMETRO, 2010, CESPE)
Com relação à evolução do déficit público e da dívida pública no Brasil a partir da década de 80 do século passado, assinale
a opção correta.
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a) A redução significativa do superávit primário
contribuiu para elevar a dívida pública no período 2003-
2006.
b) A expansão acelerada do investimento público foi o
fator predominante no aumento do gasto público, ocorrido durante a recente crise mundial.
c) Na década de 80 do século passado, a dívida interna
líquida do setor público constituía a quase totalidade da
dívida líquida total.
d) No período anterior à implementação do Plano Real, somente as receitas do governo eram indexadas, e as
despesas do governo, em termos reais, eram reduzidas
pela hiperinflação, fato que contribuiu para diminuir o déficit operacional.
e) A partir de 2003, registrou-se aumento contínuo da
relação dívida-PIB.
Atenção com essa questão!
Ela é uma daquelas com graaannnde chance de aparecer na prova!
Ao trabalho?
Primeira coisa a se observar: a questão fala sobre déficit e dívida pública a partir da década de 1980 do século passado, uma
combinação de assuntos que temos que saber na palma da mão para
poder fazer uma boa prova!
Vamos ver item por item para ver onde está o erro.
Na alternativa (A), temos que A redução significativa do
superávit primário contribuiu para elevar a dívida pública no período 2003-2006. Aqui, vale uma explicação! Veja que quando se
fala de 2003 até 2006, estamos falando sobre o período do primeiro governo Lula! Nesse período, se você lembrar, se recordará que o
governo intensificou a sua luta na promoção do que se chamou de superávit primário (receitas do governo – despesas do governo (sem
considerar as despesas com taxa de juros)) para fazer frente ao
pagamento da dívida externa brasileira! Então, analisando somente isso, é possível notar que não há uma redução significativa do
superávit primário, mas justamente o efeito contrário! Só com isso é possível dizer que a questão é falsa!
Em seguida, a alternativa (B) afirma que A expansão acelerada do
investimento público foi o fator predominante no aumento do
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gasto público, ocorrido durante a recente crise mundial. Essa
crise recente a que se refere à questão é justamente a crise de 2008, iniciada no mercado imobiliário norte americano! Ora, como nós já
vimos na aula passada, o aumento da presença do governo na
economia não se deu via aumento do investimento público, mas, sobremaneira, na redução de impostos! IPI, lembra? Então, a questão
fica incorreta justamente por identificar de forma incorreta a intervenção do governo!
Compreendido?
Vamos mais na frente!
A letra (C) diz que Na década de 80 do século passado, a dívida interna líquida do setor público constituía a quase totalidade
da dívida líquida total. Para que não fique confuso, não vamos responder essa alternativa agora. Como ela pede noções que
veremos apenas na aula que vem com o professor Heber, prometo explicar o erro dela na aula de exercícios, certo? Apenas adiantando,
a dívida interna líquida do setor público não constituía a totalidade da dívida líquida total, conforme dito na questão!
Vamos em frente! A alternativa (D) diz que No período anterior à
implementação do Plano Real, somente as receitas do governo eram indexadas, e as despesas do governo, em termos reais,
eram reduzidas pela hiperinflação, fato que contribuiu para diminuir o déficit operacional. Eis aí a alternativa correta! Vamos
ver as explicações para isso: no período antes do plano real, o
governo implementava a seguinte política: cobrava os impostos hoje para pagar pelos serviços depois! Com isso, ele acabava ganhando
um bom volume de recursos financeiros, o que acabou por reduzir o seu déficit operacional. Era como se o governo recebesse o dinheiro
agora, comprasse um serviço e pagasse com um cheque pré-datado! Como a inflação era muiiiito alta, quando a pessoa ia descontar o
cheque, aquele valor nominal não vale a metade do que valia quando o serviço era contratado! É o que se conheceu com “Efeito Tanzi às
avessas”, já que o economista italiano Tanzi dizia justamente o contrário!
Logo, a alternativa correta é a letra (D)!
Finalmente, a letra (E) afirma que A partir de 2003, registrou-se
aumento contínuo da relação dívida-PIB. Essa aí, pelo que nós já vimos acima, está claramente errada, né? Basta você lembrar que a
partir do governo Lula, houve uma verdadeira luta para reduzir essa relação!
Entendido?
GABARITO: D
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Exercício 04
(ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR,
FINANÇAS, PREVIC, 2011, CESPE) Acerca de conceitos
relativos à economia e, especialmente, à economia brasileira, julgue os seguintes itens
[103] Em um país qualquer, se o governo centralizar sua
política econômica somente na estabilização da inflação, isso não contribuirá para a melhoria do grau de
distribuição de renda.
Eis aí uma questão muito boa!
Para responder essa questão, basta lembrar do seguinte conceito:
A inflação gera um efeito sobre a distribuição de renda da
economia: A inflação provoca uma redução do poder aquisitivo dos segmentos da população que dependem de rendimentos fixos, com
prazo legal de reajuste (os assalariados). Aqueles com renda livre, como empresas e especuladores são favorecidos pelo processo
inflacionário.
Logo, a questão está incorreta por afirmar que se o governo centralizar a sua política na contenção da inflação, isso não melhorará
o grau de distribuição de renda da economia! Quanto mais estabilizados estiverem os preços, mais igualitária será a distribuição
dos ganhos na economia!
Assim,
GABARITO: FALSO
Exercício 05
(ANALISTA DE ECONOMIA –PERITO MPU, 2010, CESPE) Acerca
dos conceitos de déficit e dívida pública e do papel do governo na economia, julgue os itens subsequentes.
[91] Um imposto progressivo estabelece uma relação
decrescente entre carga tributária e renda.
Essa aí, nem precisa pensar muito, né pessoal? Aliás, para responde-
la, nem precisa saber economia! Uma noçãozinha de matemática já ajuda! Veja que ela fala sobre um imposto progressivo! E quando
se fala em imposto progressivo, isso diz que à medida que a renda
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aumenta, o imposto também aumenta! Logo, não há uma relação
decrescente, mas uma relação crescente entre carga tributária e renda, exatamente como acontece no Brasil atualmente! Quanto mais
você ganha, mais você paga, podendo chegar a 27,5% da sua renda
bruta!
Logo:
GABARITO: FALSO
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Exercícios Comentados
Exercício 01
(Auditor de Controle Externo (TC-DF) / 2012 / /CESPE) Com
relação a políticas econômicas, à dívida pública e ao comportamento da economia brasileira, julgue o item
seguinte.
Diferentemente de outros planos de estabilização econômica adotados no Brasil até 1994, o Plano Real, além de não prever
o congelamento de salários, foi abertamente discutido por representantes do governo, pelo Congresso Nacional e pelo
público especializado.
Exercício 02
(Analista do Banco Central do Brasil / 2009 / / Área 1,
Cesgranrio) O Plano Real de estabilização da economia brasileira, de 1994, levou inicialmente ao(à)
a) congelamento geral de preços e salários.
b) congelamento da taxa de câmbio R$ / US$.
c) estabelecimento de metas de inflação para o Banco Central
do Brasil.
d) valorização do real em relação ao dólar americano.
e) forte expansão das exportações.
Exercício 03
(Pesq-TMQ – Ciências Econômicas – INMETRO, 2010, CESPE) Com relação à evolução do déficit público e da dívida pública
no Brasil a partir da década de 80 do século passado, assinale a opção correta.
a) A redução significativa do superávit primário contribuiu
para elevar a dívida pública no período 2003-2006.
b) A expansão acelerada do investimento público foi o fator predominante no aumento do gasto público, ocorrido durante
a recente crise mundial.
c) Na década de 80 do século passado, a dívida interna líquida do setor público constituía a quase totalidade da dívida líquida
total.
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d) No período anterior à implementação do Plano Real,
somente as receitas do governo eram indexadas, e as despesas do governo, em termos reais, eram reduzidas pela
hiperinflação, fato que contribuiu para diminuir o déficit
operacional.
e) A partir de 2003, registrou-se aumento contínuo da relação
dívida-PIB.
Exercício 04
(ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, FINANÇAS, PREVIC, 2011, CESPE) Acerca de conceitos
relativos à economia e, especialmente, à economia brasileira, julgue os seguintes itens
[103] Em um país qualquer, se o governo centralizar sua
política econômica somente na estabilização da inflação, isso não contribuirá para a melhoria do grau de distribuição de
renda.
Exercício 05
(ANALISTA DE ECONOMIA –PERITO MPU, 2010, CESPE) Acerca
dos conceitos de deficit e dívida pública e do papel do governo na economia, julgue os itens subsequentes.
[91] Um imposto progressivo estabelece uma relação
decrescente entre carga tributária e renda.