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  APRESENTAÇÃO  A constante atualização da legislação brasileira referente à prevenção de acidentes do tra- balho é uma das principais ferramentas à disposição de trabalhadores e empregadores pa- ra garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis.  A Convenção Coletiva de Segurança e Saúde no Trabalho do Setor Elétric o do Estado d e São Paulo, aprovada após amplo debate e negociação entre representantes do Governo, Empresas e Trabalhadores, estabeleceu diretrizes para melhoria e modernização das ativi- dades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, visando prioritariamente valorizar a proteção do trabalhador diretamente em contato com instalações e serviços elé- tricos. O novo texto da Norma Regulamentadora Nº 10, instituída originalmente pela Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho, atual Ministério do Trabalho e Emprego, em vigor desde dezembro de 2004, reflete em grande parte as propostas emanadas do Grupo res- ponsável pela implantação da citada Convenção.  A principal novidade estabelecida na Convenção Coletiva f oi a criação de treinamento es- pecífico em aspectos de Engenharia de Segurança e Saúde no Trabalho, definindo tópicos e duração mínima, cujo teor foi reforçado no texto da NR 10. Para dar seqüência aos trabalhos previstos na Convenção, um grupo de profissionais das entidades partícipes desenvolveu o presente material didático de apoio para atender à de- manda da população eletricitária, que deverá ser atualizado e ampliado permanentemente.  A equipe responsável pelo trabalho efetuou um acurado levantamento de documentação técnica existente nas empresas, em entidades de pesquisa e ainda em livros e publicações editados e disponibilizados à sociedade, consolidando textos para atender aos objetivos específicos da legislação, elaborando outros para preencher as lacunas existentes, sempre preservando as fontes de consulta na Bibliografia.  A equipe, ainda, recomenda enfaticamente que antes da utilização do presente manual pa- ra o treinamento básico da NR-10, as empresas o adaptem às suas particularidades não descritas ou previstas neste documento. Que o presente trabalho possa auxiliar os esforços de trabalhadores, empregadores e go- verno na melhoria das condições de trabalho e na preservação da vida humana é o desejo do Grupo Tripartite de profissionais que o elaborou. COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 3 

CURSO COMPLETO NR10

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APRESENTAO A constante atualizao da legislao brasileira referente preveno de acidentes do tra-balho uma das principais ferramentas disposio de trabalhadores e empregadores pa-ra garantir ambientes de trabalho seguros e saudveis. A Conveno Coletiva de Segurana e Sade no Trabalho do Setor Eltrico do Estado de SoPaulo,aprovadaapsamplodebateenegociaoentrerepresentantesdoGoverno, Empresas e Trabalhadores, estabeleceu diretrizes para melhoria e modernizao das ativi-dadesdegerao,transmissoedistribuiodeenergiaeltrica,visandoprioritariamente valorizar a proteo do trabalhador diretamente em contato com instalaes e servios el-tricos. OnovotextodaNormaRegulamentadoraN10,institudaoriginalmentepelaPortaria 3214/1978doMinistriodoTrabalho,atualMinistriodoTrabalhoeEmprego,emvigor desdedezembrode2004,refleteemgrandeparteaspropostasemanadasdoGrupores-ponsvel pela implantao da citada Conveno. AprincipalnovidadeestabelecidanaConvenoColetivafoiacriaodetreinamentoes-pecfico em aspectos de Engenharia de Segurana e Sade no Trabalho, definindo tpicos e durao mnima, cujo teor foi reforado no texto da NR 10. Para darseqncia aos trabalhos previstos na Conveno, um grupo deprofissionais das entidades partcipes desenvolveu o presente material didtico de apoio para atender de-manda da populao eletricitria, que dever ser atualizado e ampliado permanentemente. Aequiperesponsvelpelotrabalhoefetuouumacuradolevantamentodedocumentao tcnica existente nas empresas, em entidades de pesquisa e ainda em livros e publicaes editadosedisponibilizadossociedade,consolidandotextosparaatenderaosobjetivos especficos da legislao, elaborando outros para preencher as lacunas existentes, sempre preservando as fontes de consulta na Bibliografia. A equipe, ainda, recomenda enfaticamente que antes da utilizao do presente manual pa-raotreinamentobsicodaNR-10,asempresasoadaptemssuasparticularidadesno descritas ou previstas neste documento. Que opresente trabalhopossa auxiliar osesforos de trabalhadores, empregadores e go-verno na melhoria das condies de trabalho e na preservao da vida humana o desejo do Grupo Tripartite de profissionais que o elaborou. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 3 INTRODUO Aeletricidadeaformadeenergiamaisutilizadanasociedadeatual;afacilidadeemser transportadadoslocaisdegeraoparaospontosdeconsumoesuatransformaonor-malmentesimplesemoutrostiposdeenergia,comomecnica,luminosa,trmica,muito contribui para o desenvolvimento industrial. Comcaractersticasadequadasmodernaeconomia,facilmentedisponibilizadaaoscon-sumidores,aeletricidadesobcertascircunstncias,podecomprometeraseguranaea sade das pessoas. Aeletricidadenovista,umfenmenoqueescapaaosnossossentidos,sseperce-bemsuasmanifestaesexteriores,comoailuminao,sistemasdecalefao,entreou-tros. Em conseqncia dessa invisibilidade, a pessoa , muitas vezes, exposta a situaes de risco ignoradas ou mesmo subestimadas. No se trata simplesmente de atividades de treinamento, mas desenvolvimento de capaci-dades especiais que o habilitem a analisar o contexto da funo e aplicar a melhor tcnica de execuo em funo das caractersticas de local, de ambiente e do prprio processo de trabalho. O objetivo bsico deste material permitir ao treinando o conhecimento bsico dos riscos a que se expe uma pessoa que trabalha com instalaes ou equipamentos eltricos, incen-tivar o desenvolvimento de um esprito crtico que lhe permita valorar tais riscos e apresen-tardeformaabrangentesistemasdeproteocoletivaeindividualquedeveroser utilizados na execuo de suas atividades. Desta forma, portanto, o treinamento dirigido preveno de acidentes em nenhuma hip-tese vai substituir treinamentos voltados execuo de tarefas especficas dos eletricistas, permitindo, isto sim, ampliar a viso do trabalhador para garantir sua segurana e sade. Neste material sero apresentados de forma sucinta, entre outros, os conceitos bsicos da eletricidade,ocomportamentodocorpohumanoquandoexpostoaumacorrenteeltrica, as diversas formas de interao e possveis leses nos pontos de contato e no interior do organismo,bemcomoinformaessobreprimeirossocorroseatendimentoememergn-cias. Apassagemdecorrenteeltrica,emfunodoefeitoJoule,fontedecalorque,nas proximidadesdematerialcombustvelnapresenadoar,podegerarumprincpiodein-cndio,einformaesgeraissobreoassuntodevemserabordadas,semprevisandome-lhor preparar o trabalhador para analisar os possveis riscos da sua atividade. Os trabalhos nas reas de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica apresen-tam riscos diferenciados em relao ao consumidor final, e um conhecimento geral das di-versas metodologias de anlise de riscos fundamental para permitir a esperada avaliao crticadascondiesdetrabalho,semaqualpraticamenteimpossvelgarantiraaplica-o dos meios de controle colocados disposio dos trabalhadores. Pode-se afirmar que a evoluo das tecnologias colocadas disposio da sociedade no garantedeimediatoaaplicaesdesistemasdecontroledosriscosaquepoderoestar sujeitosostrabalhadoresqueirointeragircomessesnovosequipamentoseprocessos, cabendoacadapessoaqueatuanoSetorobservarosprocedimentosrelativospreven-odeacidentes,pois,comosediznormalmentenoambientelaboral,ASegurana DEVER de Todos. Destaca-se que o ferramental, EPIs, EPCs, componentes para sinalizao e outros citados nestetrabalhosoapenasalgunsdosnecessriosparaaexecuodasatividades,bem 4 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 5 como, os exemplos de passo a passo ou procedimentos de trabalho, anlise preliminar de riscoeseuscontrolesexemplificadossoorientativosenorepresentamanicaforma paraarealizaodasatividadescomeletricidade,devendocadaempresaouentidadee-ducacional valid-los e adapt-los de acordo com suas particularidades. Nota:Enfatizamosqueasinformaescontidasnestemanualtmcarterorientativoenodeso-breposio a acordos firmados e validados externamente nas empresas ou ainda legislao vigen-te. Enfatizamos ainda que as figuras apresentadas so de carter ilustrativo. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 11 ENERGIA ELTRICA: GERAO, TRANSMISSO E DISTRIBUIO. Introduo A energia eltrica que alimenta as inds-trias,comrcioenossoslaresgerada principalmenteemusinashidreltricas, ondeapassagemdaguaporturbinas geradorastransformamaenergiamec-nica,originadapelaquedadagua,em energia eltrica. No Brasil a GERAO de energia eltrica 80%produzidaapartirdehidreltri-cas, 11% por termoeltricas e o restante poroutrosprocessos.Apartirdausinaaenergiatransformada,emsubesta-eseltricas,eelevadaanveisdetenso(69/88/138/240/440kV)etrans-portadaemcorrentealternada(60Hertz)atravsdecaboseltricos,atas subestaes rebaixadoras, delimitando a fase de Transmisso. J na fase de Distribuio (11,9 / 13,8 / 23 kV), nas proximidades dos centros deconsumo,aenergiaeltricatratadanassubestaes,comseunvelde tenso rebaixado e sua qualidade controlada, sendo transportada por redes el-tricasareas ou subterrneas, constitudas por estruturas (postes, torres, dutos subterrneoseseusacessrios),caboseltricosetransformadoresparanovos rebaixamentos(110/127/220/380V),efinalmenteentregueaosclientes industriais, comerciais, de servios e residenciais em nveis de tenso variveis, de acordo com a capacidade de consumo instalada de cada cliente. Quando falamos em setor eltrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Eltri-co de Potncia (SEP), definido como o conjunto de todas as instalaes e equi-pamentosdestinadosgerao,transmissoedistribuiodeenergiaeltrica at a medio inclusive. Com o objetivo de uniformizar o entendimento importante informar que o SEP trabalhacomvriosnveisdetenso,classificadasemaltaebaixatensoe normalmente com corrente eltrica alternada (60 Hz). Conforme definio dada pela ABNT atravs das NBR (Normas Brasileiras Re-gulamentadoras), considera-se baixa tenso, a tenso superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contnua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contnua, entre fases ou entre fase e terra. Da mesma forma considera-se alta tenso, a tenso superi-or a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contnua, en-tre fases ou entre fase e terra. 12 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Gerao de Energia Eltrica Manuteno So atividades de interveno realizadas nas unidades geradoras, para restabe-lecer ou manter suas condies adequadas de funcionamento. Essas atividades so realizadas nas salas de mquinas, salas de comando, jun-to a painis eltricos energizados ou no, junto a barramentos eltricos, instala-esdeservioauxiliar,taiscomo:transformadoresdepotencial,decorrente, de aterramento, banco de baterias, retificadores, geradores de emergncia, etc. Os riscos na fase de gerao (turbinas/geradores) de energia eltrica so simila-res e comuns a todos os sistemas de produo de energia e esto presentes em diversas atividades, destacando: Instalaoemanutenodeequipamentosemaquinrios(turbinas,ge-rado-res,transformadores,disjuntores,capacitores,chaves,sistemasde medio,etc.); Manuteno das instalaes industriais aps a gerao; Operao de painis de controle eltrico; Acompanhamento e superviso dos processos; Transformao e elevao da energia eltrica; Processos de medio da energia eltrica. Asatividadescaractersticasdageraoseencerram nos sistemas de medio da energia usualmente em tenses de 138 a 500 kV, interface com a transmis-so de energia eltrica. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 13 Transmisso de Energia Eltrica Basicamente est constituda por linhas de condutores destinados a transportar a energia eltrica desde a fase de gerao at a fase de distribuio, abrangen-do processos de elevao e rebaixamento de tenso eltrica, realizados em sub-estaesprximasaoscentrosdeconsumo.Essaenergiatransmitidaem corrente alternada (60 Hz) em elevadas tenses (138 a 500 kV). Os elevados potenciais de transmisso se justificam para evitar as perdas por aquecimento e reduonocustodecondutoresemtodosdetransmissodaenergia,como empregodecaboscommenorbitolaaolongo das imensas extenses a serem transpostas, que ligam os geradores aos centros consumidores.Atividades caractersticas do setor de transmisso: Inspeo de Linhas de Transmisso Neste processo so verificados: o estado da estrutura e seus elementos, a altura dos cabos eltricos, condies da faixa de servido e a rea ao longo da exten-so da linha de domnio. As inspees so realizadas periodicamente por terra ou por helicptero. Manuteno de Linhas de Transmisso Substituio e manuteno de isoladores (dispositivo constitudo de uma srie de discos, cujo objetivo isolar a energia eltrica da estrutura); Limpeza de isoladores; Substituio de elementos pra-raios; Substituio e manuteno de elementos das torres e estruturas; Manuteno dos elementos sinalizadores dos cabos; Desmatamento e limpeza de faixa de servido, etc. Construo de Linhas de Transmisso Desenvolvimentoemcampodeestudosdeviabilidade,relatriosdeim-pacto do meio ambiente e projetos; Desmatamentos e desflorestamentos; Escavaes e fundaes civis; Montagem das estruturas metlicas; Distribuio e posicionamento de bobinas em campo; Lanamento de cabos (condutores eltricos); Instalao de acessrios (isoladores, pra-raios); Tensionamento e fixao de cabos; Ensaios e testes eltricos. Salientamos que essas atividades de construo so sempre realizadas com os circuitos desenergizados, via de regra, destinadas ampliao ou em substitui-oalinhas j existentes, que normalmente esto energizadas. Dessa forma muitoimportanteaadoodeprocedimentosemedidasadequadasdesegu-rana,taiscomo:seccionamento,aterramentoeltrico,equipotencializaode todososequipamentosecabos,dentreoutrosqueasseguremaexecuodo servio com alinha desenergizada (energizada). Comercializao de energia Grandes clientes abastecidos por tenso de 67 kV a 88 kV. 14 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Distribuio de Energia Eltrica o segmento do setor eltrico que compreende os potenciais aps a transmis-so, indo das subestaes de distribuio entregando energia eltrica aos clien-tes. A distribuio de energia eltrica aos clientes realizada nos potenciais: Mdios clientes abastecidos por tenso de 11,9 kV / 13,8 kV / 23 kV; Clientes residenciais, comerciais e industriais at a potncia de 75 kVA (o abastecimentodeenergiarealizadonopotencialde110,127,220e 380 Volts); Distribuio subterrnea no potencial de 24 kV. Adistribuiodeenergiaeltricapossuidiversas etapas de trabalho, conforme descrio abaixo: Recebimento e medio de energia eltrica nas subestaes; Rebaixamento ao potencial de distribuio da energia eltrica; Construo de redes de distribuio; Construo de estruturas e obras civis; Montagens de subestaes de distribuio; Montagensdetransformadoreseacessriosemestruturasnasredesde distribuio; Manuteno das redes de distribuio area; Manuteno das redes de distribuio subterrnea; Poda de rvores; Montagem de cabinas primrias de transformao; Limpeza e desmatamento das faixas de servido; Medio do consumo de energia eltrica; Operao dos centros de controle e superviso da distribuio. Na histria do setor eltrico o entendimento dos trabalhos executados em linha viva esto associados s atividades realizadas na rede de alta teno energizada pelos mtodos: ao contato, ao potencial e distncia e devero ser executados por profissionais capacitados especificamente em curso de linha viva. Manuteno com a linha desenergizada linha morta Todasasatividadesenvolvendomanutenonosetoreltricodevempriorizar ostrabalhoscomcircuitosdesenergizados.Apesardedesenergizadasdevem obedecer a procedimentos e medidas de segurana adequado. Somenteseroconsideradasdesenergizadasasinstalaeseltricasliberadas para servios mediante os procedimentos apropriados: seccionamento, impedi-mento de reenergizao, constatao da ausncia de tenso, instalao de ater-ramentotemporriocomequipotencializaodoscondutoresdoscircuitos, proteodoselementosenergizadosexistentes,instalaodasinalizaode impedimento de energizao. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 15 Manuteno com a linha energizada linha viva Esta atividade deve ser realizada mediante a adoo de procedimentos e meto-dologiasquegarantamaseguranadostrabalhadores.Nestacondiodetra-balho as atividades devem ser realizadas mediante os mtodos abaixo descritos: Mtodo ao contato O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas no fica no mesmo po-tencialdaredeeltrica,poisestdevidamenteisoladodesta,utilizandoequi-pamentosdeproteoindividualeequipamentosdeproteocoletiva adequados a tenso da rede. Mtodo ao potencial o mtodo onde o trabalhador fica em contato direto com a tenso da rede, no mesmo potencial. Nesse mtodo necessrio o emprego de medidas de segu-rana que garantam o mesmo potencial eltrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de vestimenta condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas atravs de cabo condutor eltrico e cinto rede objeto da ati-vidade. Mtodo distncia o mtodo onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distn-ciasegura,atravsdoempregodeprocedimentos,estruturas,equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes apropriados. 16 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP SUMRIO ENERGIA ELTRICA: GERAO, TRANSMISSO E DISTRIBUIO...............................................11 COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 19 CHOQUE ELTRICO O choque eltrico um estmulo rpido no corpo humano, ocasionado pela pas-sagemda corrente eltrica. Essa corrente circular pelo corpo onde ele tornar-se parte do circuito eltrico, onde h uma diferena de potencial suficiente para ven-cer a resistncia eltrica oferecida pelo corpo. Emboratenhamosdito,nopargrafoacima,queocircuitoeltricodevaapre-sentarumadiferenadepotencialcapazdevenceraresistncia eltrica ofere-cidapelocorpohumano,oquedeterminaagravidadedochoqueeltricoa intensidade da corrente circulante pelo corpo. O caminho percorrido pela corrente eltrica no corpo humano outro fator que determinaagravidadedochoque,sendooschoqueseltricosdemaiorgravi-dade aqueles em que a corrente eltrica passa pelo corao. Efeitos Ochoqueeltricopodeocasionarcontraesviolentasdosmsculos,afibrila-o ventricular do corao, leses trmicas e no trmicas, podendo levar a bi-to como efeito indireto as quedas e batidas, etc.Amorteporasfixiaocorrer,seaintensidadedacorrenteeltricafordevalor elevado, normalmente acima de 30 mA e circular por um perodo de tempo re-lativamentepequeno,normalmenteporalgunsminutos.Daanecessidadede umaaorpida,nosentidodeinterromperapassagemdacorrenteeltrica pelocorpo.Amorteporasfixiaadvmdofatododiafragmadarespiraose contrairtetanicamente,cessandoassim,arespirao.Senoforaplicadaa respirao artificial dentro de um intervalo de tempo inferior a trs minutos, o-correr srias leses cerebrais e possvel morte.Afibrilaoventriculardocoraoocorrersehouverintensidadesdecorrente da ordem de 15mA que circulem por perodos de tempo superiores a um quarto desegundo.Afibrilaoventricularacontraodisritimadadocoraoque, nopossibilitandodestaformaacirculaodosanguepelocorpo,resultana falta de oxignio nos tecidos do corpo e no crebro. O corao raramente se re-cupera por si s da fibrilao ventricular. No entanto, se aplicarmos um desfri-bilador, a fibrilao pode ser interrompida e o ritmo normal do corao pode ser restabelecido.Nopossuindotalaparelho,aaplicaodamassagemcardaca permitir que o sangue circule pelo corpo, dando tempo para que se providen-cie o desfribilador, na ausncia do desfribilador deve ser aplicada a tcnica de massagem cardaca at que a vtima receba socorro especializado. Alm da ocorrncia destes efeitos, podemos ter queimaduras tanto superficiais, na pele, como profundas, inclusive nos rgos internos. Porltimo,ochoqueeltricopodercausarsimplescontraesmusculares que,muitoemboranoacarretemdeumaformadiretaleses,fataisouno, comovimosnospargrafosanteriores,poderoorigin-las,contudo,deuma maneira indireta: a contrao do msculo poder levar a pessoa a, involuntari-amente,chocar-secomalgumasuperfcie,sofrendo,assim,contuses,ou mesmo,umaqueda,quandoavitimaestiveremlocalelevado.Umagrande parcela dos acidentes por choque eltrico conduz a leses provenientes de bati-das e quedas. 20 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Fatores determinantes da gravidade Analisaremos,aseguir,osseguintesfatoresquedeterminamagravidadedo choque eltrico: percurso da corrente eltrica; caractersticas da corrente eltrica; resistncia eltrica do corpo humano. Percurso da corrente eltrica Tem grande influncia na gravidade do choque eltrico o percurso seguido pela corrente no corpo. A figura abaixo demonstra os caminhos que podem ser per-corridos pela corrente no corpo humano. Caractersticas da corrente eltrica Outrosfatoresquedeterminamagravidadedochoqueeltricosoascaracte-rsticas da corrente eltrica. Nos pargrafos anteriores vimos que a intensidade da corrente era um fator determinante na gravidade da leso por choque eltri-co; no entanto, observa-se que, para a Corrente Contnua (CC), as intensidades da corrente devero ser mais elevadas para ocasionar as sensaes do choque eltrico, a fibrilao ventricular e a morte. No caso da fibrilao ventricular, esta s ocorrer se a corrente continua for aplicada durante um instante curto e es-pecifico do ciclo cardaco. Ascorrentesalternadasdefreqnciaentre20e100Hertzsoasqueofere-cem maior risco. Especificamente as de 60 Hertz, usadas nos sistemas de for-necimentodeenergiaeltrica,soespecialmenteperigosas,umavezqueelas se situam prximas freqncia na qual a possibilidade de ocorrncia da fibri-lao ventricular maior. Ocorremtambmdiferenasnosvaloresdaintensidadedacorrenteparauma determinadasensaodochoqueeltrico,seavtimafordosexo feminino ou masculino. A tabela abaixo ilustra o que acabamos de dizer. EfeitosCorrente eltrica (mA)- 60Hz HomensMulheres Limiar de percepo.1,10,7 Choque no doloroso, sem perda do controle muscular.1,81,2 Choque doloroso, limiar de largar.16,010,5 Choque doloroso e grave contraes musculares, dificul-dade de respirao. 23,015,0 Diferenas de sensaes para pessoas do sexo feminino e masculino. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 21 Resistncia eltrica do corpo humano A intensidade da corrente que circular pelo corpo da vtima depender, em muito, daresistnciaeltricaqueestaoferecerpassagemdacorrente,etambmde qualqueroutraresistnciaadicionalentreavtimaeaterra.Aresistnciaqueo corpo humano oferece passagem da corrente quase que exclusivamente devida camada externa da pele, a qual constituda de clulas mortas. Esta resistncia est situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele encontra-se seca e no apresenta cortes, e a variao apresentada funo da sua espessura.Quando a pele encontra-se mida, condio mais facilmente encontrada na prtica, a resistncia eltrica do corpo diminui. Cortes tambm oferecem uma baixa resistn-cia. Pelo mesmo motivo, ambientes que contenham muita umidade fazem com que a pele no oferea uma elevada resistncia eltrica passagem da corrente. A pele seca, relativamente difcil de ser encontrado durante a execuo do trabalho, oferecemaiorresistnciaapassagemdacorrenteeltrica.Aresistnciaoferecida pela parte interna do corpo, constituda, pelo sangue msculos e demais tecidos, comparativamentedapelebembaixa,medindonormalmente300ohmsem mdia e apresentando um valor mximo de 500 ohms. As diferenas da resistncia eltrica apresentadas pela pele passagem da corren-te, ao estar seca ou molhada, podem ser grande, considerando que o contato foi feito em um ponto do circuito eltrico que apresente uma diferena de potencial de 120 volts, teremos: mAVMolhada QuandomAVSeca Quando8000 . 15120;. 3 , 0000 . 400120;== == Causas determinantes Veremosaseguirosmeiosatravsdosquaissocriadascondiesparaque uma pessoa venha a sofrer um choque eltrico. Contato com um condutor n energizado Uma das causas mais comuns desses acidentes o contato com condutores a-reos energizados. Normalmente o que ocorre que equipamentos tais como guin-dastes,caminhesbasculantestocamnoscondutores,tornando-separtedo circuito eltrico; ao serem tocados por uma pessoa localizada fora dos mesmos, ou mesmopelomotorista,seeste,aosairdoveculo,mantivercontatosimultneo com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal. Com freqncia, pessoas sofrem choque eltrico em circuitos com banca de capa-citores,osquais,emboradesligadosdocircuitoqueosalimenta,conservampor determinado intervalo de tempo sua carga eltrica. Da a importncia de se seguir as normativas referentes a estes dispositivos. Grande cuidado deve ser observado, ao desligar-se o primrio de transformadores, nos quais se pretende executar algum servio. O risco que se corre que do lado do secundrio pode ter sido ligado algum aparelho, o que poder induzir no prim-rio uma tenso elevadssima. Da a importncia de, ao se desligarem os condutores do primrio de um transformador, estes serem aterrados. 22 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Falha na isolao eltrica Os condutores quer sejam empregados isoladamente, como nas instalaes el-tricas, quer como partes de equipamentos, so usualmente recobertos por uma pelcula isolante. No entanto, a deteriorao por agentes agressivos, o envelhe-cimentonaturalouforadooumesmoousoinadequadodoequipamentopo-dem comprometer a eficcia da pelcula, como isolante eltrico.Veremos, a seguir, os vrios meios pelos quais o isolamento eltrico pode ficar comprometido: Calor e Temperaturas Elevadas A circulao da corrente em um condutor sempre gera calor e, por conseguinte, aumentodatemperaturadomesmo.Esteaumentopodecausararupturade algunspolmeros,deque so feitos alguns materiais isolantes, dos condutores eltricos. Umidade Alguns materiais isolantes que revestem condutores absolvem umidade, como o caso do nylon. Isto faz com que a resistncia isolante do material diminua. Oxidao Estapodeseratribudapresenadeoxignio,oznioououtrosoxidantesna atmosfera.Oozniotorna-seumproblemaespecialemambientesfechados, nosquaisoperemmotores,geradores.Estesproduzememseufuncionamento arcos eltricos, que por sua vez geram o oznio. O oznio o oxignio em sua forma mais instvel e reativa. Embora esteja presente na atmosfera em um grau muitomenordoqueooxignio,porsuascaractersticas,elecriamuitomaior dano ao isolamento do que aquele. Radiao As radiaes ultravioleta tm a capacidade de degradar as propriedades do iso-lamento, especialmente de polmeros. Os processos fotoqumicos iniciados pela radiao solar provocam a ruptura de polmeros, tais como, o cloreto de vinila, a borracha sinttica e natural, a partir dos quais o cloreto de hidrognio pro-duzido.Estasubstnciacausa,ento,reaeserupturasadicionais,compro-metendo, desta forma, as propriedades fsicas e eltricas do isolamento. Produtos Qumicos Osmateriaisnormalmenteutilizadoscomoisolanteseltricosdegradam-sena presena de substncias como cidos, lubrificantes e sais. Desgaste Mecnico As grandes causas de danos mecnicos ao isolamento eltrico so a abraso, o corte, a flexo e toro do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento d-se quando o condutor puxado atravs de uma superfcie cortante. A abra-so tanto pode ser devida puxada de condutores por sobre superfcies abrasi-vas, por orifcios por demais pequenos, quanto sua colocao em superfcies que vibrem, as quais consomem o isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol (material cortante) tambm agridem o isolamento dos condutores. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 23 Fatores Biolgicos Roedoreseinsetospodemcomerosmateriaisorgnicosdequesoconstitu-dos os isolamentos eltricos, comprometendo a isolao dos condutores. Outra forma de degradao das caractersticas do isolamento eltrico a presena de fungos, que se desenvolvem na presena da umidade. Altas Tenses Altastensespodemdarorigemarcoseltricosouefeitoscorona,osquais criamburacosnaisolaooudegradaoqumica,reduzindo,assim,aresis-tncia eltrica do isolamento. Presso O vcuo pode causar o desprendimento de materiais volteis dos isolantes org-nicos,causandovaziosinternoseconseqentevariaonassuasdimenses, perda de peso e conseqentemente, reduo de sua resistividade. QUEIMADURAS A corrente eltrica atinge o organismo atravs do revestimento cutneo. Por es-se motivo, as vitimas de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos queimaduras. Devido alta resistncia da pele, a passagem de corrente eltrica produz altera-es estruturais conhecidas como marcas de corrente. As caractersticas, portanto, das queimaduras provocadas pela eletricidade dife-rem daquelas causadas por efeitos qumicos, trmicos e biolgicos. Emrelaosqueimadurasporefeitotrmico,aquelascausadaspelaeletrici-dadesogeralmentemenosdolorosas,poisapassagemdacorrentepoder destruir as terminaes nervosas. No significa, porm que sejam menos peri-gosas, pois elas tendem a progredir em profundidade, mesmo depois de desfei-to o contato eltrico ou a descarga. A passagem de corrente eltrica atravs de um condutor cria o chamado efeito joule, ou seja, uma certa quantidade de energia eltrica transformada em ca-lor. Essaenergia(Watts)variadeacordocomaresistnciaqueocorpooferece passagem da corrente eltrica, com a intensidade da corrente eltrica e com o tempo de exposio, podendo ser calculada pela expresso: constante) com dt R. (W t x x R W2tt221 = =onde:W-energia dissipada R -resistncia I-intensidade da corrente t-tempo importantedestacarquenohnecessidadedecontatodiretodapessoacom partes energizadas. A passagem da corrente poder ser devida a uma descarga el-trica em caso de proximidade do individuo com partes eletricamente carregadas. 24 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas formas, o que resulta na seguinte classificao; queimaduras por contato; queimaduras por arco voltaico; queimaduras por radiao (em arcos produzidos por curtos-circuitos); queimaduras por vapor metlico. Queimaduras por contato Quando se toca uma superfcie condutora energizada, as queimaduras podem ser locais e profundas atingindo at a parte ssea, ou por outro lado muito pe-quenas, deixando apenas uma pequena mancha branca na pela. Em caso de sobrevir morte, esse ltimo caso bastante importante, e deve ser verificado no exame necrolgico, para possibilitar a reconstruo, mais exata possvel, do caminho percorrido pela corrente. Queimaduras por arco voltaico O arco eltrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente eltrica atravs do ar, e ge-ralmente produzido quando da conexo e desconexo de dispositivos eltricos etambmemcasodecurto-circuito,provocandoqueimadurasdesegundoou terceiro grau. O arco eltrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas. Queimaduras por vapor metlico Nafusodeumelofusveloucondutor,haemissodevaporesederrama-mento de metais derretidos (em alguns casos prata ou estanho) podendo atingir as pessoas localizadas nas proximidades. CAMPOS ELETROMAGNTICOS geradoquandodapassagemdacorrenteeltricanosmeioscondutores.O campoeletromagnticoestpresenteeminmerasatividadeshumanas,tais como trabalhos com circuitos ou linhas energizadas, solda eltrica, utilizao de telefonia celular e fornos de microondas. OstrabalhadoresqueinteragemcomSistemaEltricoPotnciaestoexpostos aocampoeletromagntico,quandodaexecuodeserviosemlinhasde transmissoareaesubestaesdedistribuiodeenergiaeltrica,nasquais empregam-se elevados nveis de tenso e corrente.Osefeitospossveisnoorganismohumanodecorrentedaexposioaocampo eletromagnticosodenaturezaeltricaemagntica.Ondeoempregadofica expostoaocampoondeseucorposofreumainduo, estabelecendo um dife-rencial de potencial entre o empregado e outros objetos inerentes s atividades. A unidade de medida do campo magntico o Ampre por Volt, Gaus ou Tesla cujo smbolo representado pela letra T. Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que pos-suememseucorpoaparelhoseletrnicos,taiscomomarcapasso,aparelhos auditivos,dentreoutros,poisseufuncionamentopodesercomprometidona presena de campos magnticos intenso. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 25 SUMRIO CHOQUE ELTRICO........................................................................................................................ 19 QUEIMADURAS............................................................................................................................... 23 CAMPOS ELETROMAGNTICOS..................................................................................................... 24 _______ A desenergizao um conjunto de aes coordenadas, seqenciadas e controladas, des-tinadas a garantir a efetiva ausncia de tenso no circuito, trecho ou ponto de trabalho, du-rante todo o tempo de interveno e sob controle dos trabalhadores envolvidos. Somente sero consideradas desenergizadas as instalaes eltricas liberadas para traba-lho, mediante os procedimentos apropriados e obedecida a seqncia a seguir: _ o ato de promover a descontinuidade eltrica total, com afastamento adequado entre um circuitooudispositivoeoutro,obtidamedianteoacionamentodedispositivoapropriado (chaveseccionadora,interruptor,disjuntor),acionadopormeiosmanuaisouautomticos, ou ainda atravs de ferramental apropriado e segundo procedimentos especficos. . o estabelecimento de condies que impedem, de modo reconhecidamente garantido, a reenergizaodocircuitoouequipamentodesenergizado,assegurandoaotrabalhadoro controledoseccionamento.Naprticatrata-sedaaplicaodetravamentosmecnicos, por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com sistemas informatizados equivalentes. Deve-se utilizar um sistema de travamento do dispositivo de seccionamento, para o quadro, painel ou caixa de energia eltrica e garantir o efetivo impedimento de reenergizao invo-luntria ou acidental do circuito ou equipamento durante a execuo da atividade que origi-nouoseccionamento.Deve-setambmfixarplacasdesinalizaoalertandosobrea proibio da ligao da chave e indicando que o circuito est em manuteno. Oriscodeenergizarinadvertidamenteocircuitograndeematividadesqueenvolvame-quipes diferentes, onde mais de um empregado estiver trabalhando. Nesse caso a elimina-odoriscoobtidapeloempregodetantosbloqueiosquantosforemnecessriospara execuo da atividade. Dessaforma,ocircuitosernovamenteenergizadoquandooltimoempregadoconcluir seu servio e destravar os bloqueios. Aps a concluso dos servios devero ser adotados os procedimentos de liberao especficos. Adesenergizaodecircuitooumesmodetodososcircuitosnumainstalaodeveser sempre programada e amplamente divulgada para que a interrupo da energia eltrica re-duza os transtornos e a possibilidade de acidentes. A reenergizao dever ser autorizada mediante a divulgao a todos os envolvidos. a verificao da efetiva ausncia de tenso nos condutores do circuito eltrico. Deve ser feita com detectores testados antes e aps a verificao da ausncia de tenso, sendo rea-lizada por contato ou por aproximao e de acordo com procedimentos especficos. . Constatadaainexistnciadetenso,umcondutordoconjuntodeaterramentotemporrio dever ser ligado a uma haste conectada terra. Na seqncia, devero ser conectadas as garras de aterramento aos condutores fase, previamente desligados. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 27 28 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP OBS.:Trabalhar entre dois pontos devidamente aterrados.

. .Define-se zona controlada como, rea em torno da parte condutora energizada, segregada, acessvel,dedimensesestabelecidasdeacordocomnveldetenso,cujaaproximao spermitidaaprofissionaisautorizados,comodispostonoanexoIIdaNormaRegula-mentadora N10. Podendo ser feito com anteparos, dupla isolao invlucros, etc.

.. Dever ser adotada sinalizao adequada de segurana, destinada advertncia e iden-tificao da razo de desenergizao e informaes do responsvel. Oscartes,avisos,placasouetiquetasdesinalizaodotravamentooubloqueiodevem ser claros e adequadamente fixados. No caso de mtodo alternativo, procedimentos espe-cficosdeveroasseguraracomunicaodacondioimpeditivadeenergizaoatodos os possveis usurios do sistema. Somente aps a concluso dos servios e verificao de ausncia de anormalidades, o tra-balhadorprovidenciararetiradadeferramentas,equipamentoseutenslioseporfimo dispositivo individual de travamento e etiqueta correspondente.Os responsveis pelos servios, aps inspeo geral e certificao da retirada de todos os travamentos, cartes e bloqueios, providenciar a remoo dos conjuntos de aterramento, e adotar os procedimentos de liberao do sistema eltrico para operao. A retirada dos conjuntos de aterramento temporrio dever ocorrer em ordem inversa de sua instalao. Os servios a serem executados em instalaes eltricas desenergizadas, mas com possi-bilidade de energizao, por qualquer meio ou razo, devem atender ao que estabeleceo disposto no item 10.6. da NR 10, que diz respeito a segurana em instalaes eltricas de-senergizadas. __ _ ,, __ __ _ Definio Ligao intencional terra atravs da qual correntes eltricas podem fluir. O aterramento pode ser: Funcional: ligao atravs de um dos condutores do sistema neutro. Proteo: ligao terra das massas e dos elementos condutores estranhos ins-talao. Temporrio: ligao eltrica efetiva com baixa impedncia intencional terra, desti-nada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a interveno na instalao eltrica. Esquema de aterramento ConformeaNBR-5410/2004soconsideradososesquemasdeaterramentoTN / TT / IT, cabendo as seguintes observaes sobre as ilustraes e smbolos utilizados: A.As figuras na seqncia, que ilustram os esquemas de aterramento, devem ser interpre-tadas de forma genrica. Elas utilizam como exemplo sistemas trifsicos. As massas in-dicadasnosimbolizamumnico,massimqualquernmerodeequipamentos eltricos. Alm disso, as figuras no devem ser vistas com conotao espacial restrita. Deve-se notar, neste particular, que como uma mesma instalao pode eventualmente abrangermaisdeumaedificao,asmassasdevemnecessariamentecompartilharo mesmoeletrododeaterramento,sepertencentesaumamesmaedificao,maspo-dem, em princpio, estar ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas em di-ferentes edificaes, com cada grupo de massas associado ao eletrodo de aterramento da edificao respectiva. Nas figuras so utilizados os seguintes smbolos: B.Na classificao dos esquemas de aterramento utilizada a seguinte simbologia: primeira letra Situao da alimentao em relao terra: T = um ponto diretamente aterrado; I = isolao de todas as partes vivas em relao terra ou aterramento de um ponto atravs de impedncia; segunda letra Situao das massas da instalao eltrica em relao terra: T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentao; COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 29 30 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP N=massasligadasaopontodaalimentaoaterrado(emcorrentealternada,o ponto aterrado normalmente o ponto neutro); outras letras (eventuais) Disposio do condutor neutro e do condutor de proteo: S = funes de neutro e de proteo asseguradas por condutores distintos; C=funesdeneutroedeproteocombinadasemumnicocondutor(condutor PEN). _ O esquema TN possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, sendo as massas li-gadas a esse ponto atravs de condutores de proteo. So consideradas trs variantes de esquema TN, de acordo com a disposio do condutor neutro e do condutor de proteo, a saber: A.Esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteo so distintos, figura abaixo; ESQUENA TN-S B.Esquema TN-C, no qual as funes de neutro e de proteo so combinadas em um nico condutor, na totalidade do esquema, figura abaixo; ESQUEMA TN-C NOTA: As funes de neutro e de condutor de proteo so combinadas num nico condutor, na to-talidade do esquema. C.Esquema TN-C-S, em parte do qual as funes de neutro e de proteo so combina-das em um nico condutor,figura abaixo; 31 ESQUEMA TN-C-S NOTA:Asfunesdeneutroedecondutordeproteosocombinadasnumnicocondutorem parte dos esquemas. _O esquema TT possui um ponto da alimentao diretamente aterrado, estando as massas dainstalaoligadasaeletrodo(s)deaterramentoeletricamentedistinto(s)doeletrodode aterramento da alimentao, figura abaixo. ESQUEMA TT COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 32 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP _No esquema IT todas as partes vivas so isoladas da terra ou um ponto da alimentao aterrado atravs de impedncia, figura abaixo. As massas da instalao so aterradas, ve-rificando-se as seguintes possibilidades: massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentao, se existente; massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento prprio(s), seja porque no h ele-trododeaterramentodaalimentao,sejaporqueoeletrododeaterramentodas massas independente do eletrodo de aterramento da alimentao (A) (B) (B1) (B2) (B3) 1.O neutro pode ser ou no distribudo; A =sem aterramento da alimentao; B =alimentao aterrada atravs de impedncia; B.1 =massasaterradasemeletrodosseparadoseindependentesdoeletrododeaterra-mento da alimentao; B.2 =massascoletivamenteaterradasemeletrodoindependentedoeletrododeaterra-mento da alimentao; B.3 =massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da alimentao. ESQUEMA IT

O aterramento eltrico de uma instalao tem por funoevitar acidentes geradospela e-nergizao acidental da rede, propiciando rpida atuao do sistema automtico de seccio-namentoouproteo.Tambmtemoobjetivodepromoverproteoaostrabalhadores contra descargas atmosfricas que possam interagir ao longo do circuito em interveno. Esse procedimento dever ser adotado a montante (antes) e a jusante (depois) do ponto de interveno do circuito e derivaes se houver, salvo quando a interveno ocorrer no final do trecho. Deve ser retirado ao final dos servios. A energizao acidental pode ser causada por: Erros na manobra; Fechamento de chave seccionadora; Contato acidental com outros circuitos energizados, situados ao longo do circuito; Tenses induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede; Fontes de alimentao de terceiros (geradores); COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 33 34 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Linhasdedistribuioparaoperaesdemanutenoeinstalaoecolocaode transformador; Torres e cabos de transmisso nas operaes de construo de linhas de transmis-so; Linhasdetransmissonasoperaesdesubstituiodetorresoumanutenode componentes da linha; Descargas atmosfricas. Paracadaclassedetensoexisteumtipodeaterramentotemporrio.Omaisusadoem trabalhos de manuteno ou instalao nas linhas de distribuio um conjunto ou Kit pa-dro composto pelos seguintes elementos: vara ou basto de manobra em material isolante, com cabeotes de manobra; grampos condutores para conexo do conjunto de aterramento com os condutores e a terra; trapziodesuspenso-paraelevaodoconjuntodegramposlinhaeconexo doscabosdeinterligaodasfases,dematerialleveebomcondutor,permitindo perfeita conexo eltrica e mecnica dos cabos de interligao das fases e descida para terra; grampos para conexo aos condutores e ao ponto de terra; cabos de aterramento de cobre, extraflexvel e isolado; trado ou haste de aterramento para ligao do conjunto de aterramento com o so-lo,deveserdimensionadoparapropiciarbaixaresistnciadeterraeboareade contato com o solo. Nas subestaes, por ocasio da manuteno dos componentes, se conecta os componen-tes do aterramento temporrio malha de aterramento fixa, j existente. ______ o procedimento que consiste na interligao de elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessria para os fins desejados. Todas as massas de uma instalao devem estar ligadas a condutores de proteo. Emcadaedificaodeveserrealizadaumaequipotencializaoprincipal,emcondies especificadas, e tantas eqipotencializaes suplementares quantas forem necessrias. Todasasmassasdainstalaosituadasemumamesmaedificaodevemestarvincula-das equipotencializao principal da edificao e, dessa forma, a um mesmo e nico ele-trododeaterramento.Issosemprejuzodeeqipotencializaesadicionaisquesefaam necessrias,parafinsdeproteocontrachoquese/oudecompatibilidadeeletromagnti-ca. Massas simultaneamente acessveis devem estarvinculadasa um mesmoeletrodo deaterra-mento, sem prejuzo de eqipotencializaes adicionais que se faam necessrias, para fins de proteo contra choques e/ou de compatibilidade eletromagntica. Massasprotegidascontrachoqueseltricosporummesmodispositivo,dentrodasregrasda proteo por seccionamento automtico da alimentao, devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento, sem prejuzo de eqipotencializaes adicionais que se faam neces-srias, para fins de proteo contra choques e/ou de compatibilidade eletromagntica. Todo circuito deve dispor de condutor de proteo, em toda sua extenso. NOTA Um condutor de proteo pode ser comum a mais de um circuito, observado o disposto no item 6.4.3.1.5. da NBR 5410/2004, um condutor de proteo pode ser comum a dois ou mais circuitos, desde que esteja instalado no mesmo conduto que os respectivos condutores de fase e sua seo seja dimensionada para a mais severa corrente de falta presumida e o mais longo tempo de atuao do dispositivo de secciona-mento automtico verificados nesses circuitos; ou em funo da maior seo do condutor da fase desses circuitos conforme tabela abaixo.Admite-se que os seguintes elementos sejam excludos das eqipotencializaes: A.suportes metlicos de isoladores de linhas areas fixados edificao que estiverem fora da zona de alcance normal; B.postes de concreto armado em que a armadura no acessvel; C.massas que, por suas reduzidas dimenses (at aproximadamente 50 mm x 50 mm) ou por sua disposio, no possam ser agarradas ou estabelecer contato significativo com parte do corpo humano, desde que a ligao a um condutor de proteo seja difcil ou pouco confi-vel. ___ _ ___ Oprincpiodoseccionamentoautomticodaalimentao,suarelaocomosdiferenteses-quemas de aterramento e aspectos gerais referentes sua aplicao e as condies em que se torna necessria proteo adicional. O seccionamento automtico possui um dispositivo de proteo que dever seccionar automati-camente a alimentao do circuito ou equipamento por ele protegido sempre que uma falta (con-tato entre parte viva e massa, entre parte viva e condutor de proteo e ainda entre partes vivas) no circuito ou equipamento der origem a uma corrente superior ao valor ajustado no dispositivo deproteo,levando-seemcontaotempodeexposiotensodecontato.Cabesalientar que estas medidas de proteo requer a coordenao entre o esquema de aterramento adotado e as caractersticas dos condutores e dispositivos de proteo. O seccionamento automtico de suma importncia em relao a: proteo de contatos diretos e indiretos de pessoas e animais; proteo do sistema com altas temperaturas e arcos eltricos; quando as correntes ultrapassarem os valores estabelecidos para o circuito; proteo contra correntes de curto-circuito; proteo contra sobre tenses. ______ __ _.Esse dispositivo tem por finalidade desligar da rede de fornecimento de energia eltrica, o equipamento ou instalao que ele protege, na ocorrncia de uma corrente de fuga que ex-cedadeterminadovalor,suaatuaodeveserrpida,menordoque0,2segundos(Ex.: DDR), e deve desligar da rede de fornecimento de energia o equipamento ou instalao e-ltrica que protege. necessrioquetantoodispositivoquantooequipamentoouinstalaoeltricaestejam ligados a um sistema de terra. O dispositivo constitudo por um transformador de corren-COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 35 36 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP te, um disparador e o mecanismo liga-desliga. Todos os condutores necessrios para levar acorrenteaoequipamento,inclusiveocondutorterra,passampelotransformadordecor-rente.Estetransformadordecorrentequedetectaoaparecimentodacorrentedefuga. Numa instalao sem defeitos, a somatria das correntes no primrio do transformador de corrente nula, conforme mostra a figura abaixo. Esquema de ligaes do dispositivo de proteo- DDR Emcasodeumafugadecorrenteterra,comomostradonafiguraabaixoasomatria das correntes no primrio do transformador de corrente passa a ser diferente de zero, indu-zindo,destaforma,umatensonosecundrioqueestalimentandoodisparadoreque, num tempo inferior a 0,2 segundos, acionar o interruptor. No balanceamento devido corrente de fuga-DDR Os dispositivos fabricados normalmente tm capacidade de interromper o fornecimento de energiaeltricaaequipamentosouacircuitoseltricosqueoperemcomcorrentesat 160A.Asensibilidadeexigidadodispositivo,paradetectarcorrentesdefuga,depender das caractersticas do circuito em ser instalado (rels de sobre corrente de fase e neutro, rels de alta impedncia,etc).A tabela abaixo apresenta a sensibilidade de vrios dispositivos de proteo para diversas capacidades de interrupo de corrente. Valores das correntes de fuga detectados plos vrios tipos de dispositivo de proteo. Corrente Nominal (A)Corrente Nominal de fuga (m A) 4030 6330 40500 100500 160500 O valor requerido da resistncia de terra nos sistemas de aterramento eltrico, a fim de que tais dispositivos operem, bem pequeno. Admitindo que a mxima tenso de contato per-mitidasejade50volts,temos,paraasvriassensibilidadesdecorrentedefugadadana tabela acima, os seguintes valores requeridos de resistncia de terra: A figura a seguir apresenta a curva caracterstica de disparo do dispositivo DDR com sensi-bilidade para 30 mA. As curvas "a" e "b", no grfico, limitam as faixas de correntes perigo-sas para o ser humano. Temos, ento, a formao de trs regies: Regio l - Os valores de corrente de fuga versus tempo de circulao pelo corpo no tm influncia no ritmo cardaco e no sistema nervoso; RegioII-Aintensidadedecorrenteinsuportvel,inconveniente,passandode50mA aproximadamente;Regio III Alm de causar inconvenincia, causam a fibrilao ventricular, podendo levar a morte. Observamos, portanto, que a curva caracterstica do dispositivo fica situada total-mente fora da Regio III, que a regio perigosa, e que a atuao extremamente rpida, menor do que 30 mS.COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 37 38 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP A faixa hachurada existente entre 15 e 30 mA, identifica a faixa de corrente em que o dispositivo dever operar. Curva caracterstica de disparo do dispositivo de corrente fuga DDR = 30mA Comoobservamos,odispositivoparadetecodacorrentedefugade30mA,nosomente desliga com a ocorrncia de contato com as partes condutoras do aparelho, no pertencentes aos seus circuitos eltricos, ligados terra, como tambm oferece uma proteo a pessoas em caso de contato involuntrio com partes condutoras pertencentes aos circuitos eltricos dos apa-relhos, ou mesmo, em caso de alguma pessoa tocar um aparelho com falha de isolamento. Osdispositivostambmapresentamemsuaconstruoumelementoquepermitequeos mesmos sejam testados de tal modo que podem certificar-nos de que se encontram dentro das especificaes de operao.A limitao no emprego de tais dispositivos reside no fato de que no podem ser empregados para proteger instalaes ouequipamentoseltricos, que apresentem, sob condiesnormais de operao, correntes de fuga de valor superior aquele de operao do dispositivo, como ocor-re com equipamentos, tais como, aquecedores eltricos de gua (chuveiros, torneiras de gua quente, etc.). Para aplicao de dois ou mais destes dispositivos numa dada instalao eltrica, necessrio que cada um disponha de um barramento neutro independente, do contrrio, um interferir no funcionamento do outro. Esquema de ligaes quando se empregam dois dispositivos DDR oportunoressaltarqueodispositivonoprotegercontraosriscosdechoqueeltricouma pessoa que tocar simultanemente dois condutores, pois neste caso as correntes permanecem equilibradas no primrio do transformador, e nenhuma tenso ser induzida no seu secundrio. O dispositivo oferece no somente uma proteo contra os riscos do choque eltrico, mas tam-bm contra os riscos de incndios causados por falhas de isolao dos condutores. _ _ __ ___ _ __ Defini-se como: A.SELV (do ingls separated extra-low voltage): Sistema de extra baixa tenso que e-letricamenteseparadadaterradeoutrossistemasedetalmodoqueaocorrnciade uma nica falta no resulta em risco de choque eltrico. B.PELV (do ingls protected extra-low voltage): Sistema de extra baixa tenso que no eletricamente separado da terra mas que preenche, de modo equivalente, todos os re-quisitos de um SELV. OscircuitosSELVnotmqualquerpontoaterradonemmassasaterradas.Oscircuitos PELV podem ser aterrados ou ter massas aterradas. Dependendo da tenso nominal do sistema SELV ou PELV e das condies de uso, a pro-teo bsica proporcionada por: Limitao da tenso; ou Isolao bsica ou uso de barreiras ou invlucros; Condies ambientais e construtivas em o equipamento esta inserido. Assim,aspartesvivasdeumsistemaSELVouPELVnoprecisamnecessariamenteser inacessveis, podendo dispensar isolao bsica, barreira ou invlucro, no entanto para a-tendimento a este item deve atender as exigncias mnimas da norma NBR 5410/2004.___ _ __ So dispositivos que impedem qualquer contato com partes energizadas das instalaes eltri-cas. So componentes que visam impedir que pessoas ou animaistoquem acidentalmente as partes energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam advertidas de que as partes aces-sveis atravs das aberturas esto energizadas e no devemser tocadas. As barreiras tero que ser robustas, fixadas de forma segura e tenham durabilidade, tendo como fator de referncia o ambiente em que est inserido. S podero ser retirados com chaves ou ferramentas apropriadas e tambm como predisposio uma segunda barreira ou isolao que no possa ser retirada sem ajuda de chaves ou ferramentas apropriadas. Ex.: Telas de proteo com parafusos de fixao e tampas de painis, etc. O uso de barreiras ou invlucros, como meio de proteo bsica, destina-se a impedir qualquer contato com partes vivas. As partes vivas devem ser confinadas no interior de invlucros ou atrs de barreiras que garan-tam grau de proteo.Quando o invlucro ou barreira compreender superfcies superiores, horizontais, que sejam dire-tamente acessveis, elas devem garantir grau de proteo mnimo. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 39 40 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP _____ _ ____ Bloqueio a ao destinada a manter, por meios mecnicos um dispositivo de manobra fi-xo numa determinada posio, de forma a impedir uma ao no autorizada, em geral utili-zam cadeados. Dispositivosdebloqueiosoaquelesqueimpedemoacionamentooureligamentodedis-positivosdemanobra.(chaves,interruptores),importantequetaisdispositivospossibili-tem mais de um bloqueio, ou seja, a insero de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultneos de mais de uma equipe de manuteno. Todaaodebloqueiodeveestaracompanhadadeetiquetadesinalizao,comonome do profissional responsvel, data, setor de trabalho e forma de comunicao. Asempresasdevempossuirprocedimentospadronizadosdosistemadebloqueio,docu-mentadoedeconhecimentodetodosostrabalhadores,almdeetiquetas,formulriose ordens documentais prprias. Cuidado especial deve ser dado ao termo Bloqueio, que no SEP (Sistema Eltrico de Po-tncia)tambmconsistenaaodeimpedimentodereligamentoautomticodoequipa-mentodeproteodocircuito,sistemaouequipamentoeltrico.Isto,quandohalgum problema na rede, devido a acidentes ou desfunes, existem equipamentos destinados ao religamentoautomticodoscircuitos,quereligamautomaticamentetantasvezesquanto estiver programado e, conseqentemente, podem colocar em perigo os trabalhadores.Quandosetrabalhaemlinhaviva,obrigatrioobloqueiodesteequipamento,poissee-ventualmente houver algum acidente ou um contato ou uma descarga indesejada o circuito sedesligaatravsdaaberturadoequipamentodeproteo,desenergizando-oenoreli-gando automaticamente. Essa ao tambm denominada bloqueio do sistema de religamento automtico e pos-sui um procedimento especial para sua execuo. ____ _ __ Os obstculos so destinados a impedir o contato involuntrio com partes vivas, mas no o contatoquepoderesultardeumaaodeliberadaevoluntriadeignoraroucontornaro obstculo. Os obstculos devem impedir: A.Uma aproximao fsica no intencional das partes energizadas; B.Contatosnointencionaiscompartesenergizadasduranteatuaessobreoequipa-mento, estando o equipamento em servio normal. Os obstculos podem ser removveis sem auxlio de ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoo involuntria. As distncias mnimas a serem observadas nas passagens destinadas operao e/ou ma-nuteno so aquelas indicadas na tabela abaixo e ilustradas na figura. Em circunstancias particulares, pode ser desejvel a adoo de valores maiores, visando a segurana. Distncias mnimas a serem obedecidas nas passagens destinadas operao e/ou manuteno quando for assegurada proteo parcial por meio de obstculos SituaoDistncia 1.Distncia entre obstculos, entre manpulos de dispositivos eltricos (punhos, volantes, alavancas etc.), entre obstculos e parede ou entre manpulos e pa-rede 700 mm 2.Altura da passagem sob tela ou painel2.000 mm NOTA: As distncias indicadas so vlidas considerando-se todas as partes dos painis devidamente mon-tadas e fechadas Passagens com proteo parcial por meio de obstculos. ___ __ __ _ Soelementosconstrudoscommateriaisdieltricos(nocondutoresdeeletricidade)que tm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que esta energizadas, para que os servios possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador.O isolamento deve ser compatveis com os nveis de tenso do servio. Esses dispositivos devem ser bem acondicionados para evitar acumulo de sujeira e umida-de, que comprometam a isolao e possam torn-los condutivos. Tambm devem ser ins-pecionados a cada uso e serem submetidos a testes eltricos anualmente. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 41 42 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Exemplos: Coberturas circular isolante (em geral so de polietileno, polipropileno e polidracon); Mantas ou lenol de isolante; Tapetes isolantes; Coberturas isolantes para dispositivos especficos (Ex. postes). ___ __ ___ Este tipo de proteo normalmente aplicado a equipamentos portteis, tais como furadei-raseltricasmanuais,osquaisporseremempregadosnosmaisvariadoslocaisecondi-esdetrabalho,emesmoporsuasprpriascaractersticas,requeremoutrosistemade proteo,quepermitaumaconfiabilidademaiordoqueaquelaoferecidaexclusivamente pelo aterramento eltrico. A proteo por isolao dupla ou reforada realizada, quando utilizamos uma segunda i-solao, para suplementar aquela normalmente utilizada, e para separar as partes vivas do aparelho de suas partes metlicas. Paraaproteodaisolaogeralmentesoprescritosrequisitosmaisseverosdoquea-queles estabelecidos para a isolao funcional. Entre a isolao funcional e a de proteo, pode ser usada uma camada de metal, que as separe,totalmenteouemparte.Ambasasisolaes,porm,podemserdiretamenteso-brepostas uma outra. Neste caso as isolaes devem apresentar caractersticas tais, que a falha em uma delas no comprometa a proteo e no estenda outra. Como a grande maioria das causas de acidentes so devidas aos defeitos nos cabos de a-limentao e suas ligaes ao aparelho, um cuidado especial deve ser tomado com relao a este ponto no caso da isolao dupla ou reforada. Deve ser realizada de tal forma que a probabilidade de transferncia de tenses perigosas a partes metlicas susceptveis de se-rem tocadas, seja a menor possvel. Osmboloutilizadoparaidentificarotipodeproteoporisolaoduplaoureforadaem equipamentosomostradonafiguraaolado,normalmenteimpressodeformavisvelna superfcie externa do equipamento. __ __ __ Neste item estaremos tratando das distncias mnimas a serem obedecidas nas passagens destinadasaoperaoe/oumanuteno,quandoforasseguradaaproteoparcialpor meio de obstculos. Partessimultaneamenteacessveisqueapresentempotenciaisdiferentesdevemsesituar fora da zona de alcance normal. 1.Considera-se que duas partes so simultaneamente acessveis quando o afastamento entre elas no ultrapassa 2,50 m. 2.Define-se como zona de alcance normal o volume indicado na figura abaixo. Onde: S = superfcie sobre a qual se postam ou circulam pessoas. Zona de alcance normal Se, em espaos nos quais for prevista normalmente a presena ou circulao de pessoas houver obstculo (por exemplo, tela), limitando a mobilidade no plano horizontal, a demar-cao da zona de alcance normal deve ser feita a partir deste obstculo.No plano vertical, a delimitao da zona de alcance normal deve observar os 2,50 m da su-perfcie S, tal como indicado na figura acima, independentemente da existncia de qualquer obstculo com grau de proteo das partes vivas. Emlocaisondeobjetoscondutivoscompridosouvolumososforemmanipuladoshabitual-mente, os afastamentos exigidos como acima descritos devem ser aumentados levando-se em conta as dimenses de tais objetos. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 43 44 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP ___ ___ UmadasmedidasdeproteocontrachoqueseltricosprevistasnaNBR5410/2004,a chamada "separao eltrica." Ao contrrio da proteo por seccionamento automtico da alimentao, ela no se presta a uso generalizado. Pela prpria natureza, uma medida de aplicao mais pontual. Isso no impediu que ela despertasse, uma certa confuso entre os profissionais de instalaes. Alegam-se conflitos entre as disposies da medida e a prtica de instalaes.O questionamento comea com a lembrana de que a medida "proteo por separao el-trica", tal como apresentada pela NBR 5410/2004, se traduz pelo uso de um transformador deseparaocujocircuitosecundrioisolado(nenhumcondutorvivoaterrado,inclusive neutro).Lembra ainda que pelas disposies da norma a(s) massa(s) do(s) equipamento(s) alimen-tado(s) no deve(m) ser aterrada(s) e nem ligada(s) a massas de outros circuitos e/ou a e-lementos condutivos estranhos instalao - embora o documento exija que as massas do circuito separado (portanto, quando a fonte de separao alimenta mais de um equipamen-to) sejam interligadas por um condutor PE prprio, de equipotencializao. Exemplo de instalaes que possuem separao eltrica so salas cirrgicas de hospitais, emqueosistematambmisolado,usando-seigualmenteumtransformadordesepara-o, mas todos os equipamentos por ele alimentados tm suas massas aterradas. Aseparaoeltrica,comomencionado,umamedidadeaplicaolimitada.Aproteo contra choques (contra contatos indiretos) que ela proporciona repousa: numaseparao,entreocircuitoseparadoeoutroscircuitos,incluindoocircuito primrio que o alimenta, equivalente na prtica dupla isolao; na isolao entre o circuito separado e a terra; e, ainda, naausnciadecontatoentrea(s)massa(s)docircuitoseparado,deumlado,ea terra, outras massas (de outros circuitos) e/ou elementos condutivos, de outro. O circuito separado constitui um sistema eltrico "ilhado". A segurana contra choques que ele oferece baseia-se na preservao dessas condies. Os transformadores de separao utilizados na alimentao de salas cirrgicas tambm se destinam a criar um sistema isolado. Mas no por ser o transformador de separao que seu emprego significa necessariamente proteo por separao eltrica. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 45 SUMRIO DESENERGIZAO......................................................................................................................... 27 ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN / TT / IT); DE PROTEO, TEMPORRIO. ................................. 29 EQUIPOTENCIALIZAO................................................................................................................ 34 SECCIONAMENTO AUTOMTICO DA ALIMENTAO.................................................................... 35 DISPOSITIVOS A CORRENTE DE FUGA.......................................................................................... 35 EXTRA BAIXA TENSO: SELV E PELV........................................................................................... 39 BARREIRAS E INVLUCROS .......................................................................................................... 39 BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS...................................................................................................... 40 OBSTCULOS E ANTEPAROS ........................................................................................................ 40 ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS ................................................................................................ 41 ISOLAO DUPLA OU REFORADA............................................................................................... 42 COLOCAO FORA DE ALCANCE .................................................................................................. 42 SEPARAO ELTRICA.................................................................................................................. 44 NBR 5410 INSTALAES ELTRICAS DE BAIXA TENSO Objetivo EstaNormaestabeleceascondiesqueasinstalaeseltricasdebaixatensodevem satisfazer a fim de garantir a segurana de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalao e a conservao dos bens. EstaNormaaplica-seprincipalmentesinstalaeseltricasdeedificao,residencial, comercial, pblico, industrial, de servios, agropecurio, hortigranjeiro, etc. Esta Norma aplica-se s instalaes eltricas: A.em reas descobertas das propriedades, externas s edificaes; B.reboquesdeacampamento(trailers),locaisdeacampamento(campings),marinase instalaes anlogas; C.canteiros de obra, feiras, exposies e outras instalaes temporrias. D.aoscircuitoseltricosalimentadossobtensonominaligualouinferiora1 000 Vem corrente alternada, com freqncias inferiores a 400 Hz, ou a 1 500 V em corrente con-tinua; E.aoscircuitoseltricos,quenoosinternosaosequipamentos,funcionandosobuma tenso superior a 1 000 V e alimentados atravs de uma instalao de tenso igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada (por exemplo, circuitos de lmpadas a descar-ga, precpitadores eletrostticos etc.); F.a toda fiao e a toda linha eltrica que no sejam cobertas pelas normas relativas aos equipamentos de utilizao; G.s linhas eltricas fixas de sinal (com exceo dos circuitos internos dos equipamentos). NOTA: A aplicao s linhas de sinal concentra-se na preveno dos riscos decorrentes das influn-cias mtuas entre essas linhas e as demais linhas eltricas da instalao, sobretudo sob os pontos devistadaseguranacontrachoqueseltricos,daseguranacontraincndioseefeitostrmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagntica. Esta Norma aplica-se s instalaes novas e a reformas em instalaes existentes. NOTA: Modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos eltricos, inclusive de sinal, ou substituir equipamentos existentes, no caracterizam necessariamente uma reforma ge-ral da instalao. Esta Norma no se aplica a: A.instalaes de trao eltrica; B.instalaes eltricas de veculos automotores; C.instalaes eltricas de embarcaes e aeronaves; D.equipamentosparasupressodeperturbaesradioeltricas,namedidaemqueno comprometam a segurana das instalaes; E.instalaes de iluminao pblica; F.redes pblicas de distribuio de energia eltrica; G.instalaes de proteo contra quedas diretas de raios. No entanto, esta Norma consi-dera as conseqncias dos fenmenos atmosfricos sobre as instalaes (por exemplo, seleo dos dispositivos de proteo contra sobretenses); COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 47 H.instalaes em minas; I.instalaes de cercas eletrificadas. Os componentes da instalao so considerados apenas no que concerne sua seleo e condies de instalao. Isto igualmente vlido para conjuntos em conformidade com as normas a eles aplicveis. AaplicaodestaNormanodispensaoatendimentoaoutrasnormascomplementares, aplicveis as instalaes e locais especficos. NOTA: So exemplos de normas complementares a esta Norma as ABNT NBR 13534, ABNT NBR 13570 e ABNT NBR 5418. AaplicaodestaNormanodispensaorespeitoaosregulamentosdergospblicos aos quais a instalao deva satisfazer. AsinstalaeseltricascobertasporestaNormaestosujeitastambm,naquiloquefor pertinente, s normas para fornecimento de energia estabelecida pelas autoridades regula-doras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade. NBR 14039 INSTALAES ELTRICAS DE MDIA TENSO DE 1,0KV A 36,2KV Objetivo EstaNormaestabeleceumsistemaparaoprojetoeexecuodeinstalaeseltricasde mdia tenso, com tenso nominal de 1,0kV a 36,2 kV, freqncia industrial, de modo a garantir segurana e continuidade de servio. Esta Norma aplica-se a partir de instalaes alimentadas pelo concessionrio, o que corres-pondeaopontodeentregadefinidoatravsdalegislao vigenteemanadada AgnciaNa-cional de Energia Eltrica (ANEEL). Esta Norma tambm se aplica as instalaes alimentadas por fonte prpria de energia em mdia tenso. Esta Norma abrange as instalaes de gerao, distribuio e utilizao de energia eltrica, sem prejuzo das disposies particulares relativas aos locais e condies especiais de uti-lizaoconstantes nas respectivas normas. Asinstalaes especiais tais como martimas, de trao eltrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (nenio e semelhantes), de-vem obedecer, alm desta Norma, s normas especificas aplicveis em cada caso. As prescries destaNormaconstituem asexigncias mnimasa que devem obedecer as instalaes eltricas s quais se refere, para que no venham, por suas deficincias, preju-dicar e perturbar as instalaes vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e conser-vao dos bens e do meio ambiente. 48 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Esta Norma aplica-se s instalaes novas, s reformas em instalaes existentes e s ins-talaes de carter permanente ou temporrio. NOTA: Modificaes destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou substituir os exis-tentes no implicam necessariamente reforma total da instalao. Os componentes da instalao so considerados apenas no que concerne sua seleo e s suas condies de instalao. Isto igualmente vlido para conjuntos pr-fabricados de componentes que tenham sido submetidos aos ensaios de tipo aplicveis. AaplicaodestaNormanodispensaorespeitoaosregulamentosdergospblicos aos quais a instalao deva satisfazer. Em particular, no trecho entre o ponto de entrega e a origem da instalao, pode ser necessrio, alm das prescries desta Norma, o atendi-mento das normas e/ou padres do concessionrio quanto conformidade dos valores de graduao(sobrecorrentestemporizadaseinstantneasdefase/neutro)ecapacidadede interrupo da potncia de curto-circuito. NOTA: A Resoluo 456:2000 da ANEEL define que ponto de entrega ponto de conexo do siste-ma eltrico da concessionria com as instalaes eltricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento. Esta norma aplica-se: Na construo e manuteno das instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 a 36,2 kV a partir do ponto de entrega definido pela legislao vigente incluindo as instalaes de gera-o,distribuiodeenergiaeltrica.Devemconsiderararelaocomasinstalaesvizi-nhas a fim de evitar danos s pessoas, animais e meio ambiente. Esta norma no se aplica: s instalaes eltricas de concessionrios dos servios de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica, no exerccio de suas funes em servio de utilidade pblica; s instalaes de cercas eletrificadas; Trabalhos com circuitos energizados. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 49 50 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP SUMRIO NBR 5410 INSTALAES ELTRICAS DE BAIXA TENSO.............................................................47 NBR 14039 INSTALAES ELTRICAS DE MDIA TENSO DE 1,0KV A 36,2KV..........................48 _____ ________ . Definir procedimentos bsicos para execuo de atividades/trabalhos em sistema e instala-es eltricas desenergizadas. Aplica-sesreasenvolvidasdiretaouindiretamentenoplanejamento,programao,co-ordenao e execuo das atividades, no sistema ou instalaes eltricas desenergizadas. Isolamentos eltricos do equipamento ou instalao, eliminando a possibilidade de energi-zaoindesejada,indisponibilizandooperaoenquantopermaneceracondiodeim-pedimento. .. Empregado da empresa ou de terceirizada que assume a coordenao e superviso efetiva dos trabalhos. responsvel pela viabilidade da execuo da atividade e por todas as medidas necess-riasseguranadosenvolvidosnaexecuodasatividades,deterceiros,edasinstala-es,bemcomoportodososcontatosemtemporealcomareafuncionalresponsvel pelo sistema ou instalao. __ __. Documento emitido para solicitar a rea funcional responsvel pelo sistema ou instalao, o impedimento de equipamento, sistema ou instalao, visando a realizao de servios. Deve conter as informaes necessrias realizao dos servios, tais como: descrio do servio,nmerodoprojeto,local,trecho/equipamentoisolado,data,horrio,condiesde isolamento, responsvel, observaes, emitente, entre outros. __ .__. a autorizao fornecida pela rea funcional, ao responsvel pelo servio, liberando e autori-zando a execuo dos servios. A AES parte integrante do documento PES. _ Todainterrupoprogramadadofornecimentodeenergiaeltrica,devesercomunicada aos clientes afetados formalmente com antecedncia contendo data, horrio e durao pr-determinados do desligamento. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 53 54 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP __ Interrupodofornecimentodeenergiaeltricasemavisoprvioaosclientesafetados,se justifica por motivo de fora maior, caso fortuito ou pela existncia de risco iminente integri-dade fsica de pessoas, instalaes ou equipamentos.

Todainterrupoprovocadapelaatuaodeequipamentosdeproteocomreligamento automtico. Todoserviodeveserplanejadoantecipadamenteeexecutadoporequipesdevidamente treinadaseautorizadasdeacordocomaNR-10daportaria3214/MTB/78ecomautiliza-o de equipamentos aprovados pela empresa e em boas condies de uso. Oresponsvelpeloservio,deverestardevidamenteequipadocomumsistemaquega-ranta a comunicao confivel e imediata rea funcional responsvel pelo sistema ou insta-lao durante todo o perodo de execuo da atividade. . O empregado que coordenar a execuo das atividades/trabalhos em sistema e instalaes eltricas desenergizadas, ter como responsabilidades: Apresentarosprojetosaseremanalisados,comosrespectivosestudosdeviabili-dade, tempo necessrio para execuo das atividades/trabalhos; Definir os recursos materiais e humanos para cumprimento do planejado; Entregar os projetos que envolverem alteraode configurao do sistema e insta-laes eltricas rea funcional responsvel. ._ A rea funcional responsvel pelo sistema ou instalao ter como atribuio avaliar as ma-nobras, de forma a minimizar os desligamentos necessrios com a mxima segurana, anali-sandooimpacto(produo,indicadores,seguranadostrabalhadores,custos,etc.)do desligamento. __. A equipe responsvel pela execuo dos servios dever providenciar: Os levantamentos de campo necessrios execuo do servio; Os estudos de viabilidade de execuo dos projetos; Todos os materiais, recursos humanos e equipamentos necessrios para execuo dos servios nos prazos estabelecidos; Documentao para Solicitao de Impedimento de Equipamento; Todo impedimento de equipamento deve ser oficializado junto rea funcional res-ponsvel, atravs do documento PES, ou similar. NOTAS Servios que no se enquadrarem dentro dos prazos de programao e que no sejam de emergn-cia, devem ser solicitados rea funcional responsvel pelo sistema ou instalao, com justificativa por escrito e se aprovados so de responsabilidade da rea executante, o aviso da interrupo a to-dos os envolvidos. Qualquer impacto do no cumprimento dos prazos e do no aviso aos envolvidos de responsabilidade da rea executante. Quando da liberao do sistema ou instalao com a necessidade de manobras, deve-se observar os prazos mnimos exigidos. A interveno no sistema ou instalao eltrica que envolver outras reas ou empresas (concessio-nrias) deve ter sua programao efetuada em conformidade com os critrios e normas estabeleci-dos no Acordo Operativo existente, envolvendo no planejamento todas as equipes responsveis pela execuo dos servios. ___ O PES dever ser emitido para cada servio, quando de impedimentos distintos. Quando houver dois ou mais servios que envolvam o mesmo impedimento, sob a coordena-o do mesmo responsvel, ser emitido apenas um PES. Nos casos em que, para um mesmo impedimento, houver dois ou mais responsveis, obri-gatoriamente ser emitido um PES para cada responsvel, mesmo que pertenam a mes-ma rea. Quandonaprogramaodeimpedimentoexistiralteraodeconfiguraodosistemaou instalao, dever ser encaminhado rea funcional responsvel pela atividade, o projeto atualizado. Caso no exista a possibilidade de envio do projeto atualizado, de responsabi-lidadedorgoexecutanteelaborarumcroquicontendotodososdetalhesnecessrios que garantam a correta visualizao dos pontos de servio e das alteraes de rede a se-rem executadas. _ _ Informaes que devero constar na Programao da Manobra: Data, horrio previsto para inicio e fim do servio; Descrio sucinta da atividade; Nome do responsvel pelo servio; Dados dos clientes interrompidos, rea ou linha de produo; Trecho eltrico a ser desligado, identificado por pontos significativos; Seqncia das manobras necessrias para garantir a ausncia de tenso no trecho do servio e a segurana nas operaes; Seqncia de manobras para retorno situao inicial; Divulgao do desligamento programado, aos envolvidos; Asreas/clientesafetadospelodesligamentoprogramadodevemserinformadas com antecedncia da data do desligamento. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 55 56 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP .__ Depois de efetuada a programao e o planejamento da execuo da atividade, a rea fun-cional responsvel,deixaro documentoPES, disponvel no sistemapara consultaeutili-zao dos rgos envolvidos. Ficar a cargo do gestor da rea executante, a entrega da via impressa do PES aprovado, ao responsvel pelo servio, que dever estar de posse do documento no local de trabalho. CasooresponsvelpeloservionoestejadepossedoPES/AES,areafuncionalres-ponsvel no autorizar a execuo do desligamento. Oimpedimentodoequipamento/instalaodependedasolicitaodiretadoresponsvel pelo servio rea funcionalresponsvel, devendoeste j se encontrarno local ondese-ro executados os servios. Havendonecessidadedesubstituiodoresponsvelpeloservio,areaexecutantede-ver informar rea funcional responsvel o nome do novo responsvel pelo servio, com maior antecedncia, justificando formalmente a alterao.ParatodoPESdeversergeradaumaOrdemdeServio-OSouPedidodeTurmade Emergncia - PTE (ou documento similar). Areafuncionalresponsvelautorizaroinciodaexecuodaatividadeapsconfirmar com o responsvel pelo servio, os dados constantes no documento em campo, certifican-do-se de sua igualdade. Aps a concluso das atividades e liberao do responsvel pelo servio, a rea funcional responsvel, coordenar o retorno configurao normal de operao, retirando toda a do-cumentao vinculada execuo do servio. Para garantir a segurana de todos envolvidos na execuo das atividades caso haja mais de uma equipe trabalhando em um mesmo trecho, a normalizao somente poder ser au-torizada pela rea funcional responsvel aps a liberao do trecho por todos os respons-veis. Nos casos em queos servios no foremexecutados ou executados parcialmente confor-me a programao, o responsvel pelo servio dever comunicar rea funcional respon-svel, para adequao da base de dados e reprogramao dos servios. . Adeterminaodoregimedeemergnciaparaarealizaodeservioscorretivosde responsabilidade do rgo executante. Todoimpedimentodeemergnciadeversersolicitadodiretamentereafuncionalres-ponsvel, informando: O motivo do impedimento; O nome do solicitante e do responsvel pelo servio; Descrio sucinta e localizao das atividades a serem executadas; Tempo necessrio para a execuo das atividades; Elemento a ser impedido. A rea funcional responsvel dever gerar uma Ordem de Servio - OS ou Pedido de Turma de Emergncia - PTE (ou similar) e comunicar, sempre que possvel, os clientes afetados. Aps a concluso dos servios e conseqente liberao do sistema ou instalaes eltricas por parte do responsvel pelo servio, rea funcional responsvel coordenar o retorno configurao normal de operao, retirando toda a documentao vinculada execuo do servio. ________ . Definirprocedimentosbsicosparaliberaodaexecuodeatividades/trabalhosemcir-cuitos e instalaes eltricas desenergizadas. Aplica-se s reas envolvidas direta ou indiretamente no planejamento, programao, libe-rao, coordenao e execuo de servios no sistema ou instalaes eltricas. irregularidade total ou parcial em um equipamento, componente da rede ou instalao, com ousematuaodedispositivosdeproteo,supervisoousinalizao,impedindoqueo mesmo cumpra sua finalidade prevista em carter permanente ou temporrio. _ Irregularidadeemumequipamentooucomponentedocircuitoeltrico,queimpedeoseu correto funcionamento, podendo acarretar sua indisponibilidade. interrupo no fornecimento de energia eltrica por determinado espao de tempo, progra-mado e com prvio aviso aos clientes envolvidos. Interrupo no fornecimento de energia eltrica sem prvio aviso aos clientes. Constatadaanecessidadedaliberaodedeterminadoequipamentooucircuito,dever ser obtido o maior nmero possvel de informaes para subsidiar o planejamento. No planejamento ser estimado o tempo de execuo dos servios, adequao dos materi-ais,previsodeferramentasespecficasediversas,nmerodeempregados,levando-se em considerao o tempo disponibilizado na liberao. As equipes sero dimensionadas e alocadas, garantindo a agilidade necessria obteno do restabelecimento dos circuitos com a mxima segurana no menor tempo possvel. Na definio das equipes e dos recursos alocados sero considerados todos os aspectos, tais como: comprimento do circuito, dificuldade de acesso, perodo de chuvas, existncia de cargas e clientes especiais.Nadefinioeliberaodosservios,seroconsideradosospontosestratgicosdoscir-cuitos, tipo de defeito, tempo de restabelecimento, importncia do circuito, comprimento do trecho a ser liberado, cruzamento com outros circuitos, seqncia das manobras necess-rias para liberao dos circuitos envolvidos. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 57 58 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Na liberao dos servios, para minimizar a rea a ser atingida pela falta de energia eltrica durante a execuo dos servios, a rea funcional responsvel dever manter os cadastros atualizados de todos os circuitos. Antes de iniciar qualquer atividade o responsvel pelo servio deve reunir os envolvidos na liberao e execuo da atividade e: A.Certificar-sedequeosempregadosenvolvidosnaliberaoeexecuodosservios esto munidos de todos os EPIs necessrios; B.Explicaraosenvolvidosasetapasdaliberaodosserviosaseremexecutadoseos objetivos a serem alcanados; C.Transmitir claramenteas normas de seguranaaplicveis, dedicandoespecial ateno execuo das atividades fora de rotina; D.Certificar de que os envolvidos esto conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e porque fazer.

O programa de manobra deve ser conferido por um empregado diferente daquele que o e-laborou. Osprocedimentosparalocalizaodefalhas,dependeespecificamentedafilosofiaepa-dres definidos por cada empresa, e devem ser seguidos na ntegra conforme procedimen-tos homologados, impedindo as improvisaes do restabelecimento. Em caso de qualquerdvida quanto a execuo da manobrapara liberaoou trabalho o executante dever consultar o responsvel pela tarefa ou a rea funcional responsvel so-bre quais os procedimentos que devem ser adotados para garantir a segurana de todos. A liberao para execuo de servios (manuteno, ampliao, inspeo ou treinamento) nopoderserexecutadasemqueoempregadoresponsvelestejadepossedodocu-mento especfico, emitido pela rea funcional responsvel, que autorize a liberao do ser-vio. Havendoanecessidadedeimpediraoperaooucondicionarasaesdecomandode determinadosequipamentos,deve-secolocarsinalizaoespecificaparaestafinalidade, de modo a propiciar um alerta claramente visvel ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos. As providncias para retorno operao de equipamentos ou circuitos liberados para ma-nuteno no devem ser tomadas sem que o responsvel pelo servio tenha devolvido to-dos os documentos que autorizavam sua liberao. ____ __ ___ Asinalizaodeseguranaconsistenumprocedimentopadronizadodestinadoaorientar, alertar,avisareadvertiraspessoasquantoaosriscosoucondiesdeperigoexistentes, proibies de ingresso ou acesso e cuidados e identificao dos circuitos ou parte dele. de fundamental importncia a existncia de procedimentos de sinalizao padronizados, documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (prprios e prestadores de servios). Os materiais de sinalizao constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, sinalizador, pla-ca, etc. _ _ Finalidade Destinada advertir as pessoas quanto ao perigo de ultrapassar reas de-limitadasondehajaapossibilidadedechoqueeltrico,devendoser instalada em carter permanente. _ Finalidade Destinadaaadvertirparaofatodoequipamentoemreferncia estar includo na condio de segurana, devendo a placa ser co-locada no comando local dos equipamentos. _. Finalidade Destinadaaadvertirparaofatodoequipamentoemreferncia, mesmoestandonointeriorda readelimitadapara trabalhos,en-contrar-se energizado. _ Finalidade Destinadaaalertarquantoapossibilidadedeexposioarudo excessivoepartesvolantes,quandodepartidaautomticade grupos auxiliares de emergncia. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 59 60 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP _ Finalidade Destinadaaadvertirquantoaoperigodeexploso,quandodo contatodefontesdecalorcomosgasespresentesemsalasde baterias e depsitos de inflamveis, devendo a mesma ser afixada no lado externo. _ Finalidade Destinadaaalertarquantoobrigatoriedadedousodedeterminado equipamento de proteo individual. _ Finalidade Destinadaaalertarquantoanecessidadedoacionamentodo sistema de exausto das salas de baterias antes de se adentrar, para retirada de possveis gases no local. _Finalidade Destinada a alertar a Operao, Manuteno e Construo quanto a ne-cessidade de espera de um tempo mnimo para fazer o Aterramento M-vel Temporrio de forma segura e iniciar os servios. Ao confeccionar esta placa, o tempo de espera dever ser adequado de acordo com a especificidade do local onde a placa ser instalada. _ Finalidade Advertir terceiros quanto aos perigos de choque eltrico nas insta-laesdentrodareadelimitada.Instaladanosmurosecercas externas das subestaes. _ Finalidade Advertir terceiros para no subir, devido ao perigo da alta tenso. Ins-taladasemtorres,prticosepostesdesustentaodecondutores energizados. _. A sinalizao de segurana deve atender entre outras as situaes a seguir:

.. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 61 62 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP _ _.. . . _..

_____ __ __ ____ ___ _ ___ As inspees regulares nas reas de trabalho, nos servios a serem executados, no ferra-mental e nos equipamentos utilizados, consistem em um dos mecanismos mais importantes deacompanhamentodospadresdesejados,cujoobjetivoavigilnciaecontroledas condiesdeseguranadomeioambientelaboral,visandoidentificaodesituaes perigosas e que ofeream riscos integridade fsica dos empregados, contratados, visi-tanteseterceirosqueadentremareaderisco,evitandoassimquesituaesprevisveis possam levar a ocorrncia de acidentes. Essas inspees devem ser realizadas, para que as providncias possam ser tomadas com vistas s correes. Em caso de risco grave e iminente (exemplo: empregado trabalhando em altura sem cinturo de segurana, sem luvas de proteode borracha, sem culosde segurana, etc.), a atividade deve ser paralisada e imediatamente contatado o responsvel pelo servio, para que as medidas cabveis sejam tomadas. COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP - 63 64 - COMISSO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAO DO SETOR ELETRICO NO ESTADO DE SP Os focos das inspees devem estar centralizados nos postos de trabalho, nas condies am-bientais,nasproteescontraincndios,nosmtodosdetrabalhodesenvolvidos,nasaes dos trabalhadores, nas ferramentas e nos equipamentos. As inspees internas, por sua vez, podem ser divididas em: Gerais; Parciais; Peridicas; Atravs de denncias; Cclicas; Rotineiras; Oficiais e especiais. Devem ser realizadas anualmente, com oapoio dosprofissionais do SESMT e Superviso-resdasreasenvolvidas.Estasinspeesatingemaempresacomoumtodo.Algumas empresas j mantm essa inspeo sob o ttulo de "auditoria", uma vez que sistemtica, documentada e objetiva.

Sorealizadasnossetoresseguindoumcronogramaanualcomescolhapr-determinada oualeatria.Quandoseusamcritriosdeescolhas,estesestorelacionadoscomograu de riscoenvolvidoe comascaractersticas do trabalhodesenvolvidona rea.Soasins-pees mais comuns, atendem legislao e podem ser feitas por cipeiros no seu prprio local de trabalho.

So realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo complementar de possveis incidentes. Esto ligadas ao acompanhamento das medidas de controlesugeridasparaosriscosda rea. So utilizadas nos setores de produo e manuteno. Atravs de denncia annima ou no, pode-se solicitar uma inspeo em local onde h ris-cos de acidentes ou agentes agressivos a sade e meio ambiente.Sendo cabvel, alm de realizar a inspeo no local deve-se ainda efetuar levantamento de-talhadosobreoquedefatoestacontecendo,buscandoinformaesadicionaisjunto: fabricantes, fornecedores, SESMT e supervisor da rea onde a situao ocorreu. Detectado o problema, cabe aos responsveis implementar medida de controle e acompanhar sua e-fetiva implantao.

So aquelas realizadas com intervalos de tempo pr-definidos, uma vez que exista um pa-rmetro que norteie esses intervalos.Podemoscitar,porexemplo,asinspeesrealizadasnovero,ondeaumentaasativida-des nos segmentos operacionais. Sorealizadasemsetoresondehapossibilidadedeocorrerincidentes/acidentes.Nesses casos, o SESMT deve estar alerta aos riscos, bem como conscientizar os empregados do se- torparaqueobservemascondiesdetrabalho,detalmodoqueondicedeinciden-tes/acidentes diminua.Esta inspeo no pode ser duradoura, ou seja, medida que os problemas forem regula-rizados, o intervalo entre as inspees ser maior at que se torne peridico. O importante que o empregado "no se acostume" com a presena da superviso de segurana, para que no caracterize que a ocorrncia de acidentes/ incidentes s vencida com a sua pre-sena fsica. Antesdoiniciodainspeodeve-seprepararumcheck-listporsetor,comasprincipais condies de risco existentes em cada local e dever ter um campo em branco para anotar as condies de riscos no presentes no check-list. Trata-sedeumroteiroquefacilitaraobservao.importantequeoempregadotenha uma"visocrtica",paraobservarnovassituaes(atitudesdeempregadoselocais)no previstas na anlise de risco inicial. No basta reunir o grupo e fazer a inspeo. necessrio que haja um padro, onde todos estejamconscientesdosresultadosquesedesejaalcanar.Nessesentido,importante que se faa uma inspeo piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinmica e tirem suas dvidas. Asinspeesdevemperturba