Curso Completo Tecnica Vocal

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16Erimilson Lopes Pereira17Curso Completo de TCNICA VOCAL

4777Curso Completo de

TCNICA VOCAL

Erimilson Lopes Pereira

So Paulo SP

20002

brinde do site: www.erimilson.hpg.com.brcontato: [email protected]

Como voc estava planejando ler apenas este primeiro pargrafo de introduo e pular imediatamente para o prximo capitulo ningum l as introdues dos livros --, vou comear alertando que a ateno que voc dever dar ao treinamento o fator principal e determinante para o seu xito. Caso continue com essa preguia toda no chegar a lugar nenhum.

Voc tem em mos um trabalho extrado de muito suor. Portanto, faa jus a ele e repasse-o para outros com dedicao de quem quer expandir a msica e a cultura para substituir toda essa ignorncia e violncia que prospera em nossos dias.

Este curso dirigido queles que desejam deixar de incomodar os ouvidos dos outros. Quer aprender ou aperfeioar a voz e o canto para enfeitar o mundo l fora. Esta a sua chance de evoluir e at, quem sabe, impulsionar sua carreira musical ou mesmo aumentar o nmero do coral da sua igreja. Se for um daqueles que s canta dentro do banheiro talvez temendo uma chuva de tomates --, h dois caminhos; levar a banheira para o palco ou ler e seguir todo o contedo deste material.

Talvez esteja se perguntando sobre sua condio atual. Eu tenho voz? Eu posso melhorar? Eu conseguirei chegar perto de um Pavarotti?. A menos que seja mudo, tenha fumado tanto que o cigarro tenha comido suas entranhas ou esteja muito bbado, provvel que a resposta seja SIM para as duas primeiras indagaes. E quanto terceira, eu creio que no d a mnima para pera. Ah, voc gago? Dependendo do grau, no tem problema. Inclusive Nelson Gonalves (uma das vozes mais bonitas que j ouvi) era gago ao falar.

Ser de extrema serventia se voc tiver algum conhecimento em algum instrumento musical. Caso contrrio, sugiro que considere a possibilidade desde j. E para sua sorte, dentro desde curso voc encontrar auxilio para sua iniciao. Tomaremos por base trs deles. A saber, teclado, violo e flauta doce. No ter de aprender a tocar como um Sivuca ou Hermetto Paschoal (dois excelentes instrumentistas). Bastar apenas extrair algumas notas para medir com seu gog. Coisa muito simples. Mas eu no impediria que quisesse ser to bom quanto os meus colegas que citei.

Se voc ainda estiver a e acordado -- leve em conta estas dicas para melhor aproveitar este caderno:

Leia tudo com calma e ateno.

Se no tiver captado uma instruo, leia e releia at que tudo fique claro.

Reserve duas horas dirias para o treinamento.

Procure um lugar adequado (com conforto, silencio e privacidade).

Mantenha acessvel um instrumento musical (sugerimos violo ou piano).

Caso esteja estudando em grupo -- o que uma boa idia -- estabelea um comando e programao homognea a todos.

Tenha em mente que cigarro, bebida alcolica e gua gelada so seus inimigos.

Seja obediente ao programa deste curso. Disciplina uma grande virtude. Se no ler tudo ou se abdicar dos exerccios propostos nada conseguir.

Estou confiante que ter bom proveito deste curso. Ser muito satisfatrio pra mim se receber seu e-mail dizendo do seu sucesso ou receber seu CD autografado.

Que Deus te ilumine e conceda todo o que for favorvel.

Erimilson Lopes Pereira

O autor

II-1 O templo humano

Se algum lhe perguntar com que voc canta, certamente voc dir que com a boca e talvez nem responda a uma questo to idiota. De fato a indagao pertinente, pois, no cantamos apenas com a boca, mas com o corpo e a mente.

Isso quer dizer que precisamos de uma boa condio fsica (no me refiro aos msculos de Silvester Stallone ou a cintura de Giselle Bnchen) e muita concentrao (quem sabe at igual ao um monge).

O bom estado do corpo imprescindvel para uma performance satisfatria. No apenas da garganta, mas todo o templo humano. A comear pela postura. A coluna reta uma exigncia elementar.Um grande nmero de msculos interage quando falamos ou cantamos. preciso que eles tenham sido preparados para um funcionamento extenso. Por esta razo ns adotaremos alguns exerccios fsicos para aquecimento muscular. No desconsidere essa prtica sob pena de provocar tenso muscular e limitar seu rendimento.

No toa que se ouve dizer que o homem canta com a alma. A concentrao uma espcie de venerao, uma expresso sentimental. Difcil imaginar algum cantar sem emoo ou prazer. Com efeito, devemos estar envolvidos com o canto assim como o ator est para o personagem que representa. A nossa afinao depende muito dessa concentrao.

II-2 O canal vocal

Voc detesta aula de biologia? Eu tambm, mas...

Vamos viajar um pouco na teoria cientifica e saber sobre o canal vocal. O som produzido exteriorizado pela boca e ainda pelo nariz sim, pelo nariz. O som produzido e qualificado por uma srie de elementos em nosso corpo.

O ar da nossa respirao uma espcie de matria prima. ele que ecoa nossa voz atravs do esforo de alguns de nossos rgos (diafragma, pulmes, cordas vocais...). Para que tudo isso saia perfeito, necessrio se faz que os rgos estejam com sade.

recomendvel que se cante em p e com a cabea levemente erguida. A explicao que assim o diafragma trabalha melhor, ou seja, acomoda mais e melhor, o oxignio alm do som sai reto pelo canal da garganta. Voc j reparou isso nos corais?

II-3 Respirao correta

Quem no ouviu aquela citao clssica de marcha Barriga pra dentro e peito pra fora na hora de respirar? A est o mal-entendido. Na hora de inspirar (receber o ar) o sujeito estufa o peito e espreme as tripas fazendo com que o diafragma se retraia impedindo que o oxignio entre tranqilamente. E depois para expirar (soltar o ar) que mal entrou, ele incha a barriga de nada sem contar a careta que faz.

A forma correta de trabalhar a respirao receber o ar (de preferncia pelo nariz) em boa quantidade. Na hora de soltar o ar, use o nariz (e, eventualmente, a boca quando for cantar).

O diafragma um grande auxiliar para a respirao. Trata-se de um msculo localizado prximo ao abdome que se estica e encolhe conforme nossos impulsos. Ao relaxar, ele abre a caixa torcica para guardar o ar e a fecha ao se encolher. O diafragma tambm movimenta os pulmes, que por sua vez elimina o gs carbono do corpo junto com o ar. Na verdade, quando inchamos ou retramos a barriga por prpria vontade, com ele com quem trabalhamos.

Portanto, na hora de inspirar, relaxe o diafragma para receber bem o oxignio e o encolha para expirar o ar velho.

II-4 Cad o gog?

E tem gente que acha que no tem gog. O que ocorre que a garganta um dos mais sensveis lugares do corpo humano. Isso porque por que respiramos e ingerimos comida e bebida nem sempre com a qualidade desejada. Desta feita, a qualidade do som depender bastante da condio fsica do seu gog.

Cordas vocais so membranas (tecidos que envolvem os rgos) sustentadas pela laringe, que vibram e produzem e qualificam os sons no ato da expirao. So elas que determinam o seu timbre vocal e a variao dos tons entre grave (grosso) e agudo (fino).

Tambm os movimentos da faringe, lngua e da boca do caractersticas aos sons. preciso, portanto, ter um certo domnio sobre elas.

Cuide bem do seu gog:

Evite lcool para no ressecar os rgos.

Fuja de comidas ou bebidas muito quentes ou estupidamente geladas. H um limite de temperatura aceitvel.

Cigarro inadmissvel.

Acidez dos alimentos pode prejudicar a parte bucal.

No grite jamais. A vibrao desordenada das cordas vocais danifica seu potencial.

Mantenha sua boca sempre hidratada. A sede faz estragos.

A ingesto de bons alimentos (especialmente frutas) ajuda a conservao bucal.

Um gargarejo de gua e sal (uma pitadinha de nada) regularmente funciona como soro. Ateno; nada de sal em excesso, conhaque ou vinagre. Caninha 51 tambm nem pensar.

II-5 Se liga nessa

O grande maestro do nosso corpo o crebro e dele parte todos os impulsos (ordens) a serem obedecidos pelos rgos. Concluso, o estado de esprito fator determinante na hora de soltar a voz. Ento, voc ter dificuldades em entrar no palco sabendo que seu cunhado bateu com seu carro. Do mesmo modo, no faria melhor se soubesse que acertou o grande prmio da mega-sena (e quem iria ao palco depois de um prmio desses?).

Como j dissemos, a concentrao define a afinao. Isso porque a distrao faz o crebro perder o controle da vibrao das cordas vocais que coisa muito sensvel. Alm do mais, se as cordas no forem bem adestradas no produzem o som esperado. Por isso que tem gente que no tem afinao; no tem controle sobre os rgos.

Se voc um deles e quando quer cantar um A sai um , esquea seu passado e se prepare para sua nova carreira.

Aquecimento fsico

Voc j conhece o valor do seu corpo para a voz. Por esta razo, iniciemos a aula prtica com exerccios de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para no dificultar os movimentos.1. Alongamento: de p, levante os dois braos e v se esticando suavemente para cima como se quisesse alcanar uma corda que est um pouco acima de sua cabea. Mantenha os ps bem fixos no cho. De 1 a 3 minutos (sugesto: pendure um cacho de uva no teto).2. Relaxamento: movimente os braos e as pernas livre e suavemente para ativar melhor a circulao sangnea e aquecer a musculao (d chutes curtos no vento e simule natao, por exemplo). De 3 a 5 minutos.

3. Respirao: conforme os padres tericos aplicados anteriormente, trabalhe sua respirao e aproveite para entrar em estado de concentrao mxima. Procure sentir o ar entrando e se espalhando em seu corpo atravs do sangue. Trabalhe os impulsos cerebrais para as partes do seu corpo (como leves movimentos dos dedos das mos e ps). De 2 a 3 minutos.

4. Acorde o diafragma: se voc leu todo o capitulo anterior (duvido) sabe da relevncia deste msculo. Portanto, vamos desenvolver ainda mais suas atividades; inspire e expire rapidamente dando sopapos no diafragma como se estivssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos.

5. Aquecimento muscular do pescoo: abaixe completamente a cabea (coluna reta, por gentileza) e comece a ergu-la vagarosamente at onde puder, enquanto inspira. Segure o ar por quanto tempo puder e desa a cabea e v soltando o ar devagar. Sincronize o tempo do movimento com a respirao. Ou seja, o tempo do movimento deve ser igual ao da respirao. V retardando o tempo do movimento e da respirao aos poucos at alcanar a mdia de 30 segundos para levantar a cabea (e inspirar), 10 para prender o ar e 30 para abaixar a cabea (e expirar o ar). ATENO: observe sua capacidade. Se der para prolongar mais ainda o tempo, faa-o. Do contrrio, diminua o limite. Execute de 5 a 10 vezes nesse sentido e depois inverta a ordem do movimento e a respirao.6. Aquecimento muscular do pescoo II: semelhante ao exerccio acima, sincronize a respirao de acordo com os movimentos do pescoo. Entretanto, troque o movimento vertical pelo horizontal (da direita para a esquerda e vice-verse); ponha a cabea no limite que ela se move para um lado e v virando para o outro trabalhando a respirao.

7. Acionamento bucal: faa movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca; abrindo e fechando, esticando para os lados, etc.

Esses exerccios devem ser executados a cada aula prtica ou de 2 a 3 vezes por semana.

Cad as aulas prticas de canto? Prometa na prxima.

III-1 Som e tonalidade

Som tudo quanto podemos escutar inclusive o estralo do cabo de vassoura da mulher quando o cara chega tarde em casa. A voz humana quando falada, o barulho de um motor ou um trovo so sons simples e puros. Mas existem alguns sons com uma particularidade especial; tonalidade. Sons com uma variao de tom tornam possvel a existncia da Msica. Sem a diferena de tons no h melodia.

Quando falamos no emitimos tonalidade e, no entanto, cantamos ao produzir sons com a variao de tons.

III-2 Timbre

a identidade sonora. Ningum capaz de confundir o piano de um placa de zinco sendo arrastada. Portanto, cada som teu seu timbre e ele quem caracteriza cada som.

O timbre quem difere o som de uma guitarra de um violino, mesmo que eles toquem o mesmo tom. Tambm serve para distinguir a voz de uma pessoa. Considere ainda que, por parecidas que sejam duas vozes, h discriminao tcnicas entre elas. No toa que existem muitos equipamentos de segurana por reconhecimento da voz.

III-3 Clareza

Enquanto tem tanta gente querendo aprender a cantar h outras que, se quer, sabem falar. Uma propriedade fundamental da voz a clarividncia. Se voc fala e por trs vezes a outra pessoa no entende e pede para repetir no quer dizer necessariamente que ela seja surda. Voc pode no estar pronunciando bem o que fala. Veja essa:

Dois sujeitos que no se entendiam se cruzaram:

-- Oi Fulano, tu vais pescar?

-- No Cicrano, eu vou pescar.

-- Ah bom. Eu pensei que fosse pescar.

Se bem que nesse caso, os dois eram surdos mesmo.

III-4 Aprenda a falar

Dizem que carioca to preguioso que nem fala a palavra toda. Discordo disso porque no so apenas os cariocas.

O fato que devemos ter mais qualidade ao pronunciar os verbetes. D ateno especial a todas as silabas para que fique claro o quer dizer. Enrolar a fala prtica de quem esqueceu a letra da msica na hora do show. No entanto, a clareza um dos quesitos avaliados nos calouros.

Cuidado para no fazer a juno de duas ou mais palavras na hora de falar. Isso pode deturpar o significado da mensagem. Espie essa clssica cantada (e funciona):

, meu bem; meu corao por ti gela!.

Pronuncie as ultimas palavras juntas e confira o resultado (um belo fora).

Ateno especial com palavras iniciadas com vogal. No caso de Amrica, por exemplo, separe bem o A de me. J em Ambrsio diferente; separe Am de br.

Palavras terminadas em te no so iguais que as terminadas com t. No primeiro caso o e deve soar bem, enquanto que no outro o som rpido e quase imperceptvel. Exemplos; carinhosamente e pierrot. Alis, letras consoantes como d, f, p, t, e v isoladas no fim da slaba no devem ser pronunciadas como so faladas no alfabeto. No ABC lemos v como v. Porm, na palavra Tchaikovsky seu som um v rpido. A onomatopia (representao escrita dos sons) zzzzzz no deve ser lida como zzz.... Apenas como o som seco de z prolongadamente.

Em geral, respeitando a diviso silbica, procure falar mais ou menos articuladamente. Ou melhor, ar-ti-cu-la-da-men-te. Isso vale para quando for cantar tambm.

Palavres (palavras enormes) devem ser ligeiramente divididos em duas ou trs silabas na hora de serem pronunciadas. Ex. Tessalonicenses pode lido com uma diviso bem rpida em Tessa-lloni-censes.

III-5 Volume

Quando dizemos Fale mais alto (no esquea do por favor), estamos pedindo para que o outro aumente o volume do som. Contudo, na msica (com sons variveis de tonalidade) alto e baixo diz respeito a grave e agudo (veremos isso mais tarde). Nesse caso devemos especificar mais volume ou menos volume.

O volume da voz esta atrelada diretamente fora com que jorramos o ar boca a fora. Da a necessidade de uma boa respirao e conservao dos rgos internos.

Cada um tem seu limite para o volume. No force jamais o volume da sua voz. Nem ao cantar, nem ao falar. Mas possvel dar mais consistncia a ela com o decorrer do treinamento adequado, buscando o que voc tem e no desenvolveu.

III-6 Variao do tom

Em torno do som grave (grosso) e agudo (fino) construmos a melodia, ou seja, a msica em si. Existe, portanto, uma escala de tonalidades representadas por notas musicais com padro internacional a serem executadas por instrumentos ou pela voz humana. Cantar consiste em representar fielmente (no esquea disso) as notas musicais estabelecidas na melodia. Para tanto, mister dominar a voz.

Para saber a importncia dessa variao, pegue uma msica (pode ser Parabns pra voc) e cante numa nota s e veja se agrada verifique se no tem ningum estranho por perto.

Aquecimento fsico

Favor realizar os exerccios de aquecimento fsico passados na aula prtica anterior. S aps prossiga. No seja teimoso!

Aquecimento vocal

Esses exerccios servem para desenvolver o controle vocal dos sons. importantssimo para o desenrolar da voz. No ignore a boa postura e tambm esteja bem hidratado (com gua natural).1. Modo: feche a boca e comece soando som hummmmm igual a uma vaca preguiosa. Note que o som (grave) fica armazenado na faringe (cavidade no comeo da garganta). Inicie com um tempo de 10 segundos para o som, pare, respire fundi e recomece aumentando o tempo de execuo do som. 10 vezes.

2. Fonfom: o mesmo exerccio acima, desta vez, trazendo o som para o nariz.

3. Staccato: vamos repetir o exerccio 1 e 2 em staccato (voc no sabe o que staccato?). Quer dizer, som cortado em seqncias rpidas e fortes. Hum... hum... hum... hum. Use o diafragma para impulsionar o som.

4. Pianinho: semelhante ao staccato, mas com uma diferena; soe baixinho.

5. Exerccio I: agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um psiu com o som de ssssssss. 10 vezes normal e 10 staccato.

6. Exerccio II: ainda seguindo o modelo anterior, execute Zzzzzzzzzzz. 10 vezes normal e 10 em staccato.

7. Exerccio III: vamos trabalhar o volume calculando o tempo de execuo e dividindo em dois; do zero para o mais alto possvel e da para o zero novamente. Ou seja, v aumentando o som e depois o diminuindo. Faa duas vezes com cada som j treinado.

8. Exerccio IV: agora para relaxar, produza o som Ffffffff semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida, uma chuva; Xxxxxxxxx e finalmente, uma metralhadora; Rrrrrrrr. Para este ltimo, coloque e tremule a lngua no cu da boca. 5 vezes cada.

Exerccio de fonologia

Procure pronunciar bem os textos a seguir:

O sapo sabia que a sapa soube que se sabi soubesse saber que ser seria sabido se ser sbio.

Apapiru jadad irab ramt. E coso mular terbi, ycalabjiady rifar teer. Mojerikitu raja caluber ati jiv, e pot unire qal deliatib.OBS: Perdoe se algum vocbulo do ultimo texto for algum palavro em algum idioma que voc conhea. Leve em conta minha ignorncia. Trar-se apenas de um jogo de silabas criadas para trinar a articulao.

IV-1 Escala das notas

Notas musicais representam a tonalidade (variao grave-agudo) dos sons. Para um vocalista profissional ainda que tenha medo de instrumentos conhece-las questo de fisiologismo. Ou aprende ou no cantor que se preze.

O padro internacional estabelece sete notas chamadas de tom inteiro e mais 5 semitons chamados de sustenidos e bemis.

Para sua compreenso, comecemos com o que toda criana de dois anos na Paraba sabe: as notas inteiras. Observe ainda a ordem da variao grave-agudo:

DRMiFSolLSi

GRAVE AGUDO

Comparando as tonalidades, vemos que R mais agudo que D e mais grave que Mi. Ou seja, na medida em que escala cresce cada nota seguida se torna mais fina.

S que ao invs de escrever o nome das notas, convencionou-se usar letras para representao grfica. Escrevemos as letras e lemos o nome original delas. Veja abaixo, a tabela das letras, agora comeando por L:

LSiDRMiFSol

ABCDEFG

Acontece que entre esses tons (notas) existem outros semitons. Eles poderiam receber outros nomes (por exemplo, T, N ou quem sabe, meu nome). Porm, os doutores da msica preferiram associa-los s notas inteiras. Resultado; surgiu o sustenido (#) (semitom relativo meio-tom frente da nota inteira); e o bemol (b) (semitom relativo meio-tom atrs da nota inteira).

Portanto, encontrando semitons entre as notas C e D, vamos cham-los de:

CC#DbD

Quer dizer que depois da nota C (D) vem o semitom C# (D sustenido). Em seguida, Db (R bemol) que o semitom antecessor de D (R).

Mesmo entre uma nota inteira e um semitom existe outra variao sonora, mas foram ignoradas. Na verdade, os dois semitons (sustenido e bemol) foram agrupados numa s nota. Existente entre dois tons inteiros. Elas recebem os dois nomes relativos aos seus vizinhos. No caso anterior, C# e Db formam uma mesma nota (entre C e D). J no so mais dois semitons, mas uma nota tanto sustenida (em relao nota anterior) e ao mesmo tempo bemol (em relao nota seguinte).

Esquea os outros semitons. Voc s ter que aprender a escala completa das notas. Observe abaixo:

123456789101112

AA#BCC#DD#EFF#GG#

BbDbEbGbAb

Note que a seqncia que termina em G (Sol) recomea em A (L). Isso porque a escala contnua.

Existe uma tonalidade padro para as notas. Desta forma, a altura de C em um piano a mesma em um violo ou na voz humana. Essa medida som padro de recebe o nome de diapaso. Tambm chamado de diapaso um instrumento que emite uma ou mais notas da altura padro que serve como base para afinar um outro instrumento (violo, por exemplo).

Diz-se que uma pessoa dotada de diapaso quando ela tem em mente e canta a tonalidade original da nota. Explicando melhor; ela canta F no som padro de F. Aprenderemos a guardar o diapaso de cabea breve. No entanto, necessrio ter de onde extrair o som que servir como base. Para isso ns estudaremos a estrutura das notas em alguns instrumentos.

IV-2 Teclado (ou piano)

Instrumentos de teclas emitem sons correspondentes a uma nota para cada tecla. O teclado composto por vrias oitavas. Oitava um conjunto de oito notas inteiras (de 7um D a outro D) representas pelas teclas inferiores (brancas). Repare:

As teclas superiores (pretas) so os sustenidos e bemis. Assim, entre as teclas de D e E tem a tecla do semitom D# e Eb. Observe a gravura:

Espie na figura abaixo a representao de um teclado de 4 oitavas:

Cada tecla tem ento a sua identidade quanto a sua nota e quanto oitava. Ento, o D depois do C2 o R da 2a oitava, ou seja, o segundo D2. Agora voc j sabe extrair as notas de um teclado.

Tocando nas teclas possvel identificar a diferena entre o som de cada uma. Pela variao de tonalidade, o som vai ficando cada vez mais fino na ordem crescente das notas. Ento, cada tecla direita mais aguda que a anterior. O mesmo acontece com as notas iguais; o C1 mais grave que o C2.IV-3 Violo

Alm de ser o mais popular, o violo de uma beleza acstica inigualvel. O som executado a partir da vibrao das cordas que selecionam as notas quando pressionadas conforme a ordem das casas no brao do instrumento.

Olhando a figura ao lado, vemos a distribuio das cordas e das casas do brao do violo.

As cordas so enumeradas de 1 a 6 comeando de baixo pra cima das cordas mais finas para as mais grossas.

As casas so separadas pelos trastes e enumeradas na ordem da do cabealho boca do violo. As cordas tocadas soltas correspondem a casa zero. Apertando-as depois do primeiro traste passam a ser da primeira casa e assim sucessivamente. A tonalidade tambm segue essa ordem. Quanto mais alta for a casa mais fino ser o som.

ATENO: aperte as cordas com a cabea do dedo e dentro casa e no sobre o traste.

A distribuio das notas no violo comea das cordas soltas (casa zero) e cresce com a numerao das casas. Exemplo; a primeira corda solta E. Na casa 1 ser F, na outra casa F#/Gb, depois G, G#/Ab, A e etc.

Veja a escala at a oitava casa ilustrada abaixo:

Repare que a ordem das notas inversa. Ela cresce no agudo voltando para a boca do violo. Note tambm que ficaram algumas casas sem notas. Pois fique sabendo que elas tm notas sim e so os sustenidos e bemis. Por exemplo, a nota da corda 1 na casa 2 F# e Gb.

Para simplificar a descrio de cada nota, vamos usar a letra da nota e mais um nmero; o primeiro para a corda e o seguinte para a casa. Combinado assim, a nota C35 ser C na corda 3 e casa 5. A nota D da quarta corda solta (casa zero) ser D40.

Se voc ainda no dormiu com a leitura, deve ter notado a grande quantidade de notas que o violo tem. S at a oitava casa conforme a figura acima --, encontramos 5 notas E. Mas isso no quer dizer que so tantas oitavas quanto o nmero de notas, pois, h notas iguais de uma mesma oitava em diferentes cordas.

Pra ser exato, comeando da nota mais grave E60, seguimos at a quinta casa e descemos para a corda abaixo. As notas, a partir desta casa, sero semelhantes s casas da corda abaixo. Exemplo, A65 e A50, A#66 e A#51. Seguindo nesta corda, alcanamos a nota D55 e descemos para D40 e assim por diante.

Agora voc tambm j sabe onde esto as notas no violo.

IV-4 Flauta Doce

Nem teclado nem violo? Tudo bem. Vamos de flauta doce. Fcil de tocar, transportar e encontrada at nas lojinhas de R$ 1,99. Veja como a estrutura das notas em flauta doce:

Veja o modelo da flauta na gravura acima e, ao lado, a simbologia de como se comportam os buracos na representao das notas.

esquerda, olhe como usar as mos para apertar os orifcios do canudo musical. Perceba tambm que o furo traseiro da flauta apertado (quando ordenado) pelo polegar direito.

Agora conhea algumas notas na flauta.

IV-5 Melodia e acompanhamento

A melodia a parte expressa da msica. A parte cantada (voz principal) a expresso da prpria musica, portanto, a melodia. Por sua vez, o acompanhamento o som de fundo feito com acordes. Acorde uma unio de vrias notas predeterminadas que formam uma posio. O acompanhamento pode ser recheado de introduo, solo e arranjos.

Podemos citar um exemplo dessa separao na cano COMO GRANDE O MEU AMOR POR VOC de Roberto Carlos. Ela tem um acompanhamento completo (bateria, contra-baixo, guitarra, etc.) e se inicia com uma introduo em flauta. Em seguida entra a melodia com a letra cantada sobre a seqncia de acordes do acompanhamento. Durante a melodia, a flauta volta a aparecer com pequenos arranjos. No fim da letra, vem o solo, tambm em flauta, isolado com o acompanhamento. Depois do solo, a melodia repetida no verso Nem mesmo o cu....

Pois essa melodia uma seqncia de notas que deve ser executada junto com as palavras. Melhor dizendo, cantada.

Normalmente, cada silaba recebe uma nota. Veja:

EU TE NHO TAN TO PRA LHE FA - LAR...

B B D D C A C A C (Notas musicais)

Mas pode acontecer de duas ou mais silabas serem anexadas numa s nota. Repare:

CO MO GRAN - DE O MEU A - MOR...

G E G E E G E D#

Ou ainda, que uma nica silaba seja flexionada em duas ou mais notas. Tire a prova cantando esse verso do clssico ASA BRANCA de Luiz Gonzaga:

EU PER GUN TE - EI A DEUS DO CU UAI...

G G A B D D B A G CIV-6 Potencia vocal

Entre o homem e a mulher h mais diferenas do que o peito cabeludo e o bigode. A voz natural do masculino um ou duas oitavas mais baixa (grave) que a delas. Podemos dizer que o eles cantam na faixa da primeira para a quarta oitava e elas dentro da segunda para a quinta oitava, conforme a potencia de cada um.

Quando o homem tem a voz super grave, ele fatalmente se enquadra dentro da categoria baixo. Para cantar, ele alcana em torno da primeira at a segunda oitava. A categoria mdia chamada de bartono. Os sopranos alcanam entre a segunda quarta oitava. A terceira classificao o tenor. Neste caso, os dotados dessa classe so mais agudos e cantam no tom semelhante aos das damas, alm de alcanarem tambm as oitavas dos bartonos.

A classificao das vozes femininas comea com contralto para aquelas que tem voz de macho e fala grosso. Na hora de cantar, elas utilizam-se da segunda para a terceira oitava. A categoria intermediria conhecida como semi-soprano. Nestas condies, as medianas cantam na faixa da terceira para quarta oitava. As poderosas da terceira classe seguem a ordem do grau soprano. As cantoras desse nvel cantam da terceira para alm da quinta oitava.

Cada categoria canta em torno de dezoito notas inteiras, o que quase trs oitavas. Como uma melodia normalmente escrita com notas que variam entre duas oitavas, isso quer dizer que, adequadamente, uma pessoa pode cantar qualquer msica. Quando digo adequadamente me refiro a usar as notas apropriadas para cada voz. Assim, se numa msica, a mulher usar as notas C, D, E, F e G da quinta oitava, a voz masculina fatalmente no conseguir cantar essa melodia com este tom to agudo. Mas se ele pegar essas mesmas notas e transportar para uma oitava menor ele certamente cantar a mesma msica certinho.

Vamos tentar fazer isso; veja alguns versos da msica ASA BRANCA com as notas adequadas para cada sexo. Toque no instrumento e depois cante na oitava apropriada:

QUAN-DO O-LHEI A TER-RA AR-DEN-DO / QUO FO-GUEI-RA DE SO JOO

C D E G G E F F C D E G G F E

Portanto, na prtica, no importa ser bartono, tenor ou soprano. Em qualquer situao voc pode cantar corretamente as suas canes preferidas.

Tambm verdade que existe tenha uma potencia extraordinria capaz de se enquadrar em duas categorias ao mesmo tempo, trocando em midos, que canta notas superiores a trs oitavas. Com isso, ele tem condies de imitar vozes masculinas e femininas perfeitamente. Mas no fique com inveja no porque isso no muita vantagem, se o quer apenas cantar.

Aquecimento fsico

Comece com o exerccio de aquecimento fsico descrito anteriormente.

Aquecimento vocal

Faa o aquecimento vocal que j aprendeu.

Qual a sua potencia?

Qual a capacidade da sua voz? Ser que voc um Pavarotti ou um Louis Armstrong? Sua voz fina ou grossa? Que notas e que oitavas voc alcana? Faamos o teste com o auxlio de um instrumento (teclado ou violo).

PARA HOMEM

Toque e oua bem a nota E (E3 teclado e E42 violo) e tente cant-la. Soa confortvel? timo. Agora vamos medir a sua capacidade at o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Mea e anote at que nota grave voc alcana -- sem forar.

Teclado = E3 D3 C3 B2 A2 G2 F2 E2 D2 C2 B1Violo = E42 D55 C53 B52 A65 G63 F61 E60

Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.

Teclado = E3 F3 G3 A3 B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D6Violo = E42 F43 G45 A32 B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20

PARA MULHER

Toque e oua bem a nota B (B3 teclado e B34 violo) e tente cant-la. Soa confortvel? timo. Agora vamos medir a sua capacidade at o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando uma nota. Mea e anote at que nota grave voc alcana -- sem forar.

Teclado = B3 A3 G3 F3 E3 D3 C3 B2

Violo = B34 A32 G45 F43 E42 D55 C53 B52

Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.

Teclado = B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D5 E5 F5 G5Violo = B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20 E22 F23

Soando notas

Vamos soar uma seqncia de notas para comear a treinar a voz. Use a oitava adequada para sua voz, comeando pela mais grave. Por exemplo, o bartono comea por C3 C53 e a soprano por C4 C21. Toque as notas, escute-as bem e cante.

1a Seqncia:

a) Toque as notas; C D E F E D C (aproximadamente 2 segundos para cada nota).

b) Pegue o som e cante a seqncia de notas acima (com o mesmo tempo).

c) Agora repita a seqncia uma vez para cada estilo; normal, modo, fonfom, staccato e pianinho.

Gostou? Ento repita o exerccio trocando o som de por a, , , i e u.

2a Seqncia:

Repita o exerccio anterior, dessa vez trocando a seqncia descrita acima por esta nova; D E F# G F# E D.

3a Seqncia:

Do mesmo jeito, agora com a seqncia; E F# G# A G# F# E.

4a Seqncia:

Idem com essa seqncia; F G A Bb A G F.

5a Seqncia:

Novamente uma outra seqncia; G A B C B A G.

6a Seqncia:

Est acabando; A B C# D C# B A.

7a Seqncia:

E a saidera; A B C# D C# B A.

V-1 Voc esperto?

Se voc uma pessoa atenciosa e cumpre a recomendao de fazer direitinho os exerccios --, deve ter percebido uma coisa interessante no ltimo exerccio; as notas foram alteradas de uma seqncia a outra, mas o som conjunto da seqncia (a melodia da seqncia) era muito parecido ou melhor, igual. Apenas havia uma pequena variao de tonalidade.

Por acaso se trocssemos o som das letras por um verso, teramos uma melodia de palavras cantadas. Vamos supor que a composio fosse:

EU VOU PRA L E PRA C

C D E F E D C

Se substituirmos a seqncia acima por todas as outras dadas na derradeira aula prtica, ns cantaramos essa original letra com seqncias diferentes quer dizer, em vrias tonalidades e a melodia no seria alterada. Por qu?

Concluso em breve.

V-2 Valor das notas

Para tocar uma nota num violo basta seguir a tabela das cordas e casas, apertar e bater. No teclado, s localizar a tecla e empurrar o dedo nela.

Mas tem mais. Cada nota, inclusive os semitons (sustenidos e bemis), tem um segredo a contar; elas so soadas a partir de um som de ondas repartidas em pequenos pedaos que ningum percebe de ouvido, como se fossem seminotas inferiores. De fato, so trs pedaos de ondas sonoras que formam uma nota. Como no d pra diferenciar essas ondas a ouvido nu e nem nos interessa --, os musiclogos resolverem elevar a potencia dessas seminotas inferiores a uma nota e a unio das notas correspondentes a um acorde.

Entendeu? No? Mais uma vez; um fantico por msica com olhar e cabelos de cientista louco no tinha o que fazer e foi fuar, fuar e fuar at que, descobriu que a nota C era formada por trs ondas sonora inferiores, respectivamente semelhantes s notas C, E e G. Ento, se a juno dessas ondas formava uma nota, conseqentemente a unio de notas iguais formaria alguma coisa que ele deu o nome de acorde. Portanto, as notas C, E e G formam o acorde de C. Por isso, existem as posies (cifras) para violo e teclado que tocam vrias notas ao mesmo tempo.

Se estiver estudando em grupo, selecione trs pessoas e determine para cada uma voz as notas que formam o acorde de C para conferir a teoria.

V-3 Acorde para os acordes

Depois de descobrir as notas de C, no houve obstculo para achar as demais. Na verdade, essa tabela de valores das notas foi to levado a srio que dela, surgiram novas propriedades da msica. As descobertas mais relevantes foram uma grande safra de acordes para cada nota; maiores, menores, com stima, com stima menor, etc.

A seguir, a tabela de valores das notas para cada acorde, sendo que, cada nota tem uma verso de acorde maior e acorde menor.

TABELA DE NOTAS PARA ACORDES

AcordeNota12345678

AABC#DEF#G#A

F#mF#G#ABC#DEF#

BBC#D#EF#G#A#N

G#mG#A#BC#D#EF#G#

CCDEFGABC

AmABCDEFGC

DDEF#GABC#D

BmBC#DEF#GAB

EEF#G#ABC#D#E

C#mC#D#EF#G#ABC#

FFGABbCDEF

DmDEFGABbCD

GGABCDEF#G

EmEF#GABCDE

A#A#CDD#FGAA#

GmG$AA#CDD#FG#

C#C#D#FF#G#A#CC#

A#mA#CC#D#FF#G#A

D#D#FGG#A#CDD#

CmCDD#FGG#A#C

F#F#G#A#BC#D#FF#

D#mD#FF#G#A$BC#D#

G#G#A#CC#D#FGG#

FmFGG#A#CC#D#F

Vamos estudar algumas propriedades usando a tabela acima.

a) Cada seqncia de notas diferente entre os acordes.

b) O primeiro valor (nota 1) sempre igual ao oitavo.

c) Usamos apenas a descrio dos sustenidos para os semitons. Entretanto, subtende-se tambm que so bemis. Por exemplo, G# igual a Ab.

d) A tabela no acaba no oitavo valor, ela continua do nono a partir do segundo. Assim, a nona nota igual nota 2 e o dcimo valor o mesmo que o terceiro, etc.

e) As notas da tabela criam uma equivalncia de valor das notas para cada acorde. Isso significa que a nota F est para C assim como D# est para A#, pois representam o quarto valor na tabela para os respectivos acordes.

f) Se as notas C, E e G formam o acorde de C (D maior), podemos concluir que esse acorde maior formado pelos valores 1, 3 e 5. Com isso, podemos determinar que, valendo-se da relao de valores, eu posso formar todos os demais acordes apenas selecionando as notas equivalentes. Por exemplo, o acorde D ser formado pela 1a, 3a e 5a nota de sua seqncia. Consultando a tabela, verificamos ento que esse acorde ser composto pelas notas D, F# e A.

g) No precisamos aprofundar muito, mas vale adiantar que os acordes menores tambm so formados pelas notas 1, 3 e 5 de suas escalas menores. Logo, o acorde de Cm existir com a soma das notas C, D# e G.

V-4 Acompanhando a melodia

Lembra-se quando falamos sobre melodia e acompanhamento? (ver IV-5) pois no estvamos brincando. Por trs da melodia (cantada ou em forma de arranjo instrumental) existe uma seqncia de acordes.

Como o que voc quer cantar e no aprender acompanhamento instrumental, vale dizer que os acordes devem estar de acordo com a melodia. A regra clara; a nota da melodia deve coincidir com uma das notas do acorde e no necessariamente com o prprio acorde. Com isso, o instrumento faz um nico acorde e dentro dele, podero ser executadas vrias notas para a melodia. Quando precisar de notas diferentes para compor a melodia, altera-se o acorde.

V-5 Valor prtico das notas

O interessante nisso tudo para quem quer cantar ter em mente o valor das notas de uma seqncia. Voc toca a primeira nota e sabe soar as demais na ordem e fora dela. Por exemplo, voc canta as notas 1, 2, 3 e 4 e reconhece o valor de cada uma delas nessa ordem e, com um pouco de prtica, pode pular da nota 1 para a 4 sem ter que fazer a escadinha (tocar as notas entre elas). A voc saber o valor que a 1a e a 4a nota.

Quando tiver esses valores infiltrados na sua cuca, automaticamente voc saber distinguir as notas de uma melodia assim que escutar pela primeira vez. Tambm saber transportar as notas de uma tonalidade para outra. Confira a seguir.

V-6 Transporte de tonalidades

Recorde o verso da msica ASA BRANCA que cantamos em IV-5. Sua seqncia de notas pertence escala de G.

CO MO GRAN - DE O MEU A MOR POR VO - C

G E G E E G E F# D B G

Podemos dizer que as notas usadas G, E, F# e B na seqncia de G corresponde respectivamente, aos valores 1, 6, 7 e 3.

Sabendo disso, podemos usar esses valores para transportar essa melodia da escala de para qualquer outra. Vamos mostrar isso mudando a tonalidade G de para B:

CO MO GRAN - DE O MEU A MOR POR VO - C

B G# B G# G# B G# A# F# A# B

De maneira similar, podemos fazer transposio de tonalidades facilmente para um objetivo convincente; adequar a melodia sua voz. Cante o verso acima nas duas tonalidades (G e B) e repare em qual delas sua voz se adapta melhor. Se nenhuma servir, procure outra.

Exerccios Bsicos

Sabe aqueles exerccios chatos da aula prtica passada? Trate de gostar deles e comece esta e todas as outras por a.

Reconhecimento de valores das notas

Esta aula visa treinar sua habilidade de reconhecimento de notas. Mais precisamente, dos valores das notas em uma seqncia.

Vamos tomar por base a escala de C (D maior). Para tanto, procure a nota C da oitava mais adequada sua voz e cante a seguinte seqncia, procurando compreender o valor de cada nota em relao a esta tonalidade.

1a seqncia = escala completa com todos os valores:

C D E F G A B C2a seqncia = valores originais do acorde maior (1, 3 e 5):

C E G3a seqncia = 1 (a nota original) e 4:

C F C4a seqncia = escala completa com todos os valores:

C D E F G A B C

5a seqncia = 1 (nota original) e 2:

C D C6a seqncia = 1 (nota original) e 7:

C B C7a seqncia = escala completa com todos os valores:

C D E F G A B C8a seqncia = 1 (nota original) e 5:

C G C9a seqncia = 1 (nota original) e 6:

C A C10a seqncia = escala completa com todos os valores:

C D E F G A B CCad o ouvido? I

Deu pra pegar? Teste seu ouvido tocando notas sortidas sem olhar para o instrumento, e procure descobrir que nota .

Cad o ouvido? II

Vamos pegar a msica mais tocada no mundo como exemplo; PARABNS PRA VOC e cant-la no acorde de C (procure a oitava de acordo com sua voz). Para comear, vamos tocar no instrumento o primeiro verso e depois cantar.

PA RA - BNS PRA VO C / NES AS DA TA QUE RI - DA

G3 G3 A3 G3 C4 B3 G3 G3 A3 G3 D4 C4 C4

Moleza, no? Agora escreva o restante da letra da msica com as respectivas notas se valendo da sua voz e seu ouvido. Cante o verso e procure as notas atravs da tcnica dos valores das tonalidades.

Cad o ouvido? III

Agora vai um truque infalvel para voc aprender a guardar na sua cabea, de uma vez por todas, o som original e padro de cada nota. como se voc instalasse um diapaso no seu ouvido.

Pegue uma msica que voc conhece e canta com freqncia. Cante-a na tonalidade mais fiel gravao original e procure descobrir no instrumento qual a nota da primeira silaba cantada. Agora confira se voc cantou a nota na mesma tonalidade da gravao comparando as notas (a que escreveu depois que cantou e nota original no disco).

Se voc cantou a nota corretamente porque tem a tonalidade desta msica de cabea. Logo, sabendo que nota essa, voc poder chegar a toda a escala comparando os valores das notas.

Eu, por exemplo, quando quero cantar as notas no tom original, procuro me lembrar da msica UNCHAINED MELODY (tema do Filme Ghost Do Outro lado da Vida) que da tonalidade de C maior e comea tambm com uma nota C. A partir dela eu calculo a altura das demais.

VI-1 Cad a segunda voz?

A segunda voz se popularizou na msica sertaneja e invadiu os espaos de outros ritmos. Mas, existe mesmo segunda voz? Se que sim, como isso funciona?

Existem sim, e no s a segunda como outras vozes que voc poder enumerar de terceira, quarta, quinta, sbado ou raios que o partam.

Acontece que quando voc tem um acompanhamento sobre a melodia, voc conta com uma srie de notas que formam o acorde tocado. A melodia original a primeira voz -- ter que escolher uma das notas para cada tempo. Ficar ento uma brecha das outras notas que podero ser cantadas por outras vozes.

Pegue este abaixo verso com sua melodia original e depois troque as notas:

PA RA - BNS PRA VO C / NES AS DA TA QUE RI - DA

Original = G3 G3 A3 G3 C4 B3 G3 G3 A3 G3 D4 C4 C4 2a Voz = E4 E4 E4 C4 E4 D4 D4 D4 D4 B3 B3 D4 E43a Voz = C4 D4 E4 E4 D4 G4 G4 G4 B4 B4 A4 G4 G4

Com essa modificao radical, criou-se duas novas melodias para uma mesma letra e acompanhamento.

A maneira mais prtica de procurar uma nova voz para um acompanhamento observar as demais notas de um acorde. Se estiver cantando sobre o acorde de C, ento voc tem trs notas originais que formam o acorde (C, E e G) e mais as mesmas notas em oitavas diferentes.

Pegue trs vozes (caso esteja em grupo) e sobre o acompanhamento de C, cantem as trs notas do acorde a letra abaixo, cada um na mesma nota:

EU A MO VO C

1a Voz = C

2a Voz = E

3a Voz = G

Sendo assim, voc pode alterar qualquer melodia ou criar outras a partir da original colocando outras notas correspondentes ao acompanhamento.

Reescrevendo vozes

Reescreva novas vozes para musicas de apenas uma melodia, que voc conhece e tambm procure as notas das vozes de msicas como YOLANDA de Chico Buarque e Simone, POBRE MENINA de Leno e Lilia, NO APRENDI DIZER ADEUS de Leandro e Leonardo que tem duas vozes bem definidas.

VII-1 Agrado musical

Queria amanh fosse, contudo amvel. Aproximadamente vento vale conjunto.

A harmonia implica em agradar aos ouvidos com uma melodia bem composta, sons congruentes e num compasso alinhado. Noutras palavras; a msica deve ter um sentido, suas notas devem ser harmnicas e combinar uma com as outras.

Lendo a primeira linha deste tpico, diga-me; o que ele quer dizer? Nada, nadinha mesmo! Em matria literria diz-se de textos sem nexo, sem harmonia, sem sentido. Embora junte palavras corretas, no geral, elas no do um sentido a nenhuma idia.

preciso, portanto, dar sentido melodia executando-a fielmente de acordo com os critrios tcnicos que estudaremos a seguir.

VII-2 Afinao

Como j vimos, a escala padronizada apresenta sete notas inteiras e mais cinco semitons que representam os sons em uma melodia. Porm, existe ainda uma variao de tom entre uma nota e outra que produz uma dissonncia, quer dizer, um som desafinado.

O vocalista deve reproduzir o mais fiel possvel, as notas dentro de uma afinao que obedea ao padro internacional da msica o som original das notas.

A dica imitar o instrumento. Toque uma nota ou uma seqncia delas e procure reproduzir com a voz.

VII-3 Suavidade

No h nada mais irritante aos ouvidos que choro de beb e voz estridente. Isso tpico de quem est forando a garganta tentando dar o que no tem, o que prejudica sensivelmente os rgos fonolgicos.

O som, ao contrrio, deve sair suave, ainda que seja alto (agudo), sem forar o gog. Alm disso, a voz deve soar, de preferncia, a partir de uma ligeira elevao do volume. Tambm no final, deve-se tomar cuidado para no cortar a voz. Na maioria das vezes, o som encerrado com um declive no volume, como se fosse sendo fechando o boto do volume. Entretanto, h casos em que o som finalizado com um corte brusco, semelhante ao staccato. No se pode deixar a impresso que parou por falta de voz.

Para isso, fundamental uma boa respirao. Encha bem os pulmes e v soltando o ar de acordo com o canto e sincronizando a resistncia. Antes de puxar o novo oxignio, expulse o anterior para caber mais.

VII-4 Entre no compasso

Aposto que j viu essa cena antes; algum vai cantar acompanhando o instrumento tocado por outro e fica naquele jogo de olho como que perguntando agora que eu entro? Depois, ele comea a cantar to apressado que enquanto o msico toca a estrofe ele j est cantando o refro. Aps uma bronca e quem sabe, vaias o vocalista d uma maneirada exagerada e acaba demorando tanto que o cara do instrumento sai pra tomar uma gua at ele sair do primeiro verso.

que esse elemento simplesmente no sabe o que compasso. No tem noo do tempo certo de cantar.

De fato, isto no raro e talvez voc a seja protagonista de episdios idnticos ou melhor, era. Com um bom treinamento possvel liquidar esse problema. A chave do sucesso ateno e um truque; usar sua bateria virtual.

Para aprender a acompanhar o ritmo certinho, inicialmente o melhor bater o p, bater palmas ou estralar os dedos simulando a bateria. A batida do pedal da bateria geralmente o som mais forte, seguida de toques nas caixas e tambores. De maneira igual se segue aqui. muito difcil sair do ritmo assim, s que nem sempre possvel e apresentvel fazer esses movimentos. Com o tempo, eles podem ser substitudos apenas por batidas imaginrias dentro da sua cabea. Tambm conheo quem imite a bateria com a boca.

VII-5 Interprete cantando

Voc quer ser um cantor (cantora) ou um ator (atriz)? Que tal os dois? Pois saiba que uma das coisas mais vistosas num espetculo ao vivo a expresso, a forma de o cantor interpretar a letra fisicamente.

Combina cantar MEU BEM QUERER de Djavan dando saltos no palco? Ou talvez dar risadas enquanto canta GAROM de Reginaldo Rossi? D pra imaginar uma cara triste do cantor durante a execuo de um enredo de escola de samba? Claro que no. A feio deve combinar com o momento, a msica em questo.

Cuidado com o excesso nos gestos para no pegar mania. Por exemplo, Julio Iglesias canta apertando o estomago com a mo esquerda, Jos Rico, que faz dupla com Milionrio, s emite agudos se imprensar o ouvido.

VII-5 Volume uniforme

Independente da variao de tonalidade (grave ou agudo) o som deve, em geral, se submeter a uma regularidade no volume.

Pegue a cano CANTEIROS de Fagner e mande qualquer p-rapado cantar o primeiro verso e ele vai cantar Quando penso em voc, fecho os olhos de... num certo volume e em ... saudaaaaaaades ele vai se rasgar todo.

um erro alterar o volume em propores acentuadas. Isto acontece justamente no momento mais desnecessrio; nas notas mais altas. Se a tonalidade aguda, menos fora ser requisitada. Em contrapartida, no tom mais grave, onde o som naturalmente mais baixo, requer-se mais esforo da voz para equilibrar o volume.

VII-5 Microfone o terror

Ainda tem gente nesse mundo que odeia microfones. Que estupidez! Realmente h diferena entre cantar ao ar livre e cantar ao microfone. No primeiro caso, voc se livra de acidentalmente engolir o objeto e no segundo, voc pode cantar ou falar suavemente e ser escutado por milhares de pessoas.

Ao cantar ao microfone, mantenha a voz nos mesmos moldes como se estivesse sem ele. No precisa alterar o volume. Quem tem o trabalho de amplificar sua voz ele. Tambm, no ponha o microfone dentro da sua boca. Mantenha uma distancia razovel (meio palmo aproximadamente) e regular. Esteja certo ainda que a qualidade da sua voz ao microfone depender tanto do equipamento e seus ajustes quanto de voc. Da, a necessidade de um agente externo. indispensvel ter som de retorno para que tambm escute sua voz.

Cuidado tambm com rudos e sons indesejveis. O som da respirao ou um mastigado da boca podem ser captados pelo microfone. Tambm podem ser flagrantes alguns sopapos provocados no ato de falar ou cantar silabas com p ou t. Ou ainda, chiados prolongados com o uso de s ou ce.

Concluso

Agora hora de soltar a voz pondo em prtica toda a tcnica estudada aqui. No esquea as recomendaes principais:

Postura

Aquecimento corporal

Aquecimento vocal

Respirao adequada

Afinao

Suavidade na voz

Compasso

Volume uniforme

Expresso

Se tiver aprendido tudo isso e conseguir por em prtica, certamente estar pronto para encarar o palco. Do contrrio, volte para o seu banheiro e fique por l.

# = Smbolo de sustenido.A = Letra que representa a nota de L e o acorde de L Maior.

Acompanhamento = Fundo musical que preenche a melodia. Ver; Efeitos de acompanhamento.

Acorde = Unio de notas musicais para acompanhar a melodia. Cada tonalidade tem uma srie de acordes que podem ser maiores, menores ou relativos.

Afinao = Harmonia entre os sons.

Agudo = Varivel da tonalidade do som para fino e alto. Oposto de grave.Arranjo = Efeito que se aplica sobre o acompanhamento da msica.

B = Letra que representa a nota de Si e o acorde de Si Maior.

b = Smbolo de bemol.

Baixo = Voz masculina mais grave. Cantor dotado dessa voz.Bartono = Voz masculina intermediria entre Baixo e Tenor. Cantor dotado dessa voz.C = Letra que representa a nota de D e o acorde de D Maior.

Cifra = Representao grfica de nota e acorde.

Compasso = Organizao do ritmo. Tempo de execuo da melodia.

Contralto = A voz feminina mais grave. Cantora dotada dessa voz.D = Letra que representa a nota de R e o acorde de R Maior.

Desafinado = Sem harmonia entre os sons. Dissonante.

Dissonncia = Falta de harmonia e afinao entre os sons. Desafinao.D = Primeira nota musical. representada pela letra C.E = Letra que representa a nota de Mi e o acorde de Mi Maior.

Efeitos de acompanhamento = Ver; Arranjo, Introduo, Solo.

Escala = Relao de notas ou acordes com determinada ordem e valores.Expresso = Interpretao fsica.F = Letra que representa a nota de F e o acorde de F Maior.

F = Quarta nota musical. representada pela letra F.G = Letra que representa a nota de Sol e o acorde de Sol Maior.

Grave = Varivel da tonalidade do som para grosso e baixo. Oposto de agudo.Harmonia = Afinao entre os sons.Introduo = Efeito de acompanhamento que precede a melodia.L = Sexta nota musical. representada pela letra A.Melodia = Seqncia de notas que define a msica e cantada ou tocada em destaque nas msicas instrumentais.

Mi = Terceira nota musical. representada pela letra E.

Nota musical = Representao dos sons preestabelecidos num escala com ordem e valores. As notas inteiras so sete; d, r, mi, f, sol, l e si. Completam a escala das notas os semitons sustenidos e bemis.

Oitava = Conjunto de notas inteiras entre o intervalo de duas notas iguais. Por exemplo, de um C1 a C2.Pianinho = Estilo de cantar soando as notas baixinho.

R= Segunda nota musical. representada pela letra D.

Seminotas = Originalmente, eram sons intermedirios entre as notas musicais. Posteriormente, tornaram-se notas representadas pelos sustenidos e bemis.Si = Stima nota musical. representada pela letra B.

Sol = Quinta nota musical. representada pela letra G.

Solo = Efeito instrumental executado no decorrer do acompanhamento.Soprano = A mais aguda voz humana. Cantor ou cantora dotados dessa voz.Staccato = Estilo de cantar soando as notas rapidamente e forte.

Tenor = Voz masculina mais aguda. Cantor dotado dessa voz.

Timbre = Identidade natural de cada som que permite sua distino.

Tom = Ver; Tonalidade.

Tonalidade = Variao do som entre grave e agudo que estabelece as notas e acordes.Volume = Intensidade do som.

Voz = Seqncia de notas que compem uma melodia.

Erimilson Lopes Pereira

Curso Completo de

TCNICA

VOCAL

Brinde do site:

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A msica to forte que, ainda que as bocas se calem, as ondas, as tempestades ou at mesmo as pedras cantam.

Erimilson Lopes Pereira

I - Introduo

II Voz; Corpo e Mente

Aula Prtica

III Propriedades da Voz

Aula Prtica

IV Notas Musicais

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EQUIVALENCIA DE NOTAS ENTRE INSTRUMENTOS

Teclado = E2 F2 G2 A2 B2 C3 D3 E3 F3 G3 A3 B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4

Violo = E60 F61 G63 A65 B52 C53 D55 E42 F43 G45 A32 B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15

Ou = -- -- -- A50 B67 C68 D40 E57 F58 G30 A47 B20 C35 D37 E10 F26 G28 A30

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Aula Prtica

RESULTADO

Baixo alcana abaixo de F2 - F61 como limite grave e vai at os agudos C4 C21.

Bartono canta naturalmente entre os graves perto de B2 B52 e topa no limite agudo prximo de A4 A15.

Tenor comea perto da nota grave C3 - C53 e tem limite agudo superior C5 C18.

RESULTADO:

Contralto alcana abaixo de E3 E42 como limite grave e vai at os agudos G4 G13.

Semi-soprano canta naturalmente entre os graves perto de G3 G45 e topa no limite agudo prximo de C5 C18.

Soprano comea perto da nota grave A3 A32 e tem limite agudo superior F5 F23.

V Acordes

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VI Vozes das notas

Aula Prtica

VII Harmonia e estilo

Aula Prtica

VIII Vocabulrio musical