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CURSO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ PARA OBREIROS 1º Semestre de 2017 MODISMOS PENTECOSTAIS Pr. Antonio Maximiano Rodrigues Pires “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).

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CURSO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ PARA OBREIROS

1º Semestre de 2017

MODISMOS PENTECOSTAIS

Pr. Antonio Maximiano Rodrigues Pires

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por

necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).

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MODISMOS PENTECOSTAIS

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3

I – PENTECOSTALISMO GENUÍNO .............................................................................................. 3

II – BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO ...................................................................................... 3

III – CURA DIVINA ....................................................................................................................... 4

IV – PENTECOSTALISMO DETURPADO ....................................................................................... 5

V – DESVIOS DOUTRINÁRIOS ...................................................................................................... 5

VI – OUTRAS ESQUISITICES ......................................................................................................... 11

CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 14

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MODISMOS PENTECOSTAIS

INTRODUÇÃO

O presente assunto que será abordado tem por finalidade nos fortalecer na fé, que deve ser pautada nas Escrituras. Quando falamos de “modismo” estamos falando de modos humanos, pautados na inspiração humana carnal, sem nenhuma base na Bíblia.

Antes de iniciarmos o nosso estudo dos modismos vamos descrever o que é o movimento pentecostal.

É um movimento de renovação dentro do Cristianismo, que dá ênfase especial numa experiência direta e pessoal com Deus através do Batismo no Espírito Santo. O termo Pentecostal é derivado de Pentecostes, um termo grego que descreve a festa judaica das semanas. Para os cristãos, este evento comemora a descida do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus Cristo, conforme descrito em Atos capítulo 2.

O movimento pentecostal começou em 1906, em Los Angeles, quando William J. Seymour pregou, dando origem ao Avivamento da Rua Azuza. Os elementos da Igreja Pentecostal consideram o batismo no Espírito Santo essencial no caminho da salvação. O batismo no Espírito é um fenômeno caracterizado pela glossolalia, conhecido como dom de línguas (1 Coríntios 12:10 a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas.).

O pentecostalismo se propagou muito rapidamente nos Estados Unidos, e evoluiu bastante, principalmente dentro da comunidade afrodescendente. Além disso, as Assembleias de Deus ficaram muito populares no Chile, Brasil, Indonésia e África do Sul. A partir de 1945 foram organizadas grandes missões populares, onde pregadores utilizavam recursos técnicos avançados. Muitas dessas igrejas marcam presença na Conferência Mundial Pentecostal, que acontece a cada três anos desde 1949 em diferentes cidades do mundo.

Vários órgãos de pesquisa divulgam o fantástico progresso do pentecostalismo no Brasil.

Desta forma, a presente matéria tem por finalidade esclarecer dúvidas não sobre esse movimento pentecostal, mas sim a sua deturpação.

PENTECOSTALISMO GENUÍNO

Introdução: O Primeiro ponto que devemos esclarecer é que há um pentecostalismo genuíno, não se pode negar. Nós, da IEPAZ, somos pentecostais conforme o artigo 9 de nosso Credo: “Cremos no batismo bíblico com o Espírito Santo, que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade”.

II – BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

A) O batismo com o Espírito Santo é uma experiência definida, subsequente à salvação, em que a Terceira Pessoa da Divindade desce sobre o crente para ungi-lo e capacitá-lo para um serviço especial. Esta experiência, no Novo Testamento é descrita como o Espírito “caindo sobre”, “descendo sobre” ou sendo “derramado sobre” o crente de maneira repentina e sobrenatural. Lc. 24.49: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”.

At. 1.4: “Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes”.

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B) O principal propósito do batismo com o Espírito Santo é que o crente tenha poder para o serviço cristão. At. 1.8: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Os discípulos transformaram-se em homens diferentes depois que o Espírito Santo desceu sobres eles no Pentecostes. Em João 20.19: “Chegada, pois, a tarde, naquele dia, o primeiro da semana, e estando os discípulos reunidos com as portas cerradas por medo dos judeus, chegou Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco. Eles são vistos reunidos por trás de portas fechadas “com medo dos judeus”. Esse mesmo grupo não pode ser mantido por trás de portas fechadas. At. 5.17-20: “Levantando-se o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele (isto é, a seita dos saduceus), encheram-se de inveja, 18 deitaram mão nos apóstolos, e os puseram na prisão pública. 19 Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, tirando-os para fora, disse: 20 Ide, apresentai-vos no templo, e falai ao povo todas as palavras desta vida”.

Atos 4.19-20: “Mas Pedro e João, respondendo, lhes disseram: Julgai vós se é justo diante de Deus ouvir-nos antes a vós do que a Deus; 20 pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido” (At. 4.29-31; At. 6.8,10; 1Co. 2.4).

III – CURA DIVINA

A – O próprio Deus declarou ser Aquele que cura o seu povo, dizendo (Ex. 15.26): “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma das enfermidades que enviei sobre os egípcios; porque eu sou o Senhor que te sara”.

SI. 103.3: “É ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas enfermidades”.

Devemos obedecer e confiar nele ou não? A resposta é logicamente que sim. Alguns argumentam que a cura foi apenas um sinal permitido no século I, na Igreja Primitiva para confirmar o caráter sobrenatural do Cristianismo, e que a cura agora não é mais necessária. Não podemos concordar com essa linha de raciocínio, embora observemos que alguns tipos especiais de milagres foram usados como sinais. Também fica claramente evidenciado que Jesus não curou apenas como um sinal, mas por ter compaixão do povo em sua situação penosa. Mc. 1.40-42: “E veio a ele um leproso que, de joelhos, lhe rogava, dizendo: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo. 41 Jesus, pois, compadecido dele, estendendo a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero; sê limpo. 42 Imediatamente desapareceu dele a lepra e ficou limpo”.

Mt. 9.35-38: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. 36 Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor. 37 Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Quem pode dizer que Jesus é menos compassivo hoje? Sendo que Hebreus 13 v. 8 fala que: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”.

B – Métodos de Ministrar Cura Divina:

a) Ore por você mesmo – Tg. 5.13: “Está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente? Cante louvores”.

b) Peça a alguém para orar por você – Tg. 5.1: “Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; 15 e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-

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ão perdoados. 16 Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação”.

c) Imposição de mãos – Mc. 16.17-18: “E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18 pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados.

Hoje, quando o crente impõe as mãos sobre o doente em nome de Jesus, é como se Jesus estivesse colocando as mãos sobre ele. Este deve ser o procedimento regular dos componentes de uma igreja local.

IV – PENTECOSTALISMO DETURPADO

Infelizmente, o genuíno pentecostalismo foi deturpado, dando lugar a um movimento que prega heresias.

É esse lado deturpado que vamos analisar, a fim de prevenir para que tudo não descambe para um fanatismo religioso de consequências imprevisíveis.

Para que se tenha ideia do exagero, é oportuno mencionar o artigo publicado no jornal das Assembleias de Deus no Brasil, intitulado ‘’MENSAGEIRO DA PAZ”, de setembro de 1997, com o titulo “ECOS CONTRA A NOVA UNÇÃO”. Diz o articulista o seguinte:

“Em sua forma de pregar e dirigir cultos, movimentos estranhos, inovações e artificialismos. Todas essas técnicas importadas da outra América são erroneamente interpretadas como sinônimo de avivamento, poder e autoridade de Deus, deixando uma herança negativa e satânica para os jovens brasileiros, que representam a continuidade da direção da igreja, no Brasil”.

Prossegue o articulista na análise de ocorrências estranhas em igrejas pentecostais:

“É de estranhar que estejam sendo realizados cultos de prosperidade, de quebra de maldição, do poder do assopro, cultos em que há danças espirituais como o bater de palmas, o de libertação etc.”

Reitera o articulista:

“Essa prática satânica representa a irreverência praticada contra Deus e sua santa Palavra, coisas estranhas que não têm fundamento bíblico”.

Com um apelo, conclui o articulista, dizendo:

“Os cristãos que querem seguir a postura doutrinária dos apóstolos e os bons princípios da fé cristã, não devem concordar com a linha herética dos desviados da graça, porém, permanecer nos ensinamentos ministrados por homens de Deus, baseados na Santa Palavra”.

V – DESVIOS DOUTRINÁRIOS

Introdução: Vamos analisar agora essas inovações e movimentos estranhos que estão agindo no meio dos novos pentecostais, embora certos pentecostais tradicionais estejam também aderindo à moda.

A – Teologia da Prosperidade

Esse ensino é conhecido por vários títulos:

Confissão Positiva: A Confissão Positiva, movimento que influencia igrejas neopentecostais, tanto no Brasil quanto no mundo.

Tem origem no século 19, quando Essek William Kenyon, nascido em 1867, passou a pregar influenciado pelas ideias de Finéias Parkhusst Quimby, conhecido como curandeiro e hipnotizador, além de fundador de uma corrente chamada “Novo Pensamento”. Kenneth Hagin

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foi um dos grandes entusiastas do século 20 a respeito dos ensinos de Kenyon. Hagin morreu em 2003, atualmente o maior propagador da TP é Benny Hinn. Nome completo Toufik Benedictus Benny Hinn. Nascimento 3 de dezembro de 1952 (64 anos) Israel Jaffa, Israel. Ocupação Pastor, escritor, professor Bom Dia Espírito Santo - Benny Hinn página 17 o Espírito Santo implora a ele Hinn mais cinco minutos de sua atenção.

Evangelho da Saúde e Prosperidade: É uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada em interpretações não tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar. Líderes proeminentes no desenvolvimento da teologia da prosperidade incluem E. W. Kenyon, Oral Roberts, T. L. Osborn e Kenneth Hagin.

Temos ainda outros seguimentos nesse sentido tais como: Teologia da Fé; Palavra da Fé; Movimentos da Fé; Avivamento da Verdade.

Algumas pessoas perguntam inocentemente:

“Não é bom gozar saúde e ser próspero financeiramente?”

“O que há de errado com essa teologia?”

“Porventura é pecado ser rico?”

“Não houve homens de Deus no passado que foram ricos?”

São perguntas com as quais frequentemente nos deparamos. E respondemos: É verdade: Não é pecado ser rico. Quem dera que todos os crentes fossem ricos. Mas não se pode esconder que a maioria dos crentes sejam pessoas pobres, então com base nesse pensamento podemos perguntar: Como se encontram tais pessoas (crentes pobres)diante dos ensinos da TEOLOGIA DA PROSPERIDADE? É aí que começa o problema.

B – Pobreza É Pecado

Porventura ser pobre é pecado? Obviamente será respondido, não. O problema com a TP surge no ensino de que pobreza é maldição, é pecado. Assim ensinam: “Não só a preocupação é pecado, mas também ser pobre é pecado, porque a promessa de Deus é a prosperidade”.

“A saúde, o êxito, a felicidade e a prosperidade são a vontade de Deus para você, quando você crê suficientemente em sua Palavra como também atua sobre ela”.

“Pobreza é uma maldição, e não é uma bênção. Nenhuma pessoa normal deseja que o seu filho seja pobre e miserável”.

Trata-se de engodo. Na verdade quem está ficando rico são os pregadores da TP e as igrejas que ensinam aos outros ficar ricos ou gozar de saúde.

Outra estratégia dessa TP: Como se pode demonstrar o tamanho da sua fé quanto às promessas de Deus?

A resposta deles será: Na medida da sua contribuição.

“Dê uma oferta de sacrifício e ofertas de sacrifício não são menores do que RS 100,00. Oferta de sacrifício mínima é um salário mínimo. Para quem ganha dois ou três salários mínimos, na verdade, dar um salário mínimo é um verdadeiro sacrifício”.

“Se você quer um relógio bonito, por que você não dá o seu para alguém, e fica esperando a chegada do relógio que você quer?”

“Se você quer um carro bonito, por que você não dá o seu e fica esperando o novo carro chegar?”

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Esses argumentos heréticos sim causam grande prosperidade, só que quem realmente está prosperando, a ponto de ostentar esbanjamento, que constitui ultraje à pobreza dos próprios membros que a frequentam, são as próprias igrejas da Teologia da Prosperidade.

As revistas de notícias muitas vezes trazem reportagens sobre templos suntuosos que assemelham-se a verdadeiros palácios luxuosos.

Neste ponto cabe-nos uma pergunta:

Perguntamos: se o retorno funciona, por que os pregadores da TP não enviam a cada pessoa, por exemplo, R$100,00 a fim de obter milhões de reais de retorno? Parece que não creem no que ensinam. Para atingir seus objetivos reprováveis, não se acanham de citar erroneamente a Bíblia. É o que fazem quando citam Marcos 10.30 “que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna”.

Usando como base este texto dizem: “Se Deus fosse contra riquezas, Jesus não prometeria abençoar 100 vezes tanto…”

Declaram mais:

“Dá 10,00 e receberás 1.000,00; dá 1.000,00 e receberás 100.000,00″.

O texto de Mc. 10.30, citado como apoio dessa interpretação capciosa, registra não só cem vezes em casas, campos etc., mas também registra “com perseguições”. Só que os pregadores da TP omitem essa particularidade porque ‘perseguições’ não interessa aos seus ouvintes. Como entender literalmente cem vezes tanto em irmãos, irmãs, mães? O contexto de Mc. 10.30 mostra que se trata de um apelo para crucificarmos nosso egoísmo quando no serviço de Deus.

PORÉM NA VERDADE A BÍBLIA ENSINA:

a) Que não é pecado ser pobre nem que isso constitui falta de fé. Recomenda o equilíbrio na vida financeira para cada um de nós. Pv. 30.8-9: “Alonga de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me só o pão que me é necessário; para que eu de farto não te negue, e diga: Quem é o Senhor? Ou, empobrecendo, não venha a furtar, e profane o nome de Deus”.

b) Sobre o perigo da cobiça ou avareza, e que isso sim constitui pecado 1Tm. 6.7-9: 7 “Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar; 8 tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes. 9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição”. 1 Timóteo 6.17: “manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos”.

c) Que os pobres são bem-aventurados por ouvirem o evangelho e crerem: Lucas 4.18: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos”.

Lucas 6.20: “Então, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus”.

Marcos 10.21: “E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Uma coisa te falta; vai vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me”.

d) Advertência de Deus para os ricos: Mateus . 6.19-21: “Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.

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Marcos 4.19: “Mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, e ela fica infrutífera”.

Marcos. 10.25: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus”.

Lucas 6.24: “Mas ai de vós que sois ricos! Porque já recebestes a vossa consolação”.

O Mensageiro da Paz, órgão das Assembleias de Deus no Brasil, na sua edição de junho de 1991, p.15, declarou:

“Milhões de crentes zelosos no Terceiro Mundo nada têm de posses materiais. Estão enganados ou fracos na fé? Eles entendem mais sobre a cruz do que do carro do ano, e a única riqueza de que se ufanam é a vida eterna”.

C – Doença Como Pecado

A maneira de um cristão morrer, segundo a TP, depende de sua fé e estabelece que o mínimo de vida de um cristão são setenta anos.

“O mínimo que você deveria viver são setenta anos. Você deveria ir até aos cento e vinte anos. É o que a Bíblia declara”.

Quanto à doença, o cristão só vive doente se quiser:

“O propósito de Deus para cada crente é que viva completamente livre de enfermidade ou dores. Fica a seu critério se quer viver assim ou não. Assim é que quando o crente se mantém sofrendo com dores físicas, não tem ninguém a culpar, senão a si mesmo”.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que muitos personagens bíblicos tiveram grande fé, embora fossem pessoas doentes. É o caso de Eliseu, Lázaro, Dorcas, Paulo, Timóteo, Epafrodito.

2Reis 13.14: “Estando Eliseu doente da enfermidade de que morreu, Jeoás, rei de Israel, desceu a ele e, chorando sobre ele exclamou: Meu pai, meu pai! Carro de Israel, e seus cavaleiros!”.

João 11.2: “E Maria, cujo irmão Lázaro se achava enfermo, era a mesma que ungiu o Senhor com bálsamo, e lhe enxugou os pés com os seus cabelos”.

Atos 9.36-37: “Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. 37 Ora, aconteceu naqueles dias que ela, adoecendo, morreu; e, tendo-a lavado, a colocaram no cenáculo”.

Gálatas 4.13-15: “E vós sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos anunciei o evangelho a primeira vez, 14 e aquilo que na minha carne era para vós uma tentação, não o desprezastes nem o repelistes, antes me recebestes como a um anjo de Deus, mesmo como a Cristo Jesus. 15 Onde está, pois, aquela vossa satisfação? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os vossos olhos, e mos teríeis dado”.

1Timóteo 5.23: “Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”.

Filipenses 2.25-30: “Julguei, contudo, necessário enviar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nas lutas, e vosso enviado para me socorrer nas minhas necessidades; 26 porquanto ele tinha saudades de vós todos, e estava angustiado por terdes ouvido que estivera doente. 27 Pois de fato esteve doente e quase à morte; mas Deus se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. 28 Por isso vô-lo envio com mais urgência, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza. 29 Recebei-o, pois, no Senhor com todo o gozo, e tende em honra a homens tais como ele; 30 porque pela obra de Cristo chegou até as portas da morte, arriscando a sua vida para suprir-me o que faltava do vosso serviço”.

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b) Que nem sempre a enfermidade é consequência de pecado. O homem cego de nascença é um caso específico. João. 9.1-3: “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus”.

c) A morte de Lázaro redundou na glória de Deus. João. 11.1-4: “Ora, estava enfermo um homem chamado Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2 E Maria, cujo irmão Lázaro se achava enfermo, era a mesma que ungiu o Senhor com bálsamo, e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. 3 Mandaram, pois, as irmãs dizer a Jesus: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. 4 Jesus, porém, ao ouvir isto, disse: Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.

João 11.40-41: “Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? 41 Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste”.

Ainda que possamos e devamos ensinar que a expiação de Cristo na cruz se estende também à redenção do mundo físico, vamos continuar sofrendo os efeitos do pecado até que Deus estabeleça uma nova ordem, onde as agruras da vida não mais existirão. Romanos 8.21-25: “Na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora; 23 e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. 24 Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos”.

Apocalipse 21.1-4: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe. 2 E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. 3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. 4 Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.

D – Cair no Poder

Uma nova unção está sendo anunciada, CAIR NO PODER, ou passar por um arrebatamento de sentidos. A cena se descreve por pessoas participantes de cultos onde tais ocorrências se verificam. Pessoas se levantam de seus lugares inopinadamente, rodopiam com os braços erguidos horizontalmente, movimentando os braços numa semelhança de anjos voando. Depois caem desacordadas, com suas vestes em desalinho, ensejando cenas indesejáveis de irmãs com seus vestidos erguidos e pernas desnudas. Alguém corre e cobre, com um lençol aquela irmã que está em desalinho.

Pregadores que se dizem dotados dessa nova unção espetacular, sopram profundamente em microfones, para que o sussurro do barulho no microfone condicione as pessoas a caírem no poder. Quando tal queda não se manifesta, esses pregadores jogam seus paletós sobre os ouvintes e quando ainda assim não funciona a queda coletiva, existe o empurrão na testa, recurso final para que se proporcione a queda.

Os obreiros que usam de tal recurso são tidos como altamente espirituais, semideuses ou super crentes, reverenciados pelos seus ouvintes como pessoas especiais. Suas ordens são obedecidas prontamente, mormente quando o assunto é dinheiro. Ninguém se poupa, porque quer agradar a Deus e demonstrar sua espiritualidade. Se não cair no poder isso demonstra que

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o crente está distante de Deus, num ambiente francamente frio e impossível de ser atingido pelo CAIR NO PODER.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que, na verdade, certos homens de Deus passaram por experiências notáveis de cair realmente sob o poder de Deus. É o caso de Ezequiel (1.28; 3.23; 43.3); Daniel (8.18; 10.9); Pedro (At. 10.10-16); Paulo (2Co 12.1-4); João (Ap. 1.10).

b) Que quase sempre essas pessoas caíam para frente, de joelhos, em adoração, não caíam para trás, de costas, com pessoas adredemente aguardando tais quedas para trás;

c) Que havia o relato do que observavam em tais êxtases. Hoje ninguém sabe dizer o que houve, realmente, nesse intervalo em que se mantiveram desacordados ou arrebatados. Em 1Co. 14.15 se lê que devemos orar com o Espírito e com o entendimento. Orar com o entendimento significa orar e louvar a Deus através de nossa própria consciência e no poder do Espírito Santo.

d) Que a nova unção pressupõe um novo evangelho, portanto um evangelho diferente, anatematizado (Gl. 1.8). Não se deve falar em nova unção. Deve haver renovação da unção (1Jo. 2.26-27).

E – Dentes de Ouro

“Igreja Sara Nossa Terra, o grande milagre dos dentes de ouro: Com a bênção do Espirito Santo, o milagre aconteceu na Igreja Sara Nossa Terra, e os dentes da irmã abençoada pelo bispo, virou ouro puro, na hora do culto. No grande culto de louvor na igreja de Maceió”.

Muito se tem falado sobre o fenômeno dos dentes de ouro. A pergunta que se ouve é se a procedência é de Deus, dos homens ou até dos demônios. E isto porque, a primeira ocorrência de manifestação do fenômeno de alguém ser agraciado com dentes de ouro, foi numa sessão de umbanda, com uma mãe de santo.

Os cultos onde se observam essa dádiva de dentes de ouro são conhecidos como o CULTO

DO GARIMPO e isto por uma razão bem plausível: a de se ver pessoas com pequenos espelhos dentários examinando as bocas dos que disserem ter recebido essa bênção, atribuída como um milagre de Deus.

A revista ULTIMATO de julho/93, p. 29, relata o trabalho de pesquisa de dentistas com um processo denominado de “protocolo da semiologia” (atenção aos sinais e sintomas) com o seguinte resultado:

● 90% dos casos foram classificados como restaurações ou incrustrações já pré-existentes. Destes, cerca de 75% eram incrustrações de duracast (uma liga de cobre e alumínio, que assume o aspecto semelhante ao ouro, em coloração e brilho);

● Os restantes 25% eram restaurações em ouro, antigas na cavidade bucal dos examinados.

● Relata ainda a revista que durante um culto de testemunho de pessoas que haviam supostamente recebido milagre do dente de ouro, em 30 pessoas que testemunharam não se comprovou um só caso de milagre. Explicação possível: catarse coletiva.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Amós 4.6 “Por isso vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades”. Ignoram o contexto desta passagem que é :Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos convertestes a mim, diz o

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Senhor”. Portanto o texto integral não apoia essa onda de “dentes de ouro”. Limpeza de dentes refere-se à falta de alimento para o povo comer, em decorrência da desobediência a Deus.

b) Atos 13.40-41 “Cuidai, pois, que não venha sobre vós o que está dito nos profetas: 41 Vede, ó desprezadores, admirai-vos e desaparecei; porque realizo uma obra em vossos dias, obra em que de modo algum crereis, se alguém vô-la contar”. Neste texto utilizam apenas “porque opero uma obra em vossos dias, obra tal que não crereis, se alguém vô-la contar”, porém o texto diz respeito ao reino de Judá devastado pela Babilônia em 587 a.C.

c) O único milagre em que aparece metal na boca foi uma moeda com a qual Jesus pagou imposto por si e por Pedro. Mateus 17.24-27: “Tendo eles chegado a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as didracmas, e lhe perguntaram: O vosso mestre não paga as didracmas? 25 Disse ele: Sim. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, perguntando: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra imposto ou tributo? Dos seus filhos, ou dos alheios? 26 Quando ele respondeu: Dos alheios, disse-lhe Jesus: Logo, são isentos os filhos. 27 Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-lho por mim e por ti”. A boca era de peixe e a moeda era de prata.

V – OUTRAS ESQUISITICES

A- As Crianças que Nascem Mortas, ou que Morrem na Infância, a Culpa É dos Pais:

“As crianças que nascem mortas, que não têm controle sobre suas vidas, seus pais possuem o controle dessas vidas. Se os pais não conhecem a Palavra de Deus, e não clamam por seus direitos em Cristo, as crianças morrem prematuramente”.

A BÍBLIA ENSINA:

Davi orou por seu filho recém-nascido na condição de servo de Deus e não houve resposta favorável (2Sm. 12.16-23).

B- Confissões Negativas Produzem Enfermidades:

“Nossos lábios podem fazer-nos milionários ou conservar-nos pobres”. Uma confissão negativa dá a Satanás o direito de infligir a doença. Falar sobre a doença é um modo de adorar o diabo e deve ser expressamente proibido”.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que o pai de um jovem possesso admitiu sua dificuldade em crer na libertação do seu filho, e ainda assim seu filho foi curado. Marcos 9.23-24: “Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê. 24 Imediatamente o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha incredulidade”.

b) Que Davi expressou suas dúvidas quanto à sua sobrevivência diante da perseguição de Saul, e ainda assim escapou das mãos de Saul. 1Sm. 27.1: “Disse, porém, Davi no seu coração: Ora, perecerei ainda algum dia pela mão de Saul; não há coisa melhor para mim do que escapar para a terra dos filisteus, para que Saul perca a esperança de mim, e cesse de me buscar por todos os termos de Israel; assim escaparei da sua mão”.

c) Que os jovens expressaram diante de Nabucodonozor a possibilidade de Deus não poupá-los da fornalha de fogo, e assim mesmo foram livres dela. Daniel 3.16-18: “Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei: Ó Nabucodonozor, não necessitamos de te responder sobre este negócio. 17 Eis que o nosso Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha de fogo ardente; e ele nos livrará da tua mão, ó rei. 18 Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”.

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C- Os Cristãos Devem Negar os Sintomas da Dor:

“Quando o diabo trata de colocar sintomas de enfermidades ou a mesma doença em meu corpo, eu a recuso de forma absoluta”.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que os sintomas, longe de serem artimanhas do diabo, são sinais que nos levam a depender do poder curativo que o mesmo Deus tem colocado em nossos corpos. Por exemplo, o câncer descoberto a tempo facilita o diagnóstico e dá margem à cura.

b) Que a mulher ao conceber estaria cercada de dores, e no parto ela não pode negar essas dores. Gn. 3.16-19: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. 18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. 19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás”.

D- Os Cristãos Não Devem Procurar a Medicina:

“O mundo tem um sistema de cura que é um fracasso miserável. Eu vivo o que prego. Se não atua em mim a cura, não atua mais em ninguém. Eu não uso remédio… Tenho minha fé operando de tal modo que não necessito de remédio”.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que Paulo era acompanhado por um médico chamado Lucas. Cl. 4.14: “Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas”.

b) Que Paulo recomendou a Timóteo a não tomar água só, mas um pouco de vinho, por causa das suas frequentes enfermidades estomacais. 1Tm. 5.23: “Não bebas mais água só, mas usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades”.

E- Pedir ou Exigir?

Os teólogos TP afirmam que o crente não deve pedir, deve exigir de Deus os seus direitos. E assim, no meio dos crentes envolvidos com a TP se ouve frequentemente:

“Eu exijo” “Eu determino” “Eu decreto” “Eu reivindico”

Isso tudo em vez de “Eu peço”, “Eu suplico”, “Eu rogo”.

Kenneth Hagin chega a afirmar que nunca encontrou na Bíblia um não de Deus.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que Moisés implorou a Deus permissão para passar o Rio Jordão e ver a terra prometida e não foi atendido. Dt. 3.23-29: “Também roguei ao Senhor nesse tempo, dizendo: 24 Ó Senhor Jeová, tu já começaste a mostrar ao teu servo a tua grandeza e a tua forte mão; pois, que Deus há no céu ou na terra, que possa fazer segundo as tuas obras, e segundo os teus grandes feitos? 25 Rogo-te que me deixes passar, para que veja essa boa terra que está além do Jordão, essa boa região montanhosa, e o Líbano! 26 Mas o Senhor indignou-se muito contra mim por causa de vós, e não me ouviu; antes me disse: Basta; não me fales mais nisto. 27 Sobe ao cume do Pisga, e levanta os olhos para o ocidente, para o norte, para o sul e para o oriente, e contempla com os teus olhos; porque não passarás este Jordão. 28 Mas dá ordens a Josué, anima-o, e fortalece-o, porque ele passará adiante deste povo, e o levará a possuir a terra que tu verás. 29 Assim ficamos no vale defronte de Bete-Peor”.

b) Que Paulo por três vezes implorou a Deus para ficar livre do espinho na carne e não foi atendido. 2Co. 12.7-9: “E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações,

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foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; 8 acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; 9 e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo”.

c) Que devemos tomar uma atitude humilde e pedir, rogar em oração. Jo. 14.12-14:): “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai; 13 e tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei”. Lucas 11.11-13: “E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? 12 Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”.

F- Entrevistar Demônios

Os propagadores da TP tem proporcionado aos telespectadores dos seus programas de TV um entretenimento que só se via em filmes de terror: demônios, lobisomens, vampiros etc. Boa parte dos programas da madrugada até o amanhecer, é gasto com entrevistas a possessos por demônios, ouvindo falar de suas peraltices e maldades.

Os possessos dão nomes de suas entidades ligadas ao Candomblé e eles são tratados como se realmente fossem assim chamados. Exu Caveira, Exu Tranca-Rua, Pomba Gira etc. E os crentes estão abusando de mandar que os demônios estejam amarrados, com a célebre frase ESTÁ AMARRADO. Com isso pensam que suas ordens são obedecidas e que os demônios estão mesmo amarrados.

A BÍBLIA ENSINA:

a) Que a autoridade dada por Jesus aos crentes é no sentido de expulsá-los e não amarrá-los. Mt. 17.20-21: “Disse-lhes ele: Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível. 21 [mas esta casta de demônios não se expulsa senão à força de oração e de jejum]”.

Atos 16.16-18: “Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores. 17 Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. 18 E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu”.

b) Que não devemos tomar os seus nomes em nossos lábios. Salmos 16.4: “Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nomes nos meus lábios”.

c) Que no texto de Mt. 12.29 “Ou, como pode alguém entrar na casa do valente, e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente? E então lhe saquear a casa”, onde se apoiam os que pretendem amarrar os demônios, ignoram todo contexto que tem de ser analisado do versículo 24 ao 30: “Mas os fariseus, ouvindo isto, disseram: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios. 25 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. 26 Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seus reino? 27 E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. 28 Mas, se é

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pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o reino de Deus. 29 Ou, como pode alguém entrar na casa do valente, e roubar-lhe os bens, se primeiro não amarrar o valente e então lhe saquear a casa? 30 Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha”, onde mostra que na realidade Jesus mostrou aos fariseus que Ele expulsava os demônios pelo seu poder, e não pelo do principal dos demônios Belzebu.

MALDIÇÃO HEREDITÁRIA

UNÇÃO DO RISO (OU GARGALHADA SANTA)

EMAGRECIMENTO INSTANTÂNEO

O Que virá pela frente?

CONCLUSÃO

Em Provérbios 24.21 se lê: “Teme ao Senhor, filho do homem e ao rei, e não te entremetas com os que buscam mudanças”. Mudanças doutrinárias causam insegurança entre os crentes. Como é que os crentes vão saber, se as coisas novas que estão hoje sendo ensinadas, serão verdade amanhã? Não parecem antes ser modismos que surgem e posteriormente desaparecem? Em Hebreus 13.9: “Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque bom é que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam”. O escritor recomenda a não nos envolvermos com doutrinas estranhas, resultantes de ensinos de homens que torcem as Escrituras. 2Pe. 3.14-17: “Pelo que, amados, como estais aguardando estas coisas, procurai diligentemente que por ele sejais achados imaculados e irrepreensível em paz; 15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16 como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição. 17 Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que pelo engano dos homens perversos sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza”.