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Sindicato dos Despachantes de Trânsito de Minas Gerais Curso de Despachante Legislação de Trânsito Responsabilidade Penal 2014

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Sindicato dos Despachantes de Trânsito de Minas Gerais

Curso de Despachante

Legislação de Trânsito

Responsabilidade Penal

2014

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01. Histórico ............................................................................................................................................................................. 6

02. Conceitos de Legislação e de Trânsito. .............................................................................................................................. 6

03. Responsabilidade Objetiva e Segurança no Trânsito: ...................................................................................................... 7

04. Responsabilidade Subjetiva: ............................................................................................................................................. 8

05. Legislação Básica. ............................................................................................................................................................... 8

06. Competências Principais de Alguns Órgãos de Administração de Trânsito e Composições do CONTRAN e das JARI’s. 9

06.01 Generalidades: ............................................................................................................................................................... 9

06.02 Ó rgãos componentes do Sistema Nacional de Trânsito: ............................................................................................. 9

06.03 CONTRAN (Artigo 12 do CTB): ..................................................................................................................................... 10

06.04 Composição e Plenário do CONTRAN.......................................................................................................................... 11

06.05 CETRAN’s e CONTRANDIFE (Artigo 14 do CTB): .......................................................................................................... 12

06.06 Composição do CETRAN e CONTRANDIFE ................................................................................................................... 13

06.07 JARI’s: ........................................................................................................................................................................... 15

06.08 Composição das JARI’s: ................................................................................................................................................ 15

06.09 JARI’s em Minas Gerais: ............................................................................................................................................... 16

06.10 DENATRAN: .................................................................................................................................................................. 16

06.11 DETRAN’s (Artigo 22 do CTB e Resolução do CONTRAN n.º 066/98): ........................................................................ 17

06.12 DETRAN/MG: ............................................................................................................................................................... 19

06.13 CIRETRANS: .................................................................................................................................................................. 19

06.14 Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal (Artigo 23): ............................................................................... 19

06.15 Ó rgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Municípios ...................................................................................... 19

06.16 Competência em Relação a Multas: ............................................................................................................................ 20

06.17 Integração dos Municípios ao SNT: ............................................................................................................................. 20

06.18 Órgãos Executivos Rodoviários da União, dos Estados e do Distrito Federal (Artigo 21): ........................................ 21

06.19 Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF): ................................................................................................ 21

06.20 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER)- atual DNIT: .................................................................... 22

06.21 Departamento de Estradas de Rodagem (DER): ......................................................................................................... 22

06.22 Câmaras Temáticas: ..................................................................................................................................................... 23

07. Atualização do Cadastro na BIN. ..................................................................................................................................... 23

08. Falsa Declaração de Domicílio. ........................................................................................................................................ 24

09. Reconhecimento de Firma. .............................................................................................................................................. 24

10. Classificação dos Veículos ................................................................................................................................................ 24

10.01 Quanto à Tração: ......................................................................................................................................................... 24

10.02 Quanto à Espécie: ........................................................................................................................................................ 24

10.03 Quanto à Categoria: ..................................................................................................................................................... 25

11. Adulteração do Número do Chassi. ................................................................................................................................. 25

11.01 Providências do Vistoriador ou Perito: ....................................................................................................................... 25

11.02 Providências da Autoridade Competente: .................................................................................................................. 26

12. Agregados dos Veículos: .................................................................................................................................................. 26

13. Duplicidade de chassi: ..................................................................................................................................................... 27

14. Atualização do Pré-cadastro pelas Montadoras: ............................................................................................................ 27

15. Alteração das Características do Veículo. ....................................................................................................................... 28

15.01 Generalidades e Resoluções Pertinentes: ................................................................................................................... 28

15.02 Prévia Autorização da Autoridade de Trânsito: .......................................................................................................... 29

15.03 Alterações Proibidas: ................................................................................................................................................... 29

15.04 Uso de Óleo Diesel: ...................................................................................................................................................... 30

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15.05 Conversão de Combustível: ......................................................................................................................................... 31

15.06 Uso de Gasogênio: ....................................................................................................................................................... 32

15.07 Certificado de Segurança: ............................................................................................................................................ 32

15.08 Mudança de Cor: .......................................................................................................................................................... 32

15.09 Gás Metano Veicular e Licença “LCVM”:..................................................................................................................... 33

15.10 Montagem e Transformação e Gravação do n.º VIN .................................................................................................. 33

15.11 Ano de Fabricação: ...................................................................................................................................................... 34

15.12 Gravação do “VIN” em Motos e Similares e em reboques e semi-reboques: ........................................................... 34

15.13 Código de Marca-Modelo e “CAT”: ............................................................................................................................. 35

15.14 Outras Normas: ............................................................................................................................................................ 36

16. Peso e Capacidade. .......................................................................................................................................................... 36

16.01 Generalidades: ............................................................................................................................................................. 36

16.02 Balanço traseiro: .......................................................................................................................................................... 36

16.03 Quanto à Resolução n.º 068/98 tem-se: ..................................................................................................................... 37

16.04 Tara: ............................................................................................................................................................................. 38

16.05 Lotação: ........................................................................................................................................................................ 38

16.06 Peso Bruto Total (PBT): ................................................................................................................................................ 38

16.07 Peso Bruto Total Combinado (PBTC): .......................................................................................................................... 38

16.08 Capacidade Máxima de Tração (CMT): ....................................................................................................................... 38

16.09 Responsabilidades pelas Inscrições: ........................................................................................................................... 39

17. Ciclomotores, Veículos de Propulsão Humana e Veículos de Tração Animal (Resoluções/CONTRAN n.º 093/98 e n.º

098/99) . ............................................................................................................................................................................ 39

17.01 Competência para registrar: ........................................................................................................................................ 39

17.02 Identificação dos ciclomotores e o Pré-cadastro: ....................................................................................................... 39

17.03 Definição de Ciclomotores: ......................................................................................................................................... 40

17.04 Autorização para dirigir: .............................................................................................................................................. 40

17.05 Equipamentos obrigatórios: ........................................................................................................................................ 41

18. Equipamentos e Acessórios Obrigatórios: ...................................................................................................................... 41

18.01 Generalidades: ............................................................................................................................................................. 41

18.02 Equipamentos para veículos em geral: ....................................................................................................................... 42

18.03 ABS (Resolução n.º 312/09, 380/11 e 395/11): .......................................................................................................... 42

18.04 Air bag (Resolução n.º 311/09, 367/10 e 394/11): ..................................................................................................... 43

18.05 Películas, Painéis e Inscrições: ..................................................................................................................................... 43

18.06 Vidros: .......................................................................................................................................................................... 45

19. Inspeção Veicular ............................................................................................................................................................. 45

19.01 Generalidades, Selo de Inspeção e Emissões de Gases e de Ruídos: ......................................................................... 45

19.02 Outros casos em que o veículo deverá passar pela inspeção veicular:...................................................................... 46

19.03 Inspeção Veicular Propriamente Dita. ........................................................................................................................ 47

19.04 I)- A Inspeção Técnica de Veículos (ITV): ..................................................................................................................... 47

19.05 II)- Inspeção de Segurança Veicular: ........................................................................................................................... 47

19.06 Vistoria: ........................................................................................................................................................................ 48

20. Licenciamento .................................................................................................................................................................. 48

20.01 Generalidades: ............................................................................................................................................................. 48

20.02 SISNAMA e CONAMA:.................................................................................................................................................. 49

20.03 Licenciamento Propriamente Dito: ............................................................................................................................. 49

20.04 Tabelas Anuais de Licenciamento: .............................................................................................................................. 50

20.05 Não Licenciamento: ..................................................................................................................................................... 51

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20.06 Seguro “DPVAT” e Indenizações: ................................................................................................................................ 52

20.07 Repasses da Arrecadação do DPVAT: .......................................................................................................................... 53

20.08 Classificações do DPVAT e Valores: ............................................................................................................................. 54

21. Placa Única ....................................................................................................................................................................... 55

22. Substituição de Tarjeta .................................................................................................................................................... 55

23. Registro de Veículos em Geral......................................................................................................................................... 56

23.01 Exigência: ..................................................................................................................................................................... 56

23.02 Expedição dos Certificados (CRV e CRLV): ................................................................................................................... 56

23.03 Finalidade do Registro: ................................................................................................................................................ 57

23.04 Quem Pode Registrar o Veículo:.................................................................................................................................. 57

23.05 Documento de Trânsito: .............................................................................................................................................. 57

23.06 Compõe-se de cinco partes, a saber: .......................................................................................................................... 57

23.07 Documentos de Porte Obrigatório .............................................................................................................................. 58

23.08 Registro Inicial (Artigos 120 a 122 do CTB): ................................................................................................................ 59

23.09 Registro Posterior (Artigos 123, 124 e 128 do CTB): ................................................................................................... 61

23.10 Comunicação da Venda do Veículo: ............................................................................................................................ 62

23.11 Alterações de Dados, de Características e Mudança de Residência: ......................................................................... 62

23.12 Segunda via do CRV: .................................................................................................................................................... 62

23.13 Registro com Atraso: ................................................................................................................................................... 63

24. Observações que devem constar no CRV/CRLV.............................................................................................................. 64

25. Alienação Fiduciária. ........................................................................................................................................................ 65

26. Baixa de Alienação Fiduciária: ......................................................................................................................................... 66

27. 3º e 4º Eixos ..................................................................................................................................................................... 67

28. Motor Casa (Motor Home). ............................................................................................................................................. 68

29. Walk Machine: ................................................................................................................................................................. 68

30. Baixa do Veículo. .............................................................................................................................................................. 68

30.01 Condições Gerais:......................................................................................................................................................... 68

30.02 Relatório de Avarias: ................................................................................................................................................... 70

30.03 Empresas Credenciadas para o Desmonte: ................................................................................................................. 70

30.04 Consuta sobre Perda Total: ......................................................................................................................................... 71

31. Numeração "VIN" (Vehicle Identification Number) - Artigo 114 do CTB e Resolução/CONTRAN n.º 024/98. ............. 71

32. Veículos Importados. ....................................................................................................................................................... 72

32.01 Numeração VIN: ........................................................................................................................................................... 72

32.02 Nota Fiscal: ................................................................................................................................................................... 72

32.03 Importação de Veículo Usado e por Residente no Exterior: ...................................................................................... 72

33. Veículos Importados da Argentina/Mercosul: ................................................................................................................ 73

34 Responsabilidade Penal DO Despachante Documentalsta ............................................................................................. 74

34.01 Princípios da estrita legalidade e anterioridade. ........................................................................................................ 74

34.02 Conceito e crime e contravenção penal ...................................................................................................................... 74

34.03 Crime comissivo e omissivo ......................................................................................................................................... 74

34.04 Crime consumado e atentado ..................................................................................................................................... 74

34.05 Crime doloso e culposo ................................................................................................................................................ 75

34.06 Concurso de pessoas .................................................................................................................................................... 75

34.07 Penas ............................................................................................................................................................................ 76

34.08 Circunstâncias agravantes ........................................................................................................................................... 76

34.09 Concurso de crimes ...................................................................................................................................................... 76

34.10 Efeitos da condenação ................................................................................................................................................. 76

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35 Dos crimes em espécie ...................................................................................................................................................... 77

35.01 Apropriação Indébita ................................................................................................................................................... 77

35.02 Estelionato ................................................................................................................................................................... 77

35.03 Receptação ................................................................................................................................................................... 78

35.04 Quadrilha ou bando ..................................................................................................................................................... 78

35.05 Falsificação de papéis públicos .................................................................................................................................... 79

35.06 Outras falsificações ...................................................................................................................................................... 80

35.07 Falsificação de documento público ............................................................................................................................. 80

35.08 Falsificação de documento particular ......................................................................................................................... 81

35.09 Falsificação de cartão .................................................................................................................................................. 81

35.10 Falsidade ideológica ..................................................................................................................................................... 81

35.11 Falso reconhecimento de firma ou letra ..................................................................................................................... 81

35.12 Uso de documento falso .............................................................................................................................................. 82

35.13 Supressão de documento ............................................................................................................................................ 82

35.14 Falsa identidade ........................................................................................................................................................... 82

35.15 Adulteração de sinal identificador de veículo automotor .......................................................................................... 82

35.16 Desobediência .............................................................................................................................................................. 82

35.17 Desacato ....................................................................................................................................................................... 83

35.18 Tráfico de Influência .................................................................................................................................................... 83

35.19 Corrupção ativa ............................................................................................................................................................ 83

35.20 Inutilização de edital ou de sinal ................................................................................................................................. 83

35.21 Venda casada ............................................................................................................................................................... 84

35.22 Crime contra a Ordem econômica ............................................................................................................................... 84

36 Glossário. ........................................................................................................................................................................... 85

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1. Histórico

Podemos distinguir duas fases relativamente ao trânsito: a que precedeu a Era Industrial, quando somente a força, seja a dos animais, como a das águas e dos ventos eram aproveitados como fontes de energia; e a Revolução Industrial, que ensejou o aproveitamento do vapor, da eletricidade e das máquinas de combustão como fontes de força motriz.

Já em 1829 a locomotiva de Stephesan atingia velocidade de 45 Km/h, mas foi somente em 1890, quando Daimler criou o motor a explosão com aproveitamento de derivados do petróleo, é que surgiria o automóvel, inicialmente um artigo de luxo que se transformou em um bem necessário, e que promoveu o desenvolvimento urbano e rural, além do econômico, com a necessidade de construções de novas vias, facilitando a instalações de indústrias e comércios, o transporte de cargas e pessoas e enfim a circulação da riqueza, bem como o desenvolvimento das cidades mais pobres, do turismo, do saneamento básico, comunicações e etc.

No Império, Dom Pedro II baixou o Ato de n.º 27.05, de 1853, aprovando as posturas municipais da Corte e criava as Inspetorias de Veículos, com fins de habilitar condutores perante os Peritos Examinadores nomeados pelo Chefe de Polícia.

O primeiro Estatuto sistematizado em matéria de trânsito foi o Decreto n.º 18.328/28, e o primeiro Código Nacional de Trânsito foi aprovado pelo Decreto n.º 02.994, de 28/01/41, revogado pelo Decreto-lei n.º 03.651, de 25 de setembro de 1941, o qual vigorou até 1966.

Neste ano de 1966 foi editada a Lei n.º 05.108, de 21 de setembro (Código Nacional de Trânsito – CNT), com a redação dada pelo Decreto-lei n.º 0237, de 28/02/67 e regulamentado pelo Decreto-lei n.º 62.127, de 16 de outubro de 1968 (Regulamento do Código Nacional de Trânsito – RCNT), que por sua vez vigoraram até 21 de janeiro de 1998.

2. Conceitos de Legislação e de Trânsito. a) Legislação: de forma simplista, legislação é um conjunto de normas que regulam a vida em sociedade, estabelecendo direitos e obrigações. b)Trânsito: é a utilização das vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga (Artigo 1º, § 1º, da Lei n.º 09.503, de 23/09/97 – Código de Trânsito Brasileiro - CTB). Já no ANEXO I do atual Código, trânsito é definido como a movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. Como se nota, a via terrestre, que de acordo com o Artigo 2º do Código de Trânsito Brasileiro é representada pelas ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovia, praias abertas à circulação pública e as vias internas de condomínios constituídos por unidades autônomas, podem estar no domínio público ou particular, desde que aberta à circulação, o que é uma inovação.

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É de se notar ainda que, apesar de trânsito e tráfego serem utilizado comumente como palavras sinônimas, o segundo termo (tráfego) indica o deslocamento de pessoas ou veículos pelas vias em missão de transporte. Assim, um caminhão transitando vazio, está em trânsito; mas se este veículo se desloca transportando carga está em tráfego. Portanto, as normas de trânsito dizem respeito às condições de circulação de pessoas, animais e veículos nas vias públicas. Já as normas de tráfego cuidam das condições de transporte nas vias públicas (note que os meios de transportes ferroviários, marítimos e aeroviários não se sujeitam às leis de trânsito). Mas como a circulação e o transporte são atividades correlatas, as regras de trânsito e tráfego são, geralmente, editadas conjuntamente. 3. Responsabilidade Objetiva e Segurança no Trânsito: Inovou também o CTB com o direito do cidadão ao trânsito seguro (Artigo 1º, § 2º) e ao de indenização por dano (material, pessoal, moral e estético) ao usuário da via, decorrente do não oferecimento da segurança no trânsito por parte dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito (§ 3º), o que se configura na responsabilidade objetiva prevista no Artigo 37, § 6º, da Constituição Federal: “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. O cidadão pode notificar, judicial ou extrajudicialmente, a autoridade mais próxima (diretor do Dnit, DER, ou autoridade municipal, estadual ou federal), informando a existência de buraco ou obra que comprometa a segurança. Tal responsabilidade independe da ocorrência de dolo ou culpa por parte do agente. A culpabilidade vale apenas para o direito de regresso por parte da pessoa de direito público ou de direito privado. Por outro lado, é pertinente ressaltar que não há responsabilidade objetiva nas hipóteses de CASO FORTUITO (raio, terremoto, maremoto, inundação, furacão, vendaval, incêndio, etc.) ou FORÇA MAIOR (greve com piquete, acidente provocado por defeito na sinalização de trânsito, blackout, etc.), mas sim a RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, nos termos da teoria da culpa administrativa. A objetividade, portanto, para a sua configuração, exige-se, do agente público ou privado, no âmbito da competência do órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), uma ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro, conforme explícito no § 3º do Artigo 1º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Também a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, garante a todos a inviolabilidade do direito à vida e à segurança, incluindo-se a incolumidade física e moral, assegurando-se, ainda, o direito à indenização pelo dano material e moral.

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Para Hely Lopes Meirelles (em Direito Administrativo Brasileiro, 18ª ed., 1993, Editora Malheiros, p. 555), de acordo com a teoria do risco administrativo, basta que a vítima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ação ou omissão do poder Público, no que tange à responsabilidade subjetiva. Por último o Artigo 95 do CTB estabelece que nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco a sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. 4. Responsabilidade Subjetiva: Também em seu Artigo 113, o Código de Trânsito Brasileiro trata da RESPONSABILIDADE SUBJETIVA dos importadores, dos montadores, dos encarroçadores e dos fabricantes de veículos e de autopeças, estabelecendo que os mesmos são responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação. A mesma se configura se o agente agiu com dolo ou com culpa. Há de ressaltar que este assunto já é tratado pelo Código de Defesa do Consumidor e, para alguns autores, o Artigo teria o propósito de isentar, expressamente, o Poder Público da obrigação de reparar danos, por ter licenciado o veículo que apresenta eventuais falhas. Para exemplificar: Em 1999/2000, ocorreram falhas com os cintos de segurança e air bag do Chevrolet Corsa, estouro dos pneus Bridgestone/Firestone do Pick-up Ford Ranger, vazamentos nos conduítes de combustível e falta de espaçador na base do cinto de segurança do Fiat Palio, substituição dos componentes do sistema de embreagem da moto Honda CBR 900 RR, defeito nos braços inferiores da suspensão dianteira do Celta da Chevrolet, entre outros. 5. Legislação Básica. a)- Artigo 22, XI, da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988 (compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte); b)- Código de Trânsito Brasileiro (CTB) - Lei n.º 09.503, de 23 de setembro de 1997 (entrou em vigor em 22/01/98), e foi alterado pela Lei n.º 09.602, de 21 de janeiro de 1998, além de por outras; c)- Decreto n.º 02.327, de 23 de setembro de 1997 (Dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito) e foi revogado pelo de n.º 4.711, de 29 de maio de 2003, que estabelece que compete ao Ministério das Cidades a coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito e que, o CONTRAN, órgão integrante deste Sistema, será presidido pelo dirigente do DENATRAN e composto por um representante (com um suplente) dos seguintes Ministérios: da Ciência e Tecnologia; da Educação; da Defesa; do Meio Ambiente; dos Transportes; das Cidades; e da Saúde.

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d)- Outras Leis, Decretos-lei e Decretos; e)- Complementam tal legislação: Resoluções, Pareceres, Portarias, Decisões, Ofícios e Atas do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), dentre outros, com destaque especial para as primeiras (Resoluções), bem como de outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), tanto de Coordenação como de Execução. 6. Competências Principais de Alguns Órgãos de Administração de Trânsito e Composições do CONTRAN e das JARI’s. Generalidades: É de se destacar que o Artigo 8º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) dá poder aos Estados, Distrito Federal e Municípios, de organizar os respectivos órgãos executivos de trânsito e executivos rodoviários, em consonância com o disposto no Artigo 18 da Constituição Federal, que trata da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da mesma Constituição. Entretanto, conforme disposto no Artigo 22, XI da Constituição Federal (CF), os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estão impedidos de legislar sobre trânsito e transporte, já que, “compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte”. O Decreto n.º 4.711 (revogou o de n.º 2.327/97), de 29/05/03, estipula que compete ao Ministério das Cidades a coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito e que o CONTRAN, dele integrante e presidido pelo dirigente do DENATRAN, é composto por um representante dos seguintes Ministérios: Ciência e Tecnologia, Educação, Defesa, Meio Ambiente, Transportes, Cidades e Saúde. A Resolução n.º 166/04 estabelece as diretrizes da Política Nacional de Trânsito, cabendo ao DENATRAN a formulação do Programa Nacional de Trânsito. Órgãos componentes do Sistema Nacional de Trânsito: O Sistema Nacional de Trânsito é definido como o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, normatização, administração, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação e habilitação e reciclagem de condutores, engenharia, educação, policiamento, fiscalização e operação do sistema viário, aplicar penalidades, além de julgamento de infrações e dos respectivos recursos. Os incisos do Artigo 7º do CTB tratam dos órgãos que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT), ou seja:

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I) ÓRGÃOS NORMATIVOS:

01) CONTRAN (Coordenador do SNT e órgão máximo normativo e consultivo); 02) CETRAN’s e o CONTRANDIFE (órgãos normativos, consultivos e coordenadores, respectivamente dos Estados e do Distrito Federal);

II) ÓRGÃOS EXECUTIVOS: 01) Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito Da União (incluído o DNER por força da Resolução de n.º 089/98), dos Estados, do DF e dos Municípios; 02) A Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militares dos Estados e do DF; 03) AS JARI’s.

CONTRAN (Artigo 12 do CTB): Compete a este órgão: a) Estabelecer as normas regulamentares referidas no Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; b) Coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito; c) Criar Câmaras Temáticas (VIDE o Artigo 13 do CTB). Para exemplificar, em 13/01/00 foi criada, dentre outras, através da Portaria n.º 004, a Câmara Temática de Esforço Legal: infrações, penalidades, crimes de trânsito e policiamento, composta por 09 membros (DENATRAN, DETRAN/RO, Cia de Engenharia de Tráfego/SP, Associação Nacional de Transportes Públicos, OAB, CETRAN/MG, DNER, DPRF e INMETRO). A Resolução/CONTRAN n.º 135/02 estabelece a composição das Câmaras Temática (Assuntos Veiculares; Cidadania e Educação para o Trânsito; Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via; Formação e Habilitação de Condutores, Saúde e Meio Ambiente no Trânsito; e de Esforço Legal, esta compreendendo Infrações, Penalidades Crimes de Trânsito e Policiamento), a saber: I)- Um representante do DENATRAN, que exercerá as funções de Secretário Executivo da respectiva Câmara; II)- Um representante dos Estados e do Distrito Federal; III)- Um representante dos Municípios; IV)- Três especialistas, representantes de segmentos da sociedade relacionados com trânsito e na temática da respectiva Câmara; V)- Três especialistas, reconhecidos de notório saber na temática da respectiva Câmara.

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Mas, pela Resolução de n.º 218/06, cada Câmara Temática será compostas por 18 (dezoito) titulares e respectivos suplentes, representante de órgãos e entidades de trânsito da União (DENATRAN - Secretário Executivo, Denit e PRF), Estados e Distrito Federal (três) e Municípios (três), em igual número, além de especialistas (cinco) e representantes de diversos segmentos da sociedade relacionados com o trânsito (quatro), escolhidos pelo Diretor do DENATRAN e nomeados pelo Ministro das Cidades. d) Normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habilitação, expedição de documentos de condutores, e registro e licenciamento de veículos. VIDE ITEM CÂMARAS TEMÁTICAS. O CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), de acordo com o Artigo 107 do CTB é o órgão coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e também o órgão máximo normativo e consultivo. Entretanto, o mesmo, através de Resoluções, não poderá inovar, estabelecendo regras, complementar penalidades e medidas administrativas que extrapolem as disposições do CTB, mesmo porque compete privativamente à União legislar sobre Trânsito e Transporte (Artigo 22, XI, da Constituição Federal) e em face do princípio constitucional da reserva legal: Artigo 5º, XXXIX/CF e Artigo 1º do Código Penal: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Assim, seria inconstitucional a parte de Artigo 161 do CTB (“Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou das Resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no Capítulo XIX”) que dá poder às Resoluções do CONTRAN de criar preceitos. Composição e Plenário do CONTRAN. A Composição do CONTRAN está prevista no Artigo 10 do CTB, que foi alterada pelo Artigo 2º do Decreto n.º 02.327, de 23/09/97, passando então a ser composto pelos titulares dos seguintes Ministérios:

01) Da Justiça, que o presidirá; 02) Dos Transportes; 03) Da Ciência e tecnologia; 04) Do Exército; 05) Da Educação e do Desporto; 06) Do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal; 07) De um Representante do Ministério da Saúde (Artigo 1º da lei n.º 09.602/98).

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Com a revogação deste decreto pelo de n.º 4.711, de 29 de maio de 2003 a presidência passou a ser exercida pelo dirigente do DENATRAN, e composto por um representante (com um suplente) dos Ministérios:

01) Da Ciência e Tecnologia; 02) Dos Transportes; 03) Da Educação; 04) Da Defesa; 05) Do Meio Ambiente; 06) Das Cidades; 07) Da Saúde.

O funcionamento do Plenário do CONTRAN é disciplinado pela Resolução/CONTRAN n.º 566/80, que revogou a Resolução Administrativa n.º 01/80. CETRAN’s e CONTRANDIFE (Artigo 14 do CTB): Os CETRAN’s (Conselhos Estaduais de Trânsito) terão suporte técnico e financeiro do Estado e Municípios que o compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito Federal (Artigo 337 do Código de Trânsito Brasileiro). A Ata da Reunião do CONTRAN de 23/01/98 esclarece que os CETRAN’s terão suporte técnico-jurídico, administrativo e financeiro por parte do respectivo DETRAN, além de que os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito deverão proporcionar aos seus membros todas as facilidades para o cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a execução de quaisquer serviços e deverão atender prontamente suas requisições. E o Regimento Interno dos CETRAN’s/CONTRANDIFE está estabelecido na Resolução/CONTRAN n.º 064/98, alterada pela de n.º 096/99 (depois de aprovado, deverá ser encaminhado ao DENATRAN para, após avaliação, ser submetido à apreciação do CONTRAN, o qual poderá propor eventuais modificações). A Resolução n.º 150/03 (revogou a 96/99) estabelece as diretrizes para a elaboração do Regimento Interno. Os casos em que o regimento for omisso, ou sua aplicação duvidosa, deverão ser resolvidos pelo Conselho, mas as dúvidas que extrapolarem a sua competência serão dirimidas pelo CONTRAN. Cabe a eles, Conselho Estadual de Trânsito e Conselho de Trânsito do Distrito Federal: a) Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito; b) Estimular e orientar a execução de campanhas educativas de trânsito;

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c) Julgar recursos interpostos contra decisões da JARI, e dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de inaptidão permanente constatada nos exames de aptidão física, mental ou psicológica; d) Diminuir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito dos Municípios; e) Designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar os candidatos (Artigo 14 da Lei n.º 09.602, de 21janeiro de 1998); f) Acompanhar o funcionamento dos órgãos de trânsito e dos rodoviários municipais; g) Elaborar normas no âmbito das respectivas competências; h) Responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos procedimentos normativos de trânsito. Composição do CETRAN e CONTRANDIFE: A Representação Classista era tratada pela Resolução 647/85 (revogou a 573/81), que se tornou insubsistente face ao Artigo 10 do CTB. Pela Resolução/CONTRAN de n.º 064/98 (Artigo 1º, I), a qual alterou os itens 4 das Diretrizes para Estabelecimento do Regimento Interno dos Conselhos Estaduais de Trânsito e das JARI’s (Reunião de 23/01/98 do CONTRAN), os Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN’s) e o CONTRANDIFE (Conselho de Trânsito do Distrito Federal) devem ser compostos por: 01) Um (01) presidente, como os demais membros, nomeado pelo Governador, e deverão ter reconhecida experiência em matéria de trânsito, com mandato de 02 (dois) anos, admitida a recondução (Artigo 15, § 1º, do CTB e item 5 da Decisão s/n.º de 20/01/98 do CONTRAN); 02) Três (03) representantes do Estado: DETRAN, DER ou equivalente e Polícia Militar; 03) Três (03) representantes do Município: Um da maior frota de veículos, um da segunda maior frota e um da terceira maior frota; 04) Dois (02) representantes de entidades civis: um patronal, de empresa transportadora de passageiros e cargas e um dos trabalhadores de igual empresa. O CETRAN/MG funciona na Praça da Liberdade s/n – 3º andar – sala 320 B – bairro Funcionários - fone (31) 3236-3078 - prédio da antiga Secretaria de Estado da Segurança Pública de Minas Gerais. E, de acordo com o Decreto Estadual/MG n.º 39.693, de 30/06/98 (o Art. 3º foi alterado pelo de n.º 39.931, de 30/09/98), competia à Secretaria de estado da segurança a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, composto por órgãos e entidades executivos de trânsito do Estado e dos

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municípios; idem, rodoviários do Estado e dos municípios; Polícia Militar; e Juntas Administrativas de Recursos de Infrações. Mas, com a criação da Secretaria de Defesa Social em janeiro de 2003, que absorveu a da Segurança Pública e a da Justiça, bem como a criação da Chefia de Polícia Civil, coube a esta última a coordenação do Sistema Estadual de Trânsito (Decreto n.º 43.164, de 22/01/03, que revogou os dois acima citados). Tal Sistema tem a seguinte composição:

I- Órgãos e entidades executivos de trânsito do Estado e dos Municípios; II- Órgãos e entidades executivos rodoviários do Estado e dos Municípios; III- Polícia Militar; IV- Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.

O CETRAN de Minas Gerais que antes era composto pelo Secretário da Segurança Pública, que o presidia, tendo como suplente o Secretário Adjunto, agora é presidido pelo Chefe de Polícia Civil, sendo suplente o seu Subchefe (Deliberações n.º 54, de 26/02/03 e n.º 58, de 17/07/03). E mais, Polícia Militar (titular e suplente); DETRAN; DER (titular e suplente); Município que tiver a maior frota de veículos, isto é, Belo horizonte (titular e suplente); Município com a Segunda maior frota (Uberlândia); Município com a terceira maior frota – Juiz de Fora (titular e suplente); entidade estadual patronal que represente empresa de transporte de passageiros e de cargas (respectivamente, FETRAN e FETCEMG); e entidade estadual que represente os trabalhadores em transportes de passageiros e de cargas, devendo os titulares desses órgãos indicar seus respectivos suplentes (estes últimos não foram nomeados em 2001). As Deliberações supra foram revogadas pela de n.º 64, de 25/03/04, com base na Resolução/CONTRAN n.º 150/03 e no Decreto Estadual 43.763, de 12/03/04 (revogou o de n.º 43.164, de 22/01/03) ficando composto de: Chefia da Polícia Civil (presidente); Polícia Militar (titular e suplente); DETRAN (titular e suplente); DER (titular e suplente); Órgão ou Entidade Executivo de Trânsito da Capital (titular e suplente); Órgão ou Entidade Executivo do Município que tiver a maior população, exceto se já contemplado no item anterior (titular e suplente); Órgão ou Entidade Executivo Município com população acima de 500.000 habitantes, exceto se já contemplados nos dois itens anteriores (titular e suplente); Entidade estadual patronal que represente empresa de transporte de passageiros e de cargas, respectivamente, FETRAN e FETCEMG (titular e suplente); representantes das entidades de condutores; e representante de entidade relacionada ao estudo de acidentes de trânsito e defesa de suas vítimas. A Resolução n.º 150/03 foi revogada pela de n.º 244/07 que estabelece a composição por um presidente e treze membros: Polícia Militar; DETRAN; DER; Órgão ou Entidade Executivo de Trânsito da Capital; Órgão ou Entidade Executivo do Município que tiver a maior população, exceto se já contemplado no item anterior; Órgão ou Entidade Executivo Município com população acima de 500.000 habitantes, exceto se já contemplados nos itens anteriores; Município com população entre 100 mil e 500.000 habitantes, exceto se já contemplados nos itens anteriores; Município com população entre 30 mil e 100.000 habitantes, exceto se já contemplados nos itens anteriores; entidade representativa da sociedade ligada à área de trânsito (sindicato patronal, dos trabalhadores

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e não governamentais); um integrante com notório saber na área de trânsito, com nível superior; e mais três membros da área de medicina, psicologia e meio ambiente, com conhecimento na área de trânsito. JARI’s: A elas compete, conforme Artigo 17 do CTB: a) Julgar os recursos interpostos pelos infratores. A do DETRAN compete julgar recursos relacionados ao estado do veículo, documentação e condutor. A do Município, as infrações relacionadas à circulação, estacionamento e parada. As do “DNER” (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), “DER” (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) e PRF (Polícia Rodoviária Federal- Resolução n.º 139/02) as cometidas nas respectivas jurisdições. VIDE Resolução/CONTRAN n.º 066/98 e ITEM Competências Relativas às Multas; b) Solicitar informações complementares, para uma melhor análise, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários; c) Encaminhar aos órgãos e entidades mencionados no item anterior as informações sobre problemas observados nas autuações e apontados em recursos, e que os mesmos se repitam sistematicamente. Composição das JARI’s: As JARI’s devem ser compostas conforme Ata de 03/01/98, do CONTRAN (Note que o Artigo 2º da Resolução/CONTRAN n.º 064/98 substituiu o representante do MP - Ministério Público - por um indicado pela entidade máxima local representante dos condutores de veículos) e devem ter regimento próprio (parágrafo único do Artigo 16). O Presidente e respectivos suplentes serão indicados pelo CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito) e o terceiro integrante será composto por um representante do órgão que impôs a penalidade. A nomeação dos três integrantes e dos três suplentes será efetivada pelo Governador da respectiva Unidade da Federação (Estados e Distrito Federal). A Resolução 175/05 (revogada pela de n.º 233/07, que ainda revogou a 147/03) estabelece que a JARI deva ter no mínimo 03 integrantes e a composição: um com conhecimento na área de trânsito, com, no mínimo, nível médio; um servidor do órgão ou entidade que impôs a penalidade; e um representante de entidade da sociedade ligada à área de trânsito. Devem ser nomeados pelo respectivo chefe do Poder Executivo, com mandato de um a dois ano. E o integrante deve ser idôneo, não ter sido multado e não estar no exercício de fiscalização de trânsito e, por fim, não pode compor o CETRAN ou CONTRANDIFE. Já as JARI’s vinculadas aos órgãos executivos de trânsito e executivo rodoviário do Município terão um presidente nomeado pelo Prefeito Municipal, um indicado pela entidade máxima local

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representante dos condutores de veículos e um representante do órgão que impôs a penalidade. A nomeação dos três e respectivos suplentes serão efetivados pelo Prefeito. O mandato dos membros terá duração de um (01) ano, vedada a recondução, exceto para o representante do MP. O apoio administrativo será prestado pelo órgão ou entidade ao qual funcionem, conforme Artigo 16, Parágrafo único do CTB. Somente podem deliberar com sua composição completa e os recursos apresentados serão distribuídos alternadamente, aos seus três membros, como relatores e, salvo motivo justo, julgados na ordem cronológica de sua interposição, assegurada preferência aos que discutam cassação ou apreensão do documento de habilitação. O funcionamento das Juntas obedecerá ao seu regimento interno, observadas as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN e a legislação em vigor. Por fim, as dúvidas sobre casos omissos do regimento, ou na efetivação, deverão ser resolvidos pela Junta, consultado o DENATRAN. OBSERVAÇÃO: Pela Resolução n.º 096/99 (alterado item 4.1 das diretrizes e Artigo 1º pela 139/02), que alterou o item 4.1 da de n.º 064/98, as JARI’s vinculadas a órgãos executivos de trânsito e executivo rodoviário da União terão seus membros nomeados pelo Diretor do DENATRAN, sendo um representante deste órgão, que a presidirá, outro representante indicado pela entidade máxima local dos condutores de veículo e o terceiro representante do órgão que impôs a penalidade. Tal Resolução alterou também o item 07: “O Regimento Interno, após sua aprovação pelo CETRAN e pelo CONTRANDIFE no Distrito Federal, deverá ser encaminhado para apreciação do DENATRAN, que poderá propor eventuais modificações”. Quanto ao “DNER”, o Presidente da respectiva Jari deve ser nomeado pelo Diretor-Geral, conforme determina a Resolução/CONTRAN n.º 385/67. JARI’s em Minas Gerais: Relativamente à JARI do DETRAN/MG, o Decreto n.º 43.974, de 29 de abril de 2004 dispõe sobre o seu Regimento Interno. Quanto às demais JARI’s estaduais cabe ao CETRAN indicar o presidente e respectivos suplentes (Artigo 8º, XIII da Deliberação n.º 64, de 25/03/04, que aprovou o Regimento Interno do CETRAN/MG). DENATRAN: O DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) é o Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União (Artigo 19 do Código de Trânsito), conforme a Ata da 1ª Reunião do Comitê Executivo do CONTRAN, que o define como tal, apesar de o Decreto n.º 02.327, de 23/09/97, em seus Artigos 1º e 2º, I, ter declarado o Ministério da Justiça como o “Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União”. Mas o mesmo foi revogado pelo de n.º 4.711, de 29/05/03, e o DENATRAN é então o órgão máximo executivo de trânsito da União, com as atribuições, dentre outras, de:

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a) Organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), através da “BIN” (Base de Índice Nacional), assim como o RegistroNacional de Carteiras de Habilitação (RENACH), por meio da “BINCO” (Base de Índice de Condutores). b) Administrar o Fundo Nacional e Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET) - Vide Artigos 4º a 6º da Lei n.º 9.602/98 e Resolução/CONTRAN n.º 001, de 23 de janeiro de 1998. Para tal existe o CONFITRAN (Comitê de Assessoria Financeira de Área de Trânsito), visando diagnosticar a situação de arrecadação de multas de trânsito e de valores à conta do FUNSET; c) Opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito interestadual e internacional; d) Estudar os casos omissos na legislação de trânsito e submetê-los, com propostas de solução, ao Ministério ou órgão coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito (CONTRAN); e) Cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito; f) Expedir a Carteira Nacional de habilitação (CNH) e a Permissão para Dirigir (PD), os Certificados de Registro de Veículo (CRV e CRLV), além da Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) - prevista na Resolução n.º 176/05, mediante delegação aos Departamentos Estaduais de Trânsito (DETRAN’s); g) Coordenar o Sistema Nacional de Estatística de Trânsito (SINET). VIDE PORTARIAS/DENATRAN n.º 02/94 de n.º 58, de 28/08/00. O Presidente da JARI do DENATRAN deve ser indicado pelo seu Diretor-Geral, conforme Resolução/CONTRAN n.º 385/67. DETRAN’s (Artigo 22 do CTB e Resolução do CONTRAN n.º 066/98): Cabe aos Departamentos Estaduais de Trânsito: a) Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, além de outras atribuições que lhes confira o poder competente; b) Vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, expedindo o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); c) Expedir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a Permissão para Dirigir (PD), Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC - (Resolução n.º 176/05) e a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV), bem como cassá-las, além de realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, reciclagem e suspensão de condutores;

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d) Arrecadar multas e valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos. A Resolução n.º 66/98 instituiu a tabela de competências, referentes às infrações, sendo a maioria de competência do Município, a minoria do estado e algumas simultâneas, dependendo do agente atuador (VIDE ITEM 21.11.1); e) Aplicar as penalidades por infrações de trânsito, exceto as de competência dos Municípios (Incisos VII e VIII do Artigo 24), notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; f) Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas; g) Estabelecer o modelo de livro de registro de movimento de entrada e saída de veículos de estabelecimento onde se executarem reformas ou recuperação, compra, venda ou desmontagem de veículos, usados ou não, e rubricá-los. Vide Artigo 330, do CTB, que descreve o que os livros indicarão e a respectiva multa, ou seja: datas de entrada e saída do veículo; nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor; nome, endereço e identidade do comprador; características do veículo constantes no certificado de registro; data da baixa, em caso de desmonte; e número da placa de experiência. A multa é de natureza gravíssima, independente das demais cominações legais cabíveis. A Resolução/CONTRAN n.º 060/98 permite a utilização do controle eletrônico em substituição ao livro de registro;

h) Expedir a Permissão Internacional para conduzir veículo e o Certificado de Passagem nas alfândegas, conforme Artigo 19, XX, do CTB, por delegação do DENATRAN. VIDE ITEM 34: Habilitação e Resoluções/CONTRAN n.º 050/98: Processo de Habilitação, 093/99: Processo de Habilitação e 098/99: Circulação de Ciclomotores; i) Julgar recursos inerentes às infrações de trânsito, através da JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações)- Vide Artigos 16 (exigência da JARI em órgão executivo de trânsito, com regimento próprio) e 17 (competências da JARI) do CTB, bem como a Resolução/CONTRAN de n.º 066/98 que trata da tabela de competências referentes a infrações; j) Credenciar órgãos e entidades para a execução de atividades (os Centros de Formação de Condutores – ex-Auto Escolas, as Clínicas Médicas e as Psicológicas, os Estabelecimentos Regravadores de Chassi, os fabricantes de placas, etc.); l) Integrar-se a outros órgãos e entidades do SNT (Sistema Nacional de Trânsito) para fins de arrecadação e compensação de multas, visando simplificação e celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade da Federação.

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DETRAN/MG: Tem origem em 1912, quando a Guarda Civil do Estado recebeu a incumbência de formar um Contingente de Policiais para exercer o policiamento de trânsito em Belo Horizonte, como medida de segurança, tendo em vista o número crescente de veículos automotores. Em 1928 foi criada a Inspetoria de Veículos de Belo Horizonte, funcionando junto à Guarda Civil, subordinadas a um único Superintendente, que era um Delegado Auxiliar de Polícia Civil, tendo como sede um imóvel na Avenida João Pinheiro, esquina com Rua dos Aimorés. Mais tarde, a Inspetoria foi transformada, por Decreto estadual, em Serviço Estadual de Trânsito, desligando-se da Guarda Civil, e com jurisdição em todas as cidades mineiras. Este Serviço, também por Decreto datado de 18 de março de 1938, foi transformado em Departamento Estadual de Trânsito e, com a edição do Código Nacional de Trânsito - CNT (Lei n.º 5.108) passou a denominar-se DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DE MINAS GERAIS - DETRAN/MG. CIRETRANS: Cabe aos DETRAN’s delegar competências com os mesmos poderes, às CIRETRANS (Circunscrições Regionais de Trânsito), exceto cassação da CNH, de conformidade com a Resolução/CONTRAN n.º 738/89 (alterada pela 753/91: revogou seu Artigo 2º). E a criação delas é disciplinada pela Resolução de n.º 379/67. Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal (Artigo 23): Competem executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivo de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados. Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Municípios

(Artigos 21 e 24 do CTB e Resoluções/CONTRAN n.º 065/98 e n.º 066/98) Eis algumas das competências: a) Aplicar as penalidades de advertência e multa, por infrações de circulação, estacionamento e paradas previstas no Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar (Artigo 24, VII/CTB). O Município deve ser incluído como órgão autuador de trânsito, pelo DENATRAN, através de Portaria, como v.g., a de n.º 052, de 21/11/01, que incluiu a Prefeitura de Vila Matias/MG na relação do Anexo III da Portaria 001/98; b) Vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar (Artigo 24, XXI do Código de Trânsito Brasileiro);

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c) Fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruídos produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, além de dar apoio às ações específicas de órgão ambiental local, quando solicitado (Artigo 24, XX/CTB); d) Registrar e licenciar, na forma da legislação, ciclomotores, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando as respectivas multas (Artigo 24, XVII/CTB), de acordo com regulamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários (Artigo 129/CTB); e) Implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário (Artigo 24, III/CTB). Competência em Relação a Multas: A Resolução/CONTRAN de n.º 066/98 descreve as competências de cada órgão, relativas às infrações, sendo165 (cento e sessenta e cinco) delas exclusivamente dos Municípios, 063 (sessenta e três) também com competência exclusiva do Estado e 016 (dezesseis) mistas, ou seja, tanto da competência do Município como do Estado, conforme o agente de trânsito autuador seja de uma ou outra entidade. Mas a Deliberação n.º 51, de 28/07/06, referendada pela Resolução n.º 202/06, excluiu os códigos 621-1, 622-0, 623-8 e 624-6 (de competência do Município), todos relativos a excesso de velocidade, ressalvadas as infrações cometidas até a data em vigor da Lei 11.334/06 (25/07/06), e criou 3 (três) novos códigos: 745-5 (excesso de velocidade superior à máxima em até 20%), 746-3 (excesso de velocidade superior à máxima em mais de 20% até 50%) e 747-1 (excesso de velocidade superior à máxima em mais de 50%). Para estes três últimos a competência é da autoridade com jurisdição sob a via, isto é, o Município. Integração dos Municípios ao SNT: A Resolução/CONTRAN n.º 106/99 (revogou a de n.º 065/98, que por sua vez revogou a de n.º 029/98) estabelece como os Municípios, de acordo com o § 2º do Artigo 24, devem integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT). A Resolução n.º 296/08 dispõe sobre a integração dos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários municipais ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT). Exigem-se as atividades de: engenharia de tráfego, fiscalização e operação de trânsito, educação de trânsito e coleta, controle e análise estatística de trânsito, bem como JARI. Após, deverá encaminhará ao DENATRAN e ao CETRAN: denominação do órgão e cópia da legislação de sua constituição, identificação e qualificação da Autoridade de Trânsito, cópia da legislação de constituição da JARI e endereço, telefone, fac-símile e e-mail do órgão. Também deve encaminhar ao CETRAN o regimento interno da JARI, informando sua composição. Qualquer alteração deve ser comunicada em 30 (trinta) dias e, no caso de delegação de atividades, em 60 dias, ao DENATRAN.

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A JARI da BHTRANS, em Belo Horizonte, funciona na Avenida Engenheiro Carlos Goulart, 900 – Buritis – telefones (31) 3379-5790/5523 e 3277-6500. Órgãos Executivos Rodoviários da União, dos Estados e do Distrito Federal (Artigo 21): São representados pelo “DPRF” e “DNER”, a nível federal e, pelo “DER”, ao nível de Estado e Distrito Federal, a saber: Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF): O Decreto n.º 01.655, de 03/10/95 define a competência da “PRF”, entre outras, realizar perícias, levantamento de locais, Boletim de Ocorrência (BO), investigações, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos previstos em lei e regulamento, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito (Artigo 1º, V). Pelos Artigos 20 e 21 do CTB compete ao DPRF: cumprir e fazer cumprir a legislação, realizar o patrulhamento ostensivo, aplicar e arrecadar multas, efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas, estatística, controle de emissão de poluentes, vistoriar veículos que necessitem de autorização especial para transitar, integrar-se a outros órgãos, etc. A Portaria n.º 119, de 19/03/97, do Ministro da Justiça, com base no Decreto n.º 01.777, de 09/01/96, criou 27 (vinte e sete) JARI’s nas Superintendências do “DPRF”. Na Capital Mineira ela funciona na Praça Antônio Mourão Guimarães, 100 – Bairro Cidade Industrial – fone (31) 3333-2999. A Resolução n.º 177/05 alterou o Artigo 1º da de n.º 137/02, e atribui ao DPRF, ou terceiro acreditado pelo INMETRO, em caráter provisório, a competência para realizar a inspeção técnica de veiculo destinado ao transporte internacional de cargas e passageiros. A Resolução n.º 271/08 estabelece como competência “exercer a fiscalização eletrônica de velocidade nas rodovias federais com a utilização de instrumento ou medidor de velocidade do tipo portátil, móvel, estático e fixo (com autorização do DNIT), exceto redutor de velocidade, aplicando as penalidades previstas no CTB” e “prestar integral apoio operacional à fiscalização por excesso de peso, em postos fixos e móveis de pesagem”. A JARI do DPRF tem sua composição definida pela Resolução n.º 64/98, alterada pela n.º 96/99 e n.º 139/02 (um representante indicado por conselho, órgão ou entidade de trânsito, que o presidirá; um representante dos condutores; e um representante do órgão que impôs a penalidade).

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Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER)- atual DNIT: A Resolução n.º 83/98, com base nos Artigos 12,I c/c o 7º, IV; 21, I, X e XI; 74, § 1º; 148; 150 e 156, reconheceu o DNER com órgão executivo rodoviário da União. O âmbito de atuação é em rodovia federal, especialmente no controle eletrônico de velocidade, conservação das vias e respectivas faixas de domínio, sinalização, pesagem e apreensão de animais, etc. Em cada Distrito Rodoviário Federal deve ter pelo menos uma Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI), conforme disposto no Decreto n.º 62.384, de 11/03/68. Cabia ao Diretor-Geral indicar os respectivos presidentes, de conformidade com a Resolução 385/67, mas esta se tornou insubsistente face ao disposto nos Artigos 16 do CTB e 1º da Resolução n.º 083/98. E o produto das multas aplicadas constitui receita do “DNER” (Decreto-Lei n.º 08.463, de 27/12/45). Também o Decreto-lei n.º 02.063, de 06/10/83 dispõe que o produto das multas aplicadas por infrações à regulamentação do serviço de transporte rodoviário de carga ou produtos perigosos, quando aplicada por autoridade federal, será recolhido ao Banco do Brasil S.A., à conta do “DNER”. Sua JARI, em Belo Horizonte, funciona na Avenida Prudente de Morais, 1641 – Cidade jardim – fones (31) 3298-1610/1508 e 3296-9817. O DNER foi extinto em 2001 e então se criou o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), através da Lei n.º 10.233, DE 05/06/01, com a redação dada pela Lei n.º 10.561, de 13/11/02, tendo a Portaria/DENATRAN n.º 31, de 27/06/02, designado o n.º 000300 como órgão atuador, alterando assim a relação dos órgãos prevista no Anexo III da Portaria n.º 01, de 05/02/98. A Resolução n.º 271/08 estabelece como competência do DNIT “exercer a fiscalização eletrônica de velocidade nas rodovias federais, utilizando instrumento ou redutor eletrônico de velocidade tipo fixo, assim como a engenharia de tráfego para implantação de novos pontos de redução de velocidade” e “exercer a fiscalização de excesso de peso dos veículos” aplicando as penalidades previstas no CTB, respeitadas às competências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Departamento de Estradas de Rodagem (DER): Atua nas respectivas rodovias estaduais, tal como o DNER nas federais, sendo a fiscalização feita através da Polícia Rodoviária Estadual. A JARI em Minas Gerais funciona na Avenida dos Andradas, 1.120 ou Alameda Álvaro Celso, 334 – fones 3235-1297/1300, ou www.der.mg.gov.br. O Decreto n.º 43.766, de 16/03/04, aprovou o seu Regimento Interno e a sua composição (um presidente com curso superior e indicado conjuntamente pelo CETRAN e DER; um representante de entidade representativa da sociedade ligada à área de trânsito; e um representante do DER).

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Câmaras Temáticas: O Regimento Interno das Câmaras Temáticas (Art. 13 do CTB) foi aprovado pela Resolução n.º 138/02 e são disciplinadas pelas Resoluções n.º 144, de 21/08/03, e alterado pela de n.º 172, de 11/05/05, dando nova redação ao Artigo 4º (a Câmara deve ser composta por 19 titulares e seus suplentes, indicados pelo DENATRAN e nomeados pelo Ministro das Cidades) e ao § 1º do Artigo 10 (reunião da Câmara com quorum mínimo de 11 membros) e acrescendo o Artigo 22-A (a despesas com os membros serão suportadas pelos órgãos ou entidades que representam) e o parágrafo único (as despesas, excepcionalmente, poderão ser suportadas pelo DENATRAN). As Resoluções n.º 144/03 e 172/05 foram revogadas pela de n.º 183/05, a qual aprova o Regimento Interno das Câmaras Temáticas. Mas esta última foi suspensa pela de n.º 186/06, que restabeleceu a vigência da 144/03 até 31/12/06. Foram, porém, todas revogadas definitivamente pela de n.º 218/06, em vigor a partir de 01/01/07, a qual foi alterada pela de número 313/09. São seis as Câmaras: Assuntos Veiculares; Educação para o Trânsito e Cidadania; Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via; Esforço Legal (infrações, penalidades, crimes de trânsito, policiamento e fiscalização); Formação e Habilitação de Condutores; e Saúde e Meio Ambiente no Trânsito. Cada uma, que em 200 eram compostas por nove membros, agora terá 18 (dezoito) titulares e respectivos suplentes selecionados pelo Diretor do DENATRAN e nomeados pelo Ministro das Cidades, a saber: representantes do DENATRAN, DNIT, DPRF, três do Estado ou DF, três dos Municípios, quatro de segmentos organizados da sociedade e cinco especialistas de notório saber. As Deliberações n.º 46/05 e 47/05 prorrogaram os mandatos dos membros das Câmaras até 31/12/05. As Câmaras Temáticas podem ser criadas por Portaria do Presidente do CONTRAN, como, v.g, de n.º 01, de 13/01/00, que constituiu a Câmara Temática de Assuntos Veiculares e a de n.º 32, de 14/06/00 que estabeleceu a composição da Câmara Temática de Habilitação. 7. Atualização do Cadastro na BIN. Tal atualização, no pré-cadastro, só pode ser feita por "operador especial", na Assessoria Administrativa do DETRAN/MG, e diz respeito ao chassi regravado, ano de fabricação, ano-modelo, modelo de série, combustível, cancelamento de registro de placas de identificação, cor, correção do CIC, etc.. As outras atualizações, como v.g., alteração de dados (nome, endereço, cor, alienação fiduciária, etc.), alienação, troca de categoria, são feitas automaticamente na “BIN” (Base de Índice Nacional). Também os fabricantes, transformadores, montadores e importadores, têm condições de atualização dos respectivos cadastros.

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8. Falsa Declaração de Domicílio. O proprietário que fizer falsa declaração de domicílio ou residência fica sujeito às penas da lei (Artigo 242 do Código de Trânsito Brasileiro), isto é, infringe o Artigo 299 do Código Penal. 9. Reconhecimento de Firma. O reconhecimento de firma no "CRV" (Certificado de Registro de Veículo) é exigido pela Resolução n.º 664/86 e Parecer n.º 164/87, ambos do CONTRAN, tanto para o comprador como para o vendedor. Acórdão publicado no "DOU" (Diário Oficial da União) de 08/09/87 - Seção I, página 14.487, mantém a exigência prescrita no Artigo 369 do Código de Processo Civil, ou seja, veda o reconhecimento de firma por semelhança (confronto da assinatura com a ficha arquivada no Cartório), exigindo que o vendedor assine o CRV na presença do Tabelião. Não é válido, portanto, a autenticação cartorial, apesar dos dispositivos do CCB – Código Civil Brasileiro (Artigo 136) e do CPC – Código de Processo Civil (Artigo 365, II). 10. Classificação dos Veículos Normas Gerais (Artigo 96 e Anexo I do CTB). Quanto à Tração: a) Automotor: veículos em geral e o motor casa; b) Elétrico: veículos que não se locomovem sobre trilhos; c) De propulsão humana: bicicleta e carro-de-mão; d) De tração animal: carroça, charrete e carro-de-boi; e) Reboque ou semi-reboque: “carretinha” e “carreta”, respectivamente, na linguagem popular. Quanto à Espécie: a) De Passageiros: automóvel, moto, motoneta, triciclo, quadriciclo (Resolução/CONTRAN n.º 700/88), ônibus, micro-ônibus, ciclomotor, charrete, bonde, reboque, semirreboque e bicicleta; b) De Carga: caminhão, pick-up (caminhonete), motos e similares, carro-de-mão, carroça, reboque e semirreboque; c) Misto : camioneta, utilitário, outros;

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d) De competição: Vide Artigo 110 do CTB (só pode circular em via pública com licença especial); e) Especial: os chamados fora-de-estrada, os militares e o motor casa (Resolução/CONTRAN n.º 538/78); f) De tração: tratores em geral (de rodas, de esteira e misto) e o caminhão-trator; g) De coleção. Quanto à Categoria: Oficial, particular, e aluguel (VIDE Registro de Táxi e de Coletivos de Passageiros), aprendizagem (VIDE ITEM PLACAS DE APRENDIZAGEM) e de Representação Diplomática, de Repartições Consulares de Carreira e de Representações de Organismos Internacionais acreditados junto ao Governo Brasileiro. a) Oficial: veículos de propriedades da União, Estados, Municípios, DF e respectivas Autarquias e Fundações Públicas, conforme Resolução/CONTRAN de n.º 756/91 (revogou a de n.º 487/75) e Resolução/CONTRAN de n.º 045/98. b) Particular: veículos de propriedade de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (Resolução CONTRAN n.º 756/91) e de Autarquias com atribuições de fiscalizar o exercício de profissão liberal (Resolução/CONTRAN n.º 529/78), além dos de propriedade de pessoas físicas e jurídicas não integrantes de entes públicos. OBSERVAÇÃO: Em relação ao Código anterior (Artigos 35 do CNT e Artigo 77 do RCNT) foram acrescentados o quadriciclo, os veículos de coleção e os de aprendizagem. 11. Adulteração do Número do Chassi. Providências do Vistoriador ou Perito: Quando o Vistoriador de Veículos e/ou Perito Criminal encontrar adulteração ou alterações na gravação do n.º do chassi (número “VIN”), das etiquetas ou das gravações nos vidros, ou ainda em outros componentes ou peças (câmbio, bomba injetora, eixo, etc.), cabe a ele colher todos os dados possíveis, para consulta ao fabricante ou montador, devendo o laudo de vistoria, o veículo e a documentação serem entregues à autoridade policial, tendo em vista o disposto no Artigo 311 do Código Penal, introduzido pela Lei n.º 09.426, de 24/12/96.

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Providências da Autoridade Competente: Nos casos em que a numeração do chassi, ou outro número de identificação veicular tenha sido lixado, raspado ou esmerilado, deve a autoridade requisitar também, além do laudo elaborado pelo Vistoriador de Veículos, o exame metalográfico, a ser realizado por Peritos Criminais do Instituto de Criminalística/MG. Neste exame é utilizado uma mistura de cloreto de cobre, cloreto de ferro, ácido clorídrico, álcool e água e, o afloramento da numeração, pode demorar de 01 a 06 horas, principalmente em função da temperatura: quanto maior esta, em menor tempo ocorrerá a reação. Havendo necessidade de mais dados, como número de câmbio, de eixos, de carroceria, de bomba injetora, etc., a consulta deve ser feita diretamente ao fabricante ou montador, através de ofício, em especial na hipótese de “transplante” da numeração VIN que, certamente, e na grande maioria dos casos, a gravação é original, dispensando portando o exame metalográfico, bastando o laudo elaborado pelo Vistoriador de Veículos; 12. Agregados dos Veículos: Os “dados possíveis” são aqueles que vão ensejar a correta identificação do veículo, através da respectiva montadora ou informações disponíveis no próprio sistema online. Agregado, assim, pode ser definido como toda peça ou componente que o fabricante do veículo relaciona com o NÚMERO DO CHASSI, para uma eventual identificação correta do mesmo, essencialmente importante para as autoridades policiais e de trânsito na sua identificação correta. Das montadoras instaladas no país, a Mercedes-Benz (hoje DaimlerChrysler) é a que relaciona um maior número de agregados, relativamente a ônibus, caminhões e caminhão-trator. Outras, como por exemplo, a Fiat, fazem o controle apenas com o número do motor, de carroceria e do número segredo; já a Volkswagen o faz pelo número do motor, do câmbio, da carroceria e do eixo; a Chevrolet pelos números de motor, câmbio, segredo e eixo traseiro; motos em geral pelo número do motor; a Ford pelo número de motor, e etc. Agregados, nos automóveis, dependendo do fabricante, são os componentes que permitem a correta identificação do veículo, ou seja, o número do chassi (VIN). São eles: N.º de motor; N.º do câmbio; N.º da carroceria; N.º do eixo; N.º segredo. Nos Caminhões e Ônibus: N.º de motor; N.º do câmbio; N.º da cabine; N.º do setor; N.º da bomba injetora (veículos a diesel); N.º do eixo dianteiro; N.º de eixo traseiro.

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13. Duplicidade de chassi: De acordo com a Portaria/DENATRAN n.º 203, de 18 de novembro de 1999, ocorrendo duplicidade do número do chassi, a Unidade da Federação deverá encaminhar comunicação devidamente fundamentada à Unidade de Federação onde se encontra o outro registro do chassi idêntico, instruída com a seguinte documentação: Laudo pericial oficial ou laudo de vistoria com decalque do chassi e agregados; informação do fabricante; documentos de registros e licenciamento do veículo e, se possível, nota fiscal de compra. As providências do DETRAN (Departamento de Trânsito) onde se acha registrado o veículo suspeito, deverão ser adotadas em 60 (sessenta) dias, acrescentando-se ao final do chassi, somente nos sistemas estadual e RENAVAM, os caracteres “DB” e também se deve gravar restrição administrativa no veículo que recebeu este “DB”. Se inconsistente ou inverídica as informações prestadas pela UF solicitante, haverá reversão do processo, restituindo o cadastro à condição inicial. No caso de bloqueio devido a furto ou roubo no veículo não original, a UF responsável pela inclusão do impedimento, deverá providenciar a necessária alteração do cadastro. 14. Atualização do Pré-cadastro pelas Montadoras: As montadoras ou fabricantes enviam para a Base de Índice Nacional (BIN) do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), geralmente, apenas o número do motor, ou o número de motor e de carroceria, e a Assessoria Administrativa do DETRAN/MG os fornecem com base em consulta ao sistema online, mediante apresentação do respectivo laudo de vistoria. A consulta também pode ser feita diretamente na CIRETRAN, por funcionário com senha especial. As CIRETRANS e os Setores de Trânsito, em Minas Gerais, sempre contam com um funcionário, com senha especial para pesquisa de agregados (geralmente números de motor, carroceria, câmbio e eixos traseiro e/ou dianteiro) dos veículos cadastrados. E as montadoras, no Brasil, atualizaram o número agregado a partir de 1986 (Fiat e GM, esta última para alguns modelos), 1988 (motos), 1991 (Ford e Mercedes-Benz), 1992 (VW e Volvo), 1997 (Ciclomotores). Cabe também aos importadores providenciarem o envio destes e de outros dados de veículos importados (modelo, cor, ano de fabricação e ano-modelo, etc.) à “BIN” (Base de Índice Nacional), sem os quais é impossível o respectivo registro. A esse conjunto de informações, antes do registro, denomina-se Pré-Cadastro.

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15. Alteração das Características do Veículo. (Artigos 97 a 106 e § 3° do Artigo 114 do CTB e Resoluções/CONTRAN n.º 011/98, 025/98, n.º 115/00, n.º 201/06, 262/07, 292/08, 297/08 e n.º 322/09). Generalidades e Resoluções Pertinentes: De acordo com o Artigo 97 do CTB, as características dos veículos, suas especificações básicas, configuração e condições essenciais para registro (VIDE ITEM 22: Registro de Veículos EM GERAL), licenciamento (VIDE ITEM 17: Licenciamento e Seguro DPVAT) e circulação serão estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Para tanto, foram editadas as seguintes Resoluções do CONTRAN: 01) De n.º 041/98 (Revogada pela de n.º 077/98): Cadastramento no RENAVAM; 02) De n.º 047/98 (Revogada pela de n.º 069/98: Reboque por Motos); 03) De n.º 056/98 (Veículos de Coleção) 04) De n.º 068/98 (Requisitos de Segurança para Combinação de Veículos de Carga); 05) De n.º 075/99 e 305/09 (Requisitos de Segurança para Cegonheira); 06) De n.º 115/2000 (Proíbe a utilização de chassi de ônibus para sua transformação em veículo destinado para carga). 07) De n.º 201/06 (Modificações nos veículos previstas nos artigos 98 e 106 do CTB). O prazo de entrada em vigor da mesma foi prorrogado até 31/08/07 pela de n.º 229/07; 08) De n.º 078/99 (Normas e Requisitos de Segurança para fabricação, montagem e transformação de Veículos); 09) De n.º 725/88 (Requisitos de segurança para contêineres); 10) De n.º 262/07, revogada pela 292/08 (alteração de características: suspensão). A Resolução n.º 319/09 alterou a alínea “b” (INMETRO deverá estabelecer programa de avaliação da conformidade para “eixo direcional e eixo auto-direcional para caminhões, caminhões-tratores, ônibus, reboques e semi-reboques) e o seu Anexo (tabela de modificações permitidas, com veículos envolvidos, exigências e nova classificação) e ainda suprimiu a alínea “c” do Artigo 9º da de n.º 292/08.

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11) De n.º 319/09 (proíbe adaptação do 4º eixo em caminhões, salvo quando se tratar de eixo direcional ou auto-direcional). Vide também Portarias/DENATRAN de n.º 077/99 e 166/99 (revogada pela de n.º 017/00) e n.º 047/98 (revogou as de n.º 001/94, n.º 004/96 e n.º 008/96), no final. Ainda, de conformidade com o Artigo 98 do CTB (antes tratado pelo Artigo 80 do RCNT – Regulamento do Código Nacional de Trânsito), exige-se prévia autorização da autoridade de trânsito para as modificações das características originais de fábrica dos veículos automotores em geral. E os veículos e motores novos ou usados que sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender aos mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais e pela Resolução/CONTRAN n.º 025/98. Em caso de modificações do veículo, deve ser constada no campo de observações do “CRV/CRLV” a expressão “VEÍCULO MODIFICADO”, bem como o número do Certificado de Segurança Veicular (CSV). Em síntese, quanto às exigências, podemos inferir, com base nas Resoluções/CONTRAN de n.º 025/98, a qual revogou a Resolução n.º 775/93 (revogou a 727/89), que tratava do assunto, e a de n.º 201/06 (revogou os artigos 1º a 8º da 025/98) e em vigor a partir de 10/03/07: Prévia Autorização da Autoridade de Trânsito: As características dos veículos somente poderão ser modificadas, em conjunto ou separadamente, mediante prévia autorização da Autoridade de Trânsito competente (Artigo 98 do CTB e Artigo 1° da Resolução/CONTRAN n.º 025/98 e atual 3º da de n,º 201/06), sob pena de multa (Artigo 230, VII, do CTB)devendo ainda atender os mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruídos estabelecidos pelos órgãos ambientais. São permitidas modificações na espécie, tipo, carroceria ou monobloco, combustível, modelo/versão, cor, capacidade/potência/cilindrada, eixo suplementar, estrutura, e sistemas de segurança, com prévia autorização da autoridade de trânsito competente e com a apresentação posterior do “CSV” (Certificado de Segurança Veicular), excetuando-se a alteração da cor (Artigo 2º da mesma Resolução n.º 025/98 - revogado), imprescindível para o registro e o licenciamento. A Regravação do chassi e reposição de etiquetas dependem de prévia autorização da autoridade de trânsito (Resolução n.º 024/98) Alterações Proibidas: Não serão permitidas modificações da suspensão e do chassi do veículo classificado como misto ou automóvel (Artigo 7º da Resolução/CONTRAN n.º 025/98 - revogado). Mas pelo artigo 6º da Resolução n.º 201/06 não é permitida modificação da suspensão para as espécies passageiro, misto e carga com PBT menor que 3.500kg.

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Portanto, é possível para os veículos de carga com peso bruto total (PBT) igual ou maior que 3.500kg, assim como para os veículos que tiveram suas suspensões modificadas para compensar o rebaixamento natural decorrente da instalação do Gás Natural Veicular (GNV) ou blindagem, desde que mantida a altura original do veículo. O Parágrafo único do Artigo 5º da mesma Resolução proibia a modificação para aumentar capacidade de carga ou lotação, visando obter o benefício para a troca de motor do ciclo Otto (gasolina ou álcool e gás) para o do ciclo diesel, agora tratado pelo parágrafo único do artigo 5º da de n.º 201/06. E a Resolução/CONTRAN n.º 115/2000 proíbe a utilização de chassi de ônibus para sua transformação em veículo destinado para carga. A Resolução n.º 201/06 proíbe ainda: utilização de rodas/pneus que ultrapassem os limites externos dos pára-lamas; o aumento ou diminuição do diâmetro externo do conjunto roda/pneu; e a substituição do chassi ou monobloco por outro chassi ou monobloco, nos casos de modificação, furto-roubo ou sinistro de veículos, com exceção de sinistros em motos e assemelhados. Uso de Óleo Diesel: A Portaria n.º 023 (foi validada pelo Artigo 5º da Resolução/CONTRAN n.º 025/98 e, a partir de 10/03/07, pelo Artigo 5º da de n.º 201/06), de 06 de junho de 1994, do extinto “DNC” – Departamento Nacional de Combustíveis (tal Portaria revogou a Portaria anterior, de n.º 016/93), permite o uso do motor a óleo diesel para veículos de uso misto com tração nas 04 rodas, caixa de mudança múltipla e com redutor (jipes em geral) e para aqueles com capacidade de carga mais passageiros, motorista e tripulante igual ou superior a 1.000 Kg (mil quilogramas), conforme também ratifica a Decisão n.º 003, 19/04/94, do CONTRAN (antes, a Portaria n.º 140/90 do Ministério da Indústria e Comércio, que alterou a anterior de n.º 346/76, incluíra a camioneta de uso misto com capacidade de carga igual ou superior a mil quilogramas). A Portaria supra (023/94) considera, para efeito de cálculo, o peso de uma pessoa como valendo 70 Kg (setenta quilogramas). A título de ilustração, não podem fazer a troca a caminhonete F-100 da Ford e os veículos Veraneio, A10, C10 e C15 da Chevrolet. Já a A20, D20 e C20 (Chevrolet), e a Kombi (VW), são autorizados. Os veículos fabricados ou montados originalmente com motor do ciclo diesel terão a destinação e a capacidade de carga ou passageiros especificados por órgão do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo (Artigo 6º da Resolução/CONTRAN de n.º 025/98, mas esta foi revogada pela RESOLUÇÃO Nº 362/10.

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Conversão de Combustível: A conversão de motores movidos à gasolina para álcool etílico hidratado combustível ou vice-versa, bem como a conversão para gás metano veicular (VIDE ITEM 96: USO DE GASES) independe da prévia autorização supramencionada, e o proprietário deverá providenciar a substituição imediata do “CRV” (Certificado de Registro de Veículo) e do “CRLV” (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), conforme disposto no § 1º do Artigo 123 do CTB, e apresentando o respectivo Certificado de Segurança Veicular (CSV) e a Licença para Uso da Configuração do Veículo e Motores (LCVM), expedida pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Mas pela Resolução n.º 201/06 qualquer modificação depende da prévia autorização da autoridade responsável pelo registro e licenciamento (Artigo 3º). OBSERVAÇÃO: A Portaria/DENATRAN n.º 003, de 15/01/1999, esclarece que a simples troca de motor com as mesmas especificações técnicas, não se classifica como alteração de característica, mas o proprietário deve comunicar ao DETRAN em 30 (trinta) dias, preenchendo o modelo do Anexo, apresentado ainda a cópia autenticada da respectiva Nota Fiscal. No Anexo devem ser anotados: n.º de cilindros, combustível, cilindradas (cm3), potência (cv) n.º de motor e referência de fábrica, tanto do motor anterior como do atual. Assim, motores vendidos por algumas concessionárias e revendas, sem a numeração de fábrica, o órgão de trânsito não deverá formalizar a alteração. E, a partir de 11/06/06 o assunto foi regulamentado pela Resolução n.º 199/06: gravação composta por nove dígitos, sendo os dois primeiros correspondentes à sigla da Unidade da Federação que autorizou a regravação e, os demais, a partir de 0000001, fornecido pelo DETRAN. Tal Resolução n.º 199/06 disciplina ainda: 01) Exige decalque do número do motor e, para veículos cuja visualização é difícil, o proprietário deve providenciar junto à concessionária ou empresa devidamente credenciada, declaração constando o número e o decalque do mesmo, ou coletado por meio ótico (fotografia) e anotado no Laudo de Vistoria; 02) Não se permite regravação em motor com numeração original raspada. O mesmo deve ser encaminhado à autoridade policial, assim como o veículo, quando a numeração estiver vinculada a automotor furtado ou roubado ou estiver em desacordo com o padrão do fabricante; 03) Após a regularização do motor, seja pela autoridade policial ou judicial, acrescentando-se, respectivamente, o diferencial “DA” (decisão administrativa) e “DJ” (decisão judicial) no motor e no cadastro da base estadual.

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Uso de Gasogênio: Já para a adaptação do sistema de gasogênio há necessidade da prévia autorização da autoridade de trânsito e os veículos só poderão circular nas vias públicas após devidamente licenciados (Artigo 1º da Resolução/CONTRAN n.º 580/91), com base em laudo expedido por órgão técnico (Certificado de Segurança Veicular - CSV), observados os requisitos fixados pela Secretaria de Tecnologia Industrial do “MIC” (Ministério da Indústria e Comércio), através da Portaria de n.º 003, de 13 de fevereiro de 1981, conforme determina a Resolução/CONTRAN de n.º 580/81 (Artigo 2º, VI). Certificado de Segurança: Quando a alteração envolver substituição de componentes de segurança ou modificação da estrutura do veículo, não especificado pelo fabricante (espécie; tipo; carroceria ou monobloco; combustível; modelo e versão; capacidade, potência e cilindrada; eixo suplementar; estrutura e sistemas de segurança), exigir-se-á Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido por Instituto Técnico credenciado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualificação Industrial). E a Resolução n.º 185/05 deu nova denominação a tais empresas, agora denominada de “Instituição Técnica Licenciada". Exemplos típicos são as trocas de carroceria (aberta para fechada, para baú, para freezer, para tanque e vice-versa), de cabine simples para cabine dupla, de automóvel para furgão e vice-versa, bem como a instalação de baús em motocicletas e similares, transformação de automóvel em limousine, transformação de automóvel em pick-up, instalação de GMV (Gás Metano Veicular), etc. Atualmente em Minas Gerais (novembro de 2001), as entidades credenciadas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Normalização) para fornecerem o Certificado de Segurança Veicular (CSV), de acordo com critérios estabelecidos pela Portaria/DENATRAN n.º 048, de 29 de dezembro de 1998, são a: 01) FAU – Fundação de Apoio Universitário - Avenida Engenheiro Diniz, 1.178 – Bairro Martins – Uberlândia – Cx. Postal 593 e Fone (034) 3236-2167; 02) CEPESUL - Central de Perícias do Sul de Minas S/C Ltda.: Rua João Pereira Júnior, 26 – Vila Olímpica - Poços de Caldas - fone 035 - 3714-4605; 03) SEIV – Sistema Especializado em Inspeção Veicular Ltda. – Rua Íris Alvim Camargos, 376 – Bairro Cabana – Belo Horizonte – fone (031) 3363-8430. Mudança de Cor: A alteração da cor do veículo não dependerá de prévia autorização da autoridade de trânsito, não necessitando, porém, da apresentação do “CSV” (Certificado de Segurança Veicular), de conformidade com o especificado no Parágrafo Único do Artigo 2º da Resolução/CONTRAN de n.º 025/98, mas o proprietário deverá providenciar a imediata alteração junto ao DETRAN

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(Departamento de Trânsito) dos Estados ou do Distrito Federal. Este Artigo foi revogado pela Resolução n.º 201/06. Gás Metano Veicular e Licença “LCVM”: O Artigo 8º da Resolução supra autoriza a utilização do Gás Metano Veicular (GMV), também denominado Gás Natural Veicular (GNV), com apresentação do “CSV” (Certificado de Segurança Veicular) e da “LCVM” (Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor) expedida pelo “IBAMA” (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), de acordo com o estabelecido na Lei n.º 08.723, de 23/10/93. Mas pelo Artigo 7º da Resolução n.º 201/06 exigir-se-á o Certificado Ambiental para uso de Gás Natural em Veículos Automotores – CAGN, expedido pelo IBAMA, ou aposição do número do mesmo no CSV. E, é proibido o uso em ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos. Também exige que os componentes do sistema devam estar certificados no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade, conforme regulamentação específica do INMETRO. Anualmente, para o licenciamento, será exigida a apresentação de novo CSV. A Portaria/DENATRAN n.º 066, de 06/12/00 alterou o item 9.1, do Anexo II, da Portaria n.º 047/98, que passou a ter a seguinte redação: “Admitir-se-á a apresentação da dispensa da LCVM nos casos regulamentados pelo IBAMA” e, ainda, revogou os itens 9.1.1 a 9.1.6. Exige-se também o CSV (Certificado de Segurança Veicular) quando da retirada do equipamento para utilização do gás metano, conforme Parecer 194/CA/AJ/03/DETRAN/MG, de 15 de setembro de 2004, devendo ser constado no campo de "OBS" do Certificado de Registro e de Licenciamento. A Resolução n.º 280/08 estabelece também que os veículos originais de fábrica com sistema para uso de GNV devem realizar inspeção a cada doze meses, com emissão do CSV. Montagem e Transformação e Gravação do n.º VIN (Vehicle Identification Number – Número de Identificação do veículo): A Resolução/CONTRAN n.º 078/98) estabelece que para a fabricação, montagem e transformação de veículo, de conformidade com o que prescreve os incisos XXV (requisitos de segurança veicular) e XXVI (código de marca-modelo) do Artigo 19 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) serão consolidados mediante Portaria do DENATRAN. Para tanto foram elaboradas as Portarias de n.º 077, de 07/05/99 e a de n.º 166, de 01/10/99 (revogada pela 17/00). A primeira permite a gravação do número de identificação do veículo (VIN) em estampagem, direta na chapa dos monoblocos, dos caracteres em ALTO RELEVO com 0,2 mm (zero vírgula dois milímetros) de altura mínima, observadas as demais especificações da NBR de n.º 6066/ABNT (Norma Brasileira Registrada da Associação Brasileira de Normas Técnicas). VIDE RESOLUÇÃO N.º 024/98, que revogou a 659/89 e que prevê a mesma profundidade de 0,2 mm; etiquetas na coluna da porta dianteira direita, no compartimento do motor, no interior junto ao

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banco do motorista e gravação no pára-brisa e vidro traseiro, além dos vidros laterais, quando houver. A Resolução n.º 261/07 estabelece as modificações permitidas em veículos, previstas nos Artigos 98 e 106 do CTB, bem como as de n.º 262 (revogada pela 292/08) e 319/09. A Portaria/DETRAN/MG n.º 38.890/92 estabelece que a remarcação do chassi depende de prévia autorização e se dará por acidente, desgaste ou corrosão e furto ou roubo com adulteração. A Resolução n.º 077/98 tratava do cadastramento no RENAVAM e do modelo e emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV), mas foi revogada pela de n.º 200/06, e esta revogada pela 291/08. A Resolução n.º 291/08 estabelece que todos os veículos, inclusive os transformados, devem possuir código de marca/modelo/versão específico, a ser concedido conjuntamente à emissão, pelo DENATRAN, do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT). Ano de Fabricação: A Portaria/DENATRAN n.º 017, de 22 de março de 2000 (revogou a Portaria de n.º 166/99 do mesmo órgão) determina que a identificação do ANO DE FABRICAÇÃO estabelecido pelo Artigo 3º da Resolução/CONTRAN de n.º 024/98 será atendida através de uma gravação no chassi ou monobloco, nas imediações da gravação do próprio n.º “VIN” no veículo, em 04 (quatro) algarismos, na profundidade de 0,2 mm (zero vírgula dois milímetros) e altura mínima de 07 mm (sete milímetros), ou através de uma plaqueta destrutível quando de sua remoção (Artigo 1º). A plaqueta deverá ser feita em alumínio, com espessura de 0,3 mm, face interna com adesivo e ranhuras transversais com ângulos de 45º, com a finalidade de fragilizar a plaqueta para torná-la destrutível quando de sua remoção. A altura mínima dos caracteres deve ser também de 0,3 mm, devendo ser afixada na coluna da porta dianteira direita do monobloco ou na cabine (Anexo). Gravação do “VIN” em Motos e Similares e em reboques e semirreboques: E, em relação às motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos e ciclomotores, a gravação do número de identificação (VIN) será feita no mínimo, em um (01) ponto de localização, na coluna de suporte de direção ou no chassi monobloco (Artigo 3º da mesma Portaria n.º 017/2000). Portanto, não se exige a gravação do ANO DE FABRICAÇÃO, mas se o fabricante optar pela plaqueta, a mesma deve ser afixada na coluna suporte de direção ou no chassi monobloco. Nos reboques e semirreboques a gravação deve ser feita em 02 (dois) pontos (Resolução n.º 024/98).

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Código de Marca-Modelo e “CAT”: Relativamente ao inciso XXVI do Artigo 19 do CTB, a concessão, por parte do DENATRAN, do código de marca-modelo dos veículos, para efeito de registro, emplacamento e licenciamento, está disciplinada pela Resolução/CONTRAN n.º 077/1998, de interesse mais para os fabricantes. Os procedimentos aludidos nesta Resolução n.º 077/1998 são disciplinados pela Portaria/DENATRAN n.º 047/1998 que, em resumo, tem-se: 01) Todos os veículos nacionais ou importados, transformados ou encarroçados (exceto os de propulsão humana, de tração animal, de uso bélico e de uso exclusivo em circuitos fechados de competição), receberão códigos específicos na tabela de marca-modelo-versão do RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores), bem como o “CAT” (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito), desde que atendidos os requisitos de identificação e segurança veicular, constantes dos Anexos I, II e III da Resolução n.º 047/1998. A Portaria/DENATRAN n.º 047/98 estabeleceu os procedimentos à concessão do referido código de marca/modelo/versão; 02) Após homologação, o Órgão Máximo Executivo - DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) emitirá em nome do interessado o “CAT” (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito), enviando também as informações necessárias para a inserção do veículo no módulo do pré-cadastro do RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores); 03) O DENATRAN poderá dispensar o “CAT” ao montador estabelecido no Brasil que possua capacitação laboratorial e de engenharia no país ou no exterior, para os novos modelos ou versões, concedendo-lhe então o código específico de marca-modelo-versão. E tais veículos não podem ser comercializados (deve ser constada esta observação nos Certificados de Registro e de Licenciamento do veículo: CRV e CRLV, a menos que seja emitido o “CAT”); 04) Para os fabricantes de reboques, semirreboques, encarroçadores e transformadores de veículos, a concessão do código subordina-se também à apresentação do “CCT” (Comprovante de Capacitação Técnica) emitido por Instituição Técnica de Engenharia (ITE) homologada pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito); 05) Para a concessão de cada “CAT” (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito) o requerente deverá depositar o valor correspondente a 250 UFIR (duzentos e cinqüenta Unidades Fiscais de Referência) em favor do Fundo de Educação e Segurança do Trânsito (FUNSET). OBSERVAÇÃO: No campo de observações do “CRV/CRLV” deve constar a expressão "VEÍCULO MODIFICADO" e os itens modificados, e o n.º do “CSV” (Certificado de Segurança Veicular), conforme Artigos 3º e 4º da Resolução/CONTRAN de n.º 025/98. VIDE ITEM (Observações que Devem Constar no CRV).

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Há de ressaltar que este assunto já é tratado pelo Código de Defesa do Consumidor e, para alguns autores, o Artigo teria o propósito de isentar, expressamente, o Poder Público da obrigação de reparar danos, por ter licenciado o veículo que apresenta eventuais falhas. Outras Normas: Diversas outras normas tratam do assunto, como v.g, o Decreto-lei n.º 265-A, de 28/09/01 (Código da Estrada), cujo artigo 114 trata das características dos veículos, e foi alterado pelo Decreto n.º 44/05 e outros; Decreto n.º 5.462, de 09/06/05 que trata da circulação internacional; e Decreto n.º 7.612, de 18/06/99, que dispõe sobre a modificação de veículos para uso de pessoas portadoras de deficiência física.

Penalidade: Art. 230, VII/CTB 16. Peso e Capacidade. Balanço Traseiro, e Tara, Lotação, PBT (Peso Bruto Total), PBTC (Peso Bruto Total Combinado) e CMT (Capacidade Máxima de Tração). Generalidades: O Artigo 100 do Código de Trânsito proíbe o trânsito de veículos com lotação de passageiros, “PBT” (Peso Bruto Total) ou “PBTC” (Peso Bruto Total Combinado) superior ao fixado pelo fabricante, e também nem pode ultrapassar a “CMT” (Capacidade Máxima de Tração), determinada pelo fabricante ou montador do veículo. A Resolução n.º 562/80 (revogou a de n.º 556/79) exigia as inscrições da Tara, Lotação e PBT na cabine de veículos de carga e em ônibus, mas a mesma foi revogada pela 049/98. Balanço traseiro: O Balanço Traseiro, nos veículos destinados ao transporte de carga e de passageiros, é determinado pela DISTÂNCIA que há do centro do último eixo traseiro e a extremidade traseira da CARROCERIA. Este distanciamento é disciplinado pelo Decreto-lei nº 82.925/78: a distância do centro do último eixo não poderá exceder a um valor superior a 50% da distância entre os eixos extremos e no máximo 03,50 m (três vírgula cinqüenta metros), seja articulado ou não o veículo. O Decreto n.º 88.686, de 06/09/83 autorizava a renovação de licenciamento do veículo com balanço traseiro em desacordo com § 1º do Artigo 81 do antigo Regulamento do CNT (reproduzido pela Resolução n.º 012/98, a seguir). Pela Resolução/CONTRAN n.º 012/98 (§ 1º do Artigo 1º) - alterada pela de n.º 184/05, e revogada pela Resolução n.º 210/06, o distanciamento deverá ser:

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a) 60% da distância dos eixos extremos, não podendo exceder 3,50 m (contraria o Decreto-lei), para veículos de carga; b) 62% (sessenta e dois) da distância dos eixos extremos, para veículos de transporte de passageiros com motor traseiro; c) 66% (sessenta e seis) da mesma distância, para veículos de passageiro com motor central; d) 71% (setenta e um), para veículos de passageiro com motor dianteiro. A Resolução n.º 184/05 alterou as de n.º 12/98 e 68/98. Quanto à primeira tem-se: a) Nova redação ao inciso II do § 4º do Artigo 1º(Autorização Específica para os veículos que excedam os limites previstos no inciso I, com validade de um ano, renovada até o sucateamento); b) Acresce os §§ 6º (Autorização específica para veículos registrados até 13/11/96 cujo balanço traseiro exceda 3,50 m e limitado a 4,20 m, renovável até o sucateamento) e 7º (Autorização Específica para veículos combinados, mesmo registrados após 13//11/99, também renovável até o sucateamento) ao Artigo 1º; c) Nova redação ao inciso I (PBT de 45 t por unidade, ou 57 t para combinação de veículos, desde que esta atenda aos incisos IV, V e VI do Artigo 2º da 68/98) do Artigo 2º e acrescer os §§ 7º e 8º; e d) Acrescer o Artigo 3A (o disposto não se aplica a veículos para carga indivisível conforme dispõe o Artigo 101 do CTB). Ainda, revoga o § 5º do Artigo 1º e a Resolução n.º 76/1998. Quanto à Resolução n.º 068/98 tem-se: a) Nova redação ao Artigo 1º (As "CVC" com PBT acima dos fixados pela Resolução n.º 12/98 só poderão circular portando a Autorização Especial de Trânsito - AET); b) Nova redação ao Artigo 2º, inciso I (a "CVC" não poderá possuir PBTC superior a 74 t e comprimento superior a 30 m e, a com PBTC superior a 57 t, deverá ter comprimento igual ou superior a 25 m) e inciso VII (a "CVC" com de 25 m ou mais deverá possuir sinalização especial na traseira - Anexo III substituído, e nas laterais, a intervalos de no máximo 3 m entre si); c) Também dá nova redação ao Artigo 6º (novas composições só serão autorizadas após comprovação de seu desempenho e com homologação por parte do DENATRAN); e, revogar o § 2º do Artigo 2º e o Anexo I. A Resolução n.º 210/06 praticamente, nada alterou, acrescentando, no § 3º do Artigo 1º, que o balanço dianteiro dos semi-reboques deve obedecer a NBR NM/ISO 1726: até 60% e não exceder 3,50m, 62% com motor traseiro, 66% com motor central, 71% com motor dianteiro.

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Tara: A Tara corresponde ao peso do veículo em ordem de marcha, isto é, o seu peso próprio acrescido dos pesos da carroceria, do combustível, do óleo lubrificante, das ferramentas, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluído de arrefecimento e do fluído de freio, expressos em quilogramas (Resolução/CONTRAN n.º 049/98). Lotação: É a carga útil máxima, incluindo o condutor do veículo e os respectivos passageiros, que o veículo pode transportar. Deve ser expressa em kg (quilogramas) ou número de pessoas, estimadas em 70 (setenta) Kg cada uma. Peso Bruto Total (PBT): O Peso Bruto Total é o peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, consubstanciado pela soma de sua tara mais a lotação. Peso Bruto Total Combinado (PBTC): O Peso Bruto Total Combinado é o peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque ou do caminhão ou veículo de passageiros mais o seu reboque ou reboques. Capacidade Máxima de Tração (CMT): A Capacidade Máxima de Tração, indicada pelo fabricante, é o máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar. A Portaria n. 001/89 do INMETRO estabelece que para o veículo de carga transportar 01 tonelada são necessários 5,71 cv (Cavalo-Vapor). Assim, se um caminhão tem 100 cv, sua “CMT” será de 17,5 t (100 dividido por 5,71). Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros, fabricados a partir de 01/09/98, deverão conter a inscrição indicativa de sua tara, do PBT, do PBTC ou a CMT e de sua lotação (Artigo 117 do CTB e Resolução/CONTRAN n.º 049/98). VIDE também Artigos 230, XXI e 231, X do CTB, para infrações, e Artigo 60 da Lei n.º 07.408/85 para tolerância (5% - cinco por cento). E a adulterações destes itens constitui crime previsto no Código Penal Brasileiro. Os veículos supramencionados, licenciados até 31/08/98, deverão seguir a legislação até esta data (21 de maio de 1998), ou seja, inscrição de TARA, LOTAÇÃO, “PBT” ou “PBTC”. Os reboques e semirreboques deverão constar as mesmas inscrições, na parte dianteira, lateral esquerda.

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Responsabilidades pelas Inscrições: A responsabilidade pela inscrição de Tara, Lotação, PBT e CMT em veículos de carga e os de transporte coletivo de passageiros, de acordo com a Resolução/CONTRAN n.º 049/98 (revogou a de n.º 562/80, n.º 572/81 e a de n.º 583/81) e Artigos 117, 230, XXI e 231, X do CTB cabe, a partir de 01/09/1988: 01) Ao fabricante: para veículos acabados e a inscrição de "PBT" e "PBTC" para os inacabados; 02) Ao fabricante de carroceria e outros implementos: Tara e Lotação, em caráter suplementar; 03) Ao modificador do veículo: Tara, Lotação e “PBT”. Os veículos registrados antes da data supram, devem seguir a legislação então vigente. A Deliberação/CONTRAN de n.º 64, de 30/05/08, revogou a Resolução 049/98, com poucas alterações quanto à responsabilidade pelas inscrições: tara, lotação, PBT, PBTC e CMT. Prevê a penalidade do Artigo 237 do CTB, independente das estabelecidas na Resolução n.º 258/07. A Resolução n.º 290/08 referendou a Deliberação supramencionada. 17. Ciclomotores, Veículos de Propulsão Humana e Veículos de Tração Animal (Resoluções/CONTRAN n.º 093/98 e n.º 098/99) . Competência para registrar: Compete ao Município registrar e licenciar tais veículos, de acordo com o estipulado no Artigo 24, XVII, do Código de Trânsito Brasileiro, mas para os primeiros, isto é, os ciclomotores, o DETRAN/MG continua registrando, até que cada órgão municipal se integre ao sistema Online (Artigo 120 do mesmo diploma), o que certamente a grande maioria dos Municípios brasileiros não terão condições para tal, tendo em visto o volume de investimento necessário para a criação dos respectivos Órgãos Municipais de Trânsito. Identificação dos ciclomotores e o Pré-cadastro: Seguem o sistema de identificação da NBR (Norma Brasileira Registrada) 6066/80 da “ABNT” (Associação Brasileira de Normas Técnicas), relativamente ao 10° dígito indicativo do ano de fabricação, a partir do ano de 1992 (Decisão/CONTRAN n.º 01, de 17/02/92), sendo que a gravação não necessita ser feita em dois pontos como é exigido para os veículos de 02 ou 03 rodas (Artigo 3º da Resolução/CONTRAN n.º 691/88). A Resolução/CONTRAN n.º 024/98 estabelece que o 10º dígito da numeração “VIN” deve indicar ANO-MODELO.

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Os CICLOMOTORES foram dispensados do pré-cadastro na "BIN" (Base de Índice Nacional), de acordo com orientação expressa no Ofício n.º 163/90/DENATRAN, bem como no Ofício n.º 049/91, até o ano de 1996. Definição de Ciclomotores: São veículos de 02 (duas) ou 03 rodas (três), com motor de cilindrada máxima de 050 cm³ (cinqüenta centímetros cúbicos, que é igual a 03,05 polegadas cúbicas) e velocidade máxima de 50 (cinqüenta) Km/h e com movimentação auxiliar de pedais, à semelhança das bicicletas (Resolução/CONTRAN n.º 014/98, que revogou a de n.º 657/85) e, peso máximo de 45 (quarenta e cinco) Kg, potência máxima do motor de 03 (três) HP, além de outros, e devem circular conforme disposto no Artigo 57 do CTB, ou seja, proíbe circulação nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. Tal Resolução foi alterada pelas de n.º 087/99 e acrescida pelas Resoluções 034/98, 043/98, 044/98, 046/98, 087/99 e 129/01. Autorização para dirigir: De acordo com a Resolução/CONTRAN de n.º 093/99 e a Deliberação n.º 004, de 05/02/99, também do CONTRAN, que alteraram o Artigo 10 da Resolução/CONTRAN n.º 050/98, a autorização para conduzi-los só deve ser expedida para as pessoas penalmente imputáveis, apurada por meio de exames, por condutor que saiba ler e escrever e que apresente identidade válida. Pela Resolução/CONTRAN n.º 098/99 (acrescentou 02 parágrafos ao Artigo 10 da Resolução/CONTRAN n.º 050/98, bem como o parágrafo 6º do Artigo 30 da mesma Resolução) o condutor de ciclomotor é obrigado portar a Autorização (a ser regulamentada pelo DENATRAN) ou a CNH de categoria “A”. E, para tanto foi emitida a Deliberação n.º 44/05, referendada pela Resolução n.º 176, de 07/07/05 e publicada em 25/07/05 (revogou a de n.º 71/98), que estipula: a expedição da ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotores) e da CNH dar-se-á quando:

1. Da obtenção da ACC Provisória e da PD; 2. Da troca da PD e da ACC Provisória, ao término de um ano; 3. Da renovação da ACC e da CNH; 4. Da adição ou mudança de categoria; 5. Da alteração de dados; 6. Da perda, dano ou extravio; 7. Da reabilitação do conduto; 8. Da substituição da habilitação de país estrangeiro.

E, a Resolução/CONTRAN n.º 020/98, que disciplina o uso do capacete, esclarece que se o mesmo não possuir viseira, o condutor e o passageiro deverão usar óculos de proteção. VIDE ITEM 31.02.05. (CAPACETE COM VISEIRA).

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Equipamentos obrigatórios: Por fim, os CICLOMOTORES, de acordo com a Resolução/CONTRAN n.º 617/85, devem ter freios independentes, silencioso, farol na cor branca ou amarela, luz vermelha e catadióptrico na traseira, e mais a campainha. VEJA RESOLUÇÃO N.º 176/05, que regulamenta a expedição da "CNH", da "PD" (Permissão para Dirigir) e da "ACC” (Autorização para Conduzir Ciclomotores). 18. Equipamentos e Acessórios Obrigatórios: Artigos 103 a 113 do CTB e Resoluções de n.ºs 014/98 (revogou a 002/98 e as 657/85, 767/93, além do Artigo 65 da 734/89), 20/98 (revogou a n.º 757/91), 028/98, 034/98, 035/98 (revogou a n.º 448/71), 036/98, 037/98, 043/98, 044/98, 046/98, 048/98 (revogou a 658/85), 056/98, 062/98 (revogou a n.º 787/94), 073/98, 087/99, 092/99 (revogou a n.º 815/96), 103/99 e 105/99 (suspensa pela n.º 119/00), 329/09 e 330/09 e Inventos. Generalidades: Os requisitos de segurança, para veículos nacionais, a serem cumpridos pelos fabricantes e montadores, são disciplinados pelas Resoluções do CONTRAN, especialmente as de n.º 461/72, 463/73 (alterada pelas de n.º 477/74, 483/74, 486/75, 490/75 e 501/76), 649/85, 675/86, 680/87, 762/92, 811/96 316/09. Já a localização e identificação de controles, pelas n.º 461/72 e 680/87, ambas alteradas pela 692/88, bem como por outras citadas no caput. Tais Resoluções nem sempre são publicadas pelas obras relativas à Legislação de Trânsito, pois são de maior interesse dos fabricantes e montadores É de se observar que o Artigo 92 do anterior Regulamento do Código Nacional de Trânsito, de acordo com o Artigo 319 do CTB, teve validade até a edição das Resoluções supramencionadas, comentadas a seguir. Os veículos, de acordo com o Artigo 103 do CTB, só podem transitar pela via quando atendidos os requisitos e condições de segurança estabelecidos no CTB e nas Resoluções do CONTRAN. Para tanto foram elaboradas as de n.º 077/1998 (cadastramento no RENAVAM), 078/98 (normas e requisitos de segurança para a fabricação, montagem e transformação de veículos) e outras de maior interesse para os fabricantes, importadores, montadoras e encarroçadores, como, v.g., Resoluções/CONTRAN de n.º 461/71, 463/73, 507/76, 533/78, 558/80, 579/81, 680/87, 776/93, 811/96 e 316/09. O § 5º do Artigo 104 do CTB prevê a medida administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes e ruído (VIDE Artigos 230, VIII e XVIII, para penalidades, respectivamente, falta de inspeção de segurança veicular e em mau estado de conservação ou reprovado na inspeção).

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O Artigo 105 do Código elenca apenas 5 (cinco) equipamentos obrigatórios:

01) cinto de segurança; 02) tacógrafo para transporte de escolar, de passageiros com mais de 10 lugares e de carga com PBT maior que 4.536 kg (quatro mil e quinhentos e trinta e seis quilogramas); 03) encosto de cabeça; 04) dispositivos para controle de gases poluentes e de ruídos; 05) e os equipamentos para bicicletas (campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo).

Os demais equipamentos são disciplinados através de Resoluções do CONTRAN (citadas acima). O § 2º do mesmo Artigo 105 do CTB estabelece que nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou acessório proibido. E, pelo Artigo 113, os importadores, as montadoras, as encarroçadoras e os fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e criminalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos e da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação. É a denominada responsabilidade subjetiva, quando houver dolo ou culpa por parte do agente. Equipamentos para veículos em geral: Os equipamentos e acessórios obrigatórios têm seus requisitos de segurança disciplinados pela Resolução n.º 636/84 (alterou as de n.º 461/72, 463/73 e 486/74 e foi alterada pela 649/85), 811/96 e 316/09 devem ser verificados no ato da vistoria, realizada pelo DETRAN ou quando da inspeção veicular, tanto para o veículo nacional como para o importado, sendo eles: OBSERVAÇÃO.: São mais de cinquenta itens (chave de rodas, pneu sobressalente, equipamentos para triciclos com cabine fechada, catalizador, refletores para caçambas, etc.), sendo citados, a título exemplificativo, apenas quatro): ABS (Resolução n.º 312/09, 380/11 e 395/11): As Resoluções supra estabeleceram o ABS (sistema de freio assistido ou sistema antitravamento de rodas) como equipamento obrigatório, e o cronograma para a instalação do mesmo, a saber: a) veículos tipo M1 (passageiros de até 9 lugares) e tipo N1 (carga até 3,5 t de peso) a partir de 01/01/10 (8% da produção), de 01/01/11 (15%), de 01/01/12 (30%), de 01/01/13 (60%) e de 01/01/14 (100% da produção) e 100% para N1, a partir de 2013 (Resolução 395/11, que revogou a 312/09); b) veículos tipo M2 (passageiros superior a 9 lugares e até 5 t de peso), tipo M3 (passageiros maior que 9 lugares e peso superior a 5 t), tipo N2 (carga de peso entre 3,5 t e 12 t), tipo N3 (carga acima de

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12 toneladas de peso) e tipo O (reboques mais semi-reboques) a partir de 01/01/13 (40% da produção) e a partir de 01/01/14 (100%); Air bag (Resolução n.º 311/09, 367/10 e 394/11): As Resoluções supra estabeleceram o air bag duplo defronte aos bancos dianteiros como equipamento obrigatório, e o cronograma para a instalação do mesmo, a saber: a)- veículos tipo M1 (passageiros de até 9 lugares) e tipo N1 (carga até 3,5 t de peso) a partir de 01/01/10 (8% da produção), de 01/01/11 (15%), de 01/01/12 (30%), de 01/01/13 (60%) e de 01/01/14 (100% da produção). Para o tipo N1 que compartilha plataforma e cabine com veículos N2 das espécies Carga e Especial do tipo caminhão, o air bag para o condutor será a partir de 2013 e, para condutor e passageiro, a partir de 2014, conforme Resolução nº 394/11, que revogou a 367/10; b)- projetos novos de veículos a partir de 01/01/11 (10% da produção), de 01/01/12 (30%) e de 01/01/13 (100% da produção) Películas, Painéis e Inscrições: A Resolução/CONTRAN de n.º 073/98 (revogou a 40/98, e tornou insubsistente a 747/90, que proibia a aposição de películas, revogando a 701/88) trata de aposição de inscrições, películas, painéis decorativos ou pinturas, assim como a Resolução n.º 132/02 (proíbe aposição em veículos de carga com PBT superior a 4.536 Kg) e Lei n.º 9.602/98 e que, em síntese, tem-se: a) Para inscrições ou anúncios, painéis decorativos e pinturas nas áreas envidraçadas das laterais e traseiras dos veículos (Resolução/CONTRAN n.º 040/98, revogada pela de n.º 73/98) é permitido desde que atenda as seguintes condições:

1) Transparência mínima de 50% de visibilidade, de dentro para fora do veículo; 2) Veículo deve possuir 02 (dois) espelhos retrovisores externos.

b) Para aplicação de película não refletiva exige-se (Artigo 2º):

1) Transmissão de luminosa (diferente de transparência de visibilidade aludida no inciso anterior) do conjunto vidro-película não inferior a 75% no para-brisa e 70% nos demais (vidros laterais dianteiros e quebra-ventos fixos ou móveis); 2) Veículo deve possuir 02 espelhos retrovisores externos; 3) Nos vidros que não interferem nas áreas indispensáveis à dirigibilidade do veículo (vidros laterais posteriores, a faixa superior de 25 cm (vinte e cinco centímetros) do para-brisa – banda dégradé, e o vidro traseiro) a transparência de 50% (cinquenta por cento); 4) Na película devem estar gravados a "marca do instalador" e o "índice de transmissão luminosa" (chancela, que é o critério para a fiscalização, o que motivou o arquivamento do pedido de homologação de medidor de transmissão luminosa na 19ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Esforço Legal do DENATRAN em 25/02/02) visíveis pelos lados externos dos vidros;

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c) O inciso II do Artigo 111 do Código de Trânsito Brasileiro permite o uso de cortinas, persianas ou similares, desde que o veículo, em movimento, possua espelhos retrovisores de ambos os lados, bem como, de conformidade com o parágrafo único, de inscrições de caráter publicitário, em toda a extensão do para-brisa e do vidro na traseira, desde que não coloque em risco a segurança do trânsito. O assunto era disciplinado, anteriormente, pelo Artigo 91 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito (RCNT). OBSERVAÇÃO 1: A Resolução/CONTRAN de n.º 784/94 expressa “faixa periférica de 25cm e a área ocupada pela banda dégradé, enquanto o texto da de n.º 073/98 é “faixa periférica superior de 25 centímetros de largura que se sobrepõe à área ocupada pela banda dégradé”. A primeira também esclarece, no § 4º do Art. 3º que “a coloração para diminuição de transparência dos vidros de segurança, é admitida somente quando a cor for aplicada inalteravelmente na sua fabricação respeitados os limites de transmissão luminosa fixados neste artigo, não podendo ser inferior a 70% nos para-brisas, proibida a aplicação de quaisquer tipo de películas, refletiva ou não, ou ainda qualquer aplicação de tinta ou adesivo nos termos da Resolução do CONTRAN de n.º 747/90”. E pela Portaria/DENATRAN n.º 048 a transparência deve ser medida pelo aparelho denominado fotômetro (e não luxímetro). A Resolução n.º 254/07 revogou ambas, passando a transmissão luminosa para 75% no para-brisa e 70% nos indispensáveis à dirigibilidade e até 28% nos demais (inclusive o traseiro, se tiver dois espelhos retrovisores), para películas, inscrições, pictogramas ou painéis decorativos. Proíbe película refletiva e a verificação dos índices de transmitância luminosa será regulamentada pelo CONTRAN e o instrumento aprovado pelo INMETRO e homologado pelo DENATRAN. Foi então homologado, em 01/07/2010 o “Translux II”, fabricado pela Ricci Eletrônica, de Curitiba/PR, desde 1998, com base na Portaria 64 do Inmetro, de 21/03/2006. Cabe agora aos órgãos de trânsito promoverem licitação para a compra do mesmo. E a 253/07: dispõe sobre o uso de medidores de transmitância luminosa. A autuação se dará quando a medição for inferior a:

1. 26%, se o limite permitido for 28%; 2. 65%, se o limite permitido for 70%; 3. 70%, se o limite permitido for 75%.

- Penalidade = Artigo 230, XVI - OBSERVAÇÃO 2: A Deliberação/CONTRAN n.º 39, de 18/03/04 revogou a Resolução n.º 741/89, que disciplinava sobre publicidade em táxi.

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OBSERVAÇÃO 3: A Resolução n.º 216/06 estabelece os requisitos técnicos e exigências sobre as condições de segurança dos para-brisas e de visibilidade do condutor: considera trincas e fraturas circulares como dano ao para-brisa. Em ônibus, micro-ônibus e caminhões permitem-se até três danos: trinca de até 20 cm ou fratura circular de até 4 cm fora da faixa periférica de 2,5 cm de largura e fora da área crítica de visão do condutor (50 cm de altura e 40 cm de largura, iniciada na parte superior do volante). Nos demais veículos: trinca de até 10 cm ou fratura circular de até 4 cm, também fora da área crítica do condutor (metade esquerda da região de varredura das palhetas do limpador de para-brisa). Vidros: Devem ser de segurança que atendam aos termos da Resolução/CONTRAN n.º 784/94 (revogou as de n.º 477/74, 483/74, 490/75, 710/88, 760/92 e Itens 8 e 9 da 463/73) e aos requisitos estabelecidos na NBR 9491 e suas normas complementares. O para-brisa deve ser do tipo laminado, com 75% de transparência e, os demais, temperado uniformemente protendido ou laminado, com transparência de 70%, exceto os que não interferem na dirigibilidade, com 50%. E os vidros elétricos devem seguir os ditames da Resolução/CONTRAN n.º 762/92, que revogou o Anexo III da 649/85, o qual havia sido acrescido por esta à 636/84. 19. Inspeção Veicular (Artigos 104 e 124, IV e XI c/c 230, I e § 3º do 131 do CTB e Resoluções n.º 727/98, n.º 022/98, n.º 027/98, n.º 084/99, n.º 101/99, 107/99 e n.º 185/05, revogada pela 232/07). Generalidades, Selo de Inspeção e Emissões de Gases e de Ruídos: Pelo novo Código, a partir de março de 1999, os veículos deverão ser submetidos à Inspeção de Segurança Veicular (Resolução/CONTRAN de n.º 027/98), para a verificação das condições de segurança e seria emitido um selo de uso obrigatório comprovando a inspeção (Artigo 230, I/CTB e Resolução/CONTRAN n.º 022/98) e em conformidade com os critérios estabelecidos pela Resolução n.º 084/98 (Vide Resolução/CONTRAN n.º 101/99 e n.º 107/99, que suspenderam a sua vigência ), bem como à Inspeção de Controle de Emissões de Gases Poluentes e de Ruído, pelo CONAMA. Em 1986 o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) instituiu o PROCONVE (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores). Em 1999, através da Resolução CONAMA n.º 256, de 30 de junho, ficou estabelecido que a aprovação na inspeção de emissões de poluentes e ruído prevista no Artigo 104 do CTB é exigência para o licenciamento de veículos, nos municípios abrangidos pelo Plano de Controle de Poluição por Veículos em Uso PCPV, nos termos do § 3º do Artigo 131 do CTB.

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No início de 2001, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) emitiu a Resolução n.º 256, estabelecendo prazos para os Estados e Municípios implantarem o PCPV (Plano de Controle de Poluição por Veículos em Uso), para fins de licenciamento do veículo. O prazo é de 01 ano para as estações do PCPV estarem em operação, que pode ser dilatado, se o IBAMA for obrigado a assumir a gestão em nome dos omissos. O Município de São Paulo, por ter mais de 3 milhões de veículos, já foi autorizado a ter um “PCPV” autônomo, com a obrigação de prever espaço para acoplar a futura inspeção veicular. Atualmente (janeiro 2001) limite de tolerância da expedição de gases poluentes (monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidro-carbonetos, etc.) é regido pela Lei n.º 08.732, de 29/10/93. Em 2002 foi criado o PROMOT (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). Em 2003 foi criada a primeira fase, em 2005 a segunda e, em 2009 a terceira fase, que adotou a instalação de catalisadores e adoção de carburadores mais modernos ou o uso de sistemas de injeção eletrônica de combustível. As principais substâncias emitidas por um motor são: Nitrogênio (N2) – 78% do ar que respiramos possui nitrogênio; Dióxido de carbono (CO2)- resultado da combustão (queima do combustível com o ar) e contribui para o efeito estufa; Vapor de água (H2O) – é outro produto da combustão. O hidrogênio do combustível se une com o oxigênio do ar; Monóxido de carbono (CO) – gás venenoso, sem cor e sem cheiro; Hidrocarbonetos ou compostos orgânicos voláteis – produzidos pelo combustível que não é totalmente queimado; Óxidos de nitrogênio (NO e NO2 ou NOx) – promovem a chuva ácida e atacam os pulmões Outros casos em que o veículo deverá passar pela inspeção veicular:

1) Quando houver alterações de características (Artigo 124 do CTB e Resolução/CONTRAN n.º 005/98 e Resolução n.º 022/98): apresentar o “CSV” (Certificado de Segurança Veicular) previsto na Resolução n.º 084/98 e de emissão de poluentes e ruído;

2) Veículos de fabricação artesanal; 3) Veículo acidentado, com danos de média monta, bem como o com dano de grande

monta, desde que apresente laudo pericial que descaracterize esse tipo de dano; 4) Quando do licenciamento anual do veículo, de acordo com o artigo 131, § 3º do CTB e,

antes já tratado pelo RCNT, em seu Artigo 120; 5) Veículos de carga, com PESO BRUTO TOTAL (PBT) superior a 4.536 Kg, relativamente

aos retrorefletores nas laterais traseira e para-choque traseiro, de acordo com a exigência prevista na Resolução/CONTRAN n.º 128/01.

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Inspeção Veicular Propriamente Dita. A Inspeção de Segurança Veicular prevista no Artigo 104 do CTB (Antes era disciplinada pela Resolução/CONTRAN n.º 809/95) será exigida a partir de 01/03/1999, de acordo com a Resolução/CONTRAN n.º 027/98 e os critérios técnicos e a habilitação de postos de inspeção serão definidos até o mês de novembro de 1998 (Resolução/CONTRAN n.º 084/98) A vigência desta Resolução de n.º 084/98 foi suspensa por 30 dias pela Resolução/CONTRAN n.º 101, de 31/08/99, bem como pela Resolução n.º 107, de 21/12/99 (sine die), e também pela Deliberação n.º 014/CONTRAN, de 05/11/99 (prorrogou por 60 dias a suspensão da vigência da mesma Resolução). Prevê que a inspeção será feita em estações fixas ou móveis através de licitação (Lei n.º 8.666/93) e concessão (Lei n.º 8.987/95), por prazo determinado. A Inspeção Veicular, conforme Artigo 34 da Resolução/CONTRAN n.º 084/98 é conceituada de três formas: I)- A Inspeção Técnica de Veículos (ITV): Consiste na verificação das condições de segurança do veículo por estações fixas ou móveis, automatizadas e informatizadas, sendo:

01) Obrigatória para veículos com mais de 03 anos de fabricação; 02) Semestral para os de transporte escolar e, anual, para os demais.

II)- Inspeção de Segurança Veicular: A) Inspeção, por entidades credenciadas pelo INMETRO, denominadas de "Instituição Técnica Licenciada - ITL" e “Entidade Técnica Pública ou Paraestatal – ETP” (onde não existir ITL), conforme Resolução n.º 185/05, (revogada pela de n.º 232/07) e Portaria/DENATRAN n.º 02/07, nos casos de:

01) Alteração ou substituição de componente de segurança do veículo; 02) Conversão de motores de veículos, emissão de gases e fabricação artesanal; 03) Recuperados de sinistros.

B)- Certificação, pelas mesmas entidades, nos casos de: 01) Modificação ou transferência da estrutura original do veículo; 02) Envolvimento do veículo em acidente com danos de média e grande monta.

A Portaria/DENATRAN n.º 048, de 29/12/98 trata da homologação das Instituições Técnicas de Engenharia (ITE) para inspeção técnica de engenharia de segurança veicular e respectiva expedição do “CSV” (Certificado de Segurança Veicular) para veículos de fabricação nacional, montados, importados, encarroçados, transformados, modificados e recuperados de sinistro.

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Já a Resolução/CONTRAN n.º 232/07 estabelece os procedimentos para a prestação de serviços por “ITL” e “ETP”, os direitos dos usuários, os encargos do DETRAN, os requisitos para a prestação de serviço; as exigências operacionais e as sanções (advertência, suspensão de 30 a 90 dias e cassação). Vistoria: São as inspeções realizadas pela fiscalização (Resolução/CONTRAN n.º 014/98), ou quando da transferência de propriedade, mudança de domicílio intermunicipal e interestadual, ou alteração das características do veículo, implicando em emissão de novo Certificado de Registro (realizadas pelo DETRAN ou CIRETRAN), e têm por finalidade verificar (Resolução/CONTRAN n.º 005/98, que revogou a de n.º 809/95):

01) Autenticidade do “VIN” (número de identificação do veículo) e do “CRV/CRLV” (Certificados de Registro e de Licenciamento); 02) Legitimidade da propriedade; 03) Se possuem equipamentos obrigatórios exigidos pelas Resoluções de n.º 014/98 e de n.º 084/98, e se atendem às especificações técnicas e se estão em perfeito funcionamento; 04) Originalidade das características e agregados, ou de modificações. Neste último caso, verificar se as mesmas foram devidamente autorizadas e regularizadas e se constam registros no respectivo prontuário.

20. Licenciamento (Artigos 130 a 135 do CTB e Resolução n.º 664/81, 802/95, 003/98, 027/98, n.º 084/98, n.º 095/99 e n.º 110/00). Generalidades: O Licenciamento, que deverá ser realizado anualmente, é imprescindível para que o veículo transite na via pública, conforme artigo 130 do CTB, que reproduziu o Artigo 126 do anterior “RCNT”. Para tanto, será expedido o “CRLV” (Artigo 131, que reproduziu o 118 do RCNT) e o mesmo consiste na vistoria do veículo através da inspeção veicular (§ 3º do Artigo 131/CTB), pagamento do “IPVA” (Imposto Sobre a Propriedade de Veículo Automotor), do seguro “DPVAT” (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) e da taxa de licenciamento no valor de R$-33,33 a partir de 2002, devendo ser paga até o dia 31 de março (tal taxa, criada pela Lei n.º 14.136/01, alterada pela 14.938/03 está sendo considerada inconstitucional – Artigo 5º - para a maioria dos tributaristas, sob o argumento de que taxa é um tipo de tributo cobrado por um serviço específico prestado ao contribuinte, prevista no Artigo 145, II da CF), além do de multas de trânsito ou ambientais, caso existam, e ainda o comprovante de segurança veicular e, emissão de gases poluentes e ruído pelo CONAMA, conforme determina o disposto no Artigo 104/CTB e nas Resoluções/CONTRAN de n.º 027/98 e n.º 084/98, sendo esta última suspensa pela de n.º 101/99 e de n.º 107/99.

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Para os veículos movidos a álcool exigia-se, para o licenciamento, o porte do selo próprio indicador do combustível, de acordo com a Resolução n.º 581/81, mas a mesma foi revogada pela 594/82. E, para os adaptados com gasogênio, a autorização prévia para a adaptação. SISNAMA e CONAMA: A Lei n.º 06.938, de 31/08/81, modificada pela Lei n.º 07.804, de 18/07/89, criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) constituídos pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Artigo 6º do Código de Trânsito Brasileiro – CTB). O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) faz parte da estrutura do SISNAMA e é órgão de assessoramento do “CSMA” (Conselho Superior do Meio Ambiente), órgão consultivo, deliberativo e normativo. Quanto à inspeção, aludida no Artigo 104 do CTB, a Resolução de n.º 256, DE 30/06/99 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) determina que a partir de julho de 2002 devem ser feitas as inspeções de emissões veiculares, inicialmente nos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim, de acordo com o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), mas o Estado têm que criar um “Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso (CPV), nos termos do Artigo 131, § 3º, do CTB. A Resolução/CONAMA n.º 16, de 17/12/93, bem como a Lei n.º 08.273, de 28/10/93 tratam das emissões veiculares. Já as de n.º 01, de 11/02/93 e n.º 08, de 31/08/93 tratam de ruídos emitidos por veículos automotores. A Lei n.º 08.723, de 28/10/93, dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos automotores. A partir de 1997 os limites para níveis de emissão de gases de escapamento dos veículos leves fabricados deverão ser: 2,0 g/km de CO (monóxido de carbono); 0,3 g/km de HC (hidrocarbonetos); 0,6 g/km de NOx (óxidos de nitrogênio); 0,03 g/km de CHO (aldeídos); 0,05 g/km de partículas, nos casos de ciclo Diesel; e meio por cento de monóxido de carbono em marcha lenta. Fixa ainda o percentual de 22% de álcool etílico anidro combustível à gasolina, com variação de 1%. Os veículos pesados do ciclo Diesel atenderão os níveis definidos pelo CONAMA Licenciamento Propriamente Dito: O primeiro licenciamento do veículo será feito simultaneamente ao registro (Artigo 131, § 1º, do CTB) e, portanto, não se exige o pagamento da taxa de licenciamento, mas apenas a de registro. Também não deve incidir para os veículos transferidos de outros Estados da federação, assim como de outros Municípios mineiros caso já licenciados. De acordo com o § 3º do Artigo 131 do Código de Trânsito (semelhante ao 120 do revogado RCNT), o proprietário, ao licenciar o veículo, deverá comprovar sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de controle de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme disposto no Artigo 104.

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Os veículos de uso bélico não se sujeitam ao licenciamento (Artigo 130, § 1º/CTB) bem como aqueles que não estão obrigados ao registro, como os ciclomotores, veículos de propulsão humana, de tração animal, os destinados a competições, trail, etc. O licenciamento de veículo movido a gasogênio é disciplinado pela Resolução/CONTRAN n.º 580/81. A Resolução/CONTRAN n.º 004/98 dispõe, com base no Artigo 132 do Código de Trânsito Brasileiro, sobre o trânsito de veículos novos, nacionais ou importados, antes do registro e do licenciamento, permitindo o transporte de carga e/ou pessoas, desde que portem “autorização especial” inclusive para os veículos inacabados. Tabelas Anuais de Licenciamento: O DETRAN, anualmente, divulga, através de Portaria o Licenciamento de acordo com o final da placa, em consonância com a Resolução n.º 95/99 (revogou a de n.º 781/94), a partir do ano 2000, a renovação do Licenciamento Anual de veículos obedecerá, em todo o território nacional, aos seguintes prazos:

Placas de finais 1 e 2: até maio; Placas de finais 3 e 4: até julho; Placas de finais 5 e 6: até agosto; Placas de finais 7 e 8: até setembro; Placas de finais 9 e 0: até novembro.

Tal Resolução (781/94) autorizava os DETRAN’s a estabelecer calendário próprio, nos limites do parecer citado e que deve ser seguido quando da fiscalização de veículos de outras Unidades da Federação. Em 2013 a tabela do DETRAN/MG será publicada em abril e, a de 2012, estabelecia:

Placas de finais 1 e 2: até 31 de maio; Placas de finais 3 e 4: até 30 de junho; Placas de finais 5, 6 e 7: até 31 de julho; Placas de finais 8, 9 e 0: até 31 de agosto.

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Não Licenciamento: É de suma importância ressaltar que pela Resolução/CONTRAN n.º 664/86, com redação dada pela Resolução n.º 802/95, considera-se não licenciado o veículo circulado nas seguintes hipóteses: a) Condutor não portando o “CRLV”, que é de porte obrigatório, conforme dispõe o Artigo 133 do CTB; b) “CRLV” não constando seguro “DPVAT” pago, comprovado por autenticação mecânica no verso do CRLV ou o registro do pagamento no seu anverso (Ata n.º 3.660/94, da 5ª Reunião Ordinária do CONTRAN) ou pagamento avulso nos Correios, ou em bancos (a partir de 2002); c) Dez (10) dias após o vencimento da terceira cota do “IPVA”; d) Sem o comprovante do “RTB” (Registro de Transportes de Bens – Lei n.º 07.092, de 19/04/83, Decreto n.º 99.179, de 15/03/90, Artigos 230 e seguintes do Decreto n.º 99.244, de 15/03/1990 e Decreto n.º 99.471, de 24/08/1990 (gerido pelo DNER). Este último revogou o Decreto n.º 89.874, de 19/04/84, que regulamentava a Lei de n.º 07.092/83, cujo Artigo 10, assim como a Resolução n.º637/84, dividia as empresas transportadoras em 03 categorias: ECT (Empresa de Transporte Comercial), TCA (Transporte Comercial Autônomo) e TCP (Transporte de Carga Própria sem frete). Era exigido para os veículos de carga com PBT igual ou superior a 08t (Artigo 124, IX, do CTB, que foi revogado pelo Artigo 7º da Lei 9.602, de 21 de janeiro de 1998). E não se renovará o licenciamento (parágrafo único do Artigo da 664/86, acrescido pela de n.º 802/95) quando houver débito no ano anterior de multa por infração de trânsito, tributos ou encargos, além do de seguro “DPVAT” (criado pela Lei de n.º 6.194/74) e também se não for apresentado o relatório de inspeção e o selo de controle (Artigo 6º da Resolução/CONTRAN n.º 084/98), e o comprovante do “RTB” (Registro Nacional de Transportes Rodoviários de Bens – Lei n.º 7.092, de 19/04/83), para os veículos de carga (revogado, como visto no parágrafo anterior), e a pessoa jurídica, neste último caso, deve atender as exigências da Lei n.º 06.813, de 10 de julho de 1980 (revogado pela Portaria 004, de 19/01/00, do DENATRAN). Já A Portaria/DENATRAN n.º 11, de 10 de fevereiro se 2006 (publicada em 13/02/06), estabelece que o veículo somente poderá ser registrado a categoria aluguel quando o proprietário ou arrendatário for autorizado pelo poder público competente para exercer o serviço remunerado de transporte de carga. E, para a expedição do CRLV de camionetas, caminhões, caminhonetes, caminhões-tratores, reboques e semi-reboques registrados na categoria aluguel, os órgãos e entidades executivos de trânsito deverão exigir a comprovação do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga – RNTRC expedida pela Agência Nacional de Transportes terrestres – ANTT, nas seguintes categorias:

1. Empresa de Transporte de Carga – ETC, 2. Cooperativa de Transporte de Cargas – CTC, e

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3. Transportador Autônomo de Cargas – TAC. Seguro “DPVAT” e Indenizações: O bilhete de seguro deve ser emitido exclusivamente junto com o “CRLV” (DUT) e o pagamento deve ser feito no prazo de recolhimento da 1ª quota ou cota única do “IPVA”, conforme Resoluções, v.g., de n.º 010/98 e n.º 138/2005 do “CNSP” (Conselho Nacional de Seguros Privados, do Ministério da Fazenda, composto pó seu Ministro e representantes dos Ministérios da Previdência e da Justiça e o presidente do Banco Central, Seguradoras e da Susep) e, seguro de 1998 pode ser pago nas agências dos Correios, em formulário próprio, ou através da “FENASEG’ (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização – fone 0800-213427/211204 ou no site www.dpvatseguro.com.br). Outras informações podem ser obtidas no SINCOR (Sindicato dos Corretores) – Rua Curitiba, 548, 8º andar, Belo Horizonte – fone 0800-310202. O aumento do valor do DPVAT é feito anualmente, em reunião do CONSELHO NACIONAL de SEGUROS PRIVADOS. O “DPVAT’ abrange todos os veículos automotores, exceto os de transporte coletivo, e tem acrescido ao seu valor uma alíquota de 7% de “IOF” (Imposto sobre Operações Financeiras, exceto nas operações de seguro em que o segurado seja órgão ou entidade da administração pública Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, Direta, Autárquica ou Fundacional, conforme Decreto n.º 2.888, de 21/12/98) fixada pelo Decreto n.º 02.888, de 21/12/98, vigência coincidente com o ano civil (1º/01 a 31/12) e os valores de indenizações são tratados pela Lei n.º 06.194, de 19/12/74, e também pela MP de 2009 (estabelece valores para cada parte do corpo humano; como v.g., R$-4.000,00 para a perda de um olho), tendo as seguintes coberturas atualizadas conforme Resoluções n.º 002, de 11/02/99, n.º 56/2002 e n.º 138/2005: 01) Morte e Invalidez Permanente: 40 salários mínimos (não é cumprido, pois o valor é definido por Resoluções da Federação Nacional de Seguros Privados - FENASEG). 02) Reembolso de Despesas de Assistências Médicas e Suplementares – DAMS. A cobertura é para todas as pessoas, transportadas ou não, que foram vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga e, para a indenização, a vítima, ou seu beneficiário, deve dirigir-se a qualquer Companhia Seguradora, apresentando os seguintes documentos:

a) Morte: Certidão de Ocorrência Policial (BO), Certidão de Óbito, de nascimento ou casamento, identidade/CPF e comprovação da qualidade de que é beneficiário; b) Invalidez Permanente: “BO” e Relatório Médico ou laudo do Instituto Médico-Legal atestando o tipo e o grau definitivo de invalidez (qualificação e quantificação das lesões físicas e/ou psíquicas);

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c) Despesas Médicas e Suplementares: “BO”, comprovação dos gastos médicos ou odontológicos, dos hospitalares ou dos ambulatoriais (recibos) e Relatório Médico discriminando o tratamento e alta definitiva, desde que não tenha sido atendido pelo “SUS” (Serviço Único de Saúde), pois parte da arrecadação do DPVAT (45%) é destinada a tal Serviço.

03) Morte, Invalidez Permanente e lesões, a partir de 01/01/2005:

a) Original ou fotocópia autenticada da Ocorrência Policial (BO); fotocópia da Certidão de nascimento ou casamento, identidade, CNH ou CTPS; do CPF; e comprovante de residência ou declaração assinada pelo beneficiário; b) Se foi a vítima quem arcou com as despesas, exigir-se-á mais: relatório médico ou relatório do dentista (se for o caso); recibos ou notas fiscais nos originais, acompanhado das respectivas requisições ou receituários médicos; e recibos com relatório médico descritivo, em original (no caso de o hospital ser isento de emissão de NF); c) Se foi terceiro quem arcou com as despesas, ainda se exigirá: termo de cessão de direitos (no caso de menor, pai ou mãe deverá assiná-lo) e Estatuto ou Contrato Social (se empresa jurídica), qualificando o respectivo funcionário a receber o reembolso em nome do estabelecimento (fotocópia).

Repasses da Arrecadação do DPVAT: O parágrafo único do Artigo 78/CTB prevê que 10% dos recursos provenientes do “DPVAT”, e repassados à Previdência Social deverão ser destinados, mensalmente ao Coordenador do “SNT”. E a Resolução/CONTRAN n.º 097/99 disciplina tal repasse, previsto no inciso II do Artigo 1º do Decreto n.º 2.867/98 (5% - cinco por cento) para os Ministérios da Saúde, Educação, do Trabalho e Emprego dos Transportes e da Justiça, através do DENATRAN (recebe 5%, sendo contemplado com R$-56,7 milhões em 1999), e a Portaria n.º 095, de 01/06/99, do DENATRAN encarrega a “ASBACE” (Associação Brasileira Dos Bancos Estaduais e Regionais) de fazer a gestão do repasse do DPVAT, bem como dos 5% (cinco por cento) das arrecadações de multas por infrações de trânsito. A Portaria Interministerial n.º 04.044, de 29/12/1998, determina que os repasses previstos nos incisos I e II do artigo 1º do Decreto n.º 02.867/98 serão feitos por meio de depósitos, diretamente à Conta do Tesouro Nacional, à disposição das unidades gestoras do “FNS” e do DENATRAN (este último, no primeiro semestre de 1999, recebeu R$ 25.1 milhões, correspondente a 5%). Pela Resolução n.º 002/99, do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, 3,35% são destinados à “SUSEP” – 1,1928%, “SINCOR” (Sindicato dos Corretores de Seguro, Capitalização, Previdência Privada e Saúde – 0800-310202) – 0,5964% e ainda à “FUNENSEG” (Fundação Escola Nacional de Seguros) – 0,656%. O percentual de 45% (quarenta e cinco por cento) é repassado para o “FNS” (Fundo Nacional de Saúde), conforme Lei n.º 08.212/91,

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que foi alterada pelo CTB, diretamente pela rede bancária, de acordo com o Decreto n.º 02.867/98 (R$-525,6 milhões em 1999). Há também repasse para a “ABDETRAN” (Associação Brasileira de DETRANS – Avenida W3 Sul SRTV – Quadra 701 – Bloco 1 – Salas 227 a 233 – Centro Empresarial Assis Chateaubriand – Brasília/DF – CEP 70340-906 e Telefax 061 – 321-4005 e 321-1591), no valor de 1% (um por cento) conforme convênio assinado em 03/01/2000 que, até então, era de 2% (dois por cento, tendo somente no primeiro semestre de 1999 recebido R$ 14,4 milhões), que por sua vez repassa 60% (sessenta por cento) aos DETRAN’s, para despesas diversas e para investimentos na melhoria dos serviços, comprovadas com Nota Fiscal. À Associação e à FENASEG são destinados 12% da arrecadação. Também há repasses de 0,5% para corretagem, 2% para margem de resultados, sendo 33,05% para pagamento de prêmio. Os 40% (quarenta por cento) restantes são investidos em programas de educação para o trânsito. A Resolução/CONTRAN n.º 143/03 dispõe sobre a utilização dos recursos DPVAT, cabendo ao CONTRAN a definição das linhas prioritárias dos Programas e Projetos a serem desenvolvidos pelos Ministérios elencados no Artigo 78 do CTB. E ao DENATRAN a compatibilização e a consolidação dos projetos desenvolvidos pelos Ministérios, visando redução e prevenção de acidentes de trânsito. Classificações do DPVAT e Valores: O “DPVAT” tem as seguintes classificações, com os respectivos valores do prêmio líquido, IOF e prêmio total: Categoria 01: automóvel/camioneta (categorias particular, oficial Missão Diplomática, Corpo Consular e Órgão Internacional); Categoria 02: automóvel/camioneta (aluguel e aprendizagem): mesmos valores do anterior; Categoria 03: passageiro/misto (ônibus e micro-ônibus); Categoria 04: passageiro/misto (ônibus e micro-ônibus nas categorias particular, oficial Missão Diplomática, Corpo Consular e Órgão Internacional); Categoria 09: 2 ou 3 rodas de todas as espécies e categorias (ciclomotor, motoneta, motocicleta e triciclos); Categoria 10: carga e tração, de todas as categorias (caminhonete, caminhão, caminhão-trator e tratores em geral: de rodas de esteira e misto).

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Note que os veículos reboque e semirreboques têm o seguro pago, automaticamente, pelo veículo rebocador. E, qualquer informação complementar, poderá ser obtida junto ao Convênio de DPVAT, na Rua Senador Dantas, 74 – 5º andar – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20031-201, fone (0800) 221204 ou Fax (021) 533-1427, ou pelo E-mail [email protected]. 21. Placa Única Para os Estados Integrados no RENAVAM (Vide Resolução/CONTRAN n.º 045/98, que trata das placas de identificação dos veículos, conforme Artigo 115 do CTB), e Resoluções n.º 231/07, 241/07 e n.º 309/09. A nova combinação (03 letras e 04 números), implantada inicialmente pela Resolução/CONTRAN de n.º 754/91 (revogada pela de n.º 045/98: Artigo 1º) permite um total de 175.670.000 placas (263 x 104 em arranjo, com repetição), tendo o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) distribuído as seguintes séries, SEMPRE DE 0001 A 9999:

PR AAA/BEZ-(CURITIBA) 20/02/90 SP BFA/GKI-(S.PAULO) 18/10/91

MG GKJ/HOK-(BELO HTE) 01/08/91 MA HOL/HQE-(S.LUIZ) 04/11/91

MS HQF/HTW-(C.GRANDE) 05/11/91 CE HTX/HZA-(FORTAL.) 17/03/92

SE HZB/JAP-(ARACAJU) 13/07/92 RS JAQ/JDO-(P.ALEGR) 22/09/92

DF JDP/JKR-(BRASÍLIA) 03/08/92 BA JKS/JSZ-(SALVAD) 28/12/92

PA JTA/JWE-(BELÉM) 20/07/93 AM JWF/JXY-(MANAUS) 05/08/93

MT JXZ/KAU-(CUIABÁ) 13/09/93 GO KAV/KFC-(GOIÂNIA) 09/11/93

PE KFD/KME-(RECIFE) 17/03/94 RJ KMF/LVE-(R.JAN.) 21/03/94

PI LVF/LWQ-(TEREZINA) 28/03/94 SC LWR/MMM-(FLORIAN.) 05/10/94

PB MMN/MOW-(J.PESSOA) 30/06/95 ES MOX/MTZ-(VITÓRIA) 22/01/96

AL MUA/MVK-(MACEIÓ) 27/05/96 TO MVL/MXG-(PALMAS) 25/11/96

RN MXH/MZM-(NATAL) 21/11/97 AC MZN/NAG-(RIO BCO) 10/03/98

RR NAH/NBA-(BOA VISTA) 18/06/98 RO NBB/NEH-(MACAPÁ) 08/06/98

AP NEI/NFB-(MACAPÁ) 28/09/98

22. Substituição de Tarjeta (Resolução/CONTRAN n.º 045/98 e Portaria n.º 019/91, do DENATRAN). O veículo já registrado no RENAVAN (Registro Nacional de Veículos automotores) não poderá ter sua placa de identificação trocada. Havendo mudança de jurisdição, será expedido novo Certificado de Registro, com consequente troca de tarjeta identificadora do Estado e Município. Os veículos oficiais têm as tarjetas gravadas da seguinte forma:

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a) Federal: a palavra "Brasil"; b) Estadual: o nome do respectivo Estado; c) Municipal: a sigla do Estado e mais o nome do Município.

Nos demais veículos a tarjeta tem gravados a sigla do Estado e o nome do Município. Na tarjeta deve também ser gravado o número do fabricante credenciado pelo DETRAN, em três dígitos, bem como o ano de fabricação. 23. Registro de Veículos em Geral. (Artigos 120 e 129 do Código de Trânsito). Exigência: Determina o Artigo 120 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) o registro no DETRAN dos veículos automotores (mais o elétrico, articulado, reboque e semirreboque) como condição indispensável para sua circulação em vias públicas, além de devidamente licenciado, no Município de residência ou domicílio do proprietário, na forma da lei, exceto o de uso bélico (§ 2º). Está tal regra de conformidade com o Artigo 35 da Convenção de Viena. Cabe comentário a respeito da expressão final do Artigo 120, “na forma da lei” que parece dispor sobre lege ferenda (lei futura), tendo em vista não haver outra interpretação plausível, a não ser a hipótese, improvável, tal como aconteceu com o Código anterior, de uma lei regulamentadora. Expedição dos Certificados (CRV e CRLV): Após o registro, será expedido o Certificado de Registro do Veículo (CRV), de acordo com os modelos especificados na Resolução/CONTRAN n.º 016/98, conforme Artigo 121 do CTB. O Anexo III desta Resolução de n.º 016/98 foi alterado pela de n.º 126/01, que especificava que o CRV/CRLV deveria ter uma cor específica para cada exercício, e que não se repetiria por um período de 10 (dez) anos, ficando o DENATRAN, através de Portaria, responsável para defini-las. Mas a mesma foi Revogada Pela Deliberação/CONTRAN n.º 28/01. Na verdade, quando se expede o “CRV” (Certificado de Registro de Veículo), também é emitido o CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), havendo, assim, falha na redação do dispositivo.

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Finalidade do Registro: O registro de veículos se destina ao cadastramento da unidade automotora ou não na repartição de trânsito (DETRAN) interligada ao sistema RENAVAM do DENATRAN e, com isso, dispõem as autoridades de trânsito de meios para identificar o proprietário, bem como para a execução da cobrança de multas, IPVA, etc. Quem Pode Registrar o Veículo: De acordo com a Portaria DETRAN/MG de n.º 60.390/97, somente o proprietário, o despachante credenciado ou o procurador munido de procuração por instrumento público, isto é, passada em cartório, têm poderes para procederem o registro do veículo. Ele compreende, além do registro inicial, qualquer transação que envolva a emissão do certificado, ou seja, registro posterior, requerimento de 2ª via do “CRV” ou do “CRLV”, alteração de dados, mudança de categoria, alteração de características e etc. Relativamente aos veículos da União, o órgão interessado (administração direta, indireta ou fundacionais) deverá apresentar, para o registro, Autorização expedida pelo Departamento de Serviços Gerais da Secretaria de Administração Federal da Presidência da República, conforme estatuído pela Resolução n.º 759/92. Documento de Trânsito: É padronizado e contém características e condições de invulnerabilidade à falsificação ou adulteração, conforme dispõem o Artigo 121 do CTB e as Resoluções n.º 016/98 e n.º 061/98 (esclarece os Artigos 131 e 133 do CTB: o "CRLV é aquele previsto na 016/98"), e não pode ser plastificado conforme Artigo 14 da Resolução n.º 664/86 (alterada pelas 721/88, 729/89, 779/94, 802/95 e 016/98). A Resolução n.º 766/93 (revogou as 723/88 e 730/89) também trata do modelo do CRV/CRLV e foi alterada pela 016/98. Já a 126/01 propunha novas alterações nos Certificados, mas foi revogada pela Deliberação/CONTRAN n.º 028, de 11 de dezembro de 2001 e Resolução n.º 130/02. Compõe-se de cinco partes, a saber: a) Certificado de Registro de Veículo (CRV), válido para transferência e de porte não obrigatório; b) Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), de porte obrigatório; Em tais documentos (CRV e CRLV), conforme modelo estabelecido pelas Resoluções/CONTRAN n.º 664/86 e n.º 766/93, foi introduzido um DÍGITO VERIFICADOR no número de série, passando de 09 para 10 (Resolução/CONTRAN n.º 016/98) e que em Minas passou a ser emitido a partir de 01/02/1999, sendo gerado automaticamente pelo computador (o Certificado não possui o n.º impresso como antes).

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c) Bilhete de seguro “DPVAT” – danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres. d) Recibo; e) Guia de Arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A denominação "CRLV" (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), que o CTB trata como Certificado de Licenciamento Anual (Artigos 131 e 133 do CTB) foi equiparado pela Resolução/CONTRAN n.º 061/98. A Resolução n.º 126/01 estabeleceu que o CRV e o CRLV deve ter uma cor específica para cada ano e não poderá ser repetida durante o período de dez anos, alterando assim o Anexo II da 16/98, e cabendo ao DENATRAN, por Portaria, implementar. A partir de 03/02/06 os modelos do CRV e do CRLV, estabelecido nos Anexos I, II e II da de n.º 16/98, foram alterados pela Resolução n.º 187/06. Documentos de Porte Obrigatório (Artigos 131, 133, 141 e 159 do CTB e Resoluções/CONTRAN n.º 013/98, n.º 016/98, n.º 061/98 e n.º 205/06): Consiste no "CRLV" original (Artigo 133 do CTB), conforme a Resolução n.º 061/98, do CONTRAN, esclarecendo que o Certificado de Licenciamento Anual é o “CRLV” (Certificado de Registro e licenciamento de Veículo) previsto na Resolução/CONTRAN n.º 016/98, que alterou modelos do CRV e do CRLV. A Resolução/CONTRAN n.º 013/98 (revogada pela de n.º 205/06) permitia o uso de cópia fotostática (ou xerocópia) do “CRLV”, desde que devidamente autenticada pela Repartição de Trânsito que o emitiu. Mas como o sistema é Online, qualquer Setor de Trânsito em Minas Gerais poderia autenticar o “CRLV”, pois a informatização do RENAVAM nos fornece os dados básicos referentes ao veículo, tornando irrelevante, dentro da Unidade da Federação, o local do registro do veículo, apesar de opiniões em contrário. Entretanto, a Resolução n.º 205/06, que dispõe sobre os documentos de porte obrigatório (ACC, PD ou CNH e o CRLV) passa a exigi-los somente nos originais. A cópia autenticada do “CRLV” foi validada até 15/04/07. Mas com a alteração em seu Artigo 3º pela de n.º 235/07 (referendou a Deliberação n.º 57/07) a cópia passou a valer até o vencimento do licenciamento de 2006, ou seja, o “CRLV” vale até a data de licenciamento do ano seguinte (2007), sem necessidade de apresentação de IPVA, DPVAT ou taxa de licenciamento do ano em curso.

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E mais os documentos: a) Autorização para dirigir: veículos de propulsão humana, tração animal e ciclomotores (Art. 141/CTB);

Ou a Permissão para Dirigir ou a CNH, nos originais (Artigos 159, §§ 1º e 5º, § 3º do 269 do CTB e Resolução/CONTRAN n.º 013/98);

Ou a Autorização para o Aprendiz (LADV – Licença para Aprendizagem de Direção Veicular), conforme Artigo 155 e Resolução n.º 050/98;

Autorização do fabricante ou montador, no caso de veículos que usam a placa de fabricante. b) Comprovante de pagamento de “IPVA” (Artigo 131, § 2º/CTB); c) Comprovante de pagamento do seguro obrigatório “DPVAT” (Artigo 131, § 2º do CTB e Resolução/CONTRAN de n.º 013/98).

– Penalidade: Artigo 232 – Registro Inicial (Artigos 120 a 122 do CTB): Sendo nacional o veículo, são exigidos, para o registro inicial (Artigo 122, que reproduziu o 110 do revogado RCNT): a) Nota Fiscal fornecida pela concessionária ou fabricante (em caso de furto ou roubo, perda ou extravio, apresentar xerocópia autenticada pela Receita Estadual e cópia autenticada do Boletim de Ocorrência). Sobre irregularidades na NF o assunto é tratado pelo parágrafo único do artigo 173 do Decreto n.º 87.981/82 e artigo 594 combinado com o 194 do Decreto n.º 33.118, de 29/12/1991: exige-se carta de correção. Ainda, a “data de saída” constante na NF equivale à “data de aquisição”; b) Ficha de cadastramento devidamente preenchida; c) Laudo de vistoria com decalque de chassis (Resolução/CONTRAN n.º 005/98), ou o decalque afixado na ficha cadastro; d) Apresentação do documento de identidade, “CPF” ou “CGC” (substituído pelo “CNPJ”, conforme Instrução Normativa n.º 054/98 da SRF, que deve ser carimbado na ficha cadastro), e o comprovante de residência próprio ou de pai, mãe, esposa ou filho (A Portaria/DENATRAN n.º 020, de 23/03/2001, considera documentos hábeis de comprovação de domicílio as contas de água, luz e telefone emitidas em nome do interessado, ou cópia autenticada de contrato de locação de imóvel, devidamente registrado e autenticado, ficando sujeito às penalidades previstas nos Artigos 241 e 242 do Código de Trânsito).

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Entretanto, em 12 de Janeiro de 2006, em Minas Gerais, foi expedida a Instrução Normativa n.º 01, da CAT (Coordenação de Administração de Trânsito) dispensando a apresentação do documento de comprovação de endereço, com base no Artigo 120 do CTB e nos Artigos 1º e 2º da Lei Federal n.º 7.115, de 29 de agosto de 1983 (presunção de veracidade quando do preenchimento da ficha de cadastro e a submissão às penas da lei no caso de falsa informação); e) Comprovação de pagamento, por meio do Documento de Arrecadação Estadual (DAE), das taxas: primeiro emplacamento e placa, de acordo com a tabela fornecida pelo DETRAN; f) Certificado de Registro no “MIC” (Ministério da Indústria e Comércio), para os quadriciclos (Resolução/CONTRAN n.º 700/88); g) Autorização do Órgão de Trânsito Municipal (para veículos de categoria aluguel: táxi, transporte de escolar, etc.); h) Cópia do Contrato autenticada, carta do credor ou carimbo e assinaturas na ficha cadastro, para os casos de alienação fiduciária e reserva de domínio (atualmente não se exige, já que os agentes financeiros fazem a inclusão e a baixa via online). Para veículo estrangeiro, relativamente ao item "a" exigir-se-á a 4ª via do Documento de Importação (DI) ou a Nota Fiscal da concessionária ou do importador (nelas devem constar: o n.º do DI, a data e a Repartição Aduaneira, conforme Ato Declaratório de n.º 047, de 03/12/90, do Departamento da Receita Federal da Secretaria da Fazenda Nacional), ou ainda o Extrato da Declaração de Importação (quando importado por pessoa física). Já para o Importador Independente, exigir-se-á a apresentação do “CAT” (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito) e a “LCVM” (Licença de Configuração de Veículos ou Motores). Ou, por fim, o pedido de emplacamento pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores, do qual constarão o n.º e data do memorando da alfândega que desembarcou o veículo e ao qual se anexará uma via da portaria de isenção da autoridade aduaneira, se importado o veículo por missões diplomática, repartições consulares de carreira, representação de organismos internacionais e seus funcionários, por peritos de carreira e de cooperação técnica ou bilateral que, em virtude de normas legais ou convencionais, sejam autorizados a importar veículo automotor com isenção temporária de tributos (Vide Artigo 122, II). Note que pelo Artigo 122 exigir-se-á do proprietário a nota fiscal ou documento equivalente ou, quando se tratar de veículo importado por membro de missões diplomáticas e afins, o documento fornecido pelo Ministério das Relações Exteriores. Este Artigo está redigido de forma incorreta, já que a expressão “os seguintes documentos” deveria estar no singular, passando o inciso II para parágrafo único.

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Registro Posterior (Artigos 123, 124 e 128 do CTB): Para este registro, que é obrigatório, de acordo com o Artigo 123 (reproduziu o 111 do antigo RCNT: Regulamento do Código Nacional de Trânsito), quando houver transferência de propriedade, quando o proprietário mudar o domicílio ou residência, quando for alterada qualquer característica do veículo e quando houver mudança de categoria, são exigidos (Artigo 124: reprodução do Artigo 112 do RCNT): a) “CRV” devidamente preenchido e com firma reconhecida como autêntica (exigido pela Resolução n.º 664/86 e Parecer 164/87, ambos do CONTRAN, bem como pelo Artigo 369 do CPC - Código de Processo Civil, ou seja, veda o “reconhecimento por semelhança”). Se o vendedor for pessoa jurídica, apresentar cópia autenticada do Contrato Social ou Estatuto (este para empresas de Sociedades Anônimas – S.A., principalmente leasing, e devem apresentar Ata de Assembléia que indique o representante), ou então procuração por instrumento público indicando quem pode assinar com poderes de alienação; b) “CRLV” do exercício constando Seguro e “IPVA” pagos (Vide § 1º do Artigo 10 da Resolução n.º 664/86, para débitos do exercício anterior); c ) Laudo de vistoria, com decalque do número de chassi (Resolução/CONTRAN n.º 005/98), ou decalque anexado na ficha cadastro; d) Apresentação do documento de identidade, “CPF” ou “CGC”, e comprovante de endereço (VIDE ITEM 23.07: Registro Inicial); e) Comprovação de pagamento, por meio do Documento de Arrecadação Estadual, das taxas: transferência de propriedade, placa ou tarjeta (já estando o veículo com placa única) e selagem; f) Certidão negativa de furto ou informação do RENAVAM , (atualmente não se exige, já que estão incluídas no banco de dados dos veículos); g) Certidão de prontuário e negativa de multas, (atualmente não se exige, já que estão incluídas no banco de dados dos veículos); h) Quitação de débitos de tributos, encargos e multas de trânsito do veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas (Artigo 128); i) Comprovante de Inspeção Veicular; j) Comprovante de procedência e da justificativa de propriedade dos componentes e agregados adaptados ou montados, quando houver alteração de características do veículo, conforme disposto no Artigo 98 do CTB;

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l) Liberação relativa à Alienação Fiduciária com firma reconhecida ou a Reserva de domínio. (atualmente não se exige, já que os agentes financeiros fazem a inclusão e a baixa via online); m) Formal de Partilha, com apresentação de xerocópia autenticada, no caso de Inventário. Comunicação da Venda do Veículo: O ex-proprietário, de acordo com o Artigo 134 do CTB, deve encaminhar cópia autenticada do "CRV" (Certificado de Registro de Veículo) no prazo de 30 (trinta) dias, à repartição de trânsito, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades até a data da comunicação. Mas, conforme Artigo 233, somente o adquirente se sujeita à multa por atraso na transferência e, assim, neste particular, a solidariedade torna-se esdrúxula, valendo, entretanto, para alguns dos outros tipos de penalidades. A Deliberação n.º 16 do CETRAN/MG estatui que o adquirente deve ser certificado, por termo, de que será lançado em seu prontuário a perda de pontuação referente à infração do Artigo 233 do CTB. Alterações de Dados, de Características e Mudança de Residência: O § 1º do Artigo 123/CTB preceitua que nos demais casos (alteração de características, mudança de domicílio ou residência e mudança de categoria) as providências deverão ser imediatas. Entretanto, se a transferência de domicílio ou residência ocorrer no mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço no prazo de 30 (trinta) dias e aguardará o novo licenciamento para alterar apenas no “CRLV” (Artigo 123, § 2º/CTB). Nos demais casos deve ser emitido tanto o CRV como o CRLV, inclusive a mudança de categoria. Quando houver adaptação ou alteração de características do veículo, exigir-se-á “CSV” (Certificado de Segurança Veicular) e de emissão de poluentes e ruído, conforme Artigo 104 do CTB, bem como prévia autorização da autoridade competente para alterações que afetem a emissão de poluentes e ruído. E a manifestação da autoridade dispensa a apresentação do Nada Consta (Resolução/CONTRAN n.º 550/79). Segunda via do CRV: Para a emissão da Segunda via, por motivos de furto ou roubo, perda, extravio ou danificação do CRV exigir-se-á:

a) Ficha cadastro devidamente preenchida; b) “CRLV” do exercício constando Seguro e “IPVA” pagos (Vide § 1º do Artigo 10 da Resolução n.º 664/86, para débitos do exercício anterior);

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c) Laudo de vistoria, com decalque do número de chassi (Resolução/CONTRAN n.º 005/98), ou decalque anexado na ficha cadastro; d) Apresentação do documento de identidade, “CPF” ou “CGC”, e comprovante de endereço, caso houve mudança; e) Comprovação de pagamento, a partir de 2004, por meio do Documento de Arrecadação Estadual, da taxa de 2ª via. A lei n.º 14.938, de 29/12/03 revogou o Artigo 1º da de n.º14.136, de 28/12/01, que concedia isenção em casos de furto ou roubo. Também a Portaria/DETRAN n.º 86.662, de 05/01/04, revogou a de n.º 79.706, de 18/02/02, que tratava da mesma isenção; f) Boletim de Ocorrência, se for o caso; g) Quitação de débitos de tributos, encargos e multas de trânsito do veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas (Artigo 128); h) Táxi e escolar devem apresentar a autorização do poder concedente. Registro com Atraso: Veículo já registrado, ao ser transferido de proprietário, após 30 (trinta) dias (Decreto n.º 26.539, de 30/01/87 - Artigo 12) da emissão do recibo, sujeitar-se-á a uma multa como infração grave no valor 120 UFIR, conforme Artigo 233 busque Artigo 123, § 1º/CTB (antes da UFIR a multa era fixada de acordo com a Unidade Padrão Fiscal de Minas Gerais) e serão computados 05 (cinco) pontos no prontuário do adquirente (Artigo 259 do CTB). Se for permissionário, a ele não será concedida a “CNH”, conforme disposto no Artigo 148, § 3º, do CTB. Neste particular o CETRAN/MG emitiu a Deliberação n.º 016, de 14/06/00, orientando para que o DETRAN informe, por escrito, sobre as penalidades, quando extrapolado o prazo de 30 dias para a transferência. A contagem do prazo inicia-se no dia seguinte incluindo-se o dia do vencimento e o mesmo é prorrogado até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriados, Sábado e Domingo, conforme Artigo 184 do CPC e Parecer Jurídico n.º 094/01 da Assessoria Jurídica do DETRAN/MG: Exemplo: CRV datado de 20/07/99 vence em 19/08/99. Se se tratar de primeiro emplacamento, o prazo é de dez dias para pagar o “IPVA” com desconto e sem multa, a contar da emissão da Nota Fiscal.

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24. Observações que devem constar no CRV/CRLV. 01) 3º eixo: Resolução/CONTRAN n.º 776/93 (revogou a de n.º 597/82; N.B.: É proibido adaptar o 4° eixo no veículo já adaptado com o 3° eixo (Resolução/CONTRAN 776/93) e nos demais (Resolução n.º 319/09); 02) Número de laudo de segurança (CSV) e o nome da entidade (opcional) que o emitiu, para os casos em geral de modificações do veículo; 03) Data da Nota Fiscal, da marca, ano e ano-modelo da carroceria, para ônibus (Resolução/CONTRAN n.º 729/89, que alterou a de n.º 664/86); 04) Adaptação de Gás Metano Veicular e o respectivo n.º do Certificado de Segurança Veicular (CSV) e da Autorização do “IBAMA”; 05) Chassi Gravado/Normas Brasileiras, para veículos importados e identificados apenas por plaqueta ou identificação a laser; 06) Outros como: veículo modificado, frente adaptada, carroceria adaptada "buggy", motor casa, gasogênio, chassi porta-contêiner, etc.; 07) Carro popular – Medida Provisória n.º 736, de 30 de novembro de 1994 (exige-se o prazo de 01 ano para a alienação); 08) Chassi Regravado de Fábrica. 09) Isenção de “IPI” (exige-se 03 anos para que o veículo possa ser alienado): Lei n.º 08.989, de 24/02/95 (táxi). 10) Número do Laudo de Segurança Veicular ou o número do Registro do profissional habilitado no “CREA” (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) nos casos de veículos de fabricação artesanal e própria. 11) Adaptação de gasogênio (Artigo 3º da Resolução/CONTRAN n.º 580/81 e 7º da 201/06). 12) Constar, no campo ESPÉCIE-TIPO do “CRV” a classificação constante na Portaria do DENATRAN n.º 004/86: caminhão chassi porta-contêiner, reboque chassi porta-contêiner ou semi-reboque chassi porta-contêiner com estrutura sobre-elevada. 13) Suspensão pneumática ou eixo auto direcional de semirreboques (Artigo 9º, § 1º da Resolução n.º 210/06).

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25. Alienação Fiduciária. Generalidades e Contrato: A existência de alienação fiduciária deve ser constada no campo de “OBSERVAÇÕES” do Certificado de Registro do Veículo, tanto no CRV (Certificado de Registro de Veículo) como no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), com indicação do respectivo credor (Artigo 22, § 10, da Lei n.º 4.728/65 – Mercado de Capitais). VIDE ITEM 20 (Observações QUE DEVEM CONSTAR no CRV). Conforme Portaria n.º 12.063/1981 do DETRAN/MG fica dispensada a apresentação do respectivo contrato, quando a venda for efetuada através de “alienação fiduciária em garantia” ou “reserva de domínio”, bastando, apenas, as assinaturas do devedor e credor na ficha de cadastro, ou apresentação do contrato de alienação, conforme disposto na Resolução/CONTRAN n.º 422/1969, com base no estipulado no § 1º do Artigo 66 da Lei de n.º 04.728, de 13/07/65, alterado que foi pelo Decreto-Lei n.º 0911, de 01/10/1969. VIDE Lei n.º 04.728 (Mercado de Capitais). Mas, pela Resolução/CONTRAN n.º 772/93, basta uma simples solicitação da empresa credora, para a inserção do gravame da alienação fiduciária em garantia e, com isto, estaria revogada a Resolução/CONTRAN n.º 422/69 (normas regulamentares relativas a alienação fiduciária em garantia, de veículos automotores, que exigia a apresentação do contrato de alienação fiduciária). Em abril de 2001, as instituições do Paraná e de Minas Gerais se integraram ao RENAVAM, fazendo a inclusão via online. Em janeiro de 2003, as instituições financeiras passaram a lançar e baixar a restrição diretamente no banco de dados de veículos. Em 30 de junho de 2004 o DETRAN/MG emite a Portaria n.º 88.020, revigorando a Portaria anterior, de n.º 82.018/02, conforme disposto no artigo 7º da Resolução/CONTRAN de n.º 159/04 (revogada pela de n.º 320/09, mas mantendo as regras gerais). A mesma Portaria disciplina o registro de contratos de veículos gravados com cláusula de Alienação Fiduciária, pela própria empresa credora. E, caso não seja possível, deverá ser apresentado, preenchido, o Anexo II, devendo o Detran emitir certidão sobre o registro (Anexo I), conforme lei federal n.º 9.051/95 e lei estadual n.º 14.938/03, para o credor, devedor ou pessoa habilitada, devendo ser paga a respectiva Taxa de Segurança Pública. A partir de 06 de janeiro de 2006 ocorre, no DETRAN/MG, a Uniformização de Procedimento de Baixa de restrição Financeira, que ocorrerá sempre quando da expedição de novo “CRV”.

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26. Baixa de Alienação Fiduciária: A mesma Resolução/CONTRAN n.º 772/1993 estabelece que cumprida por parte do alienatário suas obrigações, o credor solicitará a liberação junto aos DETRAN’s ou emitirá o Instrumento de Liberação padronizado, com firma reconhecida, a fim de exclusão da alienação fiduciária, e só pode ser feita na origem. O cancelamento da Alienação Fiduciária também é disciplinado pelo artigo 249 da Lei n.º 06.015, de 31/12/1973, bem como é possível a aplicação do Artigo 851 do Código Civil, que trata da hipoteca. Vide Lei n.º 10.406, de 10/01/02 e Lei n.º 11.882, de 23/12/08 que tratam da alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio e penhor. Em maio de 1994 o então Chefe do DETRAN autorizou a baixa em qualquer Município de Estado, desde que registrado o veículo em Minas Gerais, havendo estudos em andamento para a própria instituição financeira fazer a baixa, com interligação de terminais “online”, o que está sendo concretizado para o ano 2001, tendo Minas Gerais e Paraná iniciado tal operação a partir de abril. Assim a inserção e a liberação da restrição relativa à alienação fiduciária ficam a cargo e de inteira responsabilidade das instituições financeiras, interligadas com o banco de dados de veículos dos DETRAN’s, tanto nos Estados como no Distrito Federal. E a resolução/CONTRAN de n.º 124, de 14/02/2001 (revogou as de n.º 442/1969 e n.º 772/1993), autoriza que o credor fiduciário faça a inclusão ou a liberação da alienação por meio eletrônico junto aos órgãos ou entidades de executivos de trânsito, e autoriza o DENATRAN a baixar instruções necessárias. A Resolução 159/04 trata do mesmo assunto, tendo revogado as de n.º 124/01 e 806/95. A partir de 11 de fevereiro de 2003, as restrições de alienação fiduciária, arrendamento mercantil e reserva de domínio para pessoa jurídica, passaram a ser incluídas e baixadas exclusivamente pelo agente financeiro (no campo de observações do CRV/CRLV constará: “Restrição baixada por SNG” – Sistema Nacional de Gravames). Somente a Assessoria de Informática do DETRAN/MG tem condições de efetuar tais operações, além de outras, como classificação de veículo, alteração do CIC e etc. A partir de 06 de janeiro de 2006 a baixa ocorre automaticamente quando for emitido um NOVO “CRV” através das opções de Alteração de Dados ou Aquisição de Veículos. Já a Resolução 320/09 (trata do registro de contratos de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor), mantendo as regras gerais contidas nas Resoluções 124/01 e 159/04, estabelece o prazo de dez (10) dias para a instituição credora efetuar a baixa no gravame. OBSERVAÇÃO 1:

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Pela mesma Resolução n.º 320/09 os DETRAN’s devem cumprir o § 1º do Artigo 6º da Lei n.º 11.882: considera nulos os convênios entre entidades de Título de Registro Público e as repartições de trânsito para o licenciamento do veículo. OBSERVAÇÃO 2: A Portaria DETRAN/MG n.º 3.488, de 21/08/09 estabelece que o registro eletrônico ficasse sob o controle e gestão da Coordenação de Administração de Trânsito (CAT). OBSERVAÇÃO 3: A Resolução n.º 339/10 permite a anotação de contratos de comodato e de aluguel ou arrendamento não vinculado ao financiamento do veículo, junto ao RENAVAM. 27. 3º e 4º Eixos (Resolução/CONTRAN 319/09). Para a adaptação do 3° eixo exige-se apenas a comprovação de que a alteração se procedeu por adaptador devidamente credenciado pelo INMETRO (Artigo 1º da Resolução/CONTRAN n.º 776/93, que revogou a de n.º 597/82) e a substituição do “CRV/CRLV” deve ser feita em 30 (trinta) dias (Artigo 2º). O adaptado com 3° eixo até 03/01/83 independe de comprovação (Artigo 2º, § 2º). Mas deve ser constada no “CRV/CRLV” a nova capacidade, bem como no campo de OBS. A expressão “3º eixo” (Artigo 2º, § 1º). A Resolução n.º 201/06 estabelece no Artigo 9º que o INMETRO DEVE ESTABELECER PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA ADAPTAÇÃO DE SEGUNDO-EIXO EM SEMI-REBOQUE, TERCEIRO-EIXO EM CAMINHÃO-TRATOR, ÔNIBUS E SEMI-REBOQUE E SEGUNDO EIXO DIRECIONAL EM CAMINHÃO E ÔNIBUS. Já a adaptação do 4º eixo em caminhão foi proibida pela Resolução n.º 319/09 (revogou a de n.º 776/93), exceto quando se tratar de eixo direcional ou auto-direcional. Também alterou a alínea “b” (o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade Industrial – INMETRO deverá estabelecer cronograma de avaliação de conformidade para “eixo direcional e eixo auto-direcional para caminhões, caminhões-tratores, ônibus, reboques e semirreboques” e suprime a alínea “c” do Artigo 9º da Resolução n.º 292/08, bem como o seu anexo. Por fim, a Resolução nº 419/10 proíbe a adaptação de 3º eixo em semirreboques com comprimento igual ou inferior a 10,50 m, com a alteração dada ao Inciso VI do Art. 8º da Resolução 292/08. OBSERVAÇÃO 1: É proibido o registro e o licenciamento do veículo de carga que fez a adaptação do 4° eixo quando já adaptado com o 3° eixo (Artigo 3º da Resolução n.º 776/93).

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OBSERVAÇÃO 2: Os ônibus, de conformidade com a Resolução n.º 163/04 (acrescentou alínea "d" ao inciso III da Resolução n.º 12/98) podem ter 15 m de comprimento, desde que com terceiro eixo). 28. Motor Casa (Motor Home). O disciplinamento é feito pela Resolução/CONTRAN n.º 538/78 e pelo Decreto n.º 84.513/80, que revogou o seu Artigo 4º. Corresponde a um veículo movido com combustível líquido ou gasoso, com uma carroceria fechada destinada a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas. Quanto à tração, o veículo com tal carroceria, classifica-se como automotor e, quanto à espécie, como veículo especial. No certificado de Registro constará a sua marca e o nome do fabricante do chassi, seguida da expressão "Motor Casa". 29. Walk Machine: Deve ser usado apenas em áreas previamente determinadas e autorizadas pelas autoridades locais de trânsito, posto que não se enquadrem em nenhuma das categorias do CNT (Telex-circular n.º 002, de 06/03/90 – CONTRAN). 30. Baixa do Veículo. (Artigos 126, 127 e 128 do CTB e Resoluções/CONTRAN n.º 011/98, n.º 113/00 e n.º 179/05). Condições Gerais: Somente será permitida a baixa do veículo, quando este estiver seu chassi completamente danificado a ponto de ser irrecuperável para uso em outro veículo (N.º “VIN” deve ser devidamente destruído), o que será comprovado mediante laudo de vistoria ou laudo pericial (deve ser assentado os números de agregados), assim como devem ser recolhidos as placas e documentos (§ 1º do Artigo 1º da Resolução CONTRAN de n.º 011/98). Cabe a baixa, obrigatoriamente, nos seguintes casos, conforme disposto no Artigo 1º da Resolução/CONTRAN de n.º 011/98 (revogou, tacitamente, a Resolução n.º 662/85) e Decreto n.º 01.305, de 09/11/94 (Alguns Artigos deste Decreto foram revogados, tacitamente, pelo CTB):

a) Veículo irrecuperável;

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b) Veículo definitivamente desmontado;

c) Veículo sinistrado com laudo de perda total (de acordo com o inciso III do Artigo 9º da Resolução CONTRAN n.º 025/98, considera-se como de danos de grande monta ou perda total esta situação) e; d) Vendidos ou leiloados como sucata.

O prazo para requerer a baixa é de 15 (quinze) dias, sob pena de multa (Artigo 240 do CTB) e que pode ser aberto novo prazo e aplicada nova sanção (Artigo 6º da Resolução n.º 011/98, alterado pela de n.º 179/05, que não prevê este novo prazo). O requerimento de baixa pode ser feito pelo proprietário ou pela seguradora, ou pelo adquirente do veículo destinado à desmontagem, quando estes sucederem o proprietário (Parágrafo único do Artigo 126 do CTB – Código de Trânsito Brasileiro) no prazo supra, sob pena de multa, de natureza grave – 120 UFIR – Unidade Fiscal de Referência (Artigo 240 do Código de Trânsito Brasileiro), inclusive reaplicável quando dado um novo prazo, com comprovação de quitação de débitos fiscais (IPVA e ICMS e, IPI, quando for o caso) e de multas por infrações de trânsito e também ambientais, independentemente da responsabilidade pelas mesmas. Será então emitido o Documento Padrão de Baixa de Veículo (Anexo I da Resolução supra) e, mensalmente, deve ser enviado relatório ao DENATRAN, pelo DETRAN da respectiva Unidade da Federação. A BAIXA (de veículo vendido como sucata) também é tratada pela Lei n.º 08.722, de 27 de outubro de 1993 e regulamentada pelo Decreto n.º 01.305, de 09 de novembro de 1994 (revogou, implicitamente, a Resolução/CONTRAN n.º 662/85): os documentos dos veículos e a parte do chassi que contém o número serão obrigatoriamente recolhidos, antes da venda, aos órgãos responsáveis pela sua baixa (Artigo 2º da lei). Sucata é o veículo irrecuperável que, em razão de sinistro, intempéries ou desuso, haja sofrido danos capazes de inviabilizar recuperação que atenda aos requisitos de segurança veicular, quando então a baixa torna-se obrigatória (Artigo 1º do Decreto). A Resolução n.º 179/05 revogou os §§ 2º e 3º do Artigo 1º e o parágrafo único do Artigo 6º da de n.º 11/98, além de alterar o inciso IV do Artigo 1º (acrescentou letras "a" e "b") e dar nova redação ao seu § 1º, alterar o parágrafo único do Artigo 2º, dar nova redação ao Artigo 3º, acrescentar parágrafo único ao Artigo 5º e dar nova redação ao Artigo 6º. Por último, o Parecer n.º 126/00/CGIJF/DENATRAN (Coordenação-Geral de Instrumental Jurídico e da Fiscalização) opina que o § 1º do Artigo 1º da Resolução n.º 011/98 (documentos, parte do chassi com o número VIN e placas devem ser obrigatoriamente recolhidos) pode deixar de ser exigido, como por exemplo, o veículo completamente deteriorado pelo fogo, desde que a Autoridade de Trânsito faça o fundamento devido.

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Relatório de Avarias: A Resolução n.º 297/08 estabelece o relatório de avarias para a classificação dos danos decorrentes de acidentes e os procedimentos para a regularização ou baixa dos veículos e dá outras providências, a vigorar a partir de 01/08/09. Entretanto A Resolução n.º 322/09 alterou o artigo 12 da Resolução n.º 297/08, sobre relatório de avarias para classificação de danos nos veículos automotores, passando a vigorar a partir de 01/01/10, quando revogam o inciso III do Artigo 1º e o Artigo 2º da Resolução n.º 011/98 e os Artigos 9º, 10 e 11 da de nº 025/98. VIDE ITENS 06 (ALTERAÇÃO DE CARACTERÍSTICA). Empresas Credenciadas para o Desmonte: Pela Deliberação n.º 018/00 e pela Resolução n.º 113/2000, que acrescentou o § 4º ao Artigo 1º da Resolução/CONTRAN n.º 011/98, o desmonte legítimo de veículo deve ser efetuado exclusivamente por empresa credenciada pelo DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito) ou outra entidade executiva de trânsito, que deverão encaminhar, semestralmente, ao DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), a relação dos registros dos veículos desmontados para confirmação de baixa no RENAVAM (Registro Nacional de Veículos Automotores), que é gerenciado pelo DENATRAN. É de se notar uma contradição entre o Parágrafo Único do Artigo 126 do Código de Trânsito Brasileiro (“A obrigação de que trata este artigo é da companhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado à desmontagem, quando estes sucederem ao proprietário”) com o § 2º do Artigo 1º da Resolução n.º 011/98. Por este, a baixa deve ser efetivada antes da venda do veículo ou sua destinação final. Também, a exigência constante no § 4º (a empresa credenciada para o desmonte deverá encaminhar semestralmente ao DENATRAN a relação dos registros de veículos desmontados para confirmação da baixa no RENAVAM) não é pertinaz, tendo em vista que, quando da emissão da Certidão de Baixa, o sistema automaticamente grava no RENAVAM a alteração (“veículo baixado”). A confirmação deveria ser feita pelos DETRAN’s, através de fiscalizações constantes, e que nem sempre é feito, tendo em vista, conforme o Estado, de falta de pessoal, de viaturas, etc. O estabelecimento deve também possuir livro de registro de entrada e saída do veículo (ou controle eletrônico: Resolução/CONTRAN n.º 060/98), com os seguintes assentamentos, conforme preceitua o Artigo 330, §§ 1º e 3º, do CTB):

1) Data e hora de entrada e de saída do veículo;

2) Nome, endereço e identidade do vendedor e também do comprador; e

3) Características do veículo;

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Consulta sobre Perda Total: A consulta sobre perda total do veículo pode ser acessada diretamente pelo Ministério Público, no banco de dados disponibilizado pela Fenaseg, a partir de março de 2007, no site www.fenaseg.org.br

31. Numeração "VIN" (Vehicle Identification Number) - Artigo 114 do CTB e Resolução/CONTRAN n.º 024/98. A Numeração VIN, conhecida popularmente como numeração do chassi dos veículos, é composta de 17 (dezessete) dígitos e, resumidamente, tem-se: O 1º indica a área geográfica (Continente): 9 = América do Sul/Brasil (Vai de 9A a 9E e de 93 a 99), 8 =

América do Sul/Argentina (Vai de 8A a 8E); 1, 4 e 5 = América do Norte/ EUA (Vai de 1A a 1Z, 4A a 4Z e de 5A a 5Z); 2 = América do Norte/Canadá, etc.

O 2º indica o País: B ou 3 = Brasil, C = Manaus (Brasil) e A = Veículos de Fabricação Própria (Brasil); A = Argentina; F = Chile; F ou R (VF ou VR) = França, A, Z, 1 ou 0 (JA, JZ, J1 ou J0) = Japão...;

O 3º indica o Fabricante (D = Fiat, F = Ford, G = General Motors, W = Volkswagen,...). Para veículos de fabricação própria entra o número “9” e, para os artesanais, a letra “Z”;

Do 4º ao 9º indicam as característica gerais do veículo, a critério do fabricante; O 10º indica ano-modelo (de 1987 a 1998 indicava ano de fabricação), sendo vedado o uso das letras

“I”, “O” “U” e “Q”. Em 2010, o 10º dígito passa a ser a letra “A”, 2011 = B, 2012 = C, ...

B

=

1

9

8

1

C

=

1

9

8

2

D

=

1

9

8

3

E

=

1

9

8

4

F

=

1

9

8

5

G

=

1

9

8

6

H

=

1

9

8

7

J

=

1

9

8

8

K

=

1

9

8

9

L

=

1

9

9

0

M

=

1

9

9

1

N

=

1

9

9

2

P

=

1

9

9

3

R

=

1

9

9

4

S

=

1

9

9

5

T

=

1

9

9

6

V

=

1

9

9

7

W

=

1

9

9

8

X

=

1

9

9

9

Y

=

2

0

0

0

1

=

2

0

0

1

2

=

2

0

0

2

O 11º pode indicar o local da fábrica; Do 12º ao 17º indica o número de série, podendo o 12º e o 13º ser alfanumérico. OBS.: A gravação do “VIN” nos vidros é obrigatória, mas apenas do 10º ao 17º dígitos. Exemplos: 9BD146000N3468753 é um Fiat (D), modelos Elba, Uno, Prêmio ou Fiorino (146), ano 1992 (N). 9C2JC250WWR130921 é uma motocicleta fabricada em Manaus/Brasil (C), marca Honda (2), modelo CG125 (JC250), ano e ano modelo 1998 (WW); 3VWZZZ1HZRM301028 é um Volkswagen (W), modelo Golf GTI (1H), fabricado em Vera Cruz (V), no México (3), ano 1994 (R). 93HEJ8550WZ201702 é um automóvel Honda (H), modelo Civic Ex (EJ855), 1998/1998 ( W).

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9BMMF33EXYA011553 é um automóvel Mercedes Benz (M), modelo A160 (MF33EX), ano 1999 e ano modelo 2000 (Y), fabricado em Juiz de Fora/MG (A). 9BD15802764693928 é um Fiat (D), modelo Uno Mille flex 1.0 (158), 2005/06 (6), de 02 portas. 9BM695014XB191411 é um caminhão Mercedes Benz (M), modelo 1620/51 (695014), ano de

fabricação e ano-modelo 1999 (X), montado em São Bernardo do Campo/SP (B – 11º dígito).

9A9PZ05212BDJ4065 é um reboque da marca Brasteile Pequiseiro, ano e ano-modelo 2002 (2).

32. Veículos Importados. Numeração VIN: Devem adaptar-se à legislação brasileira, de acordo com a Resolução nº 768/93, e inclusive quanto à numeração ”VIN", conforme determina o texto da Resolução/CONTRAN n.º 024/98, bem como a Portaria n.º 001, de 14/01/94, do DENATRAN, com 11 Anexos, e ainda Ata n.º 03.661 da 6ª Reunião Ordinária do CONTRAN, de 19/04/94, isto, a partir de 1994. Aqueles identificados apenas por plaqueta ou identificação a laser, deverão ter o número do chassi gravado na estrutura, constando-se no “CRV/CRLV” a observação "CHASSI GRAVADO/NORMAS BRASILEIRAS" (não assentar a expressão “REM” no campo de OBSEVAÇÕES do CRV), além da Resolução n.º 768/83, a qual expressa que são extensivas aos importadores de veículos todas as obrigações e prerrogativas constantes dos atos resolutivos do CONTRAN, atribuídos aos fabricantes e montadores de veículos nacionais. Nota Fiscal: Pelo Ato Declaratório n.º 047, de 03 de dezembro de 1990, do Departamento da Receita Federal da Secretaria da Fazenda Nacional, o estabelecimento importador ou a concessionária deverão constar na Nota Fiscal o NÚMERO E A DATA DA DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI) E O NOME DA REPARTIÇÃO ADUANEIRA QUE PROCEDEU AO RESPECTIVO DESEMBARAÇO. Importação de Veículo Usado e por Residente no Exterior: A Portaria n.º 008 de 13/05/91, do Departamento de Comércio Exterior do Banco do Brasil, alterada pela Portaria n.º 370, de 28/11/94, do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, proíbe a importação de veículos seminovos (PERMITE, ENTRETANTO, A IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO DE COLEÇÃO COM MAIS DE 30 ANOS DE FABRICAÇÃO), bem como a Lei n.º 09.440/91, mas é possível o registro mediante autorização judicial. Pela Instrução Normativa da SRF (Superintendência da Receita Federal) n.º 077, de 08/08/84, conforme seu item 11, o residente no exterior há mais de 03 anos ininterruptos (comprovado com atestado da autoridade consular brasileira) e que se transfira para o país a fim de nele fixar residência permanente, está isento de impostos a bagagem desacompanhada procedente do exterior, em quantidades e valor compatíveis com as suas condições econômicas ou atividades profissionais.

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A mesma Superintendência autoriza a importação de veículo usado, desde que fabricado há mais de 30 anos. Para tais veículos não se exige número VIN com dezessete dígitos. 33. Veículos Importados da Argentina/Mercosul: O Protocolo n.º 021/91 dispensa a exigência da 4ª via de importação ou menção da Nota Fiscal do n.º da declaração de importação, mas apenas a mensagem “Importada da Argentina”, conforme Circular n.º 046/81/DENATRAN.

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34 Responsabilidade Penal do Despachante Documentalsta 34.01 Princípios da estrita legalidade e anterioridade. Código Penal, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Para determinado ato ser considerado crime ele deve, obrigatoriamente, estar tipificado no Código Penal ou em outra lei especial. Da mesma forma, não é possível a aplicação de uma pena que não esteja prevista na lei previamente à prática do ato que ensejou a sua aplicação. 34.02 Conceito e crime e contravenção penal Crime é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão um bem jurídico penalmente tutelado, punido com pena de reclusão ou detenção, isolada ou cumulativamente com a pena de multa. Contravenção é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão um bem jurídico penalmente tutelado, punida com pena de prisão simples ou multa. 34.03 Crime comissivo e omissivo Um crime pode ser praticado por meio de ação – crime comissivo - (ex: matar alguém) ou de omissão – crime omissivo - (ex: omissão de socorro). No caso do crime omissivo, a omissão somente configurará crime quando for penalmente relevante. O art. 13, §2º, do Código Penal, trata da relevância da omissão, preceituando que: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado 34.04 Crime consumado e atentado Nos termos do art. 14 do Código Penal, o crime será consumado quando nele se reunirem todos os elementos exigidos pela lei para a sua execução. Ex: homicídio consumado – uma pessoa foi atingida por um disparo de arma de fogo e veio a óbito. O crime será tentado, por sua vez, quando, iniciada a sua execução, o resultado não se consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente. Ex: A desferiu um tiro no peito de B objetivando matá-lo mas, por sorte de B, a munição mascou e o projétil não saiu da arma. Neste caso, A responderá por tentativa de homicídio porque queria matar B, mas não conseguiu seu intento por circunstância alheia à sua vontade.

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Nos termos do art. 14, parágrafo único, do Código Penal, a tentativa será punida com a pena cominada ao crime consumado, diminuída, conforme o caso, de um a dois terços. Ex: pena do homicídio é de 6 anos. No caso da tentativa, o juiz diminuirá a pena de 6 anos de um terço a dois terços, aplicando uma pena de 4 ou 2 anos, conforme o caso. 34.05 Crime doloso e culposo O Crime será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. O agente deve ter a vontade livre e consciente de praticar o crime. Ex; A quer matar B e lhe dá um tiro na cabeça. Será culposo, por sua vez, quando o agente, deixando de observar um dever objetivo de cuidado, por imprudência, imperícia ou negligência, realiza voluntariamente uma conduta que produz um resultado criminoso indesejado, mas objetivamente previsível, que poderia, com a devida atenção, ser evitado. Ex: A, dirigindo em velocidade compatível com o local, perde o controle do veículo, atropela e mata um pedestre. Neste caso, houve imperícia e A responderá pelo homicídio culposo na direção de veículo automotor. Imprudência: ação intempestiva e irrefletida (agiu por impulso); Negligência: omissão em relação à conduta que devia praticar; Imperícia: falta de conhecimento técnico para realizar uma conduta; 34.06 Concurso de pessoas Consiste na colaboração empreendida por duas ou mais pessoas para a realização de um crime ou de uma contravenção penal. Requisitos:

1) mais de um agente; 2) conduta de cada agente deve ser relevante para a consumação do crime; 3) a vontade de todos os agentes deve visar a produção do mesmo resultado; 4) todos os agentes devem visar a prática do mesmo crime; 5) a execução deve ser pelo menos iniciada.

Espécies: Coautoria: todos os agentes praticam o núcleo do tipo penal. Ex: no homicídio, duas pessoas atiram e matam uma terceira. Participação: um dos agentes não realiza o núcleo do tipo penal, mas de outro modo concorre para o resultado. Ex: no homicídio, A empresta a arma para B matar C. A e B responderão pelo homicídio consumado.

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34.07 Penas As penas podem ser de três espécies: 1) privativas de liberdade (reclusão e detenção); 2) restritivas de direito: (prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços a comunidade; interdição temporária de direitos; limitação de final de semana); 3) multa. As penas privativas de liberdade (prisão), se superiores a 8 anos, serão cumpridas em regime inicialmente fechado; se superiores a 4 e até 8 anos, serão cumpridas no regime inicialmente semiaberto; se de até 4 ano, no regime aberto. As penas restritivas de direito substituem as privativas de liberdade de até 4 anos ou impostas em crime culposos, desde que o agente não seja reincidente em crime doloso, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias multa. Será, no mínimo, de 10 e no máximo de 360 dias multa. O valor de cada dia multa será fixado pelo juiz, não podendo ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do crime, nem superior a cinco vezes esse salário. 34.08 Circunstâncias agravantes Nos termos dos art. 61 e 62 do Código Penal, são circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o delito, dentre outras: II - ter o agente cometido o crime: g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; II - coage ou induz outrem à execução material do crime III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 34.09 Concurso de crimes Haverá concurso de crimes quando o agente, mediante uma ou mais condutas, praticar mais dois ou mais crimes. Se os crimes resultarem de mais de uma conduta, as penas serão somadas. Ex: A atira em B e depois em C, matando ambos. Neste caso, terá a pena dos dois homicídios somados. Se os crimes resultarem de uma mesma conduta, será aplicada ao agente a pena do crime mais grave, aumentada de um sexto até a metade. Ex: A desfere um único tiro em B e acerta também C. Neste caso, receberá a pena de um homicídio, aumentada de um sexto. 34.10 Efeitos da condenação Nos termos dos art. 91 e 92 do Código Penal, são efeitos da condenação, além da aplicação da pena: 1) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 2) a perda, em favor da União, do

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produto do crime ou qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso. 35 Dos crimes em espécie 35.01 Apropriação Indébita Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: I - em depósito necessário; II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; III - em razão de ofício, emprego ou profissão. O crime se caracteriza, especialmente, pela quebra da confiança, por algum ato do agente que implique em disposição da coisa alheia ou recusa na sua restituição. Exige a prova do dolo, ou seja, da intenção de se apropriar indevidamente da coisa alheia. A pena será aumentada de um terço quando o agente recebeu a coisa em razão de ofício, emprego ou profissão. Ex: um despachante que se apropria de documento ou bem de terceiro para prestar um serviço e não o devolve posteriormente, ou dispõe do mesmo sem autorização do proprietário. 35.02 Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. O crime se consuma quando o agente cria uma situação enganosa ou simplesmente se aproveita para obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio. A fraude deve ser anterior e diretamente responsável pela lesão patrimonial. Da mesma forma, a vantagem deve ser ilícita e econômica.

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Haverá crime ainda que a pessoa lesada também esteja agindo de má-fé. Quando o sujeito falsifica um documento e, posteriormente, dele se vale para enganar alguém, obtendo vantagem ilícita em prejuízo alheio, responderá, segundo o Supremo Tribunal Federal, pelos crimes de falsificação de documento e estelionato, com a soma das penas. 35.03 Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro. Consiste em adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceira pessoa, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte (intermediar o negócio). O crime pode ser praticado de forma dolosa ou culposa. A coisa deve ser produto de crime ou, pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso. 35.04 Quadrilha ou bando Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes: Pena - reclusão, de um a três anos. Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é armado. A associação deve ser de, no mínimo, quatro pessoas (mais de três), de forma estável e permanente, para a prática de crimes indeterminados. Se mais de três pessoas se associarem para a prática de um único crime não haverá crime de quadrilha, mas todos responderão pelo crime para o qual se uniram, em concurso de pessoas.

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Se a quadrilha utilizar qualquer tipo de arma, ainda que branca, a pena será aplicada em dobro, na forma do parágrafo único do art. 288 do Código Penal. 35.05 Falsificação de papéis públicos Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável; VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por Estado ou por Município: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1o Incorre na mesma pena quem: I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributário; III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua aplicação. § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior. § 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

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§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residências. 35.06 Outras falsificações Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Estado ou de Município; II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Incorre nas mesmas penas: I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. 35.07 Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;

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II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. 35.08 Falsificação de documento particular Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 35.09 Falsificação de cartão Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito. 35.10 Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. 35.11 Falso reconhecimento de firma ou letra Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

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35.12 Uso de documento falso Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 35.13 Supressão de documento Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. 35.14 Falsa identidade Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 35.15 Adulteração de sinal identificador de veículo automotor Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 35.16 Desobediência Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

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35.17 Desacato Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. O crime estará configurado quando o funcionário público estiver no exercício da função (em serviço) ou quando o funcionário estiver fora da repartição e sem desempenhar nenhum ato de ofício, mas a ofensa vincular-se à função pública. 35.18 Tráfico de Influência Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. 35.19 Corrupção ativa Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. O crime se consuma com o simples oferecimento ou promessa da vantagem indevida ao funcionário público, independentemente da aceitação deste. Ou seja, ainda que o funcionário público recuse a vantagem oferecida, o crime estará consumado. 35.20 Inutilização de edital ou de sinal Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

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35.21 Venda casada Art. 15 da Lei n.º 06.729, de 28/11/79 - Caso o vendedor produtor ou distribuidor condicione a venda à aquisição de equipamentos ou de acessórios opcionais, ficará sujeito às sanções por crime contra a ordem econômica (Inciso II do Artigo 5º da Lei n.º 8.137, de 27 de dezembro de 1990) além de administrativas, nos termos dos Artigos 56 a 59 da Lei n.º 08.078, de 11 de setembro de 1990. 35.22 Crime contra a Ordem econômica Lei nº 8.176, de 08/02/91: Constitui crime contra a ordem econômica usar gás liquefeito de petróleo (GLP ou Gás de Cozinha) para fins automotivos. Neste caso, o infrator estará sujeito:

Apreensão do veículo e dos equipamentos pertinentes;

Autuação (multa) pela alteração das características do veículo;

Autuação (multa) pelo uso do GLP;

Instauração de Inquérito Policial.

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36 Glossário.

1. ABDETRAN: Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito;

2. ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;

3. Acostamento: parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em casos de emergência, e também à circulação de pedestres, animais e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim;

4. Adulteração: Mudança e/ou alteração de modo irregular, com a finalidade de tornar

irreconhecível a situação anterior;

5. Agente da autoridade de trânsito: pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento;

6. Arresto: informação inserida no cadastro do veículo quando a justiça determina a apreensão

dos bens de uma pessoa que tem dívidas e objetiva impedir a transferência de propriedade do mesmo, que poderá vir a ser penhorado, caso seja proposta ação de execução judicial contra o devedor;

7. Automóvel: veículo automotor com capacidade para até 08 passageiros, exclusive o

motorista;

8. Autoridade de trânsito: dirigente máximo de órgão ou entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) ou pessoa por ele expressamente credenciada;

9. Balanço traseiro: distância entre o plano vertical passando pelo centro das rodas traseiras

extrema e o ponto mais recuado da carroceria do veículo. VIDE ITEM 13;

10. Bicicleta: veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito do Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor;

11. Bicicletário: local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas;

12. BIN: Base Índice Nacional, utilizado como fonte de informação para o sistema de Registro de

Veículos Automotores (RENAVAM);

13. BINCO: Base Índice Nacional de Condutores, utilizado como fonte de informação para o sistema de Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (RENACH);

14. Bonde: veículo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos;

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15. Bordo da pista: margem da pista de rolamento, podendo ser demarcada por linhas

longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos;

16. BPRv: Batalhão de Polícia Rodoviária;

17. Calçada: parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, reservada ao trânsito de pedestres e, excepcionalmente para bicicletas;

18. Caminhão: veículo automotor para transporte de carga com PBT (peso bruto total) acima de

3.500kg (TRÊS MIL E QUINHENTOS QUILOGRAMAS);

19. Caminhão-trator: veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro;

20. Caminhonete (pick-up ou picape): veículo automotor de transporte de carga com PBT (peso bruto total) de até 3.500 kg. Conforme ofício n.º 103/98, do DENATRAN, estes veículos foram homologados na tabela de marca/modelo como caminhoneta, antes da vigência do Código de Trânsito atual.

21. Camioneta: veículo misto não derivado de automóvel destinado ao transporte de passageiros

e carga no mesmo compartimento (perua, station wagon) – Resolução do CONTRAN de n.º 822/96. Vide definição dada pela Resolução/CONTRAN n.º 822/96 (especifica ser não derivado de automóvel e com assentos escamoteáveis);

22. Canteiro central: obstáculo físico construído com separador de duas pistas de rolamento,

eventualmente substituído por marcas viárias (canteiro fictício);

23. Capacidade máxima de tração: é o máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar, sendo indicado pelo fabricante;

24. Carreata: deslocamento em fila na via de veículos automotores em sinal de regozijo, de

reivindicação, de protesto cívico ou de uma classe;

25. Carro de mão: veículo de propulsão humana utilizado no transporte de pequenas cargas;

26. Carroça: veiculo de carga, de tração animal;

27. Catadióptrico: dispositivo de reflexão e refração da luz utilizado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato);

28. Charrete: veículo de passageiro, de tração animal;

29. Ciclo: veículo de pelo menos 02 rodas a propulsão humana;

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30. Ciclo-elétrico: veículo de 02 rodas a propulsão elétrica e equiparado aos ciclomotores;

31. Ciclo faixa: parte da pista de rolamento destinada à circulação de ciclos, delimitada por

sinalização específica;

32. Ciclomotor: veículo de 02 ou 03 rodas, com motor de combustão interna com cilindrada de até 50 cm cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e que não exceda 50 km/h de velocidade, destinado ao transporte de 01 (uma) pessoa, tendo como característica principal a movimentação auxiliar de pedais, tal como as bicicletas (Resolução/CONTRAN n.º 657/85);

33. Ciclovia: pista de rolamento destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego

comum;

34. Conversão: movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mudança da direção original do veículo;

35. Cruzamento: interseção de duas vias em nível;

36. Dispositivo de segurança: qualquer elemento que tenha a função específica de proporcionar

maior segurança ao usuário da via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danificar seriamente o veículo;

37. Estacionamento: imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque

ou desembarque de passageiros;

38. Estrada: via rural não pavimentada. VIDE ITEM Vias Públicas;

39. Faixas de domínio: superfície lindeira às vias rurais, delimitadas por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade de trânsito competente com circunscrição sobre a via;

40. Faixas de trânsito: qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida,

sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores;

41. FENASEG: Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização;

42. Fiscalização: ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de

trânsito, por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências estabelecidas no Código;

43. Foco de pedestre: indicação luminosa de permissão ou impedimento de locomoção na faixa

apropriada;

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44. Freio de estacionamento (freio de mão): dispositivo destinado a manter o veículo imóvel na

ausência do condutor ou, no caso de um reboque, se este se encontra desengatado;

45. Freio de segurança ou motor: dispositivo destinado a diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de serviço. Há corte na injeção do combustível para o motor;

46. Freio de serviço (freio de pé): dispositivo destinado a provocar a diminuição da marcha do

veículo ou pará-lo;

47. Gestos: movimentos convencionais de braço, adotados pelos agentes de autoridade de trânsito, ou pelos condutores, respectivamente para orientar ou emitir ordens, e para indicar mudança de direção, redução da velocidade ou parada;

48. Ilha: obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção;

49. INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial;

50. Interseção: todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluída as áreas

formadas por tais cruzamentos, entroncamento ou bifurcação;

51. Logradouro público: espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer e calçadões;

52. Lotação: carga útil máxima que o veículo pode transportar, expressa em quilogramas, para os

veículos de carga e, número de pessoas, para os de passageiro. VIDE ITEM 09 (Balanço Traseiro);

53. Lote lindeiro: é aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com elas se limita.

VIDE ITEM Vias Públicas;

54. Luz alta/baixa: facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância do mesmo/... a iluminar a via diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em sentido contrário. VIDE RESOLUÇÃO N.º 18/98 (recomenda o uso de farol baixo durante o dia nas rodovias);

55. Luz de freio: luz do veículo destinada a indicar aos demais usuários da via, que se encontram

atrás do mesmo. Que o condutor está aplicando o freio de serviço;

56. Luz de neblina: luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó;

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57. Luz de posição (lanterna): luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura do veículo.

Também denominada lanterna de posição;

58. Manobra: movimento executado pelo condutor para alterar a posição em que o veículo está no momento em relação à via: macha-a-ré, vaga ou baliza, mudança de faixa, retorno, mudança de via,...;

59. Marcas viárias: conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos ou legendas,

em tipos e cores diversas, apostos no pavimento da via;

60. Metrô: transporte de passageiros;

61. Micro-ônibus: veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até 20 passageiros (Artigo 1º, Parágrafo Único, da Resolução/CONTRAN n.º 811/96, que também trata dos requisitos de segurança para os mesmos);

62. Motocicleta: veículo automotor de 02 rodas, com ou sem sidecar, dirigido por condutor na

posição montada;

63. Motoneta: veículo automotor de 02 rodas, dirigido por condutor na posição sentada;

64. Motor casa (motor home): veículo automotor (quanto à tração) e especial (quanto à espécie), cuja carroçaria seja fechado e destinado a alojamento, escritório, comércio ou finalidades análogas (Resolução/CONTRAN n.º 538/78). É exigida a categoria “B” para dirigi-lo;

65. Noite: período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol;

66. Ônibus: veículo automotor de transporte coletivo com capacidade acima de 20 passageiros,

mesmo que adaptado para menor número (Parágrafo Único do Artigo 1º da Resolução/CONTRAN de n.º 811/96, que também trata dos requisitos de segurança para os mesmos);

67. Operação de carga e descarga: imobilização do veículo, pelo tempo estritamente necessário

ao carregamento ou descarregamento de animais ou cargas, na forma disciplinada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre a via;

68. Operação de trânsito: monitoramento técnica baseado nos conceitos de Engenharia de

Tráfego, das condições de fluidez, de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interferências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados irregularmente, prestando socorros imediatos e informações aos pedestres e condutores;

69. Parada: imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para

efetuar embarque e desembarque de passageiro;

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70. Passagem: é a ultrapassagem de outro veículo sem mudança da faixa de trântito (Vide

ultrapassagem);

71. Passagem de nível: todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria;

72. Passagem por outro veículo: movimento de passagem à frente de outro veículo que se

desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via;

73. Passarela: obra de arte destinada à transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso de pedestres;

74. Passeio: parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura

ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas;

75. Perímetro urbano: é o limite entre a área urbana e a rural;

76. Peso bruto total: é o peso máximo que o veículo pode transmitir ao pavimento, constituído da

soma da tara mais a lotação;

77. Peso bruto total combinado: é o peso máximo transmitido ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semirreboque ou do caminhão mais seu reboque ou reboques;

78. Pisca-alerta: luz intermitente do veículo utilizada em caráter de advertência, destinada a

indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência;

79. Pista: parte da via normalmente utilizada para a circulação de veículos, identificada por

elementos separadores ou por diferença de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais;

80. Placas: elementos colocados na posição vertical, fixados ao lado ou suspensos sobre a pista,

transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de trânsito;

81. Policiamento ostensivo de trânsito: função exercida pelas Polícias Militares ou Fiscais de

Trânsito Municipais com o objetivo de prevenir e reprimir atos relacionados com a segurança pública e de garantir obediências às normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circulação e evitando acidentes;

82. Ponte: obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma superfície líquida

qualquer;

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83. Prioridade de trânsito: privilégio assegurado a veículos em missões de emergência (Artigo 29,

VII/CTB: polícia, ambulância, bombeiros e fiscalização de trânsito), com livre circulação de trânsito, estacionamento e parada;

84. Quadriciclo: veículo de estrutura mecânica igual às motocicletas, de 04 rodas e com motor de

até 200 cm cúbicos (Resolução/CONTRAN n.º 700/88). Para o registro deve obter Certificado de Registro do MIC (Ministério da Indústria e Comércio), e exige-se a Categoria de Habilitação “A” para conduzi-lo;

85. Reboque: veículo de um ou mais eixos que se move tracionado (engatado atrás de um veículo

automotor);

86. Refúgio: parte da via, devidamente sinalizada e protegida, destinada ao uso de pedestre durante a travessia da mesma;

87. RENACH: Registro Nacional de Carteiras de Habilitação;

88. RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores;

89. Retorno: movimento de inversão total de sentido da direção original do veículo;

90. Rodovia: via rural pavimentada;

91. Semirreboque: veículo de um ou mais eixos que se move articulado e apoiado na unidade

tratora;

92. Sinais de trânsito: elementos de sinalização viária que se utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle luminosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusivamente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres;

93. Sinalização: conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública

com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam;

94. SINET: Sistema Nacional de Estatística do Trânsito;

95. Sons por apito: são os sinais sonoros, emitidos exclusivamente pelos agentes de autoridade

de trânsito nas vias, para orientar ou indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, sobrepondo-se ou complementando a sinalização existente no local ou norma estabelecida no CTB;

96. Tara: peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroceria, do combustível, das

ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas;

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97. Trailer: reboque ou semirreboque tipo casa, com 02, 04, ou 06 rodas, acoplado ou adaptado à

traseira de automóvel ou camioneta, utilizado em geral como alojamento ou para atividades comerciais. Exige-se a CNH de categoria “E”;

98. Trânsito e Tráfego: VIDE ITENS 02 e 03: Conceitos e Legislação de Trânsito;

99. Transposição de faixas: passagem de um veículo de uma faixa demarcada para outra;

100. Trator: veículo automotor construído para realizar trabalho agrícola, de construção e

pavimentação e tracionar outros veículos e equipamentos;

101. Tripulação: é o conjunto de pessoas transportadas pelo veículo e que tem a seu cargo a condução ou manutenção do mesmo e demais tarefas (fiscalização, cobrança de passagens, atendimento do passageiro – rodo moça -, e etc;

102. Ultrapassagem: movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no

mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem;

103. Utilitário: é o veículo misto caracterizado pela versatilidade de seu uso, inclusive o

fora-de-estrada (VIDE Decisão n.º 008/86 – DENATRAN). Pode dispor de caixa de mudanças múltiplas, tomada de força interna, redutor e dispositivo para acoplamento;

104. Veículo articulado: combinação de veículos acoplados, sendo um deles automotor;

105. Veículo automotor: todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios

meios, e que serve normalmente para o transporte viário de pessoas e coisas, ou para atração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos (ônibus elétrico ou trólebus);

106. Veículo conjugado: combinação de veículos, sendo o primeiro um automotor e os

demais reboques ou equipamentos de trabalho agrícola, construção, terraplanagem ou pavimentação (VIDE Resolução/CONTRAN n.º 631/84, que foi revogada pela Resolução de n.º 068/98: Requisitos de Segurança para Combinações de Veículos);

107. Veículo de carga: veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar 02

(dois) passageiros (70 kg cada), exclusive o condutor;

108. Veículo de coleção: aquele que, fabricado há mais de trinta anos, conserva suas características originais de fabricação e possui valor histórico próprio;

109. Veículo de competição: veículo automotor destinado a competições esportivas;

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110. Veículo de grande porte: veículo automotor destinado ao transporte de carga com

peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas (10 t) e de passageiros, superior a 20 pessoas;

111. Veículo de tração:

1)- Trator: veículo automotor para trabalhos agrícolas e terraplanagem, e pode ser de rodas, esteiras ou misto;

2)- Caminhão-trator (cavalo): veículo automotor para tracionar ou arrastar outro veículo;

112. Veículo elétrico: equipara-se ao automotor(exceto o bonde). São os veículos

convencionais de passageiros ou carga e o trólebus;

113. Veículo especial: são os veículos automotores construídos e equipados especialmente para prestação de serviço específico, podendo transportar pessoas, cargas ou equipamentos, como os denominados fora-de-estrada e o motor casa, bem como os tanques de guerra, veículos militares (viaturas militares operacionais das Forças Militares, conforme Resolução/CONTRAN n.º 797/95), de combate a incêndio, de socorro de emergência, etc.;

114. Veículo inacabado: corresponde a todo o chassi e plataforma para ônibus ou micro-

ônibus e os chassis de caminhões, caminhonetas e utilitários com cabine completa, incompleta ou sem cabina, que circulem nas vias públicas, do pátio do fabricante, revendedor, encarroçador, complementador final, ou do local de transbordo para o transporte a um dos destinos mencionados (Resolução/CONTRAN n.º 724/88);

115. Veículo misto: veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e

passageiro;

116. Veículo leve: pela Resolução n.º 340/10 são: ciclomotor, motoneta motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta.

117. Veículo pesado: pela Resolução n.º 340/10 são: ônibus, micro-ônibus, caminhão,

caminhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou semirreboque e suas combinações e veículo leve tracionando outro veículo.

118. Via: é a superfície por onde transitam os veículos, as pessoas e os animais,

compreendendo a pista de rolamento, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central;

119. Via arterial: aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindei-os e às vias secundárias e locai, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade;

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120. Via coletora: aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade

de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade;

121. Via de trânsito rápido: aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre,

sem interseções em nível, sem acessibilidade aos lotes lindei-os e sem travessia de pedestres em nível;

122. Via local: é aquela via caracterizada por interseções em nível não semaforizadas,

destinadas apenas ao acesso local ou a áreas restritas;

123. Via rural: são as rodovias e as estradas;

124. Via urbana: são as ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão;

125. Vias e áreas de pedestres: são as vias ou conjuntos de vias destinadas à circulação

prioritária de pedestres;

126. Viaduto: obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem superior;

127. Viatura militar: são as Viaturas Militares operacionais da Forças Armadas, conforme

Resolução/CONTRAN n.º 797/95. Não necessitam de identificação do número VIN, placas e outras exigências, conforme preceitua o Artigo 114, § 5º do Código (CTB);

128. Vistoria: é a inspeção das características físicas do veículo – marca, modelo, ano de

fabricação, cor, categoria, espécie, etc. – e o funcionamento dos seus componentes mecânicos e elétricos, além dos equipamentos obrigatórios.