22
CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Curso de Direito Internacional Público - ltr.com.br · — 7 — Carlos Roberto Husek, mestre e doutor em Direito Internacional Pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,

  • Upload
    buithuy

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

1ª edição — 1995 2ª edição — 1998 3ª edição — 2000 4ª edição — 2002 4ª edição — 2ª tiragem — 2003 5ª edição — 2004 5ª edição — 2ª tiragem — 2005 6ª edição — 2006 7ª edição — 2007 8ª edição — 2008 9ª edição — 200910ª edição — 201011ª edição — 201212ª edição — 201413ª edição — 201514ª edição — 2017

CARLOS ROBERTO HUSEKDesembargador do TRT da 2ª Região Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Membro da Academia Paulista de Direito, Membro

da Comunidade de Juristas da Língua Portuguesa.

CURSO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

14ª edição

R

EDITORA LTDA.

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP — BrasilFone (11) 2167-1101www.ltr.com.brFevereiro, 2017

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica: RLUXProjeto de capa: FABIO GIGLIOImpressão: PIMENTA

Versão impressa — LTr 5687.3 — ISBN 978-85-361-9084-6Versão digital — LTr 9093.2 — ISBN 978-85-361-9135-5

Todos os direitos reservados

Índice para catálogo sistemático:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Husek, Carlos RobertoCurso de direito internacional público / Carlos

Roberto Husek. — 14. ed. — São Paulo : LTr, 2017.

Bibliografia.

1. Direito internacional público I. Título.

16-09173 CDU-341

1. Direito internacional público 341

Àquelas que se acostumaram a me ver diante do computador e diante dos livros sem qualquer desaprovação

(Maria Cristina, Renata e Flávia).

— 7 —

Carlos Roberto Husek, mestre e doutor em Direito Internacional Pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde durante onze anos ministrou de Direito Comercial e atualmente ministra aulas de Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado para os seguintes cursos: bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais; Especialização em Direito Empresarial; Especialização em Direito do Trabalho; Especialização em Direito Internacional; e, no Mestrado e doutorado nas matérias apontadas.

Com larga experiência no ensino, o professor Husek já lecionou em outras instituições, bem como profere palestras em Direito Internacional e em Direito e Processo do Trabalho, como convidado em diversas Faculdades e Academias.

Durante vinte anos foi professor em cursos preparatórios para concursos públicos para a Magistratura e Ministério Público.

Foi juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Osasco e da 34ª Vara do Trabalho de São Paulo, Capital. Atualmente é desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Compôs a 15ª Turma deste Tribunal, e em 3.10.2016 tomou posse como Vice-Presidente Judicial, eleito para o biê-nio em sequência.

Publicou, ainda, um Manual de Direito e Processo do Trabalho, bem como doze fitas de estudos, em um Programa de Direito a Distância do IBDC — Instituto Brasileiro de Direito Constitucional.

Publica artigos em revistas e jornais especializados e é coautor da obra 10 Anos de Constituição — Uma Análise, ano 1998, pela Editora Celso Bastos.

Também participou da elaboração do primeiro livro da Academia Paulista de Direito, contribuindo com o capítulo “Temas Atuais de Direito”, sob

— 8 —

a coordenação dos professores Rogério Donnini e Roque Antonio Carrazza, pela Editora Malheiros, lançado em 2008; do livro Curso de Direito Processual do Trabalho — em homenagem ao professor Pedro Paulo Teixeira Manus, de 2008, LTr. Teve publicada na Revista Arquivos, vol. 31, em 2008, do Instituto Cesarino Júnior, seu trabalho como um dos representantes brasileiros no 7º Congresso Regional Americano de Direito do Trabalho e da Seguridade Social, realizado na República Dominicana em 2007.

Cofundador da primeira Revista Cultural da AMATRA da 2ª Região, voltada para os temas jurídicos.

Sócio das seguintes instituições: a) Instituto Brasileiro de Direito Constitucional; b) Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Júnior, Seção Brasileira da Société Internationale de Droit du Travail et de la Sécurité Sociale; e c) Instituto dos Advogados de São Paulo — IASP.

Eleito para a Cadeira de n. 74 da Academia Paulista de Direito, em 2001.Membro do Conselho Científico da Revista de Direito Privado, editada

pela Revista dos Tribunais. Coordenador do curso de Pós-Graduação lato sensu de Direito

Internacional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professor orientador de mestrado e doutorado da Pós-Graduação da PUC-SP.

Em 2007, lançou o livro A (Des) Ordem Internacional — ONU: uma vocação para a paz.

Sócio fundador da Comunidade de Juristas de Língua Portuguesa – CJLP, em Lisboa, Portugal, em 12/2009.

Publicou ainda o livro de Direito Internacional Público e Privado do Trabalho, pela LTr, 2ª edição, agora no prelo para a 3ª edição.

Fora do campo do Direito tem desenvolvido atividade literária, sendo coautor de dois livros de poesia: um editado pela Shan Editores, Ordem da Confraria dos Poetas, recebendo prêmio da referida Ordem, título do livro, em 1999, e outro, Escritos Feitos de Amor, da Editora Casa do Novo Autor, em 2003.

Nesse mesmo ano (2003), lançou Metal Invisível, poesias, pela Ieditora.Em 2005, lançou outro livro de poesias, O Cavalo da Escrita — Um

Caso de Incorporação, pela Giz Editorial.Publicou seu primeiro livro de contos, também pela Editora Giz, em março

de 2010, Sob um céu de vidro — ou quarenta e seis contos e alguns trocados. Publicou em 2012 o livro de Poesias Latipac — A Cidade e seus

Espelhos, pela editora Giz Editorial.

— 9 —

NOTA EXPLICATIVA

Este livro é o resultado de aulas proferidas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e tem a finalidade de servir de subsídio aos estudos do Direito Internacional Público, não dispensando os consagrados mestres da matéria. Serve como porta de entrada ao Direito Internacional para os noviciados.

Não houve, por parte do autor, a preocupação com teses e teorias, na profundidade que merecem, porque o objetivo foi dar ao interessado uma visão básica dessa área do Direito.

Esta é uma 14ª edição, melhorada com as modificações ocorridas nos últimos anos e com o acréscimo, por consequência, de novos parágrafos e itens, em quase toda a extensão do livro.

Atualizamos, embora a dinamicidade das relações internacionais, os dados sobre todas as matérias aqui inseridas, referentes, por exemplo, à União Europeia, ao Mercosul, à ONU, ao Direito Marítmo, ao Direito Tributário um melhor estudo sobre o espaço territorial na composição do Estado soberano, sob a ótica da globalização. Também encetamos referências sobre à Amazônia azul, à zona costeira e outras, uma vez que de um para outro ano e no entremeio das edições mudam-se composições de órgãos, a amplitude de algumas figuras jurídicas e os acontecimentos terminam por imprimir rumos diversos ao que antes parecia certo e acabado.

Não se trata, efetivamente, de uma matéria que tenha um código pre-determinado e figuras jurídicas definitivamente concretizadas. Os próprios conceitos teóricos de soberania, integração, direitos e deveres internacionais parecem sofrer novos coloridos com o surgimento de fatos político-jurídicos, que lhes conformam sob ótica diversa. Não significa que o Direito Interna-cional mude com os ventos sociais, mas lida com estruturas fundantes da sociedade, que estão a merecer um raciocínio adequado ao avanço da Filo-sofia do Direito, do Direito Constitucional Moderno e da Política Internacional, porque, em grande parte, o Direito Internacional é sempre a leitura e cons-trução do sistema internacional, idealizado por uns, negado por outros, mas que, indubitavelmente, acreditamos, apresenta caminhos e pilares básicos, impossíveis de serem olvidados, até pelos mais críticos.

Para tanto, buscou-se a distribuição didática dos temas. É uma 14ª edição, que conservou e ampliou os temas acrescentados nas edições anteriores, além de adicionar um novo caminho de compreensão da sociedade internacional pela teoria da Psicanálise.

— 10 —

Nosso editor é que deve ter paciência com tais acréscimos, imprescindíveis, para manter a atualização.

Por tais motivos, acreditamos que o Direito Internacional ditará as bases do pensamento jurídico dos tempos vindouros. É o instrumento, por excelência, para obstar os efeitos maléficos do mundo globalizado e implementar suas benesses.

Com este propósito, é que vem a público, estando o autor aberto a críticas e sugestões.

Como é possível observar, o que dissemos na nota explicativa da edição anterior, continua valendo para esta nova edição. Não escondemos que o livro se apresenta como um manual, com a pretensão evolução de se transformar numa obra mais volumosa, porquanto inserimos, desde a última edição, temas que não cabem em um simples manual.

Preocupamo-nos com o estudioso em geral, mas, principalmente, aquele que está no bacharelado do Direito.

A vocação deste curso é didática, sem grandes voos teóricos, e com isto, cumprimos a finalidade de instrumentalizar o estudante para atraí-lo na análise e estudo do Direito Internacional.

— 11 —

SUMÁRIO

CAPÍTULO I — INTRODUÇÃO. NOÇÕES GERAIS

1. A sociedade internacional. Conceito. Elementos........................................... 211.1. Sociedades internas e sociedade internacional: Características ........... 241.2. Sociedade internacional. Instinto gregário. Pulsões .............................. 25

2. Sociedade e Direito Internacional: algumas teorias justificadoras ................ 263. Direito Internacional. Conceito, caracteres ................................................... 274. Esboço histórico ............................................................................................ 31

4.1. Gestão do Direito Internacional Contemporâneo ................................... 325. Fundamentos, autores, nomenclatura .......................................................... 346. Matérias de Direito Internacional e outras. Conceitos. Abrangência. Relações

entre as matérias .......................................................................................... 406.1. Direito Internacional Privado .................................................................. 406.2. Direito do Comércio Internacional ......................................................... 416.3. Direito Administrativo Internacional ....................................................... 426.4. Direito Internacional do Trabalho .......................................................... 42

6.4.1. Direito Internacional Privado do Trabalho..................................... 426.4.2. Direito Internacional Processual do Trabalho ............................... 43

6.5. Direito Penal Internacional .................................................................... 436.6. Direito da Integração e Direito Comunitário .......................................... 436.7. Direitos Humanos e Direito Humanitário ............................................... 44

6.7.1. Direitos Fundamentais .................................................................. 456.8. Direito Internacional Tributário / Direito Tributário Internacional ........... 456.9. Direito Internacional do Meio Ambiente ................................................ 466.10. Direito Internacional Econômico .......................................................... 466.11. Direito Marítimo. Direito Público Internacional Marítimo e Direito do

Mar ....................................................................................................... 476.11.1. Direito Internacional Privado Marítimo ...................................... 47

6.12. Direito Cósmico/Sideral ........................................................................ 487. Fontes e princípios de Direito Internacional ................................................. 48

7.1. Costumes ............................................................................................... 497.2. Tratados ................................................................................................. 517.3. Princípios ............................................................................................... 51

8. Codificação ................................................................................................... 53Quadro sinótico ................................................................................................ 54

— 12 —

CAPÍTULO II — DIREITO INTERNO E DIREITO INTERNACIONAL. TEORIAS

1. Direito Internacional e Direito Interno ........................................................... 562. Dualismo ....................................................................................................... 563. Monismos ..................................................................................................... 58

3.1. Monismo jusnaturalista ......................................................................... 603.2. Monismo lógico ..................................................................................... 613.3. Monismo histórico ................................................................................. 613.4. Monismo interno .................................................................................... 623.5. Monismo internacional radical ............................................................... 623.6. Monismo internacional moderado ......................................................... 62

4. Teorias conciliatórias .................................................................................... 625. Teorias dos sistemas ..................................................................................... 636. Conclusão ..................................................................................................... 66Quadro sinótico ................................................................................................ 69

CAPÍTULO III — SUJEITOS INTERNACIONAIS

1. Noções .......................................................................................................... 702. Classificação dos sujeitos ............................................................................. 703. Estados.......................................................................................................... 72

3.1. Tipos de Estados .................................................................................... 744. Organismos internacionais ............................................................................ 755. Outras coletividades ...................................................................................... 756. Indivíduos ...................................................................................................... 80Quadro sinótico ................................................................................................. 84

CAPÍTULO IV — TRATADOS

1. Conceito ........................................................................................................ 862. Elementos...................................................................................................... 863. Terminologia ................................................................................................. 884. Classificação. Tratados em espécie ............................................................. 885. Procedimento para o texto convencional ..................................................... 93

5.1. Noções .................................................................................................. 935.1.1. Capacidade .................................................................................. 945.1.2. Habilitação dos agentes signatários ............................................ 945.1.3. Consentimento mútuo .................................................................. 955.1.4. Objeto lícito e possível ................................................................. 96

— 13 —

5.2. Assinatura ............................................................................................. 965.3. Ratificação ............................................................................................ 985.4. Adesão .................................................................................................. 995.5. Reservas ............................................................................................... 995.6. Duração do tratado ............................................................................... 102

6. Estrutura do tratado ...................................................................................... 1027. Entrada em vigor. Execução. Efeitos Difuso, aparente (cláusula da nação

mais Favorecida), de direitos e de obrigações para terceiros. Extinção ....... 1037.1. Vigência ................................................................................................ 1037.2. Efeitos dos tratados sobre terceiros ...................................................... 104

7.2.1. Efeito difuso ................................................................................. 1057.2.2. Efeito aparente (cláusula de nação mais favorecida) .................. 1057.2.3. Efeito de direitos para terceiros ................................................... 1057.2.4. Efeito de obrigações para terceiros ............................................. 105

7.3. Extinção ................................................................................................ 1068. Tratados sucessivos ...................................................................................... 1099. Hermenêutica na aplicação dos tratados ...................................................... 110

9.1. Literal/Gramatical ................................................................................... 1109.2. Teleológico ............................................................................................. 1109.3. Sistemático ............................................................................................. 1119.4. Histórico ................................................................................................. 111

10. Controle de convencionalidade ................................................................... 11210.1. Sistema de controle de Constitucionalidade ........................................ 115

Quadro sinótico ................................................................................................ 116

CAPÍTULO V — O TRATADO NO BRASIL

1. Fundamentos gerais ..................................................................................... 1182. Fundamentos internos .................................................................................. 1183. Posição do Brasil .......................................................................................... 119

3.1. Tratados de Direitos Humanos .............................................................. 1223.2. Tratados em matéria tributária/Direito Internacional Tributário .............. 124

3.2.1. Aplicação do Tratado e o Direito Interno....................................... 1243.2.2. O Direito Tributário Internacional e o conflito de leis no espaço .. 129

4. Procedimento para a aprovação interna ...................................................... 131Quadro sinótico ................................................................................................ 133

CAPÍTULO VI — ESTADOS

1. Nascimento. Reconhecimento do Estado e do Governo .............................. 1342. Extinção e sucessão ..................................................................................... 137

— 14 —

3. Direitos inatos e adquiridos. Deveres, intervenção e restrições ................... 1394. Responsabilidade internacional do Estado. Isenções. Reparação .............. 1425. Jurisdição. Nacionais e estrangeiros. Aquisição da nacionalidade. Deportação,

expulsão, extradição e asilo político ............................................................. 147Quadro sinótico ................................................................................................ 156

CAPÍTULO VII — ESTADO (TERRITÓRIO)1. Território. Modos de aquisição ...................................................................... 1582. Domínio fluvial .............................................................................................. 159

2.1. Princípio da Utilização Equitativa e Razoável das Águas ...................... 1602.2. Princípio da Participação Equitativa e Razoável dos Estados ............... 1612.3. Princípio da Utilização Ótima e Sustentável .......................................... 1622.4. Princípio da Obrigação de não causar Danos Significativos aos Cursos

de Água Internacionais ........................................................................... 1622.5. Princípio da Obrigação Geral de Cooperar ............................................ 1632.6. Princípio do Intercâmbio Regular de Dados e de Informação ............... 1632.7. Princípio da Satisfação das Necessidades Humanas Vitais .................. 163

3. Domínio marítimo ......................................................................................... 1643.1. Mar territorial ......................................................................................... 1643.2. Zona contígua ....................................................................................... 1653.3. Zona marítima de pesca e zona econômica exclusiva .......................... 1653.4. Plataforma continental ........................................................................... 166

4. Mares internos — águas — lagos ................................................................ 1674.1. Estreitos e canais ................................................................................... 1674.2. O solo marítimo ...................................................................................... 167

5. Amazônia Azul .............................................................................................. 1686. Zona Costeira ................................................................................................ 1687. Alto-mar ........................................................................................................ 169

7.1. Princípio da liberdade de alto-mar ......................................................... 1697.2. Direitos do Estado em alto-mar .............................................................. 169

8. Domínio aéreo ............................................................................................... 1709. Direito de navegação .................................................................................... 171

9.1. Aeronaves .............................................................................................. 1719.2. Navios .................................................................................................... 173

10. Estados sem litoral e os geograficamente desfavorecidos ......................... 175Quadro sinótico ................................................................................................ 175

CAPÍTULO VIII — ESPAÇOS INTERNACIONAIS1. Conceito ........................................................................................................ 1772. Nova Conceituação de tais espaços ............................................................. 177

— 15 —

3. Espaços Comuns/Extraterritoriais/Internacionais .......................................... 1774. Territórios Internacionalizados ....................................................................... 179

4.1. Cidade de Tanger ................................................................................... 1794.2. Cidade de Gdansk ................................................................................. 1794.3. Cidade de Trieste ................................................................................... 1804.4. Ilha de Irian ocidental ............................................................................. 180

5. Alto-mar ......................................................................................................... 1806. Fundo Oceânico ............................................................................................ 1817. Espaço Ultraterrestre..................................................................................... 1828. Domínios Polares .......................................................................................... 185

8.1. Polo Sul/Antártico ................................................................................... 1858.2. Polo Norte/Ártico .................................................................................... 187

9. Conclusão...................................................................................................... 187

CAPÍTULO IX — ESTADO: ÓRGÃOS DE RELAÇÃO EXTERNA

1. Diplomacia. Conceito .................................................................................... 1881.1. Diplomacia secreta ................................................................................ 1891.2. Diplomacia bilateral ............................................................................... 1891.3. Diplomacia multilateral .......................................................................... 1891.4. Diplomacia de cúpula ............................................................................ 1891.5. Diplomacia econômica e comercial ....................................................... 1901.6. Diplomacia do Estado empresário ........................................................ 190

2. Representação do Estado ............................................................................ 1903. Ministério das Relações Exteriores .............................................................. 1924. Relacionamento externo ............................................................................... 1925. Agentes diplomáticos .................................................................................... 1956. Agentes consulares ...................................................................................... 1977. Renúncia e imunidade de jurisdição (processo nas embaixadas e consu-

lados) ............................................................................................................ 1988. Princípios sobre relações exteriores ............................................................ 201

8.1. Independência nacional ........................................................................ 2018.2. Prevalência dos direitos humanos ........................................................ 2028.3. Autodeterminação dos povos ................................................................ 2028.4. Não intervenção .................................................................................... 2028.5. Igualdade entre os Estados .................................................................. 2028.6. Defesa da paz ....................................................................................... 2028.7. Solução pacífica dos conflitos ............................................................... 202

— 16 —

8.8. Repúdio ao terrorismo e ao racismo ..................................................... 2038.9. Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade ............ 2038.10. Concessão de asilo político ................................................................ 2038.11. Integração da América Latina .............................................................. 203

Quadro sinótico ................................................................................................ 203

CAPÍTULO X — O ESTADO E A SOBERANIA

1. Noção de soberania ..................................................................................... 2052. Escorço histórico .......................................................................................... 2073. Características do Estado atual .................................................................... 2084. Características da soberania ........................................................................ 2095. A Constituição e a soberania no mundo moderno ......................................... 210Quadro sinótico ................................................................................................ 212

CAPÍTULO XI — AS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

1. Conceito. Elementos. Classificação ............................................................. 2132. Responsabilidade internacional..................................................................... 2173. ONU — Organização das Nações Unidas .................................................... 2184. OIT — Organização Internacional do Trabalho ............................................. 2245. UNESCO — Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e

Cultura ............................................................................................................ 2256. OMS — Organização Mundial de Saúde ...................................................... 2257. FAO — Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura .. 2258. OMM — Organização Meteorológica Mundial............................................... 2259. UPU — União Postal Universal ..................................................................... 22610. AIEA — Agência Internacional de Energia Atômica .................................... 22611. FMI — Fundo Monetário Internacional ........................................................ 22612. BIRD — Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento ........... 22613. AID — Associação Internacional de Desenvolvimento ................................ 22614. SFI — Sociedade Financeira Internacional ................................................. 22615. UIT — União Internacional de Telecomunicações ....................................... 22716. IMCO/IMO — Organização Intergovernamental Marítima Consultiva ou

International Maritime Organization ............................................................ 22717. OACI — Organização da Aviação Civil Internacional .................................. 22718. OMPI — Organização Mundial da Propriedade Intelectual ......................... 22719. UNCTAD — Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvol-

vimento ou United Nation Conference on Trade and Development ............ 227

— 17 —

20. UNIDO — Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial ou United Nations Industrial Development Organization ............. 227

21. FIDA — Conferência das Nações Unidas para a Criação de um Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura ............................. 228

22. GATT — Acordo Geral de Tarifas e Comércio ou General Agreement on Tariffs and Trade ........................................................................................... 228

23. OMC — Organização Mundial de Comércio ............................................... 22824. Outras organizações .................................................................................. 228Quadro sinótico ................................................................................................ 233

CAPÍTULO XII — AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS — ONGS

1. Noções gerais ............................................................................................... 2352. História e classificação ................................................................................. 2363. Espécies ....................................................................................................... 238Quadro sinótico ................................................................................................ 240

CAPÍTULO XIII — DIREITO DA INTEGRAÇÃO

1. Globalização/Regionalização. Noções ......................................................... 2412. Interdependência .......................................................................................... 2433. Fases da integração ..................................................................................... 244

3.1. Zona de livre comércio .......................................................................... 2443.2. União aduaneira .................................................................................... 2443.3. Mercado comum ................................................................................... 2453.4. União econômica e monetária .............................................................. 2453.5. União política ........................................................................................ 246

4. Direito comunitário ........................................................................................ 246Quadro sinótico ................................................................................................ 247

CAPÍTULO XIV — A UNIÃO EUROPEIA. ASPECTOS GERAIS

1. Esboço histórico ........................................................................................... 2492. Realizações .................................................................................................. 2523. União Europeia ............................................................................................. 2564. Estrutura jurídica .......................................................................................... 258

4.1. Comissão Europeia ............................................................................... 2584.2. Conselho de Ministros ........................................................................... 259

— 18 —

4.3. Tribunal de Justiça ................................................................................ 2594.4. Parlamento Europeu ............................................................................. 2604.5. Comitê Econômico e Social e Comitê Consultivo da CECA ................. 2614.6. Tribunal de Contas ................................................................................ 261

5. Finalidade das instituições ........................................................................... 2625.1. Atos comunitários .................................................................................. 2625.2. Outras Considerações ........................................................................... 263

Quadro sinótico ................................................................................................. 265

CAPÍTULO XV — A AMÉRICA LATINA. MERCOSUL

1. Relações internacionais na América Latina. Esboço histórico ..................... 2662. Mercosul. Negociação e implantação ........................................................... 272

2.1. Instituição ............................................................................................... 2742.2. Órgãos e funcionamento ....................................................................... 2762.3. Mecanismo ............................................................................................ 2822.4. Relações de trabalho ............................................................................ 2862.5. Relações com outras comunidades ...................................................... 2902.6. Ampliação .............................................................................................. 2912.7. Instrumentos fundamentais ................................................................... 291

Quadro sinótico ................................................................................................ 292

CAPÍTULO XVI — A ORGANIZAÇÃOINTERNACIONAL DO TRABALHO

1. Gênese da instituição. Objetivo .................................................................... 2942. Estrutura ....................................................................................................... 2973. Funcionamento ............................................................................................. 2994. Convenções ratificadas pelo Brasil .............................................................. 302Quadro sinótico ................................................................................................ 306

CAPÍTULO XVII — LITÍGIOS INTERNACIONAIS. SOLUÇÕES DIPLOMÁTICAS, JURÍDICAS E COERCITIVAS. GUERRA

1. A sociedade internacional e os litígios .......................................................... 3072. Soluções na Carta das Nações Unidas ........................................................ 307

2.1. Meios diplomáticos ................................................................................ 3082.2. Meios jurisdicionais ............................................................................... 3092.3. Soluções políticas ................................................................................. 3122.4. Meios coercitivos ................................................................................... 312

3. Guerra .......................................................................................................... 315

— 19 —

4. Tipos de guerra ............................................................................................. 3175. Guerra interna e internacional ...................................................................... 3206. Neutralidade ................................................................................................. 3207. Término da guerra ........................................................................................ 3228. Conceitos sobre a guerra ............................................................................. 3229. Conflitos localizados ..................................................................................... 32310. O objetivo da paz ........................................................................................ 323Quadro sinótico ................................................................................................ 326

CAPÍTULO XVIII — CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA

1. CIJ e CPJI ..................................................................................................... 3282. Formação da Corte........................................................................................ 3283. Ideal da Justiça Internacional ........................................................................ 3294. Competência Contenciosa e Consultiva........................................................ 330Quadro sinótico ................................................................................................. 331

CAPÍTULO XIX — TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E CORTES SIMILARES

1. Fundamentos ................................................................................................ 3322. Precedentes ................................................................................................. 3333. Tribunal de Nuremberg e de Tóquio ............................................................. 3344. Tribunal para ex-Iugoslávia .......................................................................... 3365. Tribunal para Ruanda ................................................................................... 3366. Tribunal Penal Internacional ......................................................................... 336Quadro sinótico ................................................................................................ 342

CAPÍTULO XX — SEGURANÇA, TERRORISMO E NOVOS PARADIGMAS INTERNACIONAIS

1. Segurança coletiva ....................................................................................... 3431.1. Operações de paz ................................................................................. 3441.2. Operações multidisciplinares ................................................................ 344

2. Terrorismo internacional ............................................................................... 3453. Novos atores internacionais ......................................................................... 346Quadro sinótico ................................................................................................ 348

CAPÍTULO XXI — DA INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA

1. Explicação inicial ........................................................................................... 3492. Conceito ....................................................................................................... 3493. Elementos...................................................................................................... 350

— 20 —

4. Algumas justificativas teóricas e históricas para a intervenção ..................... 3505. Outras Figuras Similares à Intervenção Humanitária .................................... 351

5.1. Assistência Humanitária e Auxílio ou Ajuda Humanitária ........................ 3515.2.Ingerência humanitária ............................................................................. 3525.3. Intervenção democrática ......................................................................... 3535.4. Intervenção a favor de nacionais no estrangeiro .................................... 354

6. Guerra Preventiva ......................................................................................... 3547. Conclusão...................................................................................................... 355

CAPÍTULO XXII — O HOMEM. ASPECTOS INTERNACIONAIS

1. Situando o problema .................................................................................... 3562. A personalidade jurídica do Homem ............................................................. 3583. Direitos do Homem consagrados na ONU ................................................... 3584. Documentos históricos sobre os direitos humanos ...................................... 3595. Exercício dos direitos humanos .................................................................... 3646. Biodireito e direitos humanos ........................................................................ 366Quadro sinótico ................................................................................................ 371

CAPÍTULO XXIII — DIREITO INTERNACIONAL E MEIO AMBIENTE

1. Noções gerais ............................................................................................... 3722. Direitos específicos ...................................................................................... 3753. Poluição dos espaços. Futuro ...................................................................... 376Quadro sinótico ................................................................................................ 378

CAPÍTULO XXIV — RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS. NOÇÕES

1. Considerações iniciais ................................................................................... 3792. Escorço histórico ........................................................................................... 3803. Direito Internacional e Direito Internacional Econômico ................................ 3814. Princípios e normas da NOEI ....................................................................... 3825. Conteúdo econômico dos tratados internacionais......................................... 3846. Definições ...................................................................................................... 385

6.1. Empresas transnacionais ....................................................................... 3856.2. Nacionalização de empresas ................................................................. 3866.3. Contratos entre Estados e estrangeiros ................................................. 3866.4. A transferência de tecnologia ................................................................. 3876.5. Direito Internacional do Desenvolvimento .............................................. 3876.6. Perspectivas ........................................................................................... 389

Quadro sinótico ................................................................................................. 390

Bibliografia ...................................................................................................... 393

— 21 —

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO. NOÇÕES GERAIS

1. A sociedade internacional. Conceito. Elementos. 1.1. Sociedades internas e sociedade internacional: Características. 1.2. Sociedade internacional. Instinto gregário. Pulsões. 2. Sociedade e Direito Internacional: algumas teorias jus-tificadoras. 3. Direito Internacional. Conceito, caracteres. 4. Esboço histórico. 5. Fundamentos, autores, nomenclatura. 6. Matérias de Direito Internacional e outras. Conceitos. Abrangência. Relações entre as matérias: 6.1. Direito Interna-cional Privado; 6.2. Direito do Comércio Internacional; 6.3. Direito Administrativo Internacional; 6.4. Direito Internacional do Trabalho; 6.4.1. Direito Internacional Privado do Trabalho; 6.4.2. Direito Internacional Processual do Trabalho; 6.5. Direito Penal Internacional; 6.6. Direito da Integração e Direito Comunitário; 6.7. Direitos Humanos e Direito Humanitário; 6.8. Direito Internacional Tributário. Di-reito Tributário Internacional; 6.9. Direito Internacional do Meio Ambiente; 6.10. Direito Econômico Internacional; 6.11. Direito Marítimo, Direito Público Interna-cional Marítmo e Direito do Mar. 6.11.1. Direito Internacional Privado Marítimo. 6.12. Direito Cósmico/Sideral. 7. Fontes e princípios de Direito Internacional. 7.1. Costumes. 7.2. Tratados. 7.3. Princípios. 8. Codificação. Quadro sinótico.

1. A sociedade internacional. Conceito. Elementos

Quando se fala em sociedade tem-se em mente o conjunto de pessoas cujo comportamento se desenvolve em determinado espaço territorial, com padrões culturais comuns(1).

Provém a sociedade de estágios históricos de convivência humana como a família, o grupo de famílias, as comunidades, e entre suas caracte-rísticas principais temos: a permanência de seus membros, a organização e um objetivo comum.

(1) “Quem quer que tenha observado a transformação de um agregado casual em sociedade testemunhará que essa transformação abrange dois processos fundamentais: 1) acomodação e organização do comportamento dos indivíduos, seus componentes; e 2) desenvolvimento de uma consciência de grupo, um sentimento de unidade. Normalmente, a transformação começa pela divisão de atividades a determinados indivíduos. Este processo é muitas vezes inconsciente e frequentemente se dá por meio de tentativas e erros, até que os vários membros do agregado encontrem o trabalho que lhes é mais adequado e que melhor podem executar. À medida que a divisão de atividade se faz e se estabiliza, há um correspondente aumento de independência dos membros do grupo e um desenvolvimento de atitudes e padrões de comportamentos habituais. A conduta recíproca dos indivíduos torna-se cada vez mais previsível e sua cooperação cada vez mais completa e eficiente.” (LINTON, Ralph. O homem — Uma introdução à antropologia, p. 114-115)

— 22 —

Darcy Azambuja ensina que a sociedade é a união moral de seres racionais e livres, organizada de maneira estável e eficaz para realizar um fim comum e conhecido de todos(2).

Fácil apontar a sociedade circunscrita em um território como aquela a que pertencemos, dentro de um Estado. O Brasil forma uma sociedade específica, apesar das diferenças regionais, como ocorre em outros países. Entretanto, falar de uma sociedade internacional importa esforço de abstração.

Quais os elementos que formariam uma sociedade internacional?Ora, se se trata de uma sociedade, necessariamente, tais elementos são os

mesmos das sociedades internas: permanência, organização e objetivo comum.O fenômeno comunicativo, entendido não só nos estritos parâmetros da

linguagem falada ou escrita, mas nos gestos, sinais, símbolos, etc., ocorre num só espaço físico — o mundo —, repleto de artefatos radiofônicos e televisivos.

Hoje, muitos anseios e preocupações humanas constituem pontos comuns da América à Europa, desta à Ásia, da Ásia ao continente africano. Há uma prática reiterada de iguais hábitos e iguais padrões de comportamento em diversos locais do Planeta. Não se pode deixar de ver no ser humano um único ser, cada vez mais parecido.

Esse fato deve-se ao grande desenvolvimento das comunicações. Espantoso assistir pela televisão ao momento do ataque aéreo na guerra entre dois países, com explicações do repórter, que em poucas horas de voo se deslocou de seu trabalho ou de sua residência e chegou à cena dos acontecimentos.

Ramonet(3) aponta dois paradigmas atuais que configuram a sociedade internacional: o mercado e a comunicação.

Não há como desenvolvermos esta complexa temática neste simples curso, mas vale a pena a reflexão, para dizer que se mostra correta a análise do doutrinador, posto que o chamado “mercado” — cerne e alma da globalização – nos dias de hoje, quase é reconhecido como uma entidade, e para alguns, perfeitamente identificável.

Por outro lado, o esgarçamento das fronteiras torna o mundo quase que uma realidade territorial única, o que faz repensar os conceitos ligados ao espaço físico, como componente objetivo do Estado e da existência de sua soberania.

Mais espantoso ainda é a velocidade das informações via internet, que no mesmo segundo atravessa o mundo e provoca reações, respostas, e produz efeitos jurídicos, validamente apreciáveis ou não. Pode-se praticar

(2) Teoria geral do Estado, p. 2.(3) RAMONET, Ignácio, Geopolítica do caos, Petrópolis: Editora Vozes, 1998, p. 65/66.