Curso de E1

Embed Size (px)

Citation preview

Curso de E1

215.1021.00-3 Rev. 04

1

1.

INTRODUO

As comunicaes digitais baseadas em sinais modulados por cdigo de pulsos (PCM), tornaram-se importantes no mundo inteiro. A hierarquia digital plesicrona (PDH), atualmente em uso, apresenta variaes regionais quanto s estruturas dos multiplexadores. Nos Estados Unidos, Canad e Japo, por exemplo, os sistemas de comunicao PCM so baseados em estruturas de 24 canais. J na Europa e no Brasil, o sistema empregado tem 30 canais. Os dois sistemas de comunicao PCM recomendados pelo ITU-T, T1 (1544 Mbits/s) e E1 (2048 Mbits/s), transmitem respectivamente 24 e 30 canais de dados ou voz em cada direo, formando um sinal multiplexado no tempo (TDM). O PCM 24 (T1) e o PCM 30 (E1) so conhecidos como sistemas primrios, e formam a base para a hierarquia digital plesiossncrona.

2.

MODULAO POR CDIGO DE PULSO - PCM

Uma grande parte dos sinais que so processados em uma rede de telecomunicaes so sinais analgicos, tal como, por exemplo, o sinal produzido pelo microfone do aparelho telefnico. Para realizar o processamento digital destes sinais, necessrio convert-los para um formato digital. A tcnica mais conhecida e utilizada para realizar a converso de um sinal analgico em digital a modulao por cdigo de pulso, abreviadamente denominada por cdigo PCM - Pulse Code Modulation. A modulao PCM consiste basicamente de trs operaes separadas: amostragem, quantizao e codificao. Para a aplicao da tcnica PCM, o sinal deve ser amostrado em intervalos regulares de tempo, cujo processo denominado como amostragem. Um ponto importante da transformada, o critrio de Nyquist, que especifica que um sinal precisa ser amostrado pelo menos duas vezes em cada ciclo de variao, isto , a freqncia de amostragem (freqncia de Nyquist) precisa ser no mnimo o dobro da maior freqncia presente no sinal. Se no for observado o critrio, os sinais de mais alta freqncia sero erroneamente registrados como de baixa freqncia, fenmeno chamado de alias. Para nosso estudo vamos considerar que a nossa freqncia de amostragem muito maior que a freqncia mxima do sinal. Uma vez definidos os intervalos em que iremos ler o sinal, podemos ver que de uma amostra at outra, o sinal continua a variar. O processo de quantizao estipula que uma vez lido o sinal, este no varia at que seja feita outra amostra. A unio dos processos de amostragem e quantizao conhecida como sample & hold. Evidentemente possvel ver que o sinal amostrado e quantizado j est bem diferente do nosso sinal analgico inicial. O erro entre estes dois sinais chamado de erro de quantizao. Uma vez quantizado o sinal, necessrio codificar o sinal em uma seqncia que possa ser lida pelos dispositivos digitais. Portanto, nosso sinal analgico, uma vez digitalizado ficar aproximadamente assim: 101100011101 (Seqncias de zeros e uns).

2

Digitalizado, o sinal pode ser transmitido, comutado e retrabalhado de forma digital. Para recuperar o sinal analgico basta simplesmente inverter o processo, submetendo o sinal digital por um decodificador e em seguida uma filtragem. Os dispositivos PCM usados j vem integralizados com todas as funes de amostragem, quantizao, codificao e decodificao. O CODEC o nome dado a este dispositivo que possui um conversor digital analgico e outro conversor analgico digital no mesmo circuito integrado. O nome deste dispositivo dado pela suas funes codificar (CO) e decodificar (DEC) o sinal. O codec normalmente possui um sistema interno para controlar os dois conversores, circuitos sample & hold sincronizados com uma freqncia externa e filtros. Pela figura 1 podemos ver basicamente todo o processo realizado pelo codec.

Figura 1 Na tcnica Modulao por Cdigo de Pulso (PCM), a amplitude de cada amostra de sinal representada por um cdigo de vrios bits, sendo os bits transmitidos atravs de pulsos. Desta forma as deformaes na largura e/ou altura do pulso passam a ser irrelevantes desde que se possa distinguir claramente a presena e ausncia de um pulso, conforme mostra a figura 2.

Figura 2

3

3.

COMUTAO DIGITAL

A comutao digital feita atravs da multiplexao de canais, onde cada canal contm a palavra de cdigo de uma informao, nas chamadas Linhas de Multiplexao Temporal (LMT) ou (TDM). As taxas de multiplexao mais utilizadas na comutao so as de 32 canais (2 Mbps) e de 128 canais (8 Mbps). A taxa de amostragem de cada time slot (ou canal) de 8kHz, portanto o mesmo time slot ser transmitido novamente aps 125us (1/8kHz), depois da sua ltima transmisso, e contm apenas as palavras de cdigo PCM referentes a um determinado canal de voz, conforme a figura 3.

Figura 3 4. TRONCO DIGITAL

O tronco digital o circuito que permite levarmos a tecnologia de multiplexao no tempo para a conexo com a operadora. Desta forma, utilizando-se dois pares de cobre, destes usados para os troncos analgicos, pode-se estabelecer a conexo operadora atravs de 30 troncos. Um par utilizado para transmisso dos 30 troncos e o outro utilizado para a recepo dos mesmos. O tronco digital composto de 30 troncos. Estes ocupam um quadro, sobrando 2 canais para controle e sinalizao. Os canais de controle e sinalizao so o 0(zero) e o 16, sendo este ltimo diferenciado ao longo de 16 quadros. Este quadro do tronco digital mais conhecido como PCM30 ou E1.

5.

E1

padronizado pelo ITU-T para transmisso sncrona a 2048 bits atravs das normas G.704 e G.703. G.704 Trata de Estruturas Sncronas de Quadro usadas em nveis hierrquicos Primrio e Secundrios. G.703 Trata de Caractersticas Fsicas/Eltricas de Interfaces Digitais Hierrquicas. Para cada um dos canais de conversao so enviadas nos 2 sentidos 8000 amostras por segundo em forma de palavras de cdigos de 8 bits. Em cada sentido haver a transmisso de 30 palavras de cdigo de 8 bits dentro de 125 s (valor inverso de 8 KHz).

4

A essas 30 palavras de cdigo somam-se 2 x 8 bits: 8 bits para sinalizao e 8 bits para alinhamento, que contm alternadamente, uma palavra de alinhamento do quadro e uma palavra de servio. As 30 palavras de cdigo formam, com os 2 x 8 bits, um quadro de pulsos. Os quadros de pulsos so transmitidos, obrigatoriamente, em ordem sucessiva. O quadro tem comprimento de 256 bits. A taxa de repetio do quadro de 8 KHz. Assim temos a velocidade: 8000 quadros/s = 8000 256 bits/s = 2.048.000 bits/s = 2048 Kbps A durao de um quadro de 125 s, pois: 1s / 8000 quadros = (125 x 10-6) / 1 quadro Cada time-slot acomoda 1 canal cuja velocidade : 2048 Kbps / 32 = 64 Kbps 5.1. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DO SINAL E1: 8 KHz 8000 amostras por segundo 1/b = 1/8000 = 125 s 8 b d = 8000/s 8 bits = 64 Kbits/s 32 d f = 8 32 = 256 bits (c d)/g = (125 s 8)/256 = 3,9 s (aprox.)

a) Freqncia de amostragem b) Nmero de amostras do sinal c) Comprimento do quadro PCM d) Nmero de bits em cada palavra de cdigo e) Taxa de bits de cada canal f) Nmero de intervalos de tempo por quadro PCM g) Nmero de bits por quadro PCM h) Comprimento de um intervalo de tempo de 8 bits

i) Taxa de bits de um sinal multiplexado no 8000/s 256 bits = 2048 Kbps tempo

5.2.

ESTRUTURA DO SINAL E1

O sinal E1 estruturado conforme representado na figura 4.

CANAL

Figura 4

5

5.2.1. CANAL ou TIME SLOT: Cada canal consiste de 8 bits, onde temos o controle, sinalizao ou a informao do udio. A durao do canal de 3,9 s. bit 7 1 bit 6 0 bit 5 0 bit 4 1 bit 3 1 bit 2 0 bit 1 1 bit 0 0

5.2.2. QUADRO: Conjunto de 32 canais numerados de zero a 31, sendo 30 de udio e 2 de controle que se repete no tempo. A durao do quadro de 125 s.

Figura 5 Canal zero (time slot 0) - usado para alinhamento de quadro. Por meio do alinhamento sabemos onde comea e termina cada quadro. As palavras de alinhamento do quadro sincronizam o emissor e o receptor do sistema. Nos quadros pares (0, 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14) corresponde ao byte 10011011 (conhecido como sinal de alinhamento de quadro - FAS), nos quadros impares (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13 e 15) corresponde ao byte 11A11111 (conhecido como sinal de no alinhamento de quadro - NFAS). O bit A normalmente zero, passando para um em caso de alarme de perda de sincronismo de quadro (indicador de alarme remoto - RAI). Canal 16 (time slot 16) - este canal possui mais de uma funo dependendo do quadro em que ocorre. Uma desta funo a sinalizao CAS. Os nveis de comutao (atendimento, desligamento e seleo) so transmitidos no canal 16, que subdividido de forma que, para cada, um dos 30 canais estejam disponveis determinados bits. Para isso, 16 quadros so reunidos em um multiquadro. No incio de um multiquadro enviada uma palavra de alinhamento de multiquadro no time slot do canal 16 do quadro de pulsos 0. O formato de bits dessa palavra de alinhamento de multiquadro "0000". Os time slots de canal 16 de um multiquadro so subdivididos em 2 quadros de 4 bits (a, b, c, d). A cada um dos 30 canais telefnicos de um multiquadro atribudo um destes grupos de 4 bits para sinalizao. A transmisso de bits de sinalizao por canal telefnico de 2 Kbps. Quando o canal 16 (=64 Kbps) no est sendo usado para a transmisso de sinalizao associada ao canal, ele poder ser usado para transmisso de outros sinais digitais, por exemplo, sinalizao por canal comum ou para transmitir dados.

5.2.3. MULTIQUADRO: Conjunto de 16 quadros consecutivos numerados de zero a quinze. A durao 2000 s ou 2 ms No quadro zero serve como alinhamento de multiquadro, ou seja, serve para indicar que este o quadro zero de um conjunto de 16 quadros. Isto feito atravs do byte 00001Y11, onde o nible 0000 chamado de MFAS - sinal de alinhamento de multiquadro, enquanto o nible 1Y11 6

chamado de NMFAS - sinal de no alinhamento de multiquadro. O bit Y, assim como o A, um alarme, mas de perda de sincronismo de multiquadro ( uma indicao remota tambm) e seu valor normalmente zero. Do quadro 1 ao quadro 15 a composio do byte de dois nibles iguais: ab01 ab01, que so as sinalizaes de linha do canal n e do canal n+15, respectivamente. No quadro 1 as sinalizaes so do canal de voz 1 e 17, no quadro 2 do canal 2 e 18 at o quadro 15, onde esto as sinalizaes dos canais 15 e 31. Abaixo temos a representao do multiquadro com as devidas sinalizaes.

Multiquadro Seqncia dos 16 quadros

Quadro Seqncia de 32 canais

TS 0 Q0 Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q 10 Q 11 Q 12 Q 13 Q 14 Q 15 Q01001 1011FAS

TS 1 TS 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

TS 160000 1Y11MFAS NMFAS

TS 17 TS 31 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

11A1 1111NFAS FAS NFAS FAS NFAS FAS NFAS FAS NFAS FAS NFAS FAS NFAS FAS NFAS

ab01 ab011 CAS 17 2 CAS 18 3 CAS 19 4 CAS 20 5 CAS 21 6 CAS 22 7 CAS 23 8 CAS 24 9 CAS 25 10 CAS 26 11 CAS 27 12 CAS 28 13 CAS 29 14 CAS 30 15 CAS 31

1001 1011FAS A = 0 (normal) A = 1 (alarme)

0000 1Y11MFAS NMFAS Y = 0 (normal) Y = 1 (alarme)

Alinhamento de quadro

Alinhamento de multiquadro

A partir deste ponto o multiquadro faz nova varredura

FAS NFAS MFAS NMFAS CAS TS

Sinal de alinhamento de quadro Sinal de no alinhamento de quadro Sinal de alinhamento de multiquadro quadro 0 Sinal de no alinhamento de multiquadro Sinalizao por canal associado ou R2 digital Time Slot ou canal

A sinalizao, representada pelos valores a e b do CAS, de cada canal de udio conhecida como sinalizao de linha do tipo R2 digital. Esta sinalizao substitui o ring das ligaes recebidas e o loop DC, estabelecido ao se gerar ligaes, nos troncos analgicos. Sendo assim, variando-se os bits a e b pode-se indicar para o canal as seguintes condies: livre, ocupao, confirmao de ocupao, atendimento, conversao, desligar e outras...7

Completando esta breve idia sobre a sinalizao de linha, cabe salientar que esta sinalizao feita com sinais para frente e sinais para trs. So considerados sinais para frente, os enviados a partir do ponto de origem da ligao e sinais para trs os sinais gerados no ponto de destino. Sendo assim, nas ligaes de sada, o Pabx gera sinais para frente e, nas ligaes recebidas, ele gera sinais para trs. Ao longo de uma ligao so enviadas sinalizaes nos dois sentidos, obedecendo ao protocolo estabelecido para definir o estado da mesma, conforme citado acimA002E

6.

CONEXO ENTRE E1 DO PABX COM A OPERADORA

A conexo entre E1 do PABX com o E1 da operadora feito utilizando-se dois modens. Um fica na prpria operadora e o outro no cliente. Na figura 6 est representado as diversas formas de conexo.

Figura 6

6.1. PARES DE FIOS: utilizada a rede telefnica local. Pode ser com 1 ou 2 pares de fios. A conexo feita utilizando-se modem HDSL com 2 pares de fios (o mais comum) ou modem HDSL com somente com um par de fio, tambm conhecido como modem G.SHDSL.

MODEM HDSL Para viabilizar a conexo, utilizada dois modens. Um na operadora o outro no PABX. Este modem instalado e mantido pela operadora. O modem utilizado o de tipo HDLS. O modem HDSL (High-bit-rate Digital Subscriber Line) possibilita comunicao simtrica a velocidades (2,048 Mbps). fornecido pela operadora e sua funo permitir a utilizao dos pares de cobre com distncias de at uns 3 Km entre o Pabx e a operadora. Muitos fabricantes j apresentaram modems HDSL para uma distncia mxima de 5,5 Km e, dependendo do hardware e das caractersticas eltricas do fio, pode chegar at uns 7 Km sem repetidores.8

Entretanto, para que os modens operem corretamente (so dois modens, cada um colocado em uma extremidade da linha) as linhas devem ter uma relao sinal-rudo adequada. Esta medida deve ser realizada com psofmetro digital ou obtida junto ao modem, conectando-se um terminal ao mesmo quando o modem permitir. Os modens mais modernos conhecidos por modem G.SHDSL possibilita o transporte de voz e dados at 2048 kbit/s sobre um nico par metlico. Disponvel em dois modelos, sendo um deles com uma interface V.35-V.36/V.11-V.28 e uma interface E1 G.703/G.704. O segundo modelo apresenta apenas uma interface V.35-V.36/V.11-V.28. O modem conectado no PABX da seguinte forma: - TX do PABX com RX do modem; - RX do PABX com TX do modem.

6.2. FIBRA TICA: utilizado como meio fsico a fibra tica nas conexes entre a operadora e o PABX. Neste caso o modem utilizado o modem tico. Este tipo de conexo mais comum nos grandes centros, onde a malha tica j est instalada. A conexo entre o modem tico e o PABX igual ao utilizado nos modens HDSL, isto , utiliza o mesmo tipo de cabo (cabo coaxial de 75 ) nas conexes entre o TX e RX.

6.3. RDIO: utilizado rdio transmissor/receptor entre a operadora e o PABX. Este tipo de conexo utilizado pelas operadoras de longa distncia ou pelas operadoras locais onde a conexo via par de fios deficiente. Para este sistema ser eficiente, a antena da operadora e do PABX deve ser visada, isto , no deve ter nenhum obstculo entre as antenas. A conexo entre o rdio e o PABX igual ao utilizado nos modens HDSL, isto , utiliza o mesmo tipo de cabo (cabo coaxial de 75 ) nas conexes entre o TX e RX.

7.

SISTEMA DE CONEXES ENTRE OPERADORA E PABX

Na figura 7 temos a representao das conexes envolvidas entre a operadora e o PABX. No PABX alm do tronco digital, temos tambm o troco analgico, onde o sinal transformado para digital atravs do CODEC. No tronco digital o sinal j vem codificado, entrando diretamente na matriz, que por sua vez, comutar para os ramais analgicos ou digitais e vice versa.

Figura 7

9

8.

SISTEMA DE ATERRAMENTO

Um dos detalhes muito importante a interligao do terra do modem com o terra da central no mesmo ponto de referncia, conforme figura 8. Aterramentos diferentes provocam diferenas de potenciais entre os terras, ocasionando perda de sincronismo do E1. De preferncia ligar o modem e o PABX na mesma tomada de fora.

Figura 8 9. CABOS

A operadora colocar no cliente o modem que pode ser do tipo HDSL, G.SHDSL, tico ou rdio. Independente do tipo de modem, uma coisa comum, as conexes envolvendo o modem e o PABX utilizam o mesmo tipo de cabo. So utilizados 2 cabos conectados entre o RX do modem com o TX do PABX e o TX do modem com o RX do PABX. A montagem do cabo deve seguir alguns cuidados muito importantes, podendo comprometer o bom funcionamento do E1. Caracterstica do cabo: Impedncia de 75 ; Preferencialmente cabo com espessura de 0,4 mm referncia RG58; Conector BNC macho reto (180 graus) com pino fixo para crimpagem e com borracha retentora para cabo RG58; Conector BNC macho angular (90 graus) com prensa para cabo RG58; No dobrar o cabo. A dobra altera as caractersticas fsicas do cabo, influenciando no desempenho; Usar conectores de qualidade. Observar para que o vivo do cabo seja soldado e a malha seja fixada firmemente. Malhas soltas provocam mau contato ocasionando perda de sincronismo.

10

10.

DEFINIES UTILIZADAS NA SINALIZAO E1

SINALIZAO ENTRE REGISTRADORES: o conjunto de sinais correspondentes ao envio e recepo das informaes, devidamente ordenadas, destinadas ao estabelecimento das chamadas atravs dos rgos de comutao, das informaes referentes s condies particulares dos assinantes chamador e chamado e das informaes referentes aos circuitos e rgos envolvidos. A SINALIZAO DE REGISTRO serve para estabelecer chamadas (nmero do assinante destino / origem) condio dos assinantes chamador/chamado (A/B). Onde trafega a sinalizao de registro? A sinalizao de registro trafega no canal associado ligao (canal de udio). A sinalizao entre registradores formada por dois grupos de sinalizaes. Sinalizao multifreqncial para frente Sinalizao multifreqncial para trs REGISTRADOR: o rgo, conjunto de rgos ou funo de uma central telefnica capaz de receber, interpretar, armazenar algarismos e informaes, e controlar a troca de informaes de e para outras centrais. REGISTRADOR MULTIFREQUENCIAL DE ORIGEM: o registrador situado no ponto de origem de uma cadeia de comutao que utiliza sinalizao multifreqencial e controla o estabelecimento da ligao, em parte ou em todo o trecho subseqente da cadeia. Quando utilizado em redes locais, denomina-se registrador local. REGISTRADOR MULTIFREQUENCIAL DE DESTINO OU DE ENTRADA: o registrador situado na extremidade da parte j estabelecida de uma cadeia de comutao, onde utilizada a sinalizao multifreqencial. ENVIADOR MULTIFREQUENCIAL: o rgo ou conjunto de rgos associados funo de registrador, que envia os sinais de freqncias altas para frente e recebe os sinais de freqncias baixas para trs. RECEPTOR MULTIFREQUENCIAL: o rgo ou conjunto de rgos associados funo de registrador, que recebe os sinais de freqncia alta para frente e envia os sinais de freqncias baixas para trs. SINALIZAO DE LINHA: o conjunto de sinais destinados a efetuar a ocupao e superviso enlace a enlace dos circuitos que interligam duas centrais de comutao telefnica; opcionalmente, permite o envio dos sinais de tarifao. SINAL DE OCUPAO: um sinal enviado para frente, a partir do juntor de sada, para levar o juntor de entrada associado condio de ocupao. SINAL DE ATENDIMENTO: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada, ao juntor de sada associado, para indicar que o assinante chamado atendeu. SINAL DE DESLIGAR PARA TRS: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada, ao juntor de sada associado, para indicar que o assinante chamado desligou, ou ocorreu operao equivalente.

11

SINAL DE DESLIGAR PARA FRENTE: um sinal enviado para frente, a partir do juntor de sada, ao juntor de entrada associado, a fim de liberar, a partir deste, todos os rgos envolvidos na chamada. SINAL DE CONFIRMAO DE DESCONEXO: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada, ao juntor de sada associado, em resposta a um Sinal de Desligar para Frente, para indicar que ocorreu a liberao dos rgos associados ao juntor de entrada. SINAL DE DESCONEXO FORADA: um sinal que substitui o Sinal de Desligar para Trs, num ponto conveniente da cadeia interurbana; o sinal emitido a partir deste ponto, aps ocorrida a temporizao. SINAL DE BLOQUEIO: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada, ao juntor de sada associado, provocando o bloqueio do mesmo, enquanto durar este sinal. SINAL DE TARIFAO: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada ao juntor de sada associado, a partir do ponto de tarifaro por multimedio, de acordo com a cadncia correspondente ao degrau tarifado. SINAL DE RECHAMADA: um sinal enviado para frente, a partir do juntor de sada, ao juntor de entrada associado, quando uma telefonista deseja rechamar o assinante chamado (ou outra telefonista), aps o desligamento do mesmo. SINAL DE CONFIRMAO DE OCUPAO: um sinal enviado para trs, a partir do juntor de entrada, ao juntor de sada associado, para indicar que a ocupao foi efetuada. SINAL DE FALHA: um sinal enviado para frente, a partir do juntar de sada, ao juntor de entrada associado, para indicar que houve falha no equipamento de origem. JUNTOR: o rgo ou funo de uma central de comutao, responsvel pela interface com o meio de transmisso. EQUIPAMENTO DE COMUTAO DE SADA: o rgo associado extremidade de origem do canal de sinalizao R2 digital, responsvel pelo envio dos sinais de linha no sentido "para frente", e recebimento dos sinais de linha no sentido "para trs". EQUIPAMENTO DE COMUTAO DE ENTRADA: o rgo associado extremidade de destino do canal de sinalizao R2 digital, responsvel pelo recebimento dos sinais de linha no sentido "para frente", e envio dos sinais de linha no sentido "para trs".

12

11.

SINALIZAO DE LINHA OU R2 DIGITAL

O sistema utiliza dois canais de sinalizao para frente (af e bf) e dois canais de sinalizao para trs (ab e bb). Estes canais so utilizados na troca de informaes entre os juntores que utilizam enlaces PCM. O canal af indica as condies de operao do equipamento de comutao de sada; como estas condies esto sob controle do assinante chamador, este canal tambm reflete as condies de enlace do assinante chamador (enlace aberto ou fechado). O canal bf fornece ao equipamento de comutao de entrada indicao de falhas ocorridas no equipamento de comutao de sada. O canal ab reflete as condies do enlace do assinante chamado (enlace aberto ou fechado). O canal bb reflete as condies de ocupao do equipamento de comutao de entrada. Para que serve a sinalizao de linha? Indica o status do canal, (livre, ocupao, desconexo, tarifao, sinalizao de falha e bloqueio do canal). Canais de Sinalizao af 1 Sinalizao de ocupao Sinal de confirmao de ocupao 0 0 0 Sinal de atendimento 0 0 Sinal de tarifao Sinal de desligar para trs Sinal de desligar para frente Desligamento da chamada Sinal de confirmao de desconexo Sinal de desconexo forada Sinal de confirmao de desconexo forada Sinal de bloqueio Sinal de falha 0 0 1 1 0 1 1 1 bf 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 ab 1 1 1 1 0 0 1 1 X 1 0 0 1 1 bb 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 X = 0 A desliga X = 1 B desliga Pulso de 150 30 ms em ab, que passa de "0" para "1"

Fase da chamada Designao do sinal Tronco livre Ocupao do tronco Chamada em progresso Atendimento da chamada Conversao Tarifao

Sentido do sinal

Observao

Situaes Especiais

13

12.

SINALIZAES ENVOLVIDAS ENTRE O PABX E A OPERADORA

As tabelas a seguir referem-se as sinalizaes envolvidas entre o PABX e a operadora e vice-versa. Estas sinalizaes podem ser monitoradas atravs do ALTD Analisador do Log do Tronco Digital. 12.1. SINAIS PARA FRENTE Os sinais para frente so os sinais enviados (transmitidos) pelo orgo emissor. Do ponto de vista do PABX, os sinais para frente so os sinais transmitidos pelo PABX. Para que serve os grupos de sinalizao de registro I e II? Basicamente o grupo I serve para indicar o nmero do assinante destino. O grupo II indica qual o tipo do assinante chamador (comum, telefone pblico, etc...). 12.2. SINAIS PARA TRS Os sinais para trs so os sinais recebidos pelo PABX. Para que serve os grupos de sinalizao de registro A e B? O grupo A a resposta ao grupo I e serve para pedir mais dgitos, pedir o nmero e o tipo do assinante chamador. O grupo B serve para indicar o estado do assinante chamado (livre, ocupado, etc...).

13.

ALARMES

A seqncia de alarmes serve para orientar quando ocorreu alguma anormalidade no funcionamento do E1. Os alarmes so enviados pelo PABX, disponveis no arquivo mensagem.txt no diretrio MesaPC, ou no ALTD (Analisador do Log do Tronco Digital) dentro do arquivo logtrdig.bin. Nas verses de Eprom mais antigas aparece apenas o cdigo do alarme. Nas verses atuais vem a descrio do alarme. Alarme 01 Perda remota de alinhamento de multiquadro Significa que a operadora percebeu a perda de alinhamento de multiquadro transmitido pelo PABX; Alarme 02 Perda remota de alinhamento de quadro Significa que a operadora percebeu a perda de alinhamento de quadro transmitido pelo PABX; Alarme 04 Perda de alinhamento de multiquadro Significa que o PABX percebeu a perda de alinhamento de multiquadro enviado pela operadora; Alarme 08 Perda de alinhamento de quadro Significa que o PABX percebeu a perda de alinhamento de quadro enviado pela operadora; Alarme 10 Recepo de sinal de indicao de alarme-AIS Significa que a operadora no est recebendo a sinalizao do PABX (TX). Neste caso pode ser tambm a interrupo o cabo. Abertura de TX. Alarme 20 Ausncia do sinal de entrada Significa que o PABX no est recebendo o TX da operadora. Neste caso pode ser tambm a interrupo o cabo. Abertura de RX.

14

14.

SINAIS PARA FRENTE SINALem decimal

SINALem hexadecimal

SINAIS PARA FRENTE GRUPO IAlgarismo 1 Algarismo 2 Algarismo 3 Algarismo 4 Algarismo 5 Algarismo 6 Algarismo 7 Algarismo 8 Algarismo 9 Algarismo 0 Insero de semi-supressor de eco na origem Pedido recusado ou indicao de trnsito internacional Acesso a equipamento de teste Insero de semi-supressor de eco de destino ou indicao de trnsito internacional Fim de nmero ou indicao de que a chamada cursou enlace via satlite Reserva Reserva Reserva

GRUPO IIAssinante comum Assinante com tarifao especial Equipamento de manuteno Telefone pblico local Telefonista Equipamento de comunicao de dados Telefone pblico interurbano Chamada a cobrar

1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

F

15

Reserva

15.

SINAIS PARA TRS SINAIS PARA TRS GRUPO A1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

SINAL

GRUPO B

Enviar o prximo algarismo Linha de assinante livre com tarifao Necessidade de semi-supressor de eco no destino ou enviar o primeiro algarismo enviado Linha de assinante ocupada Preparar para recepo de sinais do grupo b Congestionamento Enviar categoria e identidade do assinante Obs. 1 chamador Reserva Enviar o algarismo N-2 Enviar o algarismo N-3 Enviar o algarismo N-1 Reserva Enviar a indicao de trnsito internacional Reserva Enviar indicao do local do registrador Obs. 2 internacional de origem Solicitar informao da necessidade de insero de semi-supressor de eco no destino Congestionamento na central internacional Linha de assinante com nmero mudado Congestionamento Linha de assinante livre sem tarifao Linha de assinante livre com tarifao e colocar reteno sob controle do assinante chamado Nvel ou nmero vago Reserva Reserva Reserva Reserva Reserva Reserva Reserva Reserva

Obs. 1: Chamada nacional

Obs. 2: Chamada internacional.

15