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1 CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ESTUDO DE CASO: VIABILIDADE DE APROVEITAMENTO DOS GASES EXPELIDOS PELO ESCAPAMENTO DA MOTO PARA O INSUFLAMENTO DE CÂMARA DO PNEU MANAUS-AM 2015

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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ESTUDO DE CASO: VIABILIDADE DE APROVEITAMENTO DOS GASES EXPELIDOS PELO ESCAPAMENTO DA MOTO PARA O INSUFLAME NTO DE

CÂMARA DO PNEU

MANAUS-AM

2015

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CHARLLES JANSEM DE SOUZA MENDES

ESTUDO DE CASO: VIABILIDADE DE APROVEITAMENTO DOS GASES EXPELIDOS PELO ESCAPAMENTO DA MOTO PARA O INSUFLAME NTO DE

CÂMARA DO PNEU

MANAUS-AM

2015

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica ao Centro Universitário Luterano de Manaus – CELUM/ULBRA.

Professor Orientador: Prof. Msc. Frederico Cesarino.

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Autor: Charlles Jansem de Souza Mendes

Título : Estudo de caso: Viabilidade de aproveitamento dos gases expelidos pelo escapamento da moto para o insuflamento de câmara do pneu.

Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharel em Engenharia Mecânica.

Instituição: Centro Universitário Luterano de Manaus, Universidade Luterana do

Brasil.

Aprovado em : _______/______/______.

BANCA EXAMINADORA:

_______________________________________

Professor Msc.: Frederico Cesarino (Orientador) CEULM / ULBRA

_______________________________________

Professor Msc.: Saulo Maia Marques. CEULM / ULBRA

_______________________________________

Professor Msc.: João Cláudio Soares (Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica)

CEULM / ULBRA

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AGRADECIMENTOS

É fundamental e me faz ser assim externar meus agradecimentos ao fim de mais

uma jornada de aprendizagem a pessoas que de forma direta ou indireta

contribuíram para que fosse realizada esta etapa.

O DEUS todo poderoso que me sustentou com braço forte me mantendo firme com

os pés no chão e derramando suas graças infinitas no seio da minha família.

À minha mãezinha Orlandina, pequena no tamanho, porém gigante e guerreira no

pensamento de educar seus filhos.

À minha companheira, amada e linda esposa Ana Clissia, principal responsável por

eu estar finalizando mais esta etapa, além de ter me presenteado com duas joias

preciosas, Jean Víctor e Ana Beatriz, obrigado meus amores!

Ao meu padrasto Carlos, meu pai Armindo e meus irmãos e sobrinhos, aos meus

sogros Ana e Luiz, sempre ajudando de uma forma ou outra, obrigado mesmo.

Aos colegas e Amigos que conquistei nestes cinco anos de academia e aos

professores e mestres que contribuíram generosamente com seus conhecimentos.

Enfim, nessa hora existe muito a agradecer por finalizar esta graduação, sei que a

partir de agora minha avaliação não será mais por notas, mas sim por minha conta e

risco, minha aprendizagem e capacidade técnica como Engenheiro Mecânico.

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EPÍGRAFE

“Quem me segurou foi Deus com seu amor de

Pai, Quem me segurou foi Deus,

Quem cuidou de mim foi Deus quando eu chorei

demais,

Quem amparou foi Deus...”

Nelsinho Corrêa

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RESUMO

Todos os aspectos caracterizados de suma importância no sentido de agregar

conhecimento a engenharia mecânica, bem como, em todos seus direcionamentos

torna cada vez mais amplo o campo de atuação de seus engenheiros. No entanto é

imprescindível a difusão deste meio para assim fortalecer e maturar conceitos com o

intuito de prover benefício à comunidade como um todo. O estudo de caso da

viabilidade de aproveitamento dos gases expelidos do escapamento da moto para o

insuflamento da câmara do pneu foi pensado, no sentido de tornar possível a

rodagem do pneu da moto, estando o mesmo parcialmente perfurado, e tendo em

vista a ausência de pneu reserva para este veículo. Sendo assim pesquisas para o

planejamento de execução dos passos para o processo em questão foram feitas

com o intuito de selecionar o tipo de pneu, câmara e componentes do dispositivo

para insuflamento – DI para assim obter a montagem e aplicação deste DI em

ensaios de insuflação da câmara de pneu. Também está contida neste trabalho a

análise dos resultados obtidos nestes ensaios dando ênfase na segurança do piloto

no ato do processo de insuflamento no que diz respeito a possível inalação do gás e

até mesmo queimadura na péle do piloto.

Palavras-chave: Pneu, câmara, dispositivo.

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ABSTRACT

All featured aspects of paramount importance to aggregate knowledge in mechanical

engineering as well as in all its directions becoming wider to their engineers playing

field. However it is essential to spread this medium so as to strengthen and mature

concepts in order to provide benefit to the community as a whole. The case study of

the use of viability of motorcycle exhaust gases expelled for inflating the tire chamber

has been designed in order to make it possible for motorcycle tire tread, with the

same partially perforated, and in view of the absence of tire reservation for this

vehicle. Therefore research for the steps execution planning for the process in

question were made in order to select the type of tire, camera and device

components for insufflation - DI in order to obtain the construction and application of

this DI inflation trials tire camera. Also in this work the analysis of results obtained in

these tests with an emphasis on rider safety in the act of inflating process with regard

to possible inhalation of gas and even burning in the pilot's skin.

Keywords: tire, camera, device.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Tricíclo.........................................................................................................16

Figura 2: Pistão no interior do cilindro........................................................................18

Figura 2.1: Pistão no interior PMS/PMI......................................................................19

Figura 2.2: Exaustão dos gases após queima...........................................................19

Figura 3: Manômetro de calibração de pneus............................................................25

Figura 3.1: Quatro tempos do motor alternativo.........................................................26

Figura 4: Ciclo Otto real ideal.....................................................................................29

Figura 5: Estrutura de um pneu sem câmara.............................................................32

Figura 5.1: Estrutura de um pneu sem câmara e com câmara..................................32

Figura 5.2: Perfil do aro..............................................................................................33

Figura 6: Esvaziamento do pneu................................................................................34

Figura 6.1 Pneu perfurado..........................................................................................34

Figura 6.2: Em destaque o motor e escapamento de uma moto...............................35

Figura 7: DI a montar..................................................................................................37

Figura 7.1: DI montado...............................................................................................37

Figura 8: Medição do tubo de escape 1.....................................................................38

Figura 8.1: Medição do tubo de escape 2..................................................................38

Figura 8.2: Preparação para ensaio de insuflamento................................................38

Figura 8.3: Câmara de borracha após insuflamento..................................................39

Figura 9: Teste de compressão no cilindo..................................................................42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: MFI 4Tz 4 cilindros.....................................................................................26

Tabela 2: Transformações termodinâmmicas............................................................28

Tabela 3: Material utilizado nos experimentos...........................................................36

Tabela 4: Especificações de pressão dos pneus.......................................................40

Tabela 5: Especificações do fabricante......................................................................40

Tabela 6: Comparativo de calibragem de pneus........................................................44

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SENAI – AM : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL –

AMAZONAS.

MCI: MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA.

FA: FLUIDO ATIVO.

PMI: PORTO MORTO INFERIOR.

PMS: PORTO MORTO SUPERIOR.

PROMOT: PROGRAMA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR POR

MOTOCICLOS E VEÍCULOS SIMILARES.

MFI: MOTORES DE IGNIÇÃO POR FAÍSCA OU OTTO

INMETRO: INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E

TECNOLOGIA.

ISO: INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION.

RPM: ROTAÇÃO POR MINUTO.

DI: DISPOSITIVO PARA INSUFLAMENTO.

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LISTA DE SÍMBOLOS

ρ: MASSA ESPECÍFICA

CO: MONÓXIDO DE CARBONO

CO2: DIÓXIDO DE CARBONO

°K: GRAUS KELVIN

°C: GRAUS CELSIUS

N2: DIÓXIDO DE CARBONO

ɣ: CALOR ESPECÍFICO

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13

2. REFERENCAL TEÓRICO .............................................................................. 14

2.1. A HISTÓRIA ................................................................................................ 15

2.2. A POSIÇÃO DO PISTÃO NO INTERIOR DO CILINDRO ............................ 18

2.3. MISTURA DOS GASES NA CÂMARA DE COMBUSTÃO .......................... 19

2.4. CICLO TERMODINÂMICO .......................................................................... 25

2.5. SISTEMA TERMODINÂMICO.......................................................................27

2.6. FUNCIONAMENTO DAS VÁLVULAS DE ADMISSÃO E EXPANSÃO ........ 29

2.7. CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÃO DOS PNEUS .................................... 31

2.7.1. CARACTERÍSTICAS DO PNEU E ARO....................................................32

2.8. ESCOAMENTO DO GÁS NA TUBULAÇÃO DE ESCAPE DA MOTO......... 34

3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .......................................................... 36

3.1. DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NOS EXPERIMENTOS.......37

3.2. CARACTERÍSTICAS DA CÂMARA DE BORRACHA .................................. 39

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 43

5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 44

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 46

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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho possui, como objetivo principal, ampliar a mobilidade de

veículos automotores de duas rodas quando estes, por algum motivo, estiverem em

condições adversas de funcionamento relacionado aos pneus vazios, mas de forma

provisória, ou seja, quando as motos estiverem com um de seus pneus perfurados

devido a sinistros que por ventura venham ocorrer em seu trajeto. Esta ampliação de

mobilidade se dá por meio da confecção de um dispositivo para insuflamento (DI), o

qual se utiliza dos gases de escapamento do veículo para o insuflamento da câmara

de ar. Neste contexto surgiu a condição de verificar o aproveitamento dos gases que

são expelidos do escapamento de motocicletas para o insuflamento da câmara do

pneu deste veículo, tendo em vista a problemática de que este tipo de automóvel

não dispõe de pneu reserva. Como objetivos específicos, tem-se o estudo do

aproveitamento dos gases de combustão finalidades diversas, o estudo das

condições de temperatura e pressão dos gases de combustão na aplicação

desenvolvida neste trabalho, e o estudo das condições físicas das câmaras de pneu

dos veículos que recebem os gases de combustão como insuflamento.

Com isso é feita a abordagem da necessidade de existência deste dispositivo

sabendo que é comum perceber nas ruas, vários condutores de motocicletas em

condição inadequada de dirigibilidade, e que até os dias atuais, as montadoras de

motocicletas ainda não desenvolveram nenhum dispositivo que viesse atender esta

peculiaridade, mas que de fato já foram criadas alternativas para esta situação

incômoda, e que, no entanto, ainda não surtiram o efeito desejado.

Há algum tempo foi desenvolvido um tipo de spray que na ocasião tornava-se

capaz de realizar um reparo superficial nos pneus e automaticamente após esse

reparo, o mesmo pneu pode ser inflado novamente e voltar a circular com a moto.

Porém, de acordo com o engenheiro de uma empresa de pneus, o produto deve ser

utilizado apenas em emergências, e nunca como elemento preventivo. “Os produtos

que prometem impedir furos podem trazer problemas ao balanceamento das rodas,

devido à imperfeita distribuição do adesivo na superfície interna do pneu ou câmara,

ocasionando o desbalanceamento da roda. É viável a utilização dos reparadores até

a chegada a uma oficina de pneus de confiança, onde o profissional poderá

desmontar e analisar o pneu. A desmontagem é necessária para a verificação

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estrutural do pneu - que pode ter sido danificado com a rodagem sem ar. Outro

ponto a observar é o bico de inflar: se o produto acumular no bico, pode ocasionar

mau funcionamento desse importante componente”. (ISMAEL BAUBETA, 2011).

De fato a afirmação é consistente, e provavelmente acontecerá o mesmo com

o dispositivo proposto neste projeto, mas com a ressalva de que o produto ou fluido

que será aproveitado, já é disponibilizado na própria moto que é o resto da queima

do combustível, neste caso o gás.

Como metodologia de pesquisa para a confecção do DI, inicialmente foi

realizada pesquisa bibliográfica referente aos temas Termodinâmica; Pneumática;

Materiais de Construção e materiais plásticos. Em seguida, a parte de

desenvolvimento foi realizada nas instalações do SENAI – AM em dias interpostos

durante alguns meses, com a utilização dos recursos provenientes da própria

instituição de ensino, neste caso a moto, e com o auxílio técnico do instrutor do

curso de motocicletas, Marlison da Silva.

Quanto ao princípio de funcionamento deste dispositivo, este está

basicamente ligado a uma conexão na saída do escapamento à câmara da moto, e

que no decorrer do trabalho serão externadas as peculiaridades do processo em

questão quanto à funcionalidade, armazenamento e características específicas

deste gás.

2. REFERENCAL TEÓRICO

No contexto generalizado do tema proposto se inclui de forma necessária a

história desde os primórdios do veículo em questão, neste caso a motocicleta que

passou por várias modificações até chegar ao patamar encontrado nos dias atuais,

ou seja, desde o aprimoramento da roda até a adequação com o motor de

combustão interna abrangendo também o posicionamento dos pistões no interior do

cilindro quanto ao ponto morto superior e ponto morto inferior; funcionamento das

válvulas de admissão e expansão dando origem enfim ao trabalho desenvolvido e

disposto a seguir.

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2.1. A HISTÓRIA

No século XIX, em 1820, o escocês Kirkpatrick McMillan obteve a tracção da

roda traseira. Foi a partir dessa invenção que os ciclistas puderam movimentar-se

sem colocar os pés no chão. Depois de muitos anos, em 1861, os franceses Pierre

Michaux, um ferreiro, e seu filho Ernest Michaux, na época com apenas quatorze

anos, construíram o velocípede, uma bicicleta com pedais (no formato da de

McMillan) adaptados à roda dianteira, iniciando a produção para venda. Em 1866,

Bin Chun chegou em Paris. O chinês, que já havia percorrido a Inglaterra e a

Alemanha atrás de informações da bicicleta, levou suas anotações para casa e em

apenas três décadas o veículo tornou-se a principal alternativa de transporte na

China e na Índia. A partir disso, houve inovações como a do inglês James Starley.

Batizada de Rover, essa bicicleta trazia rodas do mesmo diâmetro, chassi feito em

tubos de aço, guiador integrado ao suporte da roda dianteira e os freios eram a

tambor. Os pedais acoplados a uma engrenagem, movimentavam uma corrente de

transmissão que gerava a força motriz da roda traseira.

Desde então foram surgindo outras ideias e desenvolvimento para este

veículo, como por exemplo, o aperfeiçoamento da roda, que na época era de

madeira, ferro ou borracha maciça que por sua vez comprometia a diribilidade,

sendo que em 1887, essa necessidade foi superada através do veterinário escocês

John Boyd Dunlop imaginou uma especie de sobrerroda que seria um tubo de

borracha oco, preso à roda por meio de uma tela de brim e enchido com uma bomba

de ar. Nascia o pneu. Na França, os irmãos André e Édouard Michelin contribuíram

para o rápido aperfeiçoamento dos pneus.

Em 1867, através de norte anericano Sylvester Howard Roper, surgia à

invenção e desenvolvimento de um motor de cilindros a vapor, este acionado por

carvão, nascia então a primeira moto, pois se tratava de uma bicicleta com motor a

vapor. Em 1895, Roper desenvolveu uma versão aperfeiçoada da bicicleta a vapor.

Na época, as motocicletas com motores a combustão estavam se tornando viáveis,

e a experiência de mais de 30 anos credenciava Roper a fazer o mesmo com os

propulsores a vapor. Foi quando o inventor apresentou um veículo melhor, com mais

autonomia, reaproveitando o carvão em um compartimento fechado, que, ao mesmo

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tempo, reduzia o mau cheiro. Em 1º de junho de 1896, Roper decidiu que seu

engenho estava pronto para ser exibido ao público.

Contudo, a história aponta um engenheiro mecânico chamado Gottlieb

Wilhelm Daimler como o inventor da motocicleta. Wilhelm Maybach e Gottlieb

Daimler construíram uma moto com quadro e rodas de madeira composto com um

motor de combustão interna em 1885. Sua velocidade máxima era de 18 km/h e o

motor desenvolvia 0,5 (meio) cavalo de potencia.

Nos dias atuais e depois de várias outras atualizações no mesmo veículo,

chegou-se então nas motos que podemos visualizar transitando nas ruas.

Motores de combustão interna ou motores a explosão são máquinas que

transformam energia química em trabalho mecânico. A combustão é um processo

químico exotérmico de oxidação de um combustível que faz parte destes motores.

Para que o combustível reaja com o oxigênio do ar necessita de algum agente que

provoque o início da reação que por sua vez denomina-se ignição que provoca este

início da combustão. Sendo estes fundamentos encontrados na obra como: Motores

de combustão interna 1 (FRANCO BRUNETTI, 2012), assim como o princípio de

funcionamento dos pistões em seu PMS e PMI, ou seja, ponto morto superior e

ponto morto inferior.

Onde também é indispensável à verificação e análise do posicionamento do

pistão no interior do cilindro quando há a admissão e expansão do ar atmosférico

junto à câmara de combustão, bem como a mistura dos gases no interior desta

Fonte: Wikipedia

Figura 1: Triciclo de Edward. Butler; Daimler-Maybach de 1885; NSU Sportmax de 250 cilindradas de 1955, respectivamente.

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mesma câmara que é quando há a combinação para o efeito de explosão e queima

dos gases; o ciclo termodinâmico para o funcionamento deste processo nos quatro

tempos deste ciclo onde se denomina ciclo Otto; sistema termodinâmico para estudo

da quantidade de matéria tendendo para distinção de sistemas e processos

termodinâmicos na obra de Motores de combustão interna 2 (FRANCO BRUNETTI,

2012).

Os gases reais que normalmente conhecemos como, por exemplo, o hélio, o

nitrogênio e o oxigênio, apresentam características moleculares diferentes e

particulares de cada um. No entanto, se todos forem colocados a altas temperaturas

e baixas pressões, eles passam a apresentar comportamentos muito semelhantes.

No estudo dos gases adota-se um modelo teórico, simples e que na prática

não existe, com comportamento aproximado ao dos gases reais. Essa aproximação

é cada vez melhor quanto menor for à pressão e maior a temperatura. Esse modelo

de gás é denominado de gás perfeito. Neste sentido faz-se tornar relevante o estudo

dos gases quanto à diversidade dos mesmos no momento de evacuação junto ao

escape da moto, especificamente para este projeto, e onde serão explicitados

através das obras como: Fundamentos da Termodinâmica em suas edições 8 (VAN

WYLEN, SONNTAG, 2013) e leis da Termodinâmica (ANTÔNIO DE SOUZA

TEIXEIRA JÚNIOR, 2009).

Sistemas termodinâmicos na obra de Física 2 (HALLIDAY, David, RESNIK

Robert, KRANE, DENNETHS, 2004).

No tratamento do ciclo termodinâmico Otto, onde se fazem presente os

estágios dos motores de combustão interna (MOTORES DE COMBUSTÃO

INTERNA – VOL. 1 E VOL 2 – FRANCO BRUNETTI).

Quanto ao armazenamento de energia e massa, ao retratar a captura do gás

apois exaustão (FABIANO A.N. FERNANDES, 2006).

Para análise da matéria prima da câmara do pneu, neste caso a borracha, na

obra Borrachas e seus aditivos (ÉLYO C. GRISON, 2010); Artigo científico

(RAFHAEL BRUM WERLANG, 2013) tratando do mesmo aspecto.

Para verificação de cálculo de sistema de escape de motores a combustão

interna: (TRINDADE, 1998).

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Quanto à vazão de gás pelo escapamento da moto e aplicação do mesmo no

insuflamento da câmara é inevitável a não abordagem de alguns tópicos bastante

relevantes, como por exemplo: A posição do pistão no interior do cilindro, Mistura

dos gases, termodinâmica, além das Reações químicas, como se objetivou

anteriormente na apuração e fomento do estudo dos gases. (FRANCO BRUNETTI,

2009).

2.2. A POSIÇÃO DO PISTÃO NO INTERIOR DO CILINDRO

No sistema dos motores alternativos o motor é composto por itens essenciais

para seu funcionamento exemplificados em seguida:

� Válvula de admissão, balancim e mola; � Tampa de válvulas; � Duto de admissão; � Cabeçote; � Bloco de motor; � Cárter; � Óleo e água; � Comando de válvulas; � Válvulas de escape, balancim e mola; � Vela de ignição; � Duto de escape; � Biela e mancal de biela; � Virabrequim.

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

Figura 2: Funcionamento do pistão no interior do cilindro.

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Tem o funcionamento similar a de um compressor de ar com o bombeamento

de ar quente, da câmara de combustão para a parte externa desta, e funcionam com

a mistura de ar/combustível que serão destacados no curso deste estudo de caso.

São verificados também quatro passos: Admissão; Compressão; Combustão

e Escape, onde simplificadamente se pode explicitar que: Admissão é o tempo em

que o movimento do pistão dá origem à sucção do ar do meio externo levando-o ao

interior da câmara de combustão, ou seja, é quando o pistão está em seu Ponto

Morto Inferior – PMI, está o mais afastado possível do cabeçote, e acontecendo o

oposto no escape que é quando o pistão encontra-se em seu Ponto Morto Superior

– PMS que é quando este está o mais próximo possível do cabeçote, conforme

Figura (2.1) e (2.2).

2.3. MISTURA DOS GASES NA CÂMARA DE COMBUSTÃO

Na mistura dos gases juntamente com a ignição acontece à combinação para

haver a queima do combustível e movimentação do pistão no interior do cilindro.

Nesses motores a mistura combustível-ar é admitida, previamente dosada ou

formada interior dos cilindros quando há a injeção direta de combustível (GDI –

Gasoline Direct Injection), e inflamada por uma faísca que ocorre entre os eletrodos

de uma vela.

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

Figura (2.1): Pistão no interior do cilindro – PMS e PMI.

Figura (2.2): Exaustão do gás após a queima.

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

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Como é de conhecimento nos estudos de mecânica, a moto independente de

tamanho ou cilindrada, funciona através do movimento dos pistões sendo isto

possível devido à queima de combustível (ar-combustível) causado por uma faísca.

Logo há a explosão e posterior funcionamento do motor. E essa queima de

combustível está relacionada também ao índice de emissão de gases à atmosfera

que no caso das motos é controlado pelo PROMOT – Programa de Controle da

Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares, tendo em vista que a moto emite

mais gases para a atmosfera do que um veículo de quatro rodas por conta da maior

rapidez em sua locomoção e quantidade destes veículos nas ruas.

Em relação à comparação dos poluentes, conforme estudos realizados

constataram que, para motos nacionais entre 151 a 500 cilindradas, a média

ponderada - ajustando-se pelo total de veículos vendidos - de poluentes emitidos

pela frota vendida em 2008 foi de 0,98 gramas de CO por quilômetro rodado, quase

o dobro dos automóveis a gasolina desse ano, de 0,51 gramas de CO por quilômetro

rodado. O que se sabe na verdade é que a moto está cotada como um dos veículos

mais vendidos por conta de suas inúmeras vantagens em relação aos veículos de

quatro rodas.

No estudo de caso proposto o motor deste veículo serviria como um

compressor de ar para inflar essa câmara que de acordo com testes já realizados

tornou válida a ideia favorecendo o aprofundamento do assunto e projeto sabendo

que a análise termodinâmica de equipamentos que apresentam um escoamento de

massa para fora ou para dentro do equipamento é procedimento usual da

engenharia. Considerando que o sistema termodinâmico é definido como uma

quantidade de matéria, massa e identidade fixas, sobre a qual nossa atenção é

dirigida.

Tudo o que é externo ao sistema é chamado de ambiente ou vizinhança. O

sistema é separado da vizinhança pelas fronteiras e essas fronteiras podem ser

móveis ou fixas. (WAN WYLEN, 2009), ou seja, é o estudo das leis que regem as

relações entre calor, trabalho e outras formas de energia, mais especificamente a

transformação de um tipo de energia em outra, a disponibilidade de energia para a

realização de trabalho e a direção das trocas de calor.

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Visualizando o cenário atual das montadoras de veículos do polo de duas

rodas, percebeu-se certa dificuldade em desenvolver um processo que atue de

forma simples e ao mesmo tempo funcional, quanto ao desempenho eficaz do

produto acabado.

De acordo com várias pesquisas realizadas para verificação de soluções que

levassem eficiência no favorecimento e auxílio ao condutor deste tipo de veículo, foi

notória a tentativa frustrada em ensaios que possibilitassem este fato. No entanto,

como citado anteriormente, não houve o resultado esperado. Na ocasião foram

usados recipientes contendo produtos que tendessem inflar o pneu, mas ao mesmo

tempo o danificava, obtendo assim a perda de material.

O processo de aproveitamento do gás citado vem sendo desenvolvido já há

algum tempo, e de modo a contribuir com a redução de emissão de gases para a

camada atmosférica da Terra. Neste ponto houve resultados surpreendentes como é

o caso do bagaço de cana, que não passava de uma sobra no processamento da

cana-de-açúcar, e que atualmente gera energia a partir de sua queima acarretando

em uma receita média de 15% na usina de açúcar e etanol, assim como outros

pesquisadores já usam catalisadores orgânicos para transformar o dióxido de

carbono(���) em metanol. "O aproveitamento químico do (���) é um assunto de

grande interesse em todo o mundo, e tem duas vertentes: o uso como solvente

supercrítico e na produção de solventes ou reagentes orgânicos”.

Os gases expelidos pelos veículos automotores, com combustão interna, bem

como as motos, é uma mistura de dióxido de carbono, monóxido de carbono,

vapores de água, carvão em fuligem e produtos de enxofre, além de vapores do

combustível que não queimou totalmente, (���, ����), conforme citado

anteriormente. Porém existe um item chamado catalisador que por sua vez tem a

função de transformar os gases tóxicos, resultantes da combustão do motor, em

gases inofensivos, reduzindo assim a emissão de poluentes na atmosfera, sendo

este um dos motivos em tentar efetuar o insuflamento da câmara do pneu sem, de

certa forma, causar danos colaterais ao operador, neste caso o piloto da moto. O

catalisador fica localizado na parte interna do escapamento.

Enfim, muitas iniciações foram feitas para transformar o que era antes um

problema em uma solução.

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A proposta abordada trás uma série de perguntas, mas que em contra partida

oferece uma simples e provável solução para um problema existente, e que não

trata tão somente da emissão de gás, porém da problemática de perfuração do pneu

da moto.

Quanto ao armazenamento do gás no interior da câmara, este é feito de

forma proposital, somente para inflar a mesma.

Baseado na primeira Lei de Termodinâmica, a chamada lei da conservação

de energia, que no caso do proposto, indica a permanência do gás no interior da

câmara sem perder suas características de gás, ou seja, volume, temperatura e

pressão constantes, conforme ensaio efetuado. No entanto essas afirmações ainda

estão sendo analisadas de acordo com os experimentos. Cada experimento

realizado torna possível o aprofundamento de estudos mais precisos e aproximados

do correto.

Essa lei estabelece que, durante qualquer ciclo percorrido por um sistema, a

integral cíclica do calor é proporcional a integral cíclica do trabalho, ou seja, a

energia externa é igual à energia interna. Tal trabalho é medido em unidades

mecânicas, dadas pelo produto as força pela distância, como por exemplo, em

quilogramas – força x metro ou em joule, enquanto que as medidas de calor eram

realizadas por unidades térmicas, como a calor ou calorimetria. Essas medidas de

calor e trabalho foram efetuadas durante um ciclo para uma grande variedade de

sistemas e para várias quantidades de trabalho e calor. (WAN WYLEN, 2009)

Na Física interesse em compreender os fundamentos dos comportamentos

Físico e Químico da matéria e usar os princípios termodinâmicos para estabelecer

relações entre as propriedades da matéria. Um importante passo em toda análise

em engenharia é a identificação precisa do objeto a ser estudado. Em mecânica,

quando o movimento de um corpo precisa ser determinado, normalmente o primeiro

passo é a definição de um CORPO LIVRE e depois a identificação de todas as

forças externas exercidas sobre ele por outros corpos. A segunda lei do movimento

de Newton é então aplicada.

Em termodinâmica, o termo SISTEMA identifica o objeto da análise. Pode ser

um corpo livre ou algo complexo como uma Refinaria completa. Pode ser a

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quantidade de matéria contida num tanque de paredes rígidas ou uma tubulação

através da qual a matéria flui.

A propriedade de Entalpia é uma grandeza física definida no âmbito da

termodinâmica clássica de forma que esta meça a máxima energia de um sistema

termodinâmico, teoricamente passível de ser deste removida na forma de calor. É

particularmente útil na compreensão e descrição de processos isobáricos a pressão

constante as variações de entalpia encontram-se diretamente associadas às

energias recebidas pelo sistema na forma de calor, estas facilmente mensuráveis

em calorímetros. A entalpia, além de englobar em si a energia interna, esta também

integra uma parte da energia passível de ser retirada a forma de calor, de acordo

com o sistema. E está realcionada a equação demonstrada a seguir:

� = � + ��

Onde:

H = entalpia;

U = energia interna do sistema;

PV = quantidade de energia relacionada ao sistema.

No Sistema Internacional de Unidades a unidade da entalpia é o joule (J).

No caso do projeto proposto, o gás ao ser expelido do escapamento, possui

uma temperatura elevada, porém ao ser armazenado no interior da câmara de

borracha, de acordo com os ensaios realizados, esta não apresentou aquecimento

na própria câmara possibilitando assim o manuseio deste equipamento com as

mãos.

A escala utilizada para medir a temperatura no sistema internacional SI é a

Celsius, cujo símbolo é °C onde que anteriormente possuia a nomeclatura de escala

centígrada, mas que agora passou a ter essa denominação em homenagem ao

astrônomo sueco Andres Celsius (1701-1744) que a idealizou.

Até 1954, esta escala era baseada em dois pontos fixos, facilmente

reprodutíveis, o ponto de fusão do gelo e o de vaporização da água. A temperatura

de fusão do gelo e água, que está em equilíbrio com o ar saturado à pressão de 1,0

Equação (1)

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atm (0,101325 Mpa). A temperatura de vaporização a água é a temperatura em e a

água e o vapor se encontram em equilíbrio à pressão de 1 atm. Esses dois pontos,

na escala Celsius, recebi os valores 0 e 100.

Na Décima Coonferência de Pesos e medidas, em 1954, a escala Celsius foi

redefinida em função de um único ponto fixo é o ponto triplo da água (o estado que

as fases sólida, líquida e vapor coexistem em equilíbrio). A magnitude do grau é

definida em função da escala de temperatura do gás ideal. Os apectos relevantes

dessa nova escala são o ponto fix e a definição da magnitude do grau. O pomto

triplo da água recebe o vapor 0,01°C. Nessa escala, o ponto de vaporização normal

da água determonado experimentalmente é 100,00°C. Assim, há uma concordância

essencial entre a escala velha de temperatura e a nova.

Com base na segunda Lei da Termodinâmica de Nícolas Carnot, (1796 -

1832), pode-se definir uma escala de temperatura que é independente da substância

termométrica. Essa escala absoluta é usualmente referida como escala

termodinâmica de temperatura. Entretanto, é difícil operar diretamente essa escala,

por esse motivo foi adotada a Escala Internacional de Temperatura que é uam

aproximação muito boa da escala termodinâmica e é de fácil utilização. (JOHN

WYLEN, 2013)

A escala absoluta relacionada à escala Celsius é chamada escala Kelvin (em

honra a William Thompson, 1824-1907, que é também conheciso como Lord Kelvin)

e indicada por K (sem o símbolo de grau). A relação entre essas escalas é:

� = °� + 273,15 No uso em engenharia existem medidas, a exemplo da temperatura, que são

de bastente relavância para dimensionamento de quantidade e adequação a

utilização em fins específicos, como é o caso da massa e volume.

A grandeza pressão é usada em controle de processos e na imposição de

condições limites. Em sua maioria utiliza-se a pressão manométrica.

Equação (2)

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25

Neste sentido é de fundamental o entendimento do volume de controle

específico de uma substância que é definido como volume ocupado pela unidade de

massa e é designado pelo símbolo v. A massa específica de uma substância é

definida como a massa associada à unidade volume. Então a massa específica é

igual ao inverso do volume específico. Essa massa é simbolizada por ρ.

O volume específico de um campo gravitacional pode variar de ponto para

ponto, desta forma a definição de volume específico deve envolver o valor da

propriedade de substância em um ponto de um sistema.

2.4. CICLO TERMODINÂMICO

Quando um sistema (substância), em um dado estado inicial, passa por certo

número de mudança de estados ou processos e finalmente retorna ao estado inicial,

o sistema executa um ciclo termodinâmico.

Deve ser feita uma distinção entre ciclo termodinâmico, citado acima, e um

ciclo mecânico. Um motor de combustão interna de quatro tempos executa um ciclo

mecânico a cada duas rotações. Entretanto o fluido de trabalho não percorreu um

ciclo termodinâmico dentro do motor, uma vez que o ar e o combustível são

queimados e transformados nos produtos de combustão que são descarregados

para a atmosfera, e que por consequência será utilizado na proposta de trabalho,

conforme Figura (3.1) abaixo:

Fonte: VAN WYLEN, 2012.

Figura 3: Manômetro de calibração de pressão de pneus.

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Trata-se do ciclo Otto (NIKOLAUS OTTO, 1832 – 1891) um sistema aberto.

Isto porque troca massa com o meio externo, ao longo de um ciclo completo. Mas se

tratarmos isoladamente cada um dos quatro processos que ocorrem basicamente

nele pode considerá-los como sistemas fechados ou isolados, em cada caso

especial.

Especificamente, como demonstrado na tabela a seguir, se pode verificar o

número de ciclos e posicionamento do pistão no interior do cilindro quanto ao tempo

de cada processo nos motores a quatro tempos.

0° 180° 360° 540° 720°

1 Expansão Escape Admissão Compressão

2 Escape Admissão Compressão Expansão

3 Compressão Expansão Escape Admissão

4 Admissão Compressão Expansão Escape

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

Núm

ero

de c

ilind

ros

Ciclos do motor

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

Figura 3.1 – Quatro tempos do motor alternativo.

Tabela 1: MFI 4T z: 4 cilindros.

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Onde:

MFI – Motores De Ignição Por Faísca Ou Otto.

Cabe ressaltar que durante o ciclo o pistão percorreu o curso por quatro

vezes e o eixo do motor realizou duas voltas, isso em um motor a quatro tempos,

conforme mostra a figura 2.1.

No caso dos motores alternativos a dois tempos, os chamados 2T, de ignição

por faísca, completa-se o ciclo com apenas dois cursos do pistão, correspondendo a

uma única volta do eixo do motor.

É oriunda do grego pneuma, e que significa fôlego, vento, sopro. É

conceituada como a matéria que trata dos movimentos e fenômenos dos gases. A

pneumática terá essencial importância para o andamento dos futuros experimentos,

considerando que haverá movimentação dos gases no interior da câmara de ar.

Similar ao sistema de funcionamento de um compressor, os motores de

combustão interna atuam de forma impactante com relação à emissão de gases ao

meio ambiente, pois de forma homogênea, estes gases são inibidos através do

catalisador. No entanto, para que o compressor possa armazenar o gás admitido, é

necessário o uso de um motor (elétrico) de indução para movimentar os pistões do

compressor através de um acoplamento que por fim captura o ar do meio externo e

o armazena em um cilindro ou reservatório, e que este ar é controlado por meio de

um dispositivo controlador de pressão, o pressostato. No entanto, no estudo de caso

proposto, este tema pneumático consta de forma básica em relação ao

armazenamento de gás no reservatório.

2.5. SISTEMA TERMODINÂMICO

Consiste em uma quantidade de matéria ou região para a qual nossa atenção

está voltada. Demarcamos um sistema termodinâmico em função daquilo que

desejamos calcular. Tudo que se situa fora do sistema termodinâmico é chamado

MEIO ou VIZINHANÇA, onde se pode também conceituar o sistema fechado que é o

sistema no qual não há fluxo de massa através das fronteiras que definem o

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sistema; o Volume de controle; sistema isolado, onde não existe qualquer interação

com a vizinhança. (VAN WYLEN, 2013)

O sistema termodinâmico a ser estudado é demarcado através de uma

fronteira ou superfície de controle a qual pode ser móvel, fixa, real ou imaginária.

Relacionado à proposta de insuflação de gás em câmara de pneu observa-se

a influência da relação termodinâmica como demonstrada abaixo, e que por esta

razão, em uma análise moderna, é importante o tratamento dos ganhos de eficiência

em processos e dispositivos e é necessário conhecimento para completa apreciação

de engenharia sobre o funcionamento do sistema e seu desempenho.

��.���� = ��.��

��

Onde: ��= Pressão inicial;

��= Volume inicial;

��= Temperatura inicial;

��= Pressão final;

��= Volume final;

��= Temperatura final.

Onde temos como exemplos na tabela abaixo:

PROCESSOS TERMODINÂMICOS

Isobárico Pressão constante

Isotérmico Temperatura constante Isocórico ou Isotérmico Volume constante

Adiabático Sem transferência de calor

Isoentrópico Entropia constante

Isoentálpico Entalpia constante

Equação (3)

Fonte: VAL WYLEN, 2013.

Tabela 2 - Transformações Termodinâmicas.

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Neste sentido um exemplo comum de aplicação das leis da Termodinâmica é

o motor de quatro tempos sendo que neste tipo de sistema, a energia é fornecida em

forma de calor, pela queima do combustível (Figura 4).

O modelo ideal do ciclo de Otto é constituído por quatro processos reversíveis internamente:

1. Admissão isobárica; 2. Compressão adiabática; 3. Expansão adiabática; 4. Exaustão isobárica.

2.6. FUNCIONAMENTO DAS VÁLVULAS DE ADMISSÃO E EXPANSÃO

Quanto às válvulas estas em sua abertura e fechamento, realizados pelo eixo

de comando de válvulas, assim acaba gerando uma classificação relativa à posição

deste sistema MCI, que é formado pelo trem quem movimenta as válvulas como

formação subsequente por: tucho, hastes e balancins. Este sistema, além de

complexo, permite folgas que acabam comprometendo o desempenho dos motores.

Quanto à posição do eixo comando, os motores também podem apresentar mais

que uma válvula de admissão ou escapamento.

Fonte: FRANCO BRUNETTI, 2012.

Figura 4: Ciclo Otto real ideal.

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Quanto a alimentação de ar o desempenho dos MCIs está fortemente ligado e

associado à quantidade de ar admitido e retido no interior dos cilindros, como

demonstra a equação 5, pois, quanto mais ar é admitido, maior também será a

quantidade de combustível a ser adicionado e posteriormente oxidado.

O fluxo de ar para o interior do cilindro no tempo de admissão se dá em

função da geração de um gradiente de pressão entre o coletor de admissão e o

cilindro. No caso em que esse gradiente é ocasionado unicamente pelo

deslocamento do pistão do PMS para o PMI, o que gera uma depressão no interior

do cilindro, e não havendo nenhum dispositivo que eleve a pressão no coletor de

admissão acima da pressão atmosférica, tem-se o motor denominado naturalmente

aspirado. Nesses motores, o gradiente de pressão no processo de admissão é

limitado pela pressão de admissão, que será no máximo a pressão atmosférica.

Contudo, com a finalidade de aumentar essa gradiente as massas de ar admitidas

pelo motor surgiram os motores sobrealimentados onde possuem dispositivos que

aumentam a pressão no coletar de admissão acima da pressão atmosférica.

(FRANCO BRUNETTI – 2012)

O processo de compressão, como se sabe, acarreta no aumento de

temperatura do mesmo e esse aumento de temperatura ocasiona a redução da

massa específica do ar em comparação a uma condição de mais baixa temperatura.

Neste sentido a redução da massa específica do ar gerado pelo aumento de

temperatura na compressão. Na moto quando esta se encontra em movimento o

resfriamento é feito por conta do atrito com o ar, assim é condicionado o

resfriamento.

No caso dos gases de escape se nota que é um gás que já passou pela

queima no interior da câmara de combustão, logo este gás não é inflamável.

Qualquer que seja a aplicação do MCI é necessário dispor de um sistema que

colete e descarregue os gases de combustão de forma adequada, seguindo os

requisitos a seguir: reduzir o ruído causado pelo motor no ambiente; causar perda

mínima de potência do motor; satisfazer exigências operacionais como durabilidade,

nível de vibração etc.; geometria externa compacta; baixo custo.

Neste caso se pode dividir o processo de descarga em duas fases, sendo a

primeira fase onde ocorre a liberação dos gases de combustão, que se expandem

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para o coletor de descarga. Já na segunda fase, o pistão expulsa os gases

queimados através de seu movimento. Esse processo de liberação ideal dos gases

ocorre assumindo-se o pistão estacionário no PMI, ao final do curso de expansão.

Os gases que escapam do cilindro sofrem uma expansão livre, sendo este um

processo termodinamicamente irreversível. Os gases que permanecem no cilindro

sofrem uma expansão adiabática e reversível até a pressão atmosférica, antes que

pistão inicie o curso de exaustão.

Antes de escapar do cilindro qualquer pequena porção de gases “n”,

ocupando o volume de “V”, tem energia “U” a uma temperatura “T”, ou seja, os

gases resultantes no cilindro expandem realizando trabalho empurrando outros

gases ao longo do coletor de descarga.

Então toda a energia cinética adquirida pelo elemento “n”, ao deixar o cilindro,

é dissipada por atrito em energia interna no mesmo elemento e que não ocorra

transmissão de calor. Portanto a energia aplicada a qualquer elemento “n”,

originalmente à temperatura “T”.

2.7. CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÃO DOS PNEUS

Qualquer pneu, independentemente da perfeição de sua fabricação, pode vir

a ter falhas resultantes de perfurações, impactos, pressão incorreta, sobrecarga ou

qualquer outra condição inapropriada provinda de mau uso ou descuido. Falhas nos

pneus podem gerar prejuízos patrimoniais, danos físicos e até a morte, pois além de

serem responsáveis pela rodagem da moto é também responsável por amortecerem

os impactos relacionados à imperfeição das vias. Portanto manter a pressão

adequada neste componente indispensável para locomoção da moto é primordial

para melhor dirigibilidade e durabilidade dos mesmos.

O modelo de moto testado neste primeiro momento dos ensaios, no

insuflamento do gás, foi a CG 150cc da fabricante HONDA. No entanto este tipo de

motocicleta possui o pneu “Tube type”, pneu que contém câmara para rodagem.

Logo uma das condições para que a ideia e o dispositivo tenham um desempenho

convincente é o uso do pneu “Tubeless”, pneu sem câmara para rodagem.

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Além desta distinção no nome estão também peculiaridades de cada um, por

exemplo, as rodas devem ser específicas para pneus sem câmera, que são

incompatíveis com as raiadas convencionais. De fato, apenas algumas “maxitrail”

(motos de uso misto) contam com rodas raiadas projetadas para pneus “tubeless”.

Nelas, o aro não é transpassado pelos raios como nas rodas raiadas das motos

pequenas, o que permite a fuga do ar. A regra para saber se é ou não possível usar

pneus sem câmara na sua moto é simples: se ela tem roda de liga, sim, vá em

frente. Nas rodas raiadas, nunca use, salvo as exceções citadas e a não ser que

você coloque câmara de ar no "tubeless" antes de instalá-lo. Um pneu sem câmara

pode comportar uma, mas um que exige o item jamais funciona sem ele.

Tecnicamente, a diferença entre os tipos é pequena. Nos pneus sem câmara, há

uma camada interna chamada de “liner”, que funciona como uma espécie de capa

que assegura maior retenção do ar. Além disso, no desenho do talão de um pneu

sem câmara – nome dado às bordas do pneu, que se encostam ao aro de roda –, a

área de contato com o aro é mais ampla, assim como também há uma tolerância

dimensional limitada. Fazer um pneu sem câmara entrar na roda é sempre mais

difícil porque essa folga é pequena, justamente para eliminar a chance de o ar

escapar. (figura 5 e 5.1)

Figura 5: Estrutura de um pneu sem câmara.

Figura 5.1: Estrutura de um pneu sem câmara.

Fonte: Divulgação Pirelli

Fonte: Divulgação Pirelli

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2.7.1. CARACTERÍSTICAS DO PNEU E ARO

Como citado anteriormente os pneus com e sem câmra externamente são

praticamente iguais, no entanto o pneu sem câmara possui internamente um

revestimento impermeabilizante, chamado LINE a válvula é fixada no aro e não na

câmara.

O pneu sem câmara é mais seguro, porque sua construção é totalmente

hermética, diferentemente do pneu que tem a necessidade de usar câmara. O pneu

sem câmara conta com uma camada interna chamada de liner (lê- se láiner). É uma

fina camada de borracha que serve como impermeabilizante e reveste todo o interior

do pneu, impedindo que o ar escape pelas camadas de lonas. O liner torna a

câmara desnecessária e elimina a possibilidade de estouro súbito. No pneu sem

câmara, evidentemente, também é possível que um prego penetre, mas o pneu

tende a reter o prego que, a grosso modo, funciona como uma rolha de seu próprio

furo por algum tempo. Isso torna a perda de ar mais lenta, o que diminui o risco de

queda por perda de controle causada por um pneu murcho.

Em superesportivas, o peso da roda, principalmente a dianteira, é importante

para que o piloto não faça muita força no momento de mudanças rápidas de direção.

Quanto mais leve for a roda e todo o conjunto "não suspenso", que resulta no efeito

giroscópico, e que melhora e torna mais fácil a pilotagem. Mas o importante é que

com ou sem câmara, os pneus devem ser objeto de constante atenção. Afinal, na

moto, mais do que em qualquer outro veículo automotor, perder aderência com o

solo, nem que seja por uma só fração de segundo, acarreta uma situação crítica.

Como objeto de estudo destaca-se o item a seguir. Sendo este o principal item para o uso

do dispositivo (ZAMPIER Edu, 2011).

Figura 5.2: Perfil do aro

Fonte: Divulgação Pirelli

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� Nota: A linha vermelha mostra o perfil da roda observanndo que o pneu sem

câmara pode ser mais largo. Já os pneus com câmara tem maior efeito

amortecedor, favorecend assim maior maciez e os sem câmara possibilta uma

pilottagem mais agressiva e estável. (figura 5.2)

As perfurações mais constantes nos pneus das motos são localizadas nos

pneus traseiros deste veículo, sabendo da tração exercida junto ao solo no momento

da movimentação da moto. Com isso existe o esvaziamento rápido ou lento,

conforme figura (6) e (6.1).

Cada motocicleta possui seu tipo de pneu sendo estes para modelos

diversos, conforme fabricante e certificações do INMETRO – Instituto Nacional de

Metrologia, Qualidade e Tecnologia, ISO 9001:2000 entre outras certificações que

visam à segurança para o piloto e pedestres. Ao final deste estudo de caso estarão

dispostas tabelas de especificação e aplicações destes modelos de pneus e

câmaras.

2.8. ESCOAMENTO DO GÁS NA TUBULAÇÃO DE ESCAPE DA MOTO

Quanto ao escoamento do gás no interior das condutas é de forma

compressível, não estacionário e com a secção variável. Esse escoamento pode ser

considerado como unidirecional onde a influência do atrito nas paredes da conduta é

significativa; as trocas de calor através das paredes também são significativas

devido à influência térmica de eventuais reações químicas no seio do escoamento, e

Figura 6: Esvaziamento do pneu. Figura 6.1: Pneu perfurado.

Fonte: Divulgação Pirelli Fonte: Wikipédia

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por fim a secção transversal do escoamento poderá variar desde que o modelo

unidirecional se mantenha constante e a razão de calores específicos ɣ, por igual.

No final do processo de escape, mas ainda dentro do cilindro, permanece

certa quantidade de massa de gases, gases estes que são produtos da combustão,

ou seja, a massa restante fará parte da massa total da mistura no próximo ciclo.

Logo, esta massa é chamada de massa residual que é a relação entre a massa dos

gases residuais e a massa total da mistura existente no cilindro quando termina a

admissão. (JORGE TRINDADE, 1998) Dada pela equação:

� = !"# $%$ = !"# &! + '%() + !"#

Onde:

m+,-: massaresidual; m7+: massadear; m9:;<:massadecombustível; mC:C:massatotal.

Sendo assim é possível se estimar valor da fração residual a partir dos ciclos

padrões. Vale ressaltar que a ideia é válida para qualquer ciclo padrão, não somente

para o ciclo Otto. Desta forma com a influência e auxílio do dispositivo citado

anteriormente é possível realizar o insuflamento citado.

Equação (4)

Figura 6.2: Em destaque o motor e escapamento de uma moto.

Fonte: Manual do proprietário, Yamaha.

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3. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Neste primeiro momento foram priorizadas as condições normais do veículo

sem ajustes em suas características de fábrica relacionado ao motor deste, mas que

de acordo com o decorrer dos testes e condições de vazão do gás será analisada a

melhor forma de procedimento, e é necessário que se deixe claro que a rodagem do

pneu feito o insuflamento não será de forma constante, porém até a chegada da

moto a uma oficina para manutenção deste problema.

Em seguida foi realizada pesquisa bibliográfica relacionada aos tipos de

materiais e tipos de câmaras de pneu, no intuito de se descobrir se a mesma

suportaria a pressão e temperatura dos gases de escapamento. Posteriormente, foi

realizada a confecção do dispositivo baseado no projeto em questão juntamente

com o insuflamento da câmara para testar o processo, conforme materiais descritos

na Tabela 3.

MATERIAL UTILIZADO

ITEM DESCRIÇÃO DO MATERIAL QTD. UND. VALOR R$

1

Mangueira de borracha de alta temperatura, reforçada, diâmetro interno 16 mm.

0,3 m R$ 8,50

2 Mangueira de borracha para Ar, diâmetro interno 6,35 mm; 300 psi.

0,3 m R$ 4,00

3 Espigão fixo macho, rosca npt 19 x 6,35 mm. 1 UND. R$ 15,50

4 Abraçadeira tipo "pressão", metal, diâmetro 19 mm. 2 UND. R$ 2,25

5 Abraçadeira tipo "pressão", metal, diâmetro 6,35 mm. 2 UND. R$ 1,00

6 Luva de redução média pressão npt 6,35 x 19 mm 1 UND. R$ 12,50

7 Inflador presilha sem retenção de ar, diâmetro 6,35 mm. 1 UND. R$ 25,00

8 Câmara de borracha MJ18 1 UND. R$ 5,00

9 Pneu Tube Less aro 19" 1 UND. R$ 5,00

10 Aro 19", em metal 1 UND. R$ 5,00

11 Calibrador de pneu automotivo capacidade de até 50 psi/lb 1 UND. R$ 25,00

TOTAL R$ R$ 108,75

Fonte: O próprio autor.

Tabela 3: Material utilizado nos experimentos.

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A montagem dos componentes do DI foi efetuada conforme dimensão do

diâmetro externo do tubo de saída do escape da moto com o diâmetro interno da

mangueira do DI, disposto no item 3.1 a seguir e figuras 7 e 7.1.

É comum e notório nas ruas de qualquer cidade a utilização de motos, sendo

em uso doméstico ou a serviço, e ver estes veículos em situações constrangedoras

e perigosas, fez com que houvesse o início desta pesquisa. Entretanto a análise dos

componentes do DI é bastante relevante sabendo que seu funcionamento pode ser

nocivo à saúde do motociclista quando precisar fazer uso deste.

3.1. DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NOS EXPERIMENTOS

O dispositivo para o insuflamento do gás é composto pelos componentes

citados na Tabela 1, obtendo as características conforme as figuras abaixo:

As medidas da mangueira do DI foram dimensionadas a partir do diâmetro

externo da saída de escape das motos. Favorecendo assim o encaixe adequado no

tudo de escape evitando assim vazamento de gases.

Foram encontrados diâmetros distintos dependendo dos modelos das

motocicletas e fabricantes, porém como se trata de uma mangueira e essa

mangueira é feita de borracha, consequentemente há certa elasticidade que dá

melhor aderência ao tubo de saída do escape da moto.

Figura 7: DI a montar Figura 7.1: DI montado

Fonte: O próprio autor. Fonte: O próprio autor.

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Na continuidade dos ensaios foi utilizada apenas a câmara de borracha

relacionada à moto modelo XTZ – YAMAHA – MJ18 para pneu traseiro, onde se faz

necessário tornar claro que a câmara citada foi utilizada sem qualquer relevância,

senão apenas para ensaios, juntamente com o dispositivo desenvolvido e a

motocicleta Factor – YAMAHA 150cc para utilização de seu sistema de

escapamento para insuflamento que possui o diâmetro correspondente ao diâmetro

da mangueira do dispositivo (Figura 8.2).

Notou-se que não houve desligamento do motor da moto ao ser feita a

conexão com a câmara através do dispositivo citado, tendo em vista que a saída do

escape não foi totalmente obstruída, pois em uma das extremidades da mangueira

existe a válvula para conexão ao bico da câmara, e esta não impediu totalmente a

Fonte: O próprio autor.

Figura 8.2: Preparação para ensaio de insuflamento de câmara de pneu.

Figura 8: Medição tubo de escape1. Figura 8.1: Medição tubo de escape 2.

Fonte: O próprio autor. Fonte: O próprio autor.

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passagem do gás. Em seguida, estando a moto em ponto neutro, acelerou-se a

mesma para se obter maior pressão e rapidez para o insuflamento (Figura 8.3)

Para insuflamento da câmara do pneu considerou-se o gás em sua exaustão

da câmara de combustão, onde na prática do ensaio esta não apresentou aumento

de temperatura quanto ao armazenamento, havendo apenas a deformação elástica

da câmara de borracha, uma característica deste material.

3.2. CARACTERÍSTICAS DA CÂMARA DE BORRACHA

Trata-se uma substância elástica extraída do látex da seringueira obtida

sinteticamente por processos químicos industriais resistentes a uma determinada

pressão e temperatura. A câmara de borracha, na moto ou no veículo de quatro

rodas, é um recipiente responsável por armazenar o ar de forma comprimida no

interior dos pneus. Sua resistência quanto à pressão e temperatura está diretamente

relacionada ao fim a que se destina. No caso dos pneus de motos, que é o veículo

em questão, a calibragem deste componente de pneu, se dá conforme

especificações do fabricante, ou seja, o proprietário do veículo é responsável por

seguir todas as observações contidas no manual do proprietário/usuário.

Sabe-se que em uma motocicleta onde a compressão do cilindro a uma

rotação de 900 RPM - rotação por minuto - atinge uma compressão padrão de

Fonte: O próprio autor.

Figura 8.3: Câmara de borracha após insuflamento.

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aproximadamente 1.324 kPa (13,5 kgf/cm²) ou ainda 192 psi, conforme tabela

disposta.

Pressão de ar nos pneus/câmara

1 Pessoa 2 Pessoas

Dianteiro Traseiro Dianteiro Traseiro

175 kPa (25 psi)

200 kPa (29 psi)

175 kPa (25 psi)

225 kPa (33 psi)

Carga máxima: 170 Kg

Cada moto possui um tipo de pneu e cilindrada específica e equivalente ao

modelo. Neste caso a equação para obter a cilindrada da moto é dada conforme

equação:

Fonte: Manual do proprietário, Yamaha.

Fonte: Manual YAMAHA.

Tabela 4: Especificações de pressão dos pneus.

Tabela 5: Especificações do fabricante quanto à compressão do cilindro.

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�'DEDFG!&G& = ∗ IJK ∗ L�M N ∗ �O

Onde: N: número de cilindros;

D: diâmetro [cm²];

C: curso, distância entre os pontos PMS e PMI [cm].

Mas também pode ser demonstrado na equação a seguir, onde:

S: curso do pistão – que é a distância percorrida pelo pistão quando

este se desloca de um ponto para outro, ou seja, do PMS ao PMI ou vice versa;

V�: Volume total – que é o volume compreendido entre a cabeça do

pistão e o cabeçote, quando o pistão está no PMI;

V�: Volume morto ou volume da câmara de combustão – que é volume

compreendido entre a cabeça do pistão e o cabeçote, quando o pistão está no PMS

(também indicado como V;);

VQR: Cilindrada unitária – que é também conhecida como volume

deslocado útil ou deslocamento volumétrico, é o volume deslocado pelo pistão de

um ponto morto a outro;

z: Número de cilindros do motor;

D: diâmetro do cilindro do motor;

VQ: Volume deslocado o motor, deslocamento volumétrico do motor ou

cilindrada total.

VQR = V� − V� = π ∗ D�

4 ∗ S

A maximização do rendimento mecânico do motor, sendo a relação entre a

sua potência efetiva e a potência indicada para uma determinada condição de

funcionamento, passa também pelo comportamento de seu escape, ou seja, a

diferença entre a potência indicada e a potência efetiva inclui as perdas por atrito, a

Equação (5)

Equação (6)

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potência utilizada para movimentar os componentes do motor, bem como, o

comando de válvulas e a potência de bombagem que é a potência exercida para

remover do interior do cilindro no final do ciclo os produtos de combustão e efetuar

admissão de uma nova carga de mistura de ar/combustível, que pode ser expressa

como em termos da diferença entre a pressão média de admissão e a pressão

média de escape. Logo, uma pressão média de escape contribuirá para um melhor

rendimento mecânico do motor. Após a expansão o pistão passa pelas janelas de

admissão quando, novamente faz a lavagem dos gases de escapamento e

proporciona a admissão. Logo nota-se que os processos descritos utilizam apenas

dois cursos e, consequentemente, uma volta da manivela. A mesma solução pode

utilizar janelas de escapamento no cilindro, em lugar do suo de válvulas,

simplificando o motor mecanicamente.

Para verificação de compressão na câmara de combustão são dados os

valores no próprio manual do proprietário da moto, no entanto, caso haja a

necessidade de avaliar a real compressão em tal câmara é possível realizar o

processo através de um instrumento chamado – manômetro – onde o mesmo é

instalado no orifício da vela de ignição do motor (figura 9), conforme estabelecido

pelo fabricante, sabendo que a compressão no cilindro é praticamente padrão para

as motos com a mesma potência, mesmo sendo de outro fabricante, sendo essa

leitura é fornecida no máximo entre 4 a 7 segundos, de acordo com a Tabela 3.

Fonte: Manual do proprietário, HONDA.

Figura 9: Teste de compressão no cilindro.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com os dados fornecidos pelo fabricante da motocicleta usada em

ensaio houve êxito no que diz respeito ao insuflamento da câmara do pneu, quando

se obteve a calibragem de aproximadamente 20 psi, haja vista que a calibragem

apropriada para rodagem é de até 33 psi, dependendo do pneu a ser inflado (Tabela

1). Porém ainda é reconhecidamente vulnerável a possíveis alterações. Faz-se

necessária a aquisição de instrumentos de medição específicos para ensaios mais

aprofundados no sentido de desenvolver de forma mais eficaz este trabalho.

Notou-se que no ato do insuflamento da câmara, sendo tal processo efetuado

ainda externamente ao pneu, o mesmo não apresentou aquecimento em sua

superfície favorecendo a aplicação de maior quantidade de gás. No entanto quando

houve a inserção da câmara no pneu, pronto para rodagem, e com o insuflamento

efetuado, percebeu-se que há a possibilidade de rodagem da motocicleta.

Com a utilização do dispositivo desenvolvido e sua aplicação de forma

correta, tendo em vista o resguardo da integridade física do operador, ou seja, o

piloto da motocicleta, e quando este detectar a necessidade de uso do gás e DI, este

deverá atentar para alguns parâmetros de segurança para o início do processo de

insuflamento verificando a alta temperatura no tubo de escape da moto;

acoplamento do dispositivo para insuflamento (DI) junto ao tubo de saída do gás

sabendo que não deverá haver a inalação deste gás devido sua composição; o

processo de insuflamento deverá ser feito ao ar livre para melhor dissipação do gás

que por ventura venha a escapar pelas bordas do DI.

Notou-se também que para efeito de melhor desempenho do processo e

acondicionamento da câmara no pneu ainda é precoce a informação de possível

desbalanceamento das rodas, mesmo por que não houveram ensaios devidos para

este fim. Contudo foi notório que de acordo com a compressão do cilindro no motor

da moto haverá maior ou menor pressão na saída do gás no escape. Estes valores

de compressão dos gases no cilindro são dados pelo próprio fabricante, isentando

neste início, o uso de cálculos de pressão destes gases.

Os materiais utilizados nos ensaios foram adquiridos no mercado lojista local

da cidade de Manaus – AM, e estão disponíveis em variadas dimensões nos

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estabelecimentos atuantes na área de mecânica dos fluidos/fenômeno de

transportes. A Tabela 6 a seguir simplifica de forma básica os resultados

encontrados.

Observa-se que através do esforço máximo declarado pelo fabricante do

veículo, isto é, a carga máxima da moto estando a moto carregada com duas

pessoas ou não, suporta e neste caso se analisa o parâmetro encontrado para

possível rodagem com a câmara insuflada com os gases.

5. CONCLUSÃO

De acordo com o objetivo principal deste estudo de caso que trás a ideia de

ampliar a mobilidade dos veículos de duas rodas provisoriamente devido à

perfuração em um dos pneus, e neste primeiro momento fazendo uso das

descrições do fabricante em seu manual disposto, torna-se viável a insuflação dos

gases e seu armazenamento na câmara do pneu, conforme ensaios anteriores,

porém observando os parâmetros dispostos no item 4 deste estudo de caso quanto

aos procedimentos a serem seguidos.

Conforme proposto e através de objetivos e ensaios, quase todos realizados,

exceto o de balanceamento das rodas, análise da temperatura dos gases de escape

e teste de rodagem dos pneus com gás insuflado, até aqui se tornou válido os

experimentos sabendo que ainda surgirão várias outras ideias para este fim, mas

que sempre deverão seguir os passos citados neste estudo de caso ou não. É

Pressão de ar nos pneus/câmara

1 Pessoa 2 Pessoas

Pressão encontrada

com o uso do DI

Dianteiro Traseiro Dianteiro Traseiro -

175 kPa (25 psi) 200 kPa (29 psi)

175 kPa (25 psi) 225 kPa (33 psi) 20 (psi)

Carga máxima: 170 Kg

Tabela 6: Comparativo de calibragem do pneu da moto

Fonte: Manual YAMAHA

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importante reiterar que é um estudo complexo e que há a necessidade de

aprofundamento em alguns tópicos em questão tendo em vista a ausência de

conhecimento da temperatura dos gases depois de saída do escape, teste de

rodagem com a moto e balanceamento das rodas após insuflamento da câmara,

conforme relatado anteriormente.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRUNETTI Franco, Motores de Combustão Interna – vol. 1 – editora Edgard

Bluguer, 2012.

BRUNETTI Franco, Motores de Combustão Interna – vol. 2 – editora Edgard

Bluguer, 2012.

Catálogo Pirelli, 2015

ÉLYO C. Grison - Artigo científico Matéria prima da câmara do pneu, 2010.

FABIANO A. N. Fernandes – Artigo científico, 2006.

HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 2, volume

1, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p.

HONDA, Manual do proprietário, 2004.

PROMOT - Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos

Similares.

RAFHAEL Brum Werlang – Artigo científico Matéria prima da câmara do pneu, 2013.

TEIXEIRA JÚNIOR Antônio de Souza, Leis da Termodinâmica, FUNBEC.

TRINDADE Jorge Manuel Fernandes, Tese de mestrado: Regime de escoamento

dos gases no escapamento, 1998.

VAN WYLEN, Sonntag, Fundamentos da Termodinâmica 7ª edição – editora

Blucher, 2009.

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VAN WYLEN, Sonntag, Fundamentos da Termodinâmica 8ª edição – editora

Blucher, 2013.

YAMAHA, Manual do proprietário, 2010.

ZAMPIER Edu, Revista rodas e pneus, 2011.

SITES PESQUISADOS

http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_de_escape; 30/08/2015 - acesso às

21h56minh;

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/quimica/resumo-quimica-estudo-

gases-647098.shtml/flaviobosco; acesso 13/06/2015 às 14h44minh;

http://abdir.jusbrasil.com.br/noticias/1873878/motos-poluem-ate-quatro-vezes-

mais-que-carros/revistaquatrorodas; acesso 13/06/2015 às 15h20minh;

http://www.inmetro .gov.br: acesso 13/06/2015 às 15h47min.