CURSO DE EXTENSÃO EM PIANO – 2011deart.ufma.br/trab/extensaoempiano_relatorio.pdf · escola de mÚsica do maranhÃo universidade federal do maranhÃo curso de mÚsica curso de

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  • ESCOLA DE MSICA DO

    MARANHO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO

    MARANHO

    CURSO DE MSICA

    CURSO DE EXTENSO EM PIANO 2011 Relatrio Final

    O Projeto de Extenso intitulado Curso de Extenso em Piano teve seu incio prtico no

    incio do ms de Dezembro de 2010, atravs da aproximao do professor ministrante com a

    Escola de Msica do Estado do Maranho (EMEM), sua diretoria e o Ncleo de Piano. O contato

    foi positivo, sendo iniciadas as atividades em Maro do ano subsequente.

    O primeiro semestre foi bem movimentado, com presena relativamente significante de

    alunos de Piano e comunidade interessada. Alunos do curso tcnico de Piano da EMEM

    aproveitaram o espao para amadurecer seu repertrio e se preparar para as provas. Foi possvel,

    ainda, experimentar metodologias de ensino interdisciplinares com relao abordagem

    tradicional de master-class pianstica, contemplando saberes da Msica Popular, como no

    exemplo registrado na Aula 01. Este semestre foi finalizado com o curso de Pedagogia da

    Performance Musical, ministrado tambm na Universidade Federal de So Joo del Rei (UFSJ).

    Este curso tem tido boa aceitao em ambientes musicais, principalmente por versar acerca do

    ensino musical voltado formao de intrpretes, conhecimento raramente abordado na Educao

    Musical brasileira.

    O segundo semestre, por sua vez, teve movimento bem reduzido. A participao dos alunos

    de Piano foi baixa, mesmo diante das mobilizaes da profa. Ana Neuza junto ao Ncleo de Piano

    da EMEM. Na aula 07, do ms de Outubro, no houve a presena de nenhum ouvinte ou

    executante, fato que levou reconsiderao do planejamento, encerrando assim as atividades do

    Curso no ms subsequente. Com relao aos recitais agendados, no houve preparao suficiente

    do professor para sua realizao, adiando a apresentao do repertrio para o ano de 2012 e,

    consequentemente, fora do planejamento deste Curso de Extenso

    Registro das atividades realizadas

    AULA 01 (10 de Maro de 2011)

    O nmero de alunos presente hoje foi relativamente considervel. Foram trabalhadas

    peas do repertrio erudito de Piano, sendo elas: primeira cano sem palavras de G. Faur, 30

    pea das Cenas Infantis de R. Schumann, 4 inveno a duas vozes e minueto em Sol Maior de J. S.

    Bach, e Dansa de Negros de Fructuoso Vianna. Ainda, houve dois pianistas de msica popular, um

    deles executando uma pea memorizada atravs da audio e outro tocando a primeira parte do

    Noturno Opus 9 n 2 de F. Chopin.

  • Diante do repertrio, o professor buscou principalmente despertar tanto em ouvintes

    quanto executantes a percepo musical direcionada sonoridade, tanto na linguagem da Msica

    Popular quanto da Erudita. Questes sobre tcnica pianstica foram abordadas em diversos

    momentos, entre elas a tcnica digital, tcnica peso e busca pelo menor uso de recursos

    musculares no estudo, tendo a concentrao como principal guia para a manuteno destas

    questes. Sobre o pedal, houve uma explanao principalmente na Inveno de J. S. Bach e na

    msica popular tocada de ouvido sobre a importncia de se perceber o movimento harmnico,

    guiando as trocas de pedal a partir destas questes. Em J. S. Bach, reforou-se a importncia de

    analisar a forma musical e a relao entre o tema e as partes estruturantes da obra (sequncias

    harmnicas, transposies, inverses do tema e contrapontos) para a conduo do fraseado e

    planejamento de dinmicas.

    A experincia com os pianistas de Msica Popular foi muito enriquecedora, pois os

    elementos estruturantes da Msica Popular possuem relaes semelhantes com os da Msica

    Erudita (entre eles melodia, harmonia e baixo). Os procedimentos de apreciao do repertrio,

    atento s questes interpretativas, so vlidos em ambas linguagens.

    AULA 02 (07 de Abril de 2011)

    O nmero de participantes foi bem abaixo do esperado, podendo ser este fato atribudo

    divulgao. Apesar de t-la realizado em meio digital (pgina da UFMA e do Curso de Msica) e

    por cartazes na UFMA, UEMA e EMEM, ser necessrio analisar outras possibilidades de

    divulgao.

    Durante a manh, apenas uma aluna se apresentou, mostrando um trecho de uma valsa de

    Beethoven. Como a aluna no trouxe partitura, a estratgia de ensino foi trabalhar o fraseado,

    enfatizando o equilbrio entre melodia e acompanhamento, e a tcnica instrumental, reforando a

    postura ao instrumento e os pontos de ao muscular dedos, mos ou pulso, antebrao, brao e

    tronco ou corpo, abordagem inicialmente desenvolvida por Ludwig Deppe no final do sculo XIX e

    agora amplamente aplicada ao ensino de Piano. Como complemento a esta aula, o professor

    executou algumas peas os dois primeiros Intermezzos do Opus 118 de Brahms, a Tocata e Fuga

    em mi menor para cravo de J. S. Bach e a Balada 1 de F. Chopin. Eem seguida, o professor ilustrou

    a dvida de uma aluna sobre fugas ou peas polifnicas a quatro vozes. Para tal, foram

    demonstradas a exposio da fugata da Tocata e Fuga em mi menor para cravo de J. S. Bach e as

    duas exposies de fuga da Sonata 3 para Piano de P. Hindemith. Para finalizar, o professor versou

    sobre a importncia da anlise musical como estratgia para memorizao e interpretao na

    Performance.

    Um dos alunos comentou de forma depreciativa sobre receber um certificado de ouvinte.

    Logo, o professor reforou a importncia da participao como ouvinte, que ao presenciar o curso,

    tem acesso aos conhecimentos diretamente aplicados na Performance em carter interdisciplinar.

  • Dentre estes saberes, podemos enumerar: histria da Msica, organologia, repertrio, anlise

    musical, fisiologia da Performance, pedagogia da Performance, percepo musical e audio

    crtica. Este ltimo foi reforado como fundamental, pois est diretamente ligado percepo de

    sonoridade e interpretao musical, desenvolvendo a personalidade e a sensibilidade artstica.

    Alm disso, o professor est sempre recorrendo aos ouvintes para reforar as sugestes oferecidas

    ao executante, ficando evidente a participao ativa do ouvinte e sua importncia no curso.

    tarde, compareceram cinco alunos, sendo trs alunos de Piano da EMEM, uma formada

    na EMEM e um interessado. O principal assunto tratado foi a tcnica e a fisiologia da Performance,

    em especial para o aluno que aluno do Curso Tcnico de Piano e atua profissionalmente como

    msico popular, tocando de ouvido por horas seguidas. Foi reforada a necessidade de se estudar

    o movimento, e como estratgia para tal, o professor sugeriu que ele tocasse de mos separadas

    trechos j memorizados, atentando para a posio dos dedos, buscando no movimentar/ativar

    dedos no necessrios para a realizao da passagem em questo. Ainda, o professor enfatizou a

    questo de se utilizar outras fontes de fora, como pulso e brao, aliviando assim a ao dos dedos,

    principalmente na execuo de acordes e oitavas. Os ouvintes da ocasio reforaram a questo, e

    foi interessante que no momento da Performance do executante, todos foram ao palco observar de

    perto a questo dos movimentos. Outra executante trouxe apenas um trecho de pea memorizado

    sem partitura, e o professor sugeriu novos dedilhados que dessem fluncia ao trecho. A ouvinte

    formada pelo Curso Tcnico tratou sobre ornamentao nas peas de J. S. Bach, e o professor

    reforou que a finalidade musical desta enriquecimento e embelezamento, no sendo adequado

    pensar em regras fixas para sua execuo, mas observar o contexto musical em que esto

    inseridas. Em seguida, o professor ilustrou este comentrio executando alguns trechos de

    minuetos e invenes a duas vozes, demonstrando diversas possibilidades de ornamentao.

    AULA 03 (05 de Maio de 2011)

    Novamente, houve pequena presena no curso, com trs alunos pela manh e cinco

    tarde. Porm, a maioria absoluta foi de executantes, fato que aponta a procura do curso por

    estudantes de piano e profissionais.

    Pela manh, um aluno da EMEM tocou uma breve pea chamada Dana Espanhola,

    onde foram apontados aspectos de fluncia, fraseado e tcnica instrumental tipos de toque. Em

    seguida, uma aluna apresentou a Saudosa Seresta, pea da 1 sute de Lorenzo Fernandez. Foram

    feitas sugestes como cantar a mo esquerda (melodia no baixo), interpretar de forma mais

    tristonha (puxando o tempo e trabalhando a aggica) e frasear mais, bem com questes relativas

    ao estudo com e sem pedal, enfatizando que o estudo sem pedal permite trabalhar o legato digital

    e prover segurana em apresentaes onde se exige pouco pedal e mais legato sustentado pelos

    dedos. Por ltimo, uma aluna apresentou a Rapsdia Opus 79 de J. Brahms, lida h pouco e com

    trabalho de sonoridade bem slido, sendo que o professor atentou apenas a questes de

    andamento e prticas de estudo.

  • tarde, o aluno que toca de ouvido compareceu, tendo o professor trabalho diversos

    aspectos de tcnica instrumental e prtica de estudo. Por fazer acompanhamentos de ouvido, o

    aluno possui boa memria e conscincia musical mais evidente, conseguindo coloridos de

    sonoridade nas quais muitos alunos que aprendem exclusivamente atravs da leitura no so

    capazes de realizar. Entretanto, este aluno possui muitos vcios motores, em especial porque ele

    desenvolveu uma tcnica de tocar acordes em bloco, contraindo muito a mo. Por fim, o professor

    sugeriu que fizesse uma postura da mo em forma de concha, com o brao mais reto, distribuindo

    uniformemente os dedos nas teclas. Como o aluno continua a tocar peas de ouvido, o professor

    sugeriu que escolhesse algumas bem memorizadas e atentasse para seus movimentos, pois no

    estudo da Msica Popular, costumeiro no se atentar a estas questes, uma vez que a

    concentrao acaba sendo direcionada a aspectos estruturantes da Msica como tocar a melodia,

    as cifras e improvisar. Esta ateno, integrada prtica de estudo, fundamental para a soluo de

    vcios motores.

    A seguir, uma aluna tocou uma valsa de Ernesto Nazareth. Foi apontada a instabilidade

    rtmica, que evidente em estilos de msica danantes, pois estes necessitam em especial da

    regularidade rtmica. Ainda, a primeira frase da segunda seo se mostrou um elemento musical

    curioso, semelhante a uma emola. O professor ressaltou que o entendimento da frase guiaria a

    escolha do dedilhado, e para tal, ele estudou esta frase e passou aluna uma idia musical que

    orientasse a definio do dedilhado.

    Por fim, um aluno da EMEM tocou primeiramente o 1 preldio e fuga do 1 livro do

    Cravo Bem Temperado de J. S. Bach. O professor atentou no preldio para questes de

    direcionamento da interpretao, sugerindo acordes como ponto de referncia para o

    direcionamento da dinmica, de acordo com suas funes harmnicas. Na fuga, o professor

    sugeriu que as trs primeiras colcheias do tema fossem tocadas em portato (non-legato), sendo

    que esta idia aplicada a todas as aparies do tema ressaltariam sua entrada ao longo da pea.

    Ainda, o professor fez uma breve explanao da forma Fuga, indicando a exposio (neste caso a 4

    vozes), o desenvolvimento, o stretto (presente nesta fuga) e a coda (pedal da tnica). Esta

    identificao, alm de contribuir para o entendimento da obra e consequentemente a

    memorizao, permite estabelecer pontos de referncia mais claros em caso de falha de memria

    nas apresentaes pblicas. Outra questo apontada foi melhorar o fraseado dos elementos em

    contraponto ao tema, em semicolcheias, dando maior direo musical e fluxo para a pea.

    Este aluno continuou tocando o 1 estudo Opus 10 de F. Chopin, mostrando uma

    interpretao em andamento lento, exagerando nos movimentos, acentuando a ltima nota dos

    arpejos e tocando sem atentar ao acabamento musical. Dessa forma, o professor sugeriu que o

    aluno estudasse como num movimento de abrir e fechar a mo, com os dedos prximos ao teclado,

    com leve giro de pulso na mesma direo dos arpejos. Em seguida, o professor indicou as

    progresses harmnicas que ocorrem neste estudo, fazendo uma analogia com as mesmas

    presentes no 1 preldio do Preldio e Fuga anterior, onde idias harmnicas ocorrem em geral a

  • cada quatro compassos. Desta forma, o planejamento de dinmica seria realizado de acordo com

    os diversos nveis de tenso e relaxamento das funes harmnicas.

    Finalizando o dia do curso, este aluno tocou o primeiro movimento de uma Sonata para

    Violino e Piano de Mozart. Por ter facilidade com o toque digital, sua execuo foi rpida e sem

    mudanas aggicas. O professor reforou que por haver esta facilidade, provavelmente o aluno a

    enfatizara em seu estudo, sendo que a prxima etapa seria trabalhar os aspectos musicais da obra

    de Mozart, tocando as frases em semicolcheias atendendo sonoridade e aos contornos meldicos

    expressivos caractersticos deste compositor. Logicamente, o espao se mostrou restrito para que

    tais questes fossem trabalhadas de forma efetiva, pois para que o aluno as aprenda, necessrio

    desenvolver a audio crtica (atravs da apreciao de interpretaes de Mozart, por exemplo) e

    utilizar um tipo de toque atento sonoridade durante o estudo, tomando conscincia acerca dos

    elementos expressivos que se apresentam. Ainda, o professor apontou alguns trechos onde

    movimentos de giro de pulso poderiam ser aplicados, como nos baixos de Albert e em oitavas

    quebradas, por exemplo. Este aluno se assemelha ao perfil sanguneo apontado por Uszler em

    The Well-Tempered Keyboard Teacher, que tende a experimentar imediatamente as idias

    apresentadas e tomar decises de forma rpida. Isto de certa forma mostra um comportamento

    um pouco impaciente e hiperativo.

    AULA 04 (09 de Junho de 2011)

    Para esta aula, o tempo do curso foi reduzido em 4 horas: de 10h00 a 12h00 e de 14h00 a

    16h00. Tivemos a presena de trs pessoas ao longo do dia, todos pianistas. necessrio refletir

    sobre tal acontecimento, uma vez que o curso aberto ao pblico em geral. Por outro lado,

    compreende-se que os maiores interessados sejam justamente quem deseja atuar como pianista

    profissionalmente, pois existe demanda de informaes mais aprofundadas sobre interpretao

    musical e tcnica pianstica.

    Pela manh, tivemos a execuo do Preldio em mi menor Opus 28 de F. Chopin e a

    segunda Rapsdia Opus 78 de J. Brahms. Foi realizada uma abordagem tradicional sobre a

    execuo, no estilo master-class. Ainda, tratamos sobre a atuao profissional da segunda

    pianista, que regente do Coral da UFMA, trabalhando h mais de 20 anos no mesmo. Tratamos

    sobre assuntos acerca da aprendizagem colaborativa, e tambm sobre como a vaidade presente nas

    instituies afeta negativamente o trabalho, criando um distanciamento.

    tarde, houve somente um pianista, que tocou a Sonata Opus 49 n 2 de L. van Beethoven

    e a Inveno a duas vozes n 1 de J. S. Bach. Novamente sob uma abordagem tradicional, houve

    tempo para tratar de diversos aspectos interpretativos e suas implicaes na tcnica pianstica.

    AULA 05 (30 de Junho de 2011)

  • Hoje houve a presena de dois alunos executantes e um ouvinte de manh, e um

    executante tarde. Em geral, a aula foi conduzida de forma tradicional, como uma master-class

    usual, dado que os executantes trouxeram peas estudadas e buscavam por conhecimentos de

    interpretao mais caractersticos da Msica Erudita tradicional.

    O primeiro aluno tocou duas valsas de Beethoven em mi bemol maior, foras de sua

    listagem de Opus. Assim, o professor deu idias de interpretao baseadas nas Sonatas, pois h a

    utilizao de material semelhante, em especial as da 1 fase do compositor. O segundo aluno tocou

    uma valsa de Ernesto Nazareth, j com os planos de dinmica bem definidos, solicitando sugestes

    de aggica. O professor primeiro fez uma breve anlise fraseolgica, indicando os pontos que

    seriam mais adequados para mexer no tempo, de acordo com a estrutura da pea e sem quebrar o

    fluxo de cada idia musical. Em seguida, o aluno mostrou trechos da Sonata Opus 10 n 2 de

    Beethoven, solicitando algumas sugestes de pedalizao. Por ltimo, o mesmo disse que trabalha

    e estuda, no tendo tanto tempo para se dedicar ao estudo do instrumento. Ainda, solicitou

    informaes sobre material didtico de Piano para crianas, e formas para desenvolver a leitura

    primeira vista, dada a necessidade de executar a parte do professor nas aulas. O professor explicou

    como funciona o crebro a partir da Teoria do Processamento de Informaes, reforando que h

    uma limitao do fluxo de informaes processadas. Assim, o professor sugeriu que o aluno

    escolhesse partituras menos detalhadas (sem tipos de ataque e dedilhado, por exemplo) a

    princpio, podendo at fazer leitura de mos separadas. Contudo, fundamental que se mantenha

    o andamento, pois este o ponto central da leitura primeira vista. Em caso de erro, ele no pode

    parar: deve seguir em frente, imaginando que est acompanhando algum outro instrumentista.

    Por ltimo, o professor sugeriu que escolhesse partituras que ainda no conhecesse, pois o objetivo

    da leitura primeira vista trabalhar sem a memria lgica, ou seja: conhecer a pea que se

    pretende ler no desenvolve a habilidade de reagir a imprevistos.

    tarde, um aluno que est para fazer recital em agosto apresentou a pea Batuque de

    Ernesto Nazareth. Foram gastas mais de duas horas em cima desta pea. O diagnstico do

    professor mostrou que o aluno concentrou seus esforos em decorar a pea, entendendo suas

    frases e a forma musical. Todavia, como a primeira pea de msica brasileira que ele faz, houve

    muitos problemas relativos questo estilstica. Em diversos momentos, o toque se mostrou

    digital, quando se poderia utilizar rotao de antebrao, em especial para ressaltar as melodias que

    aparecem na mo direita. Outra questo discutida foi a realizao dos pedais em diversos pontos,

    que em geral o aluno no estava usando. Questes estilsticas da msica brasileira, como tipos de

    ataque non legato que podem valorizar os primeiros tempos, destacando o carter rtmico. Da

    mesma forma, foi sugerido que os elementos em sncope, direcionados ao primeiro tempo, fossem

    executados em legato.

    AULA 06 (15 de Setembro de 2011)

  • A aula de hoje foi marcada pela presena de uma nica aluna, radicada na Bahia, que

    estuda Piano Popular. Na parte da manh, houve uma longa conversa entre a aluna, a professora

    Ana Neuza da Escola de Msica e o professor do Curso de Extenso em Piano. Dentre os assuntos

    tratados, houve sugestes para que a presena seja mais efetiva por parte dos alunos de Piano da

    Escola, alm de questes acerca do cotidiano da profisso de msico.

    tarde, a aluna tocou alguns arranjos no estilo de Bossa Nova, com partes improvisadas.

    Sua sonoridade se mostrou bem leve e suave, sendo uma sugesto do professor trabalhar com

    outras formas de expresso musical utilizando toques mais vivos, rtmicos e com tipos de ataque

    mais claros, em especial em peas cujo estilo pede uma rtmica mais clara como Baio e Maracatu.

    Assim sendo, o professor sugeriu um estudo com a mo esquerda separada, evidenciando a

    sonoridade desejada de acordo com o estilo musical pretendido. Houve ainda uma discusso sobre

    as experincias musicais da aluna e sua busca por um estilo interpretativo pessoal, voltados

    prtica do Piano Popular.

    AULA 07 (06 de Outubro de 2011)

    Nenhum ouvinte ou executante se fizeram presentes nesta aula.

    AULA 08 (17 de Novembro de 2010)

    Na parte da manh, nenhum ouvinte esteve presente. tarde, um executante que j

    aluno do professor se fez presente. No repertrio, executou a Inveno a duas vozes n 8 de J. S.

    Bach, Orador matinal do lbum para a Juventude de P. I. Tchaikovsky, e a primeira parte da

    Valsa n 6 de M. Camargo Guarnieri. Houve maior discusso em torno da sonoridade desejada, na

    reao ao piano que diferente daqueles que ele tem estudado e sobre maior clareza na

    diferenciao entre melodia e acompanhamento, contrastes de dinmica dentro da pea e mais

    calma e clareza na realizao das frases, concluindo-as com maior cuidado com a sonoridade.

    O ltimo aluno tocou uma Valsa de F. Mignone e uma Gavota de J. C. Bach. Foram

    tratadas questes acerca da pedalizao na primeira pea, e o professor diagnosticou que o

    executante estava tocando com grande parte do p sobre o pedal, sendo recomendado que o pedal

    fosse pressionado somente com a ponta do p, para oferecer maior controle. Ainda, foi

    recomendado que o executante atentasse para os diferentes nveis de pedal, sendo guiado por sua

    audio para decidir que pontos necessitam de maior ou menor troca. Na Gavota, foi sugerida

    maior ateno ao fraseado, realizando o caminhar dos trechos musicais, que no estavam sendo

    feitos.