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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 1 ; V. 01

Curso de Fotografia - Volume 1

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 1

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V. 01

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O Fotógrafo é um caçador de momentos; fotografar é congelar um momento mantendo para

sempre suas emoções e sentimentos.

Um lindo sorriso que pode durar um século

Um abraço forte pode ser sentido por anos

Um olhar cativante pode nos encantar por gerações

Uma pessoa pode ser lembrada por quanto tempo?

―Nem é preciso acender a luz, eu fecho os olhos e tudo vejo.‖

_Eu conheci um fotógrafo cego e não me surpreendi.

(Eslí Brito)

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SUMÁRIO 4 - Visão Geral da Fotografia 95 - Lentes Zoom

13 - Significado de algumas palavras e siglas 95 - Modo Macro

17 - Introdução á fotografia digital 101 - Visores através da lente ou Óticos

18 - Vantagens e desvantagens 109 - O que você deve saber antes de comprar

19 - Como a fotografia interpreta as cores 115 - Cuidando da sua Câmera Fotográfica

21 - Tipos de câmeras 118 - Formatos de arquivos gráficos

26 - Lente 129 - Visualizador de arquivos

28 - Abertura 130 - Conversor de arquivos

31 - Tripé 137 - Edição de Imagem

33 - Enquadramento, regras dos terços. 139 - Equilíbrio de Cor

35 - Flash Brilho / Contraste

37 - Resolução da fotografia 142 - Software de edição

38 - Armazenamento das fotografias 145 - Como as imagens coloridas são impressas

40 - O fim dos monitores CRT 163 - Fotografia em estéreo

45 - Notebook para fotógrafos 174 - Fotografia panorâmica

46 - Programa de edição de foto 183 - Hardware técnicas

48 - Assuntos Interessantes Para Fotografar 192 - Seis Maneiras de Melhorar Suas Fotografias

57 - 10 Dicas de como ganhar dinheiro com foto 193 - Pare de cometer os mesmos erros

60 - Introdução 194 - Compare suas fotos com as que queria ter feito

Entenda tudo sobre Pixels Espere um longo tempo para fotografar

68 - Intensidade de cor 195 - Fotografe Instintivamente e Instantaneamente

82 - Impressão 196 - Fotografe novamente

84 - A Fotografia Digital Peça uma segunda opinião

86 - ISO 198 - Medição Básica

87 - Qualidade de imagem 201 - Uma técnica impressionante

88 - Controles Criativos 205 - Maneira criativa de usar uma câmera digital

89 - Controle Manual 210 - Cuidado com o filme

91 - Equilíbrio do Branco 220 - Fotografia criativa

92 - Valor de Exposição 227 - Modo de Exposição

93 - Distância Focal 228 - Usando velocidade criativamente

230 - A Luz certa

135 – Considerações Finais; saiba sobre nossos outros exemplares e contato.

Entender a fotografia a fundo teoricamente pode tornar uma tarefa árdua e cansativa,

causando desinteresse na aprendizagem, recomendo adquirir uma câmera que tenha

controles manuais para ficar mais compreensivo o que está descrito aqui.

Veja nossos outros exemplares, saiba como adquirir

v.2 – Montando um Studio / v.3 – Fotografia de eventos / v.4 Tratamento de fotografias

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Visão geral da Fotografia digital (resumo)

DICAS PARA TIRAR MELHORES FOTOGRAFIAS DIGITIAIS

Hoje em dia quase não se ouve falar em máquinas fotográficas analógicas, aquelas ―de filme‖.

As máquinas digitais se expandiram, se tornaram populares, trazendo muitas vantagens. A fotografia em si ficou mais barata. Você pode bater quantas fotos quiser, ver na hora se ficaram boas ou não, e o melhor de tudo, quase sem custo – se comparado ao que você gastaria com uma câmera analógica.

Ao mesmo tempo que traz tanta praticidade e facilidades, as câmeras digitais têm diversas especificações, e há grandes diferenças entre os modelos e recursos. Iniciantes ficam confusos, ou se deixam iludir por alguns vendedores que prometem ―milagres‖. Para tirar boas fotos digitais é preciso entender alguns conceitos utilizados pelas câmeras, saber manuseá-las, e é claro, entendendo o que se está mandando fazer – sempre em busca de melhores imagens. Definitivamente, não basta apontar a câmera e clicar.

A decepção com fotos ruins pode ser muito grave, especialmente em momentos que nunca mais voltarão. A escolha da câmera certa para você pode não ser uma decisão fácil. Uma câmera inadequada aos seus objetivos lhe trará dores de cabeça, problemas e muita, mas muita decepção.

Profissionais da área sabem como lidar com as situações, mas os leigos, ―fotógrafos

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amadores‖ ficam muitas vezes perdidos. Este texto lhe trará algumas orientações e considerações importantes para tirar melhores fotos, aproveitando ao máximo os recursos de sua câmera, e os momentos do seu dia-a-dia.

Sobre recursos das câmeras, e várias dicas Variando muito de modelo para modelo, fabricante para fabricante, as câmeras digitais têm algumas propriedades e recursos que você deve conhecer e saber manuseá-los.

Para começar, você deve saber que existem vários tipos de câmeras, mas todas elas podem ser agrupadas em dois grupos basicamente: as compactas e populares, destinadas a todo tipo de usuário, e as profissionais, destinadas a fotógrafos que trabalham na área ou precisam de bons resultados impressos. A maioria das câmeras ―pessoais‖, digamos assim, têm recursos automatizados que lhe deixa despreocupado(a) quanto à abertura do diafragma, tempo de exposição, nível de ISO, etc – em contrapartida, quando você quer alterar algum valor avançado em busca de melhores fotos, em situações específicas, elas podem lhe deixar a ver navios, sem permitir que você altere alguns valores fundamentais. Nesse ponto as profissionais são mais complexas, porém, mais robustas e versáteis (nem precisa dizer que são também mais caras).

Uma das primeiras coisas a se observar é a lente da câmera. Por ela é que começa a fotografia, por ela é que ―entra‖ a imagem. Câmeras com boas lentes normalmente são mais caras, mas há câmeras razoáveis a preços acessíveis. Fique atento ao número que representa a abertura mínima e máxima da lente, responsável pela luminosidade. Esse número normalmente vem indicado com a letra f, bem próximo à lente da câmera, por exemplo, f = 6.1.Quanto menor for esse valor, mais luminosa é a lente, ou seja: a câmera poderá oferecer imagens mais nítidas e brilhantes, sendo boas também em ambientes com pouca luz.

O foco pode ser ajustado nas câmeras mais profissionais com melhor precisão. Normalmente as câmeras amadoras e de uso geral possuem foco fixo automático, e apenas dois modos de focalização: para objetos próximos (cerca de 10 a 20 cm da lente) ou distantes, englobando de 20cm da lente até o infinito. Quase sempre o foco pode ser alterado mudando um botãozinho, um ―jumper‖ na lateral da câmera. Não se esqueça de ver no manual do seu aparelho em qual posição é tal foco, pois bater fotos de paisagens ou coisas distantes da câmera com o foco ajustado para objetos próximos, ou vice versa, lhe trará resultados horrorosos.

O zoom é um recurso de aproximação da imagem, desejado e admirado por muitos – profissionais e amadores. É obrigatório a câmera ter zoom óptico se você quiser usar o recurso de zoom nas suas fotos – ignore o zoom digital. O zoom óptico é físico, envolve aproximação e afastamento das lentes. Ele aproxima a imagem analogicamente, sem perder a qualidade, antes de a imagem ser registrada pela câmera. Já o zoom digital é, como o nome diz, digital, processado digitalmente, pelo processador da câmera. Ele não passa de uma ampliação via software. Se for para usá-lo em fotos, prefira não utilizá-lo, e amplie sua imagem em algum programa gráfico (de preferência, usando o zoom bicúbico, que oferece melhor qualidade); o resultado da ampliação da imagem pronta num programa de computador poderá ser melhor do que a ampliação fornecida pela câmera. Algumas câmeras possuem tanto zoom óptico como digital, fique atento a isso. Zoom de verdade é o óptico.

Uma atenção ao zoom, é que quanto mais se aproxima reduz o campo de foco, ou seja, somente o primeiro plano ficará em foco e o fundo suave indefinido até, dependendo da

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abertura da câmera. A um porém nisto, se você mirar incorretamente ao clicar, poderá focar o fundo e o primeiro plano ficar sem foco, as câmeras tem suas configurações que devem ser observadas mas por padrão o ponto de foco é o centro do quadro, porém você pode focar objetos ao lado, basta clicar e segurar o botão do abturador até o meio e mover a câmera compondo a imagem e pressionar completamente o botão ou use zoom manual.

(Foco no centro do quadro) (foco na lateral direita, no gato em segundo plano).

Bem vindo(a) ao mundo dos ―megapixels‖, unidade abreviada como MP. Você certamente já ouviu falar nisso. Quanto maior, melhor, mas tem lá seus limites. Se você não pretende ampliar muito determinadas seções das imagens, uma câmera boa de uns 3 MP pode lhe satisfazer.

Atenção: Não se iluda com câmeras de muito megapixel, o mais importante é o censor óptico e o processamento da imagem. Mega pixel é apenas dimensão que a foto pode ser ampliada.

Câmeras que oferecem mais megapixels capturam mais detalhes das imagens, por área quadrada; são ótimas para tirar fotos grandes (para impressão em alta resolução), além de pegarem mais detalhes da imagem (pessoas na janela de um prédio, por exemplo, ao aproximar – ampliar – a imagem). O resultado é uma imagem maior, em largura e altura, e em área, conseqüentemente.

Celulares populares com câmera normalmente têm câmera VGA, fornecendo a resolução máxima de 640x480 pixels (ou 0,3 MP). A imagem é pequena e captura poucos detalhes do ambiente; se você tentar ampliá-la ou imprimi-la num tamanho razoável, como 10x15cm, por exemplo, sentirá que a imagem ficou ruim. Uma câmera com uns 3 MP gera imagens boas normalmente para ampliação até uma folha A4 mais ou menos, mas ainda assim depende de o objeto desejado estar ocupando a maior área possível. Sem contar que, em algumas situações, o valor real de megapixels pode ser considerado mais baixo, dependendo da luminosidade, ajustes e do ambiente em si. Com mais megapixels, você pode tirar fotos mais à vontade, sem se preocupar tanto com o zoom ou de se aproximar do objeto. Mesmo que ele fique no centro da foto, distante, você poderá recortá-lo e ainda assim obter uma imagem com qualidade num tamanho agradável. Hoje são comuns câmeras de 7 MP, chegando aos 10 ou um pouco mais do que isso.

Dados os benefícios e preços, é besteira comprar uma câmera com menos de 5 MP hoje em dia (exceto no caso de aparelhos de telefone celular com câmera, onde o preço por megapixel ainda é muito alto). E mesmo assim, os aparelhos com câmera acopladas são para situações mais rápidas. Apesar de alguns tirarem ótimas fotos, você consegue resultados melhores e/ou

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pelo menos mais personalizáveis, apenas com câmeras mesmo.

Algumas câmeras oferecem uma quantidade maior de megapixels por interpolação (junção de cores próximas para formar novos pixels). Evite usar esse modo, ele geralmente não é o padrão nas câmeras que possuem o recurso, mas pode ser escolhido caso o usuário queira. O resultado é uma foto maior, como se fosse ampliada por um programa de computador, sem a mesma qualidade de uma foto com a mesma resolução real numérica.

Normalmente a quantidade de MP suportada pela câmera é o único fator que leva as pessoas a considerarem a câmera como ―boa‖ ou ―ruim‖. Não é por aí. Você deve levar em consideração várias outras coisas, como a possibilidade do modo automático ou manual, flash embutido, dar preferência a zoom óptico, entre outras coisas, como armazenamento e alimentação (fonte de energia, de preferência algo fácil de recarregar ou encontrado em qualquer lugar, como as pilhas AA ou AAA).

A maioria das câmeras compactas fazem boas fotos na maioria das situações, usando um modo automático, onde um sensor na câmera detecta a iluminação do ambiente e cuida de ajustar os parâmetros ―pensando‖ numa melhor imagem. Mas em várias situações, pode ser interessante querer ajustar alguns parâmetros manualmente, como o tempo de exposição da lente, especialmente para fotos noturnas ou em movimento. Vale conferir se a câmera possui apenas o modo automático, ou se ela permite definir ajustes manualmente também. A maioria das câmeras, mesmo as mais baratas, permitem configurações pré-selecionadas, como para fotos noturnas, em dias nublados, ensolarados, ou com pouca iluminação - etc.

Um outro recurso que vale observar é o estabilizador de imagem. Assim como o zoom, ele

pode ser óptico (físico, feito pela lente) ou digital. Ele separa várias imagens, e faz uma mesclagem delas, para formar a foto – visando corrigir tremedeiras, afinal é comum tirar fotos tremidas. O estabilizador digital muitas vezes reduz a qualidade da imagem, é bom tomar cuidado ao usar esse recurso. Concentre-se, respire fundo, evite tremer. Se for o caso, use um tripé, ou apóie a câmera em algum lugar em que ela não se mova. O maior problema ao tremer se percebe com fotos noturnas ou em ambientes com pouca luz, onde o obturador fica aberto por mais tempo, justamente para aproveitar ―mais luz‖, já que o ambiente está escuro. Isso causa a impressão de um ―filme‖ com as cenas sobrepostas, sendo comum também em cenas de movimentos. Veja uma foto tremida, no escuro, como ficaria:

(Baixar velocidade, 1seg, f/2.1, iso 200). (veja o carro borrado, e como o fundo está nítido)

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Totalmente perdida (repare nas luzes, o que acontece.

Algumas vezes é possível aumentar o tempo do obturador (aumentando o valor E.V. da câmera) para obter efeitos desejados também, como em um carro em movimento, por exemplo, para que as laterais saiam tremidas, dando um ―efeito‖ agradável na imagem sem precisar usar um programa no computador. Você conseguirá fazer isso satisfatoriamente só com a prática.

O ISO é uma grandeza muito importante também para a qualidade da foto. Ele determina a quantidade de luz necessária para tirar a foto, influenciando diretamente na luminosidade da imagem (mais clara ou mais escura), afetando diretamente a qualidade – e sim, como talvez você tenha pensado (pelo nome), os valores são padronizados pela ISO, International Organization for Standardization. Quando aplicado incorretamente, tende a gerar fotos com ―chuviscados‖ ou muito brancas, por exemplo, misturando o horizonte com o céu. Quanto maior o ISO, mais sensível será a iluminação, precisando de menos luz para realizar a imagem, permitindo tirar melhores fotos no escuro, e à noite (também combinado com o ajuste de E.V.). O ISO pode ser configurado manualmente em câmeras mais profissionais, e nas amadoras e de uso geral normalmente ele é definido pela câmera automaticamente. Algumas estabelecem alguns valores para escolha, como 100, 200, 400 ou 800, por exemplo. Em ambientes com muita luz, use o menor ISO possível – isso inclui dias ensolarados. Caso contrário, as cores claras ficarão muito, mas muito claras, estragando a foto.

Para dias nublados, ou locais internos com uma iluminação não muito boa, o ISO 200 ou 400 pode ser melhor. Em fotos noturnas, com muito pouca iluminação, use um valor maior para o ISO, e não se esqueça de tomar cuidado em manter a câmera fixa, sem tremores. Tirar fotos de objetos em movimento à noite é uma tarefa árdua, e boa parte das câmeras populares não conseguem fazer isso nem com reza brava. Se você precisar de algo assim, deverá procurar uma câmera mais profissional, com melhores estabilizadores de imagens e possibilidade de uso de um valor ISO mais alto. Isso é fácil de se perceber em baladas, festas em geral ou para fotos de automóveis em movimento à noite. Algumas vezes as fotos saem boas, por algumas características especiais em conjunto (luzes, iluminação do objeto a ser fotografado, etc)

Em fotos noturnas, é essencial ficar atento à exposição, ao valor do ISO aplicado. Algumas máquinas têm um modo de fotos noturnas, quase sempre esse modo ajuda bastante – deixando tanto objetos próximos como distantes, registrados com poucos erros. O pior em fotos noturnas é a tremedeira natural do ser humano – e com o ISO mais alto, o tempo de exposição é maior, transformando os objetos em movimento num feixe de luz (seja movimento próprio como no caso de automóveis, pessoas, etc, ou movimentos devido as

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tremedeiras do fotógrafo), como mostrei na imagem mais acima – a da praia. Uma dica é respirar fundo, segurar a respiração e bater a foto – você fica mais estável. Não se esqueça de usar tripé também (algumas câmeras acompanham um tripé pequenininho, dá para apoiar em alguma superfície plana estável).

O flash também é importante, claro – mas tem um alcance em geral muito curto, de 1, 2 a uns 5 metros. Em fotos noturnas, só o utilize mesmo para fotografar coisas próximas, como pessoas ou detalhes de objetos perto de você. Se a foto ficar muito clara com o flash (ou toda branca), experimente diminuir o valor do ISO – mesmo estando escuro em volta, a foto será capturada com a luz do flash, vale tentar uma combinação agradável. Para fotografar ambientes, é bom ter iluminação própria (leia-se: não o flash da câmera) e ―espalhada‖ em alguns pontos, caso contrário não se verá praticamente nada. E o óbvio, mas que muita gente esquece ou faz sem pensar: se o que você quer fotografar está longe, esqueça o flash! Em shows, por exemplo. Bater foto com flash só vai pegar as cabeças de pessoas próximas, até tirando o destaque do que você realmente quer – o palco. A maioria das câmeras têm pelo menos 3 modos de flash: automático, desativado e forçado. O automático nem sempre é o ideal, por exemplo ao tirar uma foto de alguém contra o sol. A claridade do sol ofuscará o rosto da pessoa, e o flash não será disparado se estiver no automático, devido à claridade detectada pela câmera. Neste caso, use o flash forçado, para que ele ilumine a face da pessoa (ou o objeto a ser fotografado), mesmo com a luz forte do sol atrás. Algumas outras têm redutor de olhos vermelhos, que geralmente consistem em bater duas vezes o flash, bem rapidamente, e tirar a foto somente na segunda batida. Isso evita que as veias oculares apareçam ―despreparadas‖, reduzindo ou até mesmo eliminando os ―olhos vermelhos‖, efeito comum de se perceber em fotos à noite ou em ambientes com pouca luz em geral. Além dos modos automático, forçado e desativado (para o flash), algumas câmeras têm diferentes níveis de intensidade da luz (flash mais forte ou mais fraco). Não confunda esses níveis com os modos de uso ou não do flash.

Outras medidas importantes independem das câmeras, e são intuitivas demais até, mas vale a pena comentar. Para fotografar rostos de crianças, abaixe-se, fique em nível com elas. Fica uma foto mais natural. E claro, sempre: tome muito cuidado com o fundo. Uma foto com um fundo comprometedor ou ―zuado‖ estraga a foto. Centralize a pessoa, use o zoom se necessário (se for zoom digital, prefira não utilizá-lo; chegue mais perto neste caso, ou prefira uma câmera que ofereça uma resolução maior em megapixels).

Quanto aos formatos de arquivos... A maioria das câmeras populares salvam as imagens

obtidas em JPEG, permitindo escolher a qualidade entre ótima, boa e baixa (leia-se ―ruim‖). Essa qualidade normalmente se refere ao nível de compressão JPEG, utilizado na geração da imagem, e quase sempre é representado na câmera por estrelinhas (3 estrelinhas geralmente quer dizer alta qualidade). As fotos em alta qualidade ocupam mais espaço, mas são, como era de se esperar, melhores. Mesmo estando em ―alta qualidade‖, raramente as câmeras usam o nível 100 do JPEG, geralmente salvando no nível 90 e pouco. Algumas câmeras profissionais salvam em outros formatos, como TIFF ou RAW, evitando perda de qualidade com a compressão JPEG – mas gerando arquivos bem maiores. A quantidade de fotos que cabem na memória da câmera ou cartão é muito variável, dependendo da resolução (tamanho da imagem em pontos), qualidade, e dos detalhes das imagens em si – um arquivo de uma foto com predominância de uma só cor, tende a ser mais leve do que o de uma foto com mais elementos. foto em resolução de 5 MP com alta qualidade ocupa, em média, de 1 a 1,5 MB.

Algumas câmeras possuem compatibilidade com o modo picture-bridge, permitindo imprimir as fotos diretamente a partir da câmera, conectando-a numa impressora com entrada própria

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para isso (geralmente US. Se você gosta de praticidade e quer algo mais independente de computador, pode optar por câmeras com esse recurso. Mas sempre é bom passar as fotos para um computador e guardar em CDs ou DVDs. A foto impressa não poderá ser reproduzida com qualidade posteriormente, caso você deseje mais ―exemplares‖. Guarde o arquivo, que seria o correspondente ao ―negativo‖, utilizado pelas câmeras analógicas. Ah, e saiba que em geral é errado falar ―revelar‖ fotos digitais, afinal elas já estão prontas e com as cores definidas diretamente nos arquivos. As fotos analógicas trabalham de forma diferente, onde o material do filme precisa passar por processos químicos, até que se obtenha um resultado visível com qualidade para o olho humano. O termo mais correto seria mesmo ―imprimir‖ as fotos, mesmo que em papel fotográfico tradicional. Hoje em dia custa cerca de R$ 0,50 por foto 10x15cm, para quem não gosta de álbuns virtuais ou quer ―pegar‖ nas fotos, pode valer a pena manter cópias impressas também.

Dependendo do tamanho do arquivo e da resolução, a gravação da foto pode ser lenta. Isso toma mais tempo entre uma foto e outra. Essa é uma desvantagem grave das câmeras digitais, perto das suas antepassadas analógicas. É bom usar cartões de memória de marcas renomadas, com alta velocidade de escrita (aproveitando a dica, prefira câmeras compatíveis com USB 2.0, para passar as fotos para o PC mais rapidamente também). Além do tempo de gravação, tem o tempo de processamento da câmera, que se assemelha a um computador. As câmeras têm processador de dados também, para tratar a imagem e salvá-la na memória. Em algumas marcas, especialmente de baixo custo, esses processadores podem ser mais lentos, tomando mais tempo para liberar a câmera para uma nova foto. Às vezes são um, dois segundos, três, que seja – é um tempo que atrapalha e pode fazer você perder algumas imagens, dependendo da situação.

Isso você deve verificar na hora de comprar a câmera, afinal não é um defeito, vem a ser uma característica. Algumas câmeras têm disparos seqüenciais, onde tiram duas ou três fotos ―seguidas‖. Pode ser interessante usar esse modo também, se você precisar de fotos de algum objeto em movimento, por exemplo. Nem é preciso falar também que o tempo necessário para produzir a foto será maior em fotos com ISO mais alto, onde o obturador deverá ficar mais tempo aberto, para capturar mais luz.

Ajustes no computador Algumas câmeras possuem ―efeitos‖ que podem ser aplicados, tais como sépia (simulação de fotos antigas, amareladas), preto e branco, e ajustes de brilho/contraste/níveis de cores.

Não é bom usar os recursos das câmeras, a menos que você não saiba manusear minimamente um software de edição de imagens para PC. Digo que não é bom usar os recursos das câmeras apenas para que você tenha a foto ―original‖. Com ela, você poderá modificar e aplicar efeitos posteriormente, tendo uma gama maior de opções. Se você tirar uma foto no modo preto e branco, por exemplo, nunca conseguirá tê-la colorida como a original; já tirando ―normal‖, você poderá tê-la em preto e branco com qualidade, mantendo a normal colorida)

Há muitos softwares no mercado para edição de imagens. O popular Photoshop é profissional, até relativamente difícil de se aprender a mexer com perfeição. Para recursos básicos, alguns programas gratuitos dão conta do recado, como o Paint .NET (para Windows) ou GIMP (tanto para Linux como para Windows). Há ainda programas voltados a usuários leigos ou ―comuns‖, chamados de gerenciadores de imagens. Um dos mais fáceis de usar – e gratuito – é o Picasa, do Google. Ajuste de brilho, saturação, contraste, olhos vermelhos, balanço de branco, rotação e uma série de outras coisas podem ser feitas em poucos cliques

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com ele:

Além disso, programas como esses possuem modos ―automáticos‖ de correção, que quase sempre ajudam bastante. Mas dependendo da qualidade da foto tirada, não há muito milagre a ser feito, especialmente no caso de fotos noturnas ou tiradas com um ISO inadequado. No caso do Picasa, o modo ―automático‖ pode ser conseguido com o botão ―Estou com sorte‖.

Bons ajustes manuais estão nos níveis de cores, além do equilíbrio de branco – que pode tornar as fotos mais amareladas ou azuladas, ou então reduzir as tendências a essas cores, automaticamente aumentando a tendência de outras. Alguns programas possuem ajustes automáticos de níveis das cores, ajustando automaticamente os níveis RGB (reg, green, blue; verde, vermelho e azul). Quase sempre eles dão uma boa melhora na imagem – mas você também pode ajustar valores independentes para as cores vermelho, verde e azul. Uma imagem um pouco escura ou com cores distorcidas pode ser facilmente corrigida ao aplicar o ajuste de níveis de cores. Você encontra esses ajustes normalmente nos menus ―Filtros‖ ou ―Correções‖, de programas como Photoshop, Fireworks, GIMP, etc. Editores básicos muitas vezes não possuem esse tipo de ajuste.

Apesar de ser comum o uso de RGB no computador, na hora de ser impressa, normalmente as imagens são convertidas em CMYK (Cyan, Magenta, Yellow, Black), sistema de cores mais usado para impressão. Isso pode fazer com que algumas cores não saiam exatamente como você via na tela. Em alguns programas, você pode converter a imagem para cores CMYK, obtendo uma maior fidelidade nas cores exibidas e as correspondentes que serão impressas – mas dominar isso já é algo mais avançado. Algumas imagens não precisam de ajustes para serem impressas, mas é bom retocar fotos apagadas, com cores foscas (especialmente ajustando os níveis de cores), para que fiquem mais brilhantes e com as cores mais consistentes. Quase sempre, aplicar o ajuste automático de níveis de cores, reduz o problema de fotos foscas ou sem brilho. Em fotos muito claras, diminuir um pouco o brilho via software também ajuda.

Alguns serviços de impressão aplicam alguns ajustes automaticamente, inclusive mesmo que você não peça, visando obter melhores imagens. Tenha em mente que imprimir imagens é muito diferente de imprimir textos. Impressoras caseiras quase nunca oferecem boa qualidade de impressão, além da questão do tipo de papel utilizado e quantidade de tinta – fora o preço da tinta, claro. Geralmente vale mais a pena mandar imprimir em serviços de revelação, afinal quem quer se manter no mercado, hoje fornece impressão de fotos digitais em papel fotográfico convencional.

Algumas palavras para finalizar: experimente! Explore. Teste. Não desista. Faça inúmeros testes, em diferentes configurações e situações, até se acostumar com sua câmera. Você estará mais preparado(a) para tirar melhores fotos, evitando desperdiçar momentos especiais da sua vida que nunca mais voltarão.

Não entendeu uma palavra ou expressão? Você não é o único. A fotografia possui sua própria linguagem e a fotografia digital incluiu muitos novos termos. Este glossário define as palavras e expressões comumente utilizadas na fotografia digital.

Abertura - Uma pequena abertura circular dentro das lentes que pode mudar no diâmetro

para controlar a quantidade de luz que chega ao sensor da câmera quando uma foto é tirada.

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O diâmetro da abertura é apresentado em f-stops; quanto menor for o número, maior será a

abertura. Por exemplo, uma abertura de f/2,8 é maior do que uma de f/8. Juntas, a abertura e a velocidade do disparador controlam a quantidade total de luz que chega ao sensor. Uma abertura maior transmite mais luz ao sensor. Muitas câmeras possuem um modo de prioridade de abertura que permite o ajuste dela. Consulte também velocidade do disparador.

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Significados de algumas palavras e siglas

Aplicativo - Programa de computador, como, por exemplo, um editor de imagem ou um navegador de imagem.

Arquivo - um documento do computador.

Arquivamento - Possibilidade de um material, incluindo alguns papéis de impressão e CDs, durar muitos anos.

Balanço de cores - função na câmera para compensar diferentes cores de luz emitida por diferentes fontes de luz.

Buffer - Memória na câmera que armazena fotos digitais antes de gravá-las na placa de memória.

Burning - Parte seletivamente escura de uma foto com um programa de edição de imagem.

Câmera digital - câmera que captura a foto sem filme, mas com um sensor eletrônico de imagem que substitui o filme.

CCD - Charge Coupled Device: um dos dois principais tipos de sensores de imagem utilizados em câmeras digitais. Quando uma foto é tirada, o CCD é captado pela luz por meio das lentes da câmera. Cada um dos milhares ou milhões de pixels que fazem com que o CCD converta a luz em elétrons. O número de elétrons, geralmente descrito como a carga acumulada de pixel, é medido e em seguida convertido para um valor digital. Isso ocorre fora do CCD, em um componente da câmera chamado conversor analógico-digital.

CD-R - CD-Recordable: disco compacto que apresenta 650 ou 700 MB de informações digitais, incluindo fotos digitais. Ao criar um você normalmente considera que está gravando um CD.

Um CD-R pode ser gravado apenas uma vez e é um meio ideal de armazenamento de fotos digitais originais.

CD-RW - CD-Rewritable: semelhante a um CD-R, exceto pelo fato de poder ser gravado e apagado várias vezes. Isso os torna mais adequados para backup, mas não para armazenamento a longo prazo de fotos digitais originais.

CompactFlash™ - Tipo comum de cartão de memória da camera digital, aproximadamente do tamanho de uma caixa de fósforos. Há dois tipos de cartão: Tipo I e Tipo II. Eles variam apenas quanto à espessura, sendo o Tipo 1 um pouco mais fino. Uma placa de memória CompactFlash pode apresentar memória rápida ou uma pequena unidade de disco rígido. O primeiro tipo é o que mais prevalece.

Contraste - Diferença entre as áreas mais claras e mais escuras em uma foto. Quando maior fora diferença, maior será o contraste.

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CMOS - Complementary Metal-Oxide Semiconductor: um dos dois principais tipos de sensores de imagem utilizado em câmeras digitais. Sua função básica é a mesma de um CCD. Os sensores CMOS são encontrados apenas em algumas câmeras digitais.

CMYK - ciano, magenta, amarelo, preto. As quatro cores no conjunto de tintas de muitas impressoras de qualidade de foto. Algumas utilizam sei cores de tinta para que tenham impressões mais fotográficas. As duas cores adicionais geralmente são sombras suaves de ciano e magenta.

Destaques - partes mais claras de uma foto.

Disparar - Gíria para tirar uma foto. Exemplo: Pressionei o botão para disparar.

Download - processo de mover dados de computador de um local a outro. Embora o termo seja utilizado normalmente para descrever a transferência, ou o processo de download, de dados da Internet, ele também é utilizado para descrever a transferência de fotos de um cartão de memória da câmera para o computador. Exemplo: Eu fiz o download das fotos no meu PC.

DPI - Dots per inch: medição da resolução de uma foto ou de um dispositivo digital, incluindo câmeras digitais e impressoras. Quanto maior for o número, maior será a resolução.

Editor de imagem - programa de computador que permite que você ajuste uma foto para melhorar a aparência. Com um software de edição de imagem, você poderá escurecer ou clarear uma foto, girá-la, ajustar o contraste, cortas algum detalhe extra, remover marcas vermelhas no olho etc.

Escala de cinza - foto feita de vários tons de preto e branco. A escala de cinza é sinônimo de preto e branco.

EXIF - Exchangeable Image File: formato de arquivo utilizado pela maioria das câmeras digitais. Por exemplo, quando uma câmera comum estiver definida para gravar um JPEG, está gravando, na verdade, um arquivo EXIF que utiliza a compressão JPEG para compactar os dados da foto no arquivo. Também muito útil para ver as configurações que a câmera usou para fazer a foto, necessário um programa como o photoshop para ver.

Fill flash - técnica de flash utilizada para clarear áreas de sombra intensa, geralmente outdoors em dias ensolarados. Algumas câmeras digitais incluem esse modo que força o flash a disparar, mesmo à luz do dia.

FireWire - tipo de tecnologia de cabo para transferência de dados para e de dispositivos digitais em alta velocidade. Algumas câmeras digitais profissionais e alguns leitores de cartão de memória se conectam ao computador pelo FireWire. Os leitores de cartão FireWire são geralmente mais rápidos do que aqueles que se conectam por meio de USB. Também conhecido como IEEE 1394, FireWire foi inventado pela Apple Computer, mas atualmente é muito usado com PCs do Windows.

Flash externo - flash adicional que se conecta à câmera com um cabo ou é acionado pela luz do flash interno da camera. Muitos efeitos divertidos e criativos podem ser criados com o flash externo.

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Histograma - representação gráfica de vários tons, desde escuros até claros, em uma foto. Algumas câmeras digitais incluem um recurso de histograma que permite uma verificação precisa da foto.

Impressora de foto on-line - empresa que recebe fotos digitais passadas para o computador em seu site, imprime essas fotos e envia de volta por e-mail ou por entregador.

Jato de tinta - impressora que coloca tinta no papel liberando gotas por meio de pequenos orifícios.

JPEG - padrão desenvolvido pelo Joint Photographic Experts Group para extrair dados de imagem; por isso o nome JPEG. Estritamente falando, JPEG não é um formato de arquivo, mas um método de extração usado dentro de um formato de arquivo como, por exemplo, EXIF-JPEG

comum em câmeras digitais. É considerado um formato com perdas, pois há perda de qualidade ao atingir taxas altas de extração do JPEG. Geralmente, se a qualidade é alta, a configuração JPEG de baixa extração é escolhida em uma câmera digital e, assim, a perda de qualidade nem é notada.

LCD - Liquid Crystal Display: monitor de baixa potência utilizado na parte superior e/ou traseira de uma camera digital para exibir as configurações ou a própria foto.

Luz ambiente - A luz natural em uma cena.

Megabyte (M - medição de armazenamento de dados correspondente a 1024 kilobytes (K. Megapixel - igual a um milhão de pixels.

Memory Stick® - cartão de memória um pouco menor do que uma caixa de chiclete. Como o CompactFlash e SmartMedia, é um armazenamento com base em flash para as suas fotos.

Mídia - material em que as informações são gravadas e armazenadas. A mídia de armazenamento de fotografia digital inclui cartões CompactFlash e CDs.

Miniatura - versão pequena de uma foto. Navegadores de imagem geralmente exibem miniatures de várias fotos de uma vez. Em My Pictures do Windows XP, você poderá visualizar as miniatures de fotos nos modos de exibição Thumbnails e Filmstrip.

Navegador de imagem - aplicativo que permite a visualização de fotos digitais. Alguns navegadores também permitem que você renomeie arquivos, converta fotos de um formato a outro, inclua descrições de texto etc.

Nitidez - clareza de detalhes em uma foto.

NiMH - Nickel Metal-Hydride: tipo de bateria recarregável. A recarga pode ocorrer várias vezes. As baterias NiMH oferecem potência suficiente para funcionar com câmeras digitais e flashes.

Olho vermelho - brilho vermelho no olho da pessoa na foto causado pela luz do flash refletido nas veias sangüíneas atrás da retina no olho. Isso ocorre muito quando a luz é pouca,

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externamente à noite ou internamente em um local sem iluminação.

Panorâmica - técnica em que a camera segue o tema em movimento. Quando feita corretamente, a imagem é clara e nítida, enquanto o fundo é "embaçado", dando uma idéia de movimento à foto.

Pixel - Picture Element: as fotografias digitais possuem milhares ou milhões de pixels; são blocos de criação de uma foto digital.

RAW - o formato de imagem RAW corresponde aos dados conforme eles vêm diretamente do CCD, sem a realização do processamento na câmera, ou seja, imagem pura.

Resolução de Imagem - número de pixels em uma foto digital geralmente é considerado como a resolução de imagem.

RGB - vermelho, verde, azul: três cores a que o sistema visual humano, as câmeras digitais e muitos outros dispositivos são sensíveis.

Saturação - riqueza das cores em uma foto.

Sensibilidade - Veja velocidade ISO.

Serial - método para a conexão de um dispositivo externo como, por exemplo, uma impressora, um scanner ou uma câmera, a um computador. Não foi substituído pelo USB e FireWire em computadores modernos.

SmartMedia™ - cartão de memória fino, do tamanho de uma caixa de fósforos. Também é um meio de armazenamento com base na memória rápida.

Sombreado - Parte iluminada de uma foto com um programa de edição de imagem.

USB - Universal Serial Bus: protocolo para transferência de dados de e para dispositivos digitais. Os leitores de placa USB são geralmente mais rápidos do que as câmeras ou os leitores que se conectam a uma porta serial, mas mais lentos do que os que se conectam por meio do FireWire.

Velocidade do obturador - medição de quanto tempo o obturador permanece aberto enquanto uma foto é tirada. Quanto menor for essa velocidade, maior será o tempo de exposição.

Quando essa velocidade for 1/125 ou simplesmente 125, isso significa que o obturador ficará aberto por exatamente 1/125º de um segundo. A velocidade do obturador e a abertura controlam a quantidade total de luz que chega ao sensor. Algumas câmeras digitais possuem um modo de prioridade do obturador que permite a configuração da velocidade de acordo com o seu gosto. Veja também abertura.

Velocidade ISO - taxa de sensibilidade de um filme à luz. Embora as câmeras digitais não utilizem filme, elas adotaram o mesmo sistema de taxa para descrever a sensibilidade do sensor de imagem. As câmeras digitais geralmente incluem um controle para ajustar a velocidade ISO; clareia a imagem porém a qualidade é bastante prejudicada.

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Introdução à Fotografia Digital

Como a informática em geral, tem evoluído com velocidade inimaginável. Passados poucos anos as fotografias digitais já alcançaram qualidade quase igual as melhores do processo convencional conseguidas com filmes comuns. E os modelos das máquinas já se multiplicaram enormemente, se encontrando desde as mais simples e baratas até as sofisticadas e de preço elevado, e neste caso, este importante item tem dificultado a sua popularização. Mas mesmo aí se verifica que seguindo os passos da informática, os preços dos equipamentos têm diminuído sensivelmente a cada ano que se passa. E assim parece que em pouco tempo teremos os preços já bem acessíveis.

Sem dúvida estamos no meio de uma revolução tecnológica e que traz consigo muitas mudanças na fotografia em geral e inclusive nos aspectos do direito autoral, haja vista as novas facilidades de se copiar e retocar imagens que as novas técnicas trouxeram. Hoje em dia qualquer pessoa munida de computadores pessoais e periféricos encontrados até em supermercados pode conseguir resultados de tratamento de imagens fotográficas antes só conseguidos com caras e sofisticadas estações de trabalho altamente profissionais. Sem dúvida a evolução dos computadores pessoais juntamente com os softs ou programas da área gráfica são os responsáveis por toda essa revolução.

Fotografia Digital - Tipos

De primeira geração: são as fotos obtidas com uma câmara fotográfica digital. Podemos dizer que a característica principal desta máquina é que a mesma utiliza os mesmos princípios óticos de uma câmara convencional. Mas que captura a imagem fotográfica através de um chip CCD (componente eletrônico, uma sigla de: Charge-Coupled Device ou Dispositivo com Acoplamento de Carga), que é à parte que substitui o uso do filme comum. Como as câmaras que usam filme, a digital também é encontrada em diversos tipos. Cada uma mais adequada a um determinado uso, isto devido as suas características técnicas que a tornam mais indicada a um uso simples, ou sofisticado para trabalhos de cunho profissional. Por causa disso podemos encontrá-las de preços os mais variados: desde US$100,00 a mais de US$30.000,00.

Fotografia Digital de Segunda Geração: É o tipo em que as imagens fotográficas são feitas com equipamentos, filmes, processamento e cópias no processo convencional da fotografia de base química. Só então se converte as cópias em papel ou os filmes negativos ou positivos para o processo digital (digitalização). O que é feito através de um periférico chamado Scanner, que pode ser de mão ou de mesa, que neste caso possui melhor qualidade de imagem e facilidade de manuseio. E pode ser do tipo que escaneia imagens opacas, como as cópias em papel. Ou o que escaneia transparências, filmes positivos (slides) ou negativos. Neste processamento as imagens digitalizadas são transferidas para o computador, onde são armazenadas.

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-Vantagens e desvantagens-

Vantagens da Fotografia Digital: as câmaras digitais não necessitam de filmes e revelação dos mesmos, o que é uma grande economia de gastos. E também você mesmo pode fazer todo o processo fotográfico: tirar as fotos descarrega-las no computador e se necessário imprimi-las na sua impressora doméstica. Todo este processo é muitíssimo mais rápido do que o convencional que utiliza filmes de base química. Sem contar a poluição ambiental causada pelos mesmos no seu processamento. Também é possível ver as fotos da sua câmara digital em uma tv comum, bastando para isto liga-la com um cabo na mesma. As câmeras digitais são capazes de tirar de dezenas a milhares de fotos, dependendo de sua memória. Muitos modelos atualmente são capazes de também gravar som durante alguns segundos ou até mais de uma hora. Também podem capturar seqüências de imagens por até quase um minuto, caracterizando-se aí um pequeno ―clip‖.E para aqueles que não gostam ou não querem utilizar o computador, já existem câmaras digitais que dispensam o seu uso e imprimem as suas fotos ligadas diretamente numa impressora. Ou conectadas diretamente a um telefone celular enviam suas fotos via e-mail na Internet para qualquer lugar do planeta. Como se vê as potencialidades das câmaras digitais parecem não ter fim. E depois do investimento inicial de compra do computador e câmara, suas fotos terão um custo quase zero.

Desvantagens da Fotografia Digital: São poucas as desvantagens das câmaras digitais. Sendo que a principal é sem dúvida ainda o seu custo, comparativamente com as câmaras tradicionais elas são muito mais caras, principalmente os modelos mais sofisticados para uso profissional. Você não terá gastos com filmes e revelação, mas gastará com pilhas. E estas duram pouco nas digitais. Talvez por isto uma boa pedida seja a utilização de pilhas ou baterias recarregáveis, pois mesmo que tenham um custo maior inicialmente, podem ser recarregadas cerca de umas mil vezes em média. Se você necessita de tirar fotos em seqüência rápida, saiba que os modelos mais simples não conseguem faze-lo levando vários segundos entre uma foto e outra. Se este é a sua exigência não deixe de ver as especificações da câmara que deseja adquirir. Saiba também que as câmaras de baixa resolução (320x240, 640x480 pixels) não permitem uma cópia impressa de boa qualidade maior do que uns 10x15cm no máximo numa impressora a jato-de-tinta. Cópias proporcionalmente maiores só com as câmaras de resolução bem mais alta.

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Como a fotografia interpreta as cores

O sonho de ter uma imagem fotográfica colorida com capacidade de registro semelhante ao do olho humano ainda está um pouco mais longe do que realmente parece.

Quem ainda não acredita, é só experimentar a vasta gama de tipos, marcas e novos lançamentos do mercado. Concluímos que todos atualmente são menos sensíveis a variação de químicos durante seu processamento, e alterações climáticas. Entretanto, o mistério continua: a fidelidade ás cores!

Desde que surgiu na Alemanha em 1870, a pedrinha no sapato da fotografia colorida sempre tem sido a sua incapacidade de reproduzir bem alguns matizes. Tons pastéis como, limão, rosa e laranja claros, marrons, cor de madeira, vernizes, superfícies e tecidos brilhantes e mesmo as cores puras em tons apagados, nem de longe se aproximavam ao real.

O fotógrafo se acostumou assim, talvez por nunca ter comparado uma foto e comparado lado a lado, com o original fotografado! Se o fizesse, ficaria intrigado com o tamanho do desvio. O assunto era tratado como uma limitação química dos materiais

fotográficos, incapazes de registrar todo o universo de cores possíveis e suas combinações de luz.

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Os fabricantes passaram então, a caprichar no ajuste das emulsões ou dos sensores digitiais para as quatro cores tidas como as mais fotografadas: VERMELHO, AZUL, VERDE E AMARELO. Foi daí que surgiu o termo VAVÁ, as boas cores para a fotografia.

De fato, incluir qualquer uma delas em uma mesma cena, é certeza de saturação, contraste forte, além de compensar a péssima ótica das câmaras amadoras. O negócio era ―Vender Cor‖, a mais viva possível! Os profissionais, por outro lado, sentiram-se desagradados, foi essa festa de contraste e saturação prejudicava seus trabalhos. Os fabricantes, então, desenvolveram uma linha específica, tanto de filmes, quanto de parâmetros nos menus das câmaras digitais profissionais, mais calibradas para os tons tênues, com maior profundidade de cor, maior definição e mais adequada ao tipo de imagem que estes produzem.

Incluir essas duas ou três dessas cores em suas imagens já é sinal de bons resultados, sem, contudo esquecer das outras regras básicas de composição fotográfica.

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Tipos de Câmeras Digitais

(Nikon D90, na minha opinião umas das melhores para quem ta começando, seve para trabalhos profissionais exigentes como casamento e outros eventos e baixo custo comparando com profissionais

como a D3, porém ainda está muito cara pois é lançamento).

Por vários motivos a escolha sempre acaba ficando entre a Canon e nikon, porém isso é só opiniões pois toda câmera tem vantagens e desvantagens, veja abaixo alguns exemplos de câmeras de nível

amador, semi-profissional e profissional muito populares.

AMADOR:

A categorias das câmeras amadoras são as mais baratas, porém este disponha de pouquíssimo controle manuais sobre o equipamento, basicamente ela ajusta automaticamente exposição, embora em algumas seja possível o controle do branco e simulação de cenas, em muitos casos estas câmeras

farão fotos legais, porém de qualquer forma falta definição embora algumas tenha até 10 mp.

Cyber-shot da Sony, a w120 disponhe de 7.2 MP, um visor LCD de 2.4‖, Zoom óptico de 4x, memória interna de 15 MB, grava vídeo e áudio.

Super-Estabilização de imagem SteadyShot, Funciona com Bateria que já vem inclusa.

No mercado livre (28/2/2009) você encontra de

aproximadamente R$450,00

Ainda acompanha cartão de memória de 2 GB. Uma ótima opção para quem pretende apenas fazer fotos em família e viagem, sem muita exigência.

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SEMI-PROFISSIONAL

A categoria das semi-profissionais é a mais indicada para quem está começando e quer realmente

levar a fotografia a sério, brincar de profissional.

A grande vantagem de adquirir uma câmera dessa já quando estiver começando é a possibilidade de aprender com mais facilidade os conceitos da fotografia, admito que fiz o curso de fotografia a 6 anos e somente depois que consegui uma câmera semi-profissional que comecei a entender realmente estes controles manuais, recomendo começar este curso com umas destas em mãos, irá entender

muito melhor o que está descrito nesta apostila.

A Nikon D40 é uma das mais adquiridas nestes anos pela sua ótima qualidade fotografia e o preço mais acessível que custa em tono de R$1300,00 no mercado livre (28/2/2009) uma outra muito usada é a D80 porém custa o dobro desta.

A vantagem destas câmeras são muitas em relação as amadoras, embora esta tenha apenas 6.1 MB de resolução, menor que a Sony que citei acima, a qualidade dela nem se compara a anterior. Estas câmeras são possíveis trocar lentes, colocar lentes mais claras, outras de longo alcance, etc. com isso evita precisar trocar de câmera, uma lente para outra significa um resultado enorme referindo a situação, tais situações faz diferença principalmente em eventos, noturnas, esporte, etc.

Está câmera está equipada com 6.1 MP, Lente AF-S Nikkor 18-55mm 1:3.5-5.6 (podendo trocar por melhores), ISO que vai de 200 a 1600, baixíssimo nível de ruídos, LCD de 2.5‖, velocidade do obturador de 30 segundos a 1/4000. Uma das desvantagens desta câmera é não possuir motor de foco, só fotografará automaticamente se utilizar lentes que já tenha seu próprio motor de foco (AF-S).

CAMERAS PROFISSIONAIS

Esta categoria é das melhores e mais exigentes câmeras, que serve para quase todas as situações, a grande desvantagem é só 1, para alguns o peso é desvantagem mas para mim não, e para alguns o

preço não importa mas para mim é uma grande desvantagem pois nunca consegui uma destas.

Se adquiri uma destas terá câmera para todas as horas, porém terá que vender algumas roupas, uma Canon 1Ds Mark III não sai por menos de R$20.000 no mercado livre (pesquisa em 28/2/2009), mas por este valor não sei se é com imposto já pagos, muitas pessoas conseguem trazer e comercializar estes produtos ilegalmente, mas não preocupe com designer pois estas câmeras costuma ser

bastantes robustas e de aparência antiga.

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Canon Eos 1Ds Mark III

Equipada com um censor de 2.1 MP, para se ter uma idéia, somente uma foto em RAW desta câmera resulta em 25 MB, velocidade até 1/8000, altíssima sensibilidade que pode chegar a 3200, ótimo denoiser e vários

controles que ainda nem sei o que significa.

Particularmente, pelas configurações não se percebe diferenças notáveis em relação a uma Nikon D300 que custa 4 vezes menos que está e para quem acha que ela é muito para seu bolso, não recomendo começar com uma destas, prefira uma de mais baixo custo porque nem todos sabem mas câmera tem vida útil, não sei ao certo para dizer exatamente quanto mas já vi quem diga que já chegou a 300.000 cliques, porém geralmente o que dizem é que chegam em média 100.000, pode parecer muito mais não é, como digital não tem gastos, você não controlará o clique. Eu apenas brincando

com minha câmera fiz 30.000 cliques em 6 meses e olhe que 70% não era nem trabalho profissional. Então cuide da sua câmera e não vá fotografando qualquer coisa sem sentido.

A MELHOR CÂMERA É AQUELA QUE VOCÊ ACHA BOA

A boa câmera é aquela que atende aos objetivos do fotógrafo. Partindo disso, é fácil dizer se sua câmera é boa ou não. Basta, contudo, saber o que você pretende.

Um possui uma Canon EOS Digital, outro uma Nikon modelo D alguma coisa, o terceiro um novo modelo de digital Sonye assim por diante. Mas ninguém parece estar conformado. E, das muitas perguntas já feitas em aula, a insatisfação ficou provada pela duvida comum: ―Minha câmera é boa ou ruim?".

A resposta praticamente não existe. É impossível responder a cada caso isolado, devido ao fato que na fotografia existe um principio que diz: "somente o dono da câmera poderá dizer se ela é boa ou não". A única coisa que podemos fazer é ajudar.

Toda a câmera deve ter duas qualidades essenciais: condições que permitam a exposição correta, e os recursos adequados, como controle do diafragma, velocidade, fotômetro e modos programados que satisfaçam os objetivos do fotografo. Atualmente, quase todas as câmeras expõem corretamente. As exceções são as câmeras mais populares, cuja óptica da objetiva e seus respectivos sensores digitais nem sempre são de qualidade suficiente para exposições corretas. Mas, não ligue para isso, pois não há câmera que não distorça de alguma forma a realidade, tanto no tamanho, quanto na proporção, na perspectiva, ou mesmo

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na cor. Não há fotografia que reproduza a realidade como ela exatamente se apresenta. A fotografia é sempre uma realidade diferente do assunto que você fotografa.

A ligação entre essas duas realidades é feita pela sua consciência e pela consciência das pessoas que vêem a sua foto. E, já que todas as câmeras transformam a realidade fotografada, acaba o problema de saber qual é a melhor. O que interessa saber é como cada câmera transforma a realidade. Cada uma tem um modo característico de expor o filme, e é normal que cada fotografo prefira determinados modos. Alguns gostam mais do modo da Canon, outros da Nikon, Pentax, Sony, etc...

Esse problema é relativo a segunda qualidade necessária para uma câmera ser boa. Hoje é normal o uso de técnicas para produzir propositadamente efeitos de movimentos, de desfoque, contraste, granulação, alta saturação das cores, dentre muitos outros. Tudo isso não deixa de ser distorção da realidade. Para um fotógrafo interessado nesses tipos de efeito, o problema da "câmera boa que reproduz perfeitamente a realidade", não tem o menor sentido. É preciso saber o que o fotografo quer fazer com a câmera, e isso torna mais difícil a sua escolha e o seu julgamento.

O primeiro problema é que esses objetivos mudam rapidamente. Hoje, ele pode estar interessado em fotografar concertos de rock ou espetáculos teatrais, precisando, portanto, de uma câmera 35 mm, com objetiva de grande luminosidade e filmes ultra-sensíveis, para fotos em cenas de pouca luz. Amanhã, pode resolver fotografar textura de metais enferrujados, e vai correr atrás de uma câmera de médio ou grande formato, acompanhada de um tripé de 15 kg. E, já que é impossível fabricar uma câmera capaz de satisfazer todos os objetivos imagináveis, elas foram projetadas para atender ao maior numero possível deles. Por isso, quanto maior o numero de objetivos que uma câmera satisfaça, melhor ela é.

Um fato conhecido na historia da fotografia ilustra bem essa afirmação. Muitas fotos tiradas no final do século XIX, inclusive algumas famosíssimas por sua qualidade fotográfica, foram produzidas com lentes defeituosas, incapazes de uma focalizarão perfeita. Não havia lentes melhores naquela época, e a solução foi se ajeitar com as existiam.

Mas se você tem uma boa objetiva, capaz de produzir um foco perfeito, é melhor. Poderá optar ser quer uma foto no foco ou não, coisa impossível naquele tempo.

Com o grande numero de recursos, aumenta a sua liberdade de querer se comunicar por meio da fotografia, mas como não ha câmera com todos os recursos imagináveis, você terá sempre que definir antes quais os seus objetivos, e a partir deles, ver qual a melhor câmera para você. O mais comum, é que o principiante não saiba de inicio onde pretende chegar. Nesse caso terá que fazer uma opção fundamental: ou compra uma câmera Reflex High Tech digital, em definitivo, ou adquire uma câmera convencional mais simples para ser usada no inicio, para ser substituída mais tarde. As high tech, além de não produzirem o "erro de paralaxe", utilizam um grande numero de acessórios como objetivas, zooms, filtros, e outros. Você poderá ir comprando à medida que for definindo seus objetivos.

As câmeras mais simples e baratas, com pouco ou nenhum acessório extra, que permitam ajustar manualmente os controles de focalização, diafragma e velocidades, tem a vantagem de preocupá-lo um pouco no inicio, com detalhes técnicos.

Qualquer que seja a câmera escolhida, o resultado só pode ser bom. As câmeras eletrônicas high tech programáveis, de última geração, com Auto Focus, liberam o fotógrafo de ajustes e

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cálculos técnicos, desde que o mesmo saiba operá-la adequadamente, desenvolvendo a capacidade de escolher bem o assunto e explorá-lo visualmente o melhor possível.

A resposta para este problema não é tão simples...

A escolha de uma câmera depende de muitas variáveis...

E para começar, a mais importante é: Qual seu grau de conhecimento, qual sua necessiadade, você precisa mesmo de uma reflex digital?

Se está entrando no mercado agora, qual mercado você pretende atender?

Vai fotografar em estúdio ou não?

Qual o "range" de objetivas que pretende utilizar?

Vai usar raw ou só o jpg?

Velocidade de foco automático (AF) é fundamental?

Quantidade de de disparos continuos por segundo é fator importante?

Fotometria pontual é indispensável?

Pretende usar grip ou não?

A câmera será exposta a variações climáticas?

Quantos cliques por mês você pretende fazer?

Qual é a verba disponível para adquirir aquilo que precisa?

Pretende comprar no mercado oficial ou no paralelo?

Tudo isso influenciará na sua escolha.

Tenha em mente que câmera boa é a câmera que atende às suas necessidades.

Se ela é Canon, Nikon, Sony, Panasonic, HP, Leica ou qualquer

outra, pouco importa.

Alguns modelos:

Câmera Digital de Visor Direto: são o tipo mais simples e barato, pequenas e de fácil manuseio. Por ter visor direto, a imagem vista não é a mesma que esta sendo fotografada. E quanto mais perto estiver o objeto a ser fotografado maior será o erro de paralaxe, isto porque a imagem vista pela lente da câmara é diferente da observada pelo visor, uma vez que eles estão em posições diferentes em relação um ao outro. Um exemplo deste tipo de câmera é a

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Kodak DC25, que apesar de ter um visor de cristal líquido, este só é usado para ver as fotos depois de feitas.

Câmera Digital Reflex: tem as mesmas características de uma câmera reflex comum. Ou seja, a imagem vista pelo visor é a mesma que chega até o CCD da câmara digital. Exemplo: Kodak DCS-420, que é montada num corpo de uma Nikon N90 convencional, usa-se neste caso um back digital acoplado a mesma.

Câmera Digital c/ Visor de Cristal Líquido (LCD): neste tipo de câmara o fotógrafo vê a imagem a ser fotografada num pequeno visor de cristal líquido que mede em torno de 2,5 polegadas e esta colocado na parte traseira da máquina. Esta é a tendência atual das novas câmaras. Exemplo: Casio QV-300, Sony Mavica, Nikon Culpix.

Backs Digitais: São acoplamentos digitais feitos na parte traseira das câmeras convencionais que usam filmes. Normalmente são colocados nas câmeras de estúdio: Hasselblad, Mamiya, Sinar e outras. Mas também é usado em modelos de 35 mm, como é o caso da Nikon-N90 e a Cânon-EOS 1-N. A vantagem aí é se usar uma câmara, lentes e acessórios de alta qualidade juntamente com a tecnologia digital. Estes conjuntos podem custar até mais de US$50.000,00. Daí o seu uso ainda muito restrito.

Faça uma pesquisa no Google.com.br com estes nomes para ver fotos

Lentes Objetivas 35mm

Podemos dividir as objetivas em 6 grupos, de acordo com a aplicação, a distorção e a relação entre o tamanho do assunto retratado e a imagem deste na película fotográfica. Quanto à distorção da imagem, as lentes 50mm, ou 55mm, consideradas normais para as câmeras formato 35mm, têm uma distorção perspectiva próxima à do olho humano, porém com um ângulo de visão menor. O tamanho das imagens dos objetos próximos é sempre proporcionalmente maior que o tamanho das imagens dos objetos mais afastados: a isto podemos chamar de perspectiva. Em relação ao olho humano, a perspectiva é mais acentuada com as lentes de distância focal inferiores à 50mm (grandes angulares) e, mais suave com as lentes maiores de 50mm (teleobjetivas). Ao mesmo tempo ela relacionada com a distância em que os objetos a serem retratados se encontram; quanto mais próximos, maior será a distorção. Um exemplo é a fotografia do rosto de uma pessoa. Se utilizarmos uma lente de 50mm, ou menor, quando estivermos próximos, o nariz será aparentemente grande. Por outro lado, se utilizarmos uma lente de 105mm, o tamanho do nariz não será tão grande, em relação ao tamanho da cabeça.

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As teleobjetivas, além de apresentarem menor distorção perspectiva da imagem, ―aproximam‖ os objetos a serem retratados, tornando-os maiores na película fotográfica. As grandes angulares, ao contrário, tornam os objetos menores; porém, estas lentes possibilitam um ângulo de visão maior, facilitando a fotografia de assuntos grandes, numa distância pequena.

Uma tipo especial de lente grande angular são as olho de peixe, com distorções extremamente acentuadas e com grande capacidade de retratar assuntos muito grandes. Uma lente de 8mm, por exemplo, fotografa de um horizonte a outro, passando pelo céu.

As lentes macros permitem retratar assuntos pequenos e onde o tamanho destes não diferem muito do tamanho da imagem na película. O outro tipo, as micros, possibilitam a fotografia de assuntos muito pequenos e a imagem destes serão sempre maiores. Existem ainda as lentes zoom que apresentam distância focal variável, podendo aproximar ou afastar os assuntos a serem fotografados, reproduzindo as perspectivas desde uma grande angular até uma teleobjetiva.

(foto a 2 cm da imagem, eram imperceptível perceber os pequenos insetos a olho nu).

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Abertura

(quanto maior a abertura, mais clara a imagem ficará e vice-versa).

(Um efeito mais notável é a profundidade de campo, aberturas pequenas aumentam e se distante deixam toda imagem em foco e vice-versa).

(abertura pequena, toda imagem em foco) (abertura grande (f/2.0 e zoom que aumenta o desfoque de fundo)

Todas as objetivas profissionais permitem variar a abertura do diafragma, controlando a quantidade de luz que entra em contato com o filme num determinado invervalo de tempo. Esta regulagem é o primeiro controle da luminosidade que será registrada pela película fotográfica. Além do controle da luminosidade, a abertura do diafragma possibilita controle da profundidade de campo (área focada). Este assunto será abordado de forma mais adequada no módulo intermediário deste curso. As diferentes aberturas do diafragma estão relacionadas com um número-f ou pontos. Sua seqüência é: 1.4 - 2 - 2.8 - 4 - 5.6 - 8 - 11 - 16 - 22 - 32 - 45 - 64. Ao passar de um diafragma de abertura f4 para f5.6, divide-se luminosidade por 2; ao passar de f4 para f8, divide-se por 4. Algumas lentes trabalham com aberturas intermediárias ou meio ponto (3.5, por exemplo). Os números-f indicam a divisão do raio médio da abertura do diafragma. A área do círculo é dada pela fórmula: S=3,1415*r², onde S = área e r = raio do círculo. A área de um círculo de raio r é duas vezes maior que a área de um círculo de raio r/1,4 e 4 vezes maior que a área de um círculo de raio r/2. A lente é tanto mais luminosa quanto maior for a sua abertura máxima. As lentes mais luminosas são essenciais para a fotografia em ambientes fechados ou no interior das florestas; já uma abertura menor é mais apropriada para a fotografia de linhas arquitetônicas.

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Foco Nas objetivas há duas referências de distância: uma, utilizando o metro como unidade; outra em pés. Aqui a numeração aponta a distância entre a câmera fotográfica e o objeto a ser fotografado. Esta marcação é útil quando a focalização através do visor é impossível ou não recomendável, o que é comum nas fotografias em ambiente escuro, utilizando-se flash. Neste caso, é mister o conhecimento da distância entre o objeto e o equipamento fotográfico. O que o filme registra é a luz, ou uma composição de luzes; quando a imagem de um objeto se forma no plano da película fotográfica, dizemos que o objeto está focado. Em diversas ocasiões, a imagem se forma antes ou após a película, ocorrendo o desfoque.

Imagem focada imagem desfocada

A numeração de 50mm, 105mm, 300mm e outras das objetivas aludem à grandeza numérica em milímetros da distância focal da lente ou do conjunto de lentes. A distância focal é o ponto de convergência dos raios de luz paralelos que atravessam a lente. Uma objetiva com distância focal curta apresenta maior distorção de imagem; ao contrário,

uma objetiva com distância focal longa apresenta menor distorção.

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Câmeras fotográficas As câmeras fotográficas são equipamentos que armazenam a película fotográfica num ambiente escuro, a qual será exposta a uma determidada intensidade de luz, durante um intervalo de tempo. Existem dois grandes grupos de equipamentos fotográficos: amador e profissional. Os equipamentos para o público amador são mais fáceis de manusear e quase e normalmente não possuem controle de foco, diafragma e velocidade de obturação. Os resultados das imagens dependem muito dos filmes amadores e do laboratório que ajusta a luminosidade, na ampliação para o papel, possibilitando a reprodução das imagens do negativo. Algumas máquinas amadoras têm a função ―zoom‖, melhorando as opções de enquadramento. Os equipamentos profissionais permitem as seguintes regulagens: tempo de exposição do filme, abertura do diafragma (luminosidade), foco e sensibilidade do filme.

Ocorre uma interação maior entre o fotógrafo e o equipamento.

Existem ainda as ―câmeras‖ digitais profissionais e amadoras, com funções de zoom, controle de luminosidade e contraste, foco e, até, saturação. As maiores diferenças entre as digitais são as variações de zoom e a resolução da imagem (quantidade de pixels). Quando se intenciona imprimir uma imagem captada por uma máquina digital, numa gráfica, devemos saber a quantidade de pontos por centímetros da retícula do fotolito utilizado, para preparar a chapa de impressão, multiplicar esta quantidade pelo tamanho da imagem em centímetros e multiplicar por 2,5. O número obtido é a resolução mínima linear da imagem para uma impressão de qualidade. Se a resolução do equipamento digital for inferior a este número, o processo deve ser realizado através de película fotográfica. Explicações mais detalhadas sobre a resolução na fotografia digital encontra-se mais adiante nesta apostila.

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São duas as regulagens básicas de uma câmera fotográfica profissional: tempo de exposição (velocidade do obturador); sensibilidade do filme. Existe um fotômetro que mede a quantidade de luz captada pela objetiva e mostra uma relação ideal entre a abertura do diafragma e a velocidade do obturador, para uma determinada sensibilidade de filme. A operação parece simples, mas uma máquina fotográfica com 15 regulagens de velocidade (de 8s a 1/2000s) e 8 de abertura (de f1.4 a f16) permite variar a quantidade de luz que entra em contato com o filme em 32.768 vezes, além das possibilidades de profundidade de campo e de foco. As câmeras profissionais se diferenciam através da disponibilidade, e qualidade, dos seguintes recursos: variação da velocidade de obturador, modo automático, fotometragem pontual e por setores, velocidade de sincronismo do flash, ―motor drive‖, encaixe de flashes, cambiabilidade de lentes e outros. A forma de se colocar o filme no equipamento e a disposição das diferentes regulagens dos recursos variam de fabricante para fabricante e de modelo para modelo. É aconselhável ler o manual ou pegar orientações sobre a utilização do equipamento, antes da utilização.

Tripé

Fotografando-se com uma objetiva de 50mm, a velocidade mínima indicada para que a fotografia não fique tremida deve ser 1/60s. Na realidade é praticamente impossível, na fotografia, parar o movimento de um objeto, pois este é contínuo e a fotografia registra a luz em intervalos de tempo; ocorre que quanto menor for o intervalo de tempo e a velocidade dos assuntos, maior será a nossa impressão de que os objetos foram congelados no espaço e no tempo. O problema se complica ao considerarmos que o pulso do fotógrafo pode não ser firme o suficiente para segurar adequadamente o equipamento no momento do registro; para o filme, todo o quadro se movimenta, de acordo com a instabilidade das mãos, ocasionando imagens tremidas. No resultado final, a impressão é a de que não existe foco em lugar algum do fotograma, mesmo que o fotógrafo tenha regulado adequadamente a câmera. De forma prática, câmera estática fotografa um ambiente estático; câmera tremendo registra o ambiente estático em movimento. uma velocidade mínima que está relacionada à velocidade dos objetos e a distância focal das objetivas; quanto maiores forem estes dois, maior deverá ser a velocidade mínima do obturador. Usando-se uma objetiva de 24mm pode-se fotografar com velocidade 1/30s; objetiva de 50mm, velocidade de 1/60s; objetiva de 120mm, velocidade de 1/180s. Estes tempos mínimos de obturação também devem ser relacionados com a firmeza das mãos; quanto mais trêmulas elas forem, menor deverá ser o tempo de obturação. Os fotógrafos que não desejam se limitar às altas velocidades para registrar as imagens, precisam de apoios para a fotografia, os quais podem ser conseguidos em árvores, cadeiras, mesas, chão e outros, ou de monopés e tripés. Aqui surge um outro problema: existem mais opções de tripés do que opções de câmeras fotográficas 35mm que regulam abertura do diafragma e velocidade do obturador. Os modelos mais simples e leves são muito eficientes para as câmeras compactas; seguram equipamentos muito leves, regulados com velocidade de obturação e distância focal adequados para mãos pouco firmes e para a fotografia amadora. Para estes equipamentos, também existem algumas opções de tripé de mesa, com braços rígidos ou flexíveis. Apoios que se fixam na porta de carro são adequados em muitas situações, mas não devemos nos esquecer que os carros ligados trepidam.

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Para escolher o modelo mais adequado, o indicado é levar o equipamento fotográfico (câmera mais objetivas) na loja e testar o tripé nas condições de uso; deve-se levar em consideração os fatores descritos abaixo:

1. Rotações da cabeça: os modelos mais simples rotacionam a ―visão‖ da câmera somente para cima e para baixo, modelos mais completos possuem mais dois movimentos: rotação para o lado e cambagem, este último permite fotografar no sentido vertical. A fixação numa posição é feita por pressão e esta deve ser forte para evitar que o peso da objetiva force algum movimento.

2. Peso da objetiva: na maioria dos casos, o peso da objetiva é mais importante na escolha do tripé e de seus acessórios que o próprio peso da câmera. O prato da cabeça do tripé é quase sempre fixado no corpo da câmera e o centro de equilíbrio fica na objetiva, quando utilizamos teleobjetivas (nesta condição a força que a câmera exerce na cabeça do tripé tende a deslocar a ―visão‖ do filme em direção ao chão).

3. Prato: este acessório é aquele que sofre maior desgaste e tem a função de unir a câmera ao tripé; os mais resistentes são de metal. É indicado optar por marcas que vendem o prato separadamente, pois no caso de perda ou dano, não é necessário substituir o tripé. A desvantagem dos pratos de metal é que eles são acessórios dos tripés mais caros.

4. Peso do tripé: este é um fator importante para quem faz longas caminhadas

carregando equipamentos; as condições físicas do fotógrafo e dos assistentes precisam também ser avaliadas.

5. Altura do tripé: para medir a altura máxima do campo de visão da fotografia, deve-se somar as alturas do tripé, da cabeça, do prato e a parte do corpo da câmera desde o prato até o visor. Alguns tripés oferecem a alternativa de possibilitar o registro de imagens rente ao chão.

6. Capacidade de carga do tripé: Deve-se somar o peso da câmera (com bateria), da

objetiva mais pesada, do prato e da cabeça do tripé.

7. Capacidade de carga da cabeça: verificar na especificação se a cabeça suporta os pesos da câmera (com bateria) e da objetiva. Nem sempre suportar o peso significa estabilidade; se o ponto de equilíbrio ficar muito afastado da câmera, em direção à objetiva, uma das fixações de rotação da cabeça terá sobrecarga.

8. Peças de reposição: parafusos e pratos são peças fáceis de serem perdidas; a opção,

sempre que possível, deve ser pelo fabricante que oferece peças de reposição.

9. Estabilidade: um teste simples é abrir o tripé e estender as pernas deste; após, aplicar uma força com as mãos, compatível com a capacidade de carga, e sentir a estabilidade; caso o tripé balance, é melhor escolher outro.

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10. Resistência à água: alguns tripés são mais resistentes para atividades outdoor, porém a submersão deste equipamento em água salobra, ou salgada, leva a oxidação dos componentes metálicos.

Enquadramento

A principal preocupação no enquadramento é verificar os seguintes elementos: assunto principal, direção das linhas do assunto, objetos que aparecem na frente do assunto e fundo. Enfim, deve-se olhar todo o quadro e perceber os detalhes e não somente se o assunto aparecerá na imagem. É comum prestar atenção apenas no assunto principal, esquecendo-se que este sempre está inserido num contexto, o qual referencia o assunto fotografado. Qualquer dica de enquadramento, baseada em modelos, priva a criatividade e a liberdade de expressão. Num primeiro exercício, deve-se apenas observar os elementos e sentir como eles se comportam no conjunto; verificar, também, a orientação, o sentido, a cor e as tramas destes elementos. Existe um técnica que quase todos conheço chamada regra dos terços, Regra dos terços:

Regra dos Terços

O principio básico da regra dos terços parte de imaginar a imagem dividida em três parte iguais horizontalmente e três partes verticalmente. O que irá produzir uma grade, tipo um jogo da velha, ou seja 9 blocos iguais a este: Você deverá mentalizar uma grade na sua mente dividindo a imagem em 9 blocos iguais e tentar deixar o motivo principal em um dos 4 pontos de encontro das linhas. É utilizada a grade da regra dos terços para facilitar a identificação dos quatro pontos de atenção da foto. Esses pontos se encontram nas quatro intersecções que existem entre as linhas horizontais e as verticais. Esses são os pontos de maior interesse em qualquer fotografia. E não só em fotografia, preste atenção em filmes, novelas, quadros, pinturas e você conseguirá identificar isso também. Eu mesmo quando fiz o curso não aprendi a regra dos terços corretamente pois não ficou claro e é um grande erros dos livros de fotografia não explicar que se deve colocar o motivo principal não somente em um dos 4 encontro das linhas e sim também seguindo nas linhas. Se você colocar o ponto de interesse da fotografia nesses pontos ou ao longo das linhas suas fotos ficarão mais balanceadas e isso fará com que as pessoas que olhem as suas imagens interajam mais naturalmente. Alguns estudos mostram que quando se olha para imagens, normalmente, os nossos olhos vão diretamente para um desses quatro pontos com muito mais freqüência do que para o centro da imagem. Dessa forma é extremamente recomendado

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que se utilize a regra dos terços para deixar as suas imagens o mais natural possível para os apreciadores. Veja abaixo as linhas em vermelho onde os assuntos principais devem estar: Nessa fotografia em fiz sem ao menos lembrar desta regra e ao colocar no computador e traças as linhas, ficou exatamente no lugar certo, isso é prática, coisa que dicas nenhuma resolve, então pratique. Note que as pessoas que são os motivo principal, em especial a cabeça que segue a linha, um segundo ponto de interesse poderia ser a postura da ―modelo‖ seguindo a outra linha e um terceiro ponto a água.

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Nessa foto deixei os ―modelos‖ para o lado direito da foto e coloque o ponto de atenção em toda região que estavam sentados, veja como a linha chega até eles traçando e levando a visão a imagem. Use a regra dos terços é muito natural para alguns fotógrafos, mas para a maioria de nos é necessário muito estudo, treinamento e pratica para ela ser um pouco natural. Um outro exercício que pode ser feito para você assimilar melhor é durante o processo de edição onde possuímos ferramentas para cortar e reordenar as imagens para que vejamos onde erramos e possamos corrigir essas e acertar nas próximas fotos. Tente fazer colocar as suas fotos antigas dentro da regra dos terço e observe como as suas fotos ficarão melhores.

Flash

Alguns filmes trazem cenas de antigos fotógrafos utilizando uma bandeja com pólvora, a qual é queimada no momento do registro da imagem, emitindo uma luz forte para iluminar o assunto. A sincronia entre o tempo de abertura da lente e a tempo de iluminação era controlada pelo fotógrafo; este expunha o filme, queimava a pólvora e fechava a abertura de luz da câmera. Desconsiderando o barulho, a sujeira e o cheiro, a maior desvantagem deste sistema era que a luz emitida dispersava-se para todos os lados e somente uma pequena

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parte desta iluminava o assunto a ser registrado; esta dispersão faz com que quanto mais longe estiver o objeto, menos luz ele receberá. Hoje, o processo de uma fotografia iluminada por flash não sofreu alterações, apesar da tecnologia ter evoluído simplificando os procedimentos, modificando componentes e diminuindo a dispersão da luz. A duração padrão da luz emitida pelo flash é de 1/125 segundos e o sincronismo das câmeras realiza a abertura da janela (que possibilita a exposição do filme), o disparo do flash e o fechamento da janela, nesta seqüência. Equipamentos mais antigos sincronizam esta iluminação no tempo de 1/60 segundos, os mais novos em até 1/250s; sendo que neste último caso somente uma parte da luz eletrônica emitida é captada pelo filme e o sincronismo segue a seguinte ordem: disparo do flash, início da iluminação, abertura da janela, fechamento da janela, fim da iluminação. Em relação à dispersão da luz, os flashes atuais têm espelhos para direcionarem para frente. Nos flashes manuais das câmeras FD, a intensidade da luz que ilumina o objeto está inversamente proporcional à metade da distância deste equipamento; cada vez que dobramos a distância do objeto fotografado, a intensidade de luz do flash que chega a ele é quatro vezes menor, devido ao fato da luz se espalhar; chamaremos este fator, relacionado aos flashes manuais, de dispersão padrão. Outro fator que devemos levar em consideração é a potência do flash. Aqueles com a dispersão padrão fornecem um número-guia fixo, para os filmes ISO 100, o qual traduz de uma forma prática a potência. Quanto maior for este número, maior será a potência e maiores são as condições para fotografar assuntos mais distantes. Para saber qual a abertura de diafragma adequado para a fotografia deve-se dividir o número-guia pela distância entre o assunto e o flash. Para quem trabalha com teleobjetivas não interessa que a luz se espalhe; o mais conveniente seria iluminar somente o campo de visão do filme, desta forma, a dispersão padrão dos flashes representa uma perda de energia, pois só uma parte da iluminação seria aproveitada para a fotografia. Existem alguns acessórios que diminuem o ângulo de abertura da luz, tornando-a mais intensa na área iluminada, com a mesma quantidade de luz; são lentes de aumento que se colocam na frente do equipamento. Desta forma, a potência do flash se mantém, mas o número-guia aumenta. De forma inversa, quem fotografa com grande angular precisa de uma luz mais distribuída e esta, na dispersão padrão, pode fazer com que as laterais do fotograma fiquem escuras; neste caso, recomenda-se a utilização de difusores de luz, que espalham mais a luz, porém com a diminuição do número-guia. Podemos dividir os flashes em dois grandes grupos: 1. os de potência fixa: a abertura do diafragma correta para registrar um objeto a 4 metros de distância com um filme ISO 100 é único 2. os de potência variada: pode-se utilizar mais de uma abertura, variando-se a intensidade de luz emitida pelo equipamento. As vantagens deste grupo são a possibilidade de variar a profundidade de campo e a diminuição do gasto de energia (pilhas). Os flashes modernos TTL e ETTL executam diversas funções que eliminam os cálculos do fotógrafo; alguns calculam a potência de luz necessária a uma distância conhecida e iluminam o assunto adequadamente, de acordo com a abertura do diafragma e com a velocidade de sincronismo que chega, em alguns casos a 1/250 segundos. Alguns possuem um jogo de lentes interno que ou aumentam ou diminuem o ângulo de dispersão da luz, além de possuírem um difusor para grandes angulares; neste caso o número-guia é variável. Antes de optar por estes modelos mais avançados, é necessário verificar a compatibilidade entre a câmera e o flash; além disto, aconselha-se realizar um trabalho de teste, anotando todos os resultados, para verificar os ajustes a serem feitos nas fotografias futuras.

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Diante do exposto, os fatores que devemos levar em consideração na aquisição deste equipamento, além do custo são: 1. Potência: basear-se pelo número-guia para objetivas de 50mm; 2. Potência variável; 3. Acessórios que regulam o ângulo de dispersão da luz; 4. Velocidade de sincronismo, tanto da câmera quanto do flash;

5. Cálculo automático de potência, distância e diafragma.

Resolução da fotografia digital

Nas especificações técnicas das câmeras digitais aparecem informações sobre a quantidade de pixels, na forma de megapixels ou em números do tipo 2592x1944. Por outro lado, os usuários têm dúvidas sobre a resolução destes equipamentos. A quantidade de pontos é um número absoluto enquanto a resolução é relativa e refere-se à densidade de elementos numa área, linha ou volume. Os sensores das câmeras digitais têm a mesma função do filme fotográfico, o qual possui pigmentos coloridos ou metálicos (fotografia P&B). Podemos dizer que quanto mais pigmento o filme possui, maior é a resolução deste e maior será a ampliação sem que possamos notar, a olho nu, a granulação do filme. A área da película que é exposta é sempre a mesma; mas o filme pode variar na quantidade de pigmentos que receberiam luz nesta área. Podemos falar em resolução porque se relaciona quantidade de elementos sensíveis à luz a uma área fixa. Da mesma forma, a retícula da fotografia de um jornal ou revista é composta por pontos; a resolução é medida em pontos por polegada (dpi), pontos por centímetro (ppc), linhas por polegada (lpi) ou linha por centímetro (lpc); o importante é saber que a resolução é sempre uma relação entre quantidade e espaço. Ao invés de pigmentos, as câmeras digitais registram imagens em pixels justapostos, os quais possuem informações sobre a composição cromática das cores vermelho, verde e azul. Quanto mais informação tem o pixel e mais destes elementos a imagem tiver, maior será o tamanho do arquivo. As imagens digitais padrão podem possuir até 4 cores com até 16bits por cor. A mais simples é o bitmap de 1bit, com somente duas opções: preto ou branco; nas impressoras lasers ou matriciais, as letras e desenhos são formados por pontos pretos sobre papel. As imagens digitais P&B de 8 bits possui 256 tonalidades; com 16 bits, 65536 tonalidades. Desta forma, a quantidade de pixels que compõe uma imagem pode ser fixa, mas a informação em cada pixel pode ser diferente, gerando arquivos de tamanho diversos. As câmeras fotográficas digitais coloridas registram num mesmo pixel uma informação em três cores com 8 ou 12 bits; com 8 bits obtêm-se 16,5 milhões de possibilidades de cor; com 12 bits consegue-se 68 bilhões de possibilidades. Os laboratórios com ampliadores fotográficos digitais trabalham com uma resolução de 300dpi e imprimem imagens de 8bits. Apesar disto, é conveniente efetuar o registro em 12 bits para manipular as imagens, caso seja necessário fazer ajustes de brilho, contraste e curvas, além de corrigir as cores no computador, pois nas manipulações ocorrem perdas de informações e a manipulação de uma imagem de 12 bis pode não comprometer a qualidade de impressão em 8 bits; convém ressaltar que nem todas as câmeras digitais que gravam imagens com este número de bits. Para saber qual é o tamanho da ampliação digital máxima, sem mostrar os quadrados que compõe a imagem, de um registro feito por uma câmera digital de 2592x1944 pixels, é só dividir estes números por 300 e multiplicar por 2,54 (valor da polegada em centímetros); desta forma conseguimos uma ampliação de 21x15cm².

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Ampliação maior é possível, porém visualizaremos os quadrados componentes da imagem. Nos trabalhos gráficos de boa qualidade e revistas, os profissionais da área aceitam a resolução de 300dpi (a mesma da ampliação digital); porém imagens de 12 bits, ou superior, são melhores por causa das sucessivas quedas de qualidade de imagem no preparo do fotolito e da chapa de impressão e na impressão em papel. Uma outra dúvida comum é sobre o tamanho que a esta imagem ocupará na tela docomputador, caso seja utilizada para a Internet; num monitor configurado para trabalhar com 1024x768pixels, apareceriam barras de rolagem de tela no navegador de Internet, pois a imagem é, em pixels, maior que a tela. De maneira geral, todas as câmeras digitais, disponíveis no mercado, podem gravar imagens com resolução suficiente para a Internet.

-Armazenamento das Fotos Digitais-

Armazenagem das fotos: as imagens fotografadas na câmera digital normalmente são guardadas na memória interna que elas possuem. E que em alguns modelos esta capacidade pode ser aumentada colocando-se mais módulos de memória. Ou utilizando cartões de memória tipo PCMCIA ou Flashcards. A capacidade de armazenar fotos varia nos modelos atuais, temos modelos que podem guardar 16 e outros podem chegar até cerca de algumas centenas de imagens ou mesmo milhares. O que depende sempre da resolução utilizada nas mesmas e da memória disponível. Em alguns modelos de câmeras profissionais de alta resolução as fotos a medida que são feitas vão sendo enviadas para o computador, no qual estão conectadas via cabo, pois as mesmas não tem memória interna. Por isto são utilizadas para fotografias de estúdio. Existem ainda câmaras que guardam suas fotos em disquetes de 3,44 Mb comuns. Que sem dúvida é a forma mais barata de memória existente e muito prática. Uma vez que só é preciso retirar o disquete da câmara e inseri-lo no driver do computador, sem a necessidade de cabos como fazem todas as outras máquinas digitais. Mas como as imagens fotográficas consomem muita memória, outros tipos de midia para armazenar as fotos estão a caminho de serem utilizadas: como os mini cds e dvds.

Armazenamento final das fotos: as fotos feitas nas câmeras digitais devem ser descarregas depois de esgotada a capacidade da câmera de guarda-las. Ou seja, devem ser mandadas para o computador, onde serão armazenadas e lá poderão ser editadas caso necessário. Para isso utiliza-se programa próprio para tratamento de imagens, como exemplo o Photoshop ou Photo-Paint. Após este processo estas fotografias também poderão ser gravadas para maior segurança em um CD ROM. O foto Cd da Kodak tem vida estimada de 100 anos. Nos comuns este tempo é bem menor, estima-se em cerca de 15 anos no mínimo e este tempo também depende das condições em que será guardado. Mas de qualquer modo os atuais cds são mais seguros e duráveis que os filmes do processo fotográfico convencional. Mas como a tecnologia digital de uso fotográfico é muito recente, só o futuro confirmará essa durabilidade acima citada.

-Resolução-

Resolução: é a quantidade de pontos que formam a imagem e a sua distribuição no espaço por ela ocupado, normalmente medida em pixels por polegada (ppi). Quanto maior a resolução, mais informação a imagem possui. A resolução das câmeras atuais varia de acordo com os modelos. Nas mais simples podemos ter uma resolução, por exemplo, de 320x240 pixels por polegada. Em modelos médios esses valores são de 640x480 à 1280x960pixels/pol. E nos modelos profissionais podem chegar a mais de 4096x4096

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pixels/pol. Quanto maior o número de pixels, maior o tamanho da imagem e melhor a sua qualidade.

-Exibição-

Exibição das fotografias: As mesmas podem ser vistas nos próprios monitores de cristal líquido dos modelos que o possuem, mas com a restrição do pequeno tamanho, como citado anteriormente. Também poderão ser exibidas no monitor do computador. Ou impressas nas impressoras dos diversos tipos existentes atualmente tais como: jato-de-tinta, laser, sublimação-de-cera, etc ou nos plotters para os grandes formatos. Sendo que cada tipo acima produz uma qualidade diferente da outra. Por isso é importante saber escolher o tipo de saída dada aos trabalhos fotográficos, para se conseguir um resultado de acordo com o que se necessita.

-Edição da Imagem Digital-

Programas de Tratamento da Imagem Digital: Ou soft, que utilizamos para fazer todos os tipos de edição da imagem fotográfica no computador. Estes aplicativos nos permitem manipular as fotografias digitais de uma maneira só possível com os mesmos. Podemos salvar, retocar, modificar, recortar, pintar, desenhar, colar, aplicar filtros, etc, numa lista de possibilidades interminável. Já se encontram disponíveis muitos destes programas, alguns mais simples e outros para uso profissional. Como melhores podemos citar: Photoshop, Photo-Paint, Paintshop, Fauve Matisse e muitos outros.

Tipos de Arquivos de Bitmap: As imagens fotográficas quando guardadas na câmera digital, na memória do computador, em disquete ou cd rom, são chamados normalmente de arquivos de bitmap. E como tal pode ter diferentes formatos. E que citaremos os mais usados: BMP, TIF, JPG, PCX, GIF, PSD, etc. Quanto ao uso dos mesmos e a escolha de qual usar, teremos que considerar qual a finalidade que daremos a imagem digital e em que programas utilizarão a mesma. Pois determinados programas não abrem qualquer formato de arquivo. Certos formatos podem ser comprimidos, e assim diminuído o tamanho ocupado na memória utilizada, como o TIF e no caso sem perda de qualidade. Já o formato JPG que permite um alto grau de compressão, mas sempre com perdas, na razão proporcional quanto maior a compressão, maior a perda de qualidade. Mas sem dúvida é de muita utilidade, pois muitas vezes precisamos diminuir o tamanho dos arquivos fotográficos, pois os mesmos podem chegar a números altíssimos, o que pode tornar inviável o seu uso. Por isso mesmo praticamente todas as câmaras digitais utilizam o formato JPG para armazenar suas fotos, mas também utilizam algum tipo de arquivo com compressão, mas sem perda de qualidade como opção para as fotos que necessitam de melhor qualidade.

Um Salto Para a Fotografia Digital

Aprendendo um campo novo pode ser um pouco intimidatívo. Lá sempre parece ter tanto que aprender. Mas, para a maioria de nós o processo de aprendizagem fica fácil, divertido e excitante uma vez que nós achamos um ponto de partida; um lugar por onde começar. O propósito desta seção, Um Salto Para a Fotografia Digital é cortar tempo e colocá-lo a caminho quase que imediatamente. Siga os passos abaixo e comece a explorar a fotografia digital agora mesmo.

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O fim dos monitores crt

Demorou, mas enfim já chegou a data da extinção dos monitores CRT (de tubo de imagem). Hoje em dia, você ainda pode encontrar monitores CRT de 17" para venda, ainda que sejam sobras de estoque. Já monitores CRT de 19" ou maiores, simplesmente não existem mais.

Como em toda mudança forçada, essa migração também deixa um gostinho amargo no fundo da garganta. Sempre notamos primeiro as desvantagens da mudança que nos é imposta, os inconvenientes inevitáveis... mas, de fato, existem aspectos positivos.

Vamos aclarar nossos conceitos nas escolhas que estamos sendo obrigados a fazer e dar algumas dicas sobre como escolher um monitor LCD que não seja uma "bomba" (principalmente para nós, fotógrafos). Vejamos algumas vantagens dos monitores LCD em relação aos velhos

CRT:

1) Menor espaço ocupado. Óbvio! Essa é a maior alavanca de marketing dos LCD... e é impressionante MESMO. Só depois que você retira um CRT "baleião" da sua mesa, substitui por um LCD de tela maior e vê quanto espaço você ganhou é que realmente cai a ficha. Não dá para desconsiderar essa vantagem.

2) Menor consumo de energia. Bom para o bolso, bom para o meio ambiente.

3) Aquecem menos. Mais conforto, menos gasto com ar-condicionado, menor desgaste, menos ajustes de calibragem.

4) Maior durabilidade. Um CRT tem uma vida útil média de 2 anos (continua funcionando mas a qualidade vai ladeira abaixo após esse período). Os LCDs duram 2 ou 3 vezes mais.

5) Maior consistência e fidelidade dos ajustes. Um CRT tem que ser calibrado, no mínimo, uma vez por mês. No fim da vida útil tem que ser calibrado até uma vez por dia. Um LCD pode, ser calibrado uma vez a cada 3 meses, enquanto que o CRT a cada 30 dias, em média.

6) Modo "portrait". Alguns monitores LCD podem ser pivotados para trabalhar na vertical, o que pode ajudar muito no tratamento de imagens verticais.

Agora vamos entender alguns aspectos técnicos que serão a chave para nossa escolha. Alguns desses aspectos são exclusivos dos monitores LCD, outros se aplicam também aos CRT.

Formato da Tela: pode ser "normal" (proporção 4x3) ou "wide" (proporção 16x10). Essa característica é simplesmente uma questão de gosto, uns preferem "normal" e outros preferem "wide". Vale ressaltar que, como o tamanho do monitor é medido pela diagonal da tela, um monitor "normal" sempre terá uma área de tela maior do que um monitor "Wide" de mesmo tamanho.

Diagonal visível: conceito oriundo dos monitores CRT onde a parte útil (visível) do tubo de imagem sempre é menor que o tamanho especificado. Um monitor CRT de 19" normalmente possui uma diagonal visível de 17,5". Nos LCD, isso não existe! Um monitor de 19" possui

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uma área útil de 19", sempre. O resultado disso é que a tela de um LCD sempre parece (e, na verdade, é) maior que a equivalente em um CRT.

Tempo de Resposta: eis um dos grandes vilões dos LCD... (se bem que já foi "domado", na imensa maioria dos casos). Os nossos antigos CRTs podiam ter muitos defeitos, mas uma coisa não se pode negar: eram incrivelmente rápidos! O computador mandava um sinal e este se transformava em imagem praticamente sem nenhum atraso. Os LCD não são tão rápidos (embora já estejam bem melhores do que já foram). Um monitor com tempo de resposta muito alto pode fazer com que apareçam "fantasmas" e tornar o uso de aplicações onde a imagem se movimenta muito impraticável (como no caso de vídeo e jogos, por exemplo).

O tempo de resposta é medido em milessegundos (ms) e quanto maior o tempo de resposta, pior é a qualidade do serviço oferecido pelo monitor. Monitores com tempo de resposta acima de 30ms não devem ser utilizados para vídeo ou aplicações que dependam de movimento da imagem.

Monitores com 16ms podem até servir para vídeo, mas vão irritar os jogadores mais viciados.

Já abaixo de 8ms, é muito difícil notar qualquer atraso. Para a fotografia e tratamento de imagem, o "tempo de resposta" não importa muito.

Brilho Máximo: expresso em "candelas por metro quadrado" (cd/m²), em monitores LCD normalmente temos algo como 400cd/m². Na verdade, isso é mais que suficiente, pois normalmente quando se calibra um monitor o objetivo é atingir 120cd/m². É comum, inclusive, haver problemas ao tentar calibrar os LCD por não conseguir atingir um nível tão "baixo" de brilho, com o contraste no máximo (nesse caso somos obrigados a reduzir um pouco o contraste para facilitar).

Contraste: esse dado DEVERIA mostrar a diferença de luminosidade do "preto mais preto" para o "branco mais branco" que o monitor consegue reproduzir. Normalmente vem em forma de uma

proporção, por exemplo: "1000:1" que significa que o branco desse monitor é mil vezes mais luminoso que o preto. Em teoria, quanto maior o contraste, melhor a qualidade da imagem exibida. Infelizmente esse é o dado menos confiável fornecido pelos fabricantes. Eles mentem descaradamente e inventam "novas formas" de medir o contraste. É como a resistência à água nos relógios de pulso... acreditamos que um relógio que diz agüentar 100m de profundidade resista mais que um que diz suportar 50m, mas é bem provável que nenhum dos dois conserve seu perfeito funcionamento abaixo dos 40m. O contraste nos LCD informado pelos fabricantes é exatamente assim: nada confiável.

Ângulo de visão: um problema clássico dos LCD é a mudança de cores e luminosidade na imagem em função do deslocamento da cabeça do espectador. Esse problema é maior ou menor dependendo do tipo de painel LCD usado. Os piores atualmente possuem um ângulo de visão declarado de 160 a 140°, mas distorções brutais já ocorrem quando se tenta olhar uma tela dessas de um ângulo muito acentuado. Na prática, já fica difícil ver direito nesses monitores fora de 90°. Muitos alegam não se importar com essa restrição, uma vez que não pretendem olhar o monitor "de lado", mas em monitores grandes você sempre tem um ângulo

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acentuado entre os olhos do usuário e os cantos da tela. Isso já é o bastante para se notar diferenças (no caso desses monitores piores).

Os melhores nesse aspecto declaram 178° e, na prática, as cores começam a mudar se você escapar da área dos 130°. Francamente, isso não chega a ser problema nem mesmo com monitores grandes.

Resolução Nativa: ao contrário dos CRTs, que possuíam uma resolução máxima, mas permitiam que se usasse qualquer uma abaixo dessa, os LCDs possuem pixels fixos na tela, fazendo com que a resolução na qual você vai trabalhar seja fixa. Se um monitor LCD tem resolução nativa de 1280x960, você deve usar essa resolução. Por uma questão de compatibilidade e praticidade, os monitores LCD "aceitam" algumas resoluções abaixo da resolução nativa, mas isso é feito para "quebrar um galho", como no caso, por exemplo, de problemas com o drive da placa de vídeo (a imagem fica muito ruim nesses modos).

Color Gamut: é o espaço de cor que o monitor consegue representar. Essa informação raramente é fornecida pelos fabricantes, mas é FUNDAMENTAL para o trabalho do fotógrafo. Os melhores sites de "review" de monitores sempre analisam o "gamut" destes. Quanto maior melhor.

Fidelidade de Cor: é a capacidade do monitor de representar fielmente uma cor. Por exemplo:

o computador envia um comando para o monitor exibir um determinado tom de vermelho. O quão próximo o vermelho exibido na tela for do vermelho solicitado pelo computador é o que determina a fidelidade de cor desse monitor (para o vermelho). Essa medição é feita por cor e por uma média geral. Quanto menor o valor, menor a variação e melhor a fidelidade. Essa é outra informação fundamental que os fabricantes não disponibilizam, mas o sites de teste sim. Entretanto, esses dados só são percebidos e só se refletem em sistemas calibrados por

colorímetro.

Agora que já entendemos os quesitos principais na avaliação de um LCD, podemos falar um pouco das tecnologias usadas na fabricação dos painéis.

Existem basicamente 3 tipos de painel (com algumas subdivisões em alguns tipos). São eles:

TN, VA (MVA / PVA / S-PVA) e S-IPS.

TN: é a tecnologia presente na imensa maioria dos monitores LCD do mercado (em 100% dos de baixo custo).

Características:

- Baixo custo, possibilita monitores a preços acessíveis.

- Tempo de resposta excelente (ótimo para jogos e vídeo). Tipicamente entre 8 e 2ms.

- Ângulo de visão ruim. Muita mudança de cor e luminosidade quando se varia o ângulo de visão do usuário.

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- Tendem a sacrificar os meio-tons em função de um contraste maior.

- O "color gamut" varia bastante de modelo para modelo, mas nenhum é realmente grande. Nos melhores, o gamut é cravado em cima do sRGB.

- A fidelidade de reprodução de cores também varia muito de modelo para modelo, nos melhores chega a ser "boa" (quando não se sai do estreito ângulo de visão).

VA (MVA / PVA / S-PVA): é considerada como a tecnologia "meio-termo" entre os TN e os S-IPS, o que era 100% verdade, até o lançamento de alguns modelos recentes S-PVA, que se mostraram muito atraentes (mesmo se comparados aos melhores S-IPS). Falarei desses modelos específicos mais adiante; aqui listo as características gerais da imensa maioria dos monitores VA:

- Custo intermediário (não tão baratos quanto os TN e não tão caros quanto os S-IPS).

- Tempo de resposta intermediário, tipicamente entre 8 e 16ms.

- Ângulo de visão excelente.

- O contraste geralmente é bem resolvido nesses painéis e não sacrifica os meio-tons.

- O "color gamut" também varia muito de modelo para modelo, mas vai de "bom" a "excelente".

A maioria é cravada no sRGB, mas alguns vão além.

- A fidelidade de reprodução de cores também varia muito em função do modelo escolhido.

S-IPS: até bem pouco tempo não tinham rivais à altura para edição e tratamento de imagem.

Infelizmente o preço e o tempo de resposta impedem um uso mais amplo. Características:

- Custo alto.

- Tempo de resposta ruim (sempre acima de 16ms).

- Ângulo de visão excelente.

- Contraste bom, com meio-tons bem definidos.

- O "color gamut" é sempre "bom", geralmente cravado no sRGB.

- A fidelidade da reprodução de cores é a grande estrela (sempre muito boa).

Com tudo isso em mente, já podemos começar a esboçar o que seria o monitor LCD "ideal" para tratamento de imagem/fotos:

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1) Podemos desconsiderar o tempo de resposta, pois não é algo importante para tratamento de imagens (mas pode ser importante se você usar o monitor para outras coisas).

2) O tamanho da tela deve ser grande, para permitir um trabalho confortável. 19" seria o padrão mínimo e deve-se trabalhar o monitor no modo "dual": um para edição de imagem, e um segundo monitor para as ferramentas (esse pode ser até um velho CRT desfocado e manchado).

3) O formato da tela depende do gosto do freguês. O Photoshop trabalha bem com qualquer formato, inclusive em modo "dual monitor". O Lightroom não tem a opção de destacar os painéis e jogar para um segundo monitor, então acaba ficando melhor em um monitor "wide".

4) O ângulo de visão TEM que ser bom - principalmente se o monitor for grande.

5) O contraste tem que permitir uma boa variação entre o preto e o branco, mas não deve ―matar‖ os meio-tons.

6) O color gamut deve ser amplo para permitir a maior reprodução de cores possível, garantindo mais precisão no tratamento (mesmo que depois você vá converter para um espaço de cor menor para dar a saída impressa).

7) A fidelidade da reprodução de cores deve ser excelente para garantir precisão no tratamento e dar confiabilidade.

Isso tudo nos leva a pensar nos monitores de tecnologia S-IPS. Eles, de fato, foram e ainda são a melhor escolha para tratamento de imagem, o problema sempre foi o preço. Felizmente o destino foi um pouco caprichoso: durante esse tempo em que só os caros S-IPS eram a opção, ainda existiam monitores CRT de boa qualidade a preços acessíveis. Agora, que os monitores CRT sumiram, surge uma luz no fim do túnel: alguns monitores LCD estão usando uns painéis S-PVA que são quase que "mágicos". Eles têm por característica:

- Preços razoáveis (ainda mais caros que os TN, mas mais baratos que os S-IPS).

- Tempo de resposta bom, na casa de 6ms.

- Ângulo de visão excelente.

- Contraste excelente.

- Color Gamut enorme (atingindo bem mais que o sRGB, quase todo o Adobe RG.

- Fidelidade de reprodução de cor muito boa.

Esses painéis são tão interessantes que a Eizo começou a usá-los em alguns monitores (de R$12.000 e que antes usavam S-IPS). A Dell e a Samsung também entraram na onda (em modelos específicos), mas com preços mais "camaradas" (R$ 3.000,00, o que não é caro para um modelo

de 24" wide com essas características).

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Vale ressaltar que não são todos os S-PVA que têm essas características, apenas alguns painéis. E como fazer para identificá-los? Só consultando os fóruns e os sites de Review.

Mas o mais difícil é encontrar esses monitores à venda no Brasil.

Se você não quiser se contentar com um monitor TN, a única alternativa é recorrer a uma das três (excelentes) opções da Dell:

2007FP: monitor de 20", formato normal (4x3), usava painel S-IPS e agora está saindo com um painel S-PVA. O tempo de resposta listado nos sites é de 16ms, mas esse tempo era do painel

S-IPS. O novo painel S-PVA está com tempo de resposta na casa dos 10ms. Resolução nativa de 1680x 1050. É uma excelente opção.

2007WFP: é idêntico ao monitor acima, só que com 20" em formato wide (16x10). Resolução

nativa de 1680x 1050. Da mesma forma que a versão "normal", é excelente.

2407WFP-HC: monitor de 24", formato wide (16x10), usa painel S-PVA com "wide color gamut".

Tempo de resposta de 8ms, resolução nativa de 1920x1200. Excelente fidelidade de cores.

Notebooks para fotógrafos

Eles chegaram cheios de vantagens, recursos e conceitos para integrar a nova mochila de um fotógrafo profissional.

Nos últimos dois anos, os incentivos fiscais para a importação de produtos de informática, além da queda do dólar, provocaram uma chuva de ofertas de notebooks para brasileiros. O acesso ao crédito também aumenta a venda de produtos de maior valor. Para os amantes de tecnologia do mercado fotográfico, talvez o notebook tenha sido absorvido antes. Fato é que atualmente os produtos ganham cada vez mais design arrojado, espessura menor e ainda configurações necessárias para transportar dados, conectar a internet sem muitos fios, tratar imagens, imprimir, permitir videoconferência, fazer slide show e outras tarefas. Tudo com a vantagem de portabilidade e economia de espaço. Robson Fernandes, gerente de produtos da Superkit, distribuidora da marca Acer, costuma dizer que hoje o perfil do fotógrafo é aquele com ―uma câmera na mão, uma idéia na cabeça e um notebook de baixo do braço‖.

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A praticidade de ter um computador portátil combina com o perfil de um trabalho de alguns fotógrafos. O fotojornalista Gladstone Campos viaja muito e utiliza notebook desde 1994.

Acostumado a fotografar para agencias de notícias e de publicidade, não dispensa seu iBook G4 até mesmo no escritório. Para ele, as vantagens principais são a otimização do tempo e a rapidez na entrega do trabalho. Sempre interessado em novidades tecnológicas, Campos já incorporou mais uma mochila na bagagem de viagem; a da informática.

Na festa – na fotografia de eventos e social, o produto se torna uma estação digital na própria festa e uma ferramenta para preparar retrospectivas. Christian Perez, proprietário do estúdio M. Perez, monta miniestudios em festas de Belo Horizonte. Além de utilizar o notebook na criação dos materiais, leva o equipamento para a festa com impressão térmica para a foto lembrança, personalizada, batizada de FotoFrest. Quando necessita de mais terminais, opta pelo aluguel. Para ele, o notebook, ajuda no marketing do fotógrafo, já que os clientes tendem a ver o investimento em tecnologia como mais um motivo de credibilidade.

―A maioria dos clientes prefere o notebook porque fica mais apresentável no evento‖, comenta.

Na hora de comprar o primeiro equipamento, o fotógrafo pode ter dúvidas, já que são tantos nomes, recursos, marcas, preços, programas operacionais e detalhas disponíveis.

Especialistas informam que o primeiro passo é importante saber qual aplicação terá o notebook no trabalho do profissional. Em parâmetros gerais, um HD com espaço superior a 120 GB, processadores de qualidade e memória RAM acima de 2 GB são recomendados como modelos básicos que atendem a esse público.

Mas apenas design não adianta. A qualidade deve ser fator crucial na escolha. A fotógrafa Irit Tommasini, que também é especialista em Photoshop, ressalta que é importante a fidelidade de cores‖. É interessante ter um monitor extra calibrado conectar ao laptop e ganhar uma segunda tela para acompanhar as cores e tratamento‖. Aconselha Irit.

Há quem acredite que no futuro o notebook, em intensa sinergia com o ramo fotográfico e laboratório profissional. Para Gustavo Araújo, gerente de produto da Vaio, da Sony, o varejo especializado sairia na frente se mostrasse claramente as vantagens e concectividade com outros produtos (câmeras e tevê digital, por exemplo).

Com tanta guerra de preços na internet, agora os fabricantes e revendedores do varejo tradicional têm como desafio mostrar os recursos, diferenciais e características do produto para o consumidor.

Adquira um programa para editar fotografias

O principal editor de imagens é o Photoshop, mas existem vários outros no mercado. Abaixo, você encontrará caminhos para obter versões de teste dos principais programas. Tenha em mente que todos têm certas limitações por serem versões de prova (exceto o Paint Shop Pro que é shareware) e que os tamanhos dos arquivos podem ser bem grandes. Se seu modem

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trabalha a somente, você encontra estes e muito mais para baixar em HTTP://digitalbaixar.blogspot.com.

Adobe photoshop, o melhor e mais completo programa de edição de imagem, principalmente por garantia a ótima qualidade, evitando perdas ou distorções nos pixels, mas é preciso bastante conhecimento e entender de pixels e qualidade de imagem, porém, se aprender ele não precisará de outro, existe vários plug-ins e ações para completar o programa.

Entre no blog e veja varias dicas para trabalhar com o photoshop, também estarei disponibilizando curso e vídeo aula por um preço mínimo, se interessarem entre em contato.

eslibrito.blogspot.com / digitalbaixar.blogspot.com / eslibrito.com.br – [email protected]

Ulead PhotoImpact oferece uma versão limitada deste programa que costuma ser incluído junto com as câmeras digitais. Aqui esta a forma completa, para ser adquirido. O PhotoImpact é muito bom e cheio de recursos. O que é melhor é que ele custa cerca de 9 vezes menos que o Photoshop.

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Assuntos interessantes para fotografar

Fotografia de rua.

Existe uma tradição de fotografar na rua e capturar a ação rápida como ela se desfralda. Este estilo de fotografia cresceu primeiro pela liberdade oferecida pela Leica de 35 mm, a primeira máquina fotográfica que permitiu fotografar com alta qualidade e simplicidade. Anteriormente, máquinas fotográficas eram atadas a tripés grandes. Traga uma dessas grandes Graflexs tipo caixote, e as pessoas se intimidam ou fogem da cena. Exponha uma Leica e ninguém nota, nem mesmo quando faz seu clique " amortizado ". Máquinas fotográficas digitais são freqüentemente até menores que a Leica e não fazem nenhum barulho.

Achei interessante este momento, uma senhora com suas duas filhas e com uma enorme bagagem esperava o ônibus, só de olhar dá a impressão de sua qualidade de vida e mesmo assim a expressão das crianças era o tempo todo feliz.

Natureza

Fotografar a natureza é talvez um dos tipos mais difíceis de fotografia. Os alvos são ariscos; uma razão por que são tiradas tantos " fotografias da natureza " em jardins zoológicos e reservas florestais. Lá é como pescar peixe em um barril. Porém, se você faz isto "au natural", fotografar a natureza funde um amor do ar livre com um amor por fotografar. E se nenhuma foto sair boa, você ao menos terá tido um passeio agradável.

Registrei essas pessoas em momentos de lazer, desfrutando do natural e belo em um parque natural de águas quentes.

Viagem

Uma das primeiras e mais duradoura das aplicações de fotografia tem sido trazer para casa mundos distantes para espectadores. A fotografia digital torna isto possível por todas as suas imagens na Web e mostrá-las ao mundo inteiro em vez de justo seus amigos e família. (Eu provavelmente sou o único fotógrafo que dormiu enquanto mostrando os próprios slides.)

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Parque das Águas Quentes em Barra do Garças – MT, a muitos anos que foi criado, devido a sua água quente natural que atrais pessoas do Brasil inteiro.

Jornalismo

Os repórteres e organizações de notícias como a Associated Press adotaram máquinas fotográficas digitais porque as fotografias podem ser transmitidas imediatamente por linhas telefônicas do local onde elas são tiradas ou até mesmo numa conexão sem fios. E uma vez recebidas, elas estão prontas ao uso, nenhuma revelação é requerida. Uma fotografia do "touchdown" do famoso Super Bowl americano pode aparecer em um jornal através do país dentro de minutos. A baixa resolução de máquinas fotográficas digitais (comparadas as de filme convencional) não é importante, porque em jornal a impressão também é de baixa resolução. Sites bons em fotojornalismo digital são os de Rob Galbraith's e Dirck Halstead's.

Restaurante flutuante resiste a enchente em Barra do Garças – MT, as margens do Rio Araguaia.

Multimídia

Alguns usuários grandes de imagens digitais são programadores de multimídia. Desde que a multimídia é sempre exibida em uma tela de computador, ou projetada por uma, imagens digitais são um ingrediente necessário. Se originalmente tirada com uma máquina fotográfica digital ou com uma máquina fotográfica de filme e então esquadrinhada em um scanner, a imagem final tem que estar em um formato digital.

O programa PACE foi produzido por Kim Foley para acompanhar um texto escolar escrito por ela mesma, Kunal Sen, Cathy Morin e eu. O texto e o programa foram publicados por Irwin/McGraw-Hill.

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EXECUÇÃO DA LEI

Wegee pode não ter substituído sua máquina fotográfica Grapflex equipada com um flash de lâmpada por uma máquina digital, mas muitos departamentos de polícia e segurança já o fizeram. Como outros, eles são atraídos pela velocidade de processamento e a habilidade de melhorar imagens facilmente e distribuí-las on-line.

Ilustração gráfica

São vários as ilustrações em cartazes, livros, revistas, jornais, relatórios, e outros tipos de documentos com fotografias e outras imagens. Considerando que estas publicações são crescentemente publicou por computador de mesa, fotografias digitais estão se tornando ingrediente indispensável da receita.

Fotografia feita para uso pessoal e transformada com algumas camada com fundo e outras imagens para representar um site fotográfico. (confira, www.eslibrito.com.br).

Seguro

Se sua casa ou escritório queimar num incêndio, ou for soprado por fortes ventos ou flutua afora num maremoto, como você prova ter perdido aquela tela de Picasso? O melhor modo é fotografar seus pertences e armazenar os arquivos de imagem em um disco. Então, esperamos que você possa abrir as imagens daqui a uma década quando você precisa delas e os formatos de arquivo e dispositivos mudarem (se lembra dos discos flexíveis de 5 1/4?) Para ficar seguro, exiba as imagens na TELEVISÃO e as grave em uma fita, guardando em um lugar seguro.

Pintura que fiz a muito tempo quando não era tão ligado a fotografia e dispunha de muito tempo, ah, já fui artista plástico mas agora apaixonei pela fotografia e não tem padre algum que separe-nos.

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FOTOGRAFIA DE CATÁLOGO

Alguns dos primeiros a adotar máquinas fotográficas digitais de alta resolução foram profissionais que fazem fotografias de estúdio para catálogos e outras publicações. Eles logo adotaram estas máquinas fotográficas por uma variedade de razões. Para começar, os objetos do tipo como casinhas de pássaros ou pratos de jantar não se movem. Isto torna possível adquirir exposições longas requeridas por algumas máquinas fotográficas de alta resolução, as quais levam três exposições para adquirir uma imagem colorida. Outra razão é que as imagens normalmente são reproduzidas pequenas o bastante para que as falhas delas não apareçam. Finalmente, as casas de produção que preparam os catálogos preferem receber imagens digitais assim elas podem evitar o tempo e custo de esquadrinhá-las.

Esta foto de estúdio foi feita com a Sound Vision CMOS-PRO—a primeira câmera digital de CMOS especificamente desenhada para profissionais de artes gráficas. Imagem cortesia da Sound Vision Inc.

Fotografia comercial

Fotógrafos comerciais estavam também entre os primeiros em adotar a fotografia digital. Usando caros "backs digitais" para máquinas fotográficas de formato grande (p.ex. 6x7), estes fotógrafos estão mostrando imagens que rivalizam com as de máquinas fotográficas de filme convencional.

Mike Berceanu tirou esta imagem com a Agfa StudioCam, máquina fotográfica digital que usa o processo de esquadrinhamento. Cortesia de Mike Berceanu.

Imagem composta

Uma vez que as imagens estão em forma digital, você pode começar "colar" pedaços de várias outras imagens e colá-las juntas. Estas imagens compostas podem ser suaves ou

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agressivas. O fato é que a composição é freqüentemente usada na televisão e na imprensa e nós nos acostumamos a isto.

Aqui a modelo foi recortada de uma imagem e colada em outra. Você não pode nem dizer que houve alteração na imagem.

(adicionado a imagem de uma pessoa em primeiro plano ao automóvel)

Editoração

Uma vez imagens estão em um formato digital, você pode incluí-las em um documento usando um programa de editoração em PC como os tradicionais Microsoft Word, PageMaker, ou QuarkXPress.

Aqui imagens foram adicionadas a um documento do PageMaker de preparada para publicação.

Publicação na web

Qualquer um que está tirando fotografias para a Web prefere máquinas fotográficas digitais porque as imagens estão prontas a assim que elas sejam tomadas. As imagens não têm que ser processadas primeiro e então esquadrinhadas como o filme tem que ser. Isto economiza tempo e dinheiro. Considerando que a maioria das telas exibem só imagens de baixa resolução, a baixa resolução de algumas máquinas fotográficas não é nenhuma desvantagem. De fato, imagens de resolução mais altas seriam muito grandes para exibir na maioria dos sites e teriam que ser reduzidas de qualquer maneira.

Esse é o meu site, tenho outros blogs, todos bem ilustrados com imagens digitais. O site mostrado aqui é de divulgação e produtos de fotografia, books e diagramação de álbuns. Faça uma visita: www.eslibrito.com.br

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Distintivos, buttons e cartões de visitas

Uma vez foi domínio quase exclusivo de câmeras instantâneas Polaroid, agora cresce o uso de fotografias para identificação em forma digital. Uma vez capturada, elas podem ser impressas direito imediatamente nos cartões de identidade e podem ser mais difíceis de falsificar. Você também pode usar as imagens para criar botões de propaganda ou pode ilustrar cartões de visita.

São usadas impressoras da Fargo para fazer cartões de identidade coloridos incluindo fotografias. Cortesia da Fargo.

Relatórios informativos

Relatórios informativos de companhias e organizações são freqüentemente cheios de imagens. Neles são mencionados os empregados e sócios quando promovidos, aposentados, ou quando eles alcançam algum marco memorável, e são também documentados vários eventos. Como o processo de publicação ficou digital e se mudou para o topo da escrivaninha, assim tenha a mão as fotografias que ilustrarão estes relatórios.

Ciência

A fotografia digital é ideal para muitas aplicações científicas. Aqui uma máquina fotográfica digital especial capturou as propriedades espectrais de reflexo de plantas, assim os estados delas podem ser determinados. Usando fotografias como estas, os fazendeiros podem melhor administrar as colheitas.

Câmeras digitais podem ser usadas para determinados objetivos. Aqui uma imagem tirada com uma câmera Dycam ADC. E quem foi que disse que não existe arte também na ciência? Eu adoraria ver o que fotógrafos criativos conseguiriam fazer com uma máquina destas. Cortesia da Dycam.

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Astronomia

Sensores de imagens digitais foram usadas em astronomia durante anos. Eles são usados agora amplamente em lugar de filme, até mesmo no telescópio orbital Hubble.

Esta imagem tirada com o telescópio espacial Hubble da NASA mostra uma das mais complexas nebulosas planetárias já vistas, a NGC 6543, apelidada de "Cat's Eye Nebula.". O Hubble revela estruturas intrincadas e surpreendentes incluindo conchas de gases concêntricas, jatos de alta velocidade e nós pouco comuns de gazes de choque induzido. Estimada em ter 1.000 anos de idade, a nebulosa é um fóssil vivo e visual, testemunha da dinâmica e evolução final de uma estrela agonizante. Esta imagem foi criada com a ajuda do Space Telescope Science Institute, operado pela Association of Universities for Research in Astronomy, Inc., da NASA contrato NAS5-26555 e foi reproduzida com a permissão da AURA-STScI.

Exploração espacial

Quando você voa uma máquina fotográfica pelo espaço ou a aterrissa em outro planeta, devolver o filme para Terra é um problema grande. A solução, claro, é usar uma máquina fotográfica digital e mandar de volta a imagem digital através de transmissão de rádio. Isso é exatamente o que foi feito na missão a Marte do Mars Rover onde um veículo pequeno engatinhou pela superfície do planeta e mandou de volta imagens, algumas delas em estéreo.

Vista completa da Terra tirada do satélite GOES-8 (Geostationary Operational Environmental Satellite) em 2 de setembro de 1994 ás 18:00 UT. Cortesia da Public Use of Remote Data.

Microscopia

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É prática comum fazer vídeos ou fotografias do que é revelado por um microscópio. Um dos mestres disto era Roman Vishniac, que foi um verdadeiro artistas científico. Máquinas fotográficas digitais são ideais para estas ocasiões porque as imagens podem ser exibidas imediatamente.

Um osso humano normal capturado com um microscópio Nikon e com a máquina SoundVision CMOS-PRO. Imagem cortesia da Sound Vision, Inc.

A câmera digital microscópica Polaroid captura imagens a 1600x1200 pixels com 24-bits de cor para criar arquivos de 5,5 megabits. Cortesia da Polaroid.

Belas artes

Fotografia de belas-artes é uma ampla categoria que incluiu tudo desde as impressões surpreendentes de Ansel Adams até as vagas impressões de uma máquina fotográfica de primitiva. Não chega a ser surpreendente que máquinas fotográficas digitais se tornaram parte do repertório de hardware com os quais os artistas trabalham. Muito antes que Jerry Uelsmann estivesse fazendo montagens, esta forma de fotografia já existia. Aqui esta uma imagem de 1905 feita por Adelaide Hanscom que tem muitas das características que nós vemos em arte digital manipulada.

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Adalaide Hanscom fez uma série inteira de imagens manipuladas para ilustrar a edição de 1905 do Rubiyat.

Bens imóveis

Imobiliárias são grandes consumidores de fotografia. São feitas fotos de exteriores para anúncios de jornal e fotos de interior para panfletos e sites da Web. A facilidade e imediatismo das máquinas fotográficas digitais as fazem extensamente usadas neste campo.

Uma típica vista da vista interior como normalmente fotografada para brochuras de imobiliárias.

Diversão

Fotografias não têm sempre que serem usadas como trabalho. A maioria é realmente tirada por prazer. Capturar doces recordações e imagens diferentes são alguns destes usos.

Igreja Católica em Caiapônia – GO, permanece ali do mesmo jeito que foi construída a muitos anos.

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10 dicas de como ganhar dinheiro com a fotografia

Fotografia é muito divertido, porém é muito cara. Custos de filme e revelação (cartões de memória, se você trabalha com digital), aquela câmera nova, e também as lentes, filtros, flash, tripé, bolsa… A maioria das pessoas está sem dinheiro (alguns mais que outros) e todos gostaríamos de encontrar maneiras de fotografar mais, pois fotografia é uma paixão. Então, aqui temos 10 dicas para fazer a fotografia ajudar a pagar por si própria.

1. Organize Passeios Fotográficos ou Workshops

Se você se especializar em uma área da fotografia ou conhecer algum lugar em particular, considere ensinar outros, como fazer este tipo de fotografia, ou como fotografar o lugar. Poucos fotógrafos sobrevivem deste modo. Esteja bem preparado para responder muitas perguntas. Um ponto positivo é que você pode tirar fotos também, nestes passeios de ensino, assim expande suas fotos de stock para futuras vendas.

2. Aprenda a Fotografar e Escrever

Existem centenas de publicações todos os meses, incluindo comércio, interesses especiais, negócios, associações, revistas de consumo regional e geral. A maioria usa fotos. Mas raramente compram apenas fotos. Eles preferem comprar pacotes com fotos e textos (Incluindo a Revista Americana Photographic). Você não precisa ser um escritor profissional (se for melhor), mas você tem que saber colocar suas idéias no papel claramente, assim o pessoal da editoria muda alguma coisa e o artigo se torna publicável. Se escrever não é fácil para você, pegue uma ou duas aulas de jornalismo. Você pode também se juntar a alguém que saiba escrever e depois dividir a grana.

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3. Esportes Locais

Se você gosta de esportes, deve tentar fotografar atividades de esportes na sua cidade. Entre em contato com grupos amadores de esportes e ofereça seus serviços fotográficos. Fotos de ação, de grupos e individual podem abrir um campo lucrativo, te dar pratica em fotos de ação para melhorar suas habilidades, e pode ser bem divertido. Você pode fazer e vender produtos usando as fotos, em camisas e cartões dos times ou jogadores sozinhos.

4. Crie sua própria página para Internet

Estamos na era da Internet, então porque não tirar proveito disto? A maioria dos fotógrafos profissionais tem seu site, e você também pode (deve) ter o seu. Crie sua própria Web page, e mostre ao mundo suas fotos. Muitos provedores deixam você colocar sua página como parte da mensalidade que você paga. Antes criar páginas era difícil, hoje está cada vez mais fácil, agradeça aos novos programas como Adobe GoLive e Macromedia Flash. Seu site tem que ter suas melhores fotos, com um link para seu e-mail, assim fica fácil as pessoas entrarem em contato com você.

5. Venda Cópias de suas fotos

Você pode vender cópias das suas fotos em feiras livres, ou tente conversar com donos de lojas e peça para colocar as fotos nas paredes. Restaurantes, bancos, e outros negócios muitas vezes usam fotos e quadros para decorar seus ambientes. Você já deve ter visto fotos com preços e o cartão do fotografo, em alguns lugares. Talvez você possa entrar em acordo com estas pessoas para mostrar seu trabalho: o dono do estabelecimento ganha decoração grátis, e você ganha o espaço para mostrar suas fotos. Isto requer algum investimento em cópias das suas melhores fotos, mas algumas vendas podem pagar este investimento.

6. Produtos de Papel

Existem centenas de empresas que utilizam fotos para calendários, cartões e pôsteres. As três maiores (American Greetings, Gibson Greetings e Hallmark Cards) são difíceis de entrar, mas pequenas empresas trabalham com fotógrafos e artistas free-lance. Faça uma pesquisa para saber as coisas que são populares, e qual empresa estaria interessada no tipo de foto que você faz, então envie amostras do que você tem em stock. Você pode fazer muito dinheiro neste mercado se tiver às fotos certas no momento certo.

7. Fotos de Animais

Semelhante a fazer retratos de gente é fazer de animais. A principal diferença é que você tem que gostar de trabalhar com animais. A mesma câmera, lente e luz usadas para fotos de pessoas irá funcionar bem com animais. Algumas dicas: Tire fotos no mesmo nível dos olhos dos animais, evite fotos com lente grande angular muito próxima a menos que você queira uma foto distorcida, se usar flash redirecione o mesmo pra evitar olhos vermelhos, evite o sol do meio dia, tenha o dono por perto para ajudar, e tire algumas fotos do animal com o dono.

8. Retratos (Portraits)

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Não é difícil montar um estúdio para retrato na sua casa para fotos formais, mas você também pode fazer boas fotos externas com luz suave ou no fim do dia quando o sol estiver baixo no céu. Comece tirando fotos de amigos, e peça a eles para falar com os amigos deles, e cedo, você terá um pequeno negócio. Você pode também colocar anúncios nos classificados dos jornais locais. Faça todos os testes com amigos e familiares antes de se tornar ―Pro‖, e ir atrás de clientes.

9. Stock Fotografia

Fotógrafos de Stock tiram muitas fotos de vários assuntos para vender (lease) para uso de propaganda e editorial. Alguns fotógrafos escolhem ir atrás deste mercado por conta própria, mas a maioria das fotos é vendida através de agencias que ganham porcentagem que normalmente é de 50%. Fotos de Stock podem gerar vendas repetitivas, trazendo ganhos certos para fotografo e agência. Mas lembre, stock é um mercado altamente competitivo, suas fotos tem que ser excelentes, e protegidas por autorização de modelos e propriedades. Encontre agencias que apreciem seu tipo de foto, e leve a eles uma lista das suas fotos e seu portfolio. Para uma lista americana de agencias de stock, entre em contato com ASMP (American Society of Media Photographers; 215/451-2767) ou PACA (Picture Agency Council of America; 800/457-7222).

10. Imóveis

Se você gosta de fotografar construções, você pode tentar fotografia de imóveis. Enquanto que a maior parte das imobiliárias tira suas próprias fotos, das propriedades que estão a venda, você, como fotografo profissional, é capaz de tirar fotos melhores. Fotografe casas locais, e leve exemplo do seu trabalho para as imobiliárias locais. Fatores para considerar quando estiver tirando este tipo de foto: hora do dia (onde está o sol em relação à construção?), clima (sol muito forte, tempo nublado), tráfego de carros (você sabe fazer os automóveis sumir? é só usar uma velocidade de obturador mais lenta, um minuto ou mais, mas lembre-se de recompensar a falha de reciprocidade), tente lentes e ângulos diferentes (lembre-se de que aproximando do assunto, aumenta perspectiva e movendo-se para longe comprime).

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Introdução

Antes de começarmos a explorar as máquinas fotográficas digitais e como elas são usadas, vamos antes dar uma olhada em alguns dos princípios básicos como sensor de imagem, resolução e coloração, que são os alicerces da fotografia digital.

Diferentemente de máquinas fotográficas tradicionais que usam filme para armazenar uma imagem, máquinas fotográficas digitais usam um dispositivo de estado sólido chamado de sensor de imagem. Estes chips de silicone do tamanho de uma unha, contêm centenas de milhares ou milhões de diodos fotossensíveis chamados "photosites". Cada um destes photosites registra a intensidade ou brilho da luz que se incide sobre ele. Cada photosite reage à luz que lhe incide acumulando uma carga de energia; quanto maior a luz, mais alto será a carga. O brilho registrado por cada photosite é então guardado como um jogo de números que podem ser usados para determinar a cor e brilho de pontos na tela ou tinta em uma página impressa para então reconstruir a imagem. Neste capítulo, nós olharemos este processo de perto porque é o fundamento de tudo o que segue.

Aqui uma visão do que uma máquina fotográfica em toda a

sua complexidade eletrônica. Bem-vindo ao mundo novo da

fotografia digital. Cortesia da Intel.

PIXELS—SOMENTE PONTOS

Ligue seu computador e leia seu e-mail ou escreva um documento. Quando você precisa fazer alguma pesquisa você entra na Internet e folheia clipes de vídeo históricos, museus de arte e exibições de fotografia. Quando você quer relaxar, carrega um programa de simulador de vôo e voa por um mundo computadorizado com fotos realistas ou veste um óculos 3D e assiste as coisas saltarem fora da tela vindo até você. Tão diferente quanto estas experiências podem ser, elas todas têm uma coisa em comum—você está olhando a nada mais do que pontos. Como os pintores impressionistas que pintaram cenas maravilhosas com pontos pequenos de pintura, sua tela, e sua impressora criam imagens com pontos pequenos chamados elementos de imagem—ou somente pixels.

Pixels são criados dividindo uma imagem em uma grade. O computador pode mudar o brilho de todo quadrado ou pixel nesta grade. Fazendo assim, são exibidas texto e imagens. Controlando, ou endereçando uma grade de pixels individualmente deste modo é chamado mapeamento de bit ou "bit mapping".

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Um pássaro " black-crowned night heron" e um filhote de "great blue heron" se equilibram num tronco de madeira parecendo os personagens de estórias em quadrinhos Mutt e Jeff ou Bert e Ernie. Mesmo se você clicar na imagem para aumentá-la, os pixels não aparecerão.

Quando uma seção desta mesma imagem é recortada e depois aumentada, os pixels (pontos ou elementos) quadrados começam a aparecer claramente. Clique na imagem para ver ainda mais claramente e verifique como cada pixel é uma pequeno quadrado feito de uma única cor.

A maquilagem de um pixel varia e depende em se está na máquina fotográfica, na tela, ou em uma impressão.

Na máquina fotográfica, cada photosite no sensor de imagem representa

um pixel. A cor de cada pixel é calculada usando os pixels que o cercam.

Este desenho mostra nove pixels.

Na tela, cada pixel tem uma única cor formada pela mistura dos raios

luminosos vermelhos, verdes e azuis ou LCDs. Este desenho mostra nove

pixels.

Em uma impressão, um pixel é formado de muitos mais pontos menores

que se misturam para dar a impressão de uma única cor. Este desenho

mostra um pixel.

Resolução de dispositivos digitais

A qualidade de qualquer imagem digital, se impressa ou exibida em uma tela, depende em parte de sua resolução—o número de pixels utilizados para criar a imagem. Mais e menores

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pixels somam detalhe e realçam com nitidez a imagem. Esta tabela lista alguns padrões de comparação. Os números de várias fontes diferem.

Existem três modos para se expressar a resolução de uma imagem; por suas dimensões em pixels, pelo número total de pixels, ou pela relação de pixels por polegada (ppi) ou pontos por polegada (dpi).

Elemento Resolução Total de Pixels

TV (NTSC)

colorida 320 x 525 168.000

Olho humano 11.000 x 11.000 120 milhões

35-mm slide

A revista "The Economist" diz que tem 20 milhões ou

mais. A CMOS Imaging News diz que são de 5 a 10

milhões dependendo do filme. Outra fonte diz

aproximadamente 80 milhões de pixels. Robert Caspe da

SoundVision diz que negativos de filmes coloridos tem

1000 pixels por polegada enquanto filme diapositivo a

cores tem 2000 pixels por polegada.

Filme da

câmera Kodak

Disc 1982

3 milhões de pixels—cada um com cerca de 0.0003

polegadas de diâmetro.

Resolução—Ótica e Interpolada

Cuidado com as reivindicações sobre resolução para máquinas fotográficas e scanners porque há dois tipos; ótico e interpolado. A resolução ótica de uma máquina fotográfica ou scanner é um número absoluto porque os photosites de um sensor de imagem são dispositivos físicos que podem ser contados. Para melhorar a resolução em certos aspectos limitados, a resolução pode ser aumentada usando um software. Este processo é chamado de resolução interpolada, que soma pixels a uma imagem. Para fazer assim, um software avalia os pixels que cercam cada pixel novo para determinar o que suas cores deveriam ser. Por exemplo, se todos os pixels ao redor de um pixel recentemente inserido são vermelhos, o pixel novo será criado como vermelho. O que é importante é se lembrar de resolução interpolada não soma informação nova para a imagem—só soma pixels e faz o arquivo ficar maior. Esta mesma coisa pode ser feita em um editor de fotografia como o Photoshop, através de ajuste do tamanho da imagem. Cuidado com companhias que promovem ou enfatizam a resolução interpolada (ou otimizada) do dispositivo deles. Você estará adquirindo menos do que você pensa. Sempre confira a resolução ótica do dispositivo. Se isto não é informado, fuja do produto—você estará lidando com pessoas que não têm muito senso ético e profissional em seus corações.

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Resoluções das Máquinas

Como você viu, sensores de imagem contêm uma grade de photosites—cada um representa um pixel na imagem final. A resolução do sensor é determinada pelo número de photosites que existem em sua superfície. Esta resolução normalmente é especificada em um dos dois modos—pela dimensão do sensor em pixels ou por seu número total de pixels. Por exemplo, a mesma máquina fotográfica pode especificar sua resolução como sendo de 1200 x 800 pixels (onde " x " é pronunciado " por " como em " 1200 por 800 "), ou 960 mil pixels (1200 multiplicados por 800). Máquinas fotográficas de alta resolução freqüentemente se referem ao tamanho dos arquivos ao invés da resolução. Por exemplo, alguém pode dizer que uma máquina fotográfica cria arquivos de 30 Megabytes. Isto é justo uma forma de abreviar.

A resolução das câmera são fornecidas como dimensões (1200 x 800) ou por totais (960,000).

Máquinas fotográficas para iniciantes têm atualmente ao redor de 640 x 480 pixels de resolução, embora este número venha sendo constantemente melhorado. Máquinas fotográficas melhores, aquelas com 1 milhões ou mais pixels são chamadas máquinas fotográficas de megapixel e aquelas com mais de 2 milhões são chamadas máquinas fotográficas de multi-megapixel. Até mesmo as máquinas fotográficas digitais profissionais mais caras só dão aproximadamente 6 milhões de pixels. Como você poderia esperar, os custos sobem com o aumento da resolução da máquina fotográfica.

Tamanho não é tudo!

Quanto mais alta a resolução de uma máquina fotográfica, maior serão os arquivos de imagem que ela cria. Por isto, algumas máquinas fotográficas lhe permitem especificar mais de uma resolução quando você tira uma foto. Embora é provável que você obtenha um melhor resultado com uma resolução mais alta, nem sempre isto é necessário—especialmente quando a imagem vai ser exibida na Web ou impressa muito pequena. Nestes casos bastarão imagens de resolução mais baixa, e porque elas têm tamanhos de arquivo menores, você poderá guardar mais na memória da máquina fotográfica.

Embora mais photosites significam resolução mais alta, acrescentar mais não é fácil e cria outros problemas. Por exemplo:

Soma significativamente mais photosites ao chip, assim o chip deve ser maior e cada photosite menor. Chips maiores com mais photosites aumentam dificuldades (e custos) de fabricar. Photosites menor devem ser mais sensíveis para capturar a mesma quantia de luz.

Mais photosites criam imagens maiores para arquivar e criam problemas de armazenamento.

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Resolução dos Monitores

A resolução de um monitor de PC quase sempre é determinada como um par de números que indicam a largura da tela e altura em pixels. Por exemplo, um monitor pode ser especificado como sendo 640 x 480, 800 x 600, 1024 x 768, e assim por diante.

O primeiro número no par é o número de pixels de um lado ao outro da tela. O segundo número é o número de linhas de pixels de cima abaixo a tela.

Este é uma tela de 640 x 480 . Isso significa que existem

640 pixels em cada linha e 480 linhas.

Imagens exibidas no monitor são de muito baixa resolução. Como você pode ver na tabela abaixo, o número atual de pixels por polegada depende da resolução e o tamanho do monitor. Geralmente, são convertidas imagens que serão exibidas na tela a 72 pixels por polegada (ppi), uma resolução originada na era do Apple. (Os números vermelhos na tabela são os pixels por polegada para cada combinação de tamanho de tela e resolução.) Como você pode ver na tabela, este não é um número exato para qualquer resolução em qualquer tela, mas tende a ser uma boa aproximação. Se uma imagem tem 800 pixels de largura, os pixels por polegada aparecem diferentes em um monitor de 10 polegadas de largura que em um de 20 polegadas. O mesmo número de pixels tem que ser espalhado por uma tela maior assim a relação dos pixels por polegada acaba caindo.

Resolução Tamanho do Monitor

14 15 17 19 21

640 x 480 60 57 51 44 41

800 x 600 74 71 64 56 51

1024 x 768 95 91 82 71 65

Resolução da Impressora e do Scanner

Resoluções de impressoras e de scanners normalmente são especificadas pelo número de pontos por polegada (dpi) que eles imprimem ou esquadrinham. (Geralmente pixels por polegada se referem à imagem e tela de exibição e pontos por polegada se referem à

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impressora e imagem impressa. Às vezes eu penso que toda esta terminologia só existe para nos confundir. Para propósitos de comparação, monitores usam uma média de 72 ppi para exibir texto e imagens, impressoras de jato de tinta variam até 1700 dpi e máquinas de tipográficas comerciais variam entre 1.000 e 2.400 dpi.

Convertendo unidades de medida

Quando trabalhamos com imagens digitais, algumas vezes você precisa converter entre dimensões de imagem como polegadas, pixels, ou pixels por polegada (às vezes expressas como pontos por polegada). Não desista aqui, é tudo só multiplicação e divisão!

Convertendo dimensões em pixels para polegadas

Como você viu, imagens são descritas pelas dimensões delas em pixels. Porém, impressões são descritas em polegadas ou centímetros. O que fazer se você tem uma imagem digital e quer fazer uma impressão? Para saber que tamanho uma imagem terá quando exibida ou impressa, você tem que converter de pixels a polegadas (ou cm). Fazendo assim, você divide a dimensão da imagem em pixels pela resolução do dispositivo em pixels por polegada (ppi). Por exemplo, para converter as dimensões para uma imagem de 1500 x 1200 que será impressa a 300 ppi você divide como segue:

Largura: 1500 pixels ÷ 300 ppi = 5 polegadas Altura: 1200 pixels ÷ 300 ppi = 4 polegadas

O resultado é uma impressão de 5 x 4 polegadas. Porém, se o dispositivo de produção imprime a 600 ppi, o resultado muda para 2.5 x 2 polegadas de impressão como segue:

Largura: 1500 pixels ÷ 600 ppi = 2.5 polegadas Altura: 1200 pixels ÷ 600 ppi = 2 polegadas Height: 1200 pixels ÷ 600 ppi = 2"

Convertendo dimensões de polegadas para pixels

Esquadrinhar é o verso de imprimir. Você normalmente esquadrinha imagens medidas em polegadas para criar arquivos definidos em pixels. Por exemplo, quando esquadrinhando uma foto, para saber que tamanho terá a imagem digital, você precisa converter de polegadas a pixels. Para fazer isto, você multiplica o número de polegadas pelo de pixels por polegada (ppi) do dispositivo. Por exemplo, se você esquadrinha uma imagem de 4 x 5 polegadas a 300 ppi, você calcula o tamanho de cada lado em pixels ao multiplicar suas dimensões em polegadas pelo número de pixels por polegada como segue:

Largura: 5 pol. x 300 ppi = 1500 pixels Altura: 4 pol. x 300 ppi = 1200 pixels

eight: 4" x 300 ppi = 1200 pixels

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Para converter de polegadas para pixels você multiplica o tamanho em polegadas vezes os pixels por polegada. Aqui, um lado tem 5 polegadas e outro 4. Para calcular o tamanho de cada lado em pixels, você multiplica estas dimensões pelo número de pontos por polegada, neste caso 300.

Convertendo dimensões em pixels para pixels por polegada

Quando você faz impressões de imagens, os pixels começam a mostrar quando a impressão é aumentada a um ponto onde o número de pixels por polegada (ppi) caia muito. Se sua impressora só pode imprimir uma imagem bem definida a 300 ou mais pixels por polegada, você precisa determinar se o tamanho da imagem que você planeja imprimir cairá abaixo deste nível. Digamos que você tem uma imagem esquadrinhada e quer imprimi-la a um certo tamanho. Quando você aumenta ou reduz uma imagem assim, muda o ppi. Para descobrir como ficam os pixels (ou pontos) por polegada, você converte do tamanho original da imagem em pixels para sua relação de pixels por polegada. Por exemplo, se você esquadrinha um slide a 2700 ppi, sua imagem esquadrinhada é aproximadamente 3712 pixels de largura (um slide tem aproximadamente 1.375 polegadas de largura). Se você então imprime aquela imagem que esquadrinhou em 10 polegadas de largura, os pixels são esticados por sobre uma área maior assim o ppi na impressão cai de 2700 ppi a 371 ppi (3712 pixels ÷ 10 polegadas = 371 pixels por polegada). Também, se você sabe o tamanho da imagem em pixels, você pode dividir aquele número pelo número de pixels que você quer imprimir por polegada para determinar o maior tamanho possível da impressão.

Aqui um slide é esquadrinhado a 2700 dpi. Os 3712 pixels

resultantes são esparramados por uma impressão de 10

polegadas de largura. O dpi na impressão são de 371.

Resolução e Tamanho de Imagem

Surpreendentemente, resolução não indica nitidez por si só, ou até mesmo tamanho. O mesmo número de pixels pode ocupar uma área pequena ou grande na tela ou impressão. Quando eles são espalhados por sobre uma área maior, a nitidez visualizada cai (quando vistos de uma mesma distância). Reciprocamente, se eles são apertados em uma área menor, aumento de nitidez é verificado. As imagens em telas de alta resolução ou impressões de alta definição só parecem mais nítidas porque os pixels disponíveis se agrupam em uma área muito menor —não porque há mais pixels. Quanto menor uma imagem é exibida a partir de um determinado arquivo, mais nítida aparecerá. Porém, quando aumenta muito, a nitidez começa a diminuir e eventualmente os pixels quadrados começarão a aparecer na imagem—ela se torna pixelizada.

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Para que a resolução cresça, o tamanho dos pixels tem que diminuir.

O tamanho final de uma imagem depende da resolução do dispositivo de produção. Imagine fazer dois chãos de azulejo, um com azulejos grandes e um com pequenos. O com azulejos pequenos terá curvas mais nítidas e mais detalhe. Porém, se você tem o mesmo número de azulejos grandes e pequenos, a área coberta pelos azulejos pequenos será muito menos.

Esta imagem mostra como uma foto de 640 x 480 é apresentada na tela ou impressa em dispositivos com diferentes pontos por polegada (ppi). A 72 ppi será 8.9 x 6.7 pol., a 300 ppi será 2.1 por 1.6 pol. e a 1500 ppi, será somente 0.43 x 0.32 pol.

Você pode ver como isto acontece estudando a tabela abaixo que lista várias resoluções de imagem encontradas em CDs de fotos. Uma imagem com 768 x 512 pixels caberá justa em uma tela fixada para uma resolução de 800 x 600. Será exibida a um pouco mais de 10 x 7 polegadas—quase do tamanho de uma página de revista. Aquela mesma imagem, impressa em uma impressora de 300 dpi encolhe para aproximadamente 2.5 por 1.7 polegadas. Em uma impressora de 1.500 dpi, a mesma imagem encolhe a um tamanho menor que um selo.

Original Tela de 14 pol. @

72 ppi

Impressora de 300

dpi

Impressora de

1500 dpi

Largura Altura Largura Altura Largura Altura Largura Altura

192 128 2.67 1.78 0.64 0.43 0.13 0.09

384 256 5.33 3.56 1.28 0.85 0.26 0.17

768 512 10.67 7.11 2.56 1.71 0.51 0.34

1536 1024 21.33 14.22 5.12 3.41 1.02 0.68

3072 2048 42.67 28.44 10.24 6.83 2.05 1.37

6144 4096 85.33 56.89 20.48 13.65 4.10 2.73

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Para fazer uma imagem maior ou menor para um determinado dispositivo de produção, deve-se redimensioná-la em um programa de editoração de fotografia ou pela aplicação em que você está imprimindo. O redimensionamento é feito através de interpolação. Quando aumentado, novos pixels são somados e cada pixel novo é determinada pelas cores de seus vizinhos. Quando reduzido, algum pixels são apagados.

Quando aumentado além de um certo ponto, imagens digitais se tornam pixelizadas, perdem detalhe e mostram os pixels de que eles são feitos. Uma regra básica é que uma imagem de 1.5 megapixel pode ser aumentada aproximadamente até 8 x 10 antes de começar a mostrar pixels a uma distância normal de visualização. A Kodak diz que uma imagem de 1-megapixel pode ser reproduzida foto realisticamente a 5 " x 7 ".

Intensidade de cor

Resolução não é o único fator que governa a qualidade de suas imagens. Igualmente importante é a cor. Quando você vê uma cena natural, ou uma impressão fotográfica a cores bem feita, você pode diferenciar milhões de cores. Imagens digitais podem aproximar este realismo de cor, mas se isto pode ser obtido em seu sistema depende de suas capacidades e sua regulagem. Quantas cores existem em uma imagem ou quanto um sistema pode exibir é chamado de intensidade de cor, profundidade de pixel, ou profundidade de bit. PCs mais velhos estão restritos a exibições que mostram só 16 ou 256 cores. Porém, muitos sistemas mais novos incluem um cartão vídeo e um monitor que podem exibir o que é chamado Cor Verdadeira de 24-bit. Chama-se Cor Verdadeira porque estes sistemas exibem 16 milhões de cores, mais ou menos o número que pode discernir o olho humano.

DICA: Verificando Seu Sistema

Você pode ter que regular seu sistema para cor total, se isto não acontece automaticamente. Para ver se seu sistema Windows 95/98 suporta Cor Verdadeira, clique no botão Iniciar, clique Configurações , e então clique Painel de Controle e depois Vídeo. Clique a aba de Configurações e confira a configuração da paleta de Cor.

Como bits e cores se relacionam uns aos outros? É aritmética simples. Para calcular quantas cores diferentes podem ser capturadas ou podem ser exibidas, simplesmente eleve o número 2 a potência do número de bits usados para registrar ou exibir a imagem. Por exemplo, 8-bits lhe dão 256 cores porque 2 elevado a 8 = 256. Aqui esta uma tabela para lhe mostrar algumas outras possibilidades.

Nome Bits por pixel Formula Número de cores

Preto e branco 1 2 elev. a

1

2

Monitor de 4 2 elev. a 16

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vídeo no

Windows

4

Graduação de

Cinza

8 2 elev. a

8

256

256 cores 8 2 elev. a

8

256

High color 16 2 elev. a

16

65 mil

True color 24 2 elev. a

24

16 milhões

Algumas máquinas fotográficas e scanners usam 30 ou mais bits por pixel. Estes bits extras são usados para melhorar a cor na imagem quando ela é processada até sua forma final de 24-bit.

Imagens em preto e

branco exigem só 2-bits

para indicar qual pixels

são brancos e quais são

pretos.

Imagens em escala de

cinza precisam de 8 bits

para exibir 256

graduações diferentes

de cinza.

Iimagens de cor são

exibidas usando 4

bits (16 cores), 8

bits (256 cores), 16

bits (65 mil cores)

chamada High

Color, e 24 bits (16

milhões de cores)

chamada True

Color ou Cor

Verdadeira.

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Revisão: Bits e Bytes

Lendo sobre sistemas digitais, você freqüentemente encontra os termos bit e byte.

O bit é a menor unidade digital. É basicamente um único elemento no computador que como uma lâmpada incandescente tem só dois possíveis estados, ligado (indicando 1) ou desligado (indicando 0). O termo bit é uma contração da frase mais descritiva binary digit (dígito binário).

Bytes são grupos de 8-bits unidos juntos para processar. Desde que cada um dos oito pedaços tem dois estados (ligado ou

desligado), a quantia total de informação que pode ser carregada é 28 (2 elevado a 8º potência), ou 256 possíveis combinações

Profundidade de cor é importante em ambas as extremidades do espectro. É inteligente equalizar a profundidade da cor de uma imagem com o uso planejado para ela. Por exemplo, se uma imagem será impressa, 24-bit cor é um fator imperativo se você quer obter cores para vivas e bem definidas. Porém, se uma imagem será colocada na Web, veja que a maioria das pessoas ainda está usando monitores de 256 cores. Imagens publicadas em milhões de cores levarão muito mais tempo para carregar porque os arquivos são maiores.

Sensores de imagem

Da mesma maneira que em uma máquina fotográfica tradicional, a luz entra em uma máquina fotográfica digital por uma lente controlada por um obturador. Máquinas fotográficas digitais têm um de três tipos de obturadores eletrônicos que controlam a exposição:

Obturadores eletrônicos com sensores usam o próprio sensor de imagem para fixar o tempo de exposição. Um circuito cronometrado diz quando começar e parar a exposição.

Obturadores eltro-mecanicos são dispositivos mecânicos que são eletronicamente controlados.

Obturadores eletro-óticos são dispositivos eletronicamente dirigidos situados em frente do sensor de imagem e que mudam o curso ótico da transmitância (quantidade de luz transmitida através de um material em proporção ao total de luz incidente sobre a superfície do material transmissor).

De Raios de Luz a Imagens

Quando o obturador abre, em lugar de expor um filme, a máquina fotográfica digital coleta luz em um sensor—um dispositivo eletrônico de estado sólido. Como você viu, o sensor de imagem contém uma grade de photosites minúsculos. Quando a lente focaliza a cena no sensor, alguns photosites registram realces, outros sombras, e outros registram tudo, todos os níveis de luminosidade.

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Sensores de imagem são freqüentemente dispositivos

minúsculos. Os três tamanhos mais comuns usados em

máquinas fotográficas digitais são justo uma fração do

tamanho de um slide de 35mm ou um negativo.

Cada photosite converte a luz incidente em uma carga elétrica. Quanto mais luminosa for a luz, o mais alto a carga. Quando o obturador fecha e a exposição se completa, o sensor " se lembra " do padrão que registrou. Então são convertidos os vários níveis de carga para números digitais que podem ser usados para recriar a imagem.

Sensores de imagem contêm uma grade de photosites que converte a luz

que incide neles para uma carga elétricas. Estas cargas podem ser

medidas e convertidas em números digitais que indicam quanta

luminosidade incidiu em cada photosite. Cortesia da VISION.

Estas duas ilustrações mostram como sensores de imagem capturam imagens.

Quando uma imagem é

enfocada pela lente da máquina

fotográfica (ou scanner), ela cai

no sensor de imagem. Quantias

variadas de luminosidade incide

em cada photosite e

desprendem elétrons que são

então capturados então e

armazenados. O número de

Quando a exposição é completada, o sensor está como

um tabuleiro de damas, com números diferentes de

quadrados de xadrez (elétrons) empilhados em cada

quadro (photosite). Quando a imagem é lida no sensor, os

elétrons armazenados são convertidos a uma série de

descargas analógicas as quais são convertidas então a

valores digitais por um conversor Análogo-para-Digital (A

to D) .

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elétrons soltos de um photosite

é diretamente proporcional à

quantia de luz que o atingiu.

Esquadrinhamento Entrelaçado vs. Progressivo

Uma vez que o sensor capturou uma imagem, esta deve ser lida, convertida para digital, e então deve ser armazenada. Não são lidas as cargas elétricas armazenadas no sensor tudo de uma vez mas uma linha de cada vez. Há dois modos para fazer isto—usando esquadrinhamento interlaçado ou progressivo.

Em um sensor de esquadrinhamento interlaçado, a imagem é primeiramente processada pelas linhas impares e então pelas pares.

Em um sensor de esquadrinhamento progressivo, as linhas são processadas uma após a outra, em seqüência..

Em um sensor de esquadrinhamento interlaçado, a imagem é

lida em linhas alternadas. A imagem então é completada com

a leitura das linhas faltantes.

SENSORES DE IMAGEM E CORES

Quando fotografia foi inventada, podia-se somente registrar imagens em preto e branco. A busca da cor foi um processo longo e árduo, e neste ínterim muitas mãos foram usadas para colorir (motivando o comentário de um autor " assim você acaba tendo que saber pintar afinal de contas"!). Uma inovação importante foi a descoberta de James Clerk Maxwell's em 1860 de que fotos coloridas podiam ser formadas usando-se filtros vermelhos, azuis e verdes. Ele fez o fotógrafo, Thomas Sutton, fotografar uma tira de tartana três vezes, cada vez com um filtro diferente de cor em cima da lente. As três imagens foram reveladas e então foram projetadas sobre uma tela com três projetores diferentes, cada um equipado com o mesmo filtro de cor de acordo com sua imagem. Quando juntas, as três imagens formaram uma imagem de cor sólida. Agora, depois de um século sensores de imagem estão trabalhando do mesmo modo.

Cores aditivas

Cores em uma imagem fotográfica normalmente são baseadas nas três cores primárias: vermelho, verde, e azul (RGB). Isto é chamado de sistema de cor aditivo porque quando as três cores são combinadas em quantidades iguais, elas formam o branco. Este sistema é usado sempre que a luz é projetada para formar cores como num monitor de PC (ou em seu olho). O primeiro uso comercialmente próspero deste sistema para capturar imagens de cor foi inventado pelos irmãos Lumiere em 1903 e se tornou conhecido como o processo Autochrome. Eles tingiram grãos de goma em vermelho, verde, e azul e os usaram para criar imagens de cor em placas de vidro.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 73

RGB usa cores aditivas. Quando todos as três estão

misturados em quantias iguais elas formam o branco.

Quando vermelho e verde se sobrepõe, eles formam

amarelo, e assim por diante.

Cores Subtrativas

Embora a maioria das máquinas usem o sistema de cor aditiva RGB, algumas máquinas de lata resolução e todas as impressoras usam o sistema CMYK. Este sistema chamado de coloração subtrativa, usa as três cores primária Cian, Magenta e Amarelo ( em inglês CMY-Cyan, Magenta, Yellow-com o K significando o Black, preto). Quando esta três cores são combinadas em quantidades iguais, o resultado é o preto, porque todas as cores são subtraídas (preto é a ausência de cor). O sistema CMYK é muito usado na industria da impressão, mas se você pretende mostrar imagens em CMYK em sua tela, elas terão de ser convertidas para RGB e você perderá alguma fidelidade de cor nesta conversão.

Quando você combina tintas ou pigmentos cian, magenta, e

amarelas ou, você cria cores subtrativas. (Esta ilustração

ainda é um pouco grosseira e ficará aquele modo para eu

pode entender como combinar as cores facilmente em

CorelDraw ou me render e deixar para um verdadeiro artista

de computador. Enquanto isso, você pode visitar o site da

Olympus para ver outra ilustração da mesma coisa.).

No Final É Tudo Preto E Branco

Sensores de imagem registram só escalas de cinza de 256 tons crescentemente mais escuros, que variam de puro branco a puro negro. Basicamente, eles só capturam luminosidade.

A escala de cinza contém uma gama de tons que vai do puro branco ao puro negro. (Veja também no site http://www.hsdesign.com/scanning/welcome.html).

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Como, então os sensores capturam cores quando tudo que eles podem fazer são registros de cinzento? O truque é usar filtros vermelhos, verdes e azuis para separar os componentes vermelhos, verdes e azuis da luz refletida por um objeto. (Igualmente, os filtros em um sensor de CMYK serão ou cian, ou magenta ou amarelo.) Há vários modos para fazer isto, incluindo o seguinte:

Podem ser usados três sensores de imagem separados, cada um com seu próprio filtro. Deste modo cada sensor de imagem captura a imagem em uma única cor.

Podem ser feitas três exposições separadas mudando-se o filtro para cada uma. Deste modo, as três cores são" pintadas " sobre o sensor, uma de cada vez.

Podem ser colocados filtros em cima de photosites individualmente assim cada um pode capturar uma única das três cores. Deste modo, um terço da fotografia é capturado em luz vermelha, um terço em azul e um terço em verde.

Cada pixel no sensor de imagem tem um filtro vermelho,

verde e azul que se misturaram pelo photosite em padrões

projetados para renderem imagens mais definidas e mais

verdadeiras nas cores. Os padrões variam de companhia a

companhia mas o mais popular é o padrão Bayer de

mosaico mostrado aqui atrás do sensor de imagem.

Cortesia da IBM.

De Preto e Branco a Colorido

Quando são feitas três exposições separadas por filtros diferentes, cada pixel no sensor registra cada cor na imagem e os três arquivos são fundidos para formar a imagem em cores. Porém, quando três sensores separados são usados, ou quando são colocados filtros pequenos diretamente em cima de photosites individuais no sensor, a resolução ótica do sensor será reduzida para um terço. Isto é porque cada um dos photosites disponível registra uma única das três cores. Por exemplo, em um sensor com 1.2 milhões de photosites, 400 mil têm filtros vermelhos, 400 mil têm verde, e 400 mil têm azul. Isto significa que a resolução ainda é 1.2 milhões, ou é de 400 mil? Vejamos

Cada photosite armazena sua cor capturada (como vista pelo filtro) como sendo de 8 -, 10 -, ou 12-bits de valor. Para se criar uma imagem a cores de 24 -, 30 -, ou 36-bit usa-se a interpolação. Esta forma de interpolação usa as cores de pixels vizinhos para calcular as duas cores que um photosite não registrou. Combinando estas duas cores interpoladas com a cor medida diretamente pelo photosite, a cor original de todo o pixel é calculada. (" Se eu sou uma luminosidade vermelha e o pixels verde e azul ao meu redor também são luminosos de forma que isto significa que eu realmente sou um pixel branco ".) Este processo depende muito do computador, são necessários fazer comparações com até oito pixels vizinhos para se executar este processo corretamente; também resulta em aumento de dados por imagem, assim os arquivos se põem maiores.

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Aqui a cor sólida do pixel central vermelho se prepara para ser interpolada a partir das cores dos oitos pixels vizinhos.

Coloração Alternativa

Quando a interpolação é usada, lá tem que ter bastante informação em pixels circunvizinhos para contribuir na formação da cor. Isto nem sempre é o caso. Sensores de imagem de baixa resolução têm um problema chamado alternação de cor que acontece quando uma mancha de luz na cena original é só grande bastante para ser lido por um ou dois pixels. Assim os pixels circunvizinhos não contêm informação de cor precisa sobre o pixel fazendo a cor daquela mancha vir a aparecer como um ponto de cor desconectado da imagem circunvizinha. Outra forma de alternação de cor aparecem como dedos fora de cor e de lugar cercando objetos nitidamente definidos.

Canais De Cor

Cada uma das cores em uma imagem pode ser controlada independentemente e pode ser chamada de um canal de cor. Se um canal de cor de 8-bit é usado para cada cor em um pixel—vermelho, verde e azul—os três canais podem ser combinados para dar cor de 24-bit.

Quando uma imagem é aberta no PhotoShop aparece numa

caixa de diálogo os canais vermelhos, verdes e azuis assim

você pode selecionar qual o que você quer trabalhar. A

imagem no topo na caixa de diálogo é a combinação

SENSORES DE ÁREA ORDENADA E LINEAR

Dê para um grupo de desenhistas de máquinas fotográficas ou de scanners uma teoria e uma caixa de componentes e você verá sair fogos de artifício. Eles explorarão toda possível combinação para ver qual trabalha melhor. O mercado determina os vencedores eventuais neste sistema de " lançar contra a parede e vê qual gruda ". No momento, os desenhistas têm dois tipos de componentes com que jogar: sensores de área ordenada ou sensores lineares.

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Sensores De Área Ordenada

A maioria das máquinas fotográficas usa sensores de área ordenada, com photosites organizados em uma grade, porque eles podem cobrir a área inteira da imagem e podem capturar uma imagem inteira tudo de uma vez.

Sensores de área ordenada têm os photosites deles (pixels) organizados

em uma grade. Assim eles podem capturar uma imagem inteira

imediatamente. Cortesia da VISION.

Estes sensores de área ordenada podem ser incorporados em uma máquina fotográfica em uma variedade de modos:

Máquinas fotográficas de um chip e um disparo usam filtros de cor diferentes em cima de cada photosite para capturar todas as três cores com uma única exposição. Esta é a forma mais comum de sensor de imagem usada em máquinas fotográficas digitais amadoras.

Máquinas fotográficas de um chip e três disparos fazem três exposições separadas: um para cada filtro vermelho, verde e azul. Um filtro colorido diferente é colocado na frente do sensor de imagem para cada uma das cores. Estas máquinas fotográficas não podem fotografar objetos móveis em cor (embora eles podem em preto & branco) e são normalmente usadas para fotografia de estúdio.

Máquinas fotográficas de dois chips capturam "chromonance" usando um sensor (normalmente equipado com filtros para luz vermelha e luz azul) e "luminance" com um segundo sensor (normalmente o que captura a luz verde). Máquinas fotográficas de dois chips exigem menos interpolação para obter cores verdadeiras.

Máquinas fotográficas de três chips, como uma da MegaVision, usam três sensores de imagem de corpo inteiro; cada um coberto com um filtro para fazê-lo sensível ao vermelho, verde ou azul. Um divisor de luz dentro da máquina fotográfica divide imagens incidentes em três cópias; cada uma apontando a cada um dos sensores. Este desenho produz imagens de alta resolução com distribuição de cor excelente. Porém, máquinas fotográficas de três chips tendem a ser caras e volumosas.

Sensores lineares

Scanners e algumas máquinas fotográficas profissionais, usam sensores de imagem com photosites organizado em uma ou três linhas chamados de sensores de imagem lineares. Porque eles não cobrem a totalidade da área da imagem, esta deve ser esquadrinhada pelo sensor enquanto ele constrói a imagem dos pixels capturados nas linhas. Máquinas fotográficas com estes sensores só são úteis para fotografar modelos imóveis e fotografia de estúdio. Porém, estes sensores são extensamente usados em scanners.

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Quando um sensor linear esquadrinha uma

imagem gradualmente uma linha de cada vez,

ele constrói uma imagem inteira.

Sensores de imagem linear colocam um filtro colorido diferente sobre o dispositivo para fazer três exposições diferentes, cada um para capturar o azul, verde e o vermelho.

Sensores Tri-lineares usam 3 linhas de photosites—cada um com um filtro vermelho, verde e azul. Desde que cada um pixel tem seu próprio sensor, cada cor é capturada muito precisamente numa única exposição.

SENSORES DE IMAGEM CCD E CMOS

Até recentemente, CCDs eram os únicos sensores de imagem usados em máquinas fotográficas digitais. Eles foram bem desenvolvidos pelo uso em telescópios astronômicos, scanners e videocameras. Porém, há um desafio novo no horizonte, o CMOS, sensor de imagem que promete se tornar o sensor de imagem de escolha em um grande segmento do mercado

Sensores de imagem são formados em waffers de silicone e

então são cortados separadamente. Cortesia da IBM.

Sensores de Imagem CCD

Charge-Coupled Devices ou Dispositivos de Carga Acoplada (CCDs) capturam a luz em pequenos photosites em sua superfície e recebem seu nome devido ao modo como a carga elétrica é lida após a exposição. Para começar, as descargas elétricas da primeira fila são transferidas para um dispositivo de leitura. Aí o sinal é levado a um amplificador e daí para um conversor de análogo para digital. Uma vez a fila tenha sido lida, sua carga elétrica no dispositivo de leitura é apagada e todas as filas se movem de cima para baixo. A próxima fila então entra no dispositivo de leitura. As descargas em cada fila estão "acopladas" aquelas da fila de cima de modos que quando uma se move para baixo, a de cima desce para preencher o vazio. Deste modo, cada fila pode ser lida, uma de cada vez.

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O CCD leva uma linha inteira por vez para o dispositivo de leitura. Este dispositivo então desloca um pixel por vez para o amplificador de saída.

É tecnicamente possível, mas não econômico, usar o processo de fabricação do CCD para integrar outras funções da máquina fotográfica, como relógios, cronômetros lógicos e processamento de sinal, tudo no mesmo chip como os photosites. Estes normalmente são postos em chips separados assim máquinas fotográficas de CCD contêm vários chips, freqüentemente chegam a ter 8, e não menos que 3.

História

O CCD nasceu de fato por razões erradas. Nos anos sessenta haviam computadores mas a memória produzida em massa e barata que eles precisavam para operar ainda não existiam. Ao invés, haviam muitos modos estranhos e incomuns sendo explorados para armazenar dados enquanto estavam sendo manipulados. Uma processo usava o fósforo que cobre a tela de um monitor de PC e escrevia dados na tela com um feixe de luz e lia o retorno com outro feixe. Porém, na ocasião a tecnologia mais usada era a memória de bolha desenvolvida pelo Bell Labs, eles então propuseram o CCD como um modo de armazenar dados em 1969. Dois cientistas do Bell Labs, Willard Boyle e George Smith, " começaram jogando idéias para todo lado ", nas palavras de Smith, e inventaram dispositivos de carga acoplada em uma hora. " Sim, foi algo incomum--como uma lâmpada incandescente sendo acendida ". Desde então, a lâmpada incandescente iluminou longe e amplamente. Aqui estão alguns destaques:

Em 1974, o primeiro CCD de imagem foi produzido pela Fairchild Electronics com um formato de 100x100 pixels.

Em 1975, as primeiras máquinas de TELEVISÃO com CCD estavam prontas para uso em radiodifusões comerciais.

Em 1975, o primeiro scanner de mesa com CCD foi introduzido pela Kurzweil Computer, que usavam o primeiro chip integrado de CCD, um 500 sensor de ordenação linear da Fairchild.

Em 1979, um sistema CCD RCA de 320x512 esfriado com nitrogênio líquido viu pela primeira vez a luz em um telescópio de 1m no observatório Kitt Peak National. As primeiras observações com este CCD mostraram rapidamente sua superioridade comparado com chapas fotográficas.

Em 1982, a primeira máquina fotográfica de estado sólido foi introduzida para vídeo-laparoscopia (não pergunte o que é isto!)

Sensores de Imagem CMOS

Sensores de imagem são fabricados em waffers fundidos. Lá são cauterizados os circuitos minúsculos e dispositivos são colados sobre chips de silício. O problema maior com CCDs é

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que não há bastante economia de escala em sua produção. Eles são criados em fundições que usam processos especializados e caros que só podem ser usados para fazer CCDs. Enquanto isso em toda parte, mais e maiores laboratórios estão usando um processo diferente chamado Semicondutor Complementar de Óxido de Metal (CMOS), fazendo milhões de chips para processadores de computador e memória. Este é sem dúvida o processo mais comum e de retorno financeiro mais alto do mundo. Os mais recentes processadores de CMOS, como o Pentium II, contêm quase 10 milhões de elementos ativos. Usando este mesmo processo e o mesmo equipamento para o fabricar sensores de imagem CMOS os custos diminuem porque os custos fixos da produção são distribuídos em um muito maior número de dispositivos. (CMOS se refere a como um sensor é fabricado e não a uma tecnologia de sensor específica.) Como resultado desta economia de escala, o custo de fabricar uma hóstia de CMOS é um terço do custo de fabricar uma hóstia semelhante que usa o processo especial de CCD.

O sensor de cor de 800 x 1000 da VISIONprovê alta

resolução a mais baixo custo do que CCDs

comparáveis. Cortesia de imagem da VISION.

Sensores de Pixel Passivos e Ativos

Há dois tipos básicos de sensores de imagem CMOS—passivo e ativo.

Sensor de pixel passivo (PPS) foram os primeiros dispositivos sensores de imagem usados nos anos sessenta. Num sensor de pixel passivo de CMOS, um photosite converte fótons em uma carga elétrica. Esta carga é levada para fora do sensor e é ampliada. Estes sensores são pequenos—só grande o bastante para os photosites e as conexões deles. O problema com estes sensores é o ruído que aparece como um padrão de fundo na imagem. Para cancelar este ruído, os sensores usam freqüentemente processo de computação adicionais.

Sensores de pixel ativo (APSs) reduzem o ruído associado com os sensores de pixel passivo. Circuitos em cada pixel determinam o nível de ruído e os cancelam. São estes circuitos ativos que dão o nome ao dispositivo de pixel ativo. O desempenho desta tecnologia é comparável a muitos dispositivos de carga acoplada (CCDs) e também permite uma maior ordenação da imagem e resolução mais alta.

Pixels passivos de CMOS baratos e de baixa energia estão sendo usados em máquinas fotográficas digitais feitas para amadores. Há um consenso de que enquanto estes dispositivos poderão dominar o mercado de máquina fotográficas amadoras, os sensores de pixel ativo serão dominantes em outros nichos.

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A Toshiba fabrica um sensor de imagem de 1.300.000 pixels,

que é um semicondutor complementar de óxido de metal

(CMOS). Cortesia da Toshiba.

Fatos sobre sensores de imagem CMOS

Aqui estão algumas coisas que você deverá gostar de saber sobre sensores de imagem CMOS:

A qualidade de imagem dos CMOS está emparelhando com a qualidade do CCD na baixa e média resolução, só ainda deixando intocável os sensores de imagem de alta resolução.

Sensores de imagem CMOS podem incorporar outros circuitos no mesmo chip e podem eliminar os muitos chips separados que são requeridos por um CCD. Isto também permite somar características adicionais ao chip a um pequeno custo extra. Estas características incluem anti-jitter (estabilização de imagem) e compressão de imagem. Isto não só faz a máquina fotográfica menor, mais leve e mais barata; também requer menos energia, assim as baterias duram mais.

Sensores de imagem CMOS podem trocar os modos de operação entre fotografia e vídeo imediatamente. Porém, vídeo gera arquivos enormes, então inicialmente estas máquinas fotográficas terão que ser acopladas a nave mãe (o PC) quando usadas neste modo, mesmo para registrar só alguns segundos de vídeo. Porém, este modo trabalha bem para videoconferência embora as máquinas fotográficas não podem capturar os 20 quadros por segundo necessários para animação em vídeo.

Enquanto sensores de CMOS superam na captura de imagens ao ar livre em dias ensolarados, eles sofrem em baixas condições de luz. A sensibilidade deles à luz é diminuída porque parte de cada photosite é coberta com circuitos que filtram ruído e executam outras funções. A porcentagem de um pixel dedicada a coleta de luz é chamada de fator de armazenamento do pixel. CCDs têm uns 100% de fator de armazenamento mas máquinas fotográficas de CMOS têm muito menos. Quanto mais baixo o fator de armazenamento, menos sensível é o sensor e os tempos de exposição devem ser mais longos. Se for muito baixo o fator de armazenamento a fotografia em recinto fechado sem um flash será virtualmente impossível. Para compensar fatores de armazenamento baixos, podem ser adicionadas microlentes a cada pixel para juntar luz das porções insensíveis do pixel e " enfocá-las " no photosite. Também o circuito pode ser diminuído para não cobrir uma área grande.

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O fator de armazenamento se refere a percentagem de um photosite que é sensível a luz. Se os circuitos cobrirem 25% de cada photosite o sensor é dito como tendo um fator de armazenamento de 75%. Quanto maior o fator de armazenamento mais sensível será o sensor.

Sensores de CMOS têm um nível de ruído mais alto que os de CCD, assim o tempo de processamento entre imagens é mais alto, pois estes sensores usam processamento digital de sinal (DSP) para reduzir ou eliminar o ruído. O DSP é uma câmera (a Svmini), que executa 600.000.000 instruções por quadro

COMPRESSÃO

Quando você tira uma fotografia, o tamanho do arquivo da imagem é enorme comparado a muitos outros tipos de arquivos de computador. Por exemplo, uma imagem de baixa resolução de 640 x 480 tem 307.200 pixels. Se cada pixel usa 24 bits (3 bytes) para cor verdadeira, uma única imagem pode requerer mais de um megabyte de espaço para armazenamento. Com o aumento da resolução, sobe o tamanho do arquivo. A uma resolução de 1024 x 768, cada foto de 24-bit tem 2.5 megabytes. Para fazer o arquivo da imagem ficar menor e mais manejável, quase toda máquina fotográfica digital usa alguma forma de compressão. Imagens comprimidas não só permitem guardar mais imagens no dispositivo de armazenamento da máquina fotográfica, mas também lhe permite carregá-las e exibi-las mais rapidamente.

Como Funciona a Compressão

Durante a compressão, dados que são duplicados ou que não tem nenhum valor são eliminados ou são salvados em uma forma reduzida, reduzindo muito o tamanho de um arquivo. Quando a imagem é então editada ou é exibida, o processo de compressão é invertido.

Há duas formas de compressão—lossless (com pouca perda) e lossy (com perda)—e a fotografia digital usa ambos as formas.

Compressão Lossless

Compressão de Lossless (também chamada de compressão reversível) descomprime uma imagem a um estado que rivaliza com o original. Embora a compressão lossless pareça ideal, ela não traz muita compressão. Geralmente os arquivos comprimidos têm ainda um terço do tamanho original, não sendo pequenos o bastante para fazer muita diferença em certas situações. Por esta razão a compressão lossless é usada principalmente onde detalhes são extremamente importantes como em raios-x e fotos de satélites. O processo de compressão lossless mais usado é o LZW (Lempel-Ziv-Welch). Ele é usado em imagens de arquivos GIF e TIFF e alcançam níveis de compressão de 50 a 90%

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Compressão Lossy

Embora seja possível comprimir imagens sem perder um pouco de qualidade, isto não é prático em muitos casos. Então, máquinas fotográficas digitais populares usam a compressão lossy. Isto degrada imagens até certo ponto e quanto mais elas estão comprimidas, maior será a degradação. Em muitas situações, como colocar imagens na Web, a degradação da imagem não é óbvia. Porém, impressões aumentadas a exibem facilmente.

Embora a compressão lossy não descomprima as imagens à mesma qualidade da fonte original, a imagem permanece lossless visualmente e parece normal. O truque é remover dados que não são óbvios ao espectador. Por exemplo, se áreas grandes do céu têm a mesma tonalidade de azul, só o valor de um pixel precisa de ser guardado junto com as localizações de onde os outros pixels idênticos aparecem na imagem. O principal esquema de compressão lossy é o JPEG (Joint Photographic Experts Group) usado em arquivos JFIF (JPEG File Interchange Format). Este esquema permite selecionar o grau de compressão. Relações de compressão entre 10:1 e 40:1 são comuns.

Porque a compressão lossy afeta a imagem, a maioria das máquinas fotográficas permite escolher entre níveis diferentes de compressão. Isto lhe permite escolher entre uma baixa compressão e qualidade de imagem mais alta ou maior compressão e qualidade mais pobre. A única razão para escolher compressão mais alta é para obter um menor tamanho de arquivo e assim poder armazenar mais imagens, enviá-los através de e-mail ou pode colocá-los na Web. A maioria das máquinas fotográficas lhe dá dois ou três escolhas equivalente a Bom (Good), Melhor (Better) e Muito Melhor (Best), possam aparecer outros nomes.

Impressão

Resolução

Em artes gráficas a medida é milímetro e a resolução é dpi (dots per inch ou pontos por

polegada). O usual é usar 300 dpi ou mais.A tela você usa por inteiro e pode mostrar ela 1

milhão de vezes que vai estar sempre igual. O papel varia na puxada da máquina, na fibra do

papel, e consequentemente quando se juntam 5000 folhas para cortar tudo de uma vez, uma

variação de 1 mm é mais que compreensível. Você poderia pensar em cortar de 1 em 1... mas

estaria disposto a pagar 20x mais pelo tempo dispendido por este corte?Faça o seguinte:-

Verifique com a gráfica a medida final do material em milímetros.- Se for o caso configure a

página para 300 dpi ou 400 dpi.- Acrescente 1 mm de cada lado nos serviços menores

(cartões) e 3 mm de cada lado nos maiores (panfletos).- O fundo de sua arte deve encostar

nessa borda, que chamaremos agora de SANGRADO.- Crie uma guia a uns 5 mm de cada

borda. Esta é a área de SEGURANÇA para seus textos e logos. Nunca exceda esta área, sob

pena de no corte ter alguns cartões decepados em parte do seu texto.

Cor

o padrão é CMYK, ou seja, vermelho C0M100Y100K0 e assim por diante. Isso se deve ao

padrão do monitor ser cores RGB (Red Green Blue) formados pela emissão de luz. No papel

temos a absorção de luz com o padrão CMY (ciano magenta amarelo) e a cor adicional K

(preta) para compensar a falta de qualidade dos pigmentos das tintas.O importante é que nem

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todas as cores RGB podem ser impressas com as cores CMYK, daí aparecerem aquelas

cores desbotadas quando deixamos o sistema fazer as correções.É necessário ajustar todas

as cores antes da impressão.Faça o seguinte:- Quando estiver fazendo uma arte gráfica,

ajuste seu programa para cores CMYK.- Sempre que criar um elemento utilize as cores

CMYK.- Imagens importadas devem ser convertidas para CMYK e se houver distorção na cor,

deve-se corrigi-las para aproximar do que se deseja.- tenha certeza que todas as cores estão

em CMYK antes de colocar pra produzir.

EFEITOS

Quando se aplica efeitos, passa-se por diversas etapas criando um arquivo monstruoso.

Sempre que se abre a imagem o programa repete todos os passos para formar aquele efeito.

Na hora que se vai passar a imagem pelo RIP da imagesseter ou platesetter junto de outros

designers para montar a nossa chapa de 66x48 cm imagina o poder de processamento

necessário. A maioria das vezes ocorre erros neste processamento. Como podemos evitar

isto?Faça o seguinte:- Localize cada efeito que você criou.- Quebre estes efeitos se estiver

usando um programa vetorial ou converta em uma camada única com fundo transparente se

for um programa bitmap.- Quanto menos imagens e mais simples elementos tivermos, menor

a chance de erro.- No corel, atenção especial para powerclip, fontes com bordas, contornos,

ou seja, todos os itens do menu efeitos em geral. Cada um tem um jeito de tirar.- Converta

todas as suas fontes em curvas antes de enviar o material e cheque elas.

COMO ENVIAR OS ARQUIVOS

A maioria das gráficas finaliza suas obras em corel draw.Por isso tente enviar sua arte em

corel, numa versão mais antiga (eu uso a 9.0 na finalização).Caso esteja usando outro

programa. Ajuste toda a imagem para o padrão de impressão e converta para JPG 400 dpi

CMYK.Dicas:Preto chapado: C63M52Y51K100 - mais que isso a tinta solta do papel.Azul

escuro: Use C100M80Y0K0Azul (arroxeado): C100M100Y0K0Todas as cores em que a soma

das partes passe de 280, vai dar problema na impressão. A maioria das vezes dá pra

substituir por uma cor mais simples. Tente verificar e comparar: sempre que tirar 10 de cada

CMY colocar 10 de K e a cor vai ficar igualzinha (ou quase).

Tendo dúvida, pergunte ao seu fornecedor. Bons fornecedores sempre ajudam seus clientes.

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A fotografia digital

A fotografia digital começa com você capturando imagens. Você pode fazer isto com uma máquina fotográfica de filme e então pode esquadrinhar os slides, negativos ou cópias. Porém, é mais rápido e mais fácil capturar imagens com uma máquina fotográfica digital, pois ela lhe dará imediatamente as imagens em forma digital. No momento há uma inundação de máquinas fotográficas digitais no mercado para escolher e novos modelos parecem estar sendo introduzidos semanalmente.

Porque máquinas fotográficas digitais utilizam dois mundos—fotografia e computação, nomes tradicionais em fotografia se viram competindo com empresas alheias a este terreno como a Intel e Hewlett-Packard. O resultado é um mercado muito abarrotado. Durante a próxima década o campo de fotografia digital amadurecerá e haverá uma reorganização entre as companhias. Muitas das companhias existentes deixarão o campo, devido a inabilidade delas para competir em um mercado que avança a passos tão rápidos. Até então, nós todos vamos lucrar os benefícios da batalha travada entre estas companhias porque ela conduzirá a uma rápida melhora das máquinas fotográficas e a modelos mais baratos. Enquanto isso, a fotografia digital é um esporte agradável ao espectador, desde que você tenha uma compreensão do que esta acontecendo.

Embora o processo técnico da fotografia digital é dramaticamente diferente da fotografia de filme convencional, máquinas fotográficas digitais não são tanto diferentes de máquinas fotográficas de filme. Na maioria dos casos, fabricantes de máquina fotográfica digitais tentaram reter muitas das características familiares das máquinas fotográficas de filme tradicionais quando desenharam as suas novas máquinas fotográficas digitais.

A Olympus D-340L se parece muito com uma destas máquinas convencionais do tipo aponte-e-clique. Imagem cortesia da Olympus.

Por exemplo, lentes, obturador e exposições estão relativamente inalteradas (embora obturadores de máquina fotográfica digitais possam ser tanto eletrônicos como também mecânicos). A diferença maior é a substituição do filme por um sensor de imagem de estado sólido ou do tipo mais popular, dispositivo de carga acoplada (CCD) ou o novo sensor tipo CMOS.

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A qualidade das máquinas fotográficas digitais está subindo rápido. Elas já rivalizam com a qualidade obtida com as máquinas convencionais de tipo amador e avançam rapidamente para empatar com a qualidade das máquinas top de linha de 35mm. (na verdade já chegaram lá, se dinheiro não for seu problema).

Para ser honesto, a fotografia digital ainda não é tão boa quanto a tradicional em muitos aspectos. Porém, para muitas aplicações, a qualidade fotográfica de imagem das máquinas fotográficas digitais já " chegou " ao ponto necessário aceitável. Em qualquer situação onde imagens vão ser impressas em tamanho pequeno ou exibidas em um computador, a qualidade de imagens digitais já é suficiente para fazer das máquinas fotográficas digitais um competidor de respeito. Só quando grandes ampliações ou a qualidade muito alta da imagem são importantes é que as máquinas fotográficas digitais disponíveis sofrem quando comparadas. Porém, até mesmo nessas situações, a fotografia digital pode prover da mesma maneira resultados satisfatórios, só que de forma diferente.

Fazendo algumas perguntas a você mesmo

Se você está comprando uma máquina fotográfica digital pela primeira vez, você pode se perder depressa nos detalhes, pois existem muitos deles. Porém, antes de olhar particularidades, você deverá refletir em como você quer usar a máquina fotográfica e suas fotografias.

Você estará fotografando em lugares fechados? Isto determinará a qualidade do flash de que você precisa.

Você estará fotografando cenas estáticas como retratos e paisagens, ou fotos de ação como em jogos esportivos? Isto determinará o melhor visor e lente.

Você estará fotografando cenas com grandes ângulos de visão como paisagens e interiores de casa, cenas com grande aproximação como retratos, ou closeups de selos e moedas? Isto determinará a distancia focal da lente que você precisará e se você precisará de uma lente de zoom, lentes auxiliares ou uma lente macro.

Você é um usuário casual, um amador sério ou fotógrafo profissional? Isto lhe ajudará a determinar quantos controles manuais quererá você ter na máquina fotográfica.

Você imprimirá as fotografias como instantâneos, ampliações ou as usará em processadores de texto e documentos para publicação? Ou você publicará as imagens em uma página de Web, enviará como e-mail para outros ou as incluirá em uma apresentação? Isto determinará a melhor resolução para sua situação.

Provavelmente a pergunta mais importante de todas é se você quer comprar uma máquina fotográfica digital ou não. Existem muitos prós e contras para se chegar a esta decisão e você não precisa de uma máquina fotográfica digital para obter uma imagem digital. Você pode usar uma máquina fotográfica de filme comum e selecionar slides ou negativos para serem escaneados. Aqui esta uma tabela que pesa os prós e contras de cada opção.

Sensores de imagem

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Como você viu, o sensor de imagem é o " filme " em uma máquina fotográfica digital. Porque eles representam um papel tão importante, muito ajudará se você entender suas características mais importantes. Eles têm um impacto profundo na qualidade de suas imagens. Aqui estão algumas características mais importantes:

Qualidade de imagem

O sensor de imagem em sua máquina fotográfica tem um grande impacto nas imagens que você tira. Todas as máquinas fotográficas convencionais são pouco mais que caixas pretas nas quais você pode inserir qualquer tipo de filme. É o filme que você escolhe que dará às fotografias cores e tons distintos. Se você pensa que um filme lhe dá imagens que são muito azuis ou vermelhas, você pode mudar para outro tipo de filme. Com máquinas fotográficas digitais, o " filme " é parte permanente da máquina fotográfica de modos que comprar uma máquina fotográfica digital é em parte igual a selecionar um filme para usar. Como os filmes, sensores de imagem diferentes rendem cores diferentes, produzem quantias diferentes de "granulação", diferentes sensibilidade à luz e assim por diante.

Intensidade de Cor

Como você viu anteriormente, intensidade de cor se refere a quantos bits são usados para registrar cada cor. Quanto mais bits são usados, mais intensas as cores parecerão. Muitas máquinas fotográficas disponíveis no mercado oferecem intensidade de cor de 24-bit, embora existam modelos de 30-bit (A Canon Pro70 foi a primeira máquina fotográfica amadora de 30-bit) e até mesmo pode-se prever que este número aumente. Aplicações profissionais requerem freqüentemente 36-bit de intensidade de cor, um nível só alcançado por máquinas fotográficas digitais de nível profissional.

ISO

A velocidade, ou sensibilidade, de um filme convencional é determinada como um número ISO (Organização Internacional para Padronização) que aparece na caixa do filme. Quanto mais alto o número mais " rápido " ou mais sensível será o filme para a luz. Se você já comprou filme, você está familiarizado com velocidades como 100, 200, ou 400. Cada vez que dobra o número ISO dobra a velocidade do filme, assim cada um destes filmes é duas vezes mais rápido que o próximo mais rápido.

Sensores de imagem também são avaliados usando números ISO equivalentes. Da mesma maneira que com filme, um sensor de imagem com um mais baixo ISO precisa de mais luz para uma exposição boa que um com um ISO mais alto. Tempos de exposição mais longos às vezes podem conduzir a imagens desfocadas e baixa profundidade de campo. ISOs mais altos aumentam o congelamento do movimento significativamente e permite a fotografia em baixa luz. É melhor adquirir um sensor de imagem com um ISO mais alto. Tipicamente, ISOs variam de 100 (bastante lento) para 3200 ou mais (muito rápido).

Algumas máquinas fotográficas têm mais de uma avaliação de ISO. Em situações de baixa luminosidade, você pode aumentar o ISO do sensor ampliando o sinal do sensor de imagem (aumentando seu ganho). Algumas máquinas fotográficas aumentam o ganho automaticamente. Isto não só aumenta a sensibilidade do sensor, mas também aumenta o ruído (ou interferência elétrica) resultando numa imagem de má qualidade.

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Qualidade da Imagem

O tamanho de um arquivo de imagem depende em parte da resolução da imagem. Quanto mais alta a resolução, mais pixels terão de ser armazenados, assim maior será o arquivo da imagem. Para que imagens grandes tenham arquivos menores e mais manejáveis a maioria das máquinas fotográficas nos permite especificar como eles serão comprimidos. Uma qualidade de imagem mais alta (resolução mais alta ou menos compressão) lhe dá melhores imagens assim você pode fazer impressões maiores, mas você não poderá armazenar tantas imagens. Uma menor qualidade de imagem (menor resolução ou mais compressão) lhe deixa armazenar mais imagens e faz as imagens serem levadas para uma página da Web ou enviadas como um anexo de e-mail mais facilmente.

Aqui temos duas versões de uma mesma imagem que foram ampliadas em 600%. A imagem da esquerda é um arquivo do photoshop que não foi comprimido. A da direita é um arquivo JPEG com máxima compressão. Faça um teste você mesmo, quanto mais ampliar verá a diferença.

Alguns máquinas fotográficas lhe permitem selecionar um modo que não comprime a imagem em nada. Este modo lhe dará a qualidade mais alta mas salvará menos imagens porque os arquivos serão muito grandes.

Em vez de usar compressão, algumas máquinas fotográficas permitem mudar a resolução como um modo de controlar tamanhos de arquivo. Como você pode espremer mais imagens de 640 x 480 na memória do que imagens de 1024 x 768, podem haver situações em que você quererá sacrificar qualidade por quantidade.

Taxa de Captura

Existem dois lapsos de tempo inerentes as máquinas fotográficas digitais que afetam sua habilidade para responder a uma rápida ação quando tirando fotos.

O primeiro é a demora que você experimenta entre apertar o botão do disparador e capturar a imagem. Esta demora, chamada de taxa de atualização, pode ser de até 1 ou 2 segundos. A demora é causada porque quando você aperta o disparador do obturador, a máquina fotográfica primeiro limpa o sensor de imagem. Aí ela ajusta o equilíbrio do branco para corrigir as cores, ajusta a exposição e focaliza a imagem se você está usando autofoco. Finalmente dispara o flash, se isto é preciso, e finalmente tira a foto.

A segunda demora, o tempo de reciclagem , acontece quando a imagem capturada é processada e é armazenada. Esta demora pode variar de alguns segundos a meio minuto.

Estas demoras afetam o quão rápido uma série de fotografias podem ser tomadas, chamada de taxa de captura. Se levar muito tempo, você pode perder um instantâneo. Algumas

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máquinas fotográficas têm um modo rápido que o permite tirar uma fotografia depois da outra desde que você mantenha apertado o disparador. Para aumentar a taxa de captura, freqüentemente se reduz a resolução usada para capturar as imagens. Algumas máquinas dividem a superfície do sensor de imagem em seções e armazenam imagens em cada seção, antes de processá-las todas de uma vez. Um outro, e melhor modo para reduzir o tempo de reciclagem é armazenar uma série de imagens temporariamente na memória RAM da máquina fotográfica até que elas possam ser processadas.

Controles criativos

Quase todas as máquinas fotográficas modernas oferecem operação completamente automática assim você só tem que apontar e disparar. Estes sistemas automáticos são ótimos na maioria das situações e até mesmo os profissionais os usam. Porém, quando fotografando cenas com movimento rápido, cenas onde você quer tudo nítido e enfocado, ou cenas que são muito luminosas ou muito escuras, você precisa poder anular os ajustes automáticos para obter resultados melhores. É este controle manual que aumenta sua criatividade.

Controles Automáticos

A maioria das máquinas fotográficas digitais vem com muita automatização embutida.

Foco automático traz o centro de interesse para um enfoque bem definido. (Máquinas fotográficas mais baratas têm lentes de foco fixo com um alcance prefixado, onde tudo fica mais ou menos em foco.)

O equilíbrio do branco (white balance) ajusta as cores para emparelharem com a fonte de luz.

Autoexposição calcula a exposição correta para a cena. Autoflash dispara automaticamente se não há bastante luz. Autoadvance (avanço automático) prepara a máquina fotográfica para a próxima

fotografia.

Existem muitas cenas onde a exposição completamente

automática se encaixa perfeitamente, principalmente quando

não há variações de luzes, por exemplo, quando miramos em

algo para o chão ou um interior onde não tem uma luz forte

atrás.

O tempo ideal para fotografar é quando está bem iluminado

mas não há um sol forte ou luz sendo captado pela câmera,

ou seja, em um dia ensolarado porém na sombra.

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Controle Manual

Assim como em máquinas fotográficas de principiantes, as máquinas fotográficas mais caras também podem fixar automaticamente velocidade de obturação, abertura, foco e equilíbrio do branco automaticamente. Porém, elas lhe deixam cancelar manualmente alguns ou todos estes ajustes para se obter um controle criativo.

Exposição. Exposição completamente automática não é sempre o melhor modo para se tirar fotografias. Preferencialmente você deve poder ter controle total da velocidade do obturador e da abertura.

Poder controlar as velocidades de obturação lhe permite, e não somente a máquina fotográfica, decidir se um objeto móvel aparecerá nítido ou tremido na imagem. Escolhendo uma velocidade de obturação mais rápida lhe permite congelar ações mais rápidas. Escolhendo uma velocidade mais lenta permitirá tremer ou desfocar a ação, ou capturar cenas em baixo níveis de luz. Talvez deva ser usado um tripé para eliminar tremidas causadas pelo movimento da máquina fotográfica.

Uma alta velocidade do obturador pode congelar os respingos de água.

Uma regulagem de obturador lenta fez com que as Pessoas no brinquedo aparecessem borrada pelo movimento do mesmo, um efeito muitas vezes desejável artisticamente..

Variar a abertura lhe permite controlar a profundidade de campo. Isto lhe deixa colocar o fundo fora de foco ou manter tanto o primeiro plano quanto o fundo bem enfocados. Com foco ajustável, você pode escolher a parte da cena que estará em foco mais nítido enquanto usa o grau de abertura para determinar o que deve ser nítido ou nebuloso no primeiro plano e no fundo.

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Uma focalização manual e uma abertura

pequena permitiu que eu focalizasse os

quadros em primeiro plano e as pessoas

lá atrás.

A focalização manual me permitiu focalizar as flores em primeiro plano e a grande abertura fez com que a moça no fundo aparece fora de foco.

Com somente um pequeno ajuste no foco, a moça foi trazida para uma focalização bem definida e flor, ao contrário, ficou mais suave, um pouco fora de foco.

Compensação de exposição. Algumas máquinas fotográficas permitem anular a exposição automática e usar configurações manuais para a velocidade de obturação e/ou abertura. Porém, a maioria a mantém em modo automático, mas permitem usar compensação de exposição. Este controle lhe deixa selecionar ajustes de +1, +2, -1, e -2 para aumentar ou diminuir a exposição. Isto é muito útil em ajustes onde a exposição automática fica confundida, por exemplo, em cenas com forte iluminação traseira e cenas luminosas em areia ou neve.

Aqui, compensação de exposição foi usada para

escurecer o fundo, assim a extremidade iluminada no

cactos de Saguaro se sobressai.

Foco e bloqueio de exposição. A maioria das máquinas fotográficas usam o autofoco para focalizar a parte da imagem no centro do visor. Isto trará fotos bem definidas na maioria dos casos, mas pode apresentar problemas quando o assunto principal não está no centro da

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imagem. Para lhe dar um controle mais criativo, algumas máquinas fotográficas permitem apontar para uma parte da cena e apertar o botão do obturador a meio caminho afim de congelar o ajuste do foco e da exposição. Então, ainda apertando o botão do disparador para manter os ajustes presos, você pode apontar a máquina fotográfica em qualquer direção para recompor a imagem.

Equilíbrio do branco.

Nem todos os brancos são iguais, porque eles podem ser tingidos com outras cores. Até mesmo objetos de cor branca pura mudam de cor quando a luz que incide sobre eles muda. A luz do dia é uma luz clara e fria mas some a ela alguma nebulosidade pesada ou vá para uma sombra e tudo adquire um matiz azulado. Em um quarto iluminado com lâmpadas incandescentes, a luz tem um brilho laranja e morno, enquanto debaixo de lâmpadas fluorescentes assume um matiz amarelo/esverdeado

A luz do dia traz naturalidade para as cores. Entretanto elas variam muito durante o dia.

A luz incandescente dá uma coloração laranja, quente, aos objetos.

A luz fluorescente num centro de controle de mísseis Titan, dá a tudo uma tonalidade esverdeada.

Em filmagens, são colocados filtros de equilíbrio de cor em cima da lente para ajustar cores e remover manchas de vários tipos de iluminação. Com máquinas fotográficas digitais isto é feito pelo ajuste do equilíbrio do branco, assim a máquina fotográfica corretamente registra o branco (embora o que ela pensa que é " certo " pode diferir do que você pensa). Ela faz isto ao ajustar o brilho relativo dos componentes vermelhos, verdes, e azuis de forma que o objeto mais luminoso na imagem apareça como branco. Este ajuste assegura que todas as outras cores na cena sejam registradas com mais precisão. Algumas máquinas fotográficas permitem fixar o equilíbrio do branco manualmente, apontando a máquina fotográfica para uma superfície branca e apertando o botão do equilíbrio do branco, outras permitem escolher o equilíbrio e ainda outras fazem tudo automaticamente.

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As diferentes cores do branco são descritas melhor pela temperatura da cor delas. Esta

temperatura é medida usando a escala Kelvin, assim você às vezes encontrará números

como 3200 K°. (A temperatura é o número de graus acima do zero absoluto que um

corpo perfeitamente iluminado teria que ter para emitir aquela cor.)

Valores de Exposição

Valores de exposição (EV) indicam abertura e combinações de obturação que dão as exposições equivalentes. Por exemplo, um EV de 3 representa uma abertura de f/2.8 e uma velocidade de obturação de um segundo, ou f/1.4 a 1/4 segundo. A variação do EV de uma máquina fotográfica específica depende de seu alcance de aberturas e velocidades de obturação. Uma máquina fotográfica que tem um alcance de EV de 1 a 20, por exemplo, tem um alcance maior do nível de obturação e abertura do que uma máquina fotográfica com um alcance de EV de 1 a 18. O alcance de EV também indica como uma máquina fotográfica trabalhará em luminosidade forte ou fraca. Por exemplo, uma máquina fotográfica que tem um alcance que começa em 0 ou -1 é melhor em baixa luz que uma que começa com 3. Uma com um alcance que termina em 20 é melhor em luz brilhante e em congelar uma ação rápida do que uma que termina em 15.

Um alcance de EV de 3-18 indica que a máquina fotográfica pode usar

quaisquer das combinações de velocidade de abertura/obturador

mostrado em verde.

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Lentes

Diferente do sensor de imagem, a parte da máquina fotográfica que tem o maior efeito na qualidade de suas imagens é a lente. Elas podem ter um impacto fundamental nas fotos que você captura.

Distancia Focal

Um das características mais importantes de qualquer lente é sua distancia focal. Distancia focal indica o ângulo de visão de uma lente—grande angular (35 mm ou menos), normal (50 mm) ou telefoto (90 mm ou mais). Sua escolha de lente depende em parte do que você planeja ver com a máquina fotográfica. Lentes de grande angular são melhores para fotografar edifícios, paisagens e interiores. Lentes de telefoto (teleobjetivas) são melhores para retratos. Lentes normais são um compromisso.

Esta imagem mostra as diferentes imagens de uma mesma cena que você pode obter com várias lentes de distancia focal variada.

Assim o que faz da distancia focal de uma lente ser de grande abertura angular, normal ou tele? Quando a distancia focal de uma lente está perto da medida diagonal do formato do filme, é dito que a lente é " normal " ou perto da ampliação do olho humano. Distancias focais maiores têm maior ampliação e são chamadas comumente de teleobjetivas ou lentes de telefoto (embora telefoto na verdade se refira a um desenho ótico específico). Distancias focais menores criam imagens com um maior ângulo de visão e são chamadas de lentes de grande abertura angular ou grande angular. Como a colocação de lentes nestes categorias está baseado no tamanho do filme que é usado, uma determinada distancia focal poderia ser considerada normal em um tipo de máquina fotográfica, grande angular em outro e telefoto em um terceiro. Aqui apresentamos uma lista de alguns formatos de filme comuns e as distancias focais das lentes normais deles.

Formato do filme Filme diagonal Lente normal

35 mm 43 mm 50 mm

2 1/4 x 2 1/4

polegadas 90 mm 80 mm

4 x 5 polegadas 163 mm 150 mm

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Considerando que um filme de 35 millimetros tem uma área de imagem que mede 24-por-36mm, sua diagonal é 43 mm—não exatamente 50 mm. A lente de 50mm se tornou a lente normal porque existe alguma folga ao caracterizar-se uma lente como normal e isto significa mais uma área de alcance que um número exato.

Quando você traduz distancias focais tradicionais de uma máquina fotográfica de 35 mm para máquinas fotográficas digitais, você encontrará muita confusão. Isto é porque não estão unificados os tamanhos e formas dos sensores de imagem. O tamanho do filme de 35 mm teve que ser unificado porque equipamentos de revelação caros tiveram que ser desenvolvidos e exigiu-se um padrão.

Aqui são comparados os tamanhos de vários chips de sensores

de imagem com o familiar filme de 35mm.

A tabela abaixo mostra as medidas diagonais de sensores de imagem típicos e de filmes de 35 mm. Estas medidas especificam aproximadamente o que seria a distancia focal normal para cada um.

Sensor de

imagem

Largura

(em

mm)

Altura

(em

mm)

Diagonal

(em

mm)

filme de 35mm 36 24 43

sensor de 2/3-

polegada 8,8 6,6 11

sensor de 1/2-

polegada 6,4 4,8 8

sensor de 1/3-

polegada 4,8 3,6 6

Para se fazerem mais compreensíveis as distancias focais das máquinas fotográficas digitais, você verá freqüentemente referências para distancias focais como:

7 mm equivalente a uma lente de 50mm

O número 7mm significa a distancia focal real da lente na máquina fotográfica digital. Ela é pequena porque a maioria dos sensores de imagem são minúsculos—talvez 1/3 ou uma polegada. Uma lente de 50mm seria uma telefoto para um sensor tão pequeno.

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O equivalente a uma lente de 50mm é informado porque muitas pessoas estão familiarizadas com máquinas fotográficas de 35mm e nós ainda estamos em uma transição a um modo novo de pensamento sobre máquinas fotográficas e lentes.

Lentes Zoom

Lentes zoom permitem mudar a distancia focal da lente instantaneamente. O alcance das distancias focais que elas cobrem são normalmente especificadas como graus de ampliação, por exemplo 3X. Uma lente 3X de zoom aumentará ou reduzirá o objeto em uma imagem por três vezes, dependendo do modo como o zoom é acionado. O alcance equivalente quando usado em uma máquina fotográfica de 35mm também é determinado, por exemplo, como sendo " 38mm ~ 114mm ".

A Sony Digital Mavica 91 tem 14X de alcance de

zoom. Mas é ótico ou digital? Cortesia da Sony.

Lentes zoom nos chegam em duas variedades; zooms óticos e digitais. Uma lente de zoom ótico na verdade muda a imagem que é recebida no sensor de imagem. Todo pixel na imagem contém dados únicos, assim a fotografia final é nítida e clara. Uma lente de zoom digital usa um truque para captar uma parte da imagem normal que é recebida pelo sensor e salva esta parte como ela é ou a aumenta. A imagem não tem tantos pixels únicos quanto uma tirada com um zoom ótico, assim ela é inferior. De fato, você nem mesmo necessita desta característica porque você pode conseguir o mesmo efeito ao trabalhar uma imagem normal em um programa de editoração de fotografia.

Modo Macro

Lentes macro lhe permitem fazer closes de objetos na natureza, documentos ou outros coisas pequenas. Estas lentes agem como lentes normais até que você troca para o modo de macro para aproximações extremas.

O modo de macro lhe permite checar bem perto de objetos pequenos e fotografá-los em close-up, mas não espere muita profundidade de campo.

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Lentes Intercambiáveis e Acessórios de Lente

Lentes de distancia focal fixa lhe dão só um ângulo de visão. As máquinas fotográficas mais caras permitem usar lentes intercambiáveis, mas a maioria não o faz. Porém, algumas máquinas fotográficas têm rosca para prender telefotos ou adaptadores de grande angular. Você também pode prender filtros e outros acessórios na lente. Embora pareça estranho, muitas máquinas fotográficas fazem ser muito difícil prender estes acessórios.

Abertura

A abertura de uma lente é o orifício redondo pela qual a luz da cena entra na máquina fotográfica depois de ser enfocada pela lente. A abertura máxima de uma lente (especificada como uma posição-f/stop) indica o tamanho do orifício pelo qual a luz entra na máquina fotográfica. Aberturas maiores (como f/1.8) deixam entrar mais luz que aberturas menores (como f/3.2). Assim você pode fotografar imagens em ambientes de pouca luz ou pode congelar ações mais rápidas (quanto mais baixo for um f/stop, maior será a abertura).

Na esquerda, uma pequena abertura do diafragma permitiu a passagem de pouca luz, de modos que a foto saiu escura. Na direita, com a maior abertura, mais luz entrou criando uma foto mais clara.

Lente Destacável ou Giratória

Lentes em máquinas fotográficas digitais não precisam ser fixas como nas máquinas fotográficas convencionais de filme. Dois exemplos disto são lentes destacáveis e lentes giratórias.

Lentes destacáveis são ligadas à máquina fotográfica por um cabo. Isto lhe permite posicionar a lente em lugares onde a máquina fotográfica inteira não caberia. Isto transforma a máquina fotográfica em um objeto de espionagem.

A Sony f717 apresenta uma lente giratória, que permite apontá-la em qualquer direção, você verifica a imagem no seu monitor de LCD. Cortesia da Sony.

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Lentes giratórias se conectam com o corpo da máquina fotográfica através de uma articulação giratória assim você pode segurar a máquina fotográfica em qualquer ângulo enquanto ainda vê na tela de LCD a imagem a fotografar. Se girá-la 180-graus completos, você pode tirar um retrato de si próprio enquanto compõe a imagem na tela da câmera.

Com a Minolta Dimage V, você pode separar a

lente e até mesmo tira uma foto de você enquanto

ainda vê tudo pela tela LCD de pré-estréia.

Cortesia da Minolta.

Ambos os tipos lhe permitem posicionar a máquina fotográfica de modos que você possa ler o LCD em luz brilhante enquanto aponta a lente para onde você quer fotografar. Uma utilização para isto está em segurar a máquina fotográfica ou lente por cima das cabeças de uma multidão enquanto ainda prevendo a imagem em exibição através do LCD.

Outras Características da Lente

Além das características já discutidas, há outras que afetam a qualidade das imagens que você fotografa.

Vidro ou plástico

O trabalho da lente é enfocar a cena nitidamente sobre a superfície do sensor de imagem. Quanto melhor isto for feito, melhor será a foto. Geralmente, lentes feitas de vidro são mais precisas e mais resistentes a danos que lentes feitas de plástico. Porém, lentes de vidro planas não são todas criadas do mesmo modo. O melhor modo para descobrir sobre a qualidade da lente de uma máquina fotográfica específica é ler sobre elas em artigos especializados. Geralmente lentes feitas por companhias de nome como Nikon e Canon são consideradas superiores.

Foco

Máquinas fotográficas mais baratas têm lentes de foco fixo com um alcance prefixado no qual tudo ou quase tudo estará em foco. Máquinas fotográficas mais caras lhe permitem fixar o foco manualmente ou usam o autofoco para enfocar a parte da imagem que esta no centro do visor.

Características de armazenamento

O número de imagens que você pode armazenar em uma máquina fotográfica depende de uma variedade de fatores. O número que você pode armazenar é importante porque uma vez

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que você alcança o limite você não tem nenhuma escolha, mas deixar de tirar fotos ou apagar algumas das que você já fotografou para abrir espaço para novas. Quanta memória você necessidade depende em parte de como você usará a máquina fotográfica. Se você é acostumado a tirar 5 ou 6 rolos de filme nas férias, sua máquina fotográfica deverá poder armazenar o mesmo número de imagens ou você não se sentirá confortável com ela.

Quase todas máquinas fotográficas digitais usam alguma forma de armazenamento removível, normalmente cartões de memória flash, mas ocasionalmente até pequenos discos rígidos e até mesmo o velho e venerável disquete. Com uma destas máquinas fotográficas, você pode remover um dispositivo de armazenamento e pode inserir outro. O número de imagens que você pode guardar só está limitado pelo número de dispositivos de armazenamento que você tem.

Memória removível normalmente existe na forma de cartões

flash pequenos. Cortesia da Intel.

Máquinas fotográficas mais velhas, ou muito baratas têm armazenamento fixo embutido que não pode ser removido ou ser aumentado. Isto grandemente reduz o número de fotografias que você pode tirar antes de apagá-las e abrir espaço para novas.

É preciso notar que uma das melhores coisas sobre máquinas fotográficas digitais é que você nunca tem que esperar para terminar um rolo de filme para ver o resultado. Se você precisa de justo uma ou duas fotografias, você pode tirá-las e pode usá-las sem ter que esperar o término do rolo ou desperdiçar um filme novo.

Características de reprodução

Uma vez que as fotos estão na memória de sua máquina fotográfica, você tem várias escolhas (diferente de apagá-las). Aqui estão algumas das mais comuns.

Transferindo Imagens para um Computador

A memória da máquina fotográfica é só uma área de guarda temporária para as imagens. Para liberar espaço de armazenamento para mais quadros você tem que transferir, ou download, as que você já tirou, para um computador. Métodos de transferência variam amplamente . Alguns do mais comuns são os seguintes:

Um cabo entre a máquina fotográfica e a porta serial do computador (lento) ou porta paralela (mais rápido).

Um cabo que conecta uma base permanentemente ao computador assim você só terá que encaixar a máquina fotográfica na base para a transferência (lento).

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Transferência com conexões sem fios (IrDA) que " irradiam " as imagens para o computador ou impressora sem cabos (mais rápido).

Leitores de cartão de memória nos quais você insere um cartão de memória (mais rápido).

Um cabo USB ou Firewire (IEEE 1394) entre o computador e a máquina fotográfica (mais rápido).

Quando escolher um sistema de transferência, esteja certo de perguntar o tempo aproximado para download das fotos. Eles podem variar de segundos por imagem a até minutos.

Saída de Vídeo para Exibição em Televisão

Algumas máquinas fotográficas digitais têm uma saída de vídeo analógica (NTSC ou PAL) assim elas podem ser conectadas a qualquer TV que tenha terminais padrão de entrada de vídeo. Este é um ótimo modo para ver suas fotografias ou compartilhá-las com outros. Porém, a menos que o software da máquina fotográfica também lhe permita o download das imagens de volta na máquina fotográfica, este será só um benefício passageiro. Uma vez que você apagou as imagens para fazer mais espaço disponível na máquina fotográfica, você já não as pode exibir a partir da máquina fotográfica. Porém, você pode guardar sua apresentação de slides em vídeo e até mesmo acrescentar uma narração durante a mostra.

Imprimindo

Algumas máquinas fotográficas lhe permitem evitar o computador completamente e enviar suas imagens diretamente a uma impressora. Você usa a tela LCD de pré-estréia da máquina fotográfica para escolher quais fotos devem ser impressas.

Outras características

Além das características discutidas até aqui sobre as máquinas fotográficas digitais, existem várias características que poderiam ser agradáveis de ter.

Tamanho e Peso

O tamanho e peso de uma máquina fotográfica podem ter um efeito pronunciado no quanto você gostará dela. É menos provável que você deseje levar uma máquina fotográfica volumosa ao sair. Se ela cabe no bolso da sua camisa, você provavelmente a levará a todos os lugares. O problema é que ao somar-se características soma-se tamanho e peso. Não existe tal coisa como uma escolha perfeita.

Flash

Flash embutido lhe permitem tirar fotografias quando a luz disponível é baixa ou não existente. Também lhe permite preencher sombras escuras em dias ensolarados. Muitas máquinas fotográficas oferecem redução de olho vermelho embutida, que reduz ou elimina esses efeitos de pupilas ardendo e vermelhas das pessoas em suas fotos. Olho vermelho é causado quando a luz entra no olho e salta de volta para a máquina fotográfica, mostrando os vasos sangüíneos vermelhos na retina. O efeito é reduzido em máquinas fotográficas com sistema de redução de olho vermelho por um pré flash que força a íris a se fechar um pouco antes do flash principal ser disparado e a exposição ser feita.

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O poder de um flash é especificado freqüentemente como um número de guia. Quanto mais alto o número de guia, maior o alcance útil do flash. (Para determinar o alcance máximo, divida o número de guia pela abertura máxima da máquina fotográfica.)

As unidades de flash pequenas construídas em máquinas fotográficas não têm muito alcance e não são ajustáveis, assim você não pode usar flash refletido para suavizar sombras ou posicionar o flash longe da máquina fotográfica para eliminar o olho vermelho. Máquinas fotográficas digitais mais caras têm uma conexão para flash sincronizado externo, assim você pode prender um flash mais poderoso à máquina fotográfica e dispará-lo quando você apertar o botão do disparador. Algumas máquinas fotográficas também têm um hot shoe (conexão) na qual você pode montar uma unidade de flash separada. Não só esta segura o flash na máquina fotográfica, mas também provê as conexões elétricas.

O jato de luz de um flash é tão rápido que congela uma ação veloz.

Pré-estréia de imagem

Muitas máquinas fotográficas têm uma tela de pré-estréia que pode servir a uma variedade de propósitos:

Lhe permite prever uma foto antes de você tirá-la. Lhe deixa passear pelas imagens que você já tirou. Se você precisa de espaço para

outra imagem, você pode achar uma que não gostou muito e apagá-la. Nos primórdios da fotografia, os fotógrafos podiam fazer a mesma coisa. Eles carregavam placas de vidro que cobriam com uma emulsão sensível a luz, na hora de fazer a foto. Se eles ficassem com falta de placas, eles poderiam raspar uma imagem velha e recobrir a placa para uma nova imagem.

Lhe permite selecionar imagens para imprimir quando você pode evitar o computador.

Telas de pré-estréia tipicamente usam LCDs (telas de cristal líquido). O tamanho da tela é especificado em polegadas e medida como em aparelhos de TV baseado na medida diagonal. Tamanhos típicos variam de um pouco menos que 2 polegadas para um pouco mais que 3. Algumas telas de pré-estréia mostram só uma imagem, outros também mostram grupos de imagens assim você pode localizar depressa a imagem que você está procurando.

As telas LCD de pré-estréia permitem que você veja a imagem acabada de fotografar ou mesmo as que estão armazenadas na memória da câmera.. Cortesia da Olympus.

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Tenha em mente de que estas telas descarregam muito as baterias. O melhor é mantê-las desligadas e usar o visor ótico para tirar fotos. Só as ligue quando você está certo de que não faltará bateria.

Visores Através da Lente ou Óticos

A lente de uma câmera fotografia tem uma semelhança incrível com os olhos humanos.

A imagem que você vê na tela de pré-estréia de uma máquina fotográfica digital é levada diretamente do sensor de imagem, assim é uma verdadeira visão TTL (thru-the-lens). Para algumas imagens, como closes extremos, esta tela é de grande ajuda para compor e enfocar a imagem. Mas para a maioria das imagens não é. Em primeiro lugar, a imagem na tela de pré-estréia é escura e obscurece mais ainda na luz do dia. Por outro lado, os movimentos da cena na tela quando você tenta emoldurar a imagem é pouco conhecido da maioria dos usuários. No final, você acaba compondo a imagem com a máquina fotográfica esticando o braço, uma experiência difícil e enfadonha. (Para melhores resultados, suporte seus cotovelos contra seu corpo para reduzir a trepidação da máquina fotográfica.)

Para enquadrar imagens mais facilmente, máquinas fotográficas melhores provêem um visor ótico. Estes são ideais para fotografar ação rápida conforme ela se desenrola—esperando pelo momento decisivo. Os melhores, conhecidos como visores de imagem real são acoplados à lente zoom e mostram a área inteira que é coberta pelo sensor de imagem.

Embora visores óticos sejam freqüentemente associados com máquinas fotográficas baratas do tipo mire-e-clique, eles também são encontrados em máquinas fotográficas caras, como a venerável Leica. A Leica usa um tipo de visor chamado de visor de alcance. Estes visores provêem uma janela separada que tem uma visão ligeiramente diferente da visão vista pela lente. Este não é um problema exceto em fotografia de aproximação, onde a paralaxe causa uma visão que é ligeiramente descentrada com referencia a imagem vista pela lente. Um objeto centrado na lente não o será no visor.

Uma das maiores vantagens de um visor ótico é que ele não puxa pela bateria, assim elas durarão mais tempo.

Algumas máquinas fotográficas com visores óticos têm um ajuste de dioptria para o visor, que faz a imagem ficar clara e em foco. Isto é ideal para pessoas que normalmente usam óculos, porque eles podem ajustar o visor e não necessitarão dos óculos.

As melhores e as mais caras máquinas fotográficas oferecem visão através da lente como nas populares SLRs de 35mm. Estes são realmente visores do tipo "o que você vê é o que você fotografa".

Baterias e Carregadores de Bateria

A vida útil de uma bateria é um real desafio porque visores de LCD consomem tanta energia e o flash da máquina fotográfica também aumenta o consumo. Para manter baixo os custos com baterias, você precisa de baterias recarregáveis e um carregador de bateria. Um adaptador de AC (corrente alternada) que lhe permita ligar a máquina fotográfica numa tomada na parede quando as baterias atingirem limites baixos, deixarão você continuar fotografando.

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A maioria das máquinas fotográficas aceitam baterias alcalinas, mas elas não duram muito com a exibição em LCD ou quando o flash é extensamente usado. Em dias frios elas podem morrer quase que imediatamente. Quando escolhendo uma máquina fotográfica digital, verifique que ela operará com as baterias de níquel-cádmo (NiCd), níquel-metal hidrido (NiMH), e lithium-íon (Li-íon). Quando substituindo baterias, esteja seguro de ler o manual que veio com a máquina fotográfica para você selecionar o tipo correto para reposição. Para limitar o gasto da bateria, desligue a tela de LCD quando não a estiver usando. Uma boa fonte de dados sobre baterias e comparações é a página da Web da Cadex's Battery FAQs. Outro é a página da Duracell's OEM page.

Sensor de Orientação

Você pode tirar fotografias em paisagem e em modo de retrato com qualquer máquina fotográfica apenas virando-a em 90 graus. Porém, quando você visualiza as fotos em miniaturas, exibe as imagens em uma TV ou carrega as imagens no computador, as imagens do tipo retrato estarão normalmente de lado e você tem que girá-las (se possível). Algumas máquinas fotográficas analisam quando a máquina fotográfica é virada no modo de retrato e automaticamente giram essas imagens para você.

Modo de retrato

mostra a imagem

verticalmente.

Modo de paisagem mostra

a imagem horizontalmente.

Fotografia Contínua

Algumas máquinas fotográficas permitem tirar fotos em série. Quaisquer das características abaixo podem capturar sucessões de imagens, que podem ser usadas para criar GIFs animados para uso em uma página da Web.

Um motor drive digital ou modo seqüencial lhe permitem tirar uma fotografia após a outra, contanto que você continue a apertar o botão do disparador.

O modo gravador de vídeo permite capturar alguns segundos de vídeo de baixa resolução. Quando conectado ao computador este modo também pode ser usado para teleconferência.

Fotografia de lapso de tempo tira uma série de quadros a intervalos especificados, talvez para mostrar a abertura de uma flor.

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Para aumentar a taxa de captura, a resolução será freqüentemente reduzida. Algumas máquinas fotográficas oferecem uma solução melhor. Eles armazenam imagens temporariamente em memória RAM até elas serem processadas.

Modo Panorama

Como nas máquinas fotográficas APS, algumas máquinas fotográficas digitais permitem selecionar um modo panorâmico. Este modo só captura uma faixa pelo meio do sensor de imagem e deixa faixas não expostas no topo e fundo da área de imagem. Você pode obter o mesmo efeito tão somente reduzindo uma imagem depois de fotografá-la.

Um panorama digital "joga fora" muito dos

pixels do sensor de imagem (as faixas pretas

mostradas aqui) e retém só a faixa central da

imagem.

Exposição Múltipla

A maioria das máquinas fotográficas automaticamente avançam ao próximo quadro quando você tira uma fotografia. Porém, um modo de exposição múltiplo lhe permite sobrepor duas ou mais imagens.

Exposições múltiplas sobrepõem

duas imagens.

Montagem de tripé

Em situações de baixa luminosidade, quando usando teleobjetivas ou quando você pretende ampliar uma imagem o mais possível, você precisa montar a máquina fotográfica em um tripé. Isto elimina todo e qualquer movimento da máquina fotográfica que apareceria na imagem como uma trepidação ou desfoque. Para usar um tripé, esteja seguro que sua máquina fotográfica tem a rosca de parafuso na base que se faz necessário.

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Self-Timer/Controle Remoto

Self-timers (disparadores automáticos) permitem a você participar na foto. Você dá a partida no cronômetro e corre desesperadamente para frente da lente. Controles remotos sem fios lhe permitem reter sua dignidade. Você entra na área da foto e então clica um botão. O problema está em evitar o controle de também aparecer na imagem.

Um cronômetro ou controle remoto também são úteis em situações de baixa luminosidade. Você pode descansar a máquina fotográfica em uma mesa ou tripé e pode usá-los para tirar a foto. Isto elimina o tremor da máquina fotográfica que causa imagens tremidas ou levemente fora de foco.

Indicadores de Data/Hora

Indicadores de data e hora lhe dão um registro permanente de quando uma foto foi tirada. Alguns são exibidos na área de imagem assim eles diminuem um pouco a imagem. Outros são escondidos no arquivo da imagem e são vistos só através de um software como o Windows Explorer.

Algumas máquinas fotográficas lhe permitem adicionar texto e

também dados e informação de tempo para a descrição de uma

imagem. Cortesia da FlashPoint.

Anotação Escrita

Telas de LCD em uma máquina fotográfica normalmente são usadas para mostrar imagens. Deste modo elas agem como dispositivos de reprodução. Porém, algumas máquinas fotográficas fazem elas executar trabalho duplo, fazendo-as sensíveis ao toque. Você pode então apontar para escolhas em um menu ou até mesmo usar um lápis para fazer anotações em suas imagens. A tela de pré-estréia se torna uma interface de um computador baseado em caneta (pen-based).

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A Nikon CoolPix 300 permite escrever anotações em imagens exibidas

na tela de pré-estréia. Cortesia da Nikon.

Anotação de Voz

Algumas máquinas fotográficas têm microfones embutidos que lhe deixam falar em sua máquina fotográfica. Esta é uma característica agradável quando você quer preservar comentários sobre uma imagem. Estas gravações são salvadas em arquivos de som que podem ser reproduzidos depois e podem ser editados no computador.

A Nikon CoolPix 300 permite o registro de som. Cortesia da Nikon.

Software

Muitas máquinas fotográficas vêm com software incluído. O tipo mais básico é proprietário à máquina fotográfica e permite transferir as imagens para seu computador ou outro dispositivo. Pacotes mais avançados propiciam a editoração das imagens. Em muitos casos, este software é uma versão limitada do programa completo, disponível em lojas de computador.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 106

Photoshop é o programa de editoração de imagens

contra qual todos os outros são comparados.

Máquinas Fotográficas Infravermelhas

A maioria das máquinas fotográficas digitais, como as máquinas fotográficas convencionais de filme, trabalham dentro do alcance visível da luz. Porém, há algumas que usam CCDs sensíveis a luz infravermelha (IR). Estas máquinas fotográficas são ideais para registrar IR refletido ou fotografar à noite com um flash infravermelho.

O Dycam ADC é uma máquina fotográfica digital portátil

especialmente desenhada para fotografia de multi-faixa no

espectro visível vermelho e próximo-infravermelho. Usando

fotografias como estas, fazendeiros podem melhor

administrar as colheitas. Cortesia da Dycam.

Videofotografia

Normalmente nós tiramos uma fotografia por vez. Ou com um motor drive digital, talvez algumas centenas na melhor das hipóteses. Porém, também é possível selecionar quadros individuais de um vídeo. Filmado a 30 quadros por segundo, vídeo captura 1800 imagens por minuto. A habilidade para escolher uma em tão vasta quantidade de imagens não é fácil, mas

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tenha em mente que o vídeo tem menos resolução que a maioria das máquinas fotográficas digitais. E veja que você pode usar mais de uma imagem em GIFs animados ou flipbooks em forma eletrônica ou impressa.

Então como você captura imagens de vídeo? A maioria das videocameras ainda registram em um formato analógico não usado em computadores (NTSC ou PAL). Para usar imagens paradas de uma destas videocameras, você tem que primeiro digitalizar quadros individuais usando um cartão de vídeo ou Frame Grabbers. Existem vários produtos disponíveis no mercado que lhe permitem capturar um ou mais quadros de uma fonte como uma videocamera ou um VCR.

Frame Grabbers tiram proveito da capacidade de congelar quadros da maioria das filmadoras, videocassetes, e reprodutores de Laserdisc. Eles tiram fotos e as transferem para o computador onde você pode editar e pode salvá-las. Dois dos mais populares são Play's Snappy e o Zipshot da ArcSoft. Estes dispositivos são plugados na porta paralela do computador e alguns têm uma passagem na porta paralela por onde você pode ligar sua impressora. Outros o forçam a trocar cabos quando você troca a atividade—uma tarefa aborrecida. Uma versão do QuickClip da Connectix difere dos outros pois ele usa a porta USB em vez da porta paralela. Isto permite uma conexão muito mais rápida e também o faz alimentar-se de energia através da conexão USB, não de baterias ou adaptadores como os outros.

O ZipShot se pluga na sua porta paralela e então você pluga sua

impressora, videocamera ou vídeocassete nele. Cortesia da

ArcSoft.

Cartões vídeos como o Buz da Iomega são normalmente usados para editar vídeo, mas eles também podem ser usados para isolar quadros individuais para edição.

Em lugar de converter imagens de uma videocamera padrão, você pode fotografar em formato digital desde o início. Algumas máquinas fotográficas digitais têm um motor drive digital ou um modo de vídeo que permite capturar uma sucessão pequena de quadros. Também existem vídeocameras digitais que capturam vídeo em um formato digital que o computador pode processar sem conversão. Alguns destes usam sensores de imagem CMOS porque eles podem trocar facilmente de um modo para outro entre fotografia e vídeo. A máquina fotográfica de MPEG da Hitachi usa um sensor de imagem CMOS com uma resolução de 352 x 240 pixels. Ela também tem um disco rígido PC Card de 260 megabyte que pode armazenar 20 minutos de vídeo (em formato MPEG) ou 3000 imagens paradas (no formato JPEG). A máquina fotográfica também armazena cerca de aproximadamente 1.000 imagens com até 10 segundos de som para cada uma. (Maiores tempos de som gravados resultarão em menos imagens; menores bytes de som permitirão armazenar mais imagens.) Você pode revisar e editar imagens usando a tela de LCD embutida, ou simplesmente remover o cartão da máquina fotográfica e plugá-lo em seu PC para ver, copiar ou editar as imagens imediatamente.

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A câmera MPEG grava diretamente num disco rígido e tem um codificador instantâneo de MPEG. Além de vídeo ela pode salvar até 3.000 fotos em seu cartão interno de disco rígido de 260 megabytes. Se eu pudesse ter tudo que eu quero, esta seria minha escolha! Cortesia da Hitachi.

A minúscula Canon ZR é um filmadora de vídeo digital que

armazena suas imagens em fita de miniDV tape. Cortesia da

Canon.

Esta fotografia de um bambu começou sua

jornada até esta página sendo filmada com

uma máquina videocamera no Brooklyn

Botanic Garden na Cidade de Nova Iorque.

Escolha a Câmera Digital Ideal para Voçê

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 109

O que você deve saber antes de comprar

Um conjunto de novas câmeras digitais equipadas com recursos úteis que torna a escolha do modelo mais adequado para você ainda mais complicada do que no ano passado.

> Conheça o jargão

> Saiba como você usará a câmera digital e as imagens

> Saiba suas preferências e hábitos ao fotografar.

> Tirando muitas fotos

Se você ultimamente tem prestado atenção nas novas câmeras digitais, provavelmente se sente perdido com as inúmeras opções à sua disposição. Preços mais baixos e recursos sofisticados tornam irresistíveis até mesmo os modelos mais econômicos. E muitos modelos sofisticados produzem imagens que fazem valer o dinheiro gasto em termos de qualidade e clareza. Então, como saber o que comprar?

Como ninguém pode decidir por você, para facilitar a sua decisão, faça uma rápida pesquisa e identifique suas prioridades antes de comprar. Isso não significa que você precisa se tornar um especialista em câmera digital, mas é importante ter em mente os seguintes pontos:

O jargão básico. Como pretende usar a câmera e as fotos. Suas preferências e hábitos ao fotografar.

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> Conheça o jargão

Se você for leigo em câmeras digitais e ir às compras sem entender os termos básicos, logo ficará confuso. Embora a imagem digital pareça ter linguagem própria, não é preciso aprender todos os idiomas para se beneficiar dela. Basta conhecer os seguintes conceitos básicos.

Resolução De forma clara, a resolução é a medida da qualidade da imagem: quanto maior a resolução, melhor a imagem. Da mesma forma, quanto melhor (mais detalhada) for a imagem, melhor será a impressão. Em câmeras digitais, a resolução é tradicionalmente determinada pelo número de pixels (quadradinhos) no sensor de imagem digital da

câmera. Quanto maior for o número de pixels no sensor, mais detalhes você verá na imagem. Padrões mais recentes de resolução medem linhas por altura da foto, com a maior parte das câmeras de 3 megapixels sendo capazes de resolver cerca de 1.100 linhas por altura de foto.

Megapixel Tecnicamente, megapixel significa milhões de pixels. (Um pixel é um dos quadradinhos de uma imagem, e cada pixel tem sua própria cor e intensidade.) Em outras palavras, a classificação de megapixels de uma câmera é uma medida do poder de resolução do sensor de imagem digital da câmera. Em termos não-técnicos, quanto maior for o número de megapixels, maior será o nível de detalhes da foto.

Resumindo, o número de megapixel é importante, pois determina o tamanho de impressão das imagens. Para obter uma impressão com qualidade em uma imagem digital, geralmente são necessários entre 240 e 300 pixels por polegada (ou em termos de impressão, pontos por polegada, dpi) no tamanho em que você está imprimindo a imagem. Os fabricantes de câmeras digitais fornecem classificações de megapixel para ajudá-lo a escolher a câmera que lhe atenderá melhor.

Leve em consideração o tamanho e a facilidade de uso ao decidir sobre que câmera comprar.

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Exemplo Para imprimir uma imagem a 300 dpi (uma resolução de alta qualidade) com 13 x 18cm, multiplique 13cm por 300 pixels e 18cm por 300 pixels. Os resultados são 3900 e 5400 respectivamente. Isso significa que a câmera deve produzir um tamanho de imagem de 3900 x 5400 pixels. (Observe que as resoluções mínimas e máximas podem variar consideravelmente dependendo da resolução de impressão em uso ou sendo cotada.)

Para saber qual a classificação de megapixel que uma câmera precisa ter para obter imagens que possam ser ampliadas para 13 x 18cm e impressas nesse tamanho, multiplique a largura pela altura da imagem: 3900 x 5400. O resultado é 21.060.000 ou 21,06 milhões. O número em milhões (neste caso, 21,06) é a classificação de megapixel (ou número) que você precisa procurar em uma câmera caso deseje impressões de alta qualidade a 13 x 18cm.

Observação Você pode imprimir a menos de 300 dpi e obter uma imagem boa. Na verdade, muitos críticos de câmeras comentam que uma câmera de 3 megapixels produzirá impressões de qualidade a 20 x 25cm. No entanto, para o propósito deste artigo, usaremos 300 dpi como a norma para obter resultados de qualidade.

Zoom compacto, monoreflex, lentes com zoom/semiprofissional Ao comprar uma câmera convencional, você precisa escolher entre uma câmera compacta automática ou uma câmera monoreflex totalmente equipada. O mesmo acontece com câmeras digitais, e elas têm

praticamente as mesmas características que as câmeras convencionais.

As câmeras digitais compactas com zoom são responsáveis pelo grande número de câmeras digitais superlotando as prateleiras. Assim como as câmeras convencionais, essas câmeras têm lentes não cambiáveis com zoom ótico e/ou digital, geralmente no intervalo focal de 35 a 105mm.

As verdadeiras câmeras digitais monoreflex, como as D1X e D1H da Nikon e a EOS D30 da Canon, aceitam lentes padrão Nikkor e Canon e oferecem praticamente o mesmo controle sobre a fotografia das câmeras convencionais com recursos semelhantes. O preço que

você paga por um controle equivalente ao de uma câmera monoreflex é significativo, mas os resultados são surpreendentes. Observe que a FinePix S1 da Fujifilm também aceita lentes Nikkor. Portanto, se você tiver lentes sobressalentes para sua câmera convencional, elas poderão ser usadas facilmente nas câmeras digitais.

Vale observar que uma lente padrão acoplada em uma câmera monoreflex digital possui um multiplicador de comprimento focal que varia de acordo com o tamanho do CCD. Então, por exemplo, com um multiplicador 1,5, uma lente Nikkor de 300 mm fica equivalente a uma de

As câmeras digitais mais recentes têm recursos que só estavam disponíveis nos modelos mais caros no ano passado.

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450 mm. Isso pode ser bom para lentes telefoto e não tão bom assim para lentes grande-angular.

Modelos de lentes com zoom e semiprofissionais possuem uma única lente fixa, como as monoreflex, e oferecem recursos e manuseio semelhantes às câmeras digitais monoreflex. As câmeras desta categoria incluem:

A Minolta Dimage 7 A Olympus E20N

Zoom ótico X digital O zoom ótico é a ampliação produzida entre os comprimentos focais máximo e mínimo da lente propriamente dita. Ou seja, a ampliação é do vidro (da lente), e não do software embutido câmera.

Por outro lado, o zoom digital não é resultado de lente de aumento. Ele corta a imagem de forma que o centro pareça maior e ampliado. Previsivelmente, o zoom digital reduz o tamanho da imagem como um todo. Algumas câmeras vão além e interpolam o tamanho da imagem cortada para o tamanho de resolução total. Em outras palavras, o software interno da câmera deduz onde criar e adicionar pixels extras suficientes para colocar a imagem no tamanho de uma foto sem zoom. O resultado com alguns programas de interpolação é a visível pixelização (notavelmente pixels recortados), enquanto outros programas produzem bordas mais suaves.

Os resultados são sempre melhores quando a lente (ótica) faz o zoom.

Placa de memória / mídia de armazenamento removível Uma mídia ou uma placa de memória é uma pequena placa reutilizável que armazena imagens digitais— o equivalente digital a uma câmera convencional. As placas mais comuns são:

CompactFlash SmartMedia Memory Stick Secure Digital (SD) ou MultimediaCard que armazena imagens e música digital

Depois de preencher uma placa com fotos, essas placas podem ser acopladas a uma leitora de placa ou adaptador conectado ao seu computador, para que você possa descarregar as imagens da placa para o computador.

A maioria das placas é praticamente indestrutível e tem tamanhos variados, de 4 ou 8 megabytes (MB) até 356 MB ou superior. Muitas câmeras são fornecidas com uma placa de 4 a 16 MB, mas convém ter pelo menos uma ou duas placas com maior capacidade de armazenamento.

E se você estiver tirando muitas fotos, principalmente com configuração de alta resolução, poderá investir em um microunidade que armazene dados pesados de 500 MB até 1 gigabyte (GB). Ao contrário das placas de memória, no entanto, as microunidades são frágeis e devem ser manuseadas com muita cautela.

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> Saiba como você usará a câmera digital e as imagens

É praticamente impossível separar o modo como planeja usar a câmera do valor que pretende gastar. É importante avaliar com que intuito usará as imagens digitais para determinar se a câmera que você tem em vista está dentro do orçamento planejado.

On-line ou impressa Uma forma de analisar como você usará a câmera é decidir qual será o destino das imagens. Caso você queira instantâneos digitais para enviar fotos aos amigos por email, colocar as fotos em um álbum on-line ou em um site pessoal da Web, e imprimir cópias em tamanho pequeno, uma câmera com resolução de 1 e 2+ megapixels provavelmente será suficiente. Para uso on-line, lembre-se de que a maioria das telas de computador somente tem resolução de 72 pixels por polegada (ppi), e até mesmo monitores avançados têm resolução de 96 ppi. Para uma impressão de 10 x 15cm e para exibição on-line, uma resolução 640 x 480 é suficiente.

Se, no entanto, você também desejar impressões de imagens digitais maiores que 10 x 15cm, então compre uma câmera de 3 megapixels ou superior.

> Saiba suas preferências e hábitos ao fotografar.

Agora enfoque o que você pretende fotografar, suas preferências e o design da câmera. Por exemplo, se você costuma fotografar ações, como jogos de futebol, procure por câmeras que ofereçam um intervalo de zoom focal maior, respostas mais rápidas, um modo de disparo contínuo e baterias com um tempo de disparo prolongado.

Placas de memória baratas e leitoras de "memory stick" tornam o descarregamento de fotos mais rápido e fácil.

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Questione seus hábitos e preferências atuais de fotografia, como, por exemplo, se é importante ter controle manual parcial ou completo, e se você deseja ter gravação de áudio ou um dispositivo para criação de pequenos filmes. Por exemplo, a nova Canon G2 oferece um modo de filme com áudio eficiente. Em modelos digitais anteriores, um recurso como esse com modo de reprodução teria liquidado em pouco tempo a vida útil de uma bateria de longa duração. Porém, de uma forma geral, a qualidade das baterias melhorou muito. O conjunto de baterias recarregável de lítio da BP-511 da Canon merece destaque.

Outro aspecto importante é o design da câmera, que determina a facilidade do uso. No dia-a-dia, isso significa a rapidez e a facilidade com que você chega às configurações usadas com mais freqüência. Tire uma tarde para visitar uma loja de câmeras e experimentar aquelas que você poderia comprar. A câmera cabe na mão confortavelmente? É pesada o suficiente para oferecer alguma estabilidade ao fotografar? Os controles são intuitivos e de fácil acesso? A tela de cristal líquido é clara o suficiente para permitir visualização com pouca luz? Faça uma lista de suas preferências e as priorize.

Novos recursos a serem procurados As câmeras digitais mais recentes possuem alguns recursos muito interessantes que tornam quase impossível não obter uma boa foto. Recursos novos e importantes que devem ser procurados incluem:

A estabilização de imagem para assegurar imagens nítidas até mesmo em velocidades de obturador mais lentas.

Tela de cristal líquido ajustável que gira em diversos ângulos.

Configurações da proporção de branco em um único toque para assegurar que a proporção das cores seja precisa em diferentes tipos de iluminação.

Abertura de brilho de pelo menos f/1,8 que permita fotografar em condições de iluminação abaixo das ideais ou em altas velocidades de obturador.

Modo composto que permite a mesclagem de duas imagens em uma foto em camadas. Ajustes digitais internos que permitem o rápido ajuste da exposição, da saturação da

cor e do contraste.

> Tirando muitas fotos

Uma vez escolhida a câmera digital, tire um tempo para ler todo o manual. Embora as câmeras digitais sejam em muitos aspectos semelhantes às convencionais, há diferenças. Se você não ler o manual atentamente, poderá deixar de conhecer alguns recursos úteis e desconhecerá algumas dicas importantes. Tire muitas fotos. Você só se aperfeiçoará

Vários modelos novos de câmeras digitais compactas também têm lentes acessórias disponíveis.

Quando fizer um orçamento de uma câmera digital, inclua os custos dos acessórios.

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colocando em prática o que aprendeu. E, com a câmera digital, o processo de aprendizagem é tão rápido que o deixará de queixo caído.

Cuidando de sua Câmera Digital

INTRODUÇÃO

Algumas das melhores oportunidades para fazer fotografias interessantes acontecem durante tempo ruim. Você pode tirar proveito destas oportunidades contanto que você toma algumas precauções para proteger sua máquina fotográfica.

Uma máquina fotográfica digital dura por pelo menos 100.000 fotos se for corretamente cuidada. Debaixo de circunstâncias normais sua máquina fotográfica e lente necessitam de menos limpeza que você possa imaginar. Sempre há a possibilidade de que a lente da máquina fotográfica possa ser danificada durante a limpeza, então só o faça quando necessário. Confira a máquina fotográfica, porém, periodicamente.

Tudo que você sempre quis saber sobre baterias

As máquinas fotográficas digitais de hoje dependem de bateria para operar, e elas podem esvaziar depois de só alguns quadros se você tem as baterias erradas ou não as conserva carregadas. Também, baterias eventualmente se desgastam. Se elas parecem estar morrendo mais rapidamente, você pode precisar de substituí-las. (Porém, se elas são baterias de NiCad-Níquel Cadmium, você poderá ter que lidar com o problema de memória.)

Prolongando sua carga de energia

Máquinas fotográficas digitais se tornam nada além de pesos de papel quando as baterias delas se descarregam. Por isso, você sempre deve levar uma bateria sobressalente ou um adaptador de AC. Porém, há modos para prolongar a carga de sua bateria. Aqui está alguns deles.

1. Quando você adquire baterias novas, carregue e as recarregue algumas vezes, assim elas serão carregadas completamente.

2. Desligue o faminto visor LCD e use o visor óptico. Ele é melhor para tirar fotos. Quando você tiver que usar o visor LCD, reduza o seu brilho ou use o modo preto e branco.

3. Descarregue completamente a carga da bateria e então a recarregue periodicamente. O modo mais fácil para fazer isto é com um carregador condicionador que descarregue a bateria antes de recarregá-la ou um carregador de pulsação que usa uma pulsação negativa para remover as bolhas de gás.

4. Ocasionalmente limpe os contatos da bateria na máquina fotográfica e carregador, esfregando com um cotonete de algodão com álcool (álcool de isopropil). A maioria dos problemas são causados através de contatos sujos na bateria ou carregador.

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5. Quando não estiver usando a máquina fotográfica por um período longo, remova a bateria e armazene em um lugar fresco e seco. Também remova cartões de memória de flash da máquina fotográfica quando não em uso.

Baterias também morrem

Baterias não duram para sempre. Dependendo do tipo, elas durarão entre 400-700 ciclos de recarga. Para usuários da pesada, são aproximadamente 1 a 2 anos. Geralmente, você pode contar quando elas estão falhando quando elas já não seguram uma carga por muito tempo.

Voando

Quando estiver viajando de avião, esteja seguro de que suas baterias estão carregadas. Podem lhe pedir que ligue a máquina fotográfica em um cheque de segurança no aeroporto.

Reciclando

Cada ano mais de 2 bilhões de baterias usadas são dispostas em instalações de lixo sólido nos Estados Unidos de acordo com o EPA. Isto constitui 88% do mercúrio e 54% do cádmio depositados nas vias fluviais. Muitos tipos de baterias, como essas usados em máquinas fotográficas digitais, podem ser recicladas em vez de jogado fora. Quando elas morrem, tente levá-las de volta para a loja onde você lhes comprou. Muitas lojas colecionam as baterias usadas e então as enviam para uma fábrica a ser reciclada.

Limpando a máquina fotográfica

O exterior da máquina fotográfica pode ser limpo com um pano suave, livre de pó. Ocasionalmente, abra as "portas" de acesso à memória e compartimentos de bateria e use uma escova suave ou soprador para remover pó. Esfregue álcool (álcool de isopropil) em um cotonete para limpar partes de metal da máquina fotográfica, se necessário.

Limpando a lente

A primeira regra é só limpar a lente quando absolutamente necessário. Um pouco de pó na lente não afetará a imagem, assim não é compulsório. Quando precisar, use uma escova suave, como a escova de um artista e soprador (uma bomba de seringa serve) para remover o pó. Impressões digitais podem ser muito prejudiciais à camada que cobre a lente e devem ser removidas o mais cedo possível. Mantenha a lente coberta, quando não em uso, para reduzir a quantia de limpeza requerida. Limpe uma lente usando uma escova ou soprador primeiro, para remover partículas de pó abrasivas. Então use um pano para limpeza de lentes (ou enrole um pedaço de tecido ou lenço próprio para limpeza de lente fotográfica e o rasgue na extremidade para servir como uma escova). Ponha uma gota pequena de fluido para limpeza de lentes no fim do tecido. (Sua respiração condensada na lente também serve) Nunca ponha o fluido diretamente na lente; poderia correr entre os elementos da lente. Usando um movimento circular, limpe a superfície de lente com o tecido, então use um tecido igual enrolado e rasgado do mesmo modo para secar. Nunca use de novo os panos usados e não aperte com força quando estiver limpando porque o elemento dianteiro da lente é coberto com uma camada protetora relativamente delicada.

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Protegendo do calor

Sua máquina fotográfica nunca deveria ser exposta a temperaturas excessivamente altas. Se possível, não deixa a máquina fotográfica em um carro em um dia quente se o sol estiver caindo sobre o carro (ou vai depois, quando o sol mudar de posição). Se a máquina fotográfica tem que ser exposta ao sol, como quando você está na praia, cubra-a com uma toalha leve e colorida e livre de areia ou mesmo um pedaço de papel alumínio, para proteger do sol. Materiais escuros absorverão mais ainda o calor e possivelmente farão as coisas pior. Em lugar fechado, evite armazenamento próximos a radiadores de energia ou em outros lugares prováveis de se porem quentes ou úmidos.

Desertos estão notoriamente quentes em certos momentos

do dia e ano, mas eles não são o único lugar onde o calor

pode afetar sua máquina fotográfica.

Protegendo do frio

Mantenha a máquina fotográfica tão aquecida quanto possível, mantendo-a debaixo de seu casaco. Sempre leve baterias extras. Essas, em sua máquina fotográfica, podem perder a carga rapidamente a baixas temperaturas, da mesma maneira que sua bateria de carro se debilita no inverno. Previna condensação quando levar a máquina fotográfica de uma área fria para uma aquecida, embrulhando-a em um sacola plástica ou jornal até sua temperatura atingir a do ambiente. Se alguma condensação acontecer, ainda não leve-a de volta ao frio, com a condensação ela pode congelar a operação.

Pelo inverno, baterias descarregam muito mais rápido por

causa do frio. As temperaturas extremas, podem até mesmo

congelar partes móveis.

Protegendo da água, chuva e areia

Sempre proteja seu equipamento de água, especialmente água salgada, e de pó, sujeira e areia. Um estojo para câmera ajuda, mas na praia estar numa sacola plástica é mesmo o melhor. Quando fotografando na névoa ou chuva, cubra a máquina fotográfica com um sacola plástica na qual você cortou um buraco para a lente. Use um elástico de borracha para lacrar a bolsa ao redor da lente. Você pode

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alcançar através da abertura normal da bolsa para operar os controles. Atarraxando um filtro skylight em cima da lente lhe permite enxugar o spray e condensação sem danificar a superfície delicada da lente.

Protegendo durante viagens

Use tampas de lente ou coberturas para proteger lentes. Armazene todos os artigos pequenos e outros acessórios em estojos e empacote tudo cuidadosamente de modos que batidas e solavancos não farão um bater aos outros. Tenha cuidado para não empacotar equipamento fotográfico em malas moles onde podem ser danificadas facilmente. Quando viajar de avião, considere que os detectores de metal de bagagens de mão é menos prejudicial que os usados em bagagem despachada. Em caso de dúvida, peça inspeção de mão para reduzir a possibilidade de danos causados por Raio-X.

Armazenando uma máquina fotográfica

Proteja as máquinas fotográficas armazenadas do pó, calor e umidade. Uma bolsa de máquina fotográfica é um recipiente de armazenamento excelente. Remova baterias antes de armazenar.

Cuidando de você

Quando caminhando ao ar livre, não use a correia da máquina fotográfica ao redor seu pescoço, você pode se estrangular.

Não aponte a máquina fotográfica diretamente ao sol, pode queimar seu olho.

Formato dos Arquivos Gráficos

INTRODUÇÃO

Fotografias digitais são armazenadas como bitmaps—uma série de pixels individualmente endereçáveis. Durante os anos, foram desenvolvidos vários formatos de imagem de bitmap diferentes. Cada um tem suas próprias características que determinam quando e onde você deve escolhê-lo ao invés de outro. Porém, qualquer formato que você escolha, existem programas que converterão ela para quaisquer um dos outros formatos.

IMAGENS BIT-MAP VS IMAGENS VETORIAIS

Todo as imagens imóveis que você vê na Web ou em programas de multimídia e muitas que você vê impressa, foram criadas ou manipuladas em um computador e em um formato digital. Há duas formas básicas de gráficos de computador: bit-maps e gráficos vetoriais. O tipo que você usa determina as ferramentas que você escolhe. Formatos de Bitmap são os usados para fotografias digitais. Formatos vetoriais só são usados para desenhos de linha.

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Imagens bit-map

Imagens bit-map são formadas de pixels—uma matriz de pontos com cores diferentes. Imagens de Bitmap são definidas pela dimensão delas em pixels assim como também pelo número de cores que eles representam. Por exemplo, uma imagem de 640X480 contém 640 pixels X 480 pixels respectivamente na direção horizontal e vertical. Se você aumenta uma área pequena de uma imagem de bit-map, você pode ver os pixels que são usados para criá-la muito claramente. Quando normalmente vista, os pequenos pixels se fundem em harmonia contínua muito parecido com os pontos que criam fotografias de jornal fazem. Cada um dos pequenos pixels pode ser uma graduação de cinza ou uma cor. Usando cor de 24-bit , cada pixel pode ser fixado em qualquer uma de 16 milhões de cores. Todas as fotografias e pinturas digitais são bitmapped e qualquer outro tipo de imagem pode ser guardada ou pode ser exportada em um formato de bitmap. De fato, quando você imprime qualquer tipo de imagem em uma laser ou impressora de jato se tinta ela é convertida primeiro (rasterized) pelo computador ou impressora em uma forma de bitmap, assim pode ser impressa com os pontos que a impressora usa. Para editar ou modificar estas imagens de bitmap, você usa um programa de pintura. Imagens de Bitmap são extensamente usadas mas elas sofrem de alguns problemas inevitáveis. Elas devem ser impressas ou devem ser exibidas na tela em um tamanho determinado pelo número de pixels na imagem. Imprimindo ou exibindo em qualquer outro tamanho pode criar padrões não desejados na imagem. Imagens de Bitmap também têm tamanhos de arquivo grandes que são determinado pelas dimensões da imagem em pixels e sua fidelidade de cor. Para reduzir este problema, são usados alguns formatos gráficos como GIF e JPEG, para armazenar imagens em formato comprimido.

Gráficos Vetoriais

Gráficos vetoriais são realmente só uma lista de objetos gráficos como linhas, retângulos, elipses, arcos, ou curvas—chamadas primitivos. Programas de Desenho, também chamados programas de gráficos de vetor, são usados para criar e editar estes gráficos vetoriais. Estes programas armazenam os primitivos como um jogo de coordenadas numéricas e fórmulas matemáticas que especificam a forma e posição deles na imagem. Este formato é extensamente usado através de programas de desenho ajudado por computador (CAD) para criar desenhos detalhados de engenharia. Também é muito popular em multimídia quando animação 3D é desejada. Programas de desenho têm vários vantagens sobre programas de pintura. Estas incluem:

Controle preciso de linhas e cores. Habilidade para inclinar e girar objetos para vê-los de ângulos diferentes ou adicionar

perspectiva. Habilidade para ajustar o tamanho dos objetos para qualquer e caber no espaço

disponível. Gráficos de vetor sempre imprimem à melhor resolução da impressora que você usa, não importa que tamanho que você os faça.

Podem ser mudadas facilmente as misturas de cor e matizes. Texto pode ser embrulhado ao redor de objetos.

Quando trabalhando com um programa de desenho, você pode exibir a imagem em duas visões: visão de armação de arame ou sombreada. Em visão de armação de arame, você vê só as linhas da armação —uma visão do esqueleto da imagem. A imagem é exibida deste modo porque pode ser manipulada muito mais rapidamente na tela. Para ver como ficará o modelo acabado, você pode aplicar cores na a armação de arame e cobrí-la com superfícies

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sombreadas.

A máquina é mostrada em visão sombreada (esquerda) e em modo de armação de arame (direita). A habilidade para mudar entre estas duas visualizações é uma característica de programas de desenho vetoriais.

Formatos de imagem nativo e de transferência

Desde que as imagens de bit-map são as que mais concernem aos fotógrafos, essas são as que nós nos concentraremos nesta seção. Formatos de arquivo Bitmap se encontram em duas subdivisões de classe; nativo e de transferência ou formatos de troca.

Formatos Nativos

Quando são introduzidos novos programas, programadores têm uma tendência para criar formatos proprietários, ou nativos que só podem ser lidos pelos programas deles. Parte disto tem por objetivo ter uma vantagem competitiva. Mas também há, às vezes, uma necessidade para projetar um formato novo para acomodar procedimentos novos ou mais possibilidades. Porém, formatos nativos apresentam problemas sérios para usuários que querem transferir arquivos de imagem entre programas e os compartilhar com outros. Eles não são freqüentemente lidos por outros programas.

Formatos de Transferência

Porque formatos nativos são tão limitados, formatos de transferência foram projetados para permitir mover imagens entre programas de aplicação e até mesmo entre sistemas operacionais. Alguns destes formatos iniciaram como formatos nativos mas foram adotados amplamente através de outros e eles se tornaram formatos de transferência. Quase todas as aplicações de gráficos podem abrir e podem salvar estes formatos de transferência, como também os próprios formatos nativos deles.

Formatos populares de imagem

Durante os anos, foram criados centenas de formatos de arquivo de imagem. Porém, a maioria destes entrou em desuso ou só são encontrados em circunstâncias especiais. Conforme surgem novas demandas, como exibir imagens na Web, novos formatos emergem . Alguns, como Fotografia CD, ganham larga aceitação. Outros geram muita excitação e então desaparecem, porque eles apresentam falhas. Nesta seção nós exploraremos esses formatos que você provavelmente vai usar ou encontrar.

TIFF (.TIF)

TIFF (Tag Image File Format), pronunciado "tiff", foi desenvolvido originalmente pela Aldus Corporation para salvar imagens criadas por scanners, frame grabbers e programas que editam fotografia. Este formato foi aceitado e apoiado amplamente como um formato de transferência de imagem não amarrado a específicos scanners, impressoras ou hardware de exibição de computador. O TIFF também é um formato popular para aplicações de publicação

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de mesa. Existem muitas variações do formato, chamadas extensões, assim você pode ter problemas ocasionais ao abrir um de outra fonte. Algumas versões são comprimidas usando o LZW ou outros métodos de lossless. Arquivos TIFF suportam cores de até 24-bit .

PICT (.PIC)

O PICT formato, pronunciado "pick", foi introduzido junto com o software MacDraw para o Macintosh. Se tornou desde então um padrão de Macintosh .

EPS (.EPS)

Arquivos EPS (Encapsulated PostScript), pronunciado uma letra de cada vez " E-P-S, " usa um formato desenvolvido pela Adobe para impressoras de PostScript. Estes arquivos geralmente têm duas partes. A primeira é uma descrição de texto que diz a uma impressora de PostScript como fazer para produzir uma imagem. A segunda é uma imagem bit-map opcional de PICT para pré-estréia em tela. Uma vez uma imagem foi salvada no formato de EPS, você pode importá-la em outros programas e pode dimensioná-la como quizer. Porém, seu conteúdo é freqüentemente não editável exceto através de alguns programas como o Ilustrador da Adobe. Por isto, estes arquivos geralmente são criados ao término do processo quando eles são próximos de serem incorporados em uma publicação impressa.

BMP (.BMP)

Arquivos BMP, pronunciado uma letra de cada vez " B-M-P, " usam um formato bitmap do Windows. Estas imagens são armazenadas em um formato dispositivo-independente bitmap (DIB), que permite ao Windows exibir o bitmap em qualquer tipo de dispositivo de exibição. O termo " independente de dispositivo " significa que o bitmap especifica a cor do pixel em uma forma independente do método usado por um dispositivo de exibição para representar a cor. A extensão padrão de arquivo de falta é .BMP e estes arquivos são encontrados em dois formatos:

O formato OS/2 não é comprimido (RGB codificado). Código RGB apoia cores de 24-bit .

Arquivos Windows BMP e de DIB podem ser salvados sem usar qualquer compressão (RGB codificado), ou usando a run length encoded, compressão de lossless (RLE codificado). RLE apóia só 256 cores.

O que é um DIB?

O Windows pode armazenar dados de cor junto com a imagem em questão. Quando salvadas deste modo, as imagens são chamadas Microsoft Device Independent Bitmap, ou DIB. Quando gravada em um arquivo, ela estará no Formato Microsoft Bitmap, ou BMP. Referências ao formato de arquivo DIB na verdade se referem a BMP.

O que é RLE

Arquivos Windows de RLE são o arquivos Windows de DIB que usam compressão de RLE. Usando compressão de RLE para salvar uma imagem como um DIB ou BMP, produz um arquivo de RLE. A única diferença é a extensão do nomedo arquivo.

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JPEG (.JPG)

O formato JPEG (Joint Photographic Experts Group), pronunciado "jay-peg" é sem dúvida o formato mais popular para exibição de imagens fotográficas na Web. O termo "JPEG" freqüentemente é usado para descrever o formato de arquivo JFIF (JPEG File Interchange Format). JFIF é realmente o formato de arquivo que contém uma imagem comprimida com o método JPEG. Estes novos arquivos JFIF originalmente usavam a extensão JPG, porém, os padrões mais recentes pedem por usar uma extensão JIF. O formato é aperfeiçoado para a exibição de fotografias e não trabalha tão bem quanto o GIF para desenhos de linha (GIF é aperfeiçoado para eles). Imagens de JPEG têm duas características distintas:

JPEG usa um esquema de compressão de lossy, mas você pode variar a quantia de compressão e conseqüentemente pode trocar tamanho de arquivo por qualidade de imagem e pode até mesmo obter arquivos extremamente pequenos com qualidade pobre.

JPEG apóia cor de 24-bit . GIF, o outro formato extensamente usado na Web apóia só 8-bits.

Compressão é executada em blocos de pixels de oito em cada lado. Você pode ver estes blocos quando você usa os níveis mais altos de compressão ou aumenta muito a imagem. JPEG é um processo de dois estágios com algoritmos de compressão e descompressão. Isto significa que ele leva mais muito tempo para carregar e exibir que um arquivo de gif. Você pode salvar imagens em um formato JPEG progressivo que trabalha um pouco como um GIF interlaçado. Enquanto um JPEG padrão carrega de cima para baixo, um JPEG progressivo exibe a imagem inteira que começa com os blocos maiores. Isto permite exibir a imagem primeiro em baixa resolução e então preenche-la quando mais dados chegam. Quando você salva uma imagem neste formato, você pode especificar o número de escaneamentos progressivos. Não use JPEG para salvar imagens originais que você espera modificar depois. Toda vez que você abre um destes arquivos, e então salva novamente, a imagem será comprimida. Quando você passa por uma série de salvamentos, a imagem é degradada cada vez mais. Esteja seguro de salvar seus originais em um formato loss-free como TIFF ou BMP com máxima intensidade de cor. Também, quando você salva uma imagem como um JPEG, a imagem na tela não refletirá a compressão a menos que você carregue a versão salva.

Quando você tira uma fotografia com uma máquina

fotográfica digital, informação de exposição como

velocidade de obturador e abertura é salva em um

cabeçalho no arquivo da imagem. O PIE é uma

utilidade de arquivo que extrai a informação da

máquina fotográfica através do arquivo .jpg original

e renomeia o nome de arquivo do tipo

PIC000XX.JPG para um nome mais amigável

indicando a data e hora, como também outras

informações da fotografia. Basicamente existem

dois padrões para cabeçlhos de informação de

fotos: O compatível com Olympus/Sanyo/Casio eo

padrão EXIF. A maioria das máquinas fotográficas

novas é compatível com o EXIF, mas ainda existem

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outras informações específicas de máquina

fotográfica, como valores de zoom ou modos de

qualidade.

PNG (.PNG)

PNG (Portable Network Graphics), pronunciado "ping", foi desenvolvido para substituir o envelhecido formato GIF e é apoiado pelo Microsoft Internet Explorer e Netscape Navigator. O PNG, como o GIF é um formato de lossless, mas tem algumas características que o formato de GIF não possui. Estes incluem 254 níveis de transparência (GIF apóia um único), mais controle em sobre o brilho da imagem, e apoio para mais de 48 bits por pixel. (GIF suporta 8 para 256 cores). PNG também suporta distribuição progressiva, como os GIFs interlaçados fazem e tende a comprimir melhor que um GIF.

O logo do Portable Network Graphics.

GIFs (.GIF)

Imagens de formato GIF (Graphics Interchange Format), pronunciado"jiff", são extensamente usadas na Web mas mais para arte de linha, não para imagens fotográficas. Este formato acumula 256 cores de uma imagem em uma tabela chamada de paleta. Considerando que imagens têm milhões de cores, um programa como PhotoShop seleciona o melhor para representar o todo quando você salva a imagem neste formato. Quando exibida, cada pixel na imagem é mostrado como uma das cores da tabela, muito semelhante a pintar através de números.

Há duas versões de GIF em uso na Web; o original GIF 87a e um mais novo GIF 89a. Ambas as versões podem usar interlaçado; armazenando imagens que usam quatro passagens em vez de uma. Normalmente, quando uma imagem é exibida em um browser, é transmitido uma fila de cada vez, começando com a fila de topo e preenchendo a página. Quando salvo como um GIF interlaçado, primeiro é enviado no seu tamanho cheio mas com uma muito baixa resolução. Isto permite para uma pessoa ter uma idéia do conteúdo da imagem antes que esta seja completamente transmitida. Como mais pixels são enviados nas próximas três passagens, a imagem vai se enchendo e eventualmente alcança sua resolução total. O GIF da mais nova versão 89a adiciona um pouco de capacidades que incluem o seguinte:

Fundos de imagem podem ser feitos transparente. Para fazer isto, você especifica qual cor na tabela será transparente. Quando visto com um browser de Web, o browser substitui todo pixel na imagem que é esta cor por um pixel do fundo da página da Web. Isto permite o fundo se mostrar através da imagem nessas áreas, como se as áreas fossem transparentes. Você tem que escolher a cor transparente cuidadosamente. Se você seleciona uma que esta em qualquer lugar na imagem, além do fundo, sua imagem

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parecerá ter " buracos " nela.

Imagens podem ser animadas . "Sacudindo" rapidamente através de uma série de imagens, objetos podem ser animados como um filme simula movimento usando uma série de imagens. Isto trabalha melhor com desenhos de linha mas também pode ser feito com fotografias. Dependendo da sua rapidez de conexão com a Web, a animação pode não trabalhar a primeira. Porém, uma vez é salva em memória cache e tocada de novo, trabalhará bem.

Fundo branco Fundo branco feito transparente.

Imagens GIF estão limitadas a um máximo de 256 cores. Estas cores, armazenadas em uma tabela, index ou paleta, são freqüentemente chamadas de cores indexadas. Quando você converte uma fotografia para o formato GIF, a maioria dos programas de gráficos lhe permitirá usar dither nela. Isto substitui cores perdidas com padrões disponíveis na paleta. O dither melhora a aparência da imagem, mas também aumenta o tamanho do arquivo. Embora fotografias de GIF sejam freqüentemente visualizadas muito bem em tela, elas sofrem se comparadas lado-a-lado com imagens salvas em JPEG e outros formatos. O formato de GIF é melhor usado com arte de linha como caricaturas, gráficos, esquemas, logotipos e texto que têm um número limitado de cores e limites distintos entre regiões de cor. Imagens de GIF são comprimidas usando uma forma de "lossless" de compressão chamada LZW (Lempel-Ziv-Welch). A quantia de compressão alcançada depende da freqüência de mudanças de cor em cada fila de pixels. Isto é porque quando dois ou mais pixels têm a mesma cor seguida, eles são registrados como um único bloco. Conseqüentemente, um quadro de faixas horizontais comprimirá mais que um de faixas verticais, porque as linhas horizontais seriam armazenadas como um único bloco. Fotografias com áreas grandes de cores idênticas como céus, nuvens e assim por diante, comprimirão mais que imagens com muitas cores e padrões. Para salvar uma imagem de 24 bits como um GIF, você tem que reduzir a profundidade do bit até 8 bits. Para reduzir tamanhos de arquivo em formatos GIF, você pode reduzir o número de cores na imagem. Isto é difícil com a maioria das fotografias, mas não com arte de linha. Por exemplo, se sua imagem tem 16 ou menos, você pode converte-la para uma paleta de 4-bit (16-cores) . A maioria dos programas de gráficos lhe permitirá fazer isto. Até mesmo com fotografias você às vezes pode reduzir a imagem para menos cores sem perda notável. As cores descartadas são aquelas que são raramente usadas ou transitivas entre cores mais freqüentes. Quando trabalhando com imagens de escalas de cinza, o GIF trabalha tão bem quanto o JPEG porque quase todos programas usam 8-bits (256 cores) para imagens de escalas de cinza.

Photo CD (.PCD)

O Kodak Photo CD é um Disco Compacto (CD) contendo arquivos de imagem projetados para lhe dar alta qualidade a baixo custo. Você pode ter seus slides ou negativos escaneados para estes discos em seu laboratório local ou qualquer agência de serviços que ofereça este serviço. A qualidade que você obtém é muito mais alta que a que você obteria das máquinas fotográficas digitais mais caras. Preços variam entre $1 e $2, que depende do nível de serviço. Uma vez escaneadas para o disco, as imagens podem ser exibidas em uma TV usando um

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aparelho de Photo CD ou podem ser copiadas em seu computador a partir de qualquer drive de CD que apóie o formato Photo CD (quase todos agora o fazem). Para lhe ajudar a achar a imagem que você quer, o Photo CD vem com um índice de fotos. Estas impressões minúsculas lhe permitem localizar depressa as imagens e os arquivos delas no disco.

Formatos de Arquivo e Resoluções

Imagens de Photo CD são armazenadas em um formato de arquivo chamado de Image Pac. Um pac de imagem na verdade contém treze arquivos individuais. Estes arquivos incluem cinco resoluções diferentes para a imagem (cada um terço do tamanho do próximo). Os arquivos variam em tamanho de 72 kilobytes a 18 megabytes. As imagens são salvas usando a codificação métrica Photo YCC de cor, desenvolvido pela Kodak. Também incluído estão outros arquivos usados quando você converte uma imagem colorida do esquema de codificação de cor YCC da Kodak para outro modo de cor, como o RGB (vermelho, verde e azul) e CMYK (cyan, magenta, amarelo e preto).

O PhotoCDs da Kodak se tornaram o meio de armazenamento

óptico de escolhido por muitas aplicações fotográficas. Cortesia

da Kodak.

Photo CD - Tamanho e Resolução dos Arquivos

Base/16 128 x 192 70 kilobytes Foto bem

reduzida

Base/4 256 x 384 280 kilobytes Foto

reduzida

Base 512 x 768 1.12 megabytes

Mesma

resolução

como na

TV

4 base ou Base*4 1024 x 1536 4.5 megabytes

Mesma

resolução

como no

HDTV

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16 base ou Base*16 2048 x 3072 18 megabytes

64 base ou Base*64 4096 x 6144 72 megabytes

Somente

no Pro-

Photo CD

Aqui você pode ver os tamanhos relativos das imagens guardadas nos Photo CDs. Você pode clicar na imagem pequena para aumentá-la.

Tipos de Discos de CD

Discos de Photo CD são encontrados em vários "sabores", cada um projetado para aplicações específicas. Discos master existem em dois sabores—Photo CD Master discs e Pro Photo CD Master discs. Ambos só podem armazenar imagens que se originaram de filme e foram digializados usando sistemas de escaneamento e software da Kodak.

O Kodak Photo CD Master, desenvolvido para imagens de 35mm, pode armazenar aproximadamente 100 imagens nas primeiras cinco resoluções discutidas acima.

O Kodak Pro Photo CD Master, projetado para formatos de filme até 4 x 5, inclui as cinco resoluções do Photo CD Master, mais uma sexta resolução opcional de 4096 x 6144 pixels (Base*64). Dependendo do formato do filme a resolução do escaneamento, um disco pode guardar entre 25 e 100 imagens.

O disco Kodak Photo CD Portfolio 1I é mais como um disco de multimídia. Além de imagens, pode armazenar também texto, audio e software. Ele não é somente uma umas mídia de armazenamento, mas também pode ser programado para dar apresentações ramificadas. Estes discos diferem de discos de Master em dois aspectos chave. As imagens não têm que originar em um filme, mas também pode vir de outras fontes como máquinas fotográficas digitais e scanners. Também, as imagens não têm que conter todas das resoluções armazenadas em um disco Master ou Pro Master . A resolução mais alta exigida é 512 x 768. Desde que só imagens de nível base são requeridas para este formato, cada disco Portfolio II pode conter aproximadamente 700 imagens, uma hora de audio digital ou uma combinação proporcional (como 350 imagens e 30 minutos de som). A Kodak oferece dois pacotes de software para criar estes discos.

Arrange-It Photo CD Portfolio II importa imagens e desenhos de programas como PhotoShop. Você também pode adicionar arquivos auditivos (.WAV ou AIFF) e especificar seqüências de playback interativas pelo processo de arrastar e derrubar (drag and drop).

Build-It Photo CD Portfolio II cria apresentações em um disco de Photo CD que usa um

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gravador de CD KODAK PCD série 200 que foi descontinuado. Sem este gravador, você terá que obter uma agência de serviço para criar o disco a partir de um Arrange-It or Build-It.

Sistemas de Criação de Photo CDs

Para colocar suas imagens em um disco de Photo CD, workstations de imagem Kodak PCD são usadas para escanear as imagens e imprimir as fotos de índice que acompanham cada disco.

O PIW 2220 e 2420 escaneam slides de 35 mm e negativos para discos Photo CD Master.

O PIW 4220 pode escanear filmes de até 4 x 5 polegadas para os discos Kodak Pro Photo CD Master.

Além de ter imagens escaneadas, você pode pedir também outros serviços quando colocar imagens nos discos de Photo CD.

Imagens a resolução Base e Base/4 podem receber marca'água com um desenho de sua escolha assim elas podem ser vistas mas não reproduzidas sem a marca d'água.

Imagens 64 Base, 16 Base, e 4 Base podem ser codificadas, assim elas não podem ser acessadas e deixadas só versões de baixa resolução destas imagens acessíveis para visualização.

Imagens podem ser dimensionadas, ter pó e arranhões removidos e a " área segura de vídeo " pode ser verificada.

Imagens podem ser etiquetadas com texto que as identificam com direito autorais, o nome do fotógrafo e outra informação.

Sumario do disco Kodak Photo CD

Características

Básicas

Photo CD

Master

Pro Photo CD

Master

Photo CD Portfolio

II

Formatos de

imagem

filme 35 mm filme 35 mm, 120

e outros até 4"x5

Photo CD ou

outras imagens

digitais

Número de

Imagens

100 25 - 100 que

dependem de

resolução

700 (resolução

básica)

Outras mídias Nenhum Nenhum Audio, texto

ramificado,

gráficos e

imagens editadas

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Formato de Arquivo FlashPix® (.FPX)

A maioria dos formatos de arquivo presenteiam os fotógrafos com um dilema. Imagens de baixa resolução são boas para exibição na Web, mas imagens de alta resolução são muito melhores para imprimir e publicar. Arquivos de alta resolução grandes fazem a edição e exibição serem demoradas. O formato de FlashPix® desenvolvido pela Kodak, Hewlett-Packard Company, Live Picture Inc. e a Microsoft tenta resolver estes problemas. As Imagens são armazenadas no formato FlashPix a resoluções múltiplas, e cada resolução é subdividida mais adiante em azulejos quadrados.

A base da pirâmide representa a imagem original, como um GIF ou

JPEG. Conforme você move para cima pela pirâmide, cada imagem

é metade do tamanho (em largura e altura) da imagem debaixo

dela. Além, cada imagem na pirâmide é dividida em azulejos que

têem 64 x 64 pixels. Cortesia da Live Picture.

HP diz " A especificação formal do formato de arquivo que é a base para a arquitetura de FlashPix é chamada NIF. Arquivos que são criados que aderem a este formato devem levar o tipo de arquivo NIF (e sufixo de .NIF)."

Criando Imagens de FlashPix

Você pode criar formatos FlashPix se com um programa, como o PhotoShop ou tê-los criado para você por seu laboratório. O laboratório pode escanear slides ou negativos para um Kodak Image Magic system CD ou Image Magic Picture Disk Plus (floppy disks). Você pode ter o escaneamento feito enquanto são reveladas as imagens ou depois, quando você selecionar as melhores imagens para escanear. Estas imagens são de aproximadamente 1024 x 1536 pixels. O CD pode armazenar centenas destas imagens e cada disquete podem armazenar um.

Exibindo Imagens de FlashPix

Aplicações de FlashPix selecionam a melhor resolução para a aplicação atual. Por exemplo, uma imagem de baixa resolução é selecionada para exibição em tela e uma imagem de resolução alta é selecionada por impressão. Porém, até mesmo quando uma imagem de baixa resolução é exibida, como a abaixo, você pode olhar suas versões de alta resolução.

Editando Imagens de FlashPix editando

Quando você edita uma imagem de FlashPix, as resoluções diferentes e azulejos quadrados nos quais ela esta dividida, entram em jogo.

Para acelerar a edição, você pode editar a versão de baixa resolução e então pode aplicar suas mudanças para a versão de resolução mais alta.

Quando você edita uma área pequena, só os azulejos afetados são atualizados na tela. Isto economiza tempo porque a imagem inteira não é desenhada de novo cada vez que

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você trabalha em uma pequena área. Qualquer edição que você faz é armazenada em um arquivo separado, que a aplicação

automaticamente aplica a qualquer resolução. Você não precisa manter arquivos de imagem separados para cada mudança que você faz. Você pode salvar uma série de arquivos pequenos e então pode aplicar-lhes alta resolução a qualquer hora. Isto grandemente reduz a memória exigida e espaço no disco.

Imagens de FlashPix carregam através do completo processo de edição e impressão toda a informação da imagem original e da cor.

Modos disponíveis no photoshop

O Photoshop pode lidar com vários tipos de imagens inclusive em preto e branco, escala de cinza e vários tipos de formatos de cor. Quando editando imagens, você achará que as escolhas disponíveis do menu dependem freqüentemente em qual modo a imagem esta. Para mudar o modo de uma imagem, basta você selecionar um novo do menu. Os modos dos quais você pode escolher são os seguintes:

Bitmap exibe cada pixel como branco ou preto e é principalmente usado para desenhos de traços em preto e branco.

Grayscale exibe cada pixel em um das 256 nunces de cinza e é usado para fotografias em preto e branco.

Duotone exibe cada pixel em uma nunce de uma cor e aumenta o alcance dinâmico das imagens . Este modo pode duplicar os tons achados em impressões de albumem.

Indexed color exibe cada pixel em uma das 256 cores listadas em uma tabela ou paleta. Este formato é principalmente usado para arte de linha colorida como desenhos de traço salvados no formato GIF. Não trabalha bem com fotografias.

RGB color exibe cada pixel usando valores separados para vermelho, verde e azul. Este formato é usado quando as imagens serão exibidas na tela.

CYMK color exibe cada pixel usando valores separados para cyan (azul), amarelo, magenta (vermelho) e preto. Este formato é usado para algumas impressoras de cor e sempre que uma imagem será impressa em uma prensa onde separação de cor é usada.

LAB color (também conhecido como L*A*B) não é usada freqüentemente.

VISUALIZADORES DE ARQUIVOS

Uma vez você começa a trabalhar com imagens, você achará formatos que você quer abrir depressa sem abrir PhotoShop. Lhe permitir fazer isto é o domínio de programas de visualização de arquivos. Estes programas apóiam muitos formatos assim você raramente vai se achar impossibilitado ver um arquivo. Você também pode associar extensões de arquivo que você quer que estes programas para abram, assim quando você clicar em um arquivo ele automaticamente lançará o visualizador.

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O Quick View Plus

lhe permite ver,

copiar, e imprimir

mais de 200 formatos

de arquivos, se você

tem a aplicação

original instalada ou

não.

CONVERSORES DE ARQUIVOS

O Hijaak PRO lhe permite ver imagens em mais de 85 formatos sem precisar da aplicação original. Também converte entre mais de oitenta e cinco formatos de gráficos de 2D e 3D.

Hijack Pro é usado para ver e converter

imagens.

Laboratório Fotográfico Digital

INTRODUÇÃO

Em um darkroom (laboratório fotográfico) tradicional, você controla imagens com escolhas de filmes, substâncias químicas, documentos e processos. No equivalente digital do darkroom, você faz o mesmo com um sistema de computador e um programa editor de fotografias. Da mesma maneira que em um darkroom tradicional, a qualidade de suas ferramentas digitais tem um impacto na qualidade de suas imagens.

SISTEMA DE COMPUTADOR - A PLATAFORMA

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Quase qualquer sistema de computador o permitirá iniciar na imagem digital. Porém, para trabalhar mais rapidamente e com arquivos maiores, você precisa de um sistema bastante sofisticado. Os mais recentes sistemas que valem US$1000 ou menos farão o trabalho, e aqueles valendo US$2500 ou mais farão melhor o trabalho. Os únicos itens onde você deve gastar mais dinheiro são na memória do sistema, sistema de armazenamento, monitor de exibição e dispositivos de adição.

A plataforma para imagem digital inclui o

computador, dispositivos de adição como

scanners, dispositivos de produção como

impressoras de cor, e dispositivos de

armazenamento como discos rígidos e drives

com mídia removíveis. Cortesia de imagem da

Intergraph.

Quem diz que computadores têm que ser feio?

Se o futurista Intergraph não lhe atrai, que tal

um bonito sistema com gabinete de madeira?

Cortesia de imagem da StyleTek Industries.

Memória

A memória de um computador, chamada random access memory ou RAM, é onde são armazenados aplicações e arquivos de dados quando você os estiver usando. É como um workspace onde os conteúdos vêm e vão—eles só permanecem enquanto você precise deles. Normalmente, se você desligar o computador, qualquer programa ou dados armazenados nesta memória serão perdidos; assim é dito que RAM é memória volátil.

vendido em cartões chamado SIMMs (Single in-line memory modules) e

DIMMs (Single in-line memory modules) fazendo assim ser fácil de acrescentar

memória a seu sistema. Quando trabalhando com um programa como

Photoshop sua necessidade de memória deveria ser 64 megabytes, e

preferivelmente 128. Cortesia de imagem da Visiontek.

Memória é relativamente cara e a maioria dos sistemas não tem a bastante, especialmente quando você está trabalhando com imagens. O que o sistema faz para compensar é usar um

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processo chamado memória virtual. Para trabalhar com arquivos grandes, ela trata o disco rígido como se fosse parte da memória. Ela move partes do arquivo de imagem para fora, para o disco, enquanto deixa no RAM só as partes que estão sendo trabalhadas ou sendo exibidas. Então quando você aplica edição à imagem inteira, ou move através dela, o computador troca alguns outros dados para o disco e recobra a parte que agora você necessita. Como o disco é muito mais lento que a RAM e porque o processo de transferência leva tempo, o uso de memória virtual reduz a velocidade de seu sistema. Uma falta de memória necessária e muita confiança em memória virtual, deixará o mais rápido dos processadores de joelhos. Para acelerar seu sistema instale mais memória e, muito mais memória. 64 megabytes são um lugar bom para começar, mas 128K é ainda melhor.

Dispositivos de Armazenamento

Dispositivos de armazenamento são encontrados em uma variedade grande de formas . As capacidades deles e velocidades têm muito a ver com a facilidade que você terá para trabalhar com imagens grandes. Na maioria dos sistemas, você trabalhará muito mais lento e ficará sem espaço de armazenamento mais rápido do que você espera. A melhor solução é adicionar um dispositivo com mídia removível.

Telas de Exibição

Telas grandes de fabricantes reconhecidos lhe darão melhores resultados, porque você verá melhor vê na tela o que você obterá em um printout. Eles também apoiam uma gama maior de resoluções.

Este Apple ColorSync Display provê uma tela de 20

polegadas (19.02 polegadas de tamanho de imagem

diagonal). É a escolha ideal para qualquer um cujo trabalho

demanda flexibilidade de resolução, precisão de cor e uma

exibição de duas páginas por documentos, com detalhes.

Cortesia da Apple.

Pitch do Ponto

Todo display de CRT usa um raio de elétrons que esquadrinha a tela que é coberta com pontos de fósforo colorido. Entre o canhão de elétrons e a tela existe uma máscara que permite a onda de elétrons produzida pelo canhão só golpear a tela em áreas selecionadas (pixels). Há dois tipos de máscaras; máscaras de sombra e máscaras de abertura.

Uma máscara de sombra é uma tela perfurada com furos microscópicos. Quanto mais próximos estiverem estes buracos numa tela, mais alto será a resolução da tela.

Uma máscara de abertura (ou abertura em grelha), como as encontradas nos tubos Sony Trinitron, usam aberturas cortadas na placa em vez de buracos circulares.

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O espaçamento entre o centro de um ponto ou abertura da mesma cor é chamado de pitch do ponto e é determinado em milímetros. Quanto mais próximos estes pontos estão juntos, melhor será a tela (todas as outras coisas sendo iguais). As imagens são mais nítidas e extremidades e linhas parecem mais lisas. Para comparar monitores com os tipos diferentes de máscaras, você precisa saber que os números não são equivalentes. Por exemplo, um monitor usando uma máscara de sombra e tendo um pitch de ponto de .27mm é aproximadamente igual a um .25mm pitch de ponto em um monitor que usa uma máscara de abertura. Você pode determinar a máxima resolução de um monitor dividindo sua largura por seu pitch de ponto. Por exemplo, um monitor de 14 polegadas com .28mm pitch de ponto, que mede 300mm poderá exibir 1071 pontos claramente.

Pitch de ponto não é uma medida segura de qualidade de monitor porque é freqüentemente distorcida através de técnicas de medida diferentes. Alguns monitores, como o Sony Trinitron, usam faixas ao invés de pontos assim não há nenhuma medida comparável.

Resolução

Em qualquer um determinado monitor, mudando resoluções de tela, mudam o tamanho de objetos exibidos como ícones, texto, botões e imagens. Conforme aumenta a resolução, diminui o tamanho dos objetos, mas eles aparecem mais definidos. Dê uma olhada aqui na mesma imagem exibida em três resoluções diferentes: 640 x 480, 600 x 800 e 1024 x 768.

640 x 480. A esta resolução,o Photoshop enche a tela.

800 x 600. Quando a resolução da tela é aumentada, o Photoshop fica menor.

1024 x 768. Quando a resolução torna a aumentar, o Photoshop fica ainda menor.

Porque resoluções mais altas fazem coisas ficarem menor na tela, nem todas as resoluções de tela em um determinado tamanho de tela fazem a visualização ser confortável. Por exemplo, uma resolução de tela de 1024 x 768 em um monitor de 14 polegadas faz um texto muito pequeno ser lido facilmente. Por outro lado, usando uma resolução de 640 x 480 em um monitor de 21 polegadas faz as coisas muito grandes para os que possuem visão normal (mas parece com uma ampliação para os que têm problemas de visão). Aqui apresentamos uma tabela que você pode usar como uma diretriz quando selecionar um monitor ou mudar a resolução do que você tem.

Resolução Tamanho do monitor

14 15 17 20 21

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640 x 480 X

800 x 600 X X

1024 x 768 X X X

1280 x 1024 X X

1600 x 1200

Ponto branco

Fontes luminosas têm temperaturas de cor diferentes. Quando você ajusta seu monitor, você pode ajustar o "ponto branco", que é outro nome para a temperatura de cor. O ponto branco do monitor tem um efeito grande em como a imagem aparece na tela. É melhor ajustá-lo com o modo como você vai reproduzir a imagem, assim você pode prever o resultado melhor. Se suas imagens forem exibidas em um monitor, ajuste-o para 9300K, e se elas forem exibidas em um aparelho de TV, ajuste para 6500K. Se elas forem impressas, fixe a 5000K.

Cor da fonte Temperatura

Monitor de computador 9300K (ajustável)

Luz do dia comum 6500K

Monitor de televisão 6500K

Frio fluorescente branco 4300K

Lâmpada de tungstênio 2800K

Luz solar ao por do sol 2000K

Correção do Gama

O sensor de imagem em uma máquina fotográfica digital é um dispositivo linear—o sinal de saída é diretamente proporcional à iluminação da cena e sua exposição—dobrando a exposição dobra o sinal de saída. Porém, os fósforos que são usados para fazer monitores de exibição são não lineares. Tipicamente, os fósforos têm menos ganho para sinais escuros e mais ganho para sinais luminosos. Quando a voltagem é aumentada, o brilho de tela não muda suavemente, porque é afetada por efeitos eletrostáticos no canhão de elétrons. Isto significa que se você introduzir um sinal linear, a exibição na tela é não linear e as imagens tenderão a ser mais escuras com perda de detalhes nas áreas com sombra. Para compensar isto, o monitor ajusta o sinal introduzido para clarear as áreas escuras e reduzir as claras. Isto

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assegura que a combinação de máquina e monitor trabalhando juntos para produzir um efeito linear. Este processo de ajustar o sinal introduzido é chamado correção do Gama. O termo Gama vem do fato que o brilho da tela é proporcional à voltagem introduzida, elevada a potência de 2.5, ou gama.

Imagem original Iimagem de saída sem correção

Para fazer com que a imagem exibida mais se assemelhe com a imagem original, o sinal de entrada pode ser ajustado para distorcer o sinal na direção oposta das distorções do CRT. Por exemplo, se a imagem original tiver um tom cinza mediano, a correção o clareia. Quando é exibido então na tela, o CRT a escurece novamente, devolvendo-a ao tom meio cinza. Este ajuste é chamado correção do gama. A correção do gama controla o brilho global de uma imagem e imagens que não foram corrigidas corretamente ficarão muito claras ou muito escuras. Variando o gama também afeta as cores, mudando as relações de vermelho, verde e azul. Por isto, você precisa corrigi-lo para reproduzir cores com precisão.

A maioria dos monitores tem um gama de cerca de 2.5. Na imagem abaixo de você verá que um CRT com um gama de 2.5 tem uma resposta como o mostrado nos dois quadros de cima. Nos três quadros de baixo você vê o que acontece ao sinal de saída quando o sinal de entrada é corrigido primeiro.

Embora a correção de gama soe técnico, é importante se você quiser ter imagens exibidas com precisão em sua tela ou se você quer postar imagens na Web e tê-las exibidas corretamente nas telas de outras pessoas.

Entrada Correção de gama Saída

Nenhum

1. A curva de entrada é

reta e linear.

2. Nenhuma correção

de gama é usada.

3. A curva de saída é

distorcida.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 136

1. A curva de entrada é

reta e linear.

2. A correção do gama

ajusta a entrada de tal

modo que um ela

compensa a distorção.

3. A curva de saída é

reta e linear.

Tabelas Gráficas

Quando você quer criar máscaras e fazer mudanças sutis a uma imagem, você normalmente usa um mouse. Porém, um mouse não é uma ferramenta de desenho natural porque é grande e desajeitado. Você perde por não usar o bom controle motor disponível em seus dedos e pontas do dedo que você normalmente usa ao trabalhar com uma caneta ou uma escova. Para muitas atividades, uma tablitas gráficas é um dispositivo de adição muito melhor. Estas tablitas, muito parecidas com um bloco de desenho, contem um sensor que sentem a posição, quanta pressão está sendo aplicada e até mesmo seu ângulo. O principal fabricante de tablitas gráficas é a Wacom Talvez você queira visitar o site da Web deles.

Tablitas da Wacom são encontradas em todas as formas e

tamanhos. Cortesia de imagem da Wacom

ADMINISTRAÇÃO DE IMAGEM

Ter algumas imagens em seu sistema não apresenta nenhum real problema. Porém, quando você começa a colecionar muito delas, talvez centenas ou milhares, aí você começa a ter um problema de organização. O melhor modo para controlar este problema é agrupar fotografias relacionadas nas próprias pastas delas. Se você fizer assim contará com várias ferramentas para lhe ajudar a localizar e identifica suas imagens. Estas ferramentas podem fazer o seguinte:

Criar catálogos ou álbuns que mostram miniaturas de cada imagem junto com um texto descritivo. Os programas podem criar álbuns automaticamente, ou você pode arrastar e inserir imagens neles.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 137

Clicando uma imagem miniatura abrirá ele no programa de administração de imagem ou outra aplicação especificada.

Permitirá procurar por imagens através do tipo de arquivo, tamanho, data ou por qualquer descrição que você as deu.

Você pode arrastar e inserir imagens entre álbuns, para o desktop ou em uma aplicação que possa abri-la.

Download imagens diretamente de scanners ou máquinas fotográficas digitais conectadas ao seu sistema.

Exibir imagens como slide shows, até mesmo com efeitos de transição especiais. Ajustar o tamanho, girar e executar outras funções simples de edição. Converter imagens entre vários formatos. Selecionar qualquer imagem para tornar em um papel de parede do Windows,

automaticamente.

Os programas principais deste tipo são PictureWorks' PhotoCatalog e HotShots (que é um programa muito mais versátil), o programa shareware ThumbsPlus da Cerious Software, o MediaAXS da InMedia's e o Photo Album da Pictra.

Programas para profissionais, chamados bancos de dados de imagem ou gerenciadores de recursos são publicados pela Canto Software, ArchType, Cascade Systems, MediaWay, Scitext, Extensis, Imation Publishing Software, FotoWare e Heidelberg

ThumbsPlus da Cerious Software é um programa

shareware muito bem feito.

EDIÇÃO DA IMAGEM

Imagens digitais podem ser editadas em uma grande variedade de modos usando software de editoração de fotografia. Em alguns casos, os comandos são usados para "melhorar" uma imagem, eliminando ou reduzindo suas falhas. Em outros casos eles são usados para levar uma imagem para um novo lugar, fazendo dela algo completamente diferente.

Rotação

Se uma imagem é girada dentro de sua armação durante a captura ou escaneamento, você pode girar de volta a uma posição vertical ou horizontal. Quando você usar este comando, você sempre perde uma parte da imagem. Você ajusta as extremidades da imagem para fazê-la se enquadrar dentro do quadrado ou retângulo e assim perde parte de sua área.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 138

A linha do horizonte esta

inclinada ligeiramente na

frente das montanhas como

esta o cactos alto no

primeiro plano.

O comando de rotação

foi usado para nivelar a

imagem.

Ajustando

Grandes fotógrafos tentam capturar e então imprimir, imagens de corpo inteiro. Porém, editores e outros amam ajustar imagens para obter formas incomuns em layouts ou fazer a imagem mais dramáticas. É como procurar por uma fotografia melhor dentro de uma fotografia. Como com fotografia de filme, ajustes de tamanho reduzem a área da imagem a ser aumentada. Quanto maior a amplificação mais obscurecidas, granuladas e outro falhas aparecem. Tente fotografar imagens em corpo inteiro, assim você não terá que ajustá-las depois. Profissionais sempre tentam fazer isto, e é só em fotojornalismo que muito ajuste é usado, pois editores sempre procuram por imagens dentro de imagens.

A imagem original tem

muito espaço escuro ao

redor do centro de

interesse.

Ajustando-a, cortam-

se as áreas escuras,

deixando só a parte

interessante da

imagem.

Foco (refinado ou suave)

Se uma imagem estiver ligeiramente fora de foco, poderá ser refinada em um grau limitado. Por outro lado, uma imagem pode ser suavizada para dar uma aparência diferente. Isto é como filmar os atores envelhecidos através de uma gaze esconder as rugas e manchas deles.

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Equilíbrio de cor

Equilíbrio de cor (ou hue balance) pode mudar as relações dos canais vermelhos, verdes ou azuis para fazer as cores em uma imagem mais precisas ou diferentes.

Trocando os tons azuis ligeiramente desta

imagem, a mesma parece natural mas muito

incomum.

A imagem original tem um

tom cinza.

Ajustando o equilíbrio de

cor, a imagem obtém um

sentido mais surrealista.

Saturação de Cor

Saturação se refere à intensidade de uma cor. Esta característica é freqüentemente usada com o equilíbrio de cor para variar a intensidade de níveis de cor específicos e obter fotografias coloridas que parecem bem reais.

Brilho e Contraste

Em um darkroom, você controla o brilho mudando tempos de exposição e contraste através da seleção ou troca de papéis ou filtros. Em fotografia digital, isto é normalmente controlado ao arrastar barras deslizantes nos controles do software. Para entender o efeito que eles têm basta mudar o brilho e ajustes de contraste em seu monitor.

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A fotografia original de um

barco de pesca ao

amanhecer.

Tanto o contraste quanto o

brilho foram aumentados

aqui.

Filtrando

Filtros são usados para manipular imagens em modos prefixados.

Esta fotografia de uma igreja no Arizona foi filtrada para faze-la

parecer como uma pintura de aquarela.

A imagem original mostra

sombras de turistas que

visitam o Titan Missile

Museum em Tucson,

O filtro Find Edges do

Photoshop faz a imagem se

parecer mais como uma

pintura.

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Arizona.

Imagem Composta

Havia um tempo em que as fotos eram chamadas de "testemunhas verdadeiras" porque elas representavam a realidade. Isto realmente nunca foi verdadeiro, mas agora a habilidade para manipular fotografias está dentro do alcance de qualquer um com um programa de edição de fotografias e uma pouca paciência.

Se você gosta de luas

em suas imagens, você

tinha que fotografar só

em certas horas. Agora

você só precisa de uma

"boa" lua.

Aqui temos uma cena de

um deserto agradável

mas está faltando algo.

Poderia ser uma lua?

Voila, a lua é copiada da

primeira imagem e faz

tudo mais dramático.

Tamanho

O tamanho de uma imagem é medido pelo número de pixels que ela contém. Para reduzir uma imagem, você reduz o número de pixels nela. Para aumentar a imagem, você soma pixels. Ambos estes processos são chamados de "resizing" a imagem. Quase sempre, reduzindo uma imagem tem menos efeito em sua aparência que quando aumentando-a. Isto é porque, aumentando a imagem exige ao programa somar pixels. Para fazer isto, o computador analisa pixels adjacentes para determinar a cor de qualquer novo pixel inserido. Normalmente, você pode dobrar o tamanho de uma imagem sem a aparição de efeitos. Porém, normalmente a tentativa e erro são o único modo, porque as imagens variam muito.

200 x 133 pixels 100 x 67 pixels

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SOFTWARE DE EDIÇÃO DE FOTOGRAFIAS

Os programas de edição de fotografia variam de fácil uso, do tipo que basta um clique para correções, até os complicados e muito poderosos como o Adobe Photoshop. Onde você quer se colocar ao longo deste espectro depende muito em quão sério você esta encarando seu trabalho e o que você quer realizar. Por exemplo, se tudo que você quer é preparar imagens para postar na Web, então um programa de shareware como o Paint Shop Pro bastará. Porém, se você planeja ter suas imagens impressas em uma imprensa a cores ou incluí-la em uma publicação profissional, o Adobe Photoshop é o que você precisa.

Alguns programas como o PhotoRecall da

G&A Imaging são fáceis de usar, porque eles

lhe mostram um espectro de mudanças e lhe

permitem escolher a que parece melhor. Aqui

estão nove imagens com diferentes níveis de

brilho para serem escolhidas.

Sendo que uma das coisas mais interessantes a ver com imagens digitais é a manipulação delas, esteja certo de olhar os filtros. Muitos destes, como o filtro unsharp, são usados para fazer suas imagens parecerem mais com a cena original. Muitos outros podem fazer as fotografias se parecerem com pinturas, vitrais coloridos ou centenas de outros objetos. Eles podem modelar imagens, adicionar sombras e texturas, torce-las e girá-las e cria todo tipos de ação criativa. Eles são fáceis de usar, você só tem que selecionar o comando e sentar para assistir seu computador trabalhar. Se você não gostar do resultado, basta clicar o comando "undo" e tentar outro filtro. E não pare com só um filtro, use dois ou mais em sucessão na mesma imagem e assista como ela move mais e mais além da realidade. Muitos programas de editoração de fotografia vem com filtros embutidos, mas alguns programas permitem comprar em separado, plug-ins para ampliar sua biblioteca de efeitos, aumentando sua escolha.

Impressoras Fotograficas

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INTRODUÇÃO

Se você ainda não viu fotografias impressas em impressoras coloridas, você deve se preparar para uma grande surpresa. A reprodução que você pode obter de impressoras que custam algumas centenas de dólares lhe deixarão extasiado. Os resultados podem não ser igual a impressões feitas com fotografia tradicional, mas em muitas formas elas têm um jeito muito particular, muito próprio. Por causa da grande variedade de papéis, tintas e tecnologias disponíveis, as imagens obtidas variam muito. Isto não significa que elas têm qualidade pobre, só significa que elas são diferentes. No momento, dois tipos de impressoras se destacam, as de jato de tinta pelo baixo custo e as dye-sub pela alta qualidade. Antes de olhá-las com mais detalhe, vamos ver como trabalham as impressoras.

CRITÉRIO DE SELEÇÃO

Quando for escolher uma impressora a cores, saiba que não existe nenhum modo melhor para compará-las do que imprimir uma de suas próprias imagens em uma variedade delas e comparar os resultados. Também você pode ler revisões ou pode perguntar sobre os vários modelos. Quando fizer isto, aqui estão algumas coisas para se lembrar: Impressoras especiais para fotografia podem não trabalhar bem com tarefas gerais como processamento de texto. Mesmo que elas o façam, os custos por página pode ser muito alto e a operação mais lenta. O custo da impressora não é a única consideração. Você também tem que contar os custos de papel e tinta ou toner. Estes custos, ocorrendo periodicamente, podem exceder logo o custo da impressora. O processamento de imagens requer muita potência de processamento, assim impressoras têm freqüentemente tanto horsepower de computação e memória como um PC. Algumas impressoras formam a imagem completa na memória antes de imprimi-la. Assim, se a impressora tem bastante memória o processo é em muito acelerado. As proporções no sensor de imagem e na impressora podem ou não serem as mesmas. Se eles não forem iguais, você pode experimentar um corte na imagem ou pode ter que reduzir o tamanho de sua imagem para se ajustar a página. Isto é especialmente verdadeiro em impressoras instantâneas e impressoras de auto-serviço encontradas em lojas de fotografia.

UMA PALAVRA SOBRE RESOLUÇÕES DE IMPRESSORAS

Quando nos referimos a impressoras, resolução não é o determinante final de cor ou qualidade. Por exemplo, uma impressora jato de tinta, com uma resolução de 1400 dpi não dará uma impressão tão boa quanto uma impressora dye-sub de 300 dpi. Isto é porque, cada pixel em uma impressora jato de tinta não é uma única gota de cor mas um agrupamento de muitas gotas. A precisão com que isto é feito pode ter um impacto profundo na resolução "percebida" da imagem. Para impressoras jato de tinta, o tamanho das pequenas gotas de tinta é mais importante que o dpi. Por exemplo, algumas das melhores impressoras só possuem resolução de 300 x 300 pontos endereçados por polegada quadrada, mas usam entre 25 e 36 pontos por pixel.

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EVITANDO O COMPUTADOR

Até recentemente, o computador era o porteiro da fotografia digital. Para ir a qualquer lugar, a imagem tinha que ser transferida primeiro ao computador. Isto está mudando, avanços estão tornando possível enviar imagens diretamente à Internet da máquina fotográfica e para uma impressora. Há dois modelos para esta independência. Em um modelo, a impressora tem aberturas embutidas nas quais você pode conectar cartões de memória flash. No outro modelo, um dispositivo é usado para conectar a máquina fotográfica com a impressora.

Algumas impressoras possuem aberturas para cartões de memória flash, assim elas podem fazer impressões sem um computador. Cada impressora tem suas próprias características exclusivas.

A Lexmark Photo Jetprinter 5770 lê ambos os cartões

SmartMedia e CompactFlash de máquinas fotográficas digitais.

Além disso, há formatos de quadro múltiplos, armações e

mensagens de texto usando o Computador de Máquina

Fotográfica exclusivo que vem embutido. Cortesia da Lexmark.

Um dos dispositivos usados para conectar sua máquina fotográfica digital a quase qualquer impressora é a CamPrint. Este dispositivo lhe permite imprimir um único quadro, um grupo de quadros, imagens selecionadas ou um índice de imagens (uma folha de contato) em uma folha de papel. A CamPrint também lhe permite escolher o tamanho dos quadros e o número de cópias.

A CamPrint funciona como um "hub"

para o qual podem ser conectados

outros dispositivos. Cortesia da

Syntran Color Imaging.

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COMO IMAGENS COLORIDAS SÃO IMPRESSAS

Impressoras a cores criam imagens dividindo uma página em milhares, ou até mesmo milhões, de pontos minúsculos, cada um dos quais pode ser direcionado pelo computador. Conforme a impressora se movimenta pela página, ela pode imprimir um ponto de cor, pode imprimir dois ou três cores em cima um do outro ou pode deixar o espaço vazio (branco). Para compreender a impressão digital, você precisa saber um pouco sobre as cores que são usadas e os padrões nos quais elas são impressas.

Cores CMYK

Como você viu, os monitores coloridos usam três cores, vermelho, verde, e azul (RGB) para criar imagens coloridas na tela. Este processo é chamado cor de aditivo porque somando todas as três cores forma-se o branco. Impressoras coloridas usam um processo diferente, chamado de subtração de cor. Este processo usa três cores subtrativas primarias—cyan, magenta e amarelo. Quando duas delas são impressas uma sobre a outra, formam vermelho, verde, ou azul. Quando todos as três são impressas uma sobre a outra, forma-se o preto. A maioria das impressoras inclui uma cor preta separada para prover um negro mais profundo que aqueles formados combinando as primarias. Isto é útil, não só para obter uma cor preta mais rica nas fotografias, mas também para quando se for imprimir texto. Estas quatro cores dão para o sistema de cor o seu nome—CMYK (C para cyan, M para magenta, Y para amarelo, e K para negro). Se seu browser tem um plug-in Shockwave, você pode juntar uma imagem colorida a partir das três cores básicas no site da Konica no Japão.

Quando você usa tintas ou pigmentos cyan, magenta e amarelo,

você cria cores de subtrativas. Esta ilustração ainda é só um

rascunho e ficará desse modo até que eu possa entender como

combinar as cores facilmente no CorelDraw ou me render e deixar

este trabalho para um real artista de artes gráficas. Enquanto isso,

você pode visitar o site da Olympus para ver outra ilustração deste

tipo.

Deixando um espaço em branco ou usando uma ou mais das três cores primarias de subtração em um único ponto, a impressora pode criar oito cores primárias como segue:

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Halftones e Dithers

Na maioria das impressoras (dye-sub é uma exceção), cada ponto impresso tem a mesma densidade de cor. Se a impressora só combinasse estas cores sólidas, ela estaria limitada às oito cores primárias descritas acima. Para reproduzir as milhares de cores existentes em uma fotografia, a impressora tem que simulá-las gerando um padrão de pontos pequenos, que o olho mistura para formar a tonalidade desejada. Este processo é chamado halftoning ou dithering e desenvolver um software para impressora que faz isto bem feito é tanto uma arte quanto uma ciência. Como resultado, impressoras variam amplamente nos métodos usados e os resultados obtidos. Um sinal de que o halftoning é bem acabado é quando uma graduação suave de cor nos originais resultam suaves na impressão. Se o processo não é bem feito, estas transições suaves serão compostas de faixas distintas de cor e também podem incluir "moiré" ou padrões de "doily". O Halftoning é feito organizando-se pontos imprimíveis em grupos tipo grade, chamados células e então usando estes pontos maiores como uma única unidade para imprimir pixels. Cada célula pode ser de 5 por 5 ou 8 por 8 pontos em tamanho. As três ou quatro cores primárias são impressas combinadas em um padrão de pontos nestas células e o olho as percebe como matizes intermediárias. Por exemplo, para imprimir púrpura, a impressora usa uma combinação de pontos magenta e cyan. Para matizes menos saturadas, a impressora deixa de imprimir alguns pontos, dando conseqüentemente a cor branca.

As formas impressas na esquerda em cada quadro são

realmente compostas de pixels quadrados como os mostrado

nos objetos da direita. Cortesia da Tektronix

Halftoning foi muito tempo usado na indústria de impressão convencional e você pode ver isto ao olhar uma fotografia de revista com uma lupa. Também é embutido em linguagem de descrição de página como o PostScript da Adobe, Nível 2. Porém, fabricantes de impressoras tentam melhorar estes padrões com sistemas proprietários deles, que são melhor ajustados às impressoras deles.

Gama de Cores

Gama de cores se refere a quantidade de cores que podem ser reproduzidas por qualquer dispositivo. Infelizmente para os fotógrafos, a gama de cores da mãe natureza é muito maior que qualquer uma que nós podemos reproduzir com luz, tintas, tinturas ou pigmentos. O melhor que nós podemos fazer é chegar o mais perto da cena original quanto for possível. Sua primeira experiência com as limitações da gama de cores se dá se você fotografa slides e filme de negativos. Os slides sempre são mais ricos e mais luminosos que as impressões porque os filmes de slides tem uma gama de cores maior.

Um modo para se visualizar uma gama de cores é imaginar que você tem um jogo de tintas foscas. Se lhe pedem que as use para imprimir cores brilhantes, isto não pode ser feito

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porque a gama de cores das tintas é menor que a gama de cores que lhe pedem que crie. Por outro lado, se você tem um jogo de tintas brilhantes, você pode reproduzir as cores das tintas foscas, porque elas estão dentro da gama de cores das tintas que você está usando.

Tintas foscas com uma gama pequena só lhe

permitem criar cores foscas.

Tintas brilhantes com uma gama grande permitem

criar ambas as cores foscas e brilhantes.

Quando reproduzimos cores na tela ou numa página impressa, nós usamos o que é chamado modelos de cor. Um modelo, chamado Lab, tem a gama maior. Dentro do modelo de cor podem ser achados as cores dos dois modelos de cor mais populares: RGB e CMYK. A série de RGB inclui só as cores que podem ser exibidas em uma tela de computador. Algumas cores não podem ser exibidas, como o puro cyan ou puro amarelo, com precisão em um monitor. O modelo CMYK, usado para imprimir, tem a menor gama. Quando as cores em uma imagem não podem ser exibidas ou impressas, porque eles não estão na gama de um dispositivo, elas são chamados cores "out-of-gamut".

Até recentemente, não havia nenhuma impressora colorida barata, mas grandes passos foram dados durante os últimos anos. Agora existe uma variedade de impressoras e uma variedade de preços. Quando você escolhe uma impressora para imprimir fotografias, nem sempre são as mais caras que dão os melhores resultados. Vamos dar uma olhada em alguns dos modos como as impressoras transferem imagens para a página.

IMPRESSORAS JATO DE TINTA LÍQUIDA

Impressoras de jato de tinta líquida impulsionam pequenos pingos de tinta líquida para a superfície do papel. Hoje em dia no mercado, esta tecnologia é o ponto de partida mais barato para impressão pessoal e impressão de cor de baixo volume.

A Phaser 140 da Tektronix é uma impressora jato de tinta.

Cortesia da Tektronix.

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Qualidade

Estas impressoras baratas fazem um trabalho surpreendente de impressão de imagens com fidelidade fotográfica em uma variedade grande de papéis.

O Epson Estylus 850 é uma impressora jato de tinta com

qualidade fotográfica que imprime 1440 pontos por

polegada e custa menos que $400. Cortesia da Epson.

Materiais

Estas impressoras usam cartuchos jato de tinta. Embora você possa imprimir fotografias em papel comum, isto não é o ideal, pois as tintas líquidas tendem a empapar o papel . Você obterá cores mais ricas usando papéis que possuem uma cobertura especial que as tornam menos absorvente e especificamente projetadas para fotografias. A tinta seca em parte por absorção e em parte por evaporação. Se o papel é muito absorvente, a imagem parece muito pobre como que "lavada".

Cartuchos de tinta, cortesia da Tektronix.

Transfira processo

Um cartucho de tinta é preso a uma cabeça de impressão com até centenas de orifícios (nozzles), cada um mais fino que um cabelo humano. O número e o tamanho dos orifícios determina a resolução da impressora. Quando a cabeça de impressão passa pelo papel, um sinal digital do computador avisa a cada nozzle quando deve mandar uma gota de tinta sobre o papel. Em algumas impressoras, isto é feito com vibrações mecânicas. Cristais Piezoelétricos mudam de forma quando uma voltagem é aplicada a eles. Fazendo assim, eles forçam a tinta pelos nozzles sobre o papel. Cada pixel na imagem pode ser composto de várias gotas minúsculas de tinta. Quanto menor o a gotícula e o maior a quantidade delas, mais rica e mais definida deverão ser as cores.

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Cristais Piezoelétricos forçam tinta pelos nozzles sobre o

papel. Cortesia da Tektronix.

Impressão Inkjet, como impressão convencional em uma prensa, é binária. Estas impressoras podem tão somente injetar tinta ou não. Elas não podem controlar a densidade de cada ponto. Para obter a ilusão de tons contínuos, a porcentagem da área coberta por tinta é modulada em um ou ambos dos dois seguintes modos:

1. Um processo de verificação mapea as variações desejadas em densidade dentro das variações em tamanho de ponto. Assim, conforme a densidade desejada aumenta, o tamanho dos pontos aumentam e uma maior porcentagem de espaço branco é coberto com tinta.

2. Se o processo de impressão suporta pontos menores de um tamanho fixo, modulação de área é alcançada variando o número (em lugar do tamanho) de pontos que estão impressos em qualquer determinada área pequena.

Há dois lances de preocupação com tal impressão: o tamanho do ponto e o tamanho da tela. Por exemplo, uma impressora inkjet pode ter um tamanho de ponto de 1200 dpi. Um tamanho de tela equivalente pode ser definido como se diz, 75 lpi onde " lpi " se refere ao tamanho do ponto equivalente de uma tela (linhas por polegada). Assim, cada célula da tela (75/inch x 75/inch) contém 1200/75 x 1200/75 = 64 pontos. Em tal caso, cada célula da tela poderia ser impressa a quaisquer dos 65 níveis (0 a 64 pontos). Este processo seria então equivalente a uma impressora nível 65 de 75 pixels/polegada.

IMPRESSORAS DYE SUBLIMATION

No topo de linha, onde qualidade é muito importante, você encontrará as impressoras de sublimação de tintura ou "dye sublimation" (chamadas de dye-subs, mas com mais precisão de dye diffusion). O "dye" no nome vem do fato que o processo usa tinturas sólidas em vez de tintas ou toner. Sublimação é o termo científico para um processo onde sólidos (neste caso as tinturas) são convertidos em um gás sem passar por uma fase líquida interveniente.

A Phaser 450, cortesia da Tektronix.

Qualidade

Quando imprimindo fotografias a cores, não há nada como impressoras de sublimação de tintura. Estas impressoras produzem imagens de tom contínuo muito realistas que parecem ter vindo de um laboratório fotográfico.

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Materiais

Impressoras dye-sub têm as tinturas coloridas delas em um rolo de transferência ou tira. Este rolo contém painéis tamanho de página sucessivos de cores cyan, magenta, amarela e preta. (Um rolo de transferência de três cores produz negros que são uma combinação de CMY mas eles não são tão fortes como o preto absoluto.) Estas impressoras requerem papel especial que é projetado para absorver a tintura vaporosa ao contato. O custo por página é alto, $3 a $4 dólares para uma página tamanho carta.

Tektronix oferece três rolos de transferência de alta

qualidade para a Phaser 450. Cada rolo consiste em

painéis tamanho de página de tinta que é passada em cima

de um elemento aquecido precisamente enfocado e é

difundida sobre papel de sublimação de tintura ou filme de

transparência. Cortesia da Tektronix.

Processo de Transferência

Durante a impressão são feitas passagens separadas para cada uma das quatro cores—cyan, magenta, amarelo e negro. (Manter um registro acurado para cada cor requer alimentação precisa de papel, uma razão pela qual estas máquinas são caras.) Uma cabeça de impressão térmica, consistindo em milhares de elementos de aquecimento, contata as mídia que estão sendo impressas e vaporizam as tinturas sólidas. O gás resultante se difunde na superfície do papel. O que faz estas impressoras serem únicas é que os elementos de calor na cabeça de impressão podem ser fixados a qualquer uma das 256 temperaturas. Quanto mais quente a temperatura, mais tintura é transferida para o papel. Este controle preciso da quantia de tintura que é vaporizada controla a densidade ou intensidade do ponto resultante no papel e produz imagens em tom contínuo.

Quanto mais quente a cabeça de impressão,

mais tintura e mais denso o pixel. Cortesia da

Tektronix.

Uma impressora dye-sub imprime pontos quadrados, cada um dos quais é mais denso no centro e suave no perímetro. Variando a quantia de força aplicada a cabeça de impressão para cada ponto, a quantia de tintura transferida a cada ponto e conseqüentemente a densidade do ponto pode ser variada de nenhum ponto a um ponto claro pequeno, até um ponto denso grande. Porque o tamanho dos pontos não muda, as partes coloridas dos pontos menores têm espaço branco entre eles. A forças mais altas, as áreas coloridas de cada ponto ficam maiores e mais densas e se fundem eventualmente nos pontos adjacentes.

Porque as tinturas são transparentes, um ponto cyan pode ser impresso em cima de um ponto de magenta para fazer um ponto azul. Variando a quantia de C, Y e M, pode ser produzida qualquer cor dentro da gama de cor da impressora.

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Preto (K) é normalmente usado nestas impressoras só para texto, embora às vezes podem ser usados dentro de uma imagem de tom contínuo pelo processo conhecido como remoção de cor. (Calculando quanto cyan, magenta e amarelo da imagem e quanto preto deve ser somada a ela.)

Porque elas podem variar a densidade de cada cor, impressoras dye-sub são as únicas que não têm que usar halftoning ou dithering para criar um alcance mais amplo de cores. E porque não existem dithering de padrões de ponto, as cores são aplicadas em um tom contínuo; conseqüentemente surgem as imagens fotorealistas.

Cortesia da Tektronix.

Apesar do nome delas, a maioria das impressoras dye-sub na verdade trabalham por difusão de tintura, não por sublimação. Antigamente, no desenvolvimento destas impressoras, era acreditado erradamente que as tinturas eram transferidas por sublimação. Porém, as tinturas são transferidas de fato por difusão da fita para as mídia. Esta difusão é ativada através de dois processos; calor da cabeça de impressão e pressão na região de impressão. Molas ou pesos forçam a cabeça de impressão a empurrar a fita borrada em contato com as mídia, de forma que a difusão possa acontecer. Um termo mais preciso para este processo é de fato " Difusão de Tintura Térmica " ou impressão " D2T ". Há algumas impressoras top de linha, como o sistema de "Aprovação" da Kodak que trabalha por sublimação. Estas impressoras usam um laser para vaporizar a tintura que então se deposita na mídia e solidifica. Tais impressoras são a exceção em lugar de serem a regra, e são capazes de obter um ponto muito alto, até 3000 dpi.

IMPRESSORAS JATO DE TINTA SÓLIDA

Impressoras jato de tinta sólidas são ótimas para produzir relatórios e publicações com gráficos de cor ou outros gráficos em papel comum. Elas também são as incontestáveis vencedoras em produzir transparências de alta qualidade a baixo custo. E, se você está produzindo um documento em preto-e-branco, com justo uma página ou duas de gráficos coloridos, você pode fazê-lo sem ter que imprimir os gráficos em um papel especial, que se salienta do resto do documento.

Qualidade

Impressoras jato de tinta sólidas produzem imagens de alta qualidade com extremidades definidas e boa reprodução de cor.

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A impressora colorida Phaser 300X da Tektronix pode imprimir

em qualquer papel que você goste: de 16-lb. a 80-lb. capa, papel

carta, livro, texto, rascunho, reciclado ou qualquer outra coisa

que pareça interessante. É a impressora de cor mais versátil do

mundo. Cortesia da Tektronix.

Materiais

Varetas de cor Cyan, Magenta, Amarelo e Preto (tijolos—parecido com barras coloridas de sabão) são instaladas na impressora. Impressoras de tinta sólidas podem imprimir em quase qualquer tipo de papel, uma característica importante se você faz provas de cor. Por exemplo; se você é um desenhista de embalagens, você pode simular um novo desenho para seu cliente através da impressão da prova no mesmo material que será usado para a embalagem final. Impressoras de tinta sólidas trabalham bem com material colorido. Estas impressoras aplicam cor extremamente vibrantes e opacas e são ideal para gráficos.

Tinta de varetas da Tektronix.

Processo de Transferência

Impressoras jato de tinta sólidas usam varetas de tinta sólidas, que são derretidas em um reservatório e são borrifadas por orifícios minúsculos sobre a página, onde endurece imediatamente. (Estas às vezes são chamadas impressoras de mudança de fase, porque a tinta move de uma fase sólida para uma fase líquida e são impressas de volta em uma fase sólida na página.) Como um passo final, o papel move entre dois cilindros para fundir a frio a imagem.

Cortesia da Tektronix.

IMPRESSORAS DE CERA TÉRMICA

Transferência de cera térmica foi uma vez o cavalo de batalha das tecnologias de impressão e ainda pode ser uma tecnologia muito efetiva. Impressoras de cera térmica são rápidas,

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produzem cores vibrantes são ótimas para imprimir gráficos de apresentação e o custo por página é baixo.

Qualidade

Impressão de cera térmica pode produzir cores vívidas em uma variedade de papéis laser de escritório, mas a qualidade das imagens de tom contínuos não chega perto das impressoras dye-sub.

Materiais

Em vez de tintas, impressoras de cera térmica usam um rolo de transferência ou fita de cera colorida que é segmentada em seções tamanho de página com cada uma das três cores subtrativas (e opcionalmente o preto). O papel é um papel especial mas você também pode usar filme de transparência. Transferência de cera térmica é um dos processos o mais amplamente usados em impressão científica, técnica e empresarial.

Processo de Transferência

Quando a fita coberta com cera cyan, magenta, amarela e preta, em painéis tamanho de página se move sobre a cabeça de impressão térmica, milhares de elementos de aquecimento na cabeça de impressão, capazes de variações de temperatura precisas, fazem a cera derreter e aderir ao papel especialmente coberto ou material transparente. A imagem impressa final é composta de pontos minúsculos de cera colorida.

Cortesia da Tektronix.

IMPRESSORAS LASER COLORIDAS

Impressoras laser revolucionaram a impressão preto-e-branco e fizeram possíveis a impressão de gráficos e publicações com qualidade. Porém, as impressoras a laser coloridas ainda estão na marginalidade da impressão fotográfica. Não só os custo delas é alto, mas a qualidade não têm contudo, emparelhado com a das impressoras jato de tinta muito mais baratas.

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A impressora colorida Phaser® 360 da

Tektronix é a primeira impressora a cores

que usa o Adobe® PostScript® 3. Cortesia

da Tektronix.

Qualidade

Fotografias impressas em uma laser a cores podem ser boas e as melhores podem rivalizar com as imagens com qualidade fotográfica criadas com impressoras de sublimação de tintura. O toner também é bastante durável e é menos sensível a perder a qualidade com a exposição a luz do que outras tecnologias.

Materiais

As cores para impressão a cores são contidas em quatro cartuchos de toner separados, um cada para cor cyan, magenta, amarelo e negro. Nenhum papel especial é requerido, mas você pode usar tipos diferentes para mudar o "look" da impressão.

Processo de Transferência

Impressoras a laser usam uma tecnologia semelhante a usada em copiadoras. Um raio laser é enfocado em um cinto fotoelétrico ou tambor e cria uma carga elétrica em áreas onde o toner deve aderir. O toner carregado é, então, atraído para esses lugares no cinto ou tambor. Cargas electrostáticas fazem os toners a aderirem ao cinto. Com as impressoras preto e branco, este processo acontece uma vez, mas com impressoras a cores é repetido para cada componente da imagem, o cyan, magenta, amarelo e preto. A imagem, composta das quatro cores de toner, é então transferida a um tambor que roda os toners sobre a folha de papel ou transparência. Os toners no papel são fundidos usando ou o aquecimento ou uma combinação de calor e pressão.

Laser a cores cortesia da Tektronix.

OUTRAS IMPRESSORAS

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Agora que você entende um pouco sobre como as impressoras trabalham e o quais são suas escolhas, vamos olhar algumas impressoras específicas. Estas não são as típicas, laser, jato de tinta ou dye-sub, que você encontra em lojas e catálogos. Elas são variações destes temas.

Autochrome Térmica

A impressora TruPhoto Digital Photo (4 " x 6 ") usa o Autochrome Térmico, um termo de tecnologia. Este processo usa uma cabeça térmica e luz ultravioleta para processar pigmentos no papel. Há três camadas de cores no papel, amarelo, magenta e cyan. Cada cor tem sensibilidade a uma temperatura. Amarelo reage a uma baixa temperatura enquanto cyan reage à temperatura alta e magenta está no meio. A impressora passa o papel pela cabeça térmica 3 vezes. A primeira passagem aquece a camada amarela, então a luz ultravioleta fixa o amarelo de forma que ela já não possa ser processada. A segunda passagem aquece a magenta e a luz ultravioleta a fixa. A terceira passagem aquece o cyan, não existe nenhuma fixação após o aquecimento do cyan. Este processo é um tom contínuo e não usa qualquer outro meio diferente além do aquecimento, luz e papel TA.

Impressões de TA são permanentes e resistentes ao enfraquecendo. Papel de TA é o único artigo de consumo. Impressoras jato de jato usam 4-6 tintas

lançadas de um jato sobre o papel. Impressoras jato de tinta usam Tintas dithering, que podem ser raspadas. Impressoras dye-sub usam uma fita para transferir cor para a superfície e que pode ser

raspada.

Impressoras de instantâneo

Impressoras de instantâneo podem usar qualquer tecnologia de impressão, mas geralmente só fazem impressões menores que 8 x 10. Muitas têm resolução mais baixa que suas primas maiores. As impressões delas parecem boas, mas quando colocadas lado a lado com impressões quimicamente produzidas, você pode notar que elas não são tão nítidas e coloridas e mesmo assim elas custam mais que cópias feitas em laboratórios fotográficos. Algumas destas impressoras se conectam diretamente a máquinas fotográficas, assim você pode evitar o computador completamente.

A Olympus P-300, impressora pessoal

fotográfica imprime a 4x 5.5 ", 300 dpi, com

qualidade fotográfica dye-sub em

verdadeira cor 24-bit a uma taxa de 1.5

minutos por impressão. Cortesia da

Olympus.

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As Impressoras Fujix Pictrography

A impressora Fujix Pictrography™ 3000 cria imagens de 24bits em composto de prata com profundidade e riqueza de uma tradicional impressão fotográfica a cores de laboratório. Joel Meyerowitz usa uma destas impressoras.

BIRÔS DE IMPRESSÃO

Quando falamos de impressora de real alta qualidade ou incomum, é improvável que você quererá possuir uma, devido ao custo. Porém, há lugares (por enquanto ainda não disponíveis com freqüência no Brasil), que oferecem serviços de impressão digital, que você pode aproveitar.

Kodak PICTURE MAKERS

Nos EUA em particular, você pode ter visto em lojas de material fotográfico o serviço Kodak Picture Makers. Estas impressoras "self-service" são fáceis de operar, fazem impressões a partir de retratos, slides, negativos, discos "photo CD", cartões de memória de máquina fotográfica Digitais, e disquetes com arquivos de formato JPEG e FlashPix. Para fazer isto, a estação impressora integra drives, scanners, impressoras, e um monitor de exibição. Antes de fazer uma impressão, você pode cortar e aumentar a imagem, usar redução do efeito de flash "olho-vermelho", ajustar cor e densidade e adicionar matizes e molduras. Você faz tudo isto através de escolhas simples exibidas em uma tela sensível ao toque.

O Kodak Picture Makers faz impressões incríveis de slides,

negativos, retratos ou arquivos digitais. Cortesia da Kodak.

Formato Grande

Quando você quer fazer uma impressão do tamanho de um poster, você tem que encontrar uma impressora jato de tinta de formato grande. Estas impressoras se alimentam de muitas folhas grandes de papel como um plotador e as cabeças de impressão do jato de tinta colocam linhas de tinta conforme o papel atravessa a impressora. Uma impressora de formato grande da HP imprime imagens 2 pol. por 3 pol a 600 dpi. Geralmente você achará estas impressoras em birôs de serviço onde se cobra pelo tamanho da impressão.

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A impressora Tektronix Phaser 600 é uma impressora de tinta

sólida que pode imprimir uma imagem tamanho 34" x 44" em 12

minutos em modo Standard e 24 minutos em modo de Alta

Resolução. Cortesia da Tektronix.

Íris Prints

Impressoras jato de tinta Iris foram originalmente desenvolvidas para imprimir provas na indústria de gráfica mas foram adaptadas a usos artísticos. As imagens produzidas por estas impressoras têm uma qualidade fotográfica realista e um impressionante alcance dinâmico. Usando só quatro orifícios (jatos) de tinta, um para cada cor CMYK, elas podem imprimir a 300 dpi de tal um modo que simulam visualmente uma impressão a 1800 dpi. Eles fazem isto usando uma célula de 8 x 8 para cada pixel e uma habilidade para variar o tamanho de cada ponto colocado naquela matriz. E qualidade da cor não é a única vantagem delas, elas também podem imprimir em material grande e espesso como papel pesado de tinta d'água usado por artistas, poliéster, pano, e a maioria dos outros materiais que aceitam tintas a base de água. Em alguns cantos do mundo das artes, impressões Íris de jato de tinta são chamadas impressões de "giclée" na suposição que se isto soa como francês, então deve ser arte. Porém, o termo "Giclée" quer dizer "seringa ou jorra," assim o termo em nada soa como algo relacionado a arte. O primeiro uso desta impressora para impressões de arte é creditado ao músico de rock Graham Nash. Nash, trabalhando com o gráfico Jack Duganne e o amigo R. Mac Holbert formou uma companhia chamada Nash Editions Ltd. em Manhattan Beach, Califórnia em 1991. Por causa do uso destas impressoras para caríssimas impressões de arte, muito esforço foi despendido para desenvolver tintas resistentes ao enfraquecimento e capas protetoras de UV, que asseguram a longevidade de uma impressão. O quão bem sucedidos foram estes esforços, só o tempo dirá.

Íris 3047HS cortesia da Scitex.

Fiery

Os servidores Fiery Color da Electronics for Imaging (EFI) transformam copiadoras digitais coloridas padrão em impressoras coloridas que trabalham em rede e que produzem imagens brilhantes de qualidade fotográfica a um preço acessível. Você achará estes sistemas em muitos birôs de serviço. Estes sistemas também costumam escanear fotografias e imagens na copiadora, manipuladas em seu software de publicação e então, imprimindo de volta na copiadora que os escaneou. O servidor colorido Fiery XJ+ tem um sistema de administração de cor embutido que lhe permite controlar a cor da tela ao documento. A tecnologia Fiery

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também está disponível no controlador embutido XJe. O XJe é embutido em impressoras laser coloridas de mesa da Cânon, Digital e IBM como também na nova Ricoh Aficio 2000, copiadora a cor digital.

Os servidores Fiery® ZX™ controlam copiadoras coloridas de

alta velocidade e prensas digitais preto e branco. Cortesia da efi.

REGISTRADORES DE FILME

Registradores de filme, também chamados de impressoras de filme, são usados para criar slides, retratos ou cromos diretamente de sua mesa.

O Polaroid ProPallete cria diapositivos de

35mm positivo e negativos com qualidade

fotográfica. Ela imprime com até 8000 linhas

de resolução. Cortesia da Polaroid

PAPÉIS, TINTAS E LONGEVIDADE

Papéis e tintas têm efeito na qualidade tanto na imagem inicial quanto na qualidade eventual de arquivo. Quando imagens enfraquecem, recordações são perdidas. Este sempre foi um problema ao longo da história de fotografia. A maioria dos papéis, tintas e toners têm qualidades de armazenamento desconhecidas. Se você tem o arquivo digital original, este não será nenhum problema. Mas você poderá achá-lo daqui a dez anos? E se você puder, a mídia ainda poderá ser lida?. Nenhuma mídia é permanente e você pode não ter sorte.

Para checar a qualidade de arquivamento das impressoras, você pode visitar o Wilhelm Imaging Research, Inc ou o International Association of Fine art Digital printers. Artista se preocupam muito mais com a longevidade do que usuários comerciais, porque espera-se que suas impressões a durar tanto possível em coleções privadas ou de museus.

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Papéis

Fotografias coloridas impressas em papel regular com uma impressora jato de tinta apresentam falta de densidade, contraste, brilho e nitidez. Parte deste problema é devido ao próprio papel. Sua superfície é áspera, fosca e absorve tinta. Se você olha uma impressão fotográfica, você verá que o papel é mais brilhante, mais pesado e a superfície é mais lisa e menos porosa. Sua impressões em jato de tinta podem ficar muito mais próximas das cópias de qualidade fotográfica se você imprimir em papel de impressão fotográfica especial. Estes papéis de inkjet têm uma cobertura especial, brilhante e são mais pesados, fazendo-os parecer muito como papel de fotografia convencional. Você também pode usar filme de transparência que tem uma camada especial para lhe dar cores vibrantes e texto afiado. Suas escolhas são muitas e têm um enorme efeito em seus resultados. Compare preços na Web ou visite seu revendedor de computador local, loja de material de escritório ou papelaria para ver o que está disponível.

Tintas e Longevidade

Como com os papéis, existem dois pontos importantes sobre tintas: a qualidade e a durabilidade delas. A maioria das tintas enfraquece muito depressa quando expostas a luz solar. Porém, muitas também enfraquecem a sombra, assim você não pode contar com pendurá-las na parede durante anos como você faz com fotografias tradicionais. As tintas estão melhorando e algumas, como a Ilfojet Archiva Ink duram 20 anos antes de enfraquecer 25%. Algumas impressoras colocam um filme protetor em cima da imagem final para proteger da ação abrasiva mecânica e da luz UV, que caso contrário, enfraqueceria com o passar do tempo aquela imagem.

Impressão de difusão dye usa tinturas transparentes. Impressoras jato de tinta também usam tinturas transparentes, ou em alguns casos, pigmentos transparentes. Uma tintura é um colorante que é dissolvido na tinta, enquanto um pigmento é uma suspensão de partículas de colorante.

O Luminos Photo Corporation dos EUA tem uma linha de papéis fotográficos para inkjet e tintas que foram desenvolvidas para produzir impressões que irão resistir o enfraquecimento na iluminação interna. A linha de papéis Lumijet Fine Art Preservation Series Media usa uma cobertura "receptora de tinta" que não impede as características de proteção contra o envelhecimento existente na nova linha de tintas Lumijet Fine Art Preservation Inks. As tintas coloridas Preservation Inks estão disponíveis em dois diferentes kits para impressoras inkjet da Epson.

Preservation Platinum, é dito como tendo uma resistencia ao envelhecimento de 65-70 anos, quando usadas com papéis Preservation Series Media, sob condições normais de exibição.

Preservation Silver oferece uma longevidade de 25-30 anos.

Os papéis, em tamanhos de 8.5"x11"a 17"x22", incluem o Gallery Gloss com a aparência de papel fotográfico glossy convencional; Soft Suede com um suave acabamento matte; Classic Velour com uma sensação aveludada ao contato; Flaxen Weave que imita o pano das telas usadas em quadros da Renascência; e Museum Parchment, que lembra o papel parchment.

Uma coisa que você pode ter notado sobre tintas é o preço alto delas. Fabricantes de impressora freqüentemente vendem as impressoras deles barato, mas ganham dinheiro

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grande nos artigos de consumo. É o velho conceito da lâmina de barbear/ barbeador. Eles tentam aumentar os lucros deles de dois modos: vendendo todas as cores em um pacote combinado e o mantendo amarrado às próprias tintas deles. A maioria das impressoras imprimem imagens que usam CMYK, assim há quatro cores de tintas: cyan, magenta, amarelo e preto. A maioria das impressoras tem um cartucho preto separado mas associam o cyan, magenta e amarelo em um único cartucho. Raramente se sempre, vá todos os três destas cores sido consumido à mesma taxa. Por exemplo, se você está imprimindo sinais de construção, a tinta amarela acaba muito antes do que a cyan e a magenta. Porém, se todas as cores estão em uma única unidade, você tem que substituir o cartucho inteiro. Impressoras melhores lhe permitem só ter que substituir a cor usada. Para impedi-lo de usar tinta mais barata de outros fabricantes, eles freqüentemente avisam que se assim você o fizer, a garantia será anulada. F orçar a só comprar artigos de consumo deles é chamado de amarração às vendas. Na caixa abaixo esta uma citação direta do que a U.S. Federal Trade Commission aconselha para os fabricantes sobre tal aprovisionamento. (As providências variam de país a país.) Nos EUA, se você encontrar com uma situação onde o fabricante da impressora lhe fala que você tem que usar as tintas deles, basta solicitar ao fabricante uma cópia da desistência eles receberam do pessoal de garantia da Agência FTC de Proteção ao Consumidor, que lhes permite usar a proibição de "amarrar-às-vendas".

Provisão Amarrar-Às-Vendas

Geralmente, provisões para amarrar às vendas não é permitido. Tal provisão exigiria ao comprador/a do produto garantido comprar um artigo ou serviço de uma companhia particular para usar com o produto garantido, para ser elegível a receber uma garantia. Os seguintes são exemplos de técnicas de amarrar-às-vendas proibida.

Para manter com efeito a garantia de seu novo aspirador de pó Plenum Brand, você tem que usar as Bolsas de Filtro Plenum Brand genuínas. A não observação de fazer uma manutenção programada, às suas custas, pela Grande Companhia de Manutenção Americana, Inc., invalida esta garantia.

Enquanto você não pode usar uma provisão amarrar-às-vendas, sua garantia pode não dar cobertura de partes de substituição, consertos, ou manutenção que são impróprias para seu produto. O seguinte é um exemplo de uma provisão permissível, que exclui cobertura de tais coisas.

Enquanto a manutenção necessária ou consertos em seu Sistema Estéreo AudioMundo possam ser executadas por qualquer companhia, nós recomendamos que você use somente os representantes AudioMundo autorizados. Manutenção ou concerto impróprio ou incorretamente executado invalidará esta garantia.

Embora provisões de amarrar-às-vendas geralmente não sejam permitidas, você pode incluir tal provisão em sua garantia se você puder demonstrar à satisfação do FTC que seu produto não trabalhará

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corretamente sem um artigo especificado ou serviço próprio. Se você acredita que este é o caso, você deverá contatar o pessoal de garantia da Agência FTC de Proteção ao Consumidor, para informação em como aplicar uma desistência da proibição de amarrar-às-vendas.

SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CORES

Conforme as imagens passam dos scanners as telas e então para impressoras ou para páginas da Web, as cores trocam, porque cada dispositivo que tem seu próprio modo único para as definir e exibir. Pela mesma razão, imagens editadas em sua tela, postadas na Web e então vistas na sua tela, saem diferente. Elas também parecem diferentes se você imprime a página da Web em sua impressora e alguém no outro lado do mundo a imprime na sua. Para tentar fazer cores mais consistentes em um maior numero de dispositivos, sistemas de administração de cor são usados. Porém, mesmo assim, cores nunca emparelharão perfeitamente por várias razões. Algumas delas inclui as seguintes:

A tela e a impressora usam diferentes sistemas de cor—RGB na tela e CMYK na página. RGB produz cores, não com pigmentos ou tintas, mas combinando sinais vermelhos, verdes e azuis. CMYK reproduz cores combinando pigmentos ou tintas. Os resultados são vistos em luz refletida. Quando você imprime e imagem exibida na tela, o RGB deve ser convertido a CMYK e este processo não é perfeito.

Os fotógrafos experientes sabem que slides têm mais contraste e riqueza de cor que uma cópia fotográfica. Isto é porque slides são vistos através de luz transmitida e imprimem através de luz refletida. O mesmo se dá entre um monitor de exibição e uma impressão. Uma imagem exibida por luz transmitida no monitor vai ser melhor que vista por luz refletida em um pedaço de papel.

Monitores não têm que usar halftoning para criar cores porque eles podem variar a intensidade de cor de cada pixel. (O único tipo de impressora que pode fazer isto é a dye-sub.) Cada pixel contém três fósforos: vermelho, verde e azul. Para exibir um objeto vermelho, o monitor usa um canhão de elétrons para "excitar" o fósforo vermelho na área apropriada. Excitando todos os fósforos produz o branco. Para criar nuancias de cor, o canhão de elétrons do monitor pode ser controlado em oito níveis para cada um dos três fósforos, perfazendo um total de 24 níveis por cada pixel.

Para fazer suas impressões mais parecidas com o que você vê na sua tela, você pode fazer um printout e então pode usá-lo como guia para ajustes das cores da tela. Porém, você pode estar olhando uma imagem na tela da qual você não gosta. Em alguns casos, é difícil fazer o ajuste mental exigido para editar as "falsas" cores da tela. Para se levar a sério a ação de emparelhar as cores da tela com as impressas, você precisa de um sistema de administração de cor (MS). Sem um sistema destes, as cores mudam quando elas são movidas de estágio a estágio no processo gráfico.

O que é um Sistema de Administração de Cor?

Sistemas de administração de cor são desenhados para manter as cores de suas imagens tão consistentes quanto possível através de processos como captura ou escaneamento, exibição e impressão. Eles especificam cores em termos de um objetivo, padrão independente-de-dispositivo em lugar de dependente-de-dispositivo como RGB ou CMYK. Estes sistemas de administração de cor incluem:

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Microsoft Image Color Management 2.0 (ICM) é baseado no Linotype-Hell's LinoColorCMM (Color Management Module) já usado no ColorSync da Apple. Isto significa consistência de cor realizável em ambientes NT e ambientes Windows e Mac mixados.

Kodak Digital Science Color management System.. CIELAB (The Commission Internationale de L'Eclairage), também conhecido como

L*A*B. HiFi Color O YCC da Kodak espaço colorido é baseado em um modelo de cor de TV dos anos

50s. Pode ser convertido facilmente a outros modelos de cor com varias perdas de valores de cor.

O sistema PANTONE® Matching System. O PostScript Level 2 que usa o padrão de cor internacional conhecido como CIE XY,

desenvolvido pela Commission Internationale de l' Eclairage. EfiColor™ da Electronics for Imaging, Inc. (EFI) ColorSync™ da Apple Computer, Inc é apoiado agora pelo Microsoft's Internet Explorer

4, assim a administração de cor se estende agora à Web. ColorSense™ da Kodak.

O que é um Modelo de Cor e Espaço de Cor são?

Como um fotógrafo, você viu cores mudarem conforme a fonte de luz muda. Elas também mudam ao ar livre conforme o sol faz seu arco de um lado ao outro no céu. Se as cores mudam tão facilmente, como então nós poderemos controlá-las? Nós podemos fazer isto medindo as cores sob condições muito controladas e associando números a elas. O primeiro destes sistemas foi o sistema de cor CIE desenvolvido nos anos trinta. Nele as cores são lidas através de colorímetros (fotômetros de cor) e plotados em um diagrama cromático. Esta tarefa de associar números para cores específicas e plotagem delas em um gráfico é um modelo de cor.

O que é um Perfil de Cor?

Uma vez que um modelo de cor foi criado para especificar cores, só parte do trabalho esta acabado. Isso é porque sistemas diferentes usam modelos diferentes. Por exemplo, seu monitor está baseado em um modelo de cor RGB e sua impressora colorida está baseada em um modelo CMYK. Um perfil de cor de dispositivo é usado para relacionar modelos de cor diferentes como estes. Aqui esta uma tabela simples que mostra como podem ser relacionadas cinco cores básicas usando tabelas. Por exemplo, quando uma cor vermelha da tela é enviada à impressora como a série de números 255,0,0; a impressora usa o perfil para ver que ela deve associar a cor 0, 100, 100,0.

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Fotografia em Estéreo

INTRODUÇÃO

Fotografias são excelentes em realçar os detalhes em uma cena mas não mostram a impressão de profundidade corretamente. Tudo é feito em um plano de duas dimensões. Desde que a fotografia foi inventada, as pessoas têm tentado corrigir isto. Houveram centenas, se não milhares, de patentes de estéreo arquivadas e dispositivos de demonstração construídos. Charles Wheatstone descobriu os princípios da visão estereoscópica em 1838, um ano antes da fotografia ser inventada. 3-D ou imagem estereoscópica, usa duas imagens da mesma cena tiradas de pontos de vista ligeiramente diferentes. Usando um de muitas tecnologias, as imagens são combinadas em sua mente produzindo uma terceira dimensão—profundidade. Efeitos 3D surgem do fato que cada um de seus olhos vê de uma perspectiva ligeiramente diferente. Para demonstrar isto, segure seu dedo a 33cm de seu nariz e feche um olho, então reabra e feche o outro. Seu dedo parecerá saltar de lado a lado. Esta diferença é devido a paralaxe.

Imagens estéreo exibidas na tela de

computador podem aumentar uma ilusão de

profundidade. Cortesia de imagem da

StereoGraphics

AS PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS EM ESTÉREO

Assim que Henry Fox Talbot e os processos fotográficos de Daguerre foram introduzidos em 1839, as pessoas começaram a fazer imagens em estéreo. Em muitos aspectos, os resultados eram tão bons quanto esses que nós obtemos hoje. O problema era que o

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processo de fazer as fotografias era caro não haviam visualizadores especiais ou extensamente disponíveis.

Daguerreotype estéreo por cortesia da Biblioteca do

Congresso.

A grande inovação veio nos anos 1850s com impressões de albume e visores menos caros inventados por David Brewster, e posteriormente um ainda menos caro, por Oliver Wendall Holmes. Imagens de lugares estranhos e outras cenas de todos os tipos, se tornaram freqüentes em quase qualquer loja antiga embora algumas hoje sejam muito caras, elas estão desaparecendo rapidamente pois colecionadores as compra. Estes cartões estéreo produzidos em massa têm duas impressões montado lado-a-lado em um pedaço de papelão. Eles são inseridos em um visor próprio e você os vê por um ocular em 3D.

Um estéreo de Thomas Houseworth da

Yosemite.

Um visor estéreo de Holmes vem em um kit faça-

você-mesmo

FOTOGRAFANDO IMAGENS EM ESTÉREO

Quase todas as imagens estéreo começam com um par de fotografias tiradas com alguns centímetros de distancia entre elas. O efeito é para duplicar o espaçamento de nossos olhos que nos dão visão de estéreo. Embora seja possível fotografar um par de imagens de estéreo

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com uma única máquina fotográfica e lente, não é o modo mais fácil e os resultados são imprevisíveis. É importante que as lentes sejam do mesmo comprimento focal, exatamente paralelas e afastadas por só a distancia necessária, chamada de distância básica de estéreo. Por isto, máquinas fotográficas especiais são normalmente usadas.

A câmera Argus 3D Stereo usa filme 35mm. Ela tem 2 lentes de 28mm, 2 aberturas (luz do dia e flash) e 1 disparador de modos que tudo fica em foco de 2 1/2 pés ao infinito. Ela também tem um flash escamoteável. Imagem de cortesia da Reel 3-D.

Se você não tiver uma máquina fotográfica especial, você pode experimentar usando a que você tem. (Adaptado da 3D-Web.) 1. Crie uma guia que o ajude a mover a máquina fotográfica 2.5 polegadas entre cada foto e também mantenha a lente alinhada de modo paralelo. Basta pegar uma tábua plana e por uma grade de madeira pequena nela. Quando você deslizar a máquina fotográfica ao longo da grade da extrema esquerda para a direita, a lente move 2.5 polegadas exatamente. Você pode somar hardware para montar a base a seu tripé.

2. Selecione uma cena onde nada esteje movendo—nada como nuvens ou folhas ao vento. Esteja seguro de incluir algo no primeiro plano para lhe dar um efeito de estéreo. (Uma foto de montanhas distantes não terá nenhum.) Geralmente, uma máquina fotográfica de 35mm com uma lente 35mm pode controlar uma gama de profundidade de 2 metros (7 pés) até o infinito. Fotografias só tiradas que só incluam objetos nesta gama de profundidade serão vistas perfeitamente bem em qualquer dispositivo de visualização. Aqui estão algumas diretrizes para outras cenas:

Se um objeto de primeiro plano estiver tão perto quanto 15cm, objetos que estejam a mais de 60cm devem ser excluídos.

Se um objeto em primeiro plano estiver tão perto quanto 15cm, objetos a mais de 30cm devem ser excluídos.

3. Use um nivelador para manter o nível da máquina fotográfica entre as fotos. 4. Fixe a máquina fotográfica com um f-stop pequena para obter profundidade de campo máxima. 5. Use a mesma exposição para ambos os quadros. Uma opção alternativa é comprar duas máquinas fotográficas e as amarrar juntas. Você pode querer amarrá-las a uma tábua ou tripé, assim elas não moverão e voc6e deve aprender a apertar ambos os disparadores juntos.

O problema com a maioria das máquinas fotográficas estéreo são que elas estão baseadas em tecnologia velha. Realmente não há uma máquina fotográfica 3D moderna de alta qualidade a um preço razoável. Existem empresas pequenas que juntam máquinas

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fotográficas, assim você pode tirar imagens estéreo usando equipamento moderno com auto-exposição, autofoco e assim por diante. É possível juntar também duas máquinas fotográficas digitais do mesmo modo. Isto evitará a necessidade de escanear as imagens para exibir na Web.

David Grenewetzki equipou duas máquinas fotográficas Kodak

DC20 para produzir pares de estéreo digitais. Acredite ou não,

ele faz isto de aviões de controle remoto. Existe muito mais

detalhes no seu Web Site. Cortesia de David Grenewetzki

O Reel 3-D máquina fotográfica

de barra gêmea lhe deixa montar

duas máquinas fotográficas

35mm lado a lado. O sistema

pode ser então montado em tripé

ou empunhado. Cortesia de

imagem da Reel 3-D

Esta bonita câmera estéreo 5X7 de metal e madeira nobre são muito

parecidas com as usadas nos anos 1800s para tirar imagens estéreo.

Cortesia da Mottweiler Design

VENDO IMAGENS EM ESTÉREO

Há vários métodos que podem ser usados para criar imagens estereoscópicas para exibição em um PC ou página da Web. As imagens mais comuns são:

Imagens de visão cruzada Imagens de visão paralelas Imagens de Anaglyph

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Páginas folheadas vistas com óculos de abertura. Imagens de linhas alternadas vistas com óculos de abertura e displays para a cabeça Imagens coladas lado a lado vistas em visores lenticulares Imagens polarizadas vistas com óculos polarizados

Pares Estéreo

Pares estéreos podem ser vistos facilmente com um estereoscópio ou outro visor. Mas com prática, você pode vê-los também sem ajuda de tais dispositivos. Tudo que você tem a fazer é olhar para eles do jeito certo. Quando você vê a informação de profundidade finalmente você "fundiu" as imagens. Ao praticar estas técnicas sem ajuda, de um intervalo se você cansaço no olho ou desconforto. Lembre-se de que nem todo o mundo pode fazer estas técnicas.

Um par de imagens projetadas para visão cruzada é organizado em uma imagem 3D lado-a-lado, você as vê com seus olhos cruzados e isto leva algum tempo e prática. Para começar, segure sua cabeça nivelada e mire um ponto entre as duas imagens, aí lentamente cruze seus olhos. As imagens devem se fundir e uma terceira imagem aparecerá no meio, em 3D. As imagens originais ainda serão vistas em qualquer lado, assim ignore-as e concentre-se no meio.

Você deve ver o circulo sólido por cima do do circulo exterior. Se o circulo sólido esta abaixo do circulo exterior, você usou a tecnologia de fusão de visão livre de paralelo.

Se você não puder obter o efeito, segure seu dedo indicador a meia distancia entre seus olhos e a tela do computador, assim ambas as imagens ainda estarão visíveis. Enquanto encarando sua ponta de dedo, lentamente traga mais perto e mais distante da tela. Em algum ponto, as imagens deverão fundir em uma única imagem 3D.

Um par de imagens projetadas para visualização em paralelo (também chamado visão relaxada ou visão livre) também é organizado lado-a-lado. Porém, a imagem para o olho esquerdo está na esquerda, e a para o olho direito esta à direita. Para ver as imagens, coloque sua face perto da tela e então lentamente se afaste enquanto olha através das imagens para um ponto imaginário além delas e atrás da tela. Quando parece ser três imagens, concentre-se mais no ponto imaginário atrás da tela até que elas se tornem 3D. Se você primeiro ver 4 imagens concentre-se ainda mais no ponto imaginário atrás da tela até elas se tornarem 3 imagens. Pode ajudar se você girar sua cabeça ligeiramente à direita ou esquerda enquanto mantém o nível.

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Se você tem dificuldade em visualizar imagens estéreo, você

pode usar um visor de impressão moderno. Há muitos

variações para escolher. Cortesia de imagem da Reel 3-D

Imagens de Anaglyph

Du Hauron, um cientista francês patenteou o método de anaglyph de fotografia estereoscópica em 1891. Anaglyphs, como outras tecnologias, usam um par de imagens tiradas de pontos de observação ligeiramente diferentes. Estas duas imagens são então corrigida na cor e sobrepostas ligeiramente tremidas assim uma imagem é compensada ligeiramente para fora da outra. Quando vistas por um par de óculos com lentes coloridas diferentes, a imagem aparece em 3D. Os óculos são normalmente vermelhos e azuis, mas eles também podem ter outras combinações que dependem em como a imagem foi codificada. Normalmente a lente vermelha cobre o olho esquerdo e a lente azul ou verde o olho direito, mas isto pode variar.

Aqui estão os baratos óculos familiares vermelho-azul de anaglyph. Imagem de cortesia da Reel 3-D.

Na maioria dos casos as imagens originais são convertidas a imagens em grayscale (tons de cinza) que são codificadas então com cores vermelhas e azuis, que são equilibradas com os óculos vermelho/azuis. Estes às vezes são chamados "puro anaglyphs". Algumas imagens podem ser exibidas em cor totais, mas a maioria não funcionará muito bem.

O site da sonda marciana Pathfinder até oferece filmes 3D do jipe de exploração de superfície do planeta.

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Óculos de Obturador

Um modo crescentemente popular para ver 3D imagens na tela é o uso de óculos de obturador. Estes óculos têm obturadores de alta velocidade eletrônicos, que abrem e cercam em sincronismo com as imagens no monitor. Cristais líquidos são usados para o obturador porque um sinal eletrônico pode fazer o cristal de transparente a opaco.

Quando a imagem esquerda está na tela que o obturador esquerdo é aberto e o obturador direito é fechado, o que permite a imagem ser vista só com o seu olho esquerdo.

Quando a imagem direita está na tela o obturador direito está aberto e o obturador esquerdo está fechado.

Se este processo acontecer rápido o bastante, seu cérebro pensa que está vendo uma verdadeira imagem estereoscópica. Se esta velocidade de obturação não for bastante rápida, você ainda pode ver uma imagem estereoscópica, mas você também pode ver um pouco de tremor.

Óculos de obturador CrystalEyes usam uma conexão sem fio e produzem imagens estereoscópicas em 3D de alta resolução. Muitas aplicações comuns de software usados em CAD de mecanica, modelagem molecular, GIS/mapeamento e imagens médicas suportam os StereoGraphics' CrystalEyes em todos as principais plataformas UNIX e Windows NT workstations.Imagem de cortesia da StereoGraphics.

Óculos de obturador se conectam a seu cartão de vídeo, porta paralelo ou porta serial com cabos ou com um transmissor infra-vermelho sem fios. Há três possibilidades para alternar as imagens exibidas rapidamente enquanto coordenando o obturador dos óculos de LCS. Todas exibem as imagens em alta resolução e cores cheias.

Páginas folheadas rapidamente mudam a visão entre as imagens direitas e esquerdas. Placas de vídeo especiais que apoiam páginas folheadas em alta velocidade estão disponíveis. Estes adaptadores vídeos rapidamente alternam entre quadros em que cada um contém uma imagem inteira. O problema com esta técnica é que você pode experimentar algum tremor.

Sync-doubling, usado por uma companhia chamada Neotek, exibe a imagem esquerda na metade de cima e a imagem direita na metade inferior. Mas você não os vê deste modo porque um dispositivo de hardware insere um sincronismo vertical extra, ou sinal "novo quadro" depois que o computador exibe a metade superior. O resultado é que você vê uma imagem que se parece com uma página folheada. Além disto, o sinal de sincronismo extra tem o efeito de dobrar a taxa atualização de quadros, assim cada olho vê uma taxa de quadro normal.

Imagens de linhas alternadas usam um monitor ou visor de cabeça para interlaçar imagens. Interlaçamento era usado antes em computadores (e Televisões) para criar imagens enquanto usava-se pequenas faixas de onda. A tela era dividida em linhas

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escaneadas. A imagem era então pintada na tela usando primeiro as linhas ímpares. O feixe escaneador voltava então, ao topo da tela e preenchia as linhas pares. Quando imagens estereoscópicas são entrelaçadas, o escaneamento par e ímpar das linhas são usadas para exibir imagens esquerdas e direitas. Na primeira passagem, a imagem para um olho é exibido em linhas ímpares. Na próxima passagem, a segunda imagem é exibida em linhas pares. Muitas placas de vídeo têm um modo de vídeo entrelaçado embutido que apóia esta tecnologia.

Porque fabricantes de monitores de computador descontinuaram o modo interlaçado nos anos 1980, estes dispositivos requerem drivers especial de dispositivo providos pelo fabricante dos óculos LCD. Também há uma desvantagem em que cada visão de olho esquerda ou direita só é feita de linhas pares ou ímpares. Isto resulta em que só a metade da tela é usada para cada imagem e uma diminuição de 50% em brilho.

StereoGraphics SimulEyes são óculos de obturador de

baixo custo desenhados para ver 3D multimídia e

jogos. Cortesia de Imagem da StereoGraphics

Imagens Auto Estéreo

O problema com a maioria dos sistemas de visualização 3D são que eles requerem alguma forma de óculos. Porém, há sistemas que os dispensam usando várias técnicas para guiar as imagens direitas e esquerdas ao olho correto. Estas exibições auto estereoscópicas são caras e exibem as imagens em um formato que é espremido lado-a-lado. Um problema grande com estes sistemas é que você só pode ver as imagens de um ângulo específico. A imagem 3D não é vista se você não esta posicionado corretamente.

Imagens de Pulfrich

Estranho como pode soar, se um vídeo é feito com a câmera movendo à esquerda ou à direita, ou se um objeto estiver girando, pode ser visto em 3D. Para fazer assim, você cobre um olho com um filtro escuro e deixa o outro olho descoberto. Este efeito, conhecido como o efeito de Pulfrich era usado para um episódio da série "3rd Rock from the Sun" em maio de 1997. Você pode comprar uma cópia deste episódio em www.3rdrock.com e pode ver isto com uma lente de um par de óculos de sol sobre seu olho direito.

Imagens polarizadas

Um modo final para exibir pares de imagens é exibi-los na tela um depois do outro com polarizações diferentes. A primeira imagem é exibida com polarização vertical e a segunda com horizontal. Ao usar um par de óculos com polarizações emparelhadas, cada olho só vê a imagem que emparelha sua polarização.

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Há painéis de LCD que ajustaram sobre a tela de um monitor e polarizam a visão em sincronia com a velocidade de quadros e permitem a utilização de óculos polarizadores normais.

Se seu sistema (monitor ou painel de apresentação) tem um LCD de Matriz Ativa, um filtro Vrex micropolarizador polariza todo pixel seguinte em uma visualização esquerda e direita. Um grupo pode ver as imagens exibidas ou projetadas com óculos polarizadores normais.

Semelhante em aparência a uma tela anti-luminosidade montada na

frente de um monitor de computador, o ZScreen habilita imagens da

tela a serem exibidas com profundidade realística, enquanto faz

objetos parecerem ter presença no ambiente físico do usuário. Isto

permite os profissionais científicos e técnicos ver melhor e entender

interações complexas entre uma variedade ampla de elementos 3D,

desde moléculas que contêm milhares de átomos até o desenho e

planta do grupo motor e suspensão de um automóvel. Cortesia de

imagem da StereoGraphics

VISORES 3D DA WEB

O interesse em estéreo foi determinante num aumento grande aos jogos de computador mas está sendo exibido agora amplamente na Web. Algumas formas de exibição não requerem providência especial, mas outras requerem um plug-in para seu browser ou capacidade de rodar Java.

DepthCharge

O VRex DepthCharge plug-in lhe permite ver uma variedade de imagens em formato estéreo na Web. O plug-in trabalha em Windows 95/NT, usando a versão 3 ou mais alto do Netscape ou Internet Explorer. Apoia as seguinte tecnologias de visualização:

Imagens de visão de olho cruzado Imagens de visão paralelas Imagens de Anaglyph que usam óculos vermelho/verdes Imagens de página folheada com óculos de obturador Imagens de linhas alternadas para óculos de obturador e visores de cabeça Imagens contidas lado a lado para exibições lenticulares

The VRex DepthCharge plug-in lhe permite ver uma variedade de imagens

de formato estéreo na Web. Você verá este logotipo em muitos sites que

apoiam o plug-in.

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Quando você está surfando na Web com DepthCharge instalado, você achará imagens monoscópicas ou "flats" de DepthCharge que você pode ver como qualquer outra imagem na Web. Quando você apontar a uma destas imagens de DepthCharge, seu cursor de mouse o tomará a forma de um óculos 3D. (Note que alguns sites exibem pequenas imagens que você terá que clicar para exibir a imagem de DepthCharge.) Para exibir a imagem em 3D, basta clicar. Para voltar à visão normal do browser, clique novamente. Para especificar qual visão para exibir, clique a imagem com o botão direito do mouse para exibir um

menu.

SimWeb3D

SimWeb3D é um plug-in Java para seu Windows browser de Web que trabalha com óculos de SimulEyes™.

FAZENDO IMAGENS EM 3D

Antigamente, fotografias de estéreo eram montadas lado a lado em um cartão ou impressas ligeiramente fora de foco. Hoje, este trabalho pode ser feito no computador usando uma variedade de software.

3D Stereo Image Factory™ por SOFTreat

Imagens em estéreo 3D podem ser vistas em 3D Stereoscopic Image Factory. Na baixa tecnologia isto inclui visualização grátis como pares lado-a-lado paralelos ou cruzados ou com óculos vermelho/azuis como anaglyphs. No lado da alta tecnologia existem Óculos de Obturador de Cristal Líquido que operam com imagens preparados por interlaçamento, páginas folheadas ou sync doubling. Trabalhe com seu formato 3D favorito e explore todos os outros tipos também.

Photoshop

Você pode criar imagens de anaglyph com Photoshop. 1. Comece com um par de estéreo. 2. Remova o componente vermelho da imagem direita. 3. Remova os componentes verdes e azuis da imagem 4 esquerda. Sobreponha as duas imagens.

StereoVR

StereoVR lhe permite criar suas próprias imagens estereoscópicas e animações 3D. Inclui um modelador para fazer sua própria malha em 3D, uma biblioteca extensa de objetos, criados a partir do monitor de computador.

ESTÉREO VREX IPAS

Usuários do Stúdio 3D podem fazer estéreo imagens 3D com o módulo plug-in STÉREO da STEREO IPAS. Este software trabalha no Studio Keyframer 3D para posicionar duas máquinas fotográficas automaticamente na sua existente ou nova cena 3D, assim são computadas as imagens esquerda e direita e corrigidas de perspectiva. Você então aplica multiplex a duas imagens com qualquer programa VRex S-MUX.

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MUX-IT

MUX-IT é o programa VRex que combina imagens direitas e esquerdas em uma imagem 3D usando a técnica Spatially Multiplexed Imaging (SMI). Filas de pixels da imagem esquerda são intercaladas com filas de pixel da imagem direita para produzir uma única imagem estéreo para exibição pelo sistema ótico µPol patenteado.

S-MUX

O software de multiplexing de estéreo mais popular de VRex é o S-MUX que provê uma interface familiar para selecionar facilmente e multiplexar seus gráficos em Imagens Spatially Multiplexed (SMI) para serem vistos em qualquer sistema 3D VRex de exibição. Basta clicar nos gráficos para sua perspectiva de visão esquerda e direita, clique no ícone do Multiplex e você concluirá! Para aplicações de gráficos especiais em 3D, você apreciará a gama variada de características do S-MUX, inclusive a edição em tempo real, ajuste de paralaxe, escala de imagem, modo de animação de grupo e mais. Disponível para DOS, Windows e Macintosh.

PANORAMAS EM ESTÉREO

O melhor de todos os mundos são panoramas estereoscópicos. Existem algumas ferramentas para capturar esta imagens.

Com PanDC, você pode criar imagens estereográficas que

chegam a 120° em cada a metade do par de estéreo. Para

alcançar um efeito estéreo, uma série de 15 ou mais imagens

são tiradas com a máquina fotográfica que se move à direita

entre exposições de cada par. A distância que você move a

máquina fotográfica, chamado de distancia estéreo básica,

depende em parte da cena (você tem que experimentar). Para

ver esta aqui, primeiro clique para aumentá-la. Cortesia de

imagem da Orphan Tecnologies.

Ao montar duas câmeras lado-a-lado conforme você tira uma série de quadros para um panorama, você captura uma série de pares estéreo. Costurando eles junto (de cada máquina fotográfica) no próprio panorama, você cria um par de estéreo panorâmico.

O Kaidan QPST-1 lhe permite montar duas câmeras 35mm lado-

a-lado para criar panoramas estereoscópicos. Não podem ser

usados separadamente, mas são uma adição as montagens

panorâmicas QP-4 e QP-6 da

Fotografia Panorâmica e de Objeto

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INTRODUÇÃO

A maioria das imagens na Web são estáticas, elas simplesmente ficam lá como um quadro espetado numa parede digital. Porém, existem outras fotografias que você pode girar e panear. Estas imagens são produto de técnicas de imagem de imersão. Há dois tipos básicos; panoramas e objetos.

A maioria das fotografias, até mesmo aquelas tiradas com uma lente de grande abertura angular, mostram só um pouco da cena global. Para fotografar a cena inteira você tem que girar ao redor em um círculo de 360-graus, enquanto olha de um único ponto para o espaço circunvizinho. Existem algumas máquinas fotográficas que fazem isso. Outras só fotografam fatias que são mais largas que lentes normais sem capturar os 360-graus inteiros. Ambos os tipos de máquinas fotográficas são caras e existem agora modos digitais menos caros para combinar uma série de fotografias em um panorama sem costura.

Existem várias técnicas básicas usadas para capturar imagens panorâmicas. As mais populares são:

Panoramas podem ser armados a partir de uma série de imagens separadas. Antigamente as imagens eram montadas lado a lado em um papelão. Agora elas são freqüentemente digitalizadas e combinadas usando-se um programa que as costura sem marcas em panoramas que cobrem 360 graus ou mais.

Máquinas fotográficas com uma lente fixa e filme fotografam igual a uma máquina fotográfica normal mas em molduras de filme panorâmicas. O formato 6x17 é o modo mais comum para fazer estas fotos profissionalmente.

Máquinas fotográficas de lente rotativa tiram fotos girando a lente durante a exposição e pintando uma imagem no filme. Estas imagens cobrem menos de 180 graus da cena.

Máquinas fotográficas panorâmicas rotativas giram no tripé enquanto o filme corre na direção oposta na máquina fotográfica. Estas máquinas fotográficas podem capturar mais de 360 graus.

Scanners de tiras panorâmicas, como aqueles usados para capturar cavalos na linha de chegada do jockey club, pintam a imagem objetos móveis em um pedaço de filme que se move à mesma velocidade.

PRIMEIRAS FOTOGRAFIAS PANORÂMICAS

Os primeiros panoramas, tirados nos anos1840s, foram feitos tirando uma série de imagens tipo daguerreotype que podiam ser emolduradas ou penduradas lado a lado. A mesma analogia foi depois usada com tintypes e impressões de papel.

Um antigo panorama de Chicago antes do incêndio. Cortesia da Library of Congress

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No fim do século passado, máquinas fotográficas motorizadas foram feitas especificamente para fotografia panorâmica. Em um tipo, a lente girava enquanto o filme permanecia estacionário. Em outro tipo, a máquina fotográfica girava em um tripé especial para "pintar" a imagem em uma folha móvel de filme. Uma das mais famosas de tais máquinas fotográficas, a Kodak Cirkut foi patenteada em 1904. Usava filme de formato grande, variando em largura de 5 " a 16 " podia produzir fotografias de 360-graus medindo até 20 pés de comprimento

Uma antiga câmera Cirkut em seu tripé especial.

Estas máquinas fotográficas freqüentemente eram usadas fotografar grupos, especialmente escolares. Se você olhar de perto para algumas destas fotografias, você verá a mesma pessoa aparecer duas vezes, normalmente na extremidade esquerda e direita do quadro. Conforme a máquina fotográfica gira para a extrema esquerda da cena, alguém pode correr depressa ao outro extremo. Eles aparecerão em ambos os lugares. Na indústria, isto é chamado "corrida da pizza".

CÂMERAS PANORÂMICAS ESPECIALIZADAS

Existem várias máquinas fotográficas panorâmicas especializadas. Você não precisa destas para produzir panoramas, porque você pode usar uma máquina fotográfica normal, como você verá logo. Porém, se você tem dinheiro para gastar, estas câmeras panorâmicas especializadas criam panoramas maravilhosos tanto para impressões e para o monitor. Algumas destas máquinas fotográficas tiram fotos de abertura extremamente grandes e outras capturam uma imagem de 360 graus inteira. Uma coisa para pensar quando considerando máquinas fotográficas panorâmicas de filme é o tamanho dos negativos delas. Na maioria dos casos a imagem mede mais que uma único quadro normal. Isto significa que você precisa de scanners de filme especiais para digitalizar a imagem. Estes serviços são raros e caros.

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Máquinas fotográficas Panorâmicas digitais

Máquinas fotográficas panorâmicas digitais ainda são poucas e raras. A única que eu pude achar foi a INNOTECH HT. O site que descreve este produto está em alemão, assim se você não fala aquele idioma vá para página de AltaVista Translation Service e entre a URL (http://www.innotech-ht.com/sasmetri.htm) na caixa de texto. Então selecione a tradução que você quer, por exemplo, de alemão a português.

Câmeras Panorâmicas tipo "mire-e-clique"

Máquinas fotográficas panorâmicas de 35mm mire-e-clique , inclusive as mais recentes máquinas fotográficas de APS em modo panorâmico, só encobrem o topo e a parte de baixo do quadro normal da foto 35mm, enquanto deixa uma imagem estreita e longa no meio do quadro. Isto não muda o ângulo horizontal de visão, só corta fora a parte superior e inferior da imagem para dar uma aparência "tipo panorâmico", uma imitação de um panorama.

Kodak MAX

panoramic máquinas

fotográficas

descartáveis são um

modo barato para

experimentar a

fotografia

panorâmica. Cortesia

da Kodak

Um slide de uma máquina

fotográfica mire-e-clique

mostra as faixas acima e

abaixo da "imagem

panorâmica".

Quando o negativo for impresso, só a faixa

de imagem é usada assim se parece um

panorama estreito e longo.

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Máquinas fotográficas de grande abertura angular

Máquinas fotográficas especialmente projetadas com lentes de super grande abertura angular podem capturar fatias largas de uma cena, mas não mais que 180-graus. Há muitos modelos destas máquinas fotográficas, inclusive a Hasselblad Xpan, Linhof Technorama 617 (115º) e a Panorama de Fugifilm GX617.

A Hasselblad XPan provê tanto um formato

24x65mm panorâmico e o convencional

24x36mm no mesmo filme de 35mm. É a

primeira e única máquina fotográfica de

formato duplo que amplia o formato em vez de

mascará-lo, enquanto assegura que toda

exposição utiliza a área cheia do filme. Além

disto, a largura de 65mm das imagens de

panorama cheias é semelhante ao formato

médio, garantindo que a Hasselblad XPan

sempre lhe dará excelente qualidade de

imagem. Cortesia da Hasselblad

A Linhof

Technorama 617

é uma máquina

fotográfica que

tem uma lente

Schneider Super

Angulon 90mm,

um círculo de

imagem de

235mm e uma

proteção de lente.

©1997 permissão

da B&H Photo-

Video

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 178

A Fuji GX617 tem

quatro lentes de

panorama

intercambiáveis.

Um protetor de

choque sólido

guarda as lentes

para segurança

extra em até

mesmo nas

situações

fotográficas mais

difíceis. ©1997

B&H Photo-Video

A V-Pan 6x17 máquina fotográfica

de visão panorâmica é fabricada

por Chet Hanchett de St. Louis,

MO. Usa filme 120, enquanto

dando quatro imagens por rolo.

Como outras máquinas fotográficas

de visão, você focaliza em um

espelho e pode trocar lentes.

Também faz elevações, balanços e

rotações típicas de uma máquina

fotográfica de visão de monotrilho.

Cortesia daPanoramics NorthWest,

Inc

Máquinas fotográficas de lente móvel

Máquinas fotográficas de lente móvel usam uma lente que gira de um lado da cena ao outro durante uma exposição. Durante o movimento, a luz focalizada por uma fresta "pinta" o filme com uma imagem. Considerando que a superfície do filme fica curvada, a imagem não mostra nenhuma distorção. Linhas que são retas no mundo real são retas na imagem. Uma vantagem grande deste tipo de máquina fotográfica é que a lente não é cara. Só tem que cobrir a dimensão vertical do filme e a largura da fresta. Máquinas fotográficas deste tipo incluem as da Noblex e Widelux (já não faz).

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 179

A Noblex 135-S Standard

é uma máquina fotográfica

35mm que tira fotos de

136-graus de visão.

©1997 B&H Photo-Video

Máquinas Fotográficas Giratórias

Máquinas fotográficas giratórias podem capturar uma imagem de 360-graus revolvendo em uma direção enquanto o filme gira em outra, assim fica sincronizado com o movimento de lente. Como em uma máquina fotográfica de lente móvel, a luz focalizada por frestas estreitas "pintam" uma imagem no filme. Máquinas fotográficas nesta categoria incluem a SpinShot. Hulcher, e as feitas pela Roundshote Globuscope.

A Spin Shot 35 S captura uma cena de

360 graus inteira. Conforme a Spin

Shot 35 S gira, ela automaticamente

puxa o filme pela estreita racha no

obturador (1.5mm). Isto cria uma

imagem contínua em

aproximadamente sete polegadas num

filme padrão de 35mm (360 graus). A

imagem não é limitada a 360 graus ou

menos. Contanto que a máquina

fotográfica escaneie, uma imagem

será criada. ©1997Cortezia da B&H

Photo-Video

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 180

Com a Hulcherama e uma lente de 35mm, uma foto inteira

de 360 graus pode ser exposta em um segmento de filme

de 9 polegadas, três destas podem ser obtidas em um rolo

de filme 120. A Hulcherama pode ser montada no tripé e

pode ser girado para obter uma foto de 360 graus, ou pode

ser operada manualmente com rotações mais curtas. (Você

começa apertando um interruptor de controle remoto

montado na base estacionária da máquina fotográfica. ) A

progressão do filme dentro da máquina fotográfica é

sincronizada com movimento de máquina fotográfica e o

filme será exposto por uma fresta ajustável, que é

controlada de fora da máquina fotográfica. Cortesia de

imagem de Charles Hulcher Co. inc.

A cortesia de Globuscope da

Everen T. Brown Advertising

Estas imagens de amostra foram escaneadas no computador a partir de

impressões de contato. As imagens atuais são de qualidade fotográfica pois

elas foram feitas de negativos reais. Clique para aumentar a imagem.

Cortesia do fotógrafo Everen T. Brown Advertising

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 181

David Grenewetzki tira fotos digitais de foguetes e aviões de

controle remoto. Para tirar panoramas com um controle

remoto e uma Kodak DC20 ele projetou e construiu este

dispositivo que repetidamente vira a máquina fotográfica 45

graus e tira uma foto até que oito quadros foram tirados para

cobrir 360 graus completos. Ele usa uma lente Tiffen grande

angular para aumentar o campo de visão da DC20, de forma

que se pode obter uma cobertura completa com oito disparos.

Ele vende até mesmo um equipamento para construir seu

próprio sistema. Cortesia de David Grenewetzki

Máquina Fotográfica Panorâmica de Um Clique

O sistema de lente panorâmica da Be Here Portal S1 usa um corpo de máquina fotográfica standard de 35mm montado virado para cima e disparando através de um orifício num disco parabólico. A imagem de 360 graus é refletida do topo do prato parabólico e então salta para fora de um espelho pequeno que a focaliza abaixo, na lente da máquina fotográfica. Ao tirar uma foto, você tem que ficar debaixo do prato para ficar fora do campo de visão. (Em 1998 foi introduzida uma câmera de vídeo digital para poder ser usada em lugar da máquina fotográfica de 35mm.)

O sistema de lentes Be Here captura um panorama de 360-graus

inteiro em uma única exposição. Cortesia de imagem da Be Here

Uma vez capturado em filme, a imagem deve ser esquadrinhada e então deve ser processada com o software panorâmico proprietário da Be Here. Este software aplaina a imagem em formato de "donut" e executa outro processo como escurecendo a iluminação, corrigindo brilho e contraste e afiando as extremidades ligeiramente. Você então salva a imagem em um dos formatos panorâmicos populares como o QuickTime VR

Máquina Fotográfica Panorâmica de Dois Cliques

Imagens de IPIX images são impressionantes imagens esféricas que incluem todo aspecto horizontal e vertical de uma cena. Para criar as imagens, você tira duas fotografias de ponta a ponta usando uma lente de 8mm e um tripé especial IPIX—chamado de IPIX rotativo. Você então usa o software de IPIX para costurar as duas imagens em uma esfera de 360-graus sem emendas. Além de ver estas imagens com um browser e o plug-in IPIX, você pode usar também um visualizador separado.

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Não espere testar este pacote em casa—ele é para profissionais sérios. Além de também comprar o tripé rotativo você terá também de pagar uma taxa por cada panorama que fizer com software da IPIX (pense nisto como royalty). O software tem um contador que mantém rastro do número de fotos que você faz. Quando você excede o limite você compra mais "cliques" com preços começando em $100 por imagem e caindo, dependendo do número que você compra.

Panorâmicas Buraco-de-Fechadura

Surpreendentemente, lentes não são necessárias para tirar uma foto. Você pode fazer uma máquina fotográfica de uma caixa de sapato com um buraco pequeno em uma extremidade. Conhecida como máquina fotográfica buraco-de-fechadura, este dispositivo primitivo pode focalizar uma imagem de fato e pode registrar isto em filme. Para fazer uma fotografia, a caixa é carregada no escuro com um filme sensível a luz ou papel e o buraco-de-fechadura é coberto com fita opaca. Ao desgrudar a fita (como num obturador) descobre-se o buraco-de-fechadura (como uma abertura de lente) e começa a exposição, enquanto fechando o buraco-de-fechadura termina a exposição. Remove-se o filme exposto ou papel em um quarto escuro e as imagens são reveladas.

A Pinoramic 120 é uma máquina fotográfica feita de

cerejeira e bronze e incorporando um obturador operado

pneumaticamente (isso é para o que serve a bomba de ar).

O filme 120 produz 6 exposições de aproximadamente 4.75

polegadas de largura. O buraco-de-fechadura é de 60 mm

de comprimento efetivo e abertura de f/200. O filme é

envolto ao redor de um plano curvado na parte de trás da

máquina fotográfica. Isto permite 120 graus de cobertura

lateral sem queda de exposição por toda a imagem.

Cortesia da Mottweiler Design Mottweiler Design

PANORAMAS COM CÂMERAS REGULARES

Embora fotos panorâmicas têm sido tiradas em seções e depois coladas durante anos, foi o desenvolvimento de software de computador que tornou panoramas sem emendas possível com uma máquina fotográfica regular.

Long Beach, California, Bathing Beauty Parade, 1927. Cortesia da Library of Congress.

Para criar um panorama sem emendas com um filme regular ou máquina fotográfica digital, você começa capturando uma série de imagens ao redor de um único ponto de rotação, o centro óptico da lente. Depois, você "costura" estas fotos com um software.

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Fotos individuais, mas com quadros sobrepostas,

são capturadas ao redor de um ponto de rotação.

Cortesia de imagem da Apple

Hardware e Técnicas

Há alguns ingredientes importantes para se adquirir imagens panorâmicas boas.

Você pode usar quase qualquer tipo de máquina fotográfica mas você deve ter cuidado com a escolha da lente.

Lentes grande angular exigem menos quadros para cobrir a mesma visão mas fazem as coisas parecerem menor e mais distantes.

Lentes retilíneas—aquelas que fazem linhas diretas na cena se parecem como linhas diretas na imagem, são requeridas pelos programas de costura. A maioria das lentes são retilíneas, mas as do tipo "olho de peixe" não são.

A máquina fotográfica deve estar absolutamente nivelada quando você gira. As imagens devem ser tiradas em incrementos específicos e devem ser sobrepostas

por uma medida certa; 25% em cada lado.

Nivelando a Máquina Fotográfica

A máquina fotográfica deve estar tão nivela quanto possível quanto você a gira em um círculo, assim as fotografias se alinharão quando elas são costuradas depois. Alguns tripés têm níveis de bolha de eixo gêmeos para lhe guiar, mas você também pode usar um nível de mão pequeno..

Um dos problemas ao nivelar um tripé é que o lugar onde você monta a máquina fotográfica e a junta onde a cabeça gira, não necessariamente podem estar alinhados. Isto significa que você pode nivelar a área de ascensão, mas ficará fora nível conforme você gira a cabeça. Você precisará de algum tempo para fazer isto direito. Se você for um perfeccionista, você pode usar duas cabeças de panorama/elevação montadas junto. Você ajusta a cabeça inferior para prover uma superfície nivelada ou inclinada, e a cabeça superior para girar a máquina fotográfica.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 184

Conjunto de máquina fotográfica com tripé de duas cabeças.

Cortesia de imagem da Apple

Orientação

A orientação da máquina fotográfica depende da cena que você está capturando. Para a maioria das cenas a câmera é montada horizontalmente para fotos em modo de paisagem. Isto é mais fácil de fazer e também exige menos imagens para cobrir uma cena. Porém, algumas cenas têm elementos verticais que lhe exigem que monte verticalmente a máquina fotográfica em modo de retrato. Este modo também lhe dá mais habilidade para fazer o panorama da imagem se você convertê-la para QuickTime VR ou formato semelhante

Orientação de

paisagem.

Cortesia de

imagem da

Apple.

Imagem em

Orientação de

Retrato cortesia

da Apple

Para fotografar com a máquina fotográfica em uma posição vertical, você precisará de um suporte que mantenha o eixo de rotação centrado no centro óptico da lente, quando você girar. Estes sistemas seguram verticalmente a máquina fotográfica e lhe permitem apoiá-la lateralmente para posicionar a lente em cima do centro do tripé.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 185

A Peace River 3Sixty é um suporte panorâmico

indexado e compatível com a maioria das

câmeras de 35 mm SLR e digitais que usam

uma lente retilínea grande angular para uma

cobertura de 360 graus de cenas sobrepostas.

Ela lhe permite trocar entre incrementos de 12

e 18 e permite a máquina fotográfica girar mais

facilmente em uma direção que em outra para

reduzir a possibilidade de tirar imagens fora de

seqüência. Cortesia de imagem da Peace River

Studios

Incrementando as Imagens

Quando você tira uma série de imagens, você precisa estar seguro que elas cubram os 360-graus inteiros e se sobreponham em cerca de 50%. Você pode adivinhar isto mas ajuda muito ter uma cabeça de tripé projetada para a tarefa. Algumas vêm com marcas de graus para o guiar, mas as melhores vêm com ranhuras de modos que a máquina fotográfica encaixa no lugar na posição exata.

O suporte de modo paisagem da Kaidan (QPLB-

1) usa discos dentados com paradas clicadas

para deixá-lo girar a máquina fotográfica em

incrementos corretos facilmente. Cortesia de

imagem da Kaidan.

Uma lente grande angular o deixará ver um campo vertical maior de visão; porém, também dá a impressão de " repelir " objetos em visão para mais distante. O número de imagens que você tem que tirar depende da distancia focal e ângulo de visão de sua lente. Também depende da orientação da câmera, pois você precisará de mais se ela estiver montada verticalmente.

Para calcular o ângulo de visão de sua lente, use a fórmula seguinte:

2*arctan(X/(2*f*(M+1)))

X = largura, altura, ou diagonal do filme. f = comprimento focal da lente

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 186

M=0 para um objeto distante

Por exemplo, um quadro de 35mm tem 24x36 mm, assim com uma lente de 50mm e um objeto distante (i.e. M virtualmente zero), a cobertura é 27 graus por 40 graus, com uma diagonal de 47 graus.

Distância focal

Ângulo de Visão

Número de imagens

Incremente entre fotos

24mm 84° 8.57 42%

35mm 63° 11.43

50mm 46° 15.65

Exposição

O software que você usa para costurar imagens pode igualar a iluminação em uma cena mas ajudará muito se você tirar fotos boas para trabalhar. Tire a máquina fotográfica do modo de auto exposição e use a mesma exposição para todas as imagens na série. Tente evitar extremos de iluminação. Estes acontecem em dias ensolarados e luminosos quando existem destaques luminosos e sombras escuras. O problema é composto porque você tem que fotografar ao sol. Se você puder, escolha um dia que seja claro e um pouco nublado, com algumas sombras no chão. Se o sol estiver de fora, fotografe ao meio dia para manter a iluminação uniforme. Se você tiver que fotografar em outros dias, posicione a máquina fotográfica de modos a bloquear a incidência de luz direta do sol, bloqueie atrás de uma árvore ou prédio, se o sol estiver apontando em sua direção. Ao fotografar panoramas em recinto fechado, monte a máquina fotográfica de modos a evitar fotos de janelas com sol passando direto por elas.

SOFTWARE DE COSTURA PARA PANORAMAS

Depois que você tirar uma série de fotos para um panorama, você tem que as digitalizar se você não usou uma máquina fotográfica digital para capturá-las. Uma vez em um formato digital, você usa um software para costurar as imagens digitais junto em uma foto sem emendas.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 187

A série original de imagens

é exibida lado a lado no

software de costura de

panoramas PhotoVista.

O panorama sem emendas é criado

automaticamente com a luz misturada.

Você produz o panorama acabado como uma imagem imóvel em quaisquer dos formatos populares, como bmp ou JPEG. Você também pode salvar panoramas em um dos formatos interativos como o QuickTime VR. Estes formatos deixaram um usuário ver a imagem na tela, girá-la, fazer zoom e clicar em links embutidos. Por exemplo, você pode girar ao redor de um panorama de um quarto e clicar uma porta para exibir um panorama de um quarto adjacente.

O software que você usa depende até certo ponto de que formato de produção que você escolheu. Por exemplo, se você estiver planejando usar o formato IPIX, você tem que também usar o software deles para criar a imagem. Outros formatos são mais abertos. Por exemplo, vários programas de costura produzirão panoramas QuickTime VR (chamou "movies").

O QuickTime VR Authoring Studio da Apple para o PowerPC. O Spin Panorama da PictureWorks ainda transforma imagens múltiplas filmes em

panorâmicos QuickTime VR de 360°. O PhotoVista da Live Picture costura imagens tiradas com lentes fisheye de 16mm ou

mais de comprimento focal e imagens tiradas com lentes grande angular retilíneas de 13mm comprimento focal ou mais. Os panoramas resultantes podem ser vistos usando o visualizador da Live Picture, um plug-in de browser ou o a edição Java do visualizador. No PhotoVista versão Macintosh você também pode salvar as imagens acabadas no formato QuickTime® VR. .

O Nodester da Panamation é uma ferramenta de Macintosh por criar fotografias panorâmicas que usam QuickTime VR.

Diferentemente de outros programas de imagem panorâmica, o PanoramIX não exige uma máquina fotográfica olho de peixe ou kit de desenvolvimento de software para produzir imagens panorâmicas.

O PanDC da Orphan Tecnologies (só para PowerPC) gira uma máquina fotográfica digital ou de filme para capturar panoramas de 360 graus ou panoramas estereoscópicos de 160 graus. Se você capturar a imagem com uma máquina fotográfica digital, pode corrigir a imagem para variações asféricas da lente.

O software PanDC (para sistemas MacOS PowerPC) usa uma máquina

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 188

fotográfica digital e um suporte de máquina fotográfica para fazer imagens

panorâmicas digitais. O PanDC permite a criação automática de imagens

panorâmicas parciais ou cheias de 360° e até imagens panorâmicas

estereoscópicas de 160° que são compatíveis para uso como conteúdo de

QuicktimeVR. O processo de costura do PanDC é completamente

automático e só leva aproximadamente 6 minutos para costurar um

panorama inteiro de 360 graus. Cortesia de imagem da Orphan

Technologies.

O Photographer da VideoBrush costura automaticamente uma série de fotografias em uma única imagem de alta resolução. Para capturar uma cena inteira, simplesmente leve uma série de fotografias sobrepostas que "pintam" a cena. Seus instantâneos podem cobrir um monumento de cima a baixo, uma feira de rua do início ao fim ou uma visão de 360-graus de uma reunião de família sem nenhuma necessidade para deixar alguém de fora da cena. O Photographer costurará elas em uma única imagem, enquanto compondo uma visão de grande abertura angular a partir das muitas fotografias separadas.

Uma variante interessante é Panorama da VideoBrush que captura sucessões de vídeo e os transforma em imagens panorâmicas.

O Cool 360 da Ulead é um outro excelente programa de tratamento de panoramas.

SOFTWARE PARA VISUALIZAR PANORAMAS

Você pode postar imagens panorâmicas estáticas na Web no formato de JPEG habitual. Porém, se você quer acrescentar interação a eles, você precisa escolher um formato interativo para os salvar. A grande coisa sobre panoramas, especialmente visões de 360-graus são que você os gira, aproxima e afasta usando o zoom. De um ponto de observação central, chamado de nodo, um espectador pode olhar em qualquer direção e pode fazer zoom dentro ou fora de uma visão particular, mudando o ângulo do zoom da visão delas. A visualização de panoramas é similar, mas diferente de VRML. Em um ambiente de VRML, você pode mover livremente em qualquer lugar seu ponto de vista na cena, mas o movimento é freqüentemente aos arrancos. A visualização panorâmica posiciona seu ponto de vista em um ponto em relação à imagem e você vê a cena de só aquele ponto de vista. A vantagem é que o movimento da imagem é muito suave e a visão é muito realística. Infelizmente, há mais que um formato para usar em panoramas interativos e os visualizadores não são compatíveis. Se você selecionar panoramas de QTVR, os usuários sem aquele software no sistema não podem ver a imagem. Além de girar e aproximar, panoramas também podem ter links que unem o panorama a outros panoramas ou objetos. Por exemplo, um usuário pode girar ao redor de uma visão de 360 graus de um quarto e clicar nas portas para mover a outros panoramas.

O visualizador Live Picture Viewer é um applet de Java, pequeno, que exibe imagens do PhotoVista na Web sem necessidade de um plug-in. Ele se carrega com o primeiro panorama selecionado e reside no sistema para outras imagens.

Podem ser vistas imagens de IPIX no Web com um plug-in IPIX para seu browser. Eles podem ser vistos offline com um espectador separado.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 189

AlphaWorks (IBM) PanoramIX é um Web browser plug-in que permite ao usuário ver cenas panorâmicas virtuais. Com o PanoramIX, os usuários podem explorar interativamente imagens panorâmicas compiladas de fotografias, esboços e imagem escaneadas.

QuickTime VR

Uma vez criados, cenas de QTVR são salvadas como arquivo auto suficientes. Eles podem ser reproduzidos sozinhos em um Macintosh ou máquina de Windows que use a aplicação MoviePlayer (contanto, claro que, que a plataforma tenha as extensões QuickTime e QuickTime VR instaladas), ou diretamente on-line em uma página da World Wide Web se for usado o correto QuickTime and QuickTime VR plug-ins com um browser da Internet. Porém, se a cena inclui panoramas ou objetos que contêm links a outros tipos de mídia, como gráficos, texto, vídeos ou sons, então a cena deve ser incorporada em um ambiente de criação de multimídia, como a Apple Media Tool, Macromedia Director, ou mFactory’s mTropolis, para manipular estes outros componentes de mídia. Quando você vê uma cena de QTVR na Web, aqui estão os modos para você navegar nela.

Para: Macintosh: Windows:

Girar a imagem Clique e arraste Clique e arraste

Aproxime - zoom in (panoramas)

Clique Opção Clique Shift

Afaste - zoom out (panoramas)

Clique Control Clique Control

Salte a outro local (panoramas)

Clique em um link Clique em um link

Salve um panorama ou

objeto embutido em uma

página da Web

Clique e segure o botão do

mouse; do menu popup

escolha Save

Clique a imagem

e selecione Save

do menu popup

Salve um panorama ou

objeto exibido em uma

janela separada

Baixe o menu File, e clique

Save

Baixe o menu File,

e clique Save As

...

FOTOGRAFIA DE OBJETO

Fotografia de objeto é o oposto de fotografia panorâmica. Em vez de ficar-mos em um lugar e girar para ver uma vista de 360-graus, a fotografia de objeto gira um objeto para você assim você pode ver todos os seus lados.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 190

Para criar um objeto rotativo, você começa com uma série de

imagens que mostram o objeto de vários ângulos. Cortesia de

imagens da Peace River Studios.

Para capturar a série de imagens com precisão, você usa um arranjo chamado de object rig. Este arranjo permite montar o objeto a ser fotografado em uma plataforma giratória e posiciona a máquina fotográfica. Quando o objeto é então girado um número preciso de graus entre fotos, a série de imagens é capturada.

O Portable Object Maker é projetado para

capturar visões de objetos até 6

pés em diâmetro, em precisos intervalos

definidos pelo usuário. As imagens capturadas

com o uso do QuickTime VR Authoring Tools

Suite da Apple, pode ser

feito em um filme de objeto navegável. As

funções mecânicas desta

máquina são realizadas pelo uso de um braço

de balanço indexável e

uma plataforma giratória indexável. Cortesia de

imagem da Peace River Studios.

O Kaidan Meridan C60

Object Rig é usado

para montar a máquina

fotográfica e o objeto a

O objeto que esta sendo fotografado

descansa em uma plataforma giratória

que é então incrementada entre fotos.

Cortesia de Imagens da Kaidan.

Page 191: Curso de Fotografia - Volume 1

Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 191

ser fotografado.

Cortesia de imagem da

Kaidan.

Uma vez que uma série de imagens foi tirada, você usa um programa de software para as costurar e então produzir uma cena em um arquivo de disco. Um dos formatos de produção mais populares é o QuickTime VR da Apple.

O novo QuickTime VR

Authoring Studio inclui

o Object Maker que

combina quadros

únicos e produz um

filme de objeto em

QuickTime VR.

Cortesia de imagem da

Apple.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 192

Seis Maneiras Fáceis de Melhorar suas Fotográfias

Corrigindo o que os novos equipamentos não conseguem corrigir

O tempo que você gasta tentando descobrir como melhorar suas fotos pode fazer uma grande diferença na qualidade de sua fotografia.

1. Pare de cometer sempre os mesmos erros

2. Compare suas fotos com as que você gostaria de ter tirado

3. Espere um longo tempo antes de começar a fotografar

4. Fotografe instintiva e rapidamente

5. Fotografe novamente

6. Peça uma segunda opinião

Em fotografia, há dois fatores básicos: o primeiro é o planejamento — a maneira que você tira suas fotos (planejamento, produção e disparo); o segundo é o equipamento (câmeras e acessórios). Embora os dois fatores possam melhorar suas fotos, a maioria das pessoas acredita que os novos equipamentos é o fator mágico que transformará as fotos comuns em fotos premiadas. Você sabe a que tipo de argumento eu me refiro: "Adquira a câmera ou scanner mais recente e de maior resolução e você terá fotos melhores". Isso pode funcionar para equipamentos realmente antigos, mas novos equipamentos não irão corrigir a maneira como você tira fotografias.

Falo por experiência própria. Comprei recentemente novos equipamentos e, com certeza, a qualidade da imagem— a resolução —saltou às alturas (e o tamanho do arquivo de imagem também!), mas o tipo de imagens que eu obtive— a qualidade —não mudou. Apesar de ter gasto uma quantia suficiente para manter, por um ano, um pequeno país de Terceiro Mundo, cheguei à conclusão de que, para obter melhores fotos, eu deveria melhorar a maneira como fotografo. Parece simplista, mas na corrida por novas e melhores tecnologias, esse é um ponto facilmente desprezado.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 193

Então, passei duas semanas das férias organizando a "coisa" do planejamento e desenvolvi uma lista pessoal de técnicas de aperfeiçoamento. A lista evoluiu durante as duas semanas, de modo que algumas técnicas foram mais exploradas que outras. Embora seja minha lista pessoal, creio que uma ou mais dessas técnicas poderá ser útil também em suas fotografias.

1. Pare de cometer sempre os mesmos erros

Identifique o problema Passei uma tarde analisando arquivos de fotos. Identifiquei padrões. Fosse resultado de pressão de tempo ou de velhos hábitos, notei que minhas fotos ruins tinham os mesmos e cansativos defeitos. Certamente, há muito do que se lembrar antes de pressionar o botão do obturador, mas (eu tinha de me perguntar) de quantas maneiras posso estragar o que poderia ter sido uma boa foto?

Por exemplo, um embaraçoso padrão era minha persistente tendência para "foto instantânea": tirar a fotografia óbvia, sem explorar alternativas que poderiam dar à imagem mais impacto e interesse. Outros padrões que notei incluíam:

Posicionamentos óbvios com cenas de iluminação misturada e cenas que combinavam iluminação extrema (áreas muito escuras e muito claras na cena).

Achar que posso segurar a câmera com as mãos em velocidades lentas do obturador, e, o que é pior, sempre depois tentar resgatar no computador as imagens com pouca nitidez. Uma tolice, realmente uma tolice, já que possuo um tripé adequado (embora pesado e trabalhoso de montar).

Tentar enganar o enquadramento interno da câmera (quase a mesma coisa que não ver a foto "real") ou focar um lado ou o outro de onde o foco deveria estar. Detesto quando isso acontece, especialmente quando acontece com regularidade.

Resolva o problema Pesquisei sobre como resolver problemas tais como iluminação misturada e diferenças de iluminação extrema. Fiz uma lista dos meus padrões de problemas em um cartão e coloquei esse cartão em cima da minha câmera. Não gosto de ter pequenos papéis pendurados por todo lugar, e sabia que isso me irritaria, o que me forçaria a manuseá-

O hábito de segurar a câmera com as mãos em velocidades lentas do obturador foi um dos que decidi eliminar.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 194

lo — e lê-lo— antes de usar a câmera.

2. Compare suas fotos com as que você gostaria de ter tirado

Compare seu trabalho com outras fotos Na tarde seguinte, consultei uma pilha de revistas, livros e publicações que venho colecionando. Encontrei fotos do tipo das que eu tiro com freqüência e as recortei ou as marquei. Em seguida, peguei meu arquivo e combinei as fotos por categoria. Por exemplo, separei minhas fotos de paisagem com as fotos profissionais de paisagem, minhas fotos de natureza morta com as fotos profissionais de natureza morta e assim por diante. Então, as comparei lado a lado.

Tente novas abordagens O objetivo deste exercício era determinar maneiras que pudessem melhorar minha abordagem de tipos específicos de fotografias. Como não gosto de copiar o trabalho de ninguém, seja um estilo profissional ou uma técnica padrão, estudei as diferenças entre as fotos que coleciono e minhas próprias fotos, procurando variações que dariam às minhas fotos mais força criativa sem copiar o método de outra pessoa. Para cada categoria de fotos, fiz uma lista inicial de impressões e idéias. Esperei alguns dias e depois revi a lista de idéias. (Para mim, o tempo de espera é uma incubação, o tempo necessário para que eu refine as idéias.)

Escolhi uma das categorias e experimentei a abordagem que tinha pensado antes. Em alguns casos, percebi de imediato que precisaria fazer mais pesquisa e experiências. Em outros, a abordagem simplesmente não funcionou. Ao tempo em que escrevo este artigo, continuo testando e revisando minhas novas abordagens.

3. Espere um longo tempo antes de começar a fotografar

Agora eu tento ver as coisas de maneira que dê ao observador uma sensação do assunto ou da experiência.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 195

Entenda porque é bom esperar A idéia de esperar para fotografar é algo que aprendi, mas que não vinha praticando regularmente, como ficou claro em algumas das minhas fotos. Reservar tempo para conhecer o assunto, seja um local ou uma pessoa, quase sempre produz melhores fotos que focalizar e tirar uma foto do primeiro objeto que cruzar o visor.

Seja paciente Para quebrar meu padrão de tirar fotos óbvias, fui ao Pike Place Market, em Seattle, em uma manhã. Embora estivesse com a câmera pronta, me forcei a dar uma volta e sentar em várias áreas do mercado e observar a atividade. Conversei com vendedores, lanchei rosquinhas com café e observei mais algumas coisas. Em torno do meio-dia, eu tinha o sentimento da atividade e fluxo do mercado, para não mencionar que, para minha alegria, a luz tinha

mudado de um cinza monótono para moderadamente ensolarado.

Em vez de fotografar aleatoriamente conforme me deparava com a cena ou o assunto, esperar para fotografar me deu a percepção clara de onde estavam e quais eram as melhores fotos. Durante o tempo de reconhecimento no Pike Place Market, fiz novas amizades que me permitiram fotografar de pontos privilegiados, aos quais eu não teria acesso normalmente. Além disso, notei que, embora tenha tirado o mesmo número de fotografias, havia me concentrado em poucos locais e obtido melhores resultados.

4. Fotografe instintiva e rapidamente

Focalize e fotografe agora Embora esta dica pareça contradizer a anterior, vejo-a como

Quando comecei a fotografar, eu tinha o sentimento da atividade diária do mercado, incluindo esta rotina de jogar gelo no peixe durante todo o dia.

Conheci pessoas que me permitiram fotografar de pontos privilegiados, aos quais eu não teria acesso normalmente.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 196

complementar à dica de esperar para fotografar. Em qualquer cena, há fotos que percebi em um instante com o canto dos olhos ou sobre os ombros enquanto caminhava. Há ainda aquelas fotos "perfeitas" que pedem que as fotografemos sem hesitação.

Fotografe rapidamente Fotos rápidas e instintivas são imagens fáceis e necessárias para fotógrafos de esportes e de noticiários, mas a fotografia por instinto não me vem naturalmente. Para capturar momentos espontâneos, percebi que tinha de ensinar a mim mesmo a literalmente focalizar e fotografar, fazendo o melhor que pudesse com as configurações e a composição sem perder a foto. O resultado de minhas primeiras fotos instintivas foi uma miscelânea. Certamente, essas imagens precisaram de mais trabalho no computador que minhas outras fotos. Para obter boas fotos rápidas, tenho de conhecer os controles da câmera por dentro, por fora, e de trás para a frente. Enquanto não me torno boa em fotos rápidas, continuo praticando em casa com um cãozinho que me oferece inúmeras oportunidades de fotografia por instinto.

5. Fotografe novamente

Seja seu próprio crítico À medida que eu revisava minhas fotos, instantaneamente sabia como deveria fotografar a imagem de maneira diferente. Embora eu retorne regularmente às cenas para fotografá-las novamente, em geral é para obter uma iluminação diferente ou para fotografar de um ponto ou perspectiva privilegiada. Revendo minhas imagens, na maioria das vezes achei que deveria mudar a composição ou focalizar em aspectos mais específicos da cena ou do assunto. Na minha auto-crítica, percebi que tempo, experiência e o desenvolvimento de um estilo pessoal influenciavam na minha avaliação de como deveria fotografar novamente o assunto.

Continue voltando Se o assunto valeu a fotografia na primeira vez, as chances são boas de que valerá a pena fotografá-lo novamente, com e a partir de uma nova perspectiva, de um ângulo diferente ou de um ponto privilegiado, e com uma iluminação diferente. Porém, o mais importante é que quanto mais você retorna e fotografa, mais familiar se torna com o assunto e melhor ficam suas fotos.

6. Peça uma segunda opinião

Peça opiniões Felizmente, no escritório há vários amigos fotógrafos entusiastas que também têm

Meu treinamento para fotografias rápidas é ainda um trabalho em andamento, mas o instinto produziu esta foto de um desfile de carnaval em movimento.

Uma terceiro retorno ao mesmo local foi o charme: as motocicletas e a iluminação eram os elementos que faltavam nas fotos anteriores.

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grande visão para fotografia. Regularmente, compartilhamos fotos e trocamos críticas. Por meio dessa troca contínua, vejo imagens através dos olhos deles e adquiro assim uma visão mais objetiva. Discutimos todos os aspectos de nossas imagens, como maneiras diferentes pelas quais a imagem poderia ser enquadrada para oferecer mais impacto ou como uma abertura diferente seria mais conveniente para passar a mensagem.

Escolha a quem perguntar Se você tem amigos que gostam de fotografia, combine uma reunião em que vocês possam trocar idéias e opiniões honestas sobre as fotos uns dos outros. Ou simplesmente saia perguntando: qualquer pessoa com um olhar para design, composição e estilo pode lhe oferecer um valioso comentário. Mesmo amigos e familiares que conheçam pouco de fotografia verão elementos em suas fotos que você pode não ter notado. Quase todas as opiniões oferecem excelentes idéias e novas percepções.

Essa auto-avaliação fez diferença para mim? Sim, mesmo em curto prazo. E eu espero que faça uma mudança ainda mais notável no longo prazo. Você pode não querer passar suas férias (como eu fiz) analisando suas fotos, mas essas idéias podem ser tentadas em uma tarde ou em um fim de semana. Qualquer que seja o tempo de que você dispõe, invista em sua fotografia. Tenho certeza de que você achará que esse tempo valeu a pena.

Esta foto instintiva se tornou uma de minhas favoritas.

Dominando o básico: medição

Medição básica

Enganando o medidor

Os bons e os maus garotos

Como determinar a compensação de exposição

Paul E. Contrast

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 198

Medição básica

Como você deve saber, sua câmera possui um medidor interno. E você também deve saber que o medidor é a ferramenta utilizada para medir a luz quando você tira uma fotografia. Mas o que exatamente os medidores fazem e como eles podem nos ajudar a tirar fotos melhores?

Vamos começar com o básico. Os medidores das câmeras não detectam cores; eles "vêem" somente em cinza, mesmo que você esteja usando um filme colorido. Além disso, eles são todos calibrados para "ver" 18% de cinza. (Observe, entretanto, que as câmeras D1 e F5 da Nikon possuem um novo medidor que reconhece cores e matizes individuais, além do medidor padrão que só detecta 18% de cinza.)

Dezoito por cento de cinza é uma combinação uniforme de branco e preto, conhecido como tonalidade média ou cinza médio. Em outras palavras, o medidor da câmera é projetado para assumir que tudo que você focalizar possui o mesmo tom de cinza. Isso funciona bem em cenários que possuam a mesma quantidade de áreas escuras e iluminadas.

Os medidores das câmeras não detectam cores; eles "vêem" somente em cinza, mesmo que você esteja usando um filme colorido.

Enganando o medidor

Infelizmente, algumas das imagens mais fascinantes são mais claras ou mais escuras que a média. Cenários na neve, por exemplo, são muito mais claros (brancos) que a média. E, no extremo oposto, um vagão de trem para transporte de carvão é muito mais escuro que a média. Embora esses cenários não tenham uma reflexão média, o medidor assume que sim, e os "lê" dessa maneira.

Tonalidades médias e uma combinação uniforme de cores escuras e claras permitem que o medidor "leia" o cenário com precisão.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 199

Em conseqüência, quando você tira uma foto de um cenário branco, a câmera assume que o cenário possui reflexão de 18% e ajusta a exposição para converter o branco em cinza. Isso explica porque os cenários de neve que você fotografa podem parecer como cinza-azulado escuro.

A boa notícia é que o medidor pode ser facilmente recalibrado para situações mais extremas. A ferramenta usada para essa recalibração é chamada de "compensação de exposição". A compensação de exposição é ajustada ou por um disco ou na área de funções da câmera. (Para obter detalhes sobre como definir a compensação de exposição em sua câmera, consulte o manual da câmera.)

Nossos olhos vêem a neve como branca.

Mas o medidor da câmera "vê" a neve como um cinza-azulado.

Nossos olhos vêem este vagão de trem como preto.

Mas a câmera "vê" o vagão de trem como cinza.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 200

As definições de compensação de exposição incluem uma série de números positivos e negativos. O truque está em descobrir o valor a ser usado para a compensação usar e quando os valores de compensação negativos e positivos devem ser usados.

Os bons e os maus garotos

Tomemos como exemplo o cenário da neve. A câmera "pensa" que a neve é cinza, não branca. Precisamos recalibrar o medidor para que "leia" branco em vez de cinza. Para conseguir isso, ajustamos a compensação de exposição para um número positivo a fim de adicionar brilho ao cinza e criar o branco.

Se isso for difícil de lembrar, faça como os fotógrafos profissionais: memorize ditos espirituosos para lembrar quando usar números de compensação positivos ou negativos. Um dos mais fáceis de lembrar é:

"Bons garotos usam chapéus brancos e são modelos positivos de comportamento". Em outras palavras, quando você fotografar objetos brancos (mais claros que a média), use compensação positiva.

"Maus garotos usam chapéus pretos e são modelos negativos de comportamento". Quando fotografar objetos pretos (mais escuros que a média), use compensação negativa.

Como determinar a compensação de exposição

A questão agora é o quanto de compensação deve ser usado sobre o cenário. Infelizmente, não há respostas fáceis. Tomando o cenário da neve como exemplo, se for um dia nublado, uma compensação de exposição de cerca de +1 é necessária. Se for um dia parcialmente nublado, a compensação de exposição necessária é de cerca de +2. Se for um dia claro, sem nuvens e com o sol diretamente acima, a compensação de exposição necessária é +3.

A única maneira efetiva de aprender é experimentar os valores de compensação em

Essa foto mostra a Nikon N70 definida para +1 de compensação de exposição.

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diferentes situações e verificar qual oferece melhor efeito. Lembre-se de tomar notas quando estiver fotografando para rever as anotações e as fotos juntas. Até a próxima vez e boas fotos!

Como eles conseguiram tirar esta Foto ?

Eclipse solar parcial no dia de Natal de 2000, tirado por John Quinn, de Cleveland, Ohio.

Rara oportunidade de foto no feriado

Como ele conseguiu

Ajustes de exposição e filtro

Rara oportunidade de foto no feriado

No dia de Natal, John Quinn, um fotógrafo profissional que vive em Cleveland, Ohio, escolheu abandonar o aconchego da lareira doméstica e aproveitar uma rara oportunidade de tirar uma foto — do último eclipse solar do milênio a ocorrer no dia de Natal e a última oportunidade dos próximos 307 anos.

Quinn, um veterano da fotografia profissional há 20 anos, contribui em publicações nacionais e estaduais e opera um arquivo de 75.000 imagens que pode ser visto no seu site da Web, http://www.Sunartist.com.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 202

Como ele conseguiu

Para tirar esta foto, Quinn equipou sua câmera digital, uma Olympus 2500L, primeiro com dois filtros polarizadores circulares, depois com um filtro de densidade neutra e, finalmente, com outro filtro polarizador.

Embora os filtros não sejam muito utilizados com câmeras digitais e possam ser difíceis de encontrar, Quinn diz, "A Olympus tem um filtro de 43 mm e, depois de uma pesquisa bem cuidadosa, encontrei uma variedade de filtros em uma loja fotográfica local e em algumas exposições de câmeras".

Ajustes de exposição e filtro

O uso de filtros empilhados reduziu em sete vezes a exposição. A exposição para esta foto foi:

Número ISO: 100 Abertura: f/2.8 Obturador: 320

Quinn explica, "O efeito azul é causado pelos filtros polarizadores convergentes".

Ciente dos efeitos prejudiciais causados por olhar diretamente para um eclipse, Quinn fez uma pesquisa prévia para descobrir que combinação de filtros forneceria a proteção adequada. Ele pesquisou cuidadosamente formas de filtrar a foto e proteger os olhos para que, quando olhasse pelo visor, o eclipse não o cegasse.

Quinn diz que ajustou os dois primeiros polarizadores circulares para polarização máxima e depois acrescentou o filtro de densidade neutra. Ele continua, "O sol ainda estava brilhante demais em relação às nuvens passageiras e eu não queria um eclipse borrado". Foi então que Quinn acrescentou o terceiro polarizador ajustado para aproximadamente dois terços do potencial máximo de polarização. "Consegui fazer com que as nuvens ficassem com o mesmo grau de exposição da imagem geral", diz ele.

Obrigado, John, por partilhar a imagem e as informações técnicas conosco.

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Maneiras Criativas de Usar Uma Câmera Digital

A próxima vez que alguém perguntar "Por que você demorou tanto?", você poderá mostrar fotos de engarrafamentos sem fim ou estacionamentos lotados.

"Eles nunca vão acreditar nisso... "

Instruções visuais

Economize milhares de palavras e algumas viagens às lojas de departamentos

Documentação e inventários domésticos

Você se lembra da última vez que chegou horas atrasado porque ficou preso em um enorme engarrafamento e alguém depois veio perguntar por que você tinha demorado tanto? Com uma câmera digital, você pode provar a situação e talvez ganhar um pouco mais de compreensão. Simplesmente, ligue sua câmera e passe as fotos que você tirou das filas sem fim do engarrafamento, do estacionamento completamente lotado ou do inesperado pneu furado. Talvez não seja fácil tirar uma foto do tanque de gasolina vazio, mas você consegue dar a idéia geral.

Essa é só uma das ilimitadas oportunidades de usar sua câmera de maneira inédita, criativa e prática — tirando fotos que você provavelmente não tiraria se estivesse com uma câmera convencional. Os entusiastas da fotografia digital estão sempre inventando novos usos que tornam as câmeras digitais o equivalente visual do email.

Lembre-se: você não está pagando por um filme, logo pode tirar fotos e fotos até que obtenha a imagem que deseja. Para muitas das idéias deste artigo, a foto não precisa ser perfeita, somente útil. E você não precisa revelar ou imprimir as fotos — basta colocá-las na Web, enviá-las por email ou salvá-las no disco rígido de seu computador ou em um CD-ROM.

"Eles nunca vão acreditar nisso... "

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Levar sua câmera digital para uma festa pode não parecer criativo ou diferente, mas considere uma partida de boliche com colegas de trabalho em que a pontuação de uma colega foi incrivelmente maior que as pontuações que ela conseguiu jogando boliche com o namorado. Ela ficou resmungando: "Ele nunca vai acreditar!" Então, usamos nossa câmera digital para tirar vária fotos de Maria e do placar logo acima. Agora, ele acredita.

Instruções visuais

Para os que ficam na garagem desmontando coisas — como carros ou relógios antigos — uma câmera digital é ferramenta indispensável para registrar como tudo era antes de você começar a desmontar. Por exemplo, você saberá onde estavam antes aqueles fios agora pendurados na cerca. Não há dúvida — fotos da fiação original ou do cabo do acelerador podem ser a única coisa que salvará um carro remontado do destino humilhante de nunca mais dar a partida novamente!

Ou, pode ser que você seja especialista em montar móveis. Você desenha plantas metódicas para passar a seu cunhado, que já não é tão habilidoso. Temendo a falta de aptidão de seu cunhado, você procura facilitar o trabalho dele usando a câmera digital para mostrar cada prego martelado e cada parafuso apertado. Você pode até numerar suas fotos para auxiliar as instruções passo a passo do projeto. Os mesmos princípios podem ser aplicados a projetos como cozinhar, costurar ou outro hobby que você deseje documentar.

Economize milhares de palavras e algumas viagens às lojas de departamentos

Se você já foi a uma loja de materiais de construção para comprar material para um projeto, sabe como é difícil descrever a área do projeto e então encontrar o material do tipo e tamanho corretos. Em vez de explicar como são a área e o material existente, tire fotos, imprima-as em papel barato e leve-as à loja.

Observação: sempre peça permissão ao gerente da loja para levar as fotos.

Use sua câmera digital para provar seus grandes momentos!

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 205

Ou, se você está elaborando um projeto e levantando custos, leve sua câmera em suas pesquisas de preço para fotografar os materiais e as etiquetas de preços. Simplesmente, anote na foto o nome da loja, quando transferi-la para o computador, e poderá comparar e estimar os custos em casa. Você pode adaptar essas idéias para outros projetos como a redecoração de uma sala ou para comprar roupas.

Quando você achar que encontrou uma peça perfeita para a casa de sua mãe que mora a quilômetros de distância, mas não tem certeza de que a peça combina com outras que ela tem, tire uma foto da peça (e talvez de outras que você ache que possam combinar) e a envie por email para ela ou coloque a foto na Web, de modo que ela possa ajudar a decidir.

(Observação: para buscar idéias adicionais de projetos de reforma da casa, visite HomeAdvisor.com.)

Documentação e inventários domésticos

De repente, tornou-se muito fácil criar e atualizar inventários de móveis, jóias e equipamentos para os registros do seguro. Não é mais necessário procurar e classificar uma caixa cheia de fotos impressas e, então, substituir as antigas pelas novas — você simplesmente exclui as antigas de seu computador e inclui uma nova foto. As fotos digitais também podem ser armazenadas em CD-ROMs e guardadas com segurança.

Se você for vítima de algum ato de vandalismo, rapidamente tire fotos dos danos para o boletim policial e para a comunicação do sinistro à seguradora. Uma vez que você tem visão imediata na tela de LCD, pode tirar fotos de um melhor ponto para documentar os danos com mais — ou menos —luz.

Em seu próximo projeto, pense em fazer comparações de preços com sua câmera digital.

Dicas para Fotografar em Condições de Mau Tempo

O mau tempo cria suas próprias oportunidades fotográficas

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As tempestades podem criar um pano de fundo dramático para as fotos da natureza.

O que procurar

Aspectos técnicos

Cuidados com a câmera

Cuidados com o filme

Não guarde sua câmera simplesmente porque o tempo mudou. Existem muitas oportunidades fantásticas à sua espera, longe do aconchego do seu lar. Concordo que é difícil sair de casa quando a temperatura está baixa ou as nuvens parecem ameaçadoras. Apesar disso, agasalhe-se, pegue sua câmera e capture a Mãe Natureza revelando uma ampla gama de condições diferentes.

O que procurar

Se você for cético e precisar de inspiração para desafiar os elementos, aqui estão algumas idéias para convencê-lo a sair de casa:

Espere a tempestade passar e leve o equipamento fotográfico para fora. Procure no céu visuais fantásticos. Você verá de tudo, desde nuvens escuras e melancólicas a brechas de luz solar brilhando através das nuvens. Você poderia imaginar uma seleção mais expressiva de fundos para as suas fotos? Os efeitos criados por uma boa chuva também são formidáveis e podem fornecer muitas oportunidades fotográficas. As cores são aprimoradas pela umidade, os objetos e as texturas são ampliados, e as superfícies se tornam brilhantes e semelhantes ao vidro. Não se esqueça de procurar reflexos nas superfícies e poças d'água formadas pela chuva.

Explore o mistério de uma manhã enevoada e observe como a paisagem se assemelha

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a uma pintura impressionista. A luz é difusa e uniforme, e tudo à sua volta fica reduzido à sua forma essencial. Em uma neblina forte, procure formas distintas que se destacarão contra o fundo enevoado.

Capture a imagem da silhueta de uma árvore sem folhas contra um céu escuro ou ameaçador. Encontre uma parte interessante da árvore e isole-a. As linhas, as texturas e o clima vão cativar o seu público.

Depois de uma nevasca, aventure-se em um mundo novo, totalmente encoberto por um manto branco. Use essa nova perspectiva em seu benefício. Observe que as árvores ficam totalmente diferentes cobertas de neve. Mesmo uma leve camada de neve pode mudar a iluminação e criar efeitos fotográficos interessantes. A combinação da neve branca com o céu azul é muito bela, mas não se esqueça de animar a cena, de vez em quando, com composições interessantes, como árvores e cercas, ou um

padrão de cores brilhantes.

Os menos corajosos, não devem se desesperar. Vocês não vão perder tudo por ficar dentro de casa. Janelas com pingos de chuva ou cobertas com gelo são temas interessantes e também podem servir como filtros exclusivos. Para aplicar um efeito texturizado a um tema externo, focalize o objeto a ser fotografado, que está além das gotas de chuva ou do gelo na janela, e tire a foto.

Aspectos técnicos

Chuva e mau tempo Como há menos luz disponível nos dias nublados, carregue consigo um equipamento fotográfico que maximize a sua capacidade de capturar belas fotos em condições de pouca luz.

Use uma lente de abertura máxima, como f/2.8 ou superior. Se as condições do tempo estiverem muito ruins, com nuvens escuras, utilize um filme

de alta velocidade, como o ISO 400 ou 800, por exemplo. Em um dia com nuvens claras, você pode usar um filme de velocidade baixa ou média, como o ISO 100 ou

Algumas das melhores oportunidades fotográficas surgem logo depois que a chuva pára.

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200. Tenha um tripé e um cabo de disparo à mão, ou use a função de disparo automático

para tirar a foto.

Se quiser parar os pingos de chuva no ar, capturar os galhos balançando ou congelar pequenas ondulações na superfície das poças d'água, você precisará utilizar uma alta velocidade de obturador e um filme de velocidade média ou alta. Tente 1/125 de um segundo ou mais.

Silhuetas de árvores Quando estiver fotografando a silhueta de uma árvore, você pode ter várias abordagens e quase sempre terminar com uma foto fascinante. Utilize um lente de zoom ou teleobjetiva para tirar fotos à distância ou se agache embaixo da árvore com uma grande-angular e bata a foto mirando diretamente para cima. Se estiver tirando a foto debaixo da árvore, use uma abertura pequena, como f/16, para obter maior profundidade de campo. Todos os galhos aparecerão nitidamente na foto contra o céu.

Neblina A neblina aparece em geral pela manhã ou ao entardecer, por isso não perca a oportunidade de fotografar uma paisagem enevoada por causa de uma má programação. A neblina ocorre em situações de pouca luz e agrava esta condição, por isso você deve levar consigo o mesmo tipo de equipamento listado acima para dias nublados.

As medições fotográficas em condições de neblina podem ser enganosas. Algumas câmeras

As medições fotográficas podem ficar distorcidas em cenas com neblina.

Alterne a posição da lente para a esquerda ou para a direita a fim de garantir uma correta exposição das imagens.

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podem medir a situação corretamente, outras não. As câmeras que não fazem a medição correta tendem a ler o cenário geral como brilhante, por isso recomendam uma exposição que o escurecerá para chegar a um tom médio. Portanto, alterne a posição da lente nas duas direções (direita e esquerda) para obter uma representação fiel da cena.

Neve Fotografar em um ambiente com neve apresenta problemas de medição semelhantes aos da neblina. A sua câmera talvez não meça a cena corretamente e, se isso acontecer, ela tenderá a recomendar uma exposição por tempo insuficiente que fará com que tudo pareça estar em tom médio. Mas a neve é branca, não cinza médio, por isso você vai precisar alternar a posição da lente para conseguir tirar a foto desejada.

Faça uma abertura de um a três no diafragma — de f/16 a f/11 ou f/8, por exemplo, dependendo da iluminação. E, se essa for a primeira vez que você usa a sua câmera nessa situação, anote as definições. Desse modo, da próxima vez, você saberá ajustar a exposição da foto.

Nas cenas com neve, a posição do sol afetará o ambiente e o resultado final da sua fotografia. Se você tirar fotos longe do sol, obterá mais nitidez e detalhes do que se elas fossem tiradas de frente para o sol. Se você estiver fotografando na luz do sol, o uso de filmes de baixa ou média velocidade (ISO 25 a ISO 200) fornecerá uma melhor definição.

Cuidados com a câmera

Chuva e neblina É extremamente importante proteger a sua câmera contra umidade, porque ela pode afetar os componentes eletrônicos e causar corrosão. Aqui estão algumas maneiras de proteger o seu equipamento:

Use um guarda-chuva ou prenda um ao seu tripé. Compre uma bolsa fotográfica à prova d'água ou um estojo impermeável para a

câmera.

Proteja bem as câmeras em condições chuvosas e de muito vento.

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Coloque um saco plástico transparente em volta da câmera com um orifício para a lente. Prenda o saco plástico ao redor da lente com um elástico.

Para fotos rápidas, proteja a câmera com uma capa de chuva, remova a capa para fotografar e depois coloque-a de volta.

Use um protetor de lente para evitar que ela seja atingida pela chuva e leve um pano macio e absorvente para limpar os pingos de chuva da lente e da câmera.

Não arme nem desarme a câmera com as mãos molhadas.

Não se esqueça de que a neblina é úmida e pode causar os mesmos danos causados pela chuva. Se você estiver fotografando em um dia de neblina forte, siga as instruções apresentadas acima para proteger a sua câmera.

Quando tiver terminado de fotografar em condições de chuva ou neblina, seque qualquer gota deixada sobre a câmera e a lente antes de guardá-las. Se estiver fotografando em condições muito úmidas ou perceber que a câmera ou a lente ficaram molhadas, acondicione-as com sílica-gel em uma bolsa plástica vedada durante 24 horas para secar, antes de guardar o equipamento.

Neve e frio extremo Quando estiver tirando fotos no frio ou na neve, use o mesmo bom senso empregado nas situações de chuva ou neblina. Proteja a sua câmera contra o ar frio ou a neve que cai, mantendo-a coberta e sob o seu casaco entre uma foto e outra. Evite respirar na lente ou no visor, porque a umidade da sua respiração poderá causar a formação de gelo na parte externa ou interna do vidro. Se a câmera ficar molhada, seque-a seguindo as instruções contidas na seção anterior.

Se a sua câmera ficar gelada, não tente aquecê-la rapidamente dentro de casa. Isso poderá causar condensação na lente ou no filme. Em vez disso, deixe a câmera gelada em um local fresco para que ela possa se aquecer lentamente. Se você tiver usado um estojo ou bolsa ao ar livre, deixe a câmera embalada, de modo que tanto a máquina quanto a bolsa possam se aquecer lentamente até chegar à temperatura ambiente.

Baterias e tempo frio não combinam, e você não vai querer ficar sem energia quando a foto da sua vida aparecer diante de seus olhos. Sempre leve consigo baterias sobressalentes e mantenha-as aquecidas no seu bolso. Se você alternar entre as baterias sobressalentes aquecidas e as da sua câmera, poderá aumentar o tempo da sua sessão de fotos em temperaturas baixas.

A neve pode destruir um tripé. À medida que o seu tripé afunda na neve, a pressão faz com que as pernas cedam. Portanto, não abra completamente as pernas do tripé antes de fincá-lo na neve. Se forem completamente abertas antes do tempo, as pernas do tripé poderão quebrar por causa da pressão exercida no tripé, à medida que ele afunda na neve. Se estiver se sentindo criativo e jeitoso, você pode fazer raquetes de neve baratas para o seu tripé com itens encontrados em lojas de ferragens locais.

Cuidados com o filme

Umidade extrema Recomenda-se armazenar o filme em local fresco e seco, e ele deve ser revelado o mais rápido possível depois de usado para fotografar. Se não for possível revelar o filme exposto imediatamente e você estiver em um ambiente extremamente úmido, embale o

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filme exposto com um dessecativo durante 24 horas antes de guardá-lo em um recipiente hermético. Tome cuidado com o filme em condições extremamente secas. Se você avançar ou rebobinar manualmente o filme, faça-o de forma suave e lenta. A eletricidade estática causada pelo movimento rápido pode criar listras nas suas fotos.

Temperaturas extremas Como as flutuações extremas de temperatura podem danificar o filme exposto, não deixe o filme em locais onde a temperatura fique extremamente quente ou fria. O filme pode ficar frágil em condições muito frias, e as temperaturas quentes degradam a emulsão do filme. Se você estiver fotografando em condições extremas, armazene o filme exposto e o não-exposto em um recipiente isolado, como uma bolsa de piquenique isolada.

Tirando Fotos no Escuro

Técnicas de fotografia noturna e com pouca luz

A luz do dia que desaparece gradualmente apresenta oportunidades únicas e desafiadoras para expandir suas técnicas de fotografia e criar imagens dramáticas.

O que você precisa

Temas e hora do dia

Observações finais

Você está pronto para desafiar suas técnicas de fotografia? Não há maior desafio do que tirar fotos à noite e com pouca luz. Essas imagens não só expandem seu entendimento de exposição, mas abrem um novo mundo de desafios criativos, divertimento e o potencial de alcançar resultados espetaculares.

O que você precisa

É bem provável que a câmera que você possui tenha flexibilidade suficiente para criar imagens noturnas de boa a excelente qualidade. Mesmo se a sua câmera não oferecer

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controle completo sobre a exposição, você talvez consiga usar o modo noturno ou de pouca luz, se disponível, para criar fotos interessantes com pouca luz.

1. Câmera A chave para tirar imagens noturnas dramáticas é a capacidade de manter o obturador aberto por períodos mais longos do que o normal: de quase um segundo a vários minutos ou, para registrar os rastros de uma estrela, até várias horas. Praticamente todas as câmeras monoreflex (SLR, single-lens reflex) e muitas câmeras compactas oferecem modos que permitem reduzir as velocidades do obturador. As câmeras que têm um ajuste "B" de velocidade do obturador permitirão manter o obturador aberto enquanto o botão do obturador estiver totalmente pressionado. Se você tirar fotos em velocidades mais baixas, certifique-se de usar um tripé e um cabo ou controle remoto para evitar tremer a câmera durante a exposição.

Câmera compacta Se você tiver uma câmera compacta de 35mm, verifique o guia da câmera para ver qual é a menor velocidade do obturador. Para imagens noturnas e com pouca luz, a sua câmera deve ter uma velocidade abaixo de 1/2 segundo a 1 segundo e, de preferência, uma definição de bulb para exposições longas

Se sua câmera compacta não tiver uma velocidade de obturador menor, talvez ela tenha um modo "noturno" ou de sincronização lenta. Na maioria dos casos, esse modo combina automaticamente uma baixa velocidade de obturador com uma breve rajada de luz do flash para iluminar os temas em primeiro plano. Embora esse modo seja útil para situações de pouca luz, tais como uma festa vespertina, e possa ser usado criativamente para fotografar temas em movimento, provavelmente não gerará imagens noturnas de impacto. Você também pode verificar o guia da câmera para ver se pode desligar o flash no modo noturno.

Câmera SLR de 35 mm ou outro filme Quase todas as SLRs (exceto as que só permitem operação totalmente automática) e câmeras de formato médio são adequadas e preferenciais para fotografia noturna. A maioria das câmeras SLR de 35 mm permite controlar a velocidade do obturador manualmente ou pela definição dos modos de prioridade de velocidade ou de abertura. Câmeras de formato maior podem ter apenas um modo de exposição manual, que é ideal para fotografia noturna.

Câmera digital A maior parte das câmeras digitais de baixo a médio porte oferece a mesma funcionalidade que as câmeras compactas de 35 mm e Advanced Photo System (APS). Câmeras digitais de maior porte geralmente oferecem maior controle de exposição com modos, tais como a sincronização da cortina traseira ou dianteira (útil para capturar rastros de luzes de carros velozes, que se aproximam ou partem) e o modo manual.

Nos minutos imediatamente após o pôr-do-sol, você pode capturar o brilho remanescente do dia que ilumina as montanhas e outras áreas.

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Modos de exposição Para câmeras compactas, desligue o flash para exposições longas. Se a sua câmera não permitir que o flash seja desligado, cubra-o com uma fita isolante preta. Se a câmera tiver compensação de exposição, adicione uma ou duas aberturas de compensação.

A maioria das novas SLRs oferece uma variedade de modos, incluindo os modos de prioridade de abertura, prioridade de velocidade e manual. No modo de prioridade de abertura, você define a abertura (número f) e a câmera define a velocidade apropriada para o obturador. Inversamente, no modo de prioridade de velocidade, você define a velocidade do obturador e a câmera automaticamente ajusta a abertura. No modo manual, você define a abertura e a velocidade do obturador. O modo manual é geralmente preferido para fotografia noturna, porque permite fazer a exposição apenas das qualidades na imagem que são importantes para você.

Para fotografias noturnas, a definição de bulb (B) ou tempo (T), geralmente disponível no modo manual, é crucial. Definir o obturador para bulb permite manter o obturador aberto enquanto você pressiona o botão disparador ou o botão do cabo disparador, para que você tenha exposições além da faixa de velocidade do obturador nos modos programados. Em geral, uma cena noturna excede a menor faixa de velocidade do obturador da câmera. Mudando para a definição de bulb ou tempo, você pode manter o obturador aberto de alguns segundos a algumas horas para tirar a foto.

Se você não tiver pleno controle manual, o modo de prioridade de abertura em algumas câmeras estende a faixa de velocidade do obturador para além da menor configuração que pode ser definida usando o modo de prioridade de velocidade. Para descobrir se a sua câmera oferece suporte a esse recurso, consulte o guia que acompanha a câmera.

2. Lentes/definição de zoom A fotografia noturna não requer lentes nem definições de zoom especiais. Como ocorre com a fotografia diurna, escolha a lente ou a definição de zoom com base no tema sendo fotografado. Por exemplo, escolha uma definição ampla para paisagens naturais ou urbanas, ou uma telefoto para isolar uma parte da cena. Para fotografar imagens interessantes da lua, recomenda-se uma lente telefoto; por exemplo, use um comprimento focal de 300 mm ou maior, ou uma lente menor combinada com um teleconversor, para aumentar o comprimento focal. Com lentes e definições menores, a lua se torna um ponto branco pequeno e desinteressante no céu. Quanto mais comprida a lente, mais comprimida

Fotos da lua são ótimas sozinhas ou mescladas em outras fotos com o uso de um programa de edição de imagens, como o Photoshop CS.

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será a perspectiva, e essa perspectiva comprimida pode criar imagens interessantes e raras.

3. Filme (ou definição de equivalência ISO) Um filme rápido ou uma definição de equivalência ISO parece a escolha lógica e o é para cenas nas quais você deseja capturar temas a pouca luz, digamos, em uma festa noturna ao ar livre ou em uma boate com pouca iluminação. O filme mais rápido tem a vantagem de fotografar com pouca luz (mas luz que ainda é brilhante o suficiente para permitir a leitura) com ou sem flash e, às vezes, sem um tripé ou monopé.

Mas para paisagens noturnas, os fotógrafos noturnos mais experientes escolhem filmes de slide colorido de granulação fina que variam de 50 ISO a 200 ISO (como o Kodak Ektachrome 160 ou Fujichrome T64), ou filme preto-e-branco como Kodak T-Max 400 ou Ilford, Fuji, ou equivalente comparável. Para cenas ao anoitecer ou noturnas na rua, tente usar filme de tungstênio ou filme diurno com um filtro Azul 80A. Para fotografar o luar, tente usar seu filme favorito. Você precisará experimentar para descobrir que filme oferece os resultados desejados. Você também pode tentar usar filmes muito rápidos (1000 ISO) juntamente com filtros, tais como foco suave ou filtro de estrela, para imagens criativas.

Falha de reciprocidade Se estiver fotografando com filme, cuidado com a falha de reciprocidade. Essa falha ocorre quando a sensibilidade da emulsão do filme é reduzida durante exposições extremamente curtas ou longas (exposições que ficam fora da faixa de exposição preferida do filme).

A luz de lâmpadas domésticas ou a luz natural da janela são agradáveis e suaves para retratos como este.

Use uma velocidade de obturador baixa para mostrar o movimento de correntes e quedas

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No filme preto-e-branco, a falha de reciprocidade resulta em subexposição e aumento de grãos. Isso pode ser compensado aumentando o tempo de exposição ou revelação. No filme colorido, a falha de reciprocidade produz mudanças de cor que variam de um tom quente para frio dependendo do filme. Como os filmes coloridos têm mudanças de cor características, escolha o filme que mude na direção de sua preferência. Em geral, os filmes da Fuji tendem a mudar para o lado frio, enquanto os filmes da Kodak mudam para o lado quente. Você também pode usar filtros de correção de cor como CC10M ou CC20M.

As faixas de exposição preferenciais variam por filme, mas como regra geral, ajuste a falha de reciprocidade em exposições mais longas do que um segundo. Dependendo do filme sendo usado, as recomendações de compensação variam de 1/3 de uma abertura a 1 1/2 aberturas de exposição extra.

Além disso, alguns especialistas recomendam o uso de filme de slide em vez de filme de impressão, embora o filme de impressão ofereça mais latitude. Isso ocorre porque, para muitos laboratórios de processamento, é difícil lidar com a falta de reciprocidade no filme de impressão e ela resulta em cópias inaceitáveis.

Se o seu equipamento não for as câmeras digitais mais recentes, ruído (semelhante em aparência a grãos nas imagens do filme) é um fato da vida nas exposições longas. Assim como ocorre com o filme, quanto mais alto o ISO estiver definido em uma câmera digital, maior será o ruído na imagem final. Para diminuir o ruído digital, a regra é manter a definição de equivalência ISO o mais baixo possível.

Se tirar fotos com uma câmera digital que não compense ruído, você poderá corrigir o ruído em muitos programas de edição de imagens. Ou poderá imprimir as fotos em formatos

d'água.

Nas exposições longas, independentemente da definição de equivalência ISO, você quase sempre terá o equivalente digital da "neve" em uma tela de televisão. Embora algumas câmeras mais novas, incluindo a Canon D30, compensem automaticamente o ruído digital, a lacuna de tempo para criar a compensação é tão longa quanto a exposição original, o que pode transformar uma foto lenta em um processo muito mais lento. Para reduzir o ruído, tente manter a exposição para 1 segundo ou menos.

O pôr-do-sol é um ótimo momento para tirar fotos de silhuetas coloridas.

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menores e dizer a todo mundo que são grãos digitais. Na verdade, considerando a propensão da falha da reciprocidade ocorrer em filmes, ter alguma neve nas imagens digitais parece uma troca justa. (Evidentemente, nenhum ruído seria um bom objetivo a ser alcançado pelos fabricantes de câmeras digitais.)

4. Tripé Um tripé é um equipamento indispensável para fotografia noturna. Uma antiga regra geral é nunca segurar a câmera na mão a velocidades de obturador inferiores a 1/[comprimento focal da lente]. Se estiver fotografando com uma lente de 50 mm, não segure a câmera em exposições abaixo de 1/50 de um segundo. Outros fotógrafos simplificam a regra dizendo que você nunca deve segurar uma câmera a menos de 1/30 de um segundo. O ponto é que para garantir imagens nítidas em fotografias noturnas e com pouca luz, você precisa de um tripé. Ponto final.

5. Cabo disparador ou controle remoto Você pode, é claro, cancelar os resultados positivos de usar um tripé pressionando o botão disparador com o dedo. Seu dedo, estando ligado ao resto do corpo, fará com que a câmera trepide consideravelmente. Uma solução melhor é comprar um cabo disparador relativamente barato. Infelizmente, muitos fabricantes de câmeras não fornecem roscas para acoplar um cabo disparador. A alternativa é comprar um controle remoto mais caro.

O cabo disparador ou controle remoto, juntamente com o tripé, elimina seu contato com a câmera e garante fotos estáveis como rocha. Isso, é claro, desde que você esteja

fotografando sobre uma superfície estável também.

6. Flash Um flash pode ser uma ferramenta para iluminar de forma muito seletiva áreas da cena, ou disparar uma ou mais vezes para complementar a luz nas noites em que a lua não estiver cheia ou em quase todas as cenas de pouca luz. O melhor flash a ser usado na fotografia noturna e de pouca luz é um flash externo com um cabo de sincronização.

Nota: Se você está apenas começando com fotografias noturnas e de pouca luz, conheça sua unidade de flash extremamente bem antes de usá-la para fotos noturnas. Caso contrário, você pode facilmente ter um excesso de luz no primeiro plano, criando uma luz antinatural que rapidamente se transforma em escuridão e oblitera outros tipos de iluminação, incluindo a lua, letreiros em néon ou o reflexo das luzes da cidade nas nuvens.

7. Lanterna Como é escuro à noite, você precisa ser capaz de ver os controles na sua

Procure cores contrastantes contra um céu crepuscular para criar interesse.

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câmera e uma lanterna é um instrumento prático. Dependendo do tamanho e da potência da lanterna, você talvez consiga utilizá-la para iluminar seletivamente partes da cena. Uma lanterna é prática para iluminar temporariamente elementos próximos, se a sua câmera tiver

dificuldades com o foco automático no escuro.

8. Caderno e caneta Se a sua câmera não registra automaticamente informações de exposição para você revisar mais tarde, não deixe de carregar um caderno para registrar os tempos de exposição para cada foto. Quando você obtiver as imagens, esse registro será indispensável para avaliar que exposições produziram os melhores resultados para cada cena ou tema. O truque é registrar diligentemente as exposições à medida que elas são tiradas.

9. Nível de bolha Um nível é um equipamento indispensável para quem deseja evitar fotos inclinadas do horizonte. Defina o nível no seu tripé e use-o para garantir que o horizonte esteja nivelado antes de tirar a foto. Também ajuda usar um tripé que tenha marcações de grau ao redor da cabeça panorâmica, para que você possa virar a câmera exatamente da mesma forma (em geral, 20 graus quando estiver fotografando verticalmente) em cada foto.

10. Telefone celular Você nunca vai querer ficar preso em locais remotos e escuros sem uma forma de pedir ajuda se precisar.

Temas e hora do dia

Praticamente tudo que se pode fotografar de dia é um tema válido para fotografia noturna e com pouca luz, embora alguns sejam mais difíceis de fotografar do que outros (por exemplo, elementos em movimento à noite). Qualquer que seja o tema, é importante tentar fotografar várias imagens e usar um enquadramento amplo para cada foto, se você quiser guardar uma ou mais fotos. Então, junte muito filme e placas de memória, e tenha baterias sobressalentes à mão.

Se você for iniciante em fotografia noturna e com pouca luz, comece tirando fotos de um tema imóvel, como a silhueta da cidade, um prédio ou monumento iluminado por holofote ou um letreiro em néon envolvente. Concentre-se em avaliar os tempos de exposição e em aprender a trabalhar com seu equipamento no escuro ou com o uso de lanterna.

As superfícies da água refletem cores variáveis e muitas vezes criam imagens interessantes.

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Hora do dia Pôr-do-sol e crepúsculo, o horário antes do anoitecer, são momentos mágicos para a fotografia. O pôr-do-sol produz matizes ricos e quentes e a oportunidade para silhuetas dramáticas. O crepúsculo transforma o céu em uma rica cor de safira. Durante o crepúsculo, as luzes artificiais na paisagem, como as luzes da rua e dos escritórios, e a luz do céu alcançam aproximadamente a mesma intensidade. Esse momento de iluminação cruzada oferece uma oportunidade exclusiva para capturar detalhes em uma paisagem ou silhueta da cidade, assim como no céu.

Medição Sempre meça primeiro e depois enquadre as exposições. As fotos noturnas e com pouca luz são uma ótima oportunidade para usar os vários modos de medição da câmera. Exemplos de recomendações de medidas são fornecidos na tabela abaixo.

É praticamente indispensável ter uma capacidade de medição da luz porque, na fotografia noturna, é crítico expor adequadamente somente áreas muito pequenas da foto. Por exemplo, se você estiver tirando fotos de uma paisagem lunar, é preciso garantir que a textura da superfície lunar seja exposta corretamente. Se estiver tirando fotos de uma boate ou de uma cena de rua em Las Vegas, os letreiros de néon precisam da exposição crítica. Para fazer esse tipo de exposição crítica, use um medidor de luz. Por exemplo, para fotografar pessoas ao redor de uma fogueira de acampamento, passe para o modo de medição de luz e faça a leitura dos rostos das pessoas. Se você usar o medidor automático da câmera, a cena tenderá a ficar com excesso de exposição devido ao fundo escuro.

Se não tiver um medidor de luz, tente pedir emprestado uma câmera digital que permita que você veja os resultados da exposição instantaneamente. Você poderá fazer os ajustes necessários imediatamente. A maioria das câmeras digitais informarão qual foi a exposição na tela de visualização, por isso é fácil traduzir essas informações para a câmera de filme.

Uma câmera digital não é boa apenas para medição de luz: também é ótima para obter retorno imediato sobre as exposições. Embora o visor de cristal líquido seja pequeno demais para ver detalhes que são importantes para a imagem final, a visualização é adequada para permitir que você saiba se deve ajustar a exposição imediatamente. Além disso, a maioria das câmeras digitais permite que você aplique mais zoom na visualização para que possa ver pequenas áreas da imagem onde a exposição é crítica.áreas da imagem onde a exposição é

A luz artificial de postes e holofotes produz matizes quentes na imagem final.

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Foco automático Suas primeiras fotos serão um bom indicador das capacidades de foco automático da câmera em situações de pouca luz. Se o sistema de foco da câmera parece ter uma capacidade infinita, é possível executar qualquer uma das ações a seguir:

Alternar para foco manual (embora possa ser igualmente difícil para você focar em um tema escuro a qualquer distância).

Se o elemento a ser fotografado estiver próximo o suficiente para ser iluminado por uma lanterna, ilumine-o com a lanterna durante um tempo suficientemente longo para a câmera focar, trave o foco, recomponha-o se necessário e, em seguida, tire a foto.

Focalize um objeto que esteja melhor iluminado e que esteja à mesma distância do elemento a ser fotografado, trave o foco, recomponha-o e, em seguida, tire a foto.

A seguir está uma tabela de temas populares para fotografia noturna e com pouca luz com exemplos de exposições. Diferentes fontes citam exposições que variam muito, por isso use a tabela apenas como ponto de partida para as suas exposições e sempre enquadre cada exposição acima e abaixo da exposição original em pelo menos duas aberturas. Registre suas exposições e, em seguida, compare as imagens com as exposições para descobrir que exposições produzem os resultados desejados.

Lembre-se de que você pode converter as sugestões desta tabela nos valores ISO e de abertura desejados. Se quiser usar um filme ou ISO mais rápido do que o indicado abaixo e obter a mesma exposição, aumente ou diminua a abertura ou velocidade em 100 por cento (uma abertura completa, ou dobre ou reduza pela metade a velocidade do obturador) para cada aumento ou redução de 100 por cento no ISO.

Tema ISO Abertura Velocidade do obturador

Silhuetas da cidade (logo após o pôr-do-sol)

50-100 f/4 1/30 seg.

Lua cheia* 100 f/11 1/125 seg.

Paisagens iluminadas por lua cheia

50-100 f/4 4 min.

Acampamentos 50-100 f/2,8 1/15 a 1/30 seg.

Feiras, parques de 50-100 f/2,8 1/8 a 1/15 seg.

Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, maior será o rastro de luz registrado.

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diversão

Relâmpagos 50-100 f/5,6 Bulb; manter obturador pressionado para vários clarões de relâmpagos

Rastros de estrelas 400 ou mais rápido

f/8 ou menor

15 min. a várias horas

Jogos noturnos 400

800 a 3200

f/2,8

f/2,8

1/125 seg.

1/250 seg.

Cenas à luz de velas 100 f/2,8 1/4 seg.

Letreiros em néon 100 f/5,6 1/15 seg.

Luzes de auto-estrada borradas

100 f/16 40 seg.

Rastro completo das luzes de auto-estrada

100 f/8 ou f/11 30 seg. a 2 min.

* Nas noites iluminadas por lua cheia, a cena é semelhante a um dia de sol e a Regra 16 para dias de sol pode ser aplicada com modificações. Essa regra diz que, em um dia ensolarado, com o sol às suas costas, a exposição correta é 1/ISO a f/16. Para cenas de lua cheia, use 1 abertura a mais do que com a regra 16 para dias de sol.

Observações finais

Tirar fotos noturnas apresenta seu próprio conjunto de desafios fotográficos, incluindo manter sua segurança pessoal. Sempre siga todas as precauções de segurança quando estiver fotografando à noite. Certifique-se de usar trajes ou fitas que reflitam a luz, nunca impeça o tráfego ou enfrente riscos desnecessários, leve consigo roupas extras no caso de quedas de temperatura, além de água, um lanche e um celular. Antes de sair, informe alguém que você conhece para onde está indo e uma hora aproximada de retorno.

Fotografia criativa.

Fotógrafos que geralmente não aceitam máquinas fotográficas digitais fundam os argumentos deles no fato que as imagens não são tão boas quanto as das máquinas fotográficas de filme. Ainda, estes mesmos fotógrafos usam provavelmente máquinas fotográficas SLR de 35 mm que não são tão boas quanto cameras 8 x 10. E se eles usam máquinas fotográficas 8 x 10, eles certamente não usam máquinas fotográficas enormes com pratos de vidro muito melhores e usadas pelo Jackson e Muybridge depois da guerra civil americana. Se eles realmente quisessem qualidade, eles estariam usando mulas para levar o equipamento deles, como faziam aqueles pioneiros. Isto deve bastar para o argumento deles baseado na qualidade da imagem.

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A verdade triste é que a qualidade de imagens quase não melhorou nada desde os primeiros daguerreotypes dos 1840's e cópias de albume e platina dos anos 1800s. O que aconteceu é que máquinas fotográficas e processos fotográficos ficaram mais fáceis e mais convenientes. Máquinas fotográficas digitais são um outro passo ao longo deste caminho. Imagens capturadas com estas máquinas fotográficas são diferentes, mas você teria muito trabalho para provar que elas são inferiores. Muitos dos argumentos que você ouve falar, hoje, sobre máquinas fotográficas digitais são só ecos dos sentimentos que foram expressos quando a venerável Leica foi introduzida em 1925. De repente havia uma máquina fotográfica que era fácil de manusear nas situações mais difíceis e com um rolo longo de filme de quadros, capaz de capturar uma imagem depois da outra. Ela pode ter usado um negativo muito menor, e consequentemente sido " inferior, " mas fotógrafos que tinham que segurar e carregar as grandes e desajeitadas máquinas fotográficas deles, logo aderiram a novidade.

Outro argumento contra máquinas fotográficas digitais é que elas são principalmente do tipo mire e clique. Isso significa que elas são completamente automáticas e não têm os controles que os fotógrafos usam para obter grandes fotografias tradicionalmente. Isto implica que elas são as favoritas para fotos de férias ou fotografias tiradas como documentos de eventos familiares. Porém, há um certo elitismo e esnobismo sobre este ponto de vista. Em geral, o fotógrafo traz mais para uma grande fotografia do que a máquina fotográfica o faz. A história da fotografia está repleta com histórias sobre fotógrafos que não conheciam ou se preocupavam muito com máquinas fotográficas. Jaques Henri Lartigue obteve grandes imagens antes que ele tivesse 10 anos--e com uma velha máquina fotográfica de caixa. É dito que Dorthea Lange (ou era Margaret Borke White) usava as instruções impressas que vinham com o filme dela para regular a máquina fotográfica dela, regulando sol luminoso a 1/125 e f/16, nublado e luminoso com 1/125 e f/11, e assim por diante.

Mas até mesmo se as objeções para a falta qualidade da imagem e de controles fossem verdades, estes mudarão com o passar do tempo, quando mais sofisticadas, contudo ainda acessíveis, forem sendo introduzidas novas máquinas fotográficas. A qualidade de imagem já rivaliza ou excede as de máquinas fotográficas de 35 mm, nas digitais top de linha. E estas máquinas fotográficas também têm os mesmos controles de uma SLR profissional de 35 mm. A única desvantagem delas é o preço, mas preços estão caindo rapidamente. Enquanto isso, você pode obter boas fotos máquinas fotográficas mire e clique. Mas para tirar grandes fotos, você precisa entender o que a máquina fotográfica está fazendo automaticamente para você. Se você entende as funções básicas de sua máquina fotográfica digital, você achará muito mais fácil se expandir e melhorar sua fotografia. É esta compreensão que lhe dá o controle criativo que você precisa para registrar uma cena realisticamente, do modo como você a viu ou ao invés, capturar o sentimento ou humor em vez dos detalhes que compõem a cena. Sua compreensão de alguns princípios básicos torna possível tirar uma fotografia que melhor expresse o que você quer mostrar.

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As flores no primeiro plano adicionam profundidade e interesse ao que poderia ser, caso contrário, um quadro bem sem graça.

Colocando um boi morto na mesma posição nesta imagem que as flores na foto acima, traz um efeito bem diferente.

Como artistas de outras artes e sendo um fotógrafo, você tem um jogo de " ferramentas " que podem fazer suas fotografias não só excitantes e interessantes a outros, mas também únicas para a visão particular do mundo ao redor você. As ferramentas básicas que você tem que trabalhar são o modo como a nitidez, tonalidade e cor interagem na cena que é fotografada, além do ponto de onde a foto é tirada e a luz sob a qual é fotografada.

Você pode escolher manter tudo bem nítido em uma cena para obter o máximo de detalhes ou desfocar tudo para obter um retrato impressionista. Você pode manter algumas partes nítidas e dramáticas enquanto deixa outras parecerem suave e sem chamar a atenção. Você pode usar preto e branco para enfatizar tom, as sombras inumeráveis de luz e o escuro de toda cena, ou cor para capturar cores luminosas e poderosas ou suaves e românticas. Você

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pode fotografar o mesmo assunto ao amanhecer, meio-dia, crepúsculo ou à noite, em sol, chova ou névoa. Cada uma destas variáveis influenciará a imagem que você obtém.

Esta marina fechada em gelo está em um lago nas montanhas rochosas do Colorado. O gelo derretendo dá um look surrealista para a água .

Tudo isto é possível ajustando só três controles em sua máquina fotográfica: foco, velocidade de obturação e abertura. Porém, estes três controles quando combinados com paciência, experiência e sua própria visão pessoal do mundo, possibilitam uma variedade infinita de opções que fazem da fotografia um interesse e desafio eterno, até mesmo para os profissionais mais experientes.

Com fotografia tradicional, a imagem final varia muito pouco da cena original, a menos que você tenha muita habilidade de quarto escuro.

Com fotografia digital criativa, a imagem pode ser só um ponto de partida. Fazer as fotografias se parecem com pinturas foi o objetivo nos últimos 80 ou mais anos. Talvez esta forma de fotorealismo tenha seu retorno.

Quando aprendendo e praticando fotografia, lembre-se de que não há nenhuma "regra", nenhum melhor "modo" para fazer uma foto. Grandes fotografias são resultantes de experimentar e tentar aproximações novas, até mesmo com assuntos velhos.

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Tudo em uma cena pode não ser igualmente importante. Quando você olha o mundo, seu olho enfoca nitidamente só áreas muito pequenas em um dado momento. Você pode selecionar o que é importante de um número quase infinito de detalhes. Fotógrafos podem usar a mesma técnica para isolar a parte mais importante de uma cena.

Nitidez em uma imagem é um efeito básico que você pode controlar em suas fotografias. Nesta fotografia, o fotógrafo escolheu conferir um sentimento de velocidade e movimento a água em lugar de congelá-la nitidamente.

Efeitos de exposição podem ser usados para retratar qualquer cena como sendo clara ou escura, como você desejar. Mais tempo de exposição para a luz faz uma cena sair clara, menos exposição faz sair mais escura. Você também pode ajustar os tons e também as cores em uma fotografia com um programa de edição.

Controle da Câmera e Criatividade

A ABERTURA CONTROLA A LUZ E PROFUNDIDADE DE CAMPO

O diafragma de abertura, um anel de folhas sobrepostas dentro da lente da máquina fotográfica, ajusta o tamanho da abertura na lente pela qual a luz passa para o sensor de imagem.

Abertura e Exposição

A abertura pode ser abrir mais para deixar passar mais luz ou pode ser fechada para deixar passar menos. Como a velocidade do obturador, a abertura pode ser usada para controlar a exposição. Quanto maior a abertura , mais luz atinge a o sensor de imagem em um determinado período de tempo.

Abertura e Profundidade de Campo

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Como no obturador, a abertura também afeta a nitidez de sua foto, mas de um modo diferente. Mudando a abertura muda a profundidade de campo, a profundidade em uma cena de primeiro plano para o fundo que será nítido em uma fotografia. Quanto menor a abertura que você usa, maior a área de uma cena que será nítida. Para algumas fotos, por exemplo numa paisagem você pode querer profundidade de campo máxima de forma que tudo de perto (primeiro plano) a distante (fundo) esteja em foco. Mas talvez em um retrato você quererá diminuir a profundidade de campo de forma que a face de seu assunto esteja nítida mas o fundo esteja suave e fora de foco.

Uma profundidade de campo rasa pode fazer parte de uma imagem

nítida contra um fundo borrado. Isto enfatiza a parte mais nítida da

imagem.

Antigas Aberturas

Uma variedade de desenhos de diafragma no último século e meio permitiu ao fotógrafo

mudar o tamanho da abertura da lente. A forma de íris do diafragma, usada nas máquinas

fotográficas de hoje, era usada já nos anos 1820 por Joseph Nicephore Niepce, um dos

inventores da fotografia. Os "stops" de Waterhouse usados nos anos 1850’s era uma série de

pratos de metal enegrecidos com buracos de tamanhos diferentes cortados neles. Para mudar

aberturas, o fotógrafo escolhia o desejado e deslizou por uma abertura na bainha da lente.

Com "stops" em roda, aberturas de tamanhos diferentes cortadas em um prato rotativo. O

fotógrafo mudava o tamanho da abertura girando o prato para alinhar a abertura desejada

com a lente.

Mais explicações sobre Ajustes de Abertura

F-stops são chamadas ajustes de abertura e indicam o tamanho da abertura que abre dentro da lente. Cada f-stop deixa passar metade da luz da mais próxima abertura maior e duas vezes mais tanta luz quanto a mais próxima abertura menor. Da maior abertura possível para a crescentemente menor, as f-stops são f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45. Nenhuma lente tem o alcance completo de ajustes; por exemplo, a lente standard que é provida quando você compra uma máquina fotográfica digital percorrerá de aproximadamente f/2 para aproximadamente f/16. A máxima (maior) abertura em uma lente pode estar entre dois dos números principais na série, por exemplo, f/1.7 ou f/3.5. Note que conforme o

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número de f-stops se põe maior (f/8 a f/11, por exemplo), o tamanho de abertura se põe menor. Isto pode ser mais fácil de lembrar se você pensar no f-número como uma fração: 1/11 são menos que 1/8, da mesma maneira que o tamanho de abertura de lente de f/11 é menor que o tamanho da abertura f/8.

USANDO JUNTO VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO E ABERTURA

Velocidade de obturação e abertura afetam a exposição, a quantia total de luz que alcança o sensor de imagem e assim a claridade da foto ou escurecimento. A velocidade do obturador controla a duração do tempo em que o sensor de imagem é exposto a luz e a abertura controla o brilho daquela luz. Você pode emparelhar uma velocidade de obturação rápida (deixar passar luz por pouco tempo) com uma abertura grande (deixar passar mais luminosidade) ou uma velocidade de obturação baixa (tempo longo) com uma abertura pequena (pouca luz). Por falar em exposição, não faz qualquer diferença qual das combinações é usada. Mas de outro modo, faz diferença qual você escolhe e é justo esta diferença que lhe trazem algumas oportunidades criativas.

IMAGEM

Um modo para imaginar velocidades de obturação e aberturas são torneiras e baldes. Você

pode encher (exposição) um balde com um esguicho pequeno (abertura) e levar muito tempo

(velocidade de obturação) ou com um esguicho largo em um período menor. Não importa que

combinação você escolhe, o balde é enchido.

O maior problema para muitas pessoas está em entender a relação entre velocidade de obturação e ajustes de abertura. Cada ajuste é 1 "f-stop" do próximo e deixa passar luz do próximo ajuste pela metade ou em dobro. Uma velocidade de obturação de 1/60 segundos deixa passar luz pela metade do que a de 1/30 segundos e duas vezes a luz de 1/125 segundos. Uma abertura de f/8 deixa passar metade da luz de f/5. e duas vezes a luz de f/11. Se você faz a obturação 1 f-stop mais lento (deixando entrar 1 stop mais de luz), e uma abertura 1 f-stop menor (deixando entrar em 1 f-stop menos luz), a exposição não muda. Porém, você aumenta a profundidade de campo ligeiramente e também a possibilidade de escurecimento.

IMAGEM

Estas imagens foram fotografadas com combinações diferentes de velocidade de obturação e

abertura. Todas as combinações deixaram passar a mesma quantia total de luz, assim as

exposições globais dos quadros permanecem a mesma. Mas a nitidez das fotos mudam de

dois modos: objeto móvel aparece mais nítido a velocidades de obturação mais rápidas, mas

a cena parece mais nítida de perto para distante (tem maior profundidade de campo) a

aberturas menores.

Escolhendo uma Combinação de Velocidade de Obturação e de Abertura

Para fotografia geral, use pelo menos uma velocidade de obturação média (1/60 segundos ou mais rápida) e uma abertura média (f/5.6 ou menor). Você pode usar velocidade de obturação mais lenta se você tem a máquina fotográfica em um tripé, mas se você está segurando na

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mão use aberturas maiores antes de você ter de trocar para velocidades de obturação mais lentas.

o A nitidez de um objeto que se move rápido é importante? Então use uma velocidade de obturação rápida, pelo menos 1/250 segundos. A distancia focal da lente que você está usando, a proximidade do objeto e a direção em que está movendo também afeta o movimento.

o Você quer obter a máxima profundidade de campo, com a cena inteira nítida, de perto e de longe? Use a menor abertura que você puder. A distancia focal da lente e a distância para o assunto também afeta a profundidade de campo.

MODOS DE EXPOSIÇÃO

Em operação de exposição automática, sua máquina fotográfica automaticamente ajusta a velocidade de obturação e a abertura para produzir a melhor exposição possível. Em operação de exposição manual, você as fixa você mesmo. Porém, há dois outros modos de exposição que são extensamente usados em fotografia—prioridade de abertura e prioridade de obturação. Vamos dar uma olhada em cada um destes modos disponíveis. Máquinas fotográficas digitais de custo mais razoável têm só o modo completamente automático, mas máquinas fotográficas com os outros modos estão ficando mais acessíveis agora.

o Completamente Automático (programado). A máquina fotográfica fixa a velocidade de obturação e abertura automaticamente sem sua intervenção. Modelos diferentes têm programas diferentes que escolhem o melhor par de combinações. Em um, a máquina fotográfica começa com a obturação mais alta e procura por uma abertura. Se não puder achar uma, ela abaixa a velocidade de obturação e olha novamente. Este modo lhe permite fotografar sem prestar atenção a ajustes. Você pode se concentrar na composição e foco. Com fotos assim tão fáceis de tomar, você pode obter imagens boas e outras ruins.

o Modo de prioridade de abertura. Você seleciona a abertura (abrindo a lente) necessária para obter a profundidade de campo que você quer e o sistema de exposição automaticamente seleciona a velocidade de obturação para lhe dar uma exposição boa.

o Modo de prioridade de obturação. Você escolhe a velocidade de obturação que você precisa para congelar ou deliberadamente turvar o movimento da máquina fotográfica ou movimento do objeto e a máquina fotográfica automaticamente ajusta a abertura para lhe dar uma exposição boa.

o Modo manual. Você manualmente ajusta a abertura e a velocidade de obturação.

Todos os modos de exposição automáticos dão resultados igualmente bons na maioria vasta das situações fotográficas. Quando você fotografa em tipos específicos de situações, alguns modos de exposição podem ter certas vantagens.

o Quando fotografando cenas de ação, como essas encontradas por fotógrafos da vida selvagem, fotógrafos esportivos e fotojornalistas, o modo de prioridade de obturação pode ser melhor. Com cenas de rápida ação, você quer estar seguro de que sua velocidade de obturação é rápida o bastante. Com uma máquina fotográfica de prioridade de obturação, você pode selecionar a velocidade de obturação que precisa e então esquece do resto.

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o Quando fotografando paisagens ou cenas de viagens, o modo de prioridade de abertura poderá ser ligeiramente melhor. Lhe permite selecionar a abertura diretamente para a profundidade de campo que você quer. O mesmo é verdadeiro para fotografia de close-up onde a profundidade de campo é a preocupação principal.

o Se você quer estar livre de qualquer preocupação sobre se escolher uma abertura ou velocidade de obturação, o modo completamente automático é melhor.

USANDO VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO E ABERTURA CRIATIVAMENTE

Um das coisas que fazem a fotografia tão agradável é a chance que você tem de conseguir interpretar uma cena do seu próprio modo. Velocidades de obturação e controles de abertura são dois dos modos mais importantes que você tem de obter uma foto sua própria, exclusiva. Conforme você fica mais familiarizado com os efeitos delas em uma foto, você se encontrará fazendo escolhas mais instintivamente sobre elas: por exemplo, sabendo que você quer só o assunto principal nítido e ajustando assim para uma abertura maior. Nas seções que se seguem você aprenderá a fazer este planejamento quando sua máquina fotográfica não possui nenhum controle manual.

Para fotografar o U. S. Constituição

da coberta de uma lancha móvel

com uma lente longa foi preciso uma

velocidade de obturação rápida.

Aqui a velocidade de obturação era rápida o bastante para

congelar o dançarino central mas reduziu a velocidade o

bastante para turvar os outros. Isto faz do dançarino central a

pessoa mais importante na fotografia e também carrega um

sentimento de movimento.

Deixando o obturador aberto por um período estendido de

tempo, deixa rastros claros na imagem criada pelos faróis

traseiros de um carro em movimento.

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Fotografando para baixo de um nível superior no Museu de

Guggenheim congelou-se duas pessoas falando, mas turvou

todo mundo caminhando pela cena

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A LUZ CERTA

Há cinqüenta anos atrás, os fotógrafos chiques de Hollywood utilizavam a iluminação

dramática dos estúdios para criar retratos de celebridades. No entanto, eles não foram os

primeiros artistas a perceberem a capacidade da luz e da sombra de mudar o clima de uma

imagem. Os antigos mestres da pintura, como Rembrandt, Rubens e Velázquez, tinham um

entendimento maravilhoso das sutilezas da luz e seu domínio na aparência de seus retratos.

As ferramentas de imagem digital permitem aos fotógrafos recriar uma aparência parecida à

dos antigos mestres, sem configurações complicadas de estúdio ou horas na câmara escura

escurecendo e clareando. Nem todas as imagens devem ser escuras e dramáticas, mas, na

situação certa, isso pode produzir retratos fortes.

Ao utilizar técnicas de imagem digital básicas, você pode deixar as imagens mais

interessantes, isolando elementos e concentrando a atenção no que é mais importante - seu

assunto.

Comece com uma boa exposição

Se começar com uma imagem que tem muito contraste (ou insuficiente), suas modificações

parecerão artificiais e qualquer imperfeição ficará óbvia. Utilize as ferramentas de queimar

para escurecer e dar uma ilusão de profundidade, e compensar a luz plana. Utilize a

ferramenta de clonagem para remover áreas que desviam a atenção no plano de fundo e para

retoques.

Experimentar sobre a imagem

Crie uma nova camada para poder experimentar sobre a imagem, e desfaça com fácilidade o

que não funciona. Se seu programa não fizer camadas, faça apenas seleções diretamente na

imagem e salve todas as versões.

Enriqueça a seleção. Dependendo do tamanho e da resolução de seu retrato, experimente o

número de pixels para obter a maior e mais suave transição possível. Recomendamos uma

variação de 70 a 200 pixels.

Escureça o ambiente ao redor

Há uma porção de maneiras de se fazer isso - utilizando os controles de capacidade,

ajustando o brilho e o contraste da área selecionada, ou brincando com os controles de nível

para obter a densidade desejada.

Para suavizar a imagem e criar um efeito sutil, ajuste a transparência de suas camadas para

que apareça mais do retrato. Se não conseguir a gradação, a densidade e o contraste

desejados após uma tentativa, faça outra seleção, maior que a primeira, e repita as mesmas

etapas. Agora, você terá outro nível de escuridão formado. Quando estiver satisfeito, mescle

as camadas.

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Você pode chamar isso de parar aqui ou prosseguir mais um quilômetro

Experimente deixar sua imagem em preto e branco, difundi-la ou as duas coisas. Este é o

momento de brincar com qualquer idéia que você tenha.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 232

Direitos autorais, o que o fotógrafo precisa saber.

Você já deve visto ou sido reclamado já de fotografar em algum lugar ou alguma pessoa.

Vou citar aquí algumas coisa que você precisar saber antes de sair fotografando.

Antes vou contar um fato que me aconteceu e aconteçe com muita gente:

_tava eu, fotografando um moça aquí na minha cidade, ela queria levar lembranças do lugares mais bonitos daquí pois iria embora e talvez nunca voltasse, fomos em varios lugares e acabamos proximo do Banco do Brasil, não demorou um minuto para o gerente do Banco passar de carro e me ver, parou na hora e falou: "Não fica tirando foto aquí não porque se o segurança ver vai pensar que é outra coisa", dei sinal de positivo e ele foi embora, continuei alí ne, não tava fazendo nada de errado. logo apareçe o segurança falando que não poderia fotografar alí, indaguei dizendo que na constituição do Brasil não tinha nada decretado que não poderia fotografar o que quizer na rua, ou seja, em local público.

Pra quê falei isso? o cara fico bravo e queria até tomar minha camera, eu disse que conhecia meus direitos e que ele não poderia fazer isto, minha sorte é que tinha muita gente que já havia juntado alí, ao contrário acho que teria tomado minha camera e me levado talvez.

o cara não desistiu e começou a se comunicar pelo rádio e desistí também, tive que sair querendo ou não.

Eu que até então acreditava que se precisava de autorização para fotografar somente em locais restritos, descubro que até na rua precisa.

Estamos chegando a um ponto que não teremos liberdade artística para expressar nossas idéias, tudo por conta da ganância de uns e burrices de outros.

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Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 233

10 cuidados que você precisa ter antes de sair fotografando.

1) Cuidado ao fotografar pessoas, há restrições quanto ao uso da imagem alheia. Para fins jornalísticos e editoriais não há impedimento desde que não haja denegrimento da imagem.

2) Cuidado ao fotografar obra de arte que também é protegida, tanto quanto a imagem de uma pessoa.

3) Fotos para fins pedagógicos, científicos, têm uma redução da proteção do titular de direito em favor da sociedade que é usuária do conhecimento humano.

4) Obras arquitetônicas são consideradas artísticas, portanto, também estão protegidas pelo direito do autor.

5) Na publicidade, tenha sempre a regra: nada pode sem a autorização do titular.

6) Jamais faça remontagem da imagem de uma pessoa. A prática é comum no design e não é permitida perante a Lei.

7) Obra fotográfica bastante conhecida ou notoriamente artística não pode ser plagiada.

8) Ninguém pode alegar que o fotógrafo cedeu os direitos autorais, sem que isso conste expressamente em contrato de cessão de direitos.

9) A interpretação dos contratos de cessão é restrita.

O fotógrafo não é obrigado a autorizar alterações em sua obra, a não ser que conste no contrato de cessão de direitos.

A fotografia é protegida por Lei?

É. A fotografia é considerada como obra intelectual, legalmente protegida e como tal está protegida pelos art. 6 da Lei 5988/73 e art. 7º, inc. VII da Lei nº 9.610/98, cujo teor é: "Art.7º: São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: "VII - As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia".

agora um modelo de autorização para uso de imagem, copie e salve no word, então imprima e leve sempre consigo nos eventos. Muito chato isto mas se você não o fizer e for processado, a pessoa poderá ganhar, dependendo da situação.

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AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGENS

Através deste instrumento AUTORIZO o fotográfo xxxxxxxxx, portador do documento de identidade n°xxxxxxxxxxx, e CPF xxxxxxxxxxxxx, residente no endereço Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; a utilizar gratuitamente IMAGENS da minha pessoa, abaixo identificada, constantes de fotografias e filmagens podendo ser impressas, distribuídas e/ou veiculadas na mídia que o fotográfo julgar conveniente, sem qualquer limite de quanto ao número de edições, de exemplares e de exposições, para cirulação no território nacional e exterior, assegurando também todos os direitos de plena utilização da imagem atravez de qualquer outro meio e por prazo inderterminado. Poderão ser utilizadas total ou parcialmente em concuros, produtos e campanhas de publicidade e propaganda institurionais e promocionais nas mídias revista, jornal, televisão, website, DVD, CD-ROM, documentário institucional no formato vídeo ou cinema, slide, folheto, folder, catálogo, cartaz, livro, relatório, calendário, anuário, agenda, poster, outdoor, busdoor, bacK-light, front-light, cartão postal, etiqueta, banner, bloco, apostila, crachá, convite, envelope, exposição (itinerante ou não), bem como em conferências, palestras, mostras nacionais e internacionais.

Para os devidos fins, assino a prestente em 1 (uma) via, dando plena e geral quitação para nada mais reivindicar quanto a esta autorização seja a que título for.

Vitória-ES., _____ de ____________________de 2008.

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Page 235: Curso de Fotografia - Volume 1

Eslí Brito © 2009 Um Olhar Digital Fotografia 235

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Volume 1 – Curso de Fotográfica, técnica e sensibilidade. (Gratuito)

Neste trabalho tratamos da introdução da fotografia e técnicas especiais para tirar o melhor proveito da mesma, nesta matéria você encontra os princípios básicos da fotografia e também muitos assuntos avançados que pode ser confuso e tornar o aprendizado um tanto árduo e desinteressante por isso, recomendo que não fique só na teoria, adquiria uma boa câmera e pratique o que ver aqui.

Volume 2 – Construção de Estúdio Fotográfico (Gratuito)

No segundo exemplar com dicas de equipamentos fotográficos e como montar um Studio fotográfico, dicas de iluminação artificial e varias técnicas especiais de luz artística, equipamentos adequado e mercado de trabalho.

Volume 3 – Como Fotografar Eventos

No nosso terceiro exemplar, vejas dicas de fotografia de eventos em geral, direitos e deveres do fotógrafo, aniversário, casamento, etc. este material você não encontra em nenhum outro lugar, dicas e técnicas que reunir a longos anos e resumir tudo aqui para melhor entendimento.

Volume 4 – Tratamento de Fotografia

E no quarto veremos técnicas de tratamento de imagem usando os principais programas de manipulação digital usado por fotógrafos do mundo todo, também vídeo aulas e dicas que são de grande importância para quem está ingressando nesse mundo de fotografia e design.

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―Fotografia é arte e arte é vida‖