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CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS
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CURSO DE OPERADOR DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS
INSTRUTOR: PROF. FLÁVIO JOSÉ VIEIRA DE OLIVEIRA
RESP. DISC. MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
ESTAGIÁRIO: DIEGO ALVES DE SOUZA
ESTUDANTE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIACAMPUS III – JUAZEIRO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
2
INDICE
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
2 ESTRUTURA DO ABRIGO DE MÁQUINAS .................................................. 4
2.1 Custo ........................................................................................................... 4
2.2 Organização ................................................................................................ 4
3 MANEJO DE TRATORES AGRÍCOLAS ........................................................ 5
3.1 Segurança do operador ............................................................................. 5
4 O TRATOR AGRÍCOLA................................................................................ 11
4.1 Motor ......................................................................................................... 11
4.2 Embreagem ............................................................................................... 11
4.3 Caixa de mudança de marchas ............................................................... 12
4.4 Coroa, pinhão e diferencial ..................................................................... 12
4.5 Redução final ............................................................................................ 13
4.6 Rodados .................................................................................................... 14
5 MEIOS DE APROVEITAMENTO DE POTÊNCIA DOS TRATORES ........... 14
5.1 Sistema Hidráulico ................................................................................... 15
5.2 Barra de Tração ........................................................................................ 16
5.3 Tomada de Potência................................................................................. 16
6 LASTROS, BITOLA E PNEUS ..................................................................... 18
6.1 Lastros ...................................................................................................... 18
6.2 Bitola ......................................................................................................... 20
6.3 Pneus......................................................................................................... 21
7 MANUTENÇÃO CORRETIVA ...................................................................... 21
8 MANUTENÇÃO PREDITIVA ........................................................................ 21
9 PROCEDIMENTOS ADOTADOS NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA ........ 22
10 IMPLEMENTO AGRÍCOLA ........................................................................ 29
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................... 33
3
INTRODUÇÃO
Máquinas Agrícolas são máquinas projetadas especificamente para
realizar integralmente ou coadjuvar a execução da operação agrícola.
O trator agrícola é uma máquina bastante complexa constituída por um
motor de combustão interna, vários tipos de sistemas de transmissões e
rodados, utilizado para realizar tarefas em diferentes locais e condições de
trabalho. Por isso, é muito importante adotar procedimentos adequados de
manutenção antes e depois das operações, de modo a evitar falhas no
funcionamento, o que poderia causar quebras e prejuízos.
Todo trator agrícola possui um manual de instruções e nele estão contidas
todas as informações necessárias para uma boa manutenção. É importante
que o operador leia atentamente o manual de modo a seguir os procedimentos
corretamente.
4
ESTRUTURA DO ABRIGO DE MÁQUINAS
As máquinas e os implementos agrícolas possuem um custo inicial
elevado e requerem cuidados especiais, sobretudo quando estão inativas e
nessa situação, elas devem ser guardadas em um abrigo ou galpão.
Entretanto, se isso não for possível, precisam no mínimo estar cobertas com
uma lona que impeça a ação do sol, da chuva e de outros agentes nocivos.
Os motivos que levam o produtor rural à construção de um abrigo são os
custos e a organização.
Custo
Nos custos da produção agrícola está embutido o custo da depreciação
das máquinas e implementos, que é inversamente proporcional à conservação
das mesmas.
Organização
Um abrigo de máquinas pode auxiliar na organização e controle das
máquinas e implementos quando se tem grande número de tratores. Caso haja
poucas máquinas, a organização e controle podem ser realizados na própria
sede da propriedade. Neste controle pode-se avaliar o trabalho do conjunto
homem/trator/implemento, com o intuito de se conseguir a maior eficiência do
conjunto, assim como orientar quanto ao melhor momento de se realizar a
manutenção do trator/implemento.
A partir do momento em que se faça opção por construir um abrigo ou
galpão de máquinas na propriedade, deve-se estar atento e escolher o local
5
mais adequado para a instalação. Os critérios como acesso, centralização,
disponibilidade de água e energia, topografia e segurança devem ser
considerados.
MANEJO DE TRATORES AGRÍCOLAS
O manejo dos tratores agrícolas, embora relativamente simples, sempre
exige maiores atenções e cuidados do que qualquer outro veículo automotor.
O tratorista deve presenciar a entrega da máquina ao comprador para
conhecer as características estruturais e funcionais do trator e também para
receber orientações técnicas de controle e manutenção.
Segurança do operador:
Alguns cuidados devem ser tomados pelo tratorista antes de iniciar o
trabalho, como:
Acesso ao trator: O acesso ao trator deve sempre ser feito pelo lado
esquerdo. Isto se deve ao fato de que os controles do hidráulico e os
freios estão localizados no lado direito, evitando assim, encostar
acidentalmente nos pedais e alavancas;
Não efetuar mudanças de marchas com o trator em movimento,
especialmente em descidas e tracionando cargas elevadas;
6
Não se deve abastecer o tanque com o motor aquecido, em
funcionamento, ou próximo a chamas;
Para completar o nível de água do radiador deve-se desligar o motor ou
deixá-lo funcionando em ponto morto;
7
Nunca se deve engraxar as peças próximas ao motor em
funcionamento;
Não ligar o trator em local fechado;
Antes de movimentar o trator, verifique se não há pessoas ou obstáculos
próximos;
Ajustar corretamente o assento do trator antes de iniciar os trabalhos
para que o operador acesse os controles com maior facilidade, tornando
a jornada menos cansativa e mais segura;
8
Ao fazer o acoplamento do implemento ao trator, deve-se impedir que
pessoas fiquem entre as máquinas;
O operador deve segurar firme o volante do trator e jamais dirigir com
apenas uma das mãos;
Nunca conduzir o trator em alta velocidade, pois ele foi projetado para
trabalhar a baixas velocidades;
Ao utilizar o trator para tracionar carretas com cargas pesadas,
mantenha os dois pedais de freio ligados pela trava;
Evite o transporte de pessoas na plataforma ou na barra de tração;
9
Evite subir ou descer do trator em movimento;
Não trabalhar com roupa larga ou camisa de manga comprida, a fim de
evitar que a roupa se prenda as alavancas ou a outras peças que
estejam em movimentam;
Não conduza o trator próximo a valetas ou barrancos;
Os freios devem ser acionados com movimentos suaves. Em caso de
deslizamento das rodas, usar os freios separadamente e procurar
manter o alinhamento do trator;
Quando o conjunto mecanizado (trator + implemento) é travado por
algum obstáculo, acionar o freio, colocar o motor em ponto morto ou
desligá-lo, antes de descer do trator;
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Ao rebocar um outro trator utilizar sempre a barra de tração e nunca o
engate do braço superior (3° ponto);
Quando o trator estiver acionando um implemento através da tomada de
potência não se ficar perto da TDP. Os fabricantes recomendam o uso
de proteção para a tomada de potência;
Ao estacionar o trator, de preferência em terreno plano, usar sempre os
freios de mão e de pé e não esquecer de retirar a chave do contato.
Quando o trator estiver estacionado, os implementos acoplados no SLH
devem ser abaixados;
Ao trocar pneus não use macacos ou cavaletes improvisados;
O trabalho noturno só deverá ser feito em terrenos conhecidos.
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O TRATOR AGRICOLA
O trator agrícola é uma máquina projetada especificamente para realizar
integralmente ou coadjuvar a execução da operação agrícola.
Motor: Responsável pela transformação da energia potencial do
combustível em energia mecânica, na forma de potência disponível no eixo de
manivelas.
Combustível Diesel
Número de cilindros 1,3,4 ou 6
Rotação máxima 2400 a 2700 rpm.
Embreagem: Órgão receptor da potência do motor e responsável pela
sua transmissão à caixa de mudança de marchas, sob o comando de um pedal
ou alavanca acionável pelo operador (pedal de embreagem).
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Caixa de mudança de marchas: Órgão mecânico responsável pela
transformação de movimento para o sistema de rodados do trator. É o
responsável pela transformação de torque e velocidade angular do motor,
sendo comandada pela alavanca de mudança de marchas.
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Coroa, pinhão e diferencial: Órgãos transformadores e transmissores
de movimentos responsáveis pela transmissão do movimento da caixa de
mudança de marchas a cada uma das rodas motrizes; envolvendo uma
redução proporcional de velocidade e uma mudança na direção do movimento
de um ângulo de 90º.
Redução final: Órgão que transmite os movimentos do diferencial às
rodas motrizes com redução da velocidade angular e aumento do torque.
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Rodados: São os órgãos operadores responsáveis pela sustentação e
direcionamento do trator, bem como sua propulsão, desenvolvida através da
transformação da potência do motor em potência na barra de tração.
MEIOS DE APROVEITAMENTO DE POTÊNCIA DOS TRATORES
Os primeiros equipamentos agrícolas utilizavam a potência do ser
humano e, durante o período dos séculos 19 e 20, os animais passaram a
fornecer a potência requerida para os equipamentos agrícolas. Porém, com a
necessidade de otimizar o trabalho agrícola aumentando a produtividade e
eficiência e reduzindo os custos, passou-se a utilizar máquinas com potência
fornecida por motores de combustão interna.
Os meios de aproveitamento de potência dos tratores são: Sistema
hidráulico (SH), Barra de tração (BT) e Tomada de potência (TDP).
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A - Sistema de levante hidráulico;
B – Barra de tração;
C – Tomada de potência.
Sistema Hidráulico (SH)
Usado para o levantamento e abaixamento de máquinas e implementos,
aciona o levante de 3 pontos, controle de ondulação e controle remoto.
Levante de 3 pontos
Usado para o acoplamento de implementos ao trator, é constituído de:
1° ponto (braço esquerdo);
2° ponto (braço direito);
3° ponto (braço superior);
Braços intermediários (movimentam o 1° e 2° ponto)
Correntes estabilizadoras.
O levante de três pontos possui os comandos de:
Posição: comanda o levantamento e o abaixamento
Profundidade: ajusta a profundidade de corte dos implementos que trabalham
abaixo da superfície do solo
Reação: controla a velocidade da queda dos implementos (rápida e lenta).
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Controle de ondulação
Controla automaticamente a profundidade de trabalho de acordo com a
superfície do solo. O controle de ondulação é acionado pelo movimento do 3°
ponto.
Controle remoto
Usado em implementos reversíveis (equipamento dotado de cilindros
hidráulicos).
Barra de Tração (BT)
A potência na barra de tração está sujeita a perdas de até 50% em
relação a potência nominal e até 30% em relação à TDP (em condições de
campo). Estas perdas são devidas principalmente à altitude, temperatura,
declividade e superfície do solo.
A barra de tração é montada abaixo do eixo das rodas traseiras,
aumentando a aderência das rodas dianteiras no solo, diminuindo a patinagem
com o aumento de peso.
A barra de tração pode ser:
Fixa: Usada quando se usa simultaneamente a BT e TDP ou carretas
(mas pode haver deslocamento lateral)
Oscilante: Usada principalmente em implementos para o preparo do
solo.
Tomada de Potência (TDP)
Dispositivo com maior eficiência de aproveitamento da potência do
motor, em forma de rotação, para máquinas acopladas no trator, através de um
eixo extensivo com uma junta cardan nos dois extremos. As perdas são
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somente no sistema de transmissão (acoplamento do eixo da TDP com a
entrada da caixa de marchas do trator).
A localização mais comum do eixo da TDP é na parte posterior do trator,
mas alguns modelos têm eixos de TDP em outras posições, como na parte
frontal, por exemplo.
A velocidade de rotação e as dimensões da TDP foram padronizadas para
fornecer a capacidade de interligar equipamentos de diferentes fabricantes.
Atualmente, existem três tipos de eixos:
Tipo 1: eixo com diâmetro nominal de 35 mm e com 6 estrias. Sua
velocidade de giro é de 540 rpm e é a mais comumente usada. Esta
TDP é usada em tratores com até 65 cv de potência no eixo a
velocidade nominal do trator.
Tipo 2: eixo com diâmetro nominal de 35 mm e com 21 estrias. Sua
velocidade de giro é de 1000 rpm e é aplicada em tratores com
aproximadamente de 60 a 160 cv de potência na TDP.
Tipo 3: eixo com diâmetro nominal de 45 mm e 20 estrias. Utilizado em
tratores com potência no eixo na faixa de 150 a 250 cv e sua velocidade
de giro é de 1000 rpm.
Os primeiros tipos de TDP eram movidos pela transmissão do trator e
paravam de girar sempre que a embreagem da caixa de marchas era
desengatada. Atualmente, os tipos de embreagens podem ser:
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Dependente: a TDP é movida pela transmissão do trator, ou seja,
interrompe o giro da TDP sempre que a embreagem da caixa de
marchas for desengatada;
Independente: controlada pela sua própria embreagem, ou seja,
permite parar e arrancar novamente o trator sem interromper o
funcionamento da TDP;
Duplo Estágio: embreagem dupla, ou seja, no primeiro estágio a
transmissão é cortada do motor para caixa de marchas e no segundo
estágio da caixa de marchas para o implemento.
LASTROS, BITOLA E PNEUS
Lastros
O lastreamento dos tratores agrícolas consiste em colocar pesos no
trator, com os objetivos de aumentar a estabilidade, a aderência (diminuindo a
patinagem) e a capacidade de tração dos tratores (transferência de peso – TP).
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Distribuição do peso no trator:
Modelo do
trator
Eixo do trator Equipamento
Arrasto
Semi-montado Montado
(3º ponto)
4x2 Dianteiro
Traseiro
25%
75%
30%
70%
35%
65%
4x2 –TDA
4x4
Dianteiro
Traseiro
35%
65%
35%
65%
40%
60%
Os lastros somente devem ser utilizados em operações que exigem maior
FTM, os tipos de lastros normalmente utilizado nos tratores agrícolas são:
Água: colocada dentro da câmara de ar no interior dos pneus de tração
(no máximo 75% do volume de água nos pneus diagonais.
Ferro fundido: podem ser colocados nos discos das rodas motrizes ou
na parte frontal do trator, presos no pára-choque.
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Lastro frontal Lastro Lateral
Bitola
A bitola dos tratores agrícolas é a distância de centro a centro dos pneus
dianteiros ou traseiros dos tratores.
As bitolas podem ser:
Ajustáveis no eixo: a variação da bitola é feita soltando a presilha e
prendendo a roda no eixo.
Pré-fixada: obtidas com diferentes posições do disco ou calota.
Servo ajustáveis: o ajuste da bitola é feito soltando as presilhas que
prendem a roda ao aro e girando eixo traseiro.
Pneus
Classificação dos pneus
Os pneus podem ser classificados em:
Pneus de tração Pneus direcionais
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Pneus de transporte Pneus para motocultivadores
Os pneus são os elementos de sustentação dos tratores agrícolas. Os tipos
de pneus são radiais e diagonais.
Pneus radiais: possuem as fibras das lonas dispostas
perpendicularmente ao sentido de deslocamento do trator.
Vantagens: maior área de contato com o solo, menor compactação, maior
flutuação e rendimento na tração.
Desvantagens: menor estabilidade lateral e maior flexão ao deslocamento
lateral.
Pneus Diagonais: as fibras das lonas estão dispostas diagonalmente ao
sentido de deslocamento do trator.
Vantagens: maior estabilidade lateral e maior resistência à penetração.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva é realizada periodicamente e baseia-se no
desgaste natural de algumas peças. Dessa forma, adota-se previamente uma
programação de realização de medidas para prevenir que o trator apresente
falhas no seu funcionamento em função do mau funcionamento de algum
componente.
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Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é realizada para corrigir algum problema
apresentado pelo trator durante o seu funcionamento.
Manutenção preditiva
A manutenção preditiva é realizada de acordo com o desempenho na
máquina.
Um exemplo de manutenção preditiva é medir, de tempos em tempos, o
desgaste das garras dos pneus de tração, quando a altura destas atingir um
valor mínimo, os pneus deve ser trocados.
PROCEDIMENTOS ADOTADOS NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Dentre as manutenções citadas, a manutenção preventiva é mais
importante e é a manutenção que demanda maior número de cuidados. Nesse
tipo de manutenção, cada tarefa é executada em um tempo especificado de
acordo com o fabricante do trator.
Normalmente, os procedimentos adotados nesse tipo de manutenção
seguem os seguintes intervalos:
Manutenção diária ou a cada 10 horas de trabalho;
Manutenção semanal ou a cada 50 horas de trabalho;
Manutenção mensal ou a cada 250 horas de trabalho;
Manutenção semestral ou a cada 500 horas de trabalho;
Manutenção anual ou a cada 1000 horas de trabalho.
Os intervalos de manutenção da manutenção preventiva são
progressivos, ou seja, a manutenção realizada semanalmente ou a cada 50
horas de trabalho, inclui também a realização dos procedimentos adotados na
realização da manutenção diária ou a cada 10 horas de trabalho. Dessa forma,
na manutenção anual ou a cada 1000 horas, são realizados os procedimentos
de todas as outras manutenções.
Manutenção diária ou a cada 10 horas de trabalho
Os principais itens a serem verificados nesse tipo de manutenção, são:
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Realizar lubrificação geral
Os tratores agrícolas possuem diversos pinos de lubrificação, comumente
chamados pinos graxeiros, que deve ser lubrificados diariamente. É importante
que o operador tenha um mapa de localização dos pinos de modo a agilizar a
operação e não deixar nenhum deles sem ser lubrificado.
Verificar o nível de óleo lubrificante no cárter do motor
A verificação do nível do óleo
lubrificante no cárter do motor é feita
por meio de uma vareta contendo a
indicação de nível mínimo e nível
máximo de óleo existente no cárter.
Para uma leitura correta na vareta, o
trator deve ser posicionado em um
plano e o motor deve ser desligado
aproximadamente dez minutos antes
da leitura.
O motor deve funcionar sempre com o nível do óleo no cárter entre a
marcação de mínimo e máximo da vareta. Caso haja necessidade de ser
completado, deve-se utilizar o mesmo óleo já existente no carter.
Verificar o sistema de alimentação
Os cuidados com o sistema de alimentação dividem-se em verificar a
qualidade do diesel e do ar que estão sendo introduzidos no motor.
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Verificar o sistema de alimentação do diesel:
Consiste na verificação dos filtros de combustível e copo de
sedimentação. Se os mesmos estiverem com água ou sujeira, deverão ser
drenados e reabastecidos com óleo diesel limpo. Deve-se observar também se
o tanque de combustível está drenado. Ao final de cada jornada, o tanque de
combustível deve ser completado de modo a evitar a condensação de vapor no
seu interior durante a noite.
Verificar o sistema de purificação do ar:
Verificar o sistema de arrefecimento
Deve-se verificar o nível de água do radiador e completá-lo, se
necessário. A tela do radiador deve sempre estar limpa de modo a permitir a
livre passagem do ar pelas aletas, trocando assim o calor do motor com o ar
mais eficientemente.
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Verificar o sistema de direção e transmissão
Deve-se verificar se existe vazamentos de óleos nos cubos e mangas-
dos-eixos, na caixa do diferencial e caixa de marcha. Se houver vazamentos,
os mesmos deverão ser eliminado e o nível do óleo deve ser completado.
Manutenção semanal ou a cada 50 horas de trabalho
Os principais itens a serem verificados nesse tipo de manutenção, são:
Verificar o sistema de arrefecimento
Verificar a tensão da correia do ventilador. Esta deve possuir uma tensão
que, ao ser pressionada com o dedo indicador, permita o deslocamento de, no
máximo dois centímetros.
Verificar os pedais
Verificar o curso livre dos pedais dos freios e da embreagem. A folga deve
estar de acordo com o fabricante, de modo a permitir o adequado engate das
marchas e não provocar desgaste excessivos dos discos.
Verificar o sistema elétrico
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Nessa etapa deve-se verificar o estado geral de funcionamento do
sistema elétrico, como fusíveis e mostradores do painel de instrução. Deve-se
também verificar o nível da solução eletrolítica em todas as células da bateria e
limpar os terminais. O nível da solução eletrolítica na bateria deve ser de 1,5
cm, caso esteja abaixo desse valor deve-se completar com água destilada.
Verificar os pneus e as rodas
É importante verificar a pressão dos pneus e, se necessário, completá-la
de acordo com a recomendação do fabricante. Pressão muito baixa causa
desgaste acentuado nas laterais do pneu, enquanto pressões elevadas
diminuem a área de contato do pneu com o solo, reduzindo a capacidade de
tração e provocando desgaste no centro do pneu.
O aperto das porcas das rodas também deve ser conferido.
Verificar o sistema de transmissão
Verificar o nível de óleo na caixa de marcha, diferencial e redução final, se
houver necessidade, o mesmo deve ser completado.
Verificar o sistema de levante hidráulico
Verificar o nível de óleo hidráulico e completar, se necessário.
Realizar limpeza geral
É importante que a cada semana o trator passe por uma limpeza geral na
sua lataria. Para isso, pode-se fazer uso de querosene para retirar manchas de
óleo e água com sabão para retirar outras impurezas.
Manutenção mensal ou a cada 250 horas de trabalho
Os principais itens a serem verificados nesse tipo de manutenção, são:
Trocar o óleo lubrificante do motor
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A troca do óleo lubrificante deve ser feita com o motor aquecido de modo
a permitir todo escoamento do óleo pelas paredes do motor. É importante evitar
a mistura de marcas ou tipos de óleos diferentes, devendo dar preferência para
os óleos sugeridos pelo fabricante.
Deve-se também trocar o filtro de óleo lubrificante.
Verificar o nível de óleo da bomba injetora
Verificar o nível de óleo da bomba injetora e completá-lo, se necessário.
Manutenção semestral ou a cada 500 horas de trabalho
Os principais itens a serem verificados nesse tipo de manutenção, são:
Lubrificar as rodas
As rodas devem se desmontadas, limpadas e lubrificadas com graxa.
Limpeza do radiador
Limpar o radiador, retirando toda a água e, se necessário, adicionar um
aditivo anti-ferruginoso, de modo a evitar acúmulo de impurezas no sistema de
arrefecimento.
Substituir o filtro de combustível
O filtro de combustível deve ser substituído e todo o ar do sistema deve
ser eliminado por meio da sangria. A sangria consiste na abertura da conexão
da tubulação de combustível próximo ao filtro de combustível ou próximo aos
bicos injetores e, em seguida, no bombeamento manual do combustível por
meio da bomba alimentadora, até que se expulse todo o ar da tubulação.
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Substituir o óleo da direção hidrostática
Tanto o óleo como o filtro do óleo da direção hidrostática devem ser
substituídos.
Verificar o aperto das porcas e parafusos do motor
Deve-se realizar o reaperto de todas as porcas e parafusos do cabeçote
do motor e proceder a regulagem da folga das válvulas.
Deve-se também limpar o tubo de respiro do motor.
Manutenção anual ou a cada 1000 horas de trabalho
Os principais itens a serem verificados nesse tipo de manutenção, são:
Substituir o óleo e verificar transmissões
Deve-se trocar o óleo das transmissões, como caixa de marcha,
diferencial e reduções finais. Nesse momento deve-se também limpar os
rolamentos e remover graxa dos cubos, caso exista.
Caso haja necessidade, deve-se ajustar a folga do diferencial.
Substituir o óleo e verificar o hidráulico
Deve-se trocar o óleo do sistema hidráulico e verificar se há necessidade
de trocar também o filtro.
Substituir o óleo da direção mecânica
Deve-se trocar o óleo da direção mecânica
29
PAINEL DO TRATOR AGRÍCOLA.
.
IMPLEMENTO AGRÍCOLA
Implemento agrícola ou alfaia agrícola é um equipamento mecânico que,
acoplado a um tractor ou a um animal, desempenha funções na agricultura,
como arado, grade, plantadeira, colheitadeira, pulverizador e raspadora ou
niveladora.
30
Arado
É um instrumento que serve para lavrar (arar) os campos, revolvendo a
terra com o objetivo de descompactá-la e, assim, viabilizar um melhor
desenvolvimento das raízes das plantas. Expõe o subsolo à ação do sol,
ajudando a aumentar a temperatura e apressar o degelo.
Arados de Aivecas
É um dos implementos mais antigos utilizados no preparo do solo para
instalação de culturas periódicas. Foram utilizados, além de outros povos,
pelos chineses, os quais inicialmente possuíam formatos triangulares ou
quadrados e, posteriormente, curvados, sendo estes utilizados até os dias de
hoje sem grandes modificações.
Arados de Discos
O arado de discos apareceu em substituição aos arados de aivecas e
sua origem teve como ponto de partida a grade de discos. Este tipo de arado é
uma das máquinas mais estudadas e aperfeiçoadas pelos engenheiros,
técnicos e fabricantes de maquinaria agrícola.
31
Grade
É um implemento agrícola que é mais utilizado em plantio convencional,
é utilizada para descompactação do solo e também controle de plantas
daninhas, só remove a camada superficial do solo. Hoje em dia não é muito
utilizado no entanto muitas pessoas utilizam esse método porque ainda não
conhecem o plantio direto, que é um meio bem mais econômico e
ecologicamente correto de se plantar no método convencional.
Simples ação
Sua característica básica é a inversão do solo com uma passada. Estes
sistemas são empregados somente no controle de plantas daninhas (capina
superficial).
Dupla ação
São sistemas providos de discos, os quais permitem a mobilização do
solo, ou seja, o solo é removido e depois sofre uma desestruturação. Utilização
marcante em operações de nivelamento superficial do solo após a mobilização
pela aiveca ou arado de discos.
32
Tandem ou off-set
São aquelas utilizadas para mobilização profunda do solo em
substituição aos arados de discos ou aivecas. Também conhecido como grade
aradora.
Subsoladores
Subsolagem é uma prática que consiste na mobilização sub-superficial do solo
com o objetivo de quebrar as camadas compactadas ou adensadas do solo.
Subsolador é um implemento agrícola provido de órgãos ativos (hastes) que
são responsáveis pela quebra da camada compactada. Seu acoplamento é
através dos três pontos do trator ou da barra de tração.
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BALASTREIRE, Luiz Antônio. Máquinas Agrícolas. São Paulo: Editora Manole
LTDA, 1987, 307p.
BARGER, E. L.; LILJEDHL, J. B.; CALLETON, W. M.; MCHIBBEN, E. G.
Tratores e seus motores. São Paulo, Ed Gard Blucher, 1963.
BRIOSA, F. (1984). Glossário ilustrado de mecanização agrícola. Sintra.
Galucho.
CARVALHO, R., AMARO, M., FERREIRA, V. Máquinas agrícolas. Algumas
normas, cuidados, conselhos e esclarecimentos. Divulgação 14 : 1, 1982,
p.69.
DIAS.P,D.; VIEJRA,L.B. & MEWES. B. O. Manutenção de Trator Agrícola de
Pneu. Viçosa. UFV. Apostila n0
194. 1984. 31 p.
DIAS, G., P. Introdução à mecânica e mecanização agrícola. Roteiro de
aulas. Departamento de Engenharia Agrícola, UFV. Viçosa, 2000.
GUIA RURAL. Tratores e máquinas agrícolas. (Revista). Abril, São Paulo,
1990. 170p.
INSTRUÇÕES NORMATIVAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO - Instrução
normativa Nº 17 - Prevenção de riscos das oficinas mecânicas. Disponível
em: <http://www.sucen.sp.gov.br/saude_trabalhador/texto_instrucoes_17.htm>.
Acesso: 11/11/2006.
MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo: Editora
Ceres, 301p.
MIALHE, Luiz Geraldo. Máquinas Motoras na Agricultura. Volume 1. São
Paulo: Editora EDUSP, 1980, 367p.
MIALHE, Luiz Geraldo. Máquinas Motoras na Agricultura. Volume 2. São
Paulo: Editora EDUSP, 1980, 367p.
SAAD, Odilon. Máquinas e Técnicas de Preparo Inicial do Solo. São Paulo:
Livraria Nobel S. A., 4o Edição, 1986, 98p
SILVEIRA, G. M. Os cuidados com o trator. São Paulo, Globo,1987, 246p.
SILVEIRA, M. G. Os cuidados com o trator. Ed. Aprenda Fácil. Viçosa-MG.
Série Mecanização, v.1, 309p, 2001.