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Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial Engº MARCELO SUAREZ SALDANHA - Esp. Perito Avaliador [email protected]

Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

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Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial. Engº MARCELO SUAREZ SALDANHA - Esp . Perito Avaliador [email protected]. ENGENHARIA LEGAL. ENGENHARIA DIAGNÓSTICA. ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES. I NSPEÇÃO. PESQU I SA. ECONOMIA. ES T A T Í S T I CA. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Curso de Perícias JudiciaisPrática na Elaboração da Prova Pericial

Engº MARCELO SUAREZ SALDANHA - Esp.Perito [email protected]

Page 2: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Engenharia Legal

ENGENHARIA LEGALENGENHARIA LEGAL

VV IIS S TTOORR I I AA

ENGENHARIA DIAGNÓSTICAENGENHARIA DIAGNÓSTICA ENGENHARIA DE AVALIAÇÕESENGENHARIA DE AVALIAÇÕES

IINNSSPPEEÇÇÃÃOO

AAUUDI DI TTOORRIIAA

PPEERRÍÍCCIIAA

CCOONSNSULULTTOORRIIAA

IINNSSPPEEÇÇÃÃOO

PPEESSQQU U IISSAA

EECCOONNOOMMIAIA

ESESTTAATT ÍÍSSTT IICACA

A Engenharia LEGAL é a ciência da observaçãoA Engenharia LEGAL é a ciência da observação

Page 3: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Engenharia Legal e Diagnóstica

Engenharia Legal é a parte da engenharia que atua na interface técnico-legal envolvendo avaliações e toda espécie de perícias relativas a procedimentos judiciais.

Engenharia Diagnóstica é a arte de criar ações pró-ativas, através dos diagnósticos, prognósticos e prescrições técnicas, visando à comprovação do fato.

Page 4: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Prova Pericial

Perícia é uma prova admitida no processo judicial, destinada

a levar ao juiz, elementos relativos a fatos que careçam, de

conhecimentos técnicos, podendo consistir numa declaração

de ciência, na afirmação de um juízo, ou em ambas,

simultaneamente.

A prova pericial ocorre nas ocasiões em que o juiz não está

apto para realizar a verificação dos fatos, seja pela carência

de conhecimentos técnicos ou pela impossibilidade de

colher os dados os dados necessários.

Page 5: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Prova Pericial

Então, o trabalho será realizado por profissionais habilitados

na área, através da perícia judicial, para as investigações, há

a necessidade de se chamar o perito técnico.

Além da prova pericial, existem outros meios de prova,

disciplinados pelo código do processo civil, que é o

dispositivo legal que regulamenta a legislação processual,

sendo estas: depoimento pessoal, confissão, exibição de

documentos, prova documental, prova testemunhal,

inspeção judicial, etc.

Page 6: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Área de Atuação

Os profissionais que atuam nesta atividade técnica, ligada às

perícias no âmbito do poder judiciário, que ocorrem sempre

que a matéria em discussão necessitar de conhecimento

técnico científico, podendo ser solicitada pelas partes ou ser

determinada pelo juízo.

No caso da participação do profissional acontecer por

designação do juiz, sua função será de Perito de Juízo, se for

contratado pelas partes será de Assistente Técnico.

Page 7: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Designação da Perícia

O Juiz, ao proferir a decisão determinando a

realização da prova pericial, imediatamente

nomeia o Perito do Juízo, que é a pessoa de sua

estrita confiança, podendo as partes litigantes,

indicarem, se quiserem, os seus assistentes

técnicos para acompanharem a perícia.

Page 8: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Perito Judicial

A figura do Perito Judicial surge no processo judicial para

realização da perícia, que na concepção jurídica, é um

elemento auxiliar da administração da justiça, que assessora

o Juiz na formação de seu convencimento, quando o assunto

em pauta depender de conhecimento técnico científico.

Daí decorre a necessidade do Perito ser uma pessoa dotada

de conhecimentos técnicos e científicos relacionados com os

fatos da causa, oriundos de formação acadêmica

especializada, visando suprir a deficiência do Juiz e

colaborando na construção do ato decisório.

Page 9: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Assistente Técnico

O Assistente Técnico é indicado pelas partes litigantes, com

a finalidade de zelar pelos interesses da parte que o

contratou, fiscalizando a atuação do Perito do Juízo e

fornecendo-lhe informações de interesse à perícia, sem

faltar com a verdade.

Genericamente, a função do Assistente Técnico se resume

em colaborar com o advogado na formulação dos quesitos,

que poderão ocorrer mesmo no decorrer da perícia.

Page 10: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Assistente Técnico

Deve analisar tecnicamente o processo em que está

atuando, levantando elementos que julgar

importantes, encaminhando os mesmos ao Perito

do Juízo.

Quando não concordar com o Laudo Pericial,

elaborar seu próprio Parecer Técnico, apresentando

as divergências, sem fazer críticas pessoais ao Perito

Judicial.

Page 11: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Ações de Maior Interesse

Nas perícias de engenharia, dividimos em três grupos:

Arbitramentos: revisões de aluguel, renovatórias de

locação, desapropriações, indenizatórias, liquidações

de sentença por arbitramentos, etc.;

Possessórias: reivindicatórias, reintegrações de posse,

usucapiões, demarcatórias, etc.;

Cautelares: vistorias, nunciações de obra nova,

demolitórias, produções antecipada de provas, etc.;

Page 12: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

No Código do Processo Civil - CPC, que constam os dispositivos que

disciplinam a legislação processual em vigor, e no que se refere à

prova pericial. De acordo com a nova redação, lei n.º 8.455 de

24/08/92, são os seguintes:

Art. 138 - aplicam-se também os motivos de impedimento e de

suspeição:

I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo

parte nos casos previstos nos n.os I a IV do art. 135;

II - ao serventuário de justiça;

III - ao perito e assistentes técnicos;

IV - ao intérprete.

Page 13: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 138

Parágrafo 1º - A parte interessada deverá argüir o

impedimento ou suspeição, em petição fundamentada e

devidamente instruída, na primeira oportunidade em que

lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o

incidente em separado e sem suspensão da causa,

ouvindo o argüido no prazo de 5 dias, facultando a prova

quando necessária e julgando o pedido.

Parágrafo 2º - nos tribunais caberá ao relator processar e

julgar o incidente.

Page 14: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 145 - quando a prova do fato depender de

conhecimento técnico ou científico, o juiz será

assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.

Parágrafo 1º - os peritos serão escolhidos entre os

profissionais de nível universitário, devidamente

inscritos no órgão de classe competente, respeitado o

disposto no capítulo VI, seção VII deste código.

Page 15: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 145

Parágrafo 2º - os peritos comprovarão sua especialidade na

matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do

órgão profissional em que estiverem inscritos.

Parágrafo 3º - nas localidades onde não houver

profissionais qualificados que preencham os requisitos dos

parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre

escolha do juiz.

Page 16: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 146 - O perito tem o dever de cumprir o ofício, no

prazo que lhe assina a lei, empregando toda a sua

diligencia; pode, todavia, escusar-se do encargo

alegando motivo legítimo.

Parágrafo único - A escusa será apresentada, dentro

de (5) cinco dias contados da intimação, ou do

impedimento superveniente, sob pena de se reputar

renunciando o direito de alegá-la (art. 423).

Page 17: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art.421 - O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo

para entrega do laudo.

Parágrafo 1º - incube às partes, dentro de 5 dias, contados da

intimação do despacho de nomeação do perito:

I - indicar o assistente técnico;

II - apresentar quesitos.

Parágrafo 2º - quando a natureza do fato o permitir, a perícia

poderá consistir apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos

assistentes, por ocasião da audiência de instrução e julgamento

a respeito das coisas que houverem informalmente examinado

ou avaliado.

Page 18: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 422 - O perito cumprirá escrupulosamente o

encargo que lhe foi cometido, independentemente de

compromisso. Os assistentes são de confiança da

parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição.

Art. 423 - O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser

recusado por impedimento ou suspeição (art. 138, III);

ao aceitar a escusa ou julgar procedente a

impugnação, o juiz nomeará novo perito.

Page 19: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 424 - O perito pode ser substituído quando:

I - carecer de conhecimento técnico ou científico;

II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo

no prazo que lhe foi assinado.

Parágrafo único - no caso previsto no inciso II, o juiz

comunicará a ocorrência à corporação profissional

respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito,

fixada tendo em vista o valor da causa e o possível

prejuízo decorrente do atraso no processo.

Page 20: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código De Processo Civil

Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a

diligência, quesitos suplementares. Da juntada dos

quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte

contrária.

Art. 426. Compete ao juiz:

I – indeferir quesitos impertinentes;

II – formular os que entender necessários ao

esclarecimento da causa.

Page 21: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código De Processo Civil

Art.427 - O juiz poderá dispensar prova pericial

quando as partes, na inicial e na constentação,

apresentarem sobre as questões de fato pareceres

técnicos ou documentos elucidativos que considerar

suficientes.

Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por

carta, poderá proceder-se à nomeação de perito e

indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se

requisitar a perícia.

Page 22: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os

assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários,

ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando

documentos que estejam em poder de parte ou em repartições

públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos,

fotografias e outras quaisquer peças.

Art. 430. Revogado pela Lei n.º8.455, de 24/08/1992:

Texto original: O perito e os assistentes técnicos, depois de

averiguação individual ou em conjunto, conferenciarão

reservadamente e, havendo acordo, lavrarão laudo unânime.

Page 23: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 430

Parágrafo único: O laudo será escrito pelo perito e

assinado por ele e pelos assistentes técnicos.

Art. 431. Revogado pela Lei nº 8.455, de 24/08/1992:

Texto original: Se houver divergência entre o perito e

os assistentes técnicos, cada qual escreverá o laudo

em separado, dando as razoes em que se fundar.

Page 24: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 431-A. As partes terão ciência da data e local

designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início

a produção da prova.(Artigo incluído pela Lei n.º10.538, de

27/12/2001).

Art. 431-B. Tratando-se de perícia complexa, que se abranja

mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz

poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de

um assistente técnico. (Artigo incluído pela Lei n.º10.538,

de 27/12/2001).

Page 25: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder

apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á,

por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente

arbítrio.

Parágrafo único. Revogado pela Lei n.º8.455, de

24/08/1992:

Texto original: O prazo para os assistentes técnicos será o

mesmo do perito.

Page 26: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no

prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da

audiência de instrução e julgamento.(Redação dada pela

Lei n.º8.455, de 24/08/1992).

Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus

pareceres no prazo comum de 10 dias, após intimadas as

partes da apresentação do laudo.(Redação dada pela Lei

n.º10.358, de 27/12/2001).

Page 27: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados.

O juiz autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao diretor do estabelecimento. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13/12/1994).

Page 28: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Parágrafo único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.

Page 29: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código do Processo Civil

Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do

perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que

mande intimá-lo a comparecer à audiência,

formulando desde logo as perguntas, sob forma de

quesitos.

Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só

estarão obrigados a prestar os esclarecimentos a que

se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) dias

antes da audiência.

Page 30: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código De Processo Civil

Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo

pericial, podendo formar a sua convicção com

outros elementos ou fatos provados nos autos.

Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a

requerimento da parte, a realização de nova

perícia, quando a matéria não lhe parecer

suficientemente esclarecida.

Page 31: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código De Processo Civil

Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos

sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual

omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.

Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições

estabelecidas para a primeira.

Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira,

cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra.

Page 32: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Penalidades Legais

Se o perito errar por dolo (intenção de dar informações inverídicas) ou

culpa (por sua negligencia, imprudência ou imperícia) estará sujeito a

sanções civis, penais e administrativas.

Art. 159 do CC - aquele que, por ação ou omissão voluntária,

negligencia ou imprudência, violar direto ou causar prejuízo a outrem,

fica obrigado a reparar o dano.

Art. 342 do CPC - fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade,

como testemunha, PERITO, tradutor ou intérprete em processo

judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: pena: reclusão

de um a três anos e multa.

Page 33: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Penalidades Legais

Parágrafo 2º - as penas aumentam-se de um terço, se o crime é praticado

mediante suborno.

Parágrafo 3º - O fato deixa de ser punível se antes da sentença o agente

se retrata.

Além destas responsabilidades, o perito judicial e os assistentes técnicos

não pode cometer faltas éticas que contrariem a boa conduta moral na

execução de sua atividade profissional, previstas no código de ética

profissional, estabelecido na resolução n.º 205 de 30/09/1991 do

CONFEA, estando sujeito a penalidades, de acordo com a gravidade da

falta cometida que podem ser as seguintes: advertência reservada,

censura pública, multa, suspensão temporária do exercício profissional,

cancelamento definitivo do registro.

Page 34: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código de Ética

São deveres profissionais:

Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir

com seus conhecimentos, capacidade e experiência para

melhor servir à humanidade.

Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar

nem permitir a prática de atos que comprometam a sua

dignidade.

Não cometer ou contribuir para que se cometam injustiças

contra colegas.

Page 35: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código de Ética

Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente possa

prejudicar legítimos interesses de outros profissionais.

Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que

constituam competição de preços por serviços profissionais.(*)

Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito

público, devendo quando consultor limitar seus pareceres às

matérias específicas que tenham sido objeto da consulta.

Page 36: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Código de Ética

Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus clientes e empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e equidade para com os contratantes e empreiteiros.

Ter sempre em vista o bem -estar e progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e tratá-los com retidão, justiça e humanidade.

Colocar-se a par da legislação que rege o exercício profissional da engenharia, da arquitetura e da agronomia, visando a cumpri-lá corretamente e colaborar para sua atualização e aperfeiçoamento.

Page 37: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Perito

“ No processo o que se busca é a descoberta da verdade, sendo que em

alguns casos, é indispensável a produção de prova pericial,

especialmente se a diligencia for de natureza técnica, científica ou

artística. Sendo assim, a prova pericial é serviço público relevante,

cumprindo aos peritos e assistentes técnicos, com auxiliares da justiça

que são atuar com imparcialidade, sem dolo nem malícia ”

(Dr. Reinaldo milluzzi, juiz titular da 29 ª vara cível de são paulo, em palestra

proferida no IBAPE/SP em 12/03/91)

Page 38: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Perito

O perito é nomeado pelo juízo, na expectativa de que seja o homem certo

no lugar certo, ou seja, deve:

Ser especializado na sub-área de especialização em que atua;

Ser imparcial, guiando-se pelos seus conhecimentos técnicos e não pelos

seus sentimentos;

Ser honesto, fiel e leal, servindo bem a justiça;

Atuar como “extensão dos olhos do juiz”;

Cumprir os prazos estabelecidos para a sua atuação;

Page 39: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Perito

Assessorar tecnicamente o juiz, traduzindo o problema de forma que ele possa entender a questão técnica dos fatos ocorridos e decidir corretamente a lide;

Cumprir os prazos estabelecidos para a sua atuação;

Ser coerente quando atuar como perito ou assistente técnico, sob pena de deixar de ser indicado pelo juiz que constate essa dubiciedade comportamental;

Obedecer ao código de ética profissional;

Redigir laudo conciso, sem ser lacônico, em linguagem acessível ao juiz;

Page 40: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Perito

Evitar a apresentação de opiniões subjetivas, exceto

para dirimir questões técnicas altamente polemicas;

Apresentar conclusões objetivas, com boa

fundamentação (citações de normas, regulamentos,

livros técnicos, outros, outros laudos sobre o mesmo

assunto, artigos de jornais e revistas, etc.), Dando

assim credibilidade ao laudo;

Responder da mesma forma os quesitos formulados;

Page 41: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Perito

Apresentar como anexos do laudo tudo que for importante, mas

que não seja essencial para o julgador, tais como orçamentos,

documentos ou reproduções xerográficas, croquis, plantas,

levantamentos topográficos, memórias de cálculo, pareceres ou

laudos de outros profissionais, etc.;

Se as partes mal assessoradas deixarem de indagar questões

relevantes ao esclarecimento da lide, este autor é da opinião de

que o perito deve aborda-los, esclarecendo-os. Não obstante, o

perito deve se circunscrever ao objeto da perícia.

Page 42: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Assistente Técnico

Os assistentes técnicos são indicados (e não nomeados) pelas

partes envolvidas no processo, não estando sujeitos a

impedimento ou suspeição, como os peritos, em conformidade

com o art. 422 do CPC.

Os assistentes técnicos tem um compromisso com a verdade e

dever de lealdade para com o juízo, mas nada impede que os

que os assistentes colaborem com a parte que o contratou,

fazendo exame prévio do problema e sugerindo ou redigindo

quesitos de ordem técnica a serem respondidos pelos peritos.

Page 43: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Assistente Técnico

De preferência, estes quesitos devem ser específicos

e não genéricos, apresentados em seqüência lógica e

objetiva, sempre visando dirimir as questões técnicas

abordadas, para que este meio de prova cumpra sua

função no processo.

Para estar cumprindo a sua função, o assistente deve

colaborar com o perito:

Prestando informações sobre o litígio;

Page 44: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Assistente Técnico

Fornecendo antecipadamente todos os subsídios de que

disponham (pesquisas, documentos, argumentação técnica,

facilidade de acesso a imóvel, etc.) Para que o laudo do

perito seja o mais real possível;

Antecipando ao perito suas interpretações e conclusões

técnicas do problema em estudo;

É importante lembrar que é preferível apresentar parecer

concordante, a tentar derrubar todo o arrazoado

apresentado pelo perito do juízo.

Page 45: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Assistente Técnico

Se, apesar disto, o perito elaborar o laudo adotando um

ponto de vista diferente, o assistente técnico estará moral e

legalmente desimpedido para apresentar suas críticas ao

laudo, jamais à pessoa do perito.

Após a apresentação do laudo pericial, o assistente técnico

deverá examiná-lo, podendo concluir de forma diversa,

indicando suas falhas, enganos, erros ou omissões, com

fundamentos coerentes e robustos, devidamente

justificados, tentando facilitar ao juízo a busca da verdade.

Page 46: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Deveres do Assistente Técnico

As críticas ao laudo pericial, se forem convincentes, poderão induzir o juiz a aceitá-las, ou, pelo menos, solicitando uma segunda perícia, uma vez que o juiz julga segundo sua convicção, não estando vinculado ao laudo do perito por ele mesmo nomeado.

Page 47: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Fluxograma do CPC

Page 48: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Nomeação do Perito

Page 49: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Trabalho Pericial

Page 50: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Elaboração do Laudo

Page 51: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Arte da Perícia

A técnica consagrada da perícia é a arte de observar, medir, analisar e sintetizar os fatos ao conhecimento da verdade.

Nunca aceitar como verdadeira qualquer coisa, sem antes conhecê-la como tal, trabalhe com evidências (Descartes)

Page 52: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Expert

O verdadeiro expert é aquele que alimenta seu conhecimento e experiência com fatos e dados.

Desta maneira é que se assegura de usar este conhecimento, experiência e principalmente o seu tempo na direção certa.

Page 53: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Conhecimento

Conhecimento e a experiência são finitos e imperfeitos, este reconhecimento fará os fatos aparecerem. (Falconi Campos)

Os fatos e os dados são os únicos critérios do verdadeiro conhecimento. Deixem os fatos e dados falarem.

Page 54: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Perícia

Perícia – é o processo de verificação dos fatos com base em conhecimentos específicos (técnicos, científicos, práticos ou artísticos) para servir de prova em juízo, por meio do respectivo Laudo.

Page 55: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Perito x Assistente Técnico

Perito é o auxiliar do Juiz, é a testemunha técnica, que presta suas declarações à respeito de fatos científicos ou técnicos.

Assistente técnico fiscaliza a atuação do perito, fornecer subsídios e orientar o advogado na formulação dos quesitos, elaborar seu parecer técnico, apresentando as suas divergências.

Page 56: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Laudo Pericial

Laudo é o resultado da perícia, expresso em conclusões escritas, fundamentadas e assinadas pelo Perito. O que importa no Laudo Pericial é a fundamentação da prova produzida, calçada em elementos objetivos, analisados e interpretados por métodos adequados, que conduzam a conclusões técnicas irrefutáveis.

Page 57: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Conclusões do Perito

O Perito tem que ser objetivo, conclusivo, afirmando ou negando o que foi indagado nos quesitos, sem omissões ou evasivas e, obviamente, sem desvios ou falsidades nas suas informações e conclusões.

Page 58: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Perícia – Passo a Passo

• Verificação geral do local• Análise preliminar da documentação técnica• Apuração das influências das condições naturais e meio

ambiente• Vistoria dos imóveis, o imóvel afetado e de seus

confrontantes• Inspeção do Imóvel afetado • Análise e interpretação das causas do fato• Conclusão interpretativa do evento• Preparação da fundamentação técnica da origem do evento• Redação final e montagem do Laudo Pericial.

Page 59: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Introdução Caracterização Inspeção Fundamentação ConclusãoQuesitação Encerramento

Estrutura do Laudo Pericial

Page 60: Curso de Perícias Judiciais Prática na Elaboração da Prova Pericial

Normas Básicas Orientativas

NBR 1375/96 - Perícias de Engenharia na Construção Civil; ABNTNBR-14037/98 - Manual de operação, uso e manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação; ABNT NBR 5674/99 - Manutenção de edificações - Procedimento; ABNTNBR 15575/13 - Desempenho Edifícios; ABNTPN 002.0012/13 – Norma de Inspeção Predial – Procedimentos e Terminologias; ABNT Código de Obras e Edificações; Legislações e Códigos Municipais, Estaduais e Federais;Bibliografia Técnica e Periódicos.