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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI
APOSTILA GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO
ESPÍRITO SANTO
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INTRODUÇÃO
Entender a administração e o uso responsável e eficaz dos sistemas de
informação é importante para bibliotecários, gerentes e outros trabalhadores
do conhecimento atual da sociedade de informação.
Sistemas e tecnologias da informação se tornaram um componente vital
para o sucesso de empresas e organizações.
Os sistemas de informação constituem um campo de estudo essencial
em administração e gerenciamento de empresas, uma vez que é considerada
uma importante área funcional para as operações das empresas.
O gestor da informação é responsável por coletar, selecionar, processar,
armazenar, distribuir e avaliar o uso das informações. Isso se dá tanto em nível
individual como em empresas (públicas ou privadas). Ele é capacitado para
lidar com a produção de todo tipo de informação, na sua análise e
disseminação, para atingir o maior número de pessoas de forma satisfatória.
Dentro de empresas, organiza os fluxos de informação, pesquisa e levanta
dados estratégicos para negócios, subsidia inovações tecnológicas com novas
informações e organiza as informações em tele centros e organizações não
governamentais.
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CONCEITOS BÁSICOS
http://imagens.tiespecialistas.com.br/2012/10/equipe11.jpg
Recursos e Tecnologias dos Sistemas de Informação:
Um sistema de informação (SI) é uma combinação de pessoas,
hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta,
transforma e dissemina informações em uma organização.
Tipos de SI
Sistemas de informação manuais (papel-e-lápis)
Sistemas de informação informais (boca-a-boca)
Sistemas de informação formais (procedimentos escritos)
Sistemas de informação computadorizados
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Conceitos de Sistemas
Os conceitos de sistemas são subjacentes ao campo dos sistemas de
informação. Entendê-los irá ajudá-lo a compreender muitos outros conceitos
na tecnologia, aplicações, desenvolvimento e administração dos sistemas de
informação que abordaremos neste livro. Os conceitos de sistemas o ajudam a
entender:
Tecnologia. Que as redes de computadores são sistemas de
componentes de processamento de informações.
Aplicações. Que os usos das redes de computadores pelas
empresas são, na verdade, sistemas de informação empresarial
interconectados.
Desenvolvimento. Que o desenvolvimento de maneiras de utilizar
as redes de computadores nos negócios inclui o projeto dos componentes
básicos dos sistemas de informação.
Administração. Que a administração da informática enfatiza a
qualidade, valor para o negócio e a segurança dos sistemas de informação
de uma organização.
Definição de Sistema
Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que
trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo insumos e produzindo
resultados em um processo organizado de transformação.
Um sistema (às vezes chamado sistema dinâmico) possui três
componentes ou funções básicas em interação:
Entrada - envolve a captação e reunião de elementos que entram
no sistema para serem processados;
Processamento - envolve processos de transformação que
convertem insumo (entrada) em produto;
Saída - envolve a transferência de elementos produzidos por um
processo de transformação até seu destino final.
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Feedback e Controle:
Os dois conceitos adicionais do conceito de sistema (entrada,
processamento e saída) incluem o feedback e o controle. Um sistema dotado
de componentes de feedback e controle às vezes é chamado de um sistema
cibernético, ou seja, um sistema auto monitorado, autorregulado.
Feedback: são dados sobre o desempenho de um sistema.
Controle: envolve monitoração e avaliação do feedback para determinar
se um sistema está se dirigindo para a realização de sua meta; em seguida, a
função de controle faz os ajustes necessários aos componentes de entrada e
processamento de um sistema para garantir que seja alcançada a produção
adequada.
Outras Características dos Sistemas
http://lilianasoares.files.wordpress.com/2010/06/pcc.jpg
Um sistema não existe em um “vácuo”, ou seja, isolado; na verdade, ele
existe e funciona em um ambiente que contém outros sistemas.
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Subsistema: Um sistema que é um componente de um sistema maior
que, por sua vez, é seu ambiente.
Fronteira de Sistema: Um sistema se separa de seu ambiente e de outros
sistemas por meio de suas fronteiras de sistema.
Interface: Vários sistemas podem compartilhar o mesmo ambiente.
Alguns desses sistemas podem ser conectados entre si por meio de um limite
compartilhado, ou interface.
Sistema Aberto: Um sistema que interage com outros sistemas em seu
ambiente é chamado de um sistema aberto (conectado com seu ambiente pela
troca de entrada e saída).
Sistema Adaptável: Um sistema que tem a capacidade de transformar a
si mesmo ou seu ambiente a fim de sobreviver é chamado de um sistema
adaptável.
Componentes de Um Sistema de Informação:
http://intecdesign.com.br/acesso/seguro/wp-content/uploads/2013/04/img-
desenvolvimento-de-sistemas-online.jpg
Um modelo de sistema de informação expressa uma estrutura conceitual
fundamental para os principais componentes e atividades dos sistemas de
informação. Um sistema de informação depende dos recursos de pessoal,
hardware, software e redes para executar atividades de entrada,
processamento, saída, armazenamento e controle que convertem recursos de
dados em produtos de informação.
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O modelo de Sistemas de Informação destaca os cinco conceitos
principais que podem ser aplicados a todos os tipos de sistemas de
informação: Pessoas, hardware, software, redes e dados são os cinco
recursos básicos dos sistemas de informação. Os recursos humanos incluem
os usuários finais e especialistas em SI, os recursos de hardware consistem
em máquinas e mídia, os recursos de software incluem programas e
procedimentos, os recursos de rede consistem em mídia e apoio às
comunicações e os recursos de dados podem incluir dados, modelo e bases
de conhecimento. Os recursos de dados são transformados por atividades de
processamento de informação em uma diversidade de produtos de informação
para os usuários finais. Processamento de informação consiste em atividades
de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle.
RECURSOS DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
O modelo básico de SI mostra que um sistema de informação consiste
em cinco recursos principais, apresentados em ordem de construção:
Recursos humanos
Recursos de dados
Recursos de software
Recursos de hardware
Recursos de rede
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Recursos Humanos
http://tecmach2.hospedagemdesites.ws/wp-
content/uploads/2012/03/gestao-do-conhecimento-blog-post-tecmach.png
São necessárias pessoas para a operação de todos os sistemas de
informação. Esses recursos incluem os usuários finais e os especialistas em
SI.
Usuários finais: são pessoas que utilizam um sistema de
informação ou a informação que ele produz.
Especialistas em SI: são pessoas que desenvolvem e operam sistemas
de informação.
Analistas de Sistemas – projetam sistemas de informação com base
nas demandas dos usuários finais.
Desenvolvedores de Software – criam programas de computador
seguindo as especificações dos analistas de sistemas.
Operadores do sistema – monitoram e operam grandes redes e
sistemas de computadores.
Recursos de Hardware
Os recursos de hardware incluem todos os dispositivos físicos e
equipamentos utilizados no processamento de informações.
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Máquinas - dispositivos físicos (redes de telecomunicações,
periféricos, computadores).
Mídia - todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados
(papel, discos magnéticos).
Exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados
são:
Sistemas de computadores – consistem em unidades de
processamento central contendo microprocessadores e uma multiplicidade
de dispositivos periféricos interconectados.
Periféricos de computador – são dispositivos, como um teclado ou
um mouse, para a entrada de dados e de comandos, uma tela de vídeo ou
impressora, para a saída de informação, e discos magnéticos ou ópticos
para armazenamento de recursos de dados.
Recursos de Software
Os recursos de software incluem todos os conjuntos de instruções de
processamento da informação.
Programas - um conjunto de instruções que fazem com que um
computador execute uma tarefa específica.
Procedimentos - conjunto de instruções utilizadas por pessoas para
finalizar uma tarefa.
Exemplos de recursos de software são:
Software de sistema – por exemplo, um programa de sistema
operacional, que controla e apoia as operações de um sistema de
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computador.
Software aplicativo - programas que dirigem o processamento para
um determinado uso do computador pelo usuário final.
Procedimentos – são instruções operacionais para as pessoas que
utilizarão um sistema de informação.
Recursos de Dados
http://www.blogdaqualidade.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Educacional.jpg
Os dados constituem um valioso recurso organizacional. Dessa forma, os
recursos de dados devem ser efetivamente administrados para beneficiar
todos os usuários finais de uma organização. Os recursos de dados dos
sistemas de informação normalmente são organizados em:
Bancos de dados - uma coleção de registros e arquivos logicamente
relacionados. Um banco de dados incorpora muitos registros anteriormente
armazenados em arquivos separados para que uma fonte comum de registros
de dados sirva muitas aplicações.
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Bases de conhecimento - que guardam conhecimento em uma
multiplicidade de formas como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos.
Dados versus Informações. O termo dados é o plural de datum, embora
seja geralmente usado para representar a forma singular e plural. Os termos
dados e informações são muitas vezes empregados de modo intercambiável.
Entretanto, você deve fazer a seguinte distinção:
Dados: - são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos
físicos ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são
medidas objetivas dos atributos (características) de entidades como pessoas,
lugares, coisas e eventos.
Informações: - são dados processados que foram colocados em um
contexto significativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a
um processo de “valor adicionado” (processamento de dados ou
processamento de informação) onde:
Sua forma é agregada, manipulada e organizada.
Seu conteúdo é analisado e avaliado
São colocados em um contexto adequado a um usuário humano.
Recursos de Rede
Redes de telecomunicações como a Internet, Intranets e Extranets
tornaram-se essenciais ao sucesso de operações de todos os tipos de
organizações e de seus sistemas de informação baseados no computador. As
redes de telecomunicações consistem em computadores, processadores de
comunicações e outros dispositivos interconectados por mídia de
comunicações e controlados por software de comunicações. O conceito de
recursos de rede enfatiza que as redes de comunicações são um componente
de recurso fundamental de todos os sistemas de informação. Os recursos de
rede incluem:
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Mídia de comunicações (cabos de pares trançados, cabo coaxial, cabo
de fibra ótica, sistemas de micro-onda e sistemas de satélite de
comunicações).
Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software que
apoiam diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações).
ATIVIDADES DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
http://2.bp.blogspot.com/_wXZD2N324y0/TFt5JXUXYrI/AAAAAAAAAEc/V9W_XA34Tmg
/s1600/Imagem8.jpg
As atividades de processamento de informação (ou processamento de
dados) que acontecem nos sistemas de informação incluem:
Entrada de recursos de dados
Transformação de dados em informação
Saída de produtos da informação
Armazenamento de recursos de dados
Controle de desempenho do sistema
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Entrada de Recursos de Dados
Os dados sobre transações comerciais e outros eventos devem
ser capturados e preparados para processamento pela atividade de
entrada. A entrada normalmente assume a forma de atividades de registro
de dados como gravar e editar.
Uma vez registrados, os dados podem ser transferidos para uma
mídia que pode ser lida por máquina, como um disco magnético, por
exemplo, até serem requisitados para processamento.
Transformando os Dados em Informação
Os dados normalmente são submetidos a atividades de
processamento como cálculo, comparação, separação, classificação e
resumo. Estas atividades organizam, analisam e manipulam dados,
convertendo-os assim em informação para os usuários finais.
A informação é transmitida de várias formas aos usuários finais e
colocada à disposição deles na atividade de saída. A meta dos sistemas de
informação é a produção de produtos de informação adequados aos
usuários finais.
Saída de Produtos da Informação
A informação é transmitida em várias formas para os usuários
finais e colocada à disposição destes na atividade de saída. A meta dos
sistemas de informação é a produção de produtos de informação
apropriados para os usuários finais.
Qualidade da Informação:
Quais características tornam a informação válida e útil para você?
Examine as características ou atributos da qualidade de informação.
Informações antiquadas, inexatas ou difíceis de entender não seriam muito
significativas, úteis ou valiosas para você ou para outros usuários finais.
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As pessoas desejam informações de alta qualidade, ou seja,
produtos de informação cujas características, atributos ou qualidades
ajudem a torná-los valiosos para elas.
As três dimensões da informação são: tempo, conteúdo e forma.
Armazenamento de Recursos de Dados
Armazenamento é um componente básico dos sistemas de informação. É
a atividade do sistema de informação na qual os dados e informações são
retidos de uma maneira organizada para uso posterior.
Controle de Desempenho do Sistema:
Uma importante atividade do sistema de informação é o controle de seu
desempenho.
Um sistema de informação deve produzir feedback sobre suas
atividades de entrada, processamento, saída e armazenamento.
O feedback deve ser monitorado e avaliado para determinar se o
sistema está atendendo os padrões de desempenho estabelecidos.
O feedback é utilizado para fazer ajustes nas atividades do sistema
para a correção de defeitos.
OS PAPEIS FUNDAMENTAIS DAS
APLICAÇÕES DE SI NA EMPRESA:
Os sistemas de informação desempenham três papéis vitais em qualquer
tipo de organização. Ou seja, eles apoiam em uma organização:
As operações e processos da empresa
A tomada de decisão de empregados e gerentes
As estratégias para a vantagem competitiva
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Tendências em Sistemas de Informação
Os papéis atribuídos à função dos sistemas de informação têm sido
significativamente ampliados no curso dos anos.
Os anos de 1950 a 1960 – Processamento de Dados – Sistemas de
processamento eletrônico de dados
Papel: Processamento de transações, manutenção de registros,
contabilidade e outros aplicativos de processamento eletrônico de dados
(EDP).
Os anos de 1960 a 1970 – Relatório Administrativo – Sistemas de
informação gerencial
Papel: Fornecer aos usuários finais gerenciais relatórios administrativos
pré-definidos que dariam aos gerentes a informação de que necessitavam para
fins de tomada de decisão.
Os anos de 1970 a 1980 – Apoio à Decisão – sistemas de apoio à
decisão
Papel: O novo papel para os sistemas de informação era fornecer aos
usuários finais gerenciais apoio ad hoc ao processo de decisão. Este apoio
seria talhado sob medida aos estilos únicos de decisão dos gerentes à medida
que estes enfrentavam tipos específicos de problemas no mundo concreto.
Os anos de 1980 a 1990 – Apoio ao Usuário Final e à Estratégia
Papel: Os usuários finais poderiam usar seus próprios recursos de
computação em apoio às suas exigências de trabalho em lugar de esperar
pelo apoio indireto de departamentos de serviços de informação da empresa.
Sistemas de Informação Executiva (EIS)
Papel: Estes sistemas de informação tentam propiciar aos altos
executivos uma maneira fácil de obter as informações críticas que eles
desejam, quando as desejam, elaboradas nos formatos por eles preferidos.
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Sistemas Especialistas (ES) e outros Sistemas Baseados no
Conhecimento
Papel: Os sistemas especialistas podem servir como consultores para os
usuários, fornecendo conselho especializado em áreas temáticas limitadas.
Sistemas de Informação Estratégica (SIS)
Papel: A informática se torna um componente integrante dos processos,
produtos e serviços empresariais que ajudam uma empresa a conquistar uma
vantagem competitiva no mercado global.
Os anos de 1990 a 2000 – Conexão em Rede Empresarial e Global –
Informações interconectadas
Papel: O rápido crescimento da Internet, Intranets, Extranets e outras
redes globais interconectadas estão revolucionando a computação entre
organizações, empresa e usuário final, as comunicações e a colaboração que
apoia as operações das empresas e a administração de empreendimentos
globais bem-sucedidos.
A Empresa de e- business:
http://www.cdlvca.com/v1/wp-content/uploads/2013/02/destaque_monica2.jpg
O crescimento explosivo da Internet e das tecnologias e aplicações a ela
relacionadas está revolucionando o modo de operação das empresas, o modo
como às pessoas trabalham e a forma como a tecnologia da informação apoia
as operações das empresas e as atividades de trabalho dos usuários finais.
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As empresas estão se tornando empreendimentos de e-business. A
Internet e as redes similares a ela – dentro da empresas (Intranets), e entre
uma empresa e seus parceiros comerciais (Extranets) – têm se tornado a
principal infraestrutura de tecnologia da informação no apoio às operações de
muitas organizações. Empreendimentos de e-business dependem de tais
tecnologias para:
Reestruturar e revitalizar processos de negócios internos.
Implementar sistemas de e-commerce entre as empresas e seus
clientes e fornecedores.
Promover a colaboração entre equipes e grupos de trabalho da
empresa.
A e-business é definida como o uso de tecnologias de Internet para
interconectar e possibilitar processos de negócios, e-commerce, comunicação
e colaboração dentro de uma empresa e com seus clientes, fornecedores e
outros depositários do negócio.
Sistemas Colaborativos
Os sistemas colaborativos envolvem o uso de ferramentas de groupware
para apoiar comunicação, coordenação e colaboração entre os membros de
equipes e grupos de trabalho em rede. Para implementar esses sistemas, um
empreendimento interconectado depende de Intranets, Internet, Extranets e
outras redes.
Comércio Eletrônico
O comércio eletrônico é a compra e venda, marketing e assistência a
produtos, serviços e informações sobre uma multiplicidade de redes de
computadores. Um empreendimento interconectado utiliza Internet, Intranets,
Extranets e outras redes para apoiar cada etapa do processo comercial.
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Tipos de Sistemas de Informação:
Os Sistemas de Informação desempenham papéis administrativos e
operacionais importantes em empresas e outras organizações. Portanto, vários
tipos de sistemas de informação podem ser classificados conceitualmente
como:
Sistemas de Apoio às Operações
Sistemas de Apoio Gerencial
Sistemas de Apoio às Operações
Os sistemas de informação são necessários para processar dados
gerados por – e utilizados em – operações empresariais. Esses sistemas de
apoio às operações produzem uma diversidade de produtos de informação
para uso interno e externo. Entretanto, eles não enfatizam a produção de
produtos de informação específicos que possam ser melhor utilizados pelos
gerentes. Normalmente é exigido o processamento adicional por sistemas de
informação gerencial. O papel dos sistemas de apoio às operações de uma
empresa é:
Eficientemente processar transações
Controlar processos industriais
Apoiar comunicações e colaboração
Atualizar bancos de dados da empresa
http://www.sfiec.org.br/novidades/imagens/gestao_conhecimento.gif
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Sistemas de Processamento de Transações (TPS)
Concentram-se no processamento de dados produzidos por transações e
operações empresariais. Os sistemas de processamento de transações
registram e processam dados resultantes de transações empresariais (vendas,
compras, alterações de estoque). Os TPS também produzem uma diversidade
de produtos de informação para uso interno e externo (declarações de clientes,
salários de funcionários, recibos de vendas, etc.). Os TPS processam
transações de dois modos básicos:
Processamento em Lotes - os dados das transações são acumulados
durante um certo tempo e periodicamente processados.
Processamento em Tempo Real (ou on-line) - os dados são
processados imediatamente depois da ocorrência de uma transação.
Sistemas de Controle de Processo (PCS)
Os sistemas de controle de processo são sistemas que utilizam
computadores para o controle de processos físicos contínuos. Esses
computadores destinam-se a tomar automaticamente decisões que ajustam o
processo de produção físico. Exemplos incluem refinarias de petróleo e as
linhas de montagem de fábricas automatizadas.
Sistemas Colaborativos
Os sistemas colaborativos são sistemas de informação que utilizam uma
diversidade de tecnologias de informação a fim de ajudar as pessoas a
trabalharem em conjunto. Eles nos ajudam a:
Colaborar – comunicação de ideias
Compartilhar recursos
Coordenar nossos esforços de trabalho cooperativo como membro dos
muitos processos informais e formais e equipes de projeto.
Sua meta é a utilização da TI para aumentar a produtividade e
criatividade de equipes e grupos de trabalho na empresa moderna.
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Sistemas de Apoio Gerencial (MSS)
Os sistemas de apoio gerencial se concentram em fornecer informação e
apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes. Eles apoiam as
necessidades de tomada de decisão da administração estratégica (principal),
administração tática (média) e administração de operação (supervisora).
Em termos conceituais, vários tipos principais de sistemas de informação
são necessários para apoiar uma série de responsabilidades administrativas
do usuário final:
Sistemas de Informação Gerencial (MIS)
Sistemas de Apoio à Decisão (DSS)
Sistemas de Informação Executiva (EIS)
Sistemas de Informação Gerencial
Os sistemas de informação gerencial são a forma mais comum de
sistemas de informação gerencial. Eles fornecem aos usuários finais
administrativos produtos de informação que apoiam grande parte de suas
necessidades de tomada de decisão do dia a dia. Os SIG fornecem uma
diversidade de informações pré- especificadas (relatórios) e exibições em
vídeo para a administração que podem ser utilizadas para ajudá-los a tomar
tipos estruturados mais eficazes de decisões diárias. Os produtos de
informação fornecidos aos gerentes incluem exibições em vídeo e relatórios
que podem ser providos:
Por solicitação
Periodicamente, de acordo com uma tabela pré-determinada
Sempre que houver a ocorrência de condições excepcionais
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Sistemas de Apoio à Decisão
Os sistemas de apoio à decisão fornecem informações aos usuários
finais gerenciais em uma seção interativa em uma base ad hoc (quando
necessário). Os gerentes criam as informações que necessitam para tipos
mais desestruturados de decisões em um sistema interativo de informação
computadorizado que utiliza modelos de decisão e bancos de dados
especializados para auxiliar os processos de tomada de decisão dos usuários
finais gerenciais.
Sistemas de Informação Executiva
Os sistemas de informação executiva (EIS) fornecem acesso imediato e
fácil à alta e média administração a informações seletivas sobre fatores que
são críticos para a que os objetivos estratégicos de uma firma sejam
alcançados. Os EIS são fáceis de operar e entender.
Outras Classificações dos Sistemas de Informação
Várias outras categorias de sistemas de informação que fornecem
aplicativos operacionais ou gerenciais incluem:
Sistemas Especialistas
Sistemas de Administração do Conhecimento
Sistemas de Informação de Negócios
Sistemas de Informação Estratégica
Sistemas de Informação Integrados
Sistemas de Informação Interfuncionais
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DESAFIOS GERENCIAIS DA
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO:
Para os usuários finais gerenciais, as funções dos sistemas de
informação representam:
Uma importante área funcional de negócio que é importante para o
sucesso da empresa
Um importante fator que afeta a eficiência operacional, a
produtividade e o moral dos funcionários e o atendimento e a satisfação do
cliente.
Uma importante fonte de informação e apoio necessário para
promover a tomada de decisão eficaz pelos gerentes.
Um ingrediente importante no desenvolvimento de produtos e
serviços competitivos que propiciam a uma organização uma vantagem
estratégica no mercado.
Uma parte importante dos recursos de uma empresa e de seu
custo de fazer negócios.
Uma oportunidade de carreira indispensável, dinâmica e
desafiadora para muitos homens e mulheres.
Sucesso e Fracasso com TI:
É importante perceber que a tecnologia e os sistemas de informação
podem ser mal administrados e mal aplicados de forma a produzirem tanto o
fracasso tecnológico como o da empresa.
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As Cinco Razões para o
Sucesso
As Cinco Razões para o Fracasso
Envolvimento do usuário
Ausência de entrada de usuários
Apoio à administração
executiva
Requisitos e especificações
incompletas
Clara declaração de requisitos
Alteração dos requisitos e
especificações
Planejamento adequado
Falta de apoio executivo
Expectativas realistas
Incompetência tecnológica
Desenvolvendo Soluções de TI para as Empresas:
Atualmente, o desenvolvimento de soluções aos sistemas de informação
para problemas empresariais é a responsabilidade de muitos profissionais de
empresas.
Por exemplo:
Como um profissional de negócios, você será responsável pela
proposta ou desenvolvimento de usos novos ou aperfeiçoados de
tecnologia de informação para sua empresa.
Como gerente de negócios, você frequentemente dirige os
esforços de desenvolvimento de especialistas e de outros usuários finais
dos sistemas de informação da empresa.
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DIMENSÕES ÉTICAS DA TI
Como potencial usuário final administrativo e trabalhador do
conhecimento em uma sociedade globalizada, você deve estar ciente também
das responsabilidades éticas geradas pelo uso da TI.
Por exemplo:
Quais usos poderiam ser considerados impróprios, irresponsáveis
ou prejudiciais a outros indivíduos ou para a sociedade?
Qual é o uso correto dos recursos de informação de uma
organização?
O que é necessário para ser um usuário final responsável?
Como você pode se proteger do crime com o uso do computador
e outros riscos?
As dimensões éticas de sistemas de informação tratam de garantir que a
TI e os sistemas de informação não são utilizados de um modo impróprio ou
irresponsável contra outros indivíduos ou a sociedade.
Um desafio maior para nossa sociedade de informação globalizada é
gerenciar seus recursos de informação a fim de beneficiar todos os membros
da sociedade enquanto ao mesmo tempo cumpre as metas estratégicas de
organizações e países. Por exemplo, devemos utilizar os sistemas de
informação para descobrirmos um número maior de formas mais eficientes,
lucrativas e socialmente responsáveis de utilizar as ofertas limitadas do mundo
de material, energia e outros recursos.
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Desafios das Carreiras de TI:
A tecnologia de informação e seus usos nos sistemas de informação
criaram oportunidades de carreiras interessantes, altamente remuneradas e
desafiantes.
As oportunidades de emprego no campo dos sistemas de informação
são excelentes, pois as organizações continuam a ampliar sua utilização da
tecnologia de informação.
As pesquisas de emprego continuamente preveem escassez de
pessoal qualificado de sistemas de informação em diversas categorias de
trabalho.
Os requisitos do trabalho nos sistemas de informação estão
continuamente mudando devido a acontecimentos dinâmicos nos negócios
e na tecnologia da informação.
A Função dos SI:
A função dos sistemas de informação representa:
Uma importante área funcional da empresa, tão importante ao seu
sucesso empresarial como as funções de contabilidade, finanças, gerência
de operações, marketing e administração de recursos humanos.
Um contribuinte importante à eficiência operacional, à produtividade
e moral do funcionário, e ao atendimento e satisfação do consumidor.
Uma importante fonte de informação e suporte necessário para
promovê-la a tomada de decisões eficaz pelos gerentes e profissionais da
empresa.
Um ingrediente vital no desenvolvimento de produtos e serviços
competitivos que dotam uma organização com uma vantagem estratégica
no mercado globalizado.
Uma oportunidade de carreira dinâmica, compensadora e
desafiadora para milhões de homens e mulheres.
Um componente-chave dos recursos, infraestrutura e capacidades
das empresas interconectadas de e-business da atualidade.
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ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS APOIADAS
EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
http://www.papodeempreendedor.com.br/wp-content/uploads/shutterstock_9723547.jpg
Como os conceitos de estratégia competitiva apresentados anteriormente
podem ser aplicados ao papel estratégico dos sistemas de informação? A
tecnologia da informação pode ser utilizada para implementar uma diversidade
de estratégias competitivas. Entre estas se incluem as cinco estratégias
competitivas básicas (diferenciação, custo, inovação, crescimento e aliança),
bem como outras maneiras pelas quais as empresas podem utilizar
estrategicamente os sistemas de informação para obterem vantagem
competitiva. Por exemplo:
Reduzir custos
Diferenciar
Inovar
Promover Crescimento
Desenvolver Alianças
Diversas estratégias chaves também implementadas com a tecnologia da
informação incluem:
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Reter clientes e fornecedores
Formar novas e valiosas relações com eles. Isso pode impedir que
clientes e fornecedores abandonassem uma empresa em favor de suas
concorrentes ou intimidem uma empresa quanto à aceitação de relações
menos lucrativas.
Embutir custos de troca
Tornar clientes ou fornecedores dependentes do uso contínuo de
sistemas de informação Inter organizacional inovadores e mutuamente
vantajosos.
Clientes ou fornecedores hesitam em pagar os custos de tempo, dinheiro,
esforço e incômodo que ocorreriam pela troca por concorrentes da empresa.
Erguer barreiras ao ingresso
Aumentar a quantidade de investimento ou a complexidade da tecnologia
necessária para competir em um setor ou segmento de mercado pode
desencorajar ou retardar a entrada de outras empresas no mercado.
Alavancar o investimento em tecnologia da informação
Investindo em sistemas de informação avançados e computadorizados
para melhorar sua própria eficiência, as empresas conseguem desenvolver
novos produtos e serviços que não seriam possíveis sem uma forte capacidade
de TI.
Intranets e Extranets corporativos possibilitam às empresas alavancar
seus investimentos anteriores em navegadores de Internet, PCs, servidores e
redes cliente/servidor.
As companhias podem utilizar sistemas de informação estrategicamente,
ou podem utilizá-los de forma defensiva e controlada. Cada vez mais as
empresas estão começando a utilizar sistemas de informação
estrategicamente visando vantagem competitiva.
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28
QUESTÕES ÉTICAS NA TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
A Dimensão Ética
A revolução da informação com sua tecnologia da informação ampliou
drasticamente nossa capacidade para adquirir, manipular, armazenar e
comunicar informações. A TI tornou mais fácil se comunicar, trabalhar em
cooperação, compartilhar recursos e tomar decisões, tudo eletronicamente. A
tecnologia da informação também tornou possível o engajamento eletrônico em
práticas empresariais éticas ou antiéticas em qualquer lugar do mundo.
As dimensões éticas de controvérsia que você como gerente pode ter de
encarar incluem:
Você deve monitorar eletronicamente as atividades de trabalho e
o correio eletrônico de seus funcionários?
Você deve deixar os funcionários utilizarem seus computadores
de trabalho para atividades particulares ou levarem cópias de softwares
para suas casas para uso pessoal?
Você deve acessar eletronicamente os registros de pessoal ou as
estações de trabalho de seus funcionários?
Você deve vender para outras empresas informações sobre
clientes extraídas dos seus sistemas de processamento de transações?
Fundamentos Éticos
Existem diversas filosofias éticas que você pode utilizar que ajudam a
orientá-lo na tomada de decisões éticas.
Egoísmo
O que é melhor para um determinado indivíduo é o certo.
Lei natural
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Os homens devem promover sua própria saúde e vida, propagar-
se, buscar conhecimento do mundo e de Deus, buscar relações íntimas
com outras pessoas e submeter-se à autoridade legítima.
Utilitarismo
São corretas as ações que produzem o bem maior para o maior
número de pessoas.
Respeito pelas pessoas
As pessoas devem ser tratadas como fim e não como meio para
um fim; e as ações são corretas se todos adotarem a regra moral
pressuposta pela ação.
Existem modelos éticos de como os seres humanos aplicam sua filosofia
ética escolhida às decisões e escolhas que precisam fazer diariamente no
trabalho e em outras áreas de sua vida. Uma teoria se concentra nos
processos de tomada de decisão das pessoas e enfatiza como os vários
fatores ou as nossas percepções desses fatores afetam nosso processo de
tomada de decisão ética. Outra, a teoria do estágio comportamental, afirma que
as pessoas passam por diversos estágios de evolução moral antes de se
fixarem em um nível de raciocínio ético.
Ética Empresarial
A ética empresarial pode ser subdividida em duas áreas distintas:
A primeira diz respeito às práticas ilegais, antiéticas e
questionáveis de gerentes ou organizações, suas causas e suas
possíveis correções.
A segunda diz respeito às numerosas questões éticas que os
gerentes devem enfrentar como parte de suas decisões empresariais
cotidianas.
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30
Os gerentes utilizam diversas alternativas importantes quando
confrontados com decisões éticas sobre questões de negócios. Essas
alternativas incluem:
Teoria do Acionista
Sustenta que os gerentes são agentes dos acionistas e sua única
responsabilidade ética é aumentar os lucros da empresa sem violar a lei
ou se envolver em práticas fraudulentas.
Teoria do Contrato Social
Afirma que as empresas possuem responsabilidades éticas para
com todos os membros da sociedade, o que permite às empresas
existirem com base em um contrato social.
Teoria das partes interessadas [stakeholder theory]
Sustenta que os gerentes possuem uma responsabilidade ética na
administração de uma empresa para o benefício de todo o seu público,
que são todos os indivíduos e grupos que possuem um interesse ou um
direito em uma empresa.
Dimensões Éticas e Sociais da TI:
O uso da TI nos negócios possui impactos importantes sobre a sociedade
e, com isso, levanta sérias considerações éticas em áreas como:
Privacidade
Crime
Saúde
Condições de Trabalho
Individualidade
Emprego e
Busca de soluções sociais por meio da TI
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Nota: Deve-se notar que a tecnologia da informação pode produzir um
efeito benéfico e também um efeito negativo em cada uma das áreas listadas
acima.
A TI e o Emprego
http://www.oficinadanet.com.br/imagens/post/11166/profissional-ti.jpg
O impacto da TI sobre o emprego é uma preocupação ética importante e
está diretamente relacionada ao uso de computadores para alcançar a
automação. O uso da TI gerou novos empregos e aumentou a produtividade.
Entretanto, ela ainda tem provocado uma redução significativa em alguns tipos
de oportunidades de trabalho.
A TI e a Individualidade
Uma crítica frequente à tecnologia da informação diz respeito ao seu
efeito negativo sobre a individualidade das pessoas. Os sistemas
computadorizados são criticados como:
Sistemas impessoais que desumanizam e despersonalizam as
atividades, já que eliminam as relações humanas presentes nos
sistemas sem computadores. As pessoas sentem uma perda de
identidade.
Sistemas em que as pessoas sentem uma perda de
individualidade já que alguns exigem a arregimentação do indivíduo e
exigem adesão estrita a procedimentos detalhados.
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Os sistemas baseados em computador podem ser ergonomicamente
projetados para acomodar fatores humanos que:
Minimizem a despersonalização e a arregimentação.
Projetem softwares que sejam personalizados [people- oriented] e
“amigáveis ao usuário”.
A TI e Condições de Trabalho
A TI eliminou algumas tarefas monótonas ou perversas no escritório e na
fábrica que anteriormente tinham de ser executadas por pessoas. Dessa forma,
pode-se dizer que a TI eleva a qualidade do trabalho.
Entretanto, muitas operações automatizadas são também criticadas por
relegarem as pessoas a um papel de apoio de “não fazer coisa alguma”.
Monitoração pelo Computador
Uma das questões éticas mais explosivas concernentes à qualidade do
trabalho é a monitoração pelo computador. Os computadores estão sendo
utilizados para monitorar a produtividade e o comportamento de milhões de
funcionários em seu trabalho. Segundo se supõe, a monitoração por
computador é feita para que os empregadores possam coletar dados de
produtividade sobre seus funcionários para aumentar a eficiência e qualidade
do serviço. A monitoração por computador tem sido criticada como antiética por
que:
É utilizada para monitorar indivíduos, não apenas o trabalho, e
essa monitoração é realizada continuamente, violando assim a
privacidade e liberdade pessoal dos trabalhadores.
É considerada uma invasão da privacidade dos funcionários
porque, em muitos casos, eles não sabem que estão sendo monitorados
ou não sabem como a informação está sendo utilizada.
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O direito legal do funcionário de mover processo pode ser
prejudicado pelo uso impróprio dos dados coletados para tomar
decisões pessoais.
Ela aumenta a tensão sobre os funcionários que devem trabalhar
sob constante vigilância eletrônica.
Ela tem sido responsabilizada por problemas de saúde entre os
trabalhadores monitorados.
Ela tem sido responsabilizada por roubar os trabalhadores da
dignidade de seu trabalho.
Questões de Privacidade
O poder da TI de armazenar e recuperar informações pode ter um efeito
negativo no direito à privacidade de cada indivíduo. Algumas importantes
questões de privacidade que estão sendo debatidas nas empresas e no
governo incluem as seguintes:
Acessar trocas de correspondência e registros de computador
privativos de indivíduos e coletar e compartilhar informações sobre
indivíduos obtidas a partir de suas visitas a sites e grupos de notícias da
Internet (violação da privacidade).
“Saber” sempre onde uma pessoa está, principalmente quando os
serviços de telefonia celular e paging se tornam mais estreitamente
associados com as pessoas do que com os lugares (monitoração por
computador).
Utilizar informações de clientes para comercializar serviços
adicionais (cruzamento de informação por computador).
Coletar números telefônicos e outras informações pessoais para
montar perfis de cada cliente (arquivos pessoais não autorizados).
Utilizar equipamento automatizado seja para gerar chamadas ou
para colher informações do usuário (identificação de chamadas).
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Privacidade na Internet
A Internet é famosa por dar a seus usuários uma sensação de anonimato
quando, na realidade, eles são altamente visíveis e estão abertos a violações
de sua privacidade. Grande parte da Internet e de sua Rede Mundial de
Computadores e grupos de notícias ainda constitui uma fronteira eletrônica
escancarada e insegura sem quaisquer regras rígidas sobre quais informações
são pessoais e privativas.
Privacidade no E-Mail
As empresas possuem diferentes políticas de privacidade, principalmente
quando estas se aplicam ao correio eletrônico. Algumas empresas, por
exemplo, nunca monitoram as mensagens de e-mail de seus funcionários, ao
passo que outras afirmam que se reservam o direito de fazê-lo. Algumas
empresas monitoram constantemente e-mails, enquanto outras o fazem
apenas se percebem que há uma razão para suspeitar que um funcionário o
esteja utilizando para uma atividade ilegal ou não autorizada.
Cotejo de Computadores
O cotejo de computadores é o uso de computadores para exibir e
equiparar dados sobre características pessoais fornecidos por uma diversidade
de sistemas de informação baseados em computador e bancos de dados com
o objetivo de identificar indivíduos para fins empresariais, governamentais e
outros. O uso não autorizado ou equívocos no cotejo de computadores de
dados pessoais podem ser uma ameaça à privacidade. O perfil pessoal de um
indivíduo, por exemplo, pode ser incorretamente combinado com o de uma
outra pessoa.
Legislação sobre Privacidade
Nos Estados Unidos, a Lei Federal de Privacidade regulamenta
rigidamente a coleta e uso de dados pessoais por agências governamentais. A
lei especifica que os indivíduos têm o direito de inspecionar seus registros
pessoais, fazer cópias e corrigir ou eliminar informações errôneas ou confusas.
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A Lei Federal de Privacidade especifica que as agências federais:
Devem anualmente divulgar os tipos de arquivos de dados pessoais que
elas mantêm.
Não podem revelar informações pessoais sobre um indivíduo a nenhum
outro indivíduo ou agência exceto sob certas condições estritas.
Devem informar os indivíduos sobre as razões para estarem lhes
solicitando informações pessoais.
Devem reter registros de dados pessoais apenas se estes forem
“relevantes e necessários para realizar” um propósito legal da agência.
Devem estabelecer salvaguardas administrativas, técnicas e físicas
apropriadas para garantir a segurança e confidencialidade de registros.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei de Privacidade nas
Comunicações Eletrônicas e a Lei sobre Fraude e Abuso do Computador em
1986. Essas leis de privacidade federais são uma das tentativas principais de
aplicar a privacidade de arquivos e comunicações baseados em computador.
Essas leis proíbem a interceptação de mensagens de comunicações de dados,
roubo ou destruição de dados ou invasão dos sistemas de computadores
relacionados ao governo federal.
Difamação e Censura por Computador
O lado oposto do debate da privacidade é o direito das pessoas de
saberem sobre assuntos que outras podem desejar manter reservados
(liberdade de informação), o direito das pessoas de expressarem suas opiniões
sobre esses assuntos (liberdade de discurso) e o direito das pessoas de
publicarem essas opiniões (liberdade de imprensa). Alguns dos maiores
campos de batalha no debate são os bulletin boards, caixas de e-mail e
arquivos on-line da Internet e redes públicas de informação como a Prodigy,
CompuServe e America Online. As armas que estão sendo utilizadas nesta
batalha incluem o flame mail, leis sobre difamação e censura.
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Spamming – é o envio indiscriminado de e-mail não solicitado para muitos
usuários da Internet. O spamming é a tática favorita dos remetentes de massas
de propagandas não solicitadas ou junk e-mail.
Flaming – é a prática de enviar mensagens de e-mail extremamente
críticas, detrativas e muitas vezes vulgares (flame mail), ou mensagens por
BBSs para outros usuários na Internet ou serviços on-line. O flaming é
principalmente dominante em alguns dos BBSs de grupos de discussão de
interesses especiais na Internet. A Internet está muito vulnerável a abusos uma
vez que perde atualmente o policiamento formal e apresenta falta de
segurança.
Crime com o uso do computador
O crime com o uso do computador é a ameaça causada pelas ações
criminosas ou irresponsáveis de usuários de computadores que estão tirando
proveito do uso generalizado das redes de computadores em nossa sociedade.
Por isso, ele constitui uma ameaça maior ao uso ético da TI. O crime
informatizado apresenta sérias ameaças à integridade, segurança e qualidade
da maioria dos sistemas de informação das empresas e, com isso, faz do
desenvolvimento de métodos eficazes de segurança uma prioridade máxima.
Legislação sobre Crimes com o uso do computador
A Lei sobre Fraude e Abuso de Computadores dos Estados Unidos de
1986 define o crime informatizado como uma das atividades envolvendo
acesso a computadores de “interesse federal” (utilizados pelo governo federal)
ou operando no comércio interestadual ou exterior:
Com o intuito de fraudar
Resultando em uma perda de mais de 1.000 dólares
Para obter acesso a certos sistemas de computação médica.
Traficar senhas de acesso a computadores também é proibido.
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As penalidades para violações da Lei sobre Fraude e Abuso de
Computadores dos Estados Unidos incluem:
Um a cinco anos de prisão para um primeiro delito
Dez anos para um segundo delito
Vinte anos para três ou mais delitos
As multas podem chegar a 250.000 dólares ou duas vezes o valor
dos dados roubados
A Associação dos Profissionais de Tecnologia da Informação
(Association of Information Technology Professionals, ou AITP) define o
crime informatizado como:
O uso, acesso, modificação e destruição não autorizados de
recursos de hardware, software, dados ou rede.
A divulgação não autorizada de informações.
A cópia não autorizada de softwares
A negação de acesso a um usuário final aos seus próprios
recursos de hardware, software, dados ou rede.
O uso ou conspiração para uso de recursos de computação para
obter ilegalmente informações ou propriedade tangível.
Exemplos de Crime com o uso do computador
O crime com o uso do computador envolve atividades criminosas
utilizando computadores. Isto normalmente inclui:
Roubo de dinheiro, serviços, softwares e dados
Destruição de dados e softwares, principalmente por vírus de
computador
Acesso malicioso ou hacking na Internet ou outras redes de
computadores
Violação da privacidade
Violação da lei antitruste ou internacional.
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Crime pela Internet
Os hackers conseguem monitorar e-mail, acesso a servidores da Web ou
transferências de arquivo para extraírem senhas ou roubarem arquivos da rede
ou inserirem dados que podem fazer com que um sistema dê acesso a
intrusos. Um hacker também pode utilizar serviços remotos que permitem que
um computador em uma rede execute programas em outro computador para
obter acesso privilegiado dentro de uma rede. A Telnet, uma ferramenta para
uso interativo de computadores remotos, pode ajudar um hacker a descobrir
informações para planejar outros ataques. Os hackers têm utilizado a Telnet
para acessar porta de e-mail de um computador, por exemplo, para monitorar
mensagens de e-mail em busca de senhas e outras informações sobre contas
de usuários e recursos de rede privilegiados.
Roubo de Dinheiro
Muitos crimes com o uso do computador envolvem o roubo de dinheiro.
Eles quase sempre envolvem a alteração fraudulenta de arquivos do
computador para encobrir os rastros dos ladrões ou para usufruir do dinheiro
de outros com base em registros falsificados.
Roubo de Serviços
O uso não autorizado de um sistema de computador é chamado de roubo
de serviços. Um exemplo comum é o uso não autorizado de redes de
computadores da empresa por funcionários. Isto pode ir da realização de
consultas privadas ou finanças pessoais, ou jogo de vídeo games, até o uso
não autorizado da Internet pelas redes da empresa. Softwares de monitoração
de redes, conhecidos como sniffers (farejadores), são frequentemente
utilizados para monitorar o tráfego da rede para avaliar a capacidade da rede,
além de revelar evidência de uso impróprio.
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Roubo de Software
Programas de computador são propriedade valiosa e por isso estão
sujeitos a roubo dos sistemas de computador. A reprodução não autorizada de
software, ou pirataria de software, é uma forma importante de roubo de
software porque o software é propriedade intelectual protegida por lei de
direitos autorais e contratos de licença com o usuário.
Alteração ou Roubo de Dados
Fazer alterações ilegais ou roubar dados é outra forma de crime
informatizado.
Acesso Indevido
Hacking é o uso obsessivo de computadores ou o acesso e uso não
autorizados de sistemas de computação em rede. Hackers ilegais (também
conhecidos como crackers) podem roubar ou danificar dados e programas.
Vírus de Computador – Destruição de Dados e Software
Um dos mais destrutivos exemplos de crime informatizado envolve a
criação de vírus de computador ou vermes de computador. Esses vírus
normalmente entram em um sistema de computação por meio de cópias de
software ilegais ou emprestadas ou por meio de links de rede para outros
sistemas de computador. Um vírus normalmente copia a si mesmo nos
programas do sistema operacional do computador e de lá para o disco rígido e
em quaisquer discos flexíveis inseridos. Programas de vacina e programas de
prevenção e detecção de vírus são disponíveis, mas podem não funcionar para
novos tipos de vírus.
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Vírus – é um código de programa que não pode funcionar sem ser
inserido em outro programa.
Questões de Saúde
O uso da TI no local de trabalho levanta uma série de questões de saúde.
O uso intenso de computadores é tido como causador de problemas de saúde
como:
Estresse no trabalho
Lesões em músculos do braço e pescoço
Tensão ocular
Exposição à radiação
Morte por acidentes provocados por computador
Ergonomia:
As soluções para alguns problemas de saúde são baseadas na ciência da
ergonomia, às vezes chamada de engenharia de fatores humanos. A meta da
ergonomia é projetar ambientes de trabalho saudáveis que sejam seguros,
confortáveis e agradáveis para as pessoas trabalharem, aumentando assim o
moral e a produtividade do funcionário.
A ergonomia enfatiza a concepção saudável do local de trabalho,
estações de trabalho, computadores e outras máquinas e até de pacotes de
software. Outras questões de saúde podem exigir soluções ergonômicas que
enfatizem mais o desenho do cargo do que o desenho do local de trabalho.
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Soluções Sociais
A tecnologia da informação pode produzir muitos efeitos benéficos na
sociedade. A TI pode ser utilizada para solucionar problemas humanos e
sociais por meio de soluções sociais como:
Diagnóstico médico
Instrução auxiliada por computador
Planejamento de programas governamentais
Controle da qualidade ambiental
Aplicação das leis
Você e a Responsabilidade Ética
Como usuário final empresarial, você tem a responsabilidade de fazer
algo com relação a alguns abusos da tecnologia da informação no local de
trabalho. Essas responsabilidades incluem desempenhar adequadamente seu
papel como um recurso humano vital nos sistemas de informação baseados em
computador que você ajuda a desenvolver e utiliza em suas organizações.
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TEXTO PARA LEITURA:
GOVERNO ELETRÔNICO COMO MODERNIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA : O NOVO ENFOQUE DO E-GOV E DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO NA DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Disponível em: www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/journals/.../34112-
45134-1-SP.doc
Resumo
O presente artigo versa sobre o governo eletrônico como modernização da
gestão pública e como promotor de uma democracia eletrônica. O novo século
está marcado por intensas transformações nas relações sociais, políticas,
econômicas, pelo acelerado desenvolvimento tecnológico e eletrônico.
Acredita-se que hoje estamos nos primórdios da era digital, como evolução da
era industrial marcada pelas tecnologias digitais, que revolucionam a
percepção e a atuação humana sobre o mundo. É a mudança da era industrial
para a digital e o predomínio da cultura dos espaços plurais e virtuais. Neste
sentido, observa-se a importância da informação e da tecnologia da informação
nas organizações públicas, assim como o governo eletrônico como ferramenta
de transformação social e de participação na democracia atual.
Palavras -Chave
Governo eletrônico; Administração Pública; Democracia Participativa;
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Abstract
This article discusses how e-government and modernization of public
administration as a promoter of electronic democracy. The new century is
marked by intense transformations in the social, political, economic, and
technological development accelerated by mail. It is believed that today we are
at the dawn of the digital era, developments in the industrial era marked by
digital technologies that revolutionize the perception and human performance
on the world. It is the change from the industrial to the digital culture and the
predominance of plurals and virtual spaces. In this sense, there is the
importance of information and information technology in public organizations, as
well as e-government as a tool for social transformation and participation in
democracy today.
Key-words
E-Government, Public Administration, Participatory Democracy;
1.INTRODUÇÃO
O novo tempo tem recebido várias denominações tais como: era da
informação1, do conhecimento2, sociedade em rede3, a terceira onda entre
outras. Destaca-se que a principal característica desse novo tempo é a
valorização do conhecimento (ou capital intelectual) associado à informação
como principal recurso de criação de riquezas e sucesso nas organizações.
Sabe-se que o século XX foi marcado por intensas transformações nas
relações sociais, políticas, econômicas, pelo acelerado desenvolvimento
tecnológico e eletrônico. Acredita-se que hoje estamos nos primórdios da era
digital, como evolução da era industrial marcada pelas tecnologias digitais, que
1 STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 5. ed. Rio de
Janeiro: Campus, 1998.p.02. 2 SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de
conecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.p.05 3 CASTELLS, Manuel. Fim de milênio. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.p.04.
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revolucionam a percepção e a atuação humana sobre o mundo. É a mudança
da era industrial para a digital e o predomínio da cultura dos espaços plurais e
virtuais. Neste sentido, observa-se a importância da informação e da tecnologia
da informação nas organizações.
Tendo em vista o cenário da globalização no mundo, observa-se que a
informação tem ocupado um lugar de destaque nas organizações públicas na
atualidade. O papel da gestão da informação, assim como a implantação de
sistemas de informação no setor público está em proporcionar maior agilidade
na prestação dos serviços públicos, assim como tornar o atendimento mais
adequado e de qualidade, com dados disponíveis e atualizados.
Sabe-se que as tecnologias da informação e comunicação na
administração pública facilitam a transparência dos atos políticos e
administrativos, podem tornar efetiva a participação cívica nas decisões da
administração a todos os seus níveis, podem abrir diálogo direto com a
população e podem abrir perspectivas criativas para novos serviços e novas
oportunidades à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
2.TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA DEMOCRACIA ELETRÔNICA
O debate a respeito das tecnologias da informação e dos sistemas
de informação tem apresentado uma evolução no campo da Administração.
Observa-se também, a disseminação progressiva da utilização da tecnologia
da informação na Administração Pública direta e indireta, em todos os níveis da
estrutura organizacional das entidades públicas.
Conforme expressa RIBEIRO:
Com a evolução das tecnologias de informação, e em especial com o
aprimoramento dos sistemas de informação, o acesso ao
conhecimento está se tornando um requisito para o exercício pleno
da administração pública em todas as esferas governamentais.
Passamos a ver a disseminação irreversível e progressiva da
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utilização da tecnologia da informação em todos os níveis da
administração pública direta e indireta, tanto federal quanto estadual
e, especialmente municipal, em todos os escalões e níveis da
estrutura organizacional das entidades públicas.4
Corroborando com as afirmações acima, HOPPEN E MEIRELLES:
A área de Sistemas de Informação (SI), como um dos campos da
Administração, tem-se expandido e está evoluindo continuamente em
razão das mudanças sociais e do impacto econômico que produz nas
organizações e na sociedade, bem como em função da evolução da
própria tecnologia de informação. Do ponto de vista acadêmico, a SI
é relativamente recente, surgindo em meados da década de 1980 nas
escolas de Administração no Brasil e fortalecendo a sua identidade
na década de 1990.5
Cabe ressaltar que a área acadêmica de Sistemas de Informação é
relativamente jovem e apresenta diversas denominações, tais como Tecnologia
da Informação (TI), Informática, Administração da Informação e, mais
recentemente, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
Conforme TAIT:
As mudanças pelas quais as organizações passam, neste final de
século, reestruturam os processos de trabalho, o tipo de recursos
humanos necessário, a forma de tratamento e disseminação das
informações, entre outros aspectos, alavancados pelo uso de
modernas tecnologias, como a computacional, para a realização de
suas atividades. A integração entre os aspectos técnicos e humanos
torna-se valorizada.6
Neste cenário, entende-se que as mudanças pelas quais as
organizações públicas enfrentam atualidade, como: as mudanças de governo
4 RIBEIRO, A.;RODRIGUES, L. Sistemas de Informação na Administração Pública. Rio de
Janeiro:Revan, 2004.p.26. 5 HOPPEN:MEIRELLES.Sistemas de Informação: um Panorama da Pesquisa Científica entre 1990 e
2003.vol 45 - n 1 - jan-mar 2005.p.25. 6 TAIT, Tania Fatima Calvi; PACHECO, Roberto C. S. Um modelo de arquitetura de sistemas de
informação para o setor público estudo em empresas estatais prestadoras de serviços de informática.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro Tecnológico. /. Florianópolis, 2000.p.26.
46
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(novas políticas), a restrição orçamentária e a estrutura burocratizada (setor
público) por exemplo, impõem uma reestruturação dos processos de trabalho e
a disseminação das informações nas organizações possibilitando uma maior
eficiência na gestão da informação.
Para PEREZ7 a Administração Pública atualmente, assume a função de
harmonizar o comportamento dos atores sociais, procurando ser mais a
transparente, distanciando-se dos modelos burocráticos puramente gerenciais
e neoliberais. Observa-se que a Administração Pública passa a adotar novos
métodos de atuação voltados para a cultura do diálogo, de favorecer o trabalho
da sociedade sobre ela mesma e neste ponto podemos relacionar a questão da
transparência com o papel do governo eletrônico na modernização da
administração pública.
No tocante a administração de serviços públicos, observa-se que está
diretamente ligada às rupturas e transformações sociais recentes. Com a
desmobilização do Estado dos anos 80 e as frustrações com as várias
reformas ocorridas até a virada do século, vários atores sociais e políticos
passam a buscar soluções para seus problemas de maneira
independentemente da ação do governo. Observa-se as pessoas cada vez
mais envolvidas e comprometidas com a comunidade de serviços públicos
trazendo ao social confiabilidade e eficiência em serviços públicos, sendo estes
por meios do terceiro setor, do governo ou voluntariado.
Neste contexto, pode-se ressaltar DENHARDT8 que descreve o Novo
Serviço Público como uma alternativa para a Nova Gestão Pública. Entende-se
que a proposta do Novo Serviço Público está inspirado na teoria política
democrática principalmente quando se refere à conexão entre cidadãos e seus
governos e abordagens alternativas à gestão e ao modelo organizacional
sendo mais humanística na teoria da administração pública.
O Novo Serviço Público expressa na liderança e na gestão dos órgãos
públicos, um interesse renovado pelos valores democráticos. No processo de
construção da Gestão Democrática Participativa no Brasil essa noção do Novo
7 PEREZ, Marcos Augusto. A administração pública democrática: institutos de participação popular
na administração pública. Belo Horizonte: Fórum, 2004.
8 DENHARDT, Robert. B. Teoria Geral de Organizações Públicas. 4a ed. (trad. Prof. Francisco G.
Heidemann), Thompson/ Wadsworth, 2004.
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Serviço Público contribui para uma mudança de mentalidade na busca de uma
gestão mais participativa.
3. DEFINIÇÕES DE GOVERNO ELETRÔNICO
Para POLIZELLI E OZAKI9 o conceito de governo eletrônico (ego) pode
ser entendido como as aplicações de prestação de serviço ao cidadão e nessa
visão, e-Gov busca desenvolver capacidades sofisticadas de interação e
transação em uma variada gama de serviços. “É uma aplicação de tecnologias
de informação e comunicação (TIC) para o desenvolvimento nacional
objetivando a modernização da gestão pública, políticas públicas de
universalização e políticas de caráter industrial de TIC”.10
Para Vidigal11 a Administração Pública Eletrônica caracteriza-se pela
utilização de diferentes tecnologias e para melhorar a comunicação e os
serviços oferecidos aos cidadãos, aumentando a eficiência e a eficácia da
gestão pública e incrementando a transparência do setor público e a
transparência do cidadão nas suas relações com o Estado.
Desta forma, o papel do Estado é o de encorajar os cidadãos para um
papel cada vez mais ativo de supervisão e controle, tendo em vista e exercício
da cidadania e da democracia eletrônica.
Conforme expõe VIDIGAL:
A governação na sociedade da informação deve basear-se nas redes
e no acesso fácil de todos, a tudo, em qualquer lugar hora, criando
condições de universalidade e democraticidade, através da prestação
de serviços de forma integrada em múltiplos canais de forma
autônoma ou intermediada por funcionários públicos capazes de
9 POLIZELLI, Demerval L; OZAKI, Adalton M. Sociedade da Informação: os desafios na era da
colaboração e da gestão do conhecimento.São Paulo: Saraiva, 2008.p.116. 10Idem. p.177. 11 VIDIGAL, Luís. A Face Oculta da Administração Pública Eletrônica – Uma Abordagem Sócio-
Técnica. In: AMARAL, Luís.et.al.Sistemas de Informação Organizacionais.Lisboa:Silabo, 2005.
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servir como mediadores entre os serviços eletrônicos e os cidadãos
mais excluídos das oportunidades do mundo digital. 12
Para MEDEIROS E GUIMARÃES13 a Internet e as inovações tecnológicas, assim
como a necessidade de eficiência nas administrações, as pressões da sociedade para que o
governo administre melhor seus gastos e atue com transparência, são os principais fatores que
incentivaram o surgimento da inovação do governo eletrônico.
O advento da Internet e as inovações tecnológicas em comunicações
proporcionaram às organizações a possibilidade de migrar seus
sistemas existentes em plataformas convencionais para sistemas com
interface web. O esgotamento da sobrevida de sistemas legados
pode ser considerado ainda um exemplo de fator eu motivou a
construção de sistemas baseados na Internet, os quais conformam,
na prática, o governo eletrônico.
(...) Outros aspectos que incentivaram o surgimento dessa inovação
foram, em ordem de relevância para os governos: (1) a necessidade
de as administrações aumentarem sua arrecadação e melhorar seus
processos internos e (2) as pressões da sociedade para que o
governo otimize seus gastos e atue, cada vê mais, transparência,
qualidade e de modo universal na oferta de serviços aos cidadãos e
organizações em geral.14
A tecnologia da Internet pode ser considerada um elemento que
sustenta o recente conceito de governo eletrônico. O seu uso veio para ficar e
está estimulado as relações virtuais progressivamente entre os munícipes, os
fornecedores e até mesmo outras esferas de governo (estadual e federal) com
o governo municipal de forma não presencial.15
No tocante aos conceitos de governo eletrônico, destaca-se a seguir os
diferentes pontos de vista de diferentes autores.
Para HABERMAS16 o Governo Eletrônico pode ser entendido como um
facilitador, passível de promover a intercomunicação entre os atores sociais
12 Idem.p.557. 13 MEDEIROS, Paulo Henrique Ramos;GUIMARÃES, Tomás de Aquino. A Institucionalização do
Governo Eletrônico no Brasil. In:Revista de Administração Empresarial (ERA).vol.46.nº4.2005.
14 MEDEIROS, Paulo Henrique Ramos;GUIMARÃES, Tomás de Aquino. A Institucionalização do
Governo Eletrônico no Brasil.In:Revista de Administração Empresarial (ERA).vol.46.nº4.2005. 15 SILVA, Arídio;RIBEIRO, José Araújo;RODRIGUES, Luiz Alberto. Sistemas de Informação na
Administração Pública. Rio de Janeiro:Revan.2005.p.142. 16 HABERMAS, JURGEN. Consciência Moral e Agir Comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 1989.
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para desempenhar o seu na sociedade, necessita de parceiros firmes para
readequar e criar locais de acesso às informações.
Conforme assinala SILVA E LIMA:
É a relação com os cidadãos que sustenta o e-governo. Se a
população não o conhece, não o utiliza ou não percebe o valor em
seus serviços, o programa perde a razão de ser. Trata-se de uma via
em mão dupla: o e-governo procura ir ao encontro das necessidades
do cidadão em termos de informações e serviços, mas precisa do
acesso e participação para justificar e manter sua existência; o
cidadão, por sua vez, em diversos momentos da sua vida, precisa
dos serviços e informações do Governo, mas para utiliza-los precisa
conhecer as possibilidades oferecidas através dos meios
eletrônicos.17
Para FERGUSON18 pode ser entendido como uma das principais
formas de modernização do Estado e está fortemente apoiado no uso das
novas tecnologias para prestação de serviços públicos. Além disso, o conceito
de e-gov envolve também o conceito de governança eletrônica de serviços
voltados para a “garantia e a prestação de serviços do governo por meios
eletrônicos”.
Para as NAÇÕES UNIDAS, o governo eletrônico é definido como
“utilização da Internet e da web para ofertar informações e serviços
governamentais aos cidadãos”.19 Para Okot-Uma20, afirma que a expressão
“refere-se a processos e estruturas relativos ao fornecimento eletrônico de
serviços governamentais ao público.”
Compreende-se que o E-Governo (e-gov) não é simplesmente um
portal de informações e serviços do governo, mas um sistema de inter-
17 SILVA, H. P. e LIMA, J. B. Governo Eletrônico e Informação Utilitária: uma relação necessária
para uma efetiva inclusão digital. Disponível em
<reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/16892/1/R2091-1.pdf> Acesso em 12 mar. 2008 18 FERGUSON, M. Estratégias de governo eletrônico: o cenário internacional em desenvolvimento. IN:
EISENBERG, J; CEPIK, M (Orgs). Internet e política: teoria e prática da democracia eletrônica.
Belo Horizonte: Editora:UFMG, 2002.p.104-105. 19 NAÇÕES UNIDAS. Benchmarking E-Government: a global perspective: New York: United
Nations, American Society for Public Administration, 2002.p.01. 20 OKOT-UMA, R. Electronic Governance: Re-inventing Good Governace. London: Commonwealth
Secretariat London, 2001.p.04.
50
50
relações, criado para desenvolver e emancipar a sociedade nas novas
tecnologia digitais.21
Entende-se que governo eletrônico tem entre seus objetivos contribuir
com o aumento da transparência e participação da sociedade nas ações
governamentais. No artigo intitulado “Investigando portais de governo
eletrônico de Estados no Brasil: muita tecnologia, pouca Democracia” da
Revista de Administração Pública (RAP), o autor JOSÉ ANTÔNIO GOMES DE
PINHO explica que os objetivos dos governos eletrônicos estão fundamentados
nas “características que as novas Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) possuem, que permitem e aceleram a comunicação e a interação entre
sociedade e governo. Isso é o que a tecnologia promete e pode cumprir”.22
É inegável o crescimento acelerado das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) nos últimos anos (...) As TICs têm se espraiado
pelo setor governamental por meio do que se chama e-gov ou
governo eletrônico, representado pela informatização de suas
atividades internas e pela comunicação com o público externo:
cidadãos, fornecedores, empresas, ou outros setores do governo e da
sociedade. Uma forma central dessa informatização tem sido a
construção de portais governamentais, por intermédio dos quais os
governos mostram sua identidade, seus propósitos, suas realizações,
possibilitam a concentração e disponibilização de serviços e
informações, o que facilita a realização de negócios e o acesso à
identificação das necessidades dos cidadãos. 23
É importante ressaltar que no Brasil, os projetos de governo eletrônico
tem sido estimulados pelo progresso das iniciativas do governo federal,
desenvolvidas em duas vertentes de atuação, que por vezes se sobrepõem as
diretrizes do Comitê Executivo do Governo Eletrônico, executadas por meio do
Programa Eletrônico e por outros programas governamentais e também em
três das sete linhas de ação do Programa Sociedade da Informação –
21 POLIZELLI, Demerval L; OZAKI, Adalton M. Sociedade da Informação: os desafios na era da
colaboração e da gestão do conhecimento.São Paulo: Saraiva, 2008. 22 PINHO, José Antonio G. de. Investigando portais de governo eletrônico de Estados no Brasil:
muita tecnologia, pouca Democracia. Revista de Administração Pública, v. 42, n. 3, maio./jun. 2008.
23 PINHO, José Antonio G. de. Investigando portais de governo eletrônico de Estados no Brasil: muita
tecnologia, pouca Democracia. Revista de Administração Pública, v. 42, n. 3, maio./jun. 2008.
51
51
“Universalização de Serviços para a Cidadania”, “Governo ao Alcance de
Todos” e “Infraestrutura Avançada de Novos Serviços”.24
Pode-se destacar ainda que a aplicação da tecnologia da informação e
da Internet está direcionada especialmente para a administração pública.
Conforme explana ARÍDIO SILVA:
Estamos assim diante do momento em que todos os níveis da
administração pública (federal, estadual, municipal) estão começando a
investir e direcionar os seus serviços ofertados aos cidadãos para a
plataforma da Internet. O governo federal brasileiro, por meio de seus
ministérios, secretarias, órgãos e entidades, tem encabeçado a lista na
iniciativa de implantar seus portais. O governo-eletrônico brasileiro está
virando um modelo de sucesso com reconhecimento internacional.25
Ressalta-se alguns elementos indispensáveis que norteiam o uso da
tecnologia da informação, tanto no contexto privado quanto governamental : o
uso de tecnologia para melhorar os serviços aos clientes/cidadãos; o uso da
tecnologia para melhorar eficiências internas; o uso da Internet para fornecer
os serviços e informação e o uso da tecnologia da informação sem
comprometer o sigilo e a segurança nas informações e transações.
Compreende-se que o uso da tecnologia para melhorar os serviços dos
clientes, pode-se compreender que cliente refere-se à pessoa que se relaciona
com o governo, que inclui cidadãos, servidor público, fornecedores da
administração pública, sendo pessoas físicas ou jurídicas, os próprios órgãos e
entidades do governo. Neste sentido, pode-se entender que governo como
sendo os níveis federal, estadual, municipal, tanto do executivo, como do
legislativo e judiciário.
No tocante ao uso da tecnologia para melhorar as eficiências Internas,
conforme Arídio Silva26, entende-se que o governo eletrônico envolve uso da
Internet, Intranet e Extranet no escopo de uso remoto e distribuído dos seus
24 BRASIL. Proposta de política de governo eletrônico para Poder Executivo Federal. Grupo de
Trabalho “Novas Formas Eletrônicas de Interação”. Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, 2000. 25 SILVA, Arídio;RIBEIRO, José Araújo; RODRIGUES, Luiz Alberto. Sistemas de Informação na
Administração Pública. Rio de Janeiro:Revan.2005.p.141.
26 SILVA, Arídio;RIBEIRO, José Araújo;RODRIGUES, Luiz Alberto. Sistemas de Informação na
Administração Pública. Rio de Janeiro:Revan.2005.
52
52
sistemas de informação. Desta maneira, pode-se observar o servidor público
sendo beneficiado pela aplicação da tecnologia da informação, melhorando o
nível de qualidade do contexto de trabalho e a eficiência interna.
No que se refere ao uso da Internet para fornecer serviços e
informação, a adoção da infraestrutura e tecnologia da Internet abre um nível
de serviço em prol da sociedade como um todo. O cidadão não fica limitado ao
local físico no relacionamento com o governo porque através da Internet pode
na sua casa, no trabalho e em qualquer lugar e horário acessar os diversos
sites do governo.
Nota-se que o uso da tecnologia da informação traz à tona questões
como o sigilo e a segurança das informações. Como exemplo da questão de
segurança, cita-se as transações que envolvam pagamentos on-line.
Com a aprovação da infraestrutura de chaves públicas ICP-Brasil, pela
MP2200, em julho 2001 e pelos diversos decretos, portarias e outros
instrumentos subsequentes, que estabeleceram a política de
segurança, as normas para a ICP-Brasil, entre outras medidas, bem
como o processo em curso na efetiva implantação das providências
para a utilização de certificados digitais, estamos caminhando no rumo
certo para garantia da operacionalização dos padrões e mecanismo de
garantia da segurança das transações on-line com o governo. O
aspecto de sigilo é outro requisito garantido pelo governo, indicando
que nenhuma informação mantida em seus bancos de dados pode ser
divulgada, a não ser por imposição jurídica.27
Diante do exposto, entende-se que o Estado deve preocupar-se em
formular o direito do cidadão à autodeterminação informacional e ao acesso à
informação sobre todos os assuntos relacionados com o exercício da sua
cidadania ativa e que lhe interessa em todos os atos da vida e cotidiano.
27Idem.p.192.
53
53
4. MODELOS DE GOVERNO ELETRÔNICO
Para FERNANDES28 o governo eletrônico engloba, principalmente, três
tipos de transações: G2G (forma reduzida da expressão em inglês
“Government to Government” trata-se de uma relação intra ou intergovernos
(gestão interna: sistemas internos– intranet); G2B (forma reduzida da
expressão em inglês “Government to Business” caracteriza-se por transações
entre governos e fornecedores (integração com a cadeia de valor: Sistemas
Estruturadores – Extranet); G2C ( forma reduzida da expressão em inglês
“Government to Citizen” envolvendo relações entre governos e cidadãos-
interação com cidadão: portal de atendimento-internet);
5. DEFINIÇÕES DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Em primeira instância, para entender o significado e a importância do
planejamento estratégico, deve-se chamar a atenção para definição da palavra
estratégia. Para MINTZBERG29, a palavra estratégia é “um padrão, a
consistência em comportamento ao longo do tempo.” É mais do que um plano,
uma direção, um guia ou um curso de ação para o futuro. Todas as estratégias
precisam ser divididas em subestratégias para o sucesso de sua
implementação.
Compreende-se que as estratégias devem resultar de um processo
controlado e consciente de planejamento formal, decomposto em etapas
delineadas e apoiada por técnicas. Além disso, a responsabilidade por todo
processo está com os planejadores e as estratégias surgem prontas desde
processo, devendo ser explicitadas para que possam ser implementadas
28 FERNANDES, A.G. E-governo: o que já fazem estados e municípios.nº 20, out. 2000. Disponível
em: http://www.governoeletronico.com.br. Acesso em; 22/08/08. 29MINTZBERG, Henry. Safári de estratéia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto
Alegre: Bookman, 2000. p.17.
54
54
através da atenção detalhada a objetivos, orçamentos, programas, planos
operacionais de vários tipos. 30
Desta forma, o planejamento estratégico está aliado à estratégia. Para
Stoner31 o planejamento estratégico e sua execução são considerados
elementos indissociáveis na administração, da mesma forma que não se pode
desvincular as atividades de planejamento das organizações dos sistemas de
informação, visto que estes fornecem ‘subsídios’ aos administradores para as
tomadas de decisões que produzirão efeitos e consequências futuras.
Para ANDION E FAVA32 o planejamento estratégico corresponde a um
importante instrumento de gestão para as organizações na atualidade e
constitui uma das maiores funções administrativas por meio do qual os
gestores estabelecem os parâmetros que vão nortear a organização no
controle de suas atividades.
O planejamento estratégico é um importante instrumento de gestão
para as organizações na atualidade. Constitui uma das mais
importantes funções administrativas e é através deles que o gestor e
sua equipe estabelecem os parâmetros que vão direcionar a
organização da empresa, a condução da liderança, assim como
o controle das atividades. O objetivo do planejamento é
fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que os municie
de informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de
forma proativa, antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado
em que atuam. 33
LACOMBE34 corroborando com as afirmações acima, ressalta que o
planejamento estratégico é efetuado por aqueles que possuem a visão
sistêmica ou global da organização e apresentam melhores condições para
30 MINTZBERG, Henry. Safári de estratéia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto
Alegre: Bookman, 2000.
31 STONER, Jamer A. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1985. 32 ANDION, Carolina ; FAVA, Rubens . Planejamento Estratégico. Curitiba: Grupo RPC e UNIFAE,
2002.p.02. 33 ANDION, Carolina ; FAVA, Rubens . Planejamento Estratégico. Curitiba: Grupo RPC e UNIFAE,
2002.p.02. 34 LACOMBE, Francisco José Masset. Administração: princípios e tendências. São Paulo:Saraiva,
2003.
55
55
diagnosticar as ameaças e oportunidades que possam interferir na
organização.
O planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das
metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-los, ou
seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua
área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa,
mas também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa
está inserida. O planejamento estratégico deve definir os rumos do
negócio e, portanto, responder à pergunta: qual é o negócio e,
portanto, responder à pergunta: qual é o nosso negócio e como deveria
sê-lo? Seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo,
a fim de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da
empresa de acordo com um cenário aprovado. 35
Neste sentido, pode-se o planejamento estratégico de uma
organização está interligado com o planejamento estratégico de sistemas de
informação, conforme explica o tópico seguinte.
6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Na administração moderna e especialmente na administração pública
atual é praticamente impossível deixar de relacioná-la ao convívio e o uso de
sistemas de informação. Compreende-se que os sistemas de informação e o
uso da tecnologia da informação funcionam como pilares que sustentam o
sucesso da gestão da informação nas organizações.
Para TAKARASHI:
Na era da Internet, o Governo deve promover a universalização do
acesso e o uso crescente dos meios eletrônicos de informação para
gerar uma administração eficiente e transparente em todos os níveis. A
criação e manutenção de serviços equitativos e universais de
atendimento ao cidadão contam-se entre as iniciativas prioritárias da
ação pública. Ao mesmo tempo, cabe ao sistema político promover
35 LACOMBE, Francisco José Masset. Administração: princípios e tendências. São Paulo:Saraiva,
2003.p.163.
56
56
políticas de inclusão social, para que o salto tecnológico tenha paralelo
quantitativo e qualitativo nas dimensões humana, ética e econômica. A
chamada “alfabetização digital” é elemento-chave nesse quadro.36
Para TOFFLER37 a informação e o conhecimento são tão importantes
quanto a terra, o trabalho, o capital e a matéria-prima. Na sua visão, a
informação pode ser também considerada a mercadoria mais importante da
economia contemporânea.
Neste sentido, os sistemas de informação podem auxiliar as
organizações públicas e privadas a aperfeiçoarem seus serviços e operações,
a melhorar seu desempenho e atuação na sociedade. Entende-se que a
introdução da tecnologia da informação na administração pública ocorreu num
momento em que suas estruturas eram constituídas de órgãos que realizavam
tarefas de tratamento de dados, e o papel assumido por ela foi justamente de
apoiar estes órgãos na realização dessas operações.38
No tocante ao conceito de Sistemas de Informação, significa um
conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos.
Desta maneira possuem entradas, mecanismos de processamento, saídas e
feedback (uma saída para fazer ajustes na atuação dos sistema.
Para ROSINI39 sistemas de informação é “todo o sistema é um
conjunto de elementos interdependentes em interação, visando atingir um
objetivo comum”. Já para Polloni Sistema de Informação é “qualquer sistema
usado para prover informações, incluindo processamento, qualquer que seja
sua utilização”. 40
CALDEIRA41 o sistema de informação organizacional tem o objetivo de
facilitar o trabalho dos responsáveis pela tomada decisão; deverá possuir
métodos de representação da estrutura da organização, assim como um
36 TAKARASHI, T. (Org.). Sociedade da Informação no Brasil: livro verde. MCT, Brasília, 2000, p. 5 37 TOFFLER, A. A terceira onda. Rio de Janeiro: Record, 1985.
38 INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL (IBAM). Manual do Prefeito.
Rio de Janeiro, 1996.p.185. 39 ROSINI, Alessandro Marco; PALMISANO, Angelo. Administração de sistemas de informação e a
gestão do conhecimento. São Paulo: Thomson, 2003.p.03. 40 POLLONI, Erico Giulio Franco. Administrando Sistemas de Informação. São Paulo:Futura:2000. 41 CALDEIRA, Mário Maciel. A Integração dos Sistemas de Informação Organizacionais: Conceitos,
Soluções, Riscos e Benefícios.In: AMARAL, Luís.et.al.Sistemas de Informação
Organizacionais.Lisboa:Silabo, 2005.p.75.
57
57
conjunto de meios de tratamento de dados e informação natural. Portanto,
todas as organizações têm obrigatoriamente um sistema de informação. Para o
autor, “O sistema de informação de uma organização é um sistema aberto, com
objetivos definidos, funcionando, formal e informalmente, em interligação com
outros sistemas de informação interorganizacionais.” 42
Para TAIT43 os Sistemas de Informação são essenciais para a gestão
da informação eficiente porque vai além do aparato tecnológico e recursos
humanos qualificados, metodologias de planejamento e de desenvolvimento de
sistemas que atendam às expectativas da organização. Pode-se considerar os
sistemas de informação como o mais importante ou pelo menos um dos
recursos cuja gestão e aproveitamento mais influencia o sucesso das
organizações de forma geral.
A necessidade de sistemas de informação para a estrutura pública que
viabilize o fornecimento de informações adequadas já é sentida na
administração pública. No entanto, existe pouco conhecimento
sistemático sobre a informática pública, já que os modelos tradicionais
de administração de informática disponíveis na literatura foram
desenvolvidos a partir da empresa privada e não contemplam
adequadamente aspectos importantes da administração pública, como
a rigidez da estrutura organizacional, processos políticos de tomada de
decisão. 44
Para VARAJÃO E AMARAL 45 no que se refere aos sistemas de
informação, estes permitem agrupar, armazenar e processar a informação de
maneira eficiente e acessível aos principais membros da organização.
Um sistema que reúne, guarda, processa e faculta informação
relevante para a organização, de modo que a informação é acessível e
útil para aqueles que a querem utilizar, incluindo gestores, funcionários,
42 Idem. 43 TAIT, Tania Fatima Calvi; PACHECO, Roberto C. S. Um modelo de arquitetura de sistemas de
informação para o setor público estudo em empresas estatais prestadoras de serviços de
informática. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro Tecnológico. /.
Florianópolis, 2000.
44 TAIT, Tania Fatima Calvi; PACHECO, Roberto C. S. Um modelo de arquitetura de sistemas de
informação para o setor público estudo em empresas estatais prestadoras de serviços de
informática. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro Tecnológico.
Florianópolis, 2000. 45 VARAJÃO E AMARAL. Planejamento de Sistemas de Informação. Universidade do Minho. 1999.
58
58
clientes. Um Sistema de Informação é um sistema de atividade humana
(social) que pode envolver ou não a utilização de computadores. 46
Sabe-se que os sistemas de informação evoluíram ao longo do tempo,
buscando tecnologias que possibilitam o desenvolvimento de novas aplicações
e as diferentes formas de tratar a informação nas organizações. Sabe-se que
os sistemas de informação passaram por várias etapas no decorrer de sua
evolução, tais como operacionalização das tarefas rotineiras, a investigação
entre vários sistemas de informação na empresa, como suporte ao
gerenciamento, a informação como recurso estratégico e seu uso para alcançar
vantagem competitiva.
Entende-se que em cada época, vários aspectos foram acrescentados
ao uso dos SI, enfatizando a necessidade de seu planejamento, a integração
com a tecnologia de informação (TI) e o envolvimento no ambiente
organizacional.
Entende-se que a evolução dos Sistemas de Informação aperfeiçoou a
disseminação das informações, e desta maneira não se pode ignorar os
problemas que ainda ocorrem, relacionados à segurança e à integridade dos
dados, resistência às mudanças por parte dos funcionários e a redundância de
informações.
A evolução da tecnologia da informação está entrelaçada aos avanços
científicos e tecnológicos na área de informática, às pressões de um ambiente
de caráter competitivo e às mudanças na própria concepção das estratégias de
gestão de negócios por exemplo. Para Brito47 os benefícios da introdução da
TI advém da transformação do escopo dos negócios, das mudanças nos
processo internos (estrutura e processos organizacionais), das mudanças na
arquitetura de sistemas de informação e da plataforma de TI.
Desta forma, a questão da tecnologia da informação para que se torne
verdadeiramente global, deve fazer uso de uma ampla variedade de
tecnologias de informação, minimizando a distância, o tempo e coletivizando o
conhecimento entre funcionários. Afirma que a tecnologia de informação não
46 Idem.p.09. 47 BRITO, Mozar José. Tecnologia da Informação e Mercado Futuro – O caso da BM&F. Tecnologia
da Informação e Estratégia Empresarial. São Paulo: FEA/USP, 1996.
59
59
pode ser considerada isolada, equilibrando os processos tecnológicos e
organizacionais.
Neste contexto, a evolução das tecnologias a serviço da informação e
seu impacto nas sociedades modernas caracterizam-se por uma velocidade até
então inédita a qualquer outro processo histórico de transformações e se
acabam refletindo na atualidade e na vida dos indivíduos e das organizações.
48
CEPIK corroborando com as afirmações acima, destaca o pioneirismo
no uso da tecnologia da informação na administração pública:
O pioneirismo no uso dos computadores pelos diversos níveis e
agencias de governo no Brasil esteve relacionado, por um lado, com
uma grande demanda informacional gerada pelo aumento da
complexidade administrativa do Estado, particularmente depois dos
anos setenta e, por outro lado, com o fato de que os governos foram
das poucas instituições capazes de arcar com os altos custos
envolvidos na implantação dos primeiros sistemas informatizados.49
Desta forma, o acompanhamento, assim como a incorporação das
inovações tecnológicas cumprem um papel fundamental na modernização das
administrações públicas e em sua inserção nos tempos modernos. Neste
sentido, deve ser tomada como um valioso elemento agregador e gerador de
mudanças.
Cabe ressaltar que para realizar tais mudanças e iniciativas, faz-se
necessário planejar. O planejamento é uma tarefa administrativa, básica,
essencial e indispensável na realização de empreendimentos e negócios.
O planejamento é uma das técnicas mais importantes,
especificamente, voltada à administração, principalmente em períodos
de crise, para a formulação de estratégias competitivas, empresariais e
decisórias. Planejar pressupõe ter os conhecimentos das medidas
estratégicas a serem tomadas. O produto final do planejamento é
48 INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL (IBAM). Manual do Prefeito.
Rio de Janeiro, 1996.p.185. 49 CEPIK, M;EKLUND,M;EISENBERG,J. Desenhos institucionais em informática pública: estudo
comparativo em quatro cidades brasileiras. Informática Pública, Belo Horizonte, n.3, dez.2001.p.52.
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60
normalmente o plano o qual deve ser desenvolvido pela empresa e não
para a empresa. O planejamento não é um ato isolado. O ato de
planejar deve ser visto como um processo integrado e harmonioso que
visa atingir os objetivos traçados pela empresa enfocando o seu
ambiente, problemas, necessidade e oportunidades. 50
Em todas as organizações, os administradores tem de decidir sobre
inúmeros problemas que necessitam de intervenção. Para Stoner51 o processo
de planejamento se inicia pelo estabelecimento de objetivos resultantes de um
processo de negociação, de um processo de consenso político nos centros de
poder e decisão da organização.
7. TIPOS DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A importância da atividade de planejar os Sistemas de Informação nas
organizações como um todo, ocorre principalmente porque é uma atividade que
faz parte da cultura organizacional e deve refletir a maneira como a
organização opera ou se pretende que venha a operar. Sabe-se que a cultura
organizacional funciona como um cimento que une seus membros em torno
dos mesmos objetivos e valores.
Conforme expõe VARAJÃO E AMARAL:
O Planejamento de Sistemas de Informação é uma atividade de
natureza provisional associada à incerteza aos seus resultados.
Destacam-se três aspectos considerados nucleares desta atividade:
Utilização – aspectos funcionais do Sistema de Informação. Papel do
Sistema de Informação na concepção e suporte da atividade da
organização. Recursos – aspectos tecnológicos e operacionais do
Sistema de Informação. Papel das tecnologias da informação e na
concepção e suporte de sistema de informação. Arquitetura – Aspectos
estruturais, tecnológicos e funcionais.52
50 STONER, Jamer A. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1985.p.84. 51 Idem. 52 VARAJÃO E AMARAL. Planejamento de Sistemas de Informação. Universidade do Minho.
1999.p.52.
61
61
Da mesma forma, ROSINI53 afirma que a aplicação de novas
tecnologias precisa ser minuciosamente planejada, organizada e controlada
pelas organizações e empresas. O planejamento de sistemas de informação é
uma das atividades mais importantes para a criação, sustentação e
maximização da vantagem competitiva.
Na sua visão, para compreensão desse processo, é essencial
compreender duas características básicas da tecnologia: sua volatilidade e seu
impacto na cultura organizacional. A tecnologia da informação evolui muito
rapidamente, em todas as áreas.
Em primeiro lugar, uma tecnologia hoje: sua volatilidade e seu impacto
organizacional por poucos anos ou, às vezes, meses. A tecnologia da
informação evolui muito rapidamente, em todas as áreas: hardware,
software, comunicação, pessoas e administração. As novas tecnologias
surgem, em todos os setores, cada vez com um ciclo de
desenvolvimento menor, e a custos decrescentes.54
Entende-se que muitas vezes, as novas tecnologias tornam obsoletos,
rapidamente, os produtos e, até mesmo, profissionais especializados, sendo
necessário um esforço contínuo de adaptação, flexibilidade e planejamento.
Portanto, faz-se necessário estar em dia com a tecnologia e controlar o
impacto organizacional de sua aplicação. Desta forma, o objetivo do processo
de planejamento de sistemas de informação é o de identificar as oportunidades
de aplicação de novas tecnologias, definindo as linhas de ação para sua
utilização de maneira efetiva.
O planejamento tecnológico deve ser estruturado em diversas
atividades, cuja aplicação varia em função dos vários setores
existentes da organização, do próprio ambiente organizacional, dos
objetivos e vetores estratégicos e do tipo de tecnologia em questão,
onde as ações têm como referência a visão estratégica. 55
53 ROSINI, Alessandro Marco; PALMISANO, Angelo. Administração de sistemas de informação e a
gestão do conhecimento. São Paulo: Thomson, 2003. 54 Idem.p.89. 55 Idem.
62
62
Neste sentido, o conhecimento do ambiente organizacional é um
elemento importante para a identificação dos problemas e das decisões nas
organizações. Com base na visão sistêmica que as instituições podem
entender e estudar seu funcionamento.
A visão estratégica é o ponto de partida para sua transformação e para
sua sobrevivência, onde a visão é fruto da criatividade dos administradores ao
perceberem e analisarem o ambiente externo, não sendo portanto uma tarefa
considerada fácil. Para Stoner56, no que se trata ao ambiente externo das
organizações, este se caracteriza como instável e volátil em determinadas
situações como de ajuste e de transformação nas organizações. Já o ambiente
interno das organizações busca novas formas de alcançar a eficiência e
eficácia da prestação de seus serviços, a partir da consciência de seus pontos
fortes e pontos fracos. A tecnologia da informação aparece como recurso
estratégico para a organização e sua aplicação eficiente e eficaz, torna-se fator
crítico de sucesso.
A seguir, busca-se relacionar a tecnologia da informação com a
importância do governo eletrônico como fator de modernização na
Administração Pública. Primeiramente, procura-se compreender o conceito de
governo eletrônico.
8. O GOVERNO ELETRÔNICO E A MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO
PÚBLICA
Na sociedade da informação, a Internet pode ser considerada como um
veículo de aproximação do Estado com o cidadão, sendo o principal
instrumento para tornar o governo cada vez mais de caráter “eletrônico”. Desta
forma, a presença governamental na Internet visa tornar a aparato
administrativo menos aparente de forma presencial, porém está mais próximo
do cidadão e mais eficiente na realização de seus objetivos, por meio das
técnicas dos sistemas de informática, e da comunicação.
56 STONER, Jamer A. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1985.
63
63
Sabe-se que historicamente, a informática pública no Brasil começou a
ter relevância e aplicações práticas no final de década de 1950, quando
diversas secretarias de estado e ministérios já haviam adotado as máquinas
eletromecânicas e tabuladoras de dados eram utilizadas para cálculos de folha
de pagamento. Desta forma, notou-se que era muito custosa e complexa a
programação destas máquinas e havia falta de pessoas qualificadas para a
tarefa.
Nas décadas de 60 e 70, os governos estaduais e federais realizaram
movimentos de centralização dos serviços de informática, por meio da criação
de empresas públicas de processamento de dados. Observa-se que foram
essas empresas que colaboraram para a chamada modernização da gestão
pública no Brasil.
Já em 1990, iniciou-se uma fase de transição, motivada pela evolução
das aplicações de tecnologia de informação e potencializada pelo
fortalecimento do processo democrático. Em meados dos anos 90, as
mudanças tecnológicas popularizam a informática, permitindo que o governo
pudesse chegar de forma direta ao cidadão. Assim, a sociedade também
mudou, aumentando o seu nível de exigência em relação aos órgãos públicos,
demandando maior eficiência, qualidade e transparência.
A partir do fim do governo militar nota-se um amadurecimento político
que reforça a cobrança da população para que o Estado cumpra seu
papel. De fato, a Constituição de 1988 ampliou os direitos sociais e o
papel dos entes subnacionais na garantia desses direitos, o que vem
pressionando ainda mais a questão da transparência das contas
públicas. Este constitui o segundo desafio do setor público: atender
as demandas crescentes da população.57
Neste sentido, o setor público brasileiro, enfrenta dois grandes
desafios: o de lidar com os orçamentos restritos e ao mesmo tempo atender a
demandas crescentes da população.
57 MEDEIROS, Paulo Henrique Ramos;GUIMARÃES, Tomás de Aquino. A Institucionalização do
Governo Eletrônico no Brasil.In:Revista de Administração Empresarial (ERA).vol.46.nº4.2005.
64
64
Neste contexto, cabe aqui comentar a respeito da evolução do conceito
de Administração Pública ao longo dos anos para compreender o papel do
governo eletrônico na modernização da gestão pública brasileira.
De acordo com FISCHER58, a partir dos anos 30, a administração
pública teve um enfoque teórico mecanicista, estabelecendo relações entre
organização pública e privada. Desde esta época, o setor público brasileiro tem
vivido vários empuxos e iniciativas de transformação e modernização, mas
ainda aparecem a manutenção de uma estrutura rígida, inflexível, que tem
resistido à evolução e democratização da sociedade.59
Conforme PETRUCCI E SCHWARZ60 , o Brasil passou por três
grandes reformas. A primeira é a Reforma Burocrática de 1936, que buscou
montar um corpo burocrático clássico, de funcionários do Estado. A segunda
reforma, pode ser apresentada pelo Decreto-Lei 20061, de 1967, continha uma
preocupação com o enrijecimento da burocracia. Sendo ambas implementadas
em contextos de ditadura política e sem a participação da sociedade.
Já a terceira se caracteriza pela Reforma Gerencial, iniciada em 1995.
É a primeira a pensar o setor público do país com uma visão mais democrática,
onde o Estado deve estar voltado para o atendimento dos seus cidadãos, as
instituições públicas devem ser eficientes e eficazes. Temos a Reforma do
Estado e mais especificamente a Reforma do Aparelho do Estado, ou seja do
conjunto teórico que vem alimentando as várias iniciativas de reforma ao redor
do mundo, que costuma ser denominado da Nova Administração Pública.
Neste contexto, identifica-se três modelos que se sucederam na
evolução do aparelho estatal brasileiro: o modelo patrimonialista, o burocrático
e o gerencial. A administração patrimonialista é típica dos Estados que
antecedem o avanço do capitalismo industrial. A administração burocrática é
58 FISCHER, Tânia. Administração pública como área de conhecimento e ensino: a trajetória
brasileira.Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,1984. 59 TORRES, Marcelo Douglas de Figueiredo. Estado, democracia e administração pública no Brasil.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.
60 PETRUCCI, Vera; Schwarz, Letícia. Administração pública gerencial: a reforma de 1995: ensaios
sobre a reforma administrativa brasileira no limiar do século XXI. Brasília: Universidade de
Brasília. ENAP, 1999. 61É importante lembrar que o Brasil inovou em 1967, quando publicou o Decreto-Lei nº.200 citado acima,
pois promoveu a filosofia da descentralização, da delegação de competências e propôs mudanças
profundas nos níveis e conceitos institucionais. Foram inovações que provocaram a administração pública
brasileira o movimento de mudança gerencial vinda dos países desenvolvidos.
65
65
baseada em um serviço civil profissional, na dominação racional-legal
observado na década de 30 no Brasil. Já a administração gerencial, é vista na
década de 90, de forma mais expressiva, também pode ser denominada a
‘nova gestão pública’.
As técnicas consideradas mais gerenciais e mais eficientes eram
aplicadas em órgãos da administração pública muito antes do decreto-lei
nº.200/67, que buscou introduzir práticas gerenciais no setor público. Desta
forma, apesar dos esforços de implantação de um modelo gerencial, as
práticas patrimonialistas de se governar e administrar o Estado ainda são
comuns no cotidiano da administração pública, em todos os três níveis de
governo e poderes.
TORRES62 esclarece que nem mesmo o modelo burocrático foi
plenamente implantado no Estado brasileiro, que permanece sendo
administrado através de práticas que muitas vezes ignoram os princípios de
impessoalidade, publicidade, especialização e profissionalismo.
Observa-se que tivemos quase quarenta anos controlados por
oligarquias civis quase anti- republicanas, hostis à nação, ao Estado e à
cidadania. Seguiram-se várias décadas de tutela militar. Assim, a vida política
não conseguiria agir de maneira livre63.
Até a Revolução de 30, o modelo patrimonial de administração pública
é predominante. Constata-se que a sociedade brasileira foi criada e
desenvolvida sob o controle atento de um ‘Estado centralizador’ e espoliado
por uma elite patrimonial e burocrática que insiste por muito tempo em
enriquecer e garantir os privilégios da exclusão da maioria.64
Neste cenário, destaca-se o conceito de governança e governabilidade.
Para BENTO governança diz respeito ao conjunto dos instrumentos técnicos de
gestão que assegure a eficiência e a democratização das políticas públicas.
Já no que toca a governabilidade, para BENTO65refere-se “às
condições do ambiente político onde se praticam as ações da administração, à
62 TORRES, Marcelo Douglas de Figueiredo. Estado, democracia e administração pública no Brasil.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. 63 NOGUEIRA, Marco Aurélio. As possibilidades da política: ideias para a reforma do Estado. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1998. 64 VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História do Brasil. Ed. Scipione, 2000. 65 BENTO, Leonardo Valles. Governança e governabilidade na reforma do Estado: entre eficiência e
democratização. Barueri,SP: Manole, 2003. p.85.
66
66
base de legitimidade dos governos, credibilidade e imagem públicas da
burocracia.”. Segundo o autor é importante perceber a diferença entre
governabilidade e governança, pois remete à distinção entre reforma do estado
e reforma do aparelho do Estado, no sentido de aumentar a eficácia e
eficiência.
A chamada reforma do Estado diz respeito à redefinição das funções
do Estado, seu padrão de intervenção econômica e social, suas relações com o
mercado e com a sociedade civil e entre os poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. A reforma do aparelho do Estado diz respeito à reformulação da
forma burocrática de administração e de prestação de serviços públicos,
mediante a elaboração de novas ‘ferramentas gerenciais, jurídicas e técnicas,
aprimorando assim a capacidade de implementação de políticas públicas que
produzam resultados.
A governança em um Estado só pode surgir quando seu governo tem
condições financeiras de transformar em realidade as decisões que toma. Para
ele a governabilidade “é uma capacidade política de governar, derivada da
relação de legitimidade do Estado e de seu governo com a sociedade. A
governança é a capacidade financeira e administrativa de um governo ampliar
suas políticas.”66
Desta forma, no Brasil estão presentes elementos razoáveis de
governabilidade e a governança é que deficiente, pois na sua opinião a
governança eficiente aumenta a ‘legitimidade’ da política estatal e desta
maneira a governabilidade do país, é aumentada consequentemente Aumento
da governabilidade ou da capacidade política do governo de intermediar
interesses, garantir a legitimidade e governar (problema político), envolve a
legitimidade do governo perante a sociedade. Sem governabilidade é
impossível à governança; a crise política é assim sinônimo de crise de
governabilidade.
BRESSER67 afirma que, enfrentando esses problemas, o Estado do
século XX caminhará para um Estado Social Liberal porque continuará a
proteger os direitos sociais e a promover o desenvolvimento econômico e
66 BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Reforma do Estado e cidadania: a reforma gerencial brasileira
na perspectiva internacional. São Paulo. Ed. 34. Brasília: ENAP, 1998.p.33. 67 Idem.
67
67
liberal porque o fará usando mais os controles de mercado e menos os
controles administrativos, realizando serviços sociais por meio de organizações
públicas não-estatais.
NOGUEIRA68 ressalta que a reforma do Estado ultrapassar os
aspectos financeiros e administrativos. Ela implica na democratização do
Estado, na ‘renovação de seus critérios de atuação e numa reforma dos
padrões de ‘relacionamento entre Estado e sociedade, ela depende de uma
intervenção que, abrangendo toda a esfera pública, converta as ações estatais
em ações efetivamente públicas, sendo que o controle por parte da sociedade
se dá através do resgate da democratização e da política. A reforma do Estado
deve ter como motor, o aprofundamento da democratização, o retorno da
política ao posto de comando, a iniciativa, a imaginação criadora e a disposição
para negociar dos governantes, dos partidos, dos sindicatos, das diversas
organizações sindicais.
NOGUEIRA 69, o Estado Brasileiro precisa ser democratizado de
maneira intensa, ágil e flexível, precisa se impor com soberania na nova
estrutura da economia mundial, regular democraticamente a economia,
coordenar o desenvolvimento e desenhar políticas sociais ativas, agressivas e
radicais.
Percebe-se que as atribuições da administração pública foram
crescendo e abarcando quase todas as esferas da sociedade organizada.
Como resultado da democratização do Estado, a administração pública ganhou
novas e complexas atuações nas áreas da saúde, educação, lazer, previdência
social, relações de trabalho, criou-se uma quantidade infinita de setores que
exigem ampla fiscalização, intervenção e regulação.
Contudo, a operação dos mecanismos da democracia provocou a
redefinição do papel do Estado na sociedade, tendo como resultado a
ampliação de suas funções. Para entender o processo de reforma do Estado
basta pensar na pressão que operação do regime democrático gera sobre a
administração pública. Assim, percebe-se que o Estado está sendo lapidado
pela democratização.
68 NOGUEIRA, Marco Aurélio. As possibilidades da política: ideias para a reforma do Estado. Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1998. 69 Idem.
68
68
Assim, aponta-se os princípios do Novo Serviço Público, segundo a
proposta de DENHARDT70 são: 1-servir a cidadãos, não a consumidores; 2-
visar o interesse público; 3- dar precedência à cidadania e ao serviço público
sobre o empreendedorismo; 4- pensar estrategicamente; agir
democraticamente; 5- reconhecer que a accountability não é simples; 6- servir
em vez de dirigir; 7- dar valor às pessoas, não apenas à produtividade.
O Novo Serviço Público busca “encontrar valores compartilhados e
interesses comuns por meio de um diálogo generalizado e engajamento dos
cidadãos.”71
E desta forma, o próprio serviço público é visto como uma extensão da
cidadania, sendo motivado por um desejo de servir aos outros e de atingir
objetivos públicos.
Sob este prisma, DENHARDT explica que diferentemente da Nova
Gestão Pública, construída sobre conceitos econômicos como o auto-
interesse, o Novo Serviço Público é formado sobre a ideia de administradores
públicos a serviço de cidadãos, procurando envolvê-los totalmente com quem
servem. Desta maneira, o Novo Serviço Público proclama uma nova visão,
mais participativa para os administradores públicos da atualidade e do futuro.
Neste sentido, pode-se relacionar o novo serviço público com o
conceito do governo eletrônico, pois este proporciona aos cidadãos uma forma
de participação e interação com o Estado.
9. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Para AMARAL72 o Planejamento de Sistemas de Informações (PSI)
caracteriza-se fundamentalmente como sendo o momento da vida das
organizações onde se define que o futuro desejado para seu sistema de
informação. Para o autor, PSI é essencialmente compreendido como uma
tarefa de gestão que trata da integração dos aspectos relacionados com
Sistemas de Informação no processo de planejamento da organização.
70 DENHARDT, Robert. B. Teoria Geral de Organizações Públicas. 4a ed. (trad. Prof. Francisco G.
Heidemann), Thompson/ Wadsworth, 2004.p.182. 71 72 AMARAL, Luis. Da Gestão ao Gestor de Sistemas de Informação: Expectativas Fundamentais no
Desempenho da Profissão. In: AMARAL, Luís.et.al.Sistemas de Informação
Organizacionais.Lisboa:Silabo, 2005.
69
69
Neste sentido, é relevante na área de sistemas de informação a
necessidade adequada de planejamento para o alcance dos objetivos definidos
pela organização. É necessária a vinculação entre a necessidade de uma
arquitetura de sistemas de informação como suporte para o planejamento
estratégico de sistemas.73
No tocante ao planejamento estratégico de sistemas de informação,
entende-se que este é a etapa em que se estabelecem os propósitos básicos
para que possamos implantar sistemas de apoio à tomada de decisões. Pode-
se definir o planejamento estratégico de sistemas de informação como parte
integrante do Planejamento estratégico da organização.
O Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação deve refletir as
funções e dados necessários para suportar os objetivos, os fatores
críticos de sucesso, as necessidades de informação da alta
administração. Da mesma forma, deve retratar como tecnologia pode
ser utilizada para criar novas oportunidades ou vantagens competitivas.
A função do atual estágio que passam a maioria das organizações, é
quase unânime o reconhecimento da necessidade de elaboração do
Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação. 74
Para FURLAN75 o Planejamento Estratégico de Sistemas de
Informação deve definir bem os objetivos antes de desenvolver ou implantar os
sistemas, observando os pontos fortes e fracos da organização, os fatores
críticos de sucesso do negócio. Entende-se que planejamento cria
oportunidades de identificar determinadas funções e apontar problemas e
oportunidades, além de fornecer uma base para o desenvolvimento de
estratégias de hardware, software, recursos humanos e rede de comunicação
de dados. Os objetivos do planejamento estratégico de sistemas de informação
podem ser identificados da seguinte maneira: investigar as oportunidades de
ganho de vantagens competitivas através do melhor uso de tecnologias;
estabelecer os e fatores críticos de sucesso para a empresa; facilitar a
73 MARTIN, James; LEBEN, Joe. Planejamento de Sistemas da Informação.1997. 74 OLIVEIRA, D.P.R. Planejamento Estratégico: Conceitos, metodologia, Práticas. São Paulo: Atlas,
1986. p.11. 75 FURLAN, José Davi. Como elaborar e implementar o planejamento estratégico de sistemas de
informação. São Paulo:Makron, McGraw-Hill,1991.
70
70
consecução dos objetivos através da análise de seus fatores críticos de
sucesso; determinar quais informações podem auxiliar a gerência a realizar
melhor o seu trabalho.76
Conforme FURLAN :
O Planejamento estratégico de sistemas de informação facilita o
direcionamento de alto nível dos sistemas de informação, de forma a
suportar os objetivos, desafios e metas das organizações a curto,
médio e longo prazos. As prioridades de desenvolvimento de sistemas
de informação estão coerentes com as prioridades e estratégias de
negócio estabelecidas no planejamento estratégico e os planos de
desenvolvimento de sistemas de informação permanecem atrelados
aos planos corporativos. Os Planos de desenvolvimento de sistemas
de informação servem como input para a avaliação anual e mudanças
nos esforços de planejamento corporativos; os Planos de
desenvolvimento de sistemas de informação servem como input para
avaliação anual e mudanças nos esforços de planejamento corporativo.
77
Desta forma, entende-se que os planos de desenvolvimento de
sistemas de informação além de maximizar o retorno de investimento em
sistemas de informação, possibilita maior eficácia e eficiência organizacional.
No contexto de planejamento de sistemas, apresenta alguns elementos
a serem incluídos como blocos básicos de construção para a estrutura de
planejamento estratégico que integrará totalmente a tecnologia de informação e
o plano de negócios: a perspectiva de globalização na área de atuação da
organização, mudanças de regras e regulamentos, ameaças e oportunidades
dos novos mercados e tecnologia de informação como parte de novos serviços.
Assim, compreende-se a importância do planejamento estratégico de
sistemas de informação para uma gestão eficiente tanto nas organizações
públicas quanto nas privadas. Além disso, os sistemas de informação podem
ser contextualizados no que chamamos de Arquitetura de Sistemas de
Informação que será comentado no tópico seguinte.
76 Idem.p.19. 77 Idem.p.19
71
71
10. DEFINIÇÕES DE ARQUITETURA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Os sistemas de informação podem ser contextualizados no que
chamamos de Arquitetura de Sistemas de Informação. Conforme TAIT78 esta
arquitetura engloba aspectos organizacionais como estrutura, missão,
objetivos, metas, estratégias e programas (ações), negócios, os Sistemas de
Informação; a tecnologia de informação disponível e os usuários envolvidos no
processo. Entende-se que a partir do conjunto destes conhecimentos, tem-se a
visão da organização como um todo, levando em consideração os demais
aspectos que dela fazem parte como a cultura, a motivação e grupos
existentes.
O conceito que tem merecido mais estudos é o de arquitetura
abrangente, que coloca a arquitetura de sistema de informação como o
estabelecimento de um conjunto de elementos cuja finalidade é
proporcionar um mapeamento da organização no tocante aos
elementos envolvidos com o processo de desenvolvimento
/implantação de SI.79
Para MOSCOVICI faz-se necessário levar em consideração a questão
da cultura organizacional para elaboração da arquitetura de sistemas de
informação, principalmente porque funciona como um cimento que une seus
membros em torno dos mesmos objetivos, compondo a organização. Neste
sentido é necessário o conhecimento dos sistemas formais e informais que
movem a organização e provocam reflexos nos aspectos técnicos e sociais,
tais como motivação e satisfação dos funcionários.
A questão da cultura organizacional é importante, à medida que mostra
a existência de diversas ‘culturas’ operando na empresa: a cultura
gerencial, a cultura de base operacional, a cultura de grupos, a cultura
78 TAIT, Tânia F.C, et.al. Elementos para uma arquitetura de sistemas de informação: um estudo no
núcleo de processamento de dados de uma universidade pública. In: Anais do 23. Enanpad –
Encontro Nacional de Pós-graduandos em Administração, 19-22/setembro/1999.Foz do Iguaçu.
79 Idem.p.67.
72
72
de trabalhadores e a cultura da empresa modificada pela cultura local.
80
Para TAIT 81o conceito de arquitetura de sistemas de informação supre
a visão de conjunto por envolver os elementos: organização, tecnologia,
sistemas e usuários e contribui para o necessário inter-relacionamento entre o
processo de engenharia de software e os Sistemas de Informação (SI)
computadorizados, visto que um depende do outro para atingir o sucesso.
A ASI possibilita como contribuições básicas: aprimorar as atividades
do planejamento estratégico de sistemas de informação; melhorar o
desenvolvimento de sistemas de informação computadorizados;
racionalizar a execução das atividades; economizar tempo; estabelecer
ordem controle no investimento de recursos de SI; definir e inter-
relacionar dados; fornecer clareza para a comunicação entre os
membros da organização; permitir melhorar e integrar ferramentas e
metodologias de desenvolvimento de software ; estabelecer
credibilidade e confiança no investimento de recursos do sistema;
fornecer condições para aumentar a vantagem competitiva. 82
Para compreender mais o conceito de arquitetura de sistemas de
informação, faz-se necessário conhecer sua evolução histórica aliada aos seus
diferentes modelos e estruturas de ASI.
Para TAIT a ASI possibilita como contribuições básicas: aprimorar as
atividades do planejamento estratégico de sistemas de informação; melhorar o
desenvolvimento de sistemas de informação computadorizados; racionalizar a
execução das atividades; economizar temo, estabelecer ordem e controle no
investimento de recursos de SI; definir e inter-relacionar dados; fornecer
clareza para a comunicação entre os membros da organização; permitir
melhorar e integrar ferramentas e metodologias de desenvolvimento de
80 MOSCOVICI, Felá. Renascença organizacional: a revalorização do homem frente à tecnologia
para o sucesso da nova empresa. 3 ed. José Olimpio. Ed. Rion de Janeiro : 1993.p.74.
81 TAIT, Tânia F.C, et.al. Elementos para uma arquitetura de sistemas de informação: um estudo no
núcleo de processamento de dados de uma universidade pública. In: Anais do 23. Enanpad –
Encontro Nacional de Pós-graduandos em Administração, 19-22/setembro/1999.Foz do Iguaçu. 82 Idem.
73
73
software; estabelecer credibilidade e confiança no investimento de recursos do
sistema; fornecer condições para aumentar a vantagem competitiva.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É cada vez mais consensual que as novas tecnologias de informática
revolucionaram o mundo. Na sociedade contemporânea, o capitalismo de
mercado, ou Supercapitalismo, vem aproveitado ao máximo às inúmeras novas
possibilidades e ferramentas advindas da computação e da engenharia.
Desta forma, a democracia, o direito e a administração tem como pilares
neste novo século o processo eletrônico e o governo eletrônico. Sendo que, o
processo eletrônico com o objetivo instrumentalizar os procedimentos de
maneira a confirmar princípios constitucionais como o da efetividade,
celeridade, publicidade e segurança jurídica. governo eletrônico tem como
escopo maior modificar as perspectivas consideradas pelos governos na
definição de políticas públicas; obter melhores serviços das organizações
governamentais, por exemplo, através de atividades desenvolvidas on-line;
prover serviços mais integrados, visto que as diferentes organizações serão
capazes de se comunicar mais efetivamente entre si; e tornar a sociedade
melhor informada, pois poderá obter informação atualizada e compreensível
sobe o governo, leis, regulamentos, políticas e serviços.
Conclui-se que a democracia está cada vez mais de caráter eletrônico o
que permite promover a democracia participativa brasileira na
contemporaneidade.
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