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_____________________________________________________________________________
Fatec Garça
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
IREMAR CANDIDO DA SILVA
RAFAEL SCANAVACA
INSPETOR AUTOMATIZADO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO
Garça
2014
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
IREMAR CANDIDO DA SILVA
RAFAEL SCANAVACA
INSPETOR AUTOMATIZADO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO
Artigo científico apresentado à Faculdade de
Tecnologia de Garça – FATEC GARÇA como
requisito para conclusão do curso de Tecnologia em
Mecatrônica Industrial.
Orientador: Prof. José Arnaldo Duarte
Garça
2014
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
IREMAR CANDIDO DA SILVA
RAFAEL SCANAVACA
INSPETOR AUTOMATIZADO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO
Artigo científico apresentado à Faculdade de
Tecnologia de Garça – FATEC GARÇA como
requisito para conclusão do curso de
Tecnologia em Mecatrônica Industrial,
examinado pela seguinte comissão de
professores:
Data da Aprovação: __/__/____
_________________________________
Prof. Dr. José Arnaldo Duarte
_________________________________
Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho
_________________________________
Prof. Adalberto Sanches Munaro
INSPETOR AUTOMATIZADO DE DUTOS DE AR CONDICIONADO
Iremar Candido da Silva1
Rafael Scanavaca
José Arnaldo Duarte2
Abstract
In health, there is a deficiency in the matter of internal cleaning and maintenance of pipelines
and pipe runs where room ventilation air to closed rooms and also chilled air for cooling the
environment, it increases the risk of transmitted diseases by air. Already in the industrial and
commercial area there is an immense need to conduct a periodic inspection of air conditioning
ducts and tubes in order to prevent diseases, pests and degradation of equipment. To solve
these problems our project is to develop an automated inspector who can perform the
inspection of pipelines in places of difficult access, at an affordable cost.
Keywords
Legionella, mechatronic, automated, inspector.
Resumo
Na área da saúde, há uma deficiência quanto a questão de limpeza e manutenção interna de
dutos e tubos por onde percorre a ventilação do ar ambiente para salas fechadas e também o ar
refrigerado para a climatização de ambiente, com isso aumenta o risco de doenças
transmitidas pelo ar. Na área industrial e comercial há uma grande necessidade de se realizar
uma inspeção periódica em dutos e tubos de climatização a fim de evitar doenças, pragas e
degradação dos equipamentos. Para solucionar esses problemas oobjetivo do projeto consiste
em desenvolver um inspetor automatizado que possa efetuar a inspeção dos dutos, em lugares
de difícil acesso, com um custo acessível.
Palavras–chave:Legionella, mecatrônico, manutenção do sistema de ar, ar condicionado.
1 Alunos de Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da FATEC de Garça-SP
2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça-SP
1 INTRODUÇÃO
Com o grande número de instalações de ar condicionado em hospitais surge a
necessidade de higienização nos dutos de distribuição e captação dos mesmos,a fim de evitar
contaminações físicas e biológicas causando, por exemplo, problemas respiratórios.A Doença
do Legionário é uma forma de infecção pulmonar e a sua causa, a Legionella, ocorre quando o
hospedeiro (nós) respiramos gotículas de água (spray ou aerossol) contaminada pela bactéria.
Segundo Bensoussan (2012)Eram dias muito quentes na Filadélfia, em julho de 1976, e nas
dependências do Hotel Bellevue tinham uma temperatura fresca, agradável, possibilitada pelo
sistema de ar condicionado. Mais de quatro mil veteranos reuniram-se ali naqueles dias para o
Congresso da Legião Americana.Já no segundo dia do congresso, alguns tiveram febre,
começaram a tossir e apresentaram os sintomas de uma pneumonia. Em dez dias, mais de 200
estavam contaminados: a maioria teve de ser internada em unidades de tratamento intensivo –
34 morreram.
Segundo estudo de Etto e Razzolini (2011), o gênero Legionella tem sido reconhecido
como importante agente causador da doença do trato respiratório conhecido como legionelose
ou doença do legionário, a qual se caracteriza por pneumonia aguda com sintomas como febre
alta, dores de cabeça, calafrios, diarreia e tosse seca.A presença desses organismos em
sistemas de ar condicionado de ambientes confinados configura um problema de Saúde
Pública, pois essas bactérias podem ser inaladas juntamente com partículas suspensas de
poeira ou aerossóis originários dos sistemas de ar condicionado. Através de uma pesquisa de
Etto e Razzolini, foram coletadas amostras de água de bandejas de sistemas de ar
condicionado de edifícios localizados no município de São Paulo, no período de julho de
2007 a agosto de 2008, respeitando-se uma frequência bimestral. Das 41 amostras de água
analisadas dos sistemas de ar condicionado, quatro (9,8%) foram positivas para a presença
de Legionella sp. Três das quatro amostras positivas para a presença de Legionella sp. foram
obtidas a partir do sistema localizado no hospital. Esse resultado evidencia que a manutenção
dessa máquina pode estar sendo negligenciada e, portanto, favorecendo a formação de
biofilmes e colonização por bactérias patogênicas como as do gênero Legionella.
Com objetivo de eliminar essas condições inadequadas para o ser humano, e contribuir
para a manutenção do sistema de ar condicionado, nosso propósito é criar um protótipo
mecatrônico que possa realizar a inspeção visual nos dutos de ar através de uma câmera com
interface, com isso possibilitará realizar relatórios onde será possível informar o operador
sobre as condições do sistema de ventilação e definir possíveis manutenções.
2 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO
O inspetor automatizado de dutos de ar condicionado tem como finalidade efetuar
análise de dutos e tubulações de ar condicionado, auxiliando na prevenção da saúde e
integridade física do ser humano. O protótipo é formado por um veículo, conforme figura4 e
5,o mesmo possui estrutura de plástico com quatro rodas, sendo que cada roda recebe um
motor elétrico de corrente contínua exercendo tração independente. Para que os motores
sejam acionados foi fixada na estrutura plástica do carrouma placa eletrônica de acionamento,
que tem como principal componente o circuito integrado (CI) L298, esse componente recebe
um sinal da placa de controle composta por um microcontrolador modelo PIC16F877A. O
PIC recebe através de um cabo “USB to Serial” um arquivo hexadecimal que é o resultado de
uma conversão de um programa logico escrito em lader utilizando o software gratuito,
chamado LD Micro, representados nas figuras 1 e 2 . Este programa foi implementado para
executar a seguinte sequência:
Ao receber nível logico alto no pino 30 do microcontrolador ele coloca em nível
logico alto os pinos 39 e 37;
Ao receber nível logico alto no pino 29 do microcontrolador ele coloca em nível
logico alto os pinos 40 e 38;
Ao receber nível logico alto no pino 28 do microcontrolador ele coloca em nível
logico alto os pinos 37 e 40;
Ao receber nível logico alto no pino 27 do microcontrolador ele coloca em nível
logico alto os pinos 38 e 39;
Figura 01 – Linguagem lader no software “LD micro”
Fonte: Os Autores, 2014
Figura 02 -Linguagem lader no software “LD micro”
Fonte: Os Autores, 2014
Os pinos de entrada do microcotrolador PIC16F877A, números 27, 28 ,29 e 30
recebem 5Vcc dos pinos que foram definidos como saída números 9, 8, 3 e 4 da placa
“ArduinoDuemilanove”, conforme figura 6, que recebeu um programa escrito em linguagem
C para Arduino. Sua função é realizar a comunicação com um celular através do
sistemabluetoothutilizando um módulo de comunicação bluetootharduino, conforme figura 7.
O programa em linguagem C compilado utilizando software gratuito do Arduino,é
demonstrado na figura 3.
Figura 03 – Programa implementado no software “Arduino 1.0.5”
Fonte: Os Autores, 2014
O celular deve estar operando com o sistema operacional android para que possa ser
instalado qualquer programa que realize a comunicação via bluetooth, nosso protótipo
trabalha com o programa “microController BT”, que é demonstrado na Figura 04, este é um
software livre, um aplicativo para celulares, o mesmo criado por Mohamed Abdelkader, onde
não foi encontrado a biografia do mesmo. O programa implementado contém quatro botões
que direcionam o inspetor para frente, trás, direita e esquerda.
Figura 04 – Interface do aplicativo “microController BT”
O inspetor automatizadopermitirá utilizar uma câmera IP wireless, ondeatravés de um
navegador de internet será possível visualizar as imagem captadas pela câmera em tempo real.
De acordo com a pesquisa bibliográfica efetuada, para configurar a comunicação da câmera
basta entrar em “painel de controle”, “redes e internet”, “conexões de rede” e clicar com o
botão direito no ícone “conexões de redes sem fio”, “propriedades” e clicar duas vezes em
“protocolo TCP/IP Versão 4 (TCP/IPv4)” habilitar a função “usar o seguinte endereço de IP”
e no campo de “endereço de IP”digitar o IP da câmera que esta documentado em seu manual,
logo após, voltar para o navegador e digitar o mesmo IP na barra de busca, após apertar a
tecla enter vai abrir o programa da câmera, o programa disponibiliza uma função de gravar
áudio e vídeo.
Fonte: Os autores
Para o operador do inspetor mecatrônico seria instalado uma câmera na parte frontal
do protótipo, onde através de um aplicativo do celular com plataforma android, o mesmo
consegue efetuar os controles de movimento e ainda visualiza a situação dos dutos e assim
gerar um relatório de manutenção.
Nos dias ao qual estamos vivendo temos a cada dia maior necessidade de velocidade e
confiabilidade na entrega das prestações de serviço, com essa demanda de mercado o
protótipo mecatrônico irá auxiliar na identificação dos problemas e assim gerar um relatório
confiável e rápido, sem a necessidade de desmontagem de várias partes dos dutos, com isso
hágrande economia de mão de obra, e desperdícios de tempo ocioso. Também irá auxiliar no
planejamento das manutenções preventivas evitando problemas de saúde e gerando
programações de limpeza periódica.
2.1 Estrutura Mecânica
O protótipo mecatrônico tem uma estrutura composta por duas placas de material
“plástico”, fixadas de forma paralela, a mesma é perfurada para facilitar afixaçãodas placas
eletrônicas e possíveis componentes. Existem quatro rodas de estrutura plástica, revestido de
pneus de borracha para facilitar a tração, as mesmas são acopladas a quatro motoresde
corrente continua (6vcc) com redutores de velocidade que proporcionam uma tração
independente, conforme demonstrado na Figura 05 e 06.
Figura 05 – Estrutura Mecânica do inspetor automatizado
Fonte: Página da Marogo Importados no mercado livre
Figura 06 – Rodas e motores de tração do inspetor automatizado
Fonte: Página da Marogo Importados no mercado livre
2.2 Placa de controle
Arduino
Segundo o artigo de Tamy, o projeto Arduino iniciou-se na cidade de Ivrea, Itália, em
2005, com o intuito de interagir em projetos escolares de forma a ter um orçamento menor
que outros sistemas de prototipagem disponíveis naquela época. Seu sucesso foi sinalizado
com o recebimento de uma menção honrosa na categoria Comunidades Digitais em 2006, pela
Prix Ars Eletrônica, além da marca de mais de 50.000 placas vendidas até outubro de
2008.Seu principal objetivo é facilitar a vida dos amantes da eletrônica que buscam uma
maneira descomplicada de montar os seus protótipos. A ideia é desenvolver aplicativos
específicos para rodar em circuito eletrônico básico e a partir destes, a criação de gadgets e
eletrônicos de alta qualidade.
O Arduino é um microcontrolador de placa única e um software para programa-lo. O
hardware consiste em um projeto simples e aberto para o controlador com um processador
AVR Atmel e on-board I/O support. O Atmega328 tem 32 KB de memória flash (onde é
armazenado o software), além de 2KB de SRAM (onde ficam as variáveis) e 1KB de EPROM
(esta última pode ser lida e escrita através da biblioteca EPROM que guarda os dados
permanentemente, mesmo que desliguemos a placa). A memória SRAM é apagada toda vez
que desligamos o circuito. Tem 14 pinos de entrada ou saída da digital (dos quais 6 podem ser
utilizados como saídas PWM), 6 entradas analógicas, um oscilador de cristal 16 MHz,
controlador USB, uma tomada de alimentação, uma conector ICPS, e um botão de reset. Para
sua utilização basta conectá-lo a um computador com um cabo USB ou liga-lo com um
adaptador AC para DC ou bateria.
A placaArduinoDuemilanove, utilizada em nosso protótipo, conforme Figura 07, pode
operar com uma alimentação externa de 6 a 20 V. Entretanto, se a alimentação for inferior a 7
V, o pino 5 V pode fornecer menos de 5 V e a placa pode ficar instável. Se a alimentação for
superior a 12 V o regulador de tensão pode superaquecer e avariar a placa. A alimentação
recomendada é de 7 a 12 V. O software é fundamentado na linguagem de programação padrão
C.
Figura 07 – Placa eletrônica “ArduinoDuemilanove”
Fonte: Página doArduino no Arduino.cc
2.3 Placa de comunicação Bluetooth.
Este módulo bluetooth HC-05 oferece uma forma fácil e barata de comunicação
suporta tanto o modo escravo como mestre.Em sua placa, conforme Figura 08, existe um
regulador de tensão e você poderá alimentar com 3.3 a 5v, bem como um LED que indica se o
módulo está pareado com outro dispositivo. Possui alcance de até 10m.
Especificações:
- Protocolo Bluetooth: v2.0+EDR
- Firmware: Linvor 1.8
- Frequência: 2,4GHz Banda ISM
- Modulação: GFSK
- Emissão de energia: <=4dBm, Classe 2
- Sensibilidade: <=84dBm com 0,1% BER
- Velocidade Assíncrono: 2,1Mbps(Max)/160Kbps
- Velocidade Síncrono: 1Mbps/1Mbps
- Segurança: Autentificação e Encriptação
- Perfil: Porta Serial Bluetooth
- Suporta modo Escravo (Slave) e Mestre (Master)
- CSR chip: Bluetooth v2.0
- Banda de Onda: 2,4Hhz-2,8Ghz, Banda ISM
- Tensão: 3,3v (2,7-4.2v)
- Corrente: Pareado 35mA; Conectado 8mA
- Temperatura: -40 ~ +105°C
- Alcance: 10m
- Baud Rate: 4800;9600;19200;38400;57600;115200;230400;460800;921600;1382400
- Dimensões: 26,9 x 13 x 2,2mm
- Peso: 9,6g
Figura 08 – Módulo Bluetooth
Fonte: Página do filipeflop
2.4 Placa de acionamento com circuito integrado L298
A placa de acionamento representada na Figura 09 tem o CI L298 como principal
componente, onde o mesmo possui internamente 2 Pontes H. Ela é um drive de alta tensão e
alta corrente, podendo operar com até 46V de alimentação e conduzir até 2A (por canal) para
a carga. Projetada para aceitar níveis lógicos padrão TTL e acionar cargas indutivas como
relés, solenoides, motores CC e motores de passo. Duas entradas de habilitação (EnA e EnB)
são fornecidas para ativar ou desativar o dispositivo, independentemente dos sinais de entrada
(In1, In2, In3 e In4). Os emissores dos dois transistores inferiores de cada ponte são ligados
entre si e ao terminal correspondente externo, possibilitando a ligação de uma resistência
externa para medir a corrente ou limitá-la. Uma entrada de alimentação adicional é fornecida
de modo que a lógica funcione em um nível de tensão mais baixa.
Figura 09 – Placa de acionamento com o CI L298
Fonte: Página do filipeflop no mercado livre
O circuito interno da L298 é representado na Figura 10, que tem os resitoresRsa e Rsb
que podem ser suprimidos se não desejarmos medir a corrente ou se a potência de pico da
carga for inferior a 2ª. A escolha dos resistores dependem da aplicação e podem ser
determinado pela lei de ohms.
Figura 10 – Circuito interno do L298.
Fonte: Página da ST Microelectronics na datasheetcatalog L298
2.5 Linguagem de programação
Lader é uma linguagem de programação gráfica, em forma de diagrama, que por ser de
fácil criação e interpretação e representar ligações físicas entre componentes eletrônicos
(sensores e atuadores), acaba sendo muito utilizada em ambiente industrial.
A linguagem Ladder nasceu na necessidade de facilitar a programação em ambientes
industriais, remetendo para uma linguagem de alto nível e fácil de ser utilizada. No entanto
existe um programa, LDMICRO, conforme Figura 11, de Jonathan Westhues, que permite a
programação Lader de microcontroladores, que viabiliza o estudo e implementação de
controles de baixíssimo custo.
Este software é muito versátil, não requer instalação (basta executar o arquivo
ldmicro.exe em ambiente windows ou emulador compatível), e é de livre distribuição, como
podemos ver na janela abaixo, extraída do próprio help do programa em questão:
Figura 11 – Interface do programa LDMICRO
Fonte: software LDMICRO
2.6 Placa de controle com microcontrolador PIC16F877A
A placa de controle, conforme Figura 12, tem como principal componente o
microcontrolador PIC 16F877A, que é um circuito integrado produzido pela empresa
Microchip Technology que contém todos os circuitos necessários para realizar um completo
sistema digital programável. Internamente dispõe de todos os dispositivos típicos de um
sistema microprocessado, ou seja:
Uma Unidade de Processamento Central (CPU) e sua finalidade é interpretar as
instruções de programa; uma memória MemóriaProgramavel Somente para Leitura (PROM)
na qual ira memorizar de maneira permanente as instruções do programa;uma memória
Memoria de Accesso Aleatório (RAM) utilizada para memorizar as variáveis utilizadas pelo
programa. Uma série de LINHAS de I/O para controlar dispositivos externos ou receber
pulsos desensores, chaves, etc.Uma serie de dispositivosauxiliares ao funcionamento, ou seja,
geradorde clock, bus,contador, etc. Segundo Antônio a presença de todos estesdispositivos em
um espaçoextremamente pequeno,da ao projetista amplagama de trabalho eenorme vantagem
em usarum sistemamicroprocessado, onde em pouco tempo e compoucos
componentesexternospodemos fazer oque seria oneroso fazer com circuitos tradicionais.
Figura 12 – Placa de controle com microcontrolador PIC16F877A
Fonte: os autores
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Bluetooth
Segundo estudo de Alecrim (2008) o Bluetooth é um padrão global de comunicação
sem fio e de baixo consumo de energia que permite a transmissão de dados entre dispositivos,
desde que um esteja próximo do outro. A transmissão de dados é feita por meio de
radiofrequência, permitindo que um dispositivo detecte o outro independente de suas
posições, sendo necessário apenas que ambos estejam dentro do limite de proximidade (a
princípio, quanto mais perto um do outro, melhor).Para que seja possível atender aos mais
variados tipos de dispositivos, o alcance máximo do Bluetooth foi dividido em três
classes:Classe 1: potência máxima de 100 mW (miliwatt), alcance de até 100 metros;
Classe2: potência máxima de 2,5 mW, alcance de até 10 metros; Classe
3: potência máxima de 1 mW, alcance de até 1 metro.
A velocidade de transmissão de dados no Bluetooth é relativamente baixa: até a versão
1.2, a taxa pode alcançar, no máximo, 1megabit por segundo (Mb/s). Na versão 2.0, esse valor
passou para até 3 Mb/s. Embora essas taxas sejam curtas, são suficientes para uma conexão
satisfatória entre a maioria dos dispositivos. Todavia, a busca por velocidades maiores é
constante, como prova a versão 3.0, capaz de atingir taxas de até 24 Mb/s.A história começa
em meados de 1994, a companhia Ericsson passou a estudar a viabilidade de desenvolver uma
tecnologia que permitisse a comunicação entre telefones celulares e acessórios utilizando
sinais de rádio de baixo custo, em vez dos tradicionais cabos. O estudo foi feito com base em
um projeto que investigava o uso de mecanismos de comunicação em redes de telefones
celulares, que resultou em um sistema de rádio de curto alcance que recebeu o nome MC-
Link.
Em 1998, foi criado o consórcio Bluetooth SIG ( Bluetooth SpecialInterestGroup ),
formado pelas companhias Ericsson , Intel , IBM , Toshiba e Nokia (dezenas de outras
companhias aderiram ao consórcio com o passar do tempo). A denominação Bluetooth é uma
homenagem a um rei dinamarquês chamado Harald Blåtand, mais conhecido como Harald
Bluetooth (Haroldo Dente-Azul). Um de seus grandes feitos foi a unificação da Dinamarca e
da Noruega, e é em alusão a este fato que o nome Bluetooth foi escolhido, como que para
dizer que a tecnologia proporciona a unificação de variados dispositivos.O Bluetooth é uma
tecnologia criada para funcionar no mundo todo, razão pela qual se fez necessária a adoção de
uma frequência de rádio aberta e aceita em praticamente qualquer lugar do planeta. Como a
faixa ISM é aberta, isto é, pode ser utilizada por qualquer sistema de comunicação, é
necessário garantir que o sinal do Bluetooth não sofra interferência, assim como não a gere.
No Bluetooth, pode-se utilizar até 79 frequências (ou 23, dependendo do país) dentro da faixa
ISM, cada uma “espaçada” da outra por intervalos de 1 MHz.Como um dispositivo se
comunicando via Bluetooth pode tanto receber quanto transmitir dados (modo full-duplex) , a
transmissão é alternada entre slots para transmitir e slots para receber , um esquema
denominado FH/TDD (FrequencyHopping / Time Division Duplex). No que se refere ao
enlace, isto é, à ligação entre o emissor e receptor, o Bluetooth faz uso, basicamente, de dois
padrões : SCO (Synchronous Connection-Oriented) e ACL (Asynchronous Connection-Less).
O primeiro estabelece um link sincronizado entre o dispositivo emissor e o dispositivo
receptor, separando slots para cada um, o ACL permite o reenvio de pacotes de dados
perdidos, garantindo a integridade das informações trocadas entre os dispositivos. Assim, este
padrão acaba sendo útil para aplicações que envolvam transferência de arquivos.
Protocolos de transporte, middleware e de aplicação
Assim como em qualquer tecnologia de comunicação, o Bluetooth precisa de uma série de
protocolos para funcionar, cada um atendendo a um fim específico. Os mais importante são
chamados de protocolos núcleo ou protocolos de transporte e são divididos, basicamente, nas
seguintescamadas:
RF (Radio Frequency): como o nome indica, camada que lida com os aspectos
relacionados ao uso de radiofrequência;
Baseband: camada que determina como os dispositivos localizam e se comunicam
com outros aparelhos via Bluetooth. É aqui, por exemplo, que se define como
dispositivos master e slave se conectam dentro de uma piconet, sendo também onde
os padrões SCO e ACL (mencionados anteriormente) atuam;
LMP (Link Manager Protocol): esta camada responde por aspectos da
comunicação em si, lidando com parâmetros de autenticação, taxas de transferência
de dados, criptografia, níveis de potência, entre outros;
HCI (Host Controller Interface): esta camada disponibiliza uma interface de
comunicação com hardware Bluetooth, proporcionando interoperabilidade entre
dispositivos distintos;
L2CAP (Logical Link ControlandAdaptationProtocol): esta camada serve de
ligação com camadas superiores e inferiores, lida com parâmetros de QoS (Qualityof
Service - Qualidade de Serviço), entre outros.
Versões do Bluetooth
O Bluetooth é uma tecnologia em constante evolução , o que faz com que suas especificações
mudem e novas versões surjam com o passar do tempo.
Bluetooth1.0
A versão 1.0 (e a versão 1.0B) representa as primeiras especificações do Bluetooth. A
velocidade padrão do Bluetooth 1.0 é de 721 Kb/s.
Buetooth1.1
Lançada em fevereiro de 2001, muitos problemas encontrados na versão 1.0B foram
solucionados e o suporte ao ReceivedSignalStrengthIndication (RSSI), sistema que mede a
potência de recepção de sinal, foi implementado.
Bluetooth1.2
Lançada em novembro de 2003, a versão 1.2 do Bluetooth tem como principais novidades
conexões mais rápidas, melhor proteção contra interferências, suporte aperfeiçoado a
scatternets e processamento de voz mais avançado.
Bluetooth2.0+EDR
O bluetooth 2.0 surgiu oficialmente em novembro de 2004 e trouxe importantes
aperfeiçoamentos à tecnologia: diminuição do consumo de energia, aumento na velocidade de
transmissão de dados para até 3 Mb/s (2.1 Mb/s efetivos), correção das falhas existentes na
versão 1.2 e melhor comunicação entre os dispositivos. A velocidade maior desta versão, na
verdade, é "opcional". Isso porque o Bluetooth 2.0 passou a contar com o padrão Enhanced
Data Rate(EDR), que consegue praticamente triplicar a taxa de transferência de dados da
tecnologia.
Bluetooth2.1+EDR
Lançada em agosto de 2007, a versão 2.1 do Bluetooth possui como principais destaques o
acréscimo de mais informações nos sinais Inquiry (permitindo um processo de seleção
apurado dos dispositivos antes de estabelecer uma conexão), melhorias nos procedimentos de
segurança (inclusive nos recursos de criptografia) e melhor gerenciamento do consumo de
energia.
Bluetooth3.0+HS
Versão lançada em abril de 2009, tem como principal atrativo taxas altas de velocidade de
transferência de dados. Dispositivos compatíveis podem atingir a marca de 24 Mb/s de
transferência. As velocidades mais altas do Bluetooth 3.0 só podem ser alcançadas em
dispositivos compatíveis com as instruções High Speed (HS), característica equivalente à
relação entre o Bluetooth 2.0 ou 2.1 e o EDR.
Bluetooth4.0
As especificações desta versão foram anunciadas em dezembro de 2009 e o seu principal
diferencial está no aspecto da economia de energia: este padrão é capaz de exigir muito menos
eletricidade quando o dispositivo está ocioso, característica especialmente interessante, por
exemplo, para telefones celulares que consomem muita energia quando o Bluetooth não está
sendo utilizado, mas permanece ativo.
4 CONCLUSÃO
Identificamos que o protótipo atendeu a maioria das nossas expectativas, pois se
movimentou com autonomia em uma simulação de duto metálico, com um controle através do
celular por um operador. Os benefícios que esse sistema traz são inúmeros, porém um dos
problemas que nos deixou constrangidos foi a falta de patrocínio para aquisição da câmera,
com isso tivemos que fazer testes com a câmera do celular, mas mesmo com essa
inviabilidade econômica conseguimos atender os nossos objetivos, porém deixamos um
legado para que o nossa idéia possater algumas melhorias futuras, com isso auxiliar na
manutenção e garantir a integridade física do ser humano.Conclui-se que através da solução
proposta é possível centralizar o controle do inspetor automatizado utilizando apenas um
celular.
Com base nas citações acima, identificamos que o nosso protótipo tem aplicações
infinitas, e isso nos faz ter a certeza que ele vai auxiliar na prevenção de doenças respiratórias
e evitar desmontagens de dutos de ar desnecessariamente, garantindo assim a eficiência do
sistema.
5 REFERÊNCIAS
ETTO, Helder Yudjiand RAZZOLINI, Maria Tereza Pepe. Detecção do gênero Legionella
em amostras de água de sistemas de ar condicionado.Epidemiol. Serv. Saúde. [online].
Dezembro 2011, vol.20, no.4 [citado 02 Fevereiro 2014], p.557-564. Disponível
eletronicamente em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742011000400015&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 02 de Fev. de 2014.
Arduino e Cia. Módulo Bluetooth JY-MCU - Configuração.[online].Ago.2013,[citado em
data]. Disponível eletronicamente em<http://www.arduinoecia.com.br/2013/03/modulo-
bluetooth-jy-mcu-configuracao.html>. Acesso em: 12 de Fev. 2014.
Acionando portas do Arduino usando Android e bluetooth. [online]. Março 2013, [citado
em data]. Disponível eletronicamente em:
<http://www.arduinoecia.com.br/2013/03/acionando-portas-do-arduino-usando.html>. Acesso
em: 10 de Fev. 2014.
Alecrim, Emerson. Tecnologia Bluetooth: o que é e como funciona? [online]. Janeiro 2008,
[atualizado em Março 2013]. Disponível eletronicamente em:
<http://www.infowester.com/bluetooth.php>. Acesso em: 15 de mar. 2014.
Bensoussan, Marcos d´Avila, Engenheiro Químico da SETRI. A síndrome da Legionella.
[online].Abril 2012, [citado em data]. Disponível eletronicamente em
<http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/503/A-sindrome-da-Legionella.aspx>.
Acesso em 13 de Mar. 2014.
SOUZA, Valdir Cardoso, Organização e Gerência da Manutenção, 3. ed., Ed. All Print,
2009.
Corteletti, Daniel. Linguagem ladder para microcontroladores PIC. [online]. Disponível
eletronicamente em:
<http://www.mecatronica.org.br/disciplinas/cuscopic/artigos/ladder/LADDER.pdf>. Acesso
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Antônio, Marco. Programação de microcontroladores PIC usando linguagem C. [online].
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