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1
CURSO: GRADUAÇÃO PEDAGOGIA
KAREN CRISTINA RAMOS
PATRÍCIA VIVIANE SQUIPANO
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE DENTRO DA ESCOLA.
BRASÍLIA-DF, 2013.
2
KAREN CRISTINA RAMOS
PATRÍCIA VIVIANE SQIPANO
A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE DENTRO DA ESCOLA
Artigo científico apresentado ao programa do curso de
graduação em Pedagogia, das Faculdades Integradas
Promove Unicesp, como requisito parcial para conclusão
de curso. Orientado pela professora M. Sc. Enilda
Monteiro Pereira
BRASÍLIA-DF
2013.
3
Resumo
A importância da ludicidade dentro da escola. O lúdico pode ser uma maneira de tornar uma
atividade mais prazerosa, através de jogos, brincadeiras, brinquedos, música ou qualquer objeto que torne a aula diferente e desperte a imaginação do aluno, fazendo com que o aluno
se interesse, interaja e crie uma vontade maior em participar das atividades escolares. Diante disso é importante frisar a importância da escola em ter um projeto pedagógico que contemple e incorpore o lúdico como ferramenta em suas atividades, proporcionando apoio, suporte e
condições para o desenvolvimento de seu aluno e dando condições ao ed ucador para a elaboração e realização de seu trabalho em sala de aula. Os educadores devem criar
estratégias, inovar suas metodologias, dar sentido a aprendizagem e o lúdico e todos seus recursos como ferramenta pode ajudar o educador fazendo com que o processo de ensino aprendizagem seja motivador, criativo, sociável, facilitando um bom resultado no
desenvolvimento das disciplinas e formação dos alunos. Para este estudo foi feita uma pesquisa de campo com professores em duas escolas sendo dez amostras na escola pública e
dez amostras na escola privada totalizando vinte amostras, o instrumento que foi utilizado para colher às informações foi um questionário contendo dez perguntas objetivas e subjetivas claras e de fácil preenchimento que facilitou no processo da entrevista. Apesar de o lúdico ser
um enorme aliado, muitos professores ainda encontra dificuldades em estarem utilizando o mesmo nas atividades escolares. Muitos dizem que por falta de conhecimento, tempo e
recursos oferecidos pela escola.
Palavras chave: lúdico, jogos, atividades escolares.
Abstract
The importance of playfulness within the school, the playful can be a way to make an activity
more enjoyable through games, play, toys, music or any object that makes the class different
and awaken the imagination of the student, making the student if interested, interact and
create a greater willingness to participate in school activities. Therefore it is important to
emphasize the importance of the school to have a pedagogical project that contemplate and
incorporates the playful as a tool in their activities, providing assistance, support and
conditions for the development of his students and giving conditions for the educator in
preparation and realization of its work in the classroom. Educators must create strategize,
innovate methodologies, make sense of learning, playful and all its resources as a tool that can
help the educator, making the process of teaching and learning is motivator, creative, sociable,
facilitating a good result in the development of disciplines and formation of students. For this
study we made a field research with teachers in two schools and ten samples in public school
and ten samples in private school totaling twenty samples, the instrument that was used to
collect the information was a questionnaire with ten objective and subjective questions clear
and easy to fill out which facilitated the interview process. Despite the playful be a huge ally,
many teachers still find difficulties in using the playful inside the school activities, many say
that a lack of knowledge, time and resources offered by the school.
Keywords: playful, games, school activities.
4
INTRODUÇÃO
Através do lúdico o educador poderá, estimular as habilidades, permitindo que o
aluno se envolva em tudo que esteja realizando de forma significativa. Para alcançar
resultados exige-se do educador e da escola um conhecimento do que o lúdico proporciona.
Esta pesquisa foi desenvolvida para analisar como a ludicidade pode colaborar no
aprendizado da criança em algumas atividades, desenvolvendo seus saberes com criatividade
e desempenho. Com a ludicidade na escola, é possível perceber a criança e estimulá- la no que
ela precisa aprender, alem de alcançarem melhores resultados, se concentram mais nas
atividades, a dispersão é mínima e promovem uma melhor interação entre eles. Por isso a
importância deste tema e de conhecer melhor esta metodologia, que muitos professores não
usam e não percebem como pode ser importante na formação escolar da criança.
O objetivo geral é analisar atividade lúdica como uma ferramenta no
desenvolvimento de atividades, e na construção do desenvolvimento do aluno.
Como objetivos específicos descrever um breve histórico da ludicidade na educação,
perceber como a criança através do lúdico desenvolve importantes capacidades como:
socialização, criatividade, memorização, imaginação e amadurecimento, identificar e analisar
as necessidades existentes dentro da escola para implantar o lúdico, reconhecer as
dificuldades encontradas pelo professor diante da utilização dos jogos em sala de aula e
demonstrar os benefícios do lúdico no desenvolvimento da criança.
Além disso, foi feita uma pesquisa de campo com professores em duas escolas
público e privada com a intenção de verificar como os educadores lidam com o lúdico, suas
dificuldades e se utilizam esta ferramenta na condição de melhoria do ensino aprendizagem.
METODOLOGIA
Os procedimentos usados para este trabalho possuem caráter bibliográfico. Na visão
de Gil (2007, p.44), a pesquisa é considerada bibliográfica a partir de material já publicado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos.
É uma pesquisa quantitativa, pois ela serviu para analisar as opiniões e chegar a uma
conclusão, foi feita uma pesquisa de campo em duas escolas sendo pública e privada, com o
objetivo de perceber como os professores pensam a respeito do tema lúdico, se utilizam, se é
um bom método e suas dificuldades, e também poder diferenciar o pensamento do professor
da escola pública e da privada. Por meio de um questionário com questões objetivas e
5
subjetivas de fácil entendimento que possibilitou um bom e rápido processo de
preenchimento. A pesquisa foi feita com professores da educação básica e foram coletadas 20
amostras sendo 10 em cada escola. Os dados coletados foram analisados por meio de gráficos
e tabelas.
REFERENCIAL TEÓRICO
História da ludicidade na educação.
O lúdico, (brincar, jogar) sempre fez parte de nossa história. Desde as épocas da pré
história era considerado algo natural para o ser humano. No Egito e na Grécia toda a família
brincava ensinando a arte e os deveres para as crianças. Platão já mostrava a importância dos
jogos para a aprendizagem (principalmente na matemática). Todavia, foi lhe dado maior
importância a partir do surgimento do Renascimento.
Segundo Kishimoto (1999, p. 28):
O jogo serviu para divulgar princípios éticos, morais, conteúdos de historia e
geografia e outros, a partir do Renascimento, o período de ‘compulsão lúdica’ O
Renascimento vê a brincadeira como conduta livre que favorece o desenvolvimento
da inteligência e facilita o estudo. Ao entender necessidades infantis, o jogo infant il
torna-se forma adequada para a aprendizagem dos conteúdos escolares.
Atualmente, com os avanços tecnológicos, a atividade lúdica torna-se uma grande
aliada no processo de aprendizagem do aluno. Entretanto, dentro da escola, o lúdico muitas
vezes não é trabalhado com tanta importância.
A ludicidade não está dentro de um currículo para ser seguida, ela infelizmente só
acontece na perspectiva de alguns educadores se sobrar algum tempo em sala de aula.
Segundo Marcelino (1996, p.38):
É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter
lúdico do lazer seja v ivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a
criativ idade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de
viver, e v iver, como d iz a canção... Como se fora brincadeira de roda [...]
Além do que o autor comenta á respeito do lúdico, a escola pode esta incluindo o
lúdico dentro de um processo de aprendizagem.
De acordo com, Maluf (2003, p. 29) “As brincadeiras enriquecem o currículo,
podendo ser propostas na própria disciplina, trabalhando assim o conteúdo de forma pratica e
no concreto”. O autor diz que de uma maneira o lúdico pode ser uma metodologia a ser
seguida e que sempre será motivador para o aluno o que facilita para o professor, pois
trabalhar com lúdico e mais do que uma brincadeira ou um simples jogo e despertar a
6
imaginação do aluno é dar sentido ao conteúdo é tornar a sala de aula um lugar prazeroso e
não uma um lugar que os alunos têm que ficar quietos escutando e fazendo atividades como
"robôs" sem se mexer, uma sala de aula assim como o ambiente escolar precisa de
movimento, cores, atitudes, imaginação, assim formaremos pessoas mais críticas, menos
acomodadas e principalmente o aprendizado será absorvido com muito mais qualidade do que
um método tradicional.
Desenvolvimento da capacidade de socialização, criatividade, memorização, imaginação
e amadurecimento.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional Para Educação Infantil (BRASIL,
1998, v1., p.28)
As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem
regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro) jogos
tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos da
criança por meio da ativ idade lúdica.
Dessa forma, podemos perceber a importância do lúdico para o aprendizado da
criança, seja ele por forma de jogos e, ou brincadeiras. Além disso, brincando a criança
mantém contato com outras crianças, se socializa, aprende a respeitar regras, aprende a tomar
decisões e a ter espírito de equipe.
Para a socialização, Segundo Leontiev (1991, p. 79), “Brincando a criança irá pouco
a pouco aprendendo a se conhecer melhor e a aceitar a existência dos outros, organizando
suas relações emocionais e, conseqüentemente, estabelecendo suas relações sociais.”.
Através da brincadeira a criança começa a interagir com a sociedade onde aprende a
seguir regras de brincadeiras, fazer amizades. A brincadeira cria o espírito de ajuda dentro de
uma equipe, por exemplo, o valor da competição sadia para ser o melhor na brincadeira,
estimula a criança a disputar para ser o melhor e aceitar quando não for. A brincadeira de uma
maneira geral e totalmente benéfica quando dosada e moderada.
Quando uma criança está brincando ela passa por vários momentos “emocionais”,
ela sorri quando vence, chora ou fica triste ou até mesmo bravo quando perde, mas assim ela
aprende o valor da disputa e estimula ela em uma próxima brincadeira tentar ser a melhor, é
através da brincadeira que as crianças aprendem muitos valores da vida. A brincadeira é
essencial na vida de uma criança. Para isso Kishimoto (2002, p. 146) nos fala que:
7
A brincadeira desempenha um papel de grande importância para o desenvolvimento
infantil, pois brincando a criança se comporta de maneira mais avançada do qu e nas
suas atividades da vida real, essa é uma forma de observarmos como o brinquedo
cria uma zona de desenvolvimento proximal. (Por ser uma ação in iciada e mantida
pela criança, a brincadeira possibilita a busca de meios de ação, pela exp loração,
ainda que desordenada, e exerce papel fundamental na construção do saber-fazer).
Nesta visão, a brincadeira infantil assume uma colocação privilegiada para que assim
seja analisada no processo de formação do sujeito; quebrando aquela visão antiga de que ela é
uma atividade apenas de lazer para criança. A nossa infância é o período das brincadeiras, a
partir delas, a criança alcança em parte seus interesses, necessidades e desejos particulares.
Conhecer o contexto cultural da criança é observá- la diariamente, nos jogos e nas
brincadeiras, os quais possibilitam o aprendizado e a expansão da criatividade e imaginação,
bem como fortalecem a sociabilidade e estimulam a liberdade de ser expressar seu espírito
crítico e conseqüentemente o amadurecimento do sujeito.
Implantação do lúdico
A escola tem a missão de educar as crianças para que elas assim possam conviver em
sociedade, e formar um cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres, utilizando a
forma lúdica dentro do contexto das salas de aula, o aluno assimila melhor os conteúdos e faz
comparações entre a vida social e a escola. A atividade lúdica traz para o cotidiano escolar
varias emoções como a curiosidade do aluno a respeito do novo, diferente, com isso lhe dará
prazer em fazer as atividades, pois será dinâmico e a rotina no ambiente escolar será
quebrada, desta forma o aluno se torna mais participativo e atuante. E vale lembrar que as
atividades lúdicas praticadas no ambiente escolar, não são como brincadeiras qualquer, têm
uma intenção um propósito um objetivo a ser alcançado.
Para algumas escolas as dificuldades em trabalhar o lúdico sejam talvez a falta de
recursos, porém segundo Cunha (2007, p.33):
Objetos, sons, movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar
brinquedo através de um processo de interação em que estes recursos funcionam
como alimentos que nutrem a atividade lúdica, enriquecendo-a. Todos os recursos
são validos para estimular a brincadeira. Fantasias, tecidos, chapéus, sapatos, fitas,
tintas, pregos e martelos, quanto maior for a variedade de materiais para subsidiar a
criativ idade e a vontade de inventar, melhor. O valor de um brinquedo para uma
criança pode ser medido pela intensidade do desafio que ele representa para ela.
A escola pode e deve utilizar-se dos jogos, brinquedos, brincadeiras e musicalidade
como recursos pedagógicos na aplicação de seus conteúdos, para assim promover a
construção do conhecimento de uma maneira prazerosa, estimulante e criativa.
8
É fundamental que a escola valorize as experiências e os benefícios que o brincar
proporciona, com sua troca de experiência rica e completa.
Rizzo (2001, p.40) diz o seguinte á respeito: "[...] A atividade lúdica pode ser,
portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da
inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual." Podemos assim
compreender que o lúdico, como ferramenta de auxílio no processo de ensino aprendizagem,
utilizado a partir de uma ação bem planejada e elaborada, proporciona o desenvolvimento
cognitivo, social e afetivo da criança, além de alcançar bons resultados no que diz respeito a
conteúdo, aprendizagem.
Dificuldades para utilização do lúdico em sala de aula.
Todos os professores têm a consciência de que a cada ano que se passa, as
dificuldades que surgem no caminho de cada um são muitas, em relação à aprendizagem dos
conteúdos escolares. Muitos métodos são criados, novas tecnologias inventadas tudo isso
pode funcionar, mas o que os professores precisam se conscientizar é a maneira o método de
como será trabalhado os conteúdos e além de pensar em conteúdos e atividades deve-se
primeiro pensar em como motivar, despertar o aluno para aquele momento de transmitir
conhecimento e ainda como fazer com que esse aluno participe, se interesse, de sua opinião,
interaja. O lúdico é uma ferramenta para fazer com que tudo isso aconteça no ambiente
escolar é uma das pontes de ligação entre o aluno e o conhecimento.
Portanto, o educador tem um papel essencial já que a ele cabe auxiliar o aluno, no
entanto, o educador deve atentar para o tipo de auxilio que fornece. Ao defender a
importância do educador no ensino Skinner (1972, p.136), afirma que o mesmo “Deve induzir
o aluno a agir, mas deve ser cuidadoso em como fazê- lo’’. Porque “Fazê- lo agir em uma dada
ocasião pode interferir na probabilidade que aja da mesma maneira no futuro ‘’. O autor
coloca a necessidade de, o próprio professor, ficar sob controle do que se faz na sala de aula, o
professor é o espelho de seus alunos e nele que os alunos procuraram a motivação e a vontade
de estar ali na sala de aula, portanto tudo tem que ser convidativo desde a sala de aula, bem
decorada, com cores até a cara do professor feliz e alegre em estar ali, pois se eles observam
um professor mal humorado e rabugento eles refletirão da mesma forma, então o professor
tem esse poder nas mãos de transformar e moldar seus alunos da forma que quiser.
Não se quer dizer, com isso, que o professor seja o único responsável pelo sucesso ou
insucesso do processo educativo, porque às vezes existem algumas situações em que não
depende só do professor, precisará de um apoio de outros profissionais, família e etc. No
9
entanto, é de suma importância sua ação como pessoa e como profissional, vai depender se
sua criatividade para que se consiga construir um ambiente saudável, harmonioso, prazeroso e
principalmente um lugar gerador de conhecimentos e aprendizagens dentro da escola.
Benefícios do lúdico no desenvolvimento da criança.
De acordo com Ronca (1989, p. 27) “O movimento lúdico, simultaneamente, torna-
se fonte prazerosa de conhecimento, pois nele a criança constrói classificações, elabora
seqüências lógicas, desenvolve o psicomotor e a afetividade e amplia conceitos das várias
áreas da ciência”. Ou seja, desenvolve varias habilidades, por isso é de suma importância que
se utilize lúdico dentro da escola, a criança se sente mais a vontade, se solta para aprender e
conseqüentemente acaba interagindo mais com o professor e colegas.
Como já foi dito a ludicidade é um recurso de muita importância para que as crianças
continuem em pleno desenvolvimento e garante resultados eficazes na educação, apesar de
exigir extremo planejamento e cuidado na execução da atividade elaborada, pois tudo requer
atenção quando se envolve crianças, ou seja, o professor deve tomar cuidado na hora de
escolher os materiais, brincadeiras, jogos se são adequados para aquela turma, faixa etária e
etc.
Segundo Ronca (1989, p.99) “O lúdico torna-se válido para todas as séries, porque é
comum pensar na brincadeira, no jogo e na fantasia, como atividades relacionadas apenas
infância. Na realidade, embora predominante neste período, não se restringe somente ao
mundo infantil”. Com isso o autor nos mostra que é capaz de utilizar as atividades lúdicas não
somente com as crianças, mas também nos níveis mais altos como ensino médio e até nível
superior, pois envolve mais o aluno torna o processo mais dinâmico, é isso que o lúdico pode
proporcionar um processo dinâmico, onde os alunos interagem, mudam a rotina do dia a dia e
tem um aprendizado mais significativo.
Para Vigotsky (1989, p.84) “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de
instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do
individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade”. Percebemos que
as atividades lúdicas fazem com que as crianças libertem seus sentimentos, de como vê o
mundo e tem a chance de imaginá- lo como gostariam que fosse. Através da brincadeira
consegue expressar o que não fazem com palavras.
O lúdico propicia um desenvolvimento saudável e harmonioso. Ao brincar, a criança
desenvolve habilidades motoras, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, exercita sua
criatividade e imaginação, extravasa sentimentos como alegria e tristeza diminuem a
10
agressividade e passividade, apura sua inteligência emocional, promovendo assim o
desenvolvimento mental que melhora sua conduta e sua auto-estima.
Perante todos os argumentos que foram apresentados, pode-se afirmar que o lúdico
tem um grande papel e uma importância para uma melhoria na educação e no andamento das
aulas, provocando um aprendizado significativo que ocorre de forma gradativa e acontece de
uma maneira natural, tornando-se um grande aliado aos professores na caminhada para bons
resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi feita uma pesquisa de campo para analisar como os professores da educação
básica lidam com o lúdico todos os seus benefícios e suas dificuldades, para isso o
instrumento de pesquisa foi um questionário claro e de fácil entendimento contendo 10 (dez)
questões objetivas e subjetivas, fizemos a pesquisa em duas escolas diferentes sendo uma
pública e uma privada coletando 10 (dez) amostras em cada escola totalizando assim 20
(vinte) amostras.
Tabela 01 - Caracterização Amostra
VARIÁVEIS NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
Gênero Masculino 0 0 0 0 0 0
Femin ino 10 100,0 10 100,0 20 100,0
Faixa etária Até 40 anos 4 40,0 8 80,0 12 60,0
41 anos ou mais 6 60,0 2 20,0 8 40,0
Escolaridade
Até Nível Superio r Completo 3 30,0 5 50,0 10 50,0
Especialização/MBA/ Mestrado/
Doutorado e Pós Doutorado 7 70,0 5 50,0 12 50,0
Tempo na área
de educação
Até 5 anos 0 0 3 30,0 3 15,0
Acima de 5 anos 10 100,0 7 70,0 17 85,0
A entrevista foi realizada com educadores do sexo feminino, na maioria dos
respondentes estão na faixa etária de até 40 (quarenta) anos. A escolaridade e de 50%
(cinqüenta por cento) até nível superior e 50% (cinqüenta por cento) acima de nível superior,
isso mostra que muitos professores estão buscando aperfeiçoamento na carreira. Em relação
ao tempo na área de educação 15% (quinze por cento) responderam que têm ate 5 (cinco)
anos na área, e 85% (oitenta e cinco por cento) acima de 5 (cinco) anos, com isso percebemos
que o sistema educacional está com problemas na renovação do quadro dos profissionais de
ensino, visto que não tem um planejamento temporal para contratação de novos profissionais.
11
Tabela 02 – A Importância do Lúdico
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
A importância do
lúdico
Sim 7 70,0 10 100,0 17 85,0
Não 0 0 0 0 0 0
Às vezes 3 30,0 0 0 3 15,0
Em relação à importância do lúdico na formação do aluno 15% (quinze por cento)
das respondentes disseram que às vezes acham que ele é importante, mas 85% (oitenta e cinco
por cento) acreditam que sim que é importante confirmando o pensamento de Kishimoto,
(2002, p.146) “A brincadeira desempenha um papel de grande importância para o
desenvolvimento infantil, pois brincando a criança se comporta de maneira mais avançada do
que nas suas atividades da vida real, essa é uma forma de observamos como o brinquedo cria
uma zona de desenvolvimento proximal.”
Tabela 03 – O Lúdico como Ferramenta traz Bons Resultados
Sim
85%
Não
0%
Às vezes
15%
Gráfico 01 - A Importância do Lúdico
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
O Lúdico como
Ferramenta traz
bons Resultados
Sim 7 70,0 8 80,0 15 75,0
Não 0 0 0 0 0 0
Às vezes 3 30,0 2 20,0 5 25%
12
Apenas 25% (vinte e cinco por cento) das respondentes disseram que ás vezes o
lúdico como ferramenta traz bons resultados, mas a maioria com 75% (setenta e cinco por
cento) acreditam que sim que é uma ótima ferramenta. Rizzo (2001, p.40) diz o seguinte á
respeito “[...] A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador,
interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação
intelectual”. Ou seja, o lúdico como ferramenta de auxilio dentro de uma ação bem planejada,
proporciona um bom resultado no processo de aprendizagem.
Tabela 04 – A Motivação do Aluno com o Lúdico
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
A Motivação do
Aluno com o
Lúdico
Sim 10 100,0 10 100,0 20 100,0
Não 0 0 0 0 0 0
Às vezes 0 0 0 0 0 0
Sobre a motivação do aluno em relação ao lúdico nas atividades escolares, todos os
professores responderam que sim. A respeito disso, Ronca (1989, p.27) nos diz que “O
movimento lúdico, simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de conhecimento [...]”, esses
dados mostram que o lúdico quando presente dentro da sala de aula só acrescenta no
aprendizado do aluno, pois ele se envolve e interage mais com conteúdo.
Sim
75% Não
0%
Às vezes
25%
Gráfico 02 - O Lúdico como Ferramenta traz Bons
Resultados
13
Tabela 05 – O Professor Encontra Dificuldade na Utilização do Lúdico?
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
O Professor
Encontra
Dificu ldade na
Utilização do
Lúdico?
Sim 2 20,0 0 0 2 10,0
Não 3 30,0 4 40,0 7 35,0
Às vezes 5 50,0 6 60,0 11 55,0
Ao serem perguntados sobre a dificuldade na utilização do lúdico 10% (dez por
cento) disseram que sim que alguns professores ainda encontram dificuldade, 35% (trinta e
cinco por cento) acham que não que os professores não encontram dificuldade alguma e 55%
(cinqüenta e cinco por cento) pensam que ás vezes encontra devido à falta de materiais
adequados em algumas escolas. Porém segundo Cunha (2007, p. 33) “Objetos, sons,
movimentos, espaços, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar brinquedo através de um
processo de interação em que estes recursos funcionam como alimentos q ue nutrem a
atividade lúdica, enriquecendo-a. Todos os recursos são validos para estimular a brincadeira”.
Sendo assim, nota-se que o professor quando alega dificuldade, na realidade isto poderá ser
despreparo para trabalhar com o lúdico.
Tabela 06 – Os Professores Estão Preparados para Utilizar o Lúdico?
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
Os Professores
Estão Preparados
para Utilizar o
Lúdico?
Sim 5 50,0 7 70,0 12 60,0
Não 4 40,0 0 0 4 20,0
Às vezes 1 10,0 3 30,0 4 20,0
Sim
10% Não
35%
Às vezes
55%
Gráfico 03 - O Professor Encontra Dificuldade
na Utilização do Lúdico
14
Sobre se os professores estão preparados para utilizar o lúdico 60% (sessenta pó
cento) falam que sim que estão preparados, 20% (vinte por cento) acha que não estão
preparados para utilizar o lúdico e 20% (vinte por cento) pensam que ás vezes estão
preparados. É muito importante que haja uma preparação dos professores, pois tudo que fizer
refletirá no aluno, Skinner (1972, p.136), afirma que o mesmo “Deve induzir o aluno a agir,
mas deve ser cuidadoso em como fazê- lo’’. Porque “Fazê- lo agir em uma dada ocasião pode
interferir na probabilidade que aja da mesma maneira no futuro”. Com isso não podemos ter
professores ainda despreparados e desatualizados principalmente em trabalhar ludicidade
dentro de sala de aula.
Tabela 07 – Escolas e Professores Resistem em Utilizar o Lúdico?
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
Resistência ao
lúdico
Sim 4 40,0 6 60,0 10 50,0
Não 3 30,0 1 10,0 4 20,0
Às vezes 3 30,0 3 30,0 6 30,0
Sim
60% Não
20%
Às vezes
20%
Gráfico 04 - Os Professores Estão Preparados
para Utilizar o Lúdico
15
Ao falar se a escola e professores resistem em utilizar o lúdico 50% (cinqüenta por
cento) falam que sim que resistem 30% (trinta por cento) acha que ás vezes e 20% (vinte por
cento) pensam que não existe resistência alguma. De acordo com o Referencial Curricular
Nacional Para Educação Infantil (BRASIL, 1998, v1. P.28) “As brincadeiras de faz-de-conta,
os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também
chamados de jogos de tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a
ampliação dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica”. Por isso de acordo
com os dados nota-se uma preocupação, pois a metade dos entrevistados acha que escola e
professores resistem em utilizar o lúdico e não sabem como é importante.
Tabela 08 – É Importante Conhecer a Cultura para Inserir o Lúdico em Sala
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
Conhecer a
cultura
Sim 10 100,0 10 100,0 20 100,0
Não 0 0 0 0 0 0
Às vezes 0 0 0 0 0 0
Todos os educadores responderam sim sobre a importância de conhecer a cultura do
aluno para inserir o lúdico, com base neste assunto Vigotsky (1989, p.84) afirma: “As
crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação
de situações imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança
das amarras da realidade”. Diante destes dados podemos comprovar que para que os
educadores possam inserir o lúdico de maneira eficaz dentro da sala de aula é necessário que
Sim
50%
Não
20%
Às vezes
30%
Gráfico 05 - Escolas e Professores Resistem em
Utilizar o Lúdico
16
ele tenha o embasamento necessário sobre o aluno para explorar da melhor maneira e de
melhor forma possível como atingirá de maneira benéfica o educando.
Tabela 09 – Como a Escola Pode Incentivar os Educadores a Utilizar o Lúdico
VARIÁVEL NÍVEL
ES COLA
PÚBLICA
ES COLA
PARTICULAR
TOTAIS
N % N % N %
Incentivo ao Uso
do Lúdico
Capacitação 3 30,0 3 30,0 6 30,0
Oferecer Cursos 2 20,0 4 40,0 6 30,0
Oferecer Materiais
Adequados 4 40,0 1 10,0 5 25,0
Diálogo 1 10,0 1 10,0 2 10,0
Não 0 0 1 10,0 1 5,0
Em relação de como a escola pode incentivar os educadores a utilizar o lúdico, 30%
(trinta por cento) acha que é através de capacitação dos professores, 30% (trinta por cento)
pensam que através da escola oferecer cursos para os professores, 25% (vinte e cinco por
cento) falam que deve se oferecer mais materiais adequados para serem trabalhados em sala
de aula, 10% (dez por cento) acha que é através do diálogo entre os funcionários da escola e
5% (cinco por cento) não responderam. Muitas escolas ainda acreditam que o lúdico é apenas
brincadeira sem objetivo, e não incentivam seus professores, de acordo com Maluf (2003.
P.29) “As brincadeiras enriquecem o currículo, podendo ser propostas na própria disciplina,
trabalhando assim o conteúdo de forma pratica e no concreto”. Com tudo as escolas podem
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Capacitação Oferecer cursos
Oferecer mat.adequados
Diálogo Não respondeu
30
%
30
%
25
%
10
%
5%
Gráfico 07 - Como a Escola Pode Incentivar os Educadores a
Utilizar o Lúdico
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trazer mais o lúdico para dentro das salas de aula e incentivar mais os educadores em
trabalhar de uma forma diferenciada e criativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscamos mostrar, através deste artigo, a importância do Lúdico na escola, como
suporte para o professor e agente facilitador da aprendizagem pelo aluno.Seja através de
jogos, brincadeiras , brinquedos e musicalidade, este recurso proporciona um trabalho
pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do
desenvolvimento. É fundamental o papel do educador como mediador de todo esse processo.
O lúdico permite que criança crie situações imaginárias, que muitas vezes
representam situações cotidianas de sua vida. A imitação, o faz-de-conta, permite a
reconstrução interna daquilo que é observado externamente. No ato de imitar, a criança cria
regras e desenvolve seu aprendizado. No brincar, ela expressa o que não consegue traduzir em
palavras.
Brincando, a criança também desenvolve processos sociais, como a comunicação e
expressão, além de aprender a obedecer a regras, a tomar decisões, a valorizar a cultura
popular, aumentando assim sua independência e sua integração, que irá contribuir para a
formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, exercendo assim sua
cidadania com dignidade e competência.
As atividades lúdicas ativam as funções psico-neurológicas e as operações mentais,
por ser uma atividade física e mental, absorvem o indivíduo de forma intensa e total. Além
disso, desenvolvem as potencialidades de uma maneira simples e espontânea e, sobretudo
prazerosa, pois criam um clima de entusiasmo e bem estar. Isso torna as atividades mais
interessantes, o que conseqüentemente ocasiona um esforço maior para alcançar o objetivo.
Os jogos e as brincadeiras devem fazer parte de qualquer época da vida do ser
humano; seja criança, adolescente e até mesmo adulto. O brincar não pertence somente à
época da infância. Independente do tipo de vida que se leve, todos precisam da brincadeira e
de alguma forma de jogo, sonho e fantasia para viver. Comete um grande equívoco a escola
que no desenvolvimento de suas ações, divide-as em lados opostos: de um lado o jogo da
brincadeira, do sonho, da fantasia e do outro, o mundo sério do trabalho e do estudo. As
escolas precisam reconhecer lúdico, na sua totalidade e importância, enquanto fator de
desenvolvimento. A atividade lúdica não deve se restringir somente à educação infantil. Dai a
importância de vê- la como uma ferramenta importante que pode e deve ser utilizada em todas
as séries do ensino fundamental e porque não no ensino médio.
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A escola que utiliza e valoriza os benefícios que o brincar proporciona, torna-se mais
atrativa para o aluno, desenvolve mais o seu interesse na busca do saber, pois consegue
promover a construção do conhecimento de uma maneira rica, estimulante e, sobretudo
criativa.
Ao professor também é designada a função de estar sempre em busca de meios que
facilitem a assimilação do conteúdo por parte dos alunos, contribuindo assim com o processo
ensino-aprendizagem. Ele deve elaborar planejar e estabelecer metodologias, com muita
responsabilidade e seriedade, agregando o brincar ao aprender.
Nesse contexto é importante frisar a importância da escola em ter um projeto
pedagógico que contemple e incorpore o lúdico como ferramenta em suas atividades,
proporcionando apoio, suporte e condições para o desenvolvimento de seu aluno e dando
condições ao educador para a elaboração e realização de seu trabalho em sala de aula. Nesse
aspecto, o lúdico participa como um aliado, capaz de promover todo esse processo de maneira
eficaz e prazerosa.
As atividades lúdicas proporcionam prazeres, que raramente são encontrados em
outras atividades escolares. Escola e educador necessitam repensar seus conceitos, dando o
devido valor e importância ao lúdico em todo esse processo, buscando sempre novas
estratégias, passando a considerar a realidade de seu aluno, respeitando sua vivência, sua
individualidade e sua cultura. Contribuindo assim para o seu crescimento social, cultural e
afetivo.
A partir do questionário aplicado à professores de escolas públicas e particulares,
sobre a utilização do lúdico na escola, podemos constatar com os dados obtidos, a partir da
visão dos entrevistados, que segundo a maioria, o lúdico é considerado um fator importante
dentro da escola para formação do aluno, trazendo bons resultados para o
aprendizado.Todavia, muitos não se sentem seguros para utilizá- lo em sala de aula ou
encontram algum tipo de dificuldade , como a falta de incentivo por parte da escola na
realização de atividades lúdicas nesse processo.
Concluí-se assim, que a maioria dos professores “obtém” certo conhecimento sobre o
tema, entretanto, observamos ainda que seja necessária tanto nas escolas púb licas quanto nas
particulares, uma maior conscientização no sentido de desmistificar o papel do “brincar”, que
não é apenas um mero passatempo, mas sim um objeto de grande valia na aprendizagem e no
desenvolvimento das crianças.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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educação e do Desporto, Secretaria de Educação fundamental. ___ Brasília: MEC/SEF, 1998.
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Paulo: Autores Associados, 1996.
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