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curso HISTÓRIA DA ARTE Módulo I – Idade Antiga ao Renascimento As origens das tradições estéticas 8º Encontro Arte Islâmica

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HISTÓRIA DA ARTE Módulo I – Idade Antiga ao Renascimento As origens das tradições estéticas

8º Encontro Arte Islâmica

Como olhamos o Islã? Como ele nos olha?

“O que aconteceu lá, e agora todos vocês têm de reajustar seus cérebros, é a maior obra de arte que já existiu”. Segundo afirmação do músico Karlheinz Stockhausen, referindo-se ao ataque terrorista às Torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001

Taj Mahal

Taj Mahal - A obra foi feita entre 1632 e 1653 com a força de cerca de 20 mil homens, trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no suntuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A joia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.

Contribuições da cultura islâmica Astronomia: A Escola de Astronomia de Bagdá data do tempo do rei Al Mansur, o segundo Califa Abássida (754-775), que era ele próprio astrônomo. Com os seus sucessores Harun Ar Rashid e Al Mamun a escola produziu alguns importantes trabalhos. As teorias antigas foram revistas, vários erros de Ptolomeu foram retificados, e as tabelas Gregas corrigidas Matemática: Muitos princípios básicos de Aritmética, Geometria e Álgebra foram descobertos por intelectuais Muçulmanos.

Astrolábio árabe

Muhammad Bin Ahmad É considerado o fundador da Álgebra, um crédito que compartilha com Diofante. No século XII, traduções para o latim de sua obra sobre numerais indianos apresentou a notação posicional decimal para o Mundo Ocidental. Revisou a geografia de Ptolomeu e escreveu sobre astronomia e astrologia. Suas contribuições tiveram um grande impacto sobre a linguagem. "Álgebra" é derivado de al-jabr, uma das duas operações que ele usou para resolver equações quadráticas. O radical de algarismo e algoritmo vem de algoritmi, a forma latina de seu nome. Além do português algarismo, seu nome também deu origem ao espanhol guarismo.

Trigonometria: Outro ramo das matemáticas desenvolvido pelos Muçulmanos é a trigonometria que foi instituída como um ramo distinto das matemáticas por Al Biruni. Os matemáticos Muçulmanos, principalmente Al Battani, Abu Wafa, Ibn Yunus e Ibn Al Haytham, também desenvolveram a astronomia esférica e aplicaram-na na solução de problemas astronômicos. Física: É pena que os principais tratados muçulmanos da Física se tenham perdido. Alguns deles são nossos conhecidos somente pelos títulos. Mas um pequeno conjunto de trabalhos chegou até nós e conservam o testemunho da importância dos seus estudos e justificam a opinião de Humboldt. Os tratados sobre óptica por Hassam Ali Haitan (Alhasen) (965-1039) foi um acontecimento de importância primária na Ciência. Química: Nesta ciência os muçulmanos partiram da pesquisa teórica para a aplicação prática. A aplicação da Química à Farmácia não é o menor dos benefícios que devemos aos intelectuais Muçulmanos. Um grande número de produtos de uso diário tais como a cânfora, água distilada, emplastres, xaropes, ungüentos, são um legado dos muçulmanos.

Miniatura otomana com o estudo da lua e das estrelas - século XVII.

Literatura: As Mil e Uma Noites é uma coleção de histórias e contos populares originárias do Médio Oriente e do sul da Ásia e compiladas em língua árabe a partir do século IX. No mundo moderno ocidental, a obra passou a ser amplamente conhecida a partir de uma tradução para o francês realizada em 1704 pelo orientalista Antoine Galland, transformando-se num clássico da literatura mundial.

Manuscrito árabe utilizado por Galland em sua tradução das Mil e uma noites (século XIV ou XV)

Islamismo Uma das grandes religiões monoteístas, baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão (Alcorão). A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus.

Alá ou Alláh é a palavra utilizada no árabe para designar Deus (al ilāh, literalmente "O Deus"). A palavra possui cognatos em outras línguas semíticas, tais como Elah em aramaico, ʾĒl em canaanita e Elohim em hebraico.

O Profeta orando na Kaaba, numa gravura otomana do século XVI. O rosto do profeta está vendado, comum na arte islâmica da época.

Islã pelo mundo

Fonte: Wikipedia, Lista de artigos de religião por país Dados de 2006-2008

Os cinco pilares do Islã são cinco deveres básicos de cada muçulmano: 1 - Chahada ou Shahada: A recitação e aceitação do credo; 2 - Salat ou Salah : Orar cinco vezes ao longo do dia; 3 - Zakat ou Zakah: Pagar dádivas rituais; 4 - Saum ou Siyam: Observar o jejum no Ramadã; 5 - Hajj ou Haj: Fazer a peregrinação a Meca Alguns grupos Kharijitas existentes na Idade Média consideravam a jihad como o "sexto pilar do Islã". Atualmente alguns grupos do Xiismo Ismailita entendem "A fidelidade ao Imam" como sexto pilar do Islão.

Mesquita de Hassan, Marrocos

Expansão Islâmica

Importância arte islâmica A importância da tradição islâmica na história da arte é imensa, particularmente, na península ibérica, região que por séculos, em sucessivas conquistas e reconquistas, ocuparam povos que a criaram. Consequentemente, as áreas colonizadas por Espanha e Portugal, sofreram forte influência. Na arquitetura é incontestável a intervenção árabe, um legado que se propagou e influenciou os vários estilos arquitetônicos presentes nestes países.

Outras influências As religiões desempenharam um importante papel no desenvolvimento da arte islâmica. Neste domínio enquadra-se evidentemente a religião muçulmana, mas igualmente outras religiões que os árabes encontraram durante as conquistas territoriais. Apenas no século XIII o mundo islâmico tornou-se majoritariamente muçulmano, tendo outras religiões legado a sua contribuição para a formação da arte islâmica: o cristianismo (na região que se estende do Egito à Turquia), o zoroastrismo (mundo iraniano), o hinduísmo e o budismo (na Índia) e o animismo no Magreb.

Miniatura de Mir Haydar

Influência na arquitetura cristã

Torre da Igreja Assunção Utebo Influência do estilo Mudéjar

Claustro do Mosteiro de São Jerónimo de Cotalba,

em Alfauir (Valência).

De maneira geral, considera-se que a arte mudéjar caracteriza-se pelo emprego do tijolo enquanto material, com uma nova decoração superposta a elementos construtivos cristãos e muçulmanos.

Parroquieta da Seu, em Saragoça, Espanha .

San Juan de Duero, Soria, Espanha Antigo mosteiro pertencente à Ordem dos Hospitalários de San Juan de Acre, de que só se conserva a

igreja e as arcadas do claustro do séc. XIII, com elementos góticos e mudéjares.

Igreja da Sagrada Família (início 1883), Barcelona, projetada por Gaudí.

O uso de arcos Os arcos tudor, otomano, mourisco e ferradura foram utilizados nos vãos da arquitetura mourisca (sarracena). O arco ferradura é característico da arquitetura árabe na Espanha. Os arcos gótico e ogival foram muito empregados nas aberturas das catedrais góticas (portas e janelas).

Influência na arte moderna

M. C. Escher (1898-1972) foi um artista gráfico holandês, conhecido pelos trabalhos em litogravuras que representavam várias perspectivas geradoras de ilusões de ótica no receptor. Ele teve grande influência da arte espanhola, significativamente os mosaicos. Foi na cidade de Alhambra, na Espanha, que Escher encantou-se com a arte da cidade, que possuía fortes traços árabes. A geometria, constante na arte de Escher, era caraterística da arte árabe, pois a religião islã proibia o uso do figurativo.

Principais períodos da Arte Islâmica

Arte Omídea (Séc. VII) Arte Abássida (Séc. VIII) O período medieval (séculos IX-XV)

Arte Omíada (Séc. VII) Durante o período omíada (século VII), ocorre o desenvolvimento da arquitetura civil e religiosa, tendo se posto em prática novos conceitos e novas plantas. Assim, a planta árabe, com pátio e sala hipostila de orações, torna-se um modelo a partir da construção da Mesquita dos Omíadas em Damasco, que servirá como referência aos construtores posteriores. A Cúpula da Rocha em Jerusalém é sem dúvida um dos edifícios mais importantes de toda a arquitetura islâmica, marcada por um forte influência bizantina (mosaicos, planta centrada que recorda ao do Santo Sepulcro), embora já se notem elementos tipicamente islâmicos, como os frisos com inscrições. Os castelos do deserto da Palestina proporcionam também variadas informações quanto à arquitetura civil e religiosa desta época. Para além da arquitetura, os artistas trabalharam uma cerâmica ainda primitiva, não vidrada, e o metal. A distinção entre os objetos que pertencem a esta época e os da época pré-islâmica é pouco clara.

Mesquita dos Omíadas em Damasco

A Cúpula da Rocha em Jerusalém

Mesquita dos Omíadas em Damasco

Cúpula da Rocha, em Jerusalém

A arquitetura religiosa exprime-se, no Islã, em cinco edifícios principais: a Mesquita, o Minarete, a Madrassa, os conventos fortificados e o Mausoléu.

Planta de uma mesquita

Minarete: O minarete é uma torre fina e alta, geralmente localizada num dos cantos do complexo da mesquita, sendo, geralmente, seu ponto mais alto, não só da mesquita, mas também o ponto mais alto de toda a região em que se situa. O minarete mais alto do mundo é o da Mesquita de Hassan II, em Casablanca, nos Marrocos. O primeiro minarete foi construído em 665, em Bassora, durante o califado de Muawiyah I, que estimulou a construção de minaretes por direta influência das torres das igrejas cristãs, e têm a mesma finalidade, a de convocar os crentes para as orações.

Mesquita de Hassan II, Casablanca, Marrocos

Cúpulas: A cúpula é o elemento mais associado às mesquitas, sendo sempre presente na arquitetura islâmica desde o século VII. Representam o universo visto por Deus, normalmente é sobreposta uma lua crescente com uma estrela, mostrando tratar-se de uma imagem da terra vista de fora do planeta.

Mesquita de Isfahan (Irã)

Salão das orações: O salão das orações, ou musalla, não possui qualquer móvel, como cadeiras ou bancos, para permitir que o maior número de crentes possam ocupar o recinto. Devido à oposição do islã da representação de figuras humanas, o salão não possui nenhum tipo de figura religiosa ou de qualquer outro tipo, para que o crente possa fixar totalmente sua atenção a Deus. Ao lado oposto da entrada, fica o muro gibla, que fica sempre posicionado numa linha perpendicular à cidade de Meca. Os crentes rezam em filas paralelas à guibla, virados na direção de Meca.

Quibla: No Islam é definido como a direção da Caaba em Meca para onde devem ser dirigidas as orações. Em cada mesquita existe um lugar que indica a direção da quibla chamado mihrab.

Quibla em Hagia Sofia

Mesquita

Mesquita Azul, Instambul A Mesquita Azul é também chamada Mesquita do Sultão Ahmet. Foi construída no início do século

XVII, quando a cidade já estava em poder dos turcos otomanos e é a única mesquita de Istambul que possui seis minaretes.

Cairuão foi a primeira metrópole muçulmana do Magrebe, tem a reputação de ser o centro espiritual e religioso da Tunísia e por vezes é referida como a quarta cidade santa do islão. A Grande Mesquita é o edifício emblemático da cidade e continua a ser o santuário mais antigo e mais prestigiado do Ocidente muçulmano. Está inscrita desde 13 de março de 1912 na lista de monumentos históricos classificados e protegidos na Tunísia e integra o "conjunto histórico de Cairuão", o qual está classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1988.

Grande Mesquita de Cairuão, Tunísia, início da construção em 670 a. C.

Mesquita de Hassan II, com uma parte erguida sobre as águas do Atlântico, inaugurada em 1993, é a segunda maior do mundo e um dos mais importantes cartões-postais de

Casablanca, Marrocos

Madrassa Madrassa ou madraçal (em árabe: مدرسة ; transl.:

madarsâ; em francês: médersa), também

grafada madraça,[a] é uma palavra de origem

árabe que originalmente designava qualquer tipo

de escola, secular ou religiosa (de qualquer

religião), pública ou privada.

A base curricular habitual de uma madraça inclui

cursos de língua árabe e o ensino da xaria, o Direito

islâmico, tafsir (interpretação do

Alcorão), hadith (narrações do profeta

Maomé), mantiq (lógica) e história do Islã.

Mausoléu

Vista do lado norte do Mausoléu de Ahmad Yasawi

O Mausoléu de Khoja Ahmed Yasawi é um mausoléu inacabado na cidade de Hazrat-e Turkestan, no sul do Cazaquistão. Em 2003 tornou-se o primeiro Patrimônio Mundial da Unesco no Cazaquistão. Foi mandado construir em 1389 por Tamerlão para substituir o pequeno mausoléu do século XII do famoso mestre de sufismo Khoja Ahmed Yasawi.

Arte abássida Ao contrário do que sucede com os objetos do período omíada, os da era abássida estão bastante estudados. Com a deslocação dos centros de poder para este, entram em cena duas cidades que funcionaram como capitais califais, Bagdá e Samarra, situadas no que é hoje o Iraque. Se na cidade de Bagdá não foi possível realizar escavações, devido a estar hoje repleta de casas, os motivos dos estuques de Samarra, que foram bem estudados, permitindo datar os edifícios desta cidade. A cerâmica conhece duas importantes inovações: a invenção da faiança e do lustre metálico. Estas duas técnicas continuarão a ser usadas durante muito tempo após a queda da dinastia abássida.

Palácio abássida – Séc. XIII

O período medieval (séculos IX-XV) A partir do século IX o poder abássida é contestado nas províncias que se encontram mais afastadas do centro do poder. Surgem vários califados que afirmam a sua independência face aos Abássidas, como os Omíadas do Al-Andalus (Península Ibérica) ou dos Fatímidas xiitas no Norte de África. No Irã, dinastias que governadores administram autonomamente os territórios.

Mesquita em Córdoba, Espanha, 987 d.C.

A Catedral de Córdoba, também conhecida apenas como Mesquita de Córdoba ou Catedral de Córdoba, situa-se em Córdoba, na Andaluzia, Espanha. Data do século X, quando a cidade de Córdoba atingiu seu apogeu, sob o governo do emir Abderramão III, um dos maiores governantes da história islâmica.

A grande Mesquita de Isfahan (Irã). É a mais antiga Mesquita a apresentar um iwan ao centro de um dos lados do pátio. Aqui, vê-se o iwan do lado Sul, o principal, que dá acesso à sala do mihrab, coberta com uma grande cúpula. Iniciado na época Seldjúquida (séculos XI-XII), o conjunto arquitetônico só foi terminado com ricas ornamentações do século XV. O esquema dos quatro iwan talvez provenha da casa Persa que antecedeu a invasão Mongol.

Praça Real de Isfahan - Irã

Grande Mesquita de Isfahan - Irã

Mucarna (ou Muqarna)

Um nicho com a característica decoração de mucarnas (estalactites). Exemplo na Mesquita Shah, Isfahan, Iran

A mucarna (também chamado entrelaçamento ou almocarbe) é um elemento decorativo arquitetônico baseado prismas justapostos (ao lado de um outro) e que parecem estalactites penduradas solto ou aglomerado. Normalmente fornecida pelo revestimento das cúpulas ou no encontro dos dos arcos. É peculiar da arquitetura islâmica e, embora este tipo de decoração foi criado pelos Almorávidas, há apenas exemplos encontrados desta vez no norte da África, a Península Ibérica foi introduzido pelos almóadas, que não está presente nas construções anteriores século XII e, em vez encontraram-se bons exemplos no Alcazar de Sevilha e de Alhambra em Granada.

Detalhe do Palácio de Nasrid, Alhambra, Espanha

Torre Espiraliforme - Samarra - Iraque

O minarete da grande Mesquita de Samarra (Iraque), chamado malwiyya, em espiral. Com mais de 50 metros de altura, foi construído entre 848 4 852, ao lado da maior Mesquita do Mundo. O conjunto representa um dos mais completos monumentos arquitetônicos do período Abássida (750-1258). O desenho põe em evidência a forma em rampa helicoidal a que recorreram os primeiros Arquitetos Islâmicos quando quiseram edificar um elemento vertical: não uma construção esguia do tipo das torres, mas sim uma montanha maciça de tijolos, com escada exterior, que lembra os antigos zigurates babilônicos.

Arcos Grande Mesquista de Cordova

Grande Miranete de Delhi

Miranete, Mesquita Al-Qatai Kairo - 876-879

Túmulo de Ismail, Bukhara, antiga URSS

Túmulo de Ismail, o Sâmanida, em Bukhara, edificado por volta de 943. É aqui evidente o esquema da sala cúbica coberta por uma cúpula. Os tijolos estão dispostos por forma a constituírem uma rica ornamentação que faz lembrar o entrançado vime. A fila superior de nichos é também predominantemente decorativa. Trata-se de um dos primeiros exemplos da ornamentação parietal que virá revestir os monumentos Persas de cores resplandecentes.

Sepulcro de Tamerlão, Samarcanda, Uzbequistão (antiga URSS)

O Gur-Emir, ou Sepulcro de Tamerlão, em Samarkanda. O conjunto inteiro foi erguido em dois anos (1404-1405). Dois profundos iwans precedem uma vasta sala de planta cruciforme, com exterior octogonal sobrepujada por uma bela cúpula sobre um tambor, com uma magnífica em cerâmica; após a queda dos dois minaretes que a ladeavam, a sua verticalidade ficou ainda mais realçada

Túmulo de Itimad al-Dawla, Agra, Índia, construído em 1628

Forte Vermelho de Agra, Delhi - Índia

O Forte de Agra, também referido como Lal Qila e Forte Vermelho de Agra ou simplesmente Forte Vermelho, localiza-se na cidade de Agra, na Índia. A 2,5 quilometros do Taj Mahal, constitui-se numa cidade-palácio fortificada, e na mais importante fortificação do país.

Fonte do Sultão Ahmed II – 1728 - Istambul

ARABESCOS Um arabesco é uma elaborada combinação de formas geométricas frequentemente semelhantes às formas de plantas. Os arabescos são elementos da arte Islâmica, normalmente usados para enfeitar as paredes das mesquitas. A escolha das formas geométricas e a maneira como devem ser usadas e formatadas é fruto da visão Islâmica do mundo. Para os Muçulmanos, essas formas em conjunto, constituem um padrão infinito que se estende para além do mundo visível e material. Para muitos no mundo Islâmico, tais formas simbolizam o infinito, e por conseguinte, a natureza abrangente da criação do Deus único (Alá). O artista de Arabescos Islâmicos consegue então uma forte espiritualidade sem a iconografia de outras religiões

Arabesco vegetal

Arabesco caligráfico

Arabesco Geométrico

ESCULTURA

Braseira de cobre – séc XIX

CERÂMICA

Cerâmica persa de Sari - Irã

A arte Islâmica e consequentemente os Muçulmanos utilizam muito a cor na Arquitetura, as suas obras arquitetônicas, tanto no exterior como no interior, são geralmente de tons brilhantes e de um "jogo" intenso de formas. Os Azulejos vidrados são geralmente o recurso mais utilizado. Esta arte atingiu o seu apogeu na época de Tamerlão (1336-1405) e na dos seus descendentes, nas Cidades da Ásia Central e do Afeganistão. No entanto esta Arte "rejuvenesceu" nos Impérios Safávida (1501-1722) e Otomano (1299 a 1922).

Geometrismo – mural séc XIII

Vaso para óleo – séc. XV-XVI

Prato Isnik

MINIATURAS

Miniatura - Livro de Fábulas – XIV - estilo ilkhanida

escola mughal – séc XVIII

Miniaturas pintada por Behzad no Irã - 1494

Arcanjo Gabriel inspira Alcorão - Monte Haira

O Profeta orando na Caaba, numa gravura otomana do século XVI. Seu rosto está vendado, algo comum na

arte islâmica da época.

Miniatura persa que retrata a ascensão de Maomé ao céu.

TAPEÇARIA

Período Otomano (1299-1923)

“A escassa propensão da civilização islâmica para a pintura e escultura (como, de resto, a ausência de edifícios comemorativos na arquitetura) pode ter sido determinada pela inicial necessidade dos nômades de possuírem apenas objetos úteis facilmente transportáveis, sendo aqueles, por outro lado, inclinados valorizarem e decorarem ricamente, condicionando também, como este gosto, a posterior cultura sedentária. Tais tendências, unidas ao gosto árabe pela decoração, figuraram entre os fatores que levaram ao Islã a alcançar níveis altíssimos na produção artesanal. A origem técnica do nó é antiquíssima... Introduzida pelos nômades da Ásia Central, ela veio a ser aperfeiçoada a ponto de surgir a suma dos valores artísticos da civilização islâmica. É verdadeiramente a síntese de uma cultura...” “Como Reconhecer a Arte Islâmica”, Edições 70, p.54, 1978

Período Mongol (Séc. XVI a XVIII)

Período Safávida - Os safávidas foram uma dinastia xiita iraniana formada por azeris e curdos, que governaram a Pérsia de 1501/1502 a 1722.

Tapete com nicho de oração Kula

Próximos encontros

21/11 quarta-feira 9º Encontro Panorama das artes na América Precolombiana

22/11 quinta-feira 10º Encontro Panorama das artes na África e Oceania

28/11 quarta-feira 11º Encontro Panorama das artes na Ásia

29/11 quinta-feira 12º Encontro Estilos Românico e Gótico

5/12 quarta-feira 13º Encontro Introdução ao Renascimento e encerramento do Módulo I

• Wladimir Wagner Rodrigues • [email protected]