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1 @profluisalberto www.masterjuris.com.br Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade @profluisalberto www.masterjuris.com.br @profluisalberto www.masterjuris.com.br Controle de Validade Controle de Constitucionalidade Controle de Convencionalidade ou Supralegalidade Controle Legalidade @profluisalberto www.masterjuris.com.br Relação de compatibilidade vertical ou Hierarquia das fontes BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE (ADI 514/PI)*** Normas Constitucionais Originárias Normas Constitucionais Derivadas (E.C.) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos (art. 5º § 3º CF) EC 45/2004 Princípios Positivados e Não Positivados STF

Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

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1

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Curso objetivo de Controle de

Constitucionalidade

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Co

ntr

ole

de

Va

lida

de

Controle de Constitucionalidade

Controle de Convencionalidade ouSupralegalidade

Controle Legalidade

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Relação de compatibilidade vertical

ou

Hierarquia das fontes

BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE

(ADI 514/PI)***

Normas Constitucionais Originárias

Normas Constitucionais Derivadas (E.C.)

Tratados Internacionais sobre

Direitos Humanos (art. 5º § 3º CF)

EC 45/2004

Princípios Positivados e Não

Positivados

STF

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2

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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB

Prova: Exame de Ordem Unificado - XVIII

1) A supremacia da Constituição e a hierarquia das

fontes normativas destacam-se entre os pressupostos

do controle de constitucionalidade.

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RESULTADOS DE AVALIAÇÃO DE NORMAS EM FACE À

CONSTITUIÇÃO

INCOMPATÍVEL

Inconstituci

onalidade

Invalidade

direta da

norma

Promoção da:

Interpretação

conforme

Decisão

positiva

Indica o sentido

constitucional

Declaração sem

redução de texto

Decisão negativa

Exclui os sentidos

inconstitucionais

COMPATÍVEL

A “norma”

avaliada é

Constitucional

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Escada de Pontes de Miranda

(Planos dos atos/normas jurídicas)

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Existência

Validade

Eficácia

Existe?N S

Inexistente

Válido?N

Eficaz?

SInválido

Nulidade

ou

anulabilidadeN

Ineficaz

S

Condição ou

termo para a

produção dos

efeitos

Suspensiva Resolutiva

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Natureza da lei inconstitucional

Teoria da Nulidade Teoria da Anulabilidade

Sistema Americano (Marshall) Sistema Austríaco (Kelsen)

Lei inconstitucional – Ato nulo Lei inconstitucional – Ato anulável

Decisão Judicial

declaratóriaDecisão Judicial constitutiva

Vício no plano da validade Vício no plano da eficácia

Efeito Ex Tunc Efeito Ex Nunc

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Qual é a natureza jurídica do ato

inconstitucional?

Resposta: ato existente, embora

inválido. Em regra nulo e

excepcionalmente anulável.

1

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Espécies de Supremacia da

Constituição

Material Formal

Relacionada à

matéria, conteúdo,

substância.

Constituição rígida ou

flexível

Relevância

sociológica

Relacionada à forma,

procedimento,

formalidade.

Constituições rígidas

Relevância jurídica*

(fundamento para o c.

de constitucionalidade)

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ESAF - Auditor Federal de Controle Externo/Controle

Externo

2) Em relação à supremacia material e formal das constituições,

podemos afirmar:

a) a formal é reconhecida nas constituições flexíveis

b) a material está relacionada à produção de um documento

escrito

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c) a material tem a ver com o modo como as normas

constitucionais são elaboradas

d) a formal resulta da situação da Constituição no topo da

hierarquia das normas, independentemente da matéria tratada

e) a jurisdição constitucional está concebida para proteger a

supremacia material, mas não a supremacia formal da

Constituição

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Prova: CESPE - MPU - Técnico Administrativo

3) Todas as normas presentes na CF,

independentemente de seu conteúdo, possuem

supremacia em relação à lei ordinária, por serem

formalmente constitucionais.

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Parâmetros

de controle

Regra: Toda a Constituição

Exceção: 1) preâmbulo; 2) Normas do ADCT

de eficácia exaurida.

Tratados internacionais de direitos humanos

aprovados em dois turnos por 3/5 em cada

Casa do CN.

Princípios positivados e não positivados

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Normas constitucionais do Ato das

Disposições Constitucionais transitórias -

ADCT que tiverem sua eficácia exaurida

não podem ser usadas como paradigma

para controle de constitucionalidade?

Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT-SE

Prova: Analista Judiciário

1

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ESPÉCIES DE CONTROLE DE VALIDADE

1ª CORRENTE (STF)

(a) controle de legalidade;

(b) controle difuso de

convencionalidade (ou de

supralegalidade);

(c) controle concentrado de

convencionalidade;

(c) controle de

constitucionalidade

2ª CORRENTE

(Valerio Mazzuoli)

(a) controle de legalidade;

(b) controle de supralegalidade;

(d) controle de convencionalidade

concentrado;

(e) controle de constitucionalidade

(c) controle de convencionalidade difuso;

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CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE

VERTENTE NACIONAL

(STF)

Há limite a este controle

Não pode haver controle

de convencionalidade com

base em normas editadas

pelo Poder Constituinte

Originário

VERTENTE INTERNACIONAL

Não há limite a este controle

Mesmo normas da Constituição

editadas pelo poder constituinte

originário podem ser objeto de

controle.

Não importa a hierarquia das

normas

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Teoria das Normas Constitucionais Inconstitucionais (Otto Bachof)

Violação aodireito natural

Inobservância de procedimentoestabelecido no momento daelaboração da constituição.

Inconstitucionalidade em normaadvinda do poder originário noscasos de:

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LEITURA OBRIGATÓRIA

"No Brasil, tanto a doutrina quanto a jurisprudência do Supremo Tribunal

Federal refutam a possibilidade de haver inconstitucionalidade de normas

constitucionais originárias. Entende-se que não há normas constitucionais

originárias "superiores" e "inferiores"; a Constituição é um todo orgânico

(princípio da unidade da Constituição) e todas as normas originárias de seu

texto 'têm igual dignidade, sem que tenha qualquer influência, para efeito de

controle de constitucionalidade, a distinção doutrinária ente normas formal e

materialmente constitucionais e normas só formalmente constitucionais.

Ademais, a interdição de que se reconheçam no texto originário da Carta da

República "normas constitucionais inconstitucionais" decorre da absoluta

ausência de competência do Supremo Tribunal Federal, bem como de

qualquer outro órgão constituído do País, para controlar a obra do constituinte

originário.

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A matéria já foi percucientemente analisada no julgamento da ADI 8 1 5-DF

(28.03 . 1 996). Nela, o Ministro Moreira Alves, relator, em seu voto condutor,

deixa claro que a análise da validade de normas constitucionais

originárias não consubstancia, na verdade, questão de constitucionalidade,

mas de legitimidade do constituinte originário e a aferição dessa legitimidade

escapa inteiramente à competência do STF (e de qualquer outro órgão do

País)."

Fonte: PAULO, Vicente & ALEXANDRINO, Marcelo - Direito Constitucional

Descomplicado - 14ª Edição 2015

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Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRE-SE

Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

4) Ora, (...) ‘se uma norma constitucional infringir uma outra

norma da Constituição, positivadora de direito supralegal, tal

norma será, em qualquer caso, contrária ao direito natural’, o que,

em última análise, implica dizer que ela é inválida, não por violar

a ‘norma da Constituição positivadora de direito supralegal’, mas,

sim, por não ter o constituinte originário se submetido a esse

direito suprapositivo que lhe impõe limites.

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Essa violação não importa questão de inconstitucionalidade, mas

questão de ilegitimidade da Constituição no tocante a esse

dispositivo, e para resolvê- la não tem o Supremo Tribunal

Federal − ainda quando se admita a existência desse direito

suprapositivo − competência.

O trecho acima transcrito, retirado do voto do Ministro Moreira

Alves na Ação Direta de Inconstitucionalidade no 815 (DJ de

10/05/1996), expressa manifestação do STF quanto à teoria

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a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen.

b) da força normativa da Constituição, de Konrad Hesse.

c) das normas constitucionais inconstitucionais, de Otto Bachof.

d) da supremacia da Constituição, de John Marshall.

e) da constituição dirigente, de J. J. Gomes Canotilho.

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Normas Legais

Normas Infralegais

Bloco de

Constitucionalidade

Norma Supralegal

TIDH

(Equiparado a EC)

Controle de

ConstitucionalidadeC

on

tro

led

eC

on

stitu

cio

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ad

e

Co

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Co

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ncio

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de

Co

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Co

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e

Controle de Legalidade

(Não cabe ADI / RE)Inconstitucionalidade

Reflexa

Contr

ole

de C

onstitu

cio

na

lidad

e*

CONTROLE DE VALIDADE CONFORME POSIÇÃO DO STF

*So

me

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de

ta

mb

ém

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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: DPE-BA

Prova: Defensor Público

5) O controle de convencionalidade na sua vertente nacional

quando comparado com a vertente internacional apresenta

inúmeras diferenças, destacando-se:

a) Para que o controle de convencionalidade seja exercido, no

âmbito interno, é necessário o prévio esgotamento das vias

ordinárias e a matéria precisa ser objeto de prequestionamento.

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b) Na vertente internacional o parâmetro de controle é a norma

internacional e pouco importa a hierarquia da lei local, podendo,

inclusive, ser oriunda do poder constituinte originário.

c) No que diz respeito ao aspecto nacional apenas o Supremo

Tribunal Federal tem competência para exercê-lo e, por isso, é

uma forma de se apresentar o controle concentrado de

constitucionalidade.

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d) Na vertente internacional o parâmetro de controle é a norma

internacional, porém, é impossível exercer tal controle no que diz

respeito às normas oriundas do poder constituinte originário.

e) Em que pese ser objeto de estudo, o controle de

convencionalidade se resume à aplicação doutrinária.

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O QUE É DUPLO CONTROLE VERTICAL DE

CONSTITUCIONALIDADE?

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RESPOSTA

Expressão trazida por Luis Flávio Gomes, ocorrequando uma lei para ser válida passa por um duploprocesso de compatibilidade vertical, ou seja, deveser compatível com a Constituição, assim como comos Tratados Internacionais de Direitos Humanos (comstatus de EC ou norma supralegal).

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Bloco deConstitucionalidade

NORMAS SUPRALEGAIS

Normas legais

NORMAS INFRALEGAIS

Prisão do Dep.

Infiel

ANTIGO CPC

Estabelecia a

regulamentação

da Prisão do Dep.

Infiel.

Inaplicável *

Prisão do

Dep. InfielRegulamen

tação legal

do

CPC

Prisão do Dep. Infiel

(S. Vinculante 25)

(Pacto de San José da

Costa Rica)

Controle de

Convencionalidade

ou

Supralegalidade

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(Súmula Vinculante 25)

É ilícita a prisão civil de depositário infiel,qualquer que seja a modalidade do depósito

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* Segundo o professor e Ministro do STF, Gilmar Mendes, em suaobra Curso de Direito Constitucional, editora Saraiva 11ª Ed.2016, os tratados internacionais de direitos humanos nãoaprovados conforme o procedimento das EmendasConstitucionais possuem efeito revogador da legislação internaanterior que com eles seja incompatível, assim como um efeitoparalisador ou impeditivo da eficácia das leis contráriasposteriores.

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É possível controle de

constitucionalidade nas

relações entre particulares?

Prova oral - TJGO 2015

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RESPOSTA

O STF reconhece a eficácia horizontal dos direitos

fundamentais, também chamada de aplicabilidade ou vinculação

dos direitos fundamentais nas relações privadas. Decidiu a Corte

pela necessária observância do devido processo legal como

requisito prévio à exclusão de cooperado ante a cooperativa

(STF; RE – 158.215/RS) de modo que seria possível, nesses

termos, a luz dos direitos fundamentais, o controle de

constitucionalidade difuso ou concreto nas relações privadas.

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O que pode ser objeto de

controle de constitucionalidade?

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BLOCO DE

CONSTITUCIONALIDA

DE (ADI 514/PI)

NORMAS

SUPRALEGAIS

Normas Legais ou Atos

normativos primários

NORMAS

INFRALEGAIS

Normas do art. 59 ao 69 da CF/88;

Leis (U,E,DF,M)

Tratados Internacionais;

Decretos autônomos;

Regimentos dos tribunais;

Resoluções do CNJ e CNMP;

Regimentos das Casas Legislativas

Decretos Regulamentares

Instruções Normativas

Portarias etcRegulamentam ou dão executoriedade

`as normas legais

Normas Constitucionais Originárias

Normas Constitucionais Derivadas (EC )

Tratados Internacionais sobre Direitos

Humanos (art. 5º § 3º CF)

Princípios Positivados e Não Positivados

TIDH NÃO

aprovados

conforme art.

5º § 3º CF

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BLOCO DE

CONSTITUCIONALIDA

DE (ADI 514/PI)

NORMAS

SUPRALEGAIS

NORMAS

LEGAIS

(Art. 59 II a VII CF)

NORMAS

INFRALEGAIS

Regra: não cabe

inconstitucionalidade

indireta

ADPF

Controle de legalidade

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NORMAS

LEGAIS

(Art. 59 II a VII CF)

NORMAS

INFRALEGAIS

✓ Relação de dependência entre,

pelo menos, duas normas: uma

delas é a principal; as outras,

acessórias.

✓ Se a norma principal for

declarada inconstitucional,

todas as normas dela

dependentes também deverão

ser consideradas

inconstitucionais.

INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO

(derivada, consequencial ou “por atração”)

@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

FGV – XXXIII EXAME DE ORDEM – 2017

(ADAPTADA)

6) Como ato normativo secundário, a Resolução não pode ser

objeto de controle de constitucionalidade.

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COMENTÁRIO DO PROFESSOR

O Supremo Tribunal Federal já assentou que atos normativos

secundários poderão ser objeto de controle de

constitucionalidade, caso afronte diretamente a Constituição da

República e não apenas de maneira reflexa. Nesse sentido, o

STF:

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"Os decretos regulamentares ou regulamentos de execução

podem ser objeto de controle de constitucionalidade se, a

pretexto de regulamentar lei, vai além da sua normatização,

inovando no ordenamento jurídico, não por mera ilegalidade, mas

por inconstitucionalidade, já que supriu a lei onde a Constituição a

exige. Se um decreto regulamentar fere o texto constitucional,

das duas uma: ou a lei que ele regulamenta (ou aplica) é

inconstitucional, e como tal deve ser objeto de uma ação direta,

ou houve exorbitância do poder regulamentar e existe um conflito

de ilegalidade entre o ato e a lei matriz" (ARE 679.045 AL, rel.

min. Dias Toffoli, julg. 28/11/2012).

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Atos normativos

ou

Expressões de função normativa

Função regulamentar (do Executivo) - ADPF

Função regimental (do Judiciário)

Função legislativa (do Legislativo)

Decretos que veiculam ato normativo

Atos passíveis de controle concentrado

@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

IMPORTANTE!!!

"Estão sujeitos ao controle de constitucionalidade concentrado os

atos normativos, expressões da função normativa, cujas espécies

compreendem a função regulamentar (do Executivo), a função

regimental (do Judiciário) e a função legislativa (do Legislativo).

Os decretos que veiculam ato normativo também devem sujeitar-

se ao controle de constitucionalidade exercido pelo STF. O Poder

Legislativo não detém o monopólio da função normativa, mas

apenas de uma parcela dela, a função legislativa." (ADI 2.950-

AgR, rel. p/ o ac. min. Eros Grau, julgamento em 6-10-2004,

Plenário, DJ de 9-2-2007.)

Page 12: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

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@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE

Prova: Delegado de Polícia

7) Como atos interna corporis, as decisões normativas

dos tribunais, estejam elas sob a forma de resoluções

administrativas ou de portarias, não são passíveis do

controle de constitucionalidade concentrado.

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✓ Violação as regras do processo

legislativo constitucional

Vícios de inconstitucionali

dadeMATERIAL

(nomoestática)

Conteúdo compatível com a

CF/88

Procedimento viola a CF/88

Conteúdo

compatível c/ a CF/88Procedimento

viola a CF/88

(nomodinâmica)

FORMAL

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É possível impetrar uma ADI

contestando o aspecto formal e

futuramente impetrar outra ADI

contestando o aspecto material?

STF. Plenário. ADI 5081/DF, Rel.Min. Roberto Barroso, julgado em27/5/2015 (Info 787).

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Nova ADI por inconstitucionalidade material contra ato

reconhecido formalmente constitucional

A Lei “X” foi questionada no STF por meio de ADI. Na ação, o

autor afirmou que a lei seria formalmente inconstitucional. O STF

julgou a ADI improcedente, declarando a lei constitucional. Quatro

anos mais tarde, outro legitimado ajuíza nova ADI contra a Lei

“X”, mas desta vez alega que ela é materialmente

inconstitucional.

Essa ação poderia ter sido proposta? O STF poderá, nesta

segunda ação, declarar a lei materialmente inconstitucional? SIM

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13

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Na primeira ação, o STF não discutiu a inconstitucionalidade

material da Lei “X” (nem disse que ela era constitucional nem

inconstitucional do ponto de vista material).

Logo, nada impede que uma segunda ADI seja proposta

questionando, agora, a inconstitucionalidade material da lei e

nada impede que o STF decida declará-la inconstitucional sob o

aspecto material.

O fato de o STF ter declarado a validade formal de uma norma

não interfere nem impede que ele reconheça posteriormente que

ela é materialmente inconstitucional.

STF. Plenário. ADI 5081/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado

em 27/5/2015 (Info 787).

Fonte: dizerodireito@profluisalberto www.masterjuris.com.br1

O que é princípio da

contemporaneidade?

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

INCONSTITUCIONALIDADE

SUPERVENIENTE

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE

Acepção tradicional Acepção moderna

Entrada em vigor de uma nova

CF e leis anteriores incompatíveis

A lei anterior a CF/88 não pode

ser taxada de inconstitucional

com base na atual constituição.

Não é admitida no Brasil.

A lei sofreu um processo de

inconstitucionalização

As mudanças no cenário político,

jurídico, econômico e social do

país influenciam o STF a alterar a

visão de uma lei que era

constitucional para

inconstitucional.

É admitido no Brasil.

Page 14: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

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@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Mudanças no cenário jurídico, político,

econômico ou social do país

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

*Reforma das decisões anteriores contrárias ao

novo entendimento do STF

Interposição de recurso próprio

Ação rescisória própria

Instrumentos

Nos termos do art.

485 do CPC,

observado o

respectivo prazo

decadencial (art.

495).

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Ano: 2016 Banca: CESP EÓrgão: FUNPRESP-EXE

Prova: Especialista - Área Jurídica

8) A decisão do STF declarando seja a constitucionalidade, seja a

inconstitucionalidade de preceito normativo não produz a

automática reforma ou rescisão de sentença que lhe seja anterior

e na qual tenha sido adotado entendimento contrário a tal

decisão, sendo necessário, como regra, que a parte impugne a

sentença mediante recurso processualmente adequado ou

mediante ação rescisória.

1@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

INCONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE(Visão Tradicional)

STF DOUTRINA MAJORITÁRIA

REVOGAÇÃO NÃO-RECEPÇÃO

* O que importa é a incompatibilidade material e

não a formal. Ex: Código Tributário Nacional

(CTN)

Page 15: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

15

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Requisitos para a recepção de normas

Esteja em

vigor no

momento do

advento da

NOVA

constituição;

Não ter sido

reconhecida

(independente

de declaração)

a

inconstitucionali

dade durante a

sua vigência no

ordenamento

jurídico

ANTERIOR;

Ter

compatibilidade

FORMAL e

MATERIAL com

a constituição

sob cuja

regência FOI

EDITADA;

Ter apenas

compatibilida

de

MATERIAL

com a NOVA

constituição.

@profluisalberto www.masterjuris.com.br1

O que diferencia a filtragemconstitucional da recepção?

@profluisalberto www.masterjuris.com.br

Recepção Filtragem Constitucional

A norma legal tem que ser

compatível MATERIALMENTE

com a NOVA constituição.

.

.

.

É um “plus” da recepção.

Avalia se a norma legal é

compatível com a nova

Constituição

+

Como a norma compatível

deve ser interpretada, lida.

@profluisalberto www.masterjuris.com.br1

Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: Câmara dos Deputados

Prova: Analista Legislativo

9) Considere que lei editada sob a égide de determinada

Constituição apresentasse inconstitucionalidade formal, apesar

de nunca de ter sido declarada inconstitucional. Nessa situação,

com o advento de nova ordem constitucional, a referida lei não

poderá ser recepcionada pela nova constituição, ainda que lhe

seja materialmente compatível, dado o vício insanável de

inconstitucionalidade.

Page 16: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

16

@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

Prova: CESPE - 2014 - PM-CE - Oficial da Polícia Militar

10) Se houver incompatibilidade de caráter formal entre uma lei

preexistente e uma nova norma constitucional, tal lei não poderá

ser recepcionada, mesmo que seja materialmente compatível

com o novo diploma constitucional.

@profluisalberto www.masterjuris.com.br2

FORMAS DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL

ou

VÍCIOS FORMAIS DE INCONSTITUCIONALIDADE

ORGÂNICAPROPRIAMENTE

DITA

POR VIOLAÇÃO AOS

PRESSUPOSTOS

OBJETIVOS DO ATO

NORMATIVO

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Inconstitucionalidade

formal orgânica

Vício sobre o ente

federativo que legisla

Exemplo: Município edita lei que versa sobre

matéria inserta na competência privativa da

União estabelecida no art. 22, da CF/88.

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Inconstitucionalidade Propriamente Dita

vício no processo legislativo

Formal Subjetiva Formal Objetiva

Vício sobre o sujeito competentepara deflagrar o processolegislativo.

Sum.05, STF - “A sanção do

projeto supre a falta de iniciativa

do Poder Executivo” - Súmula

SUPERADA.

Relacionada as DEMAIS FASES

do processo legislativo, por

exemplo, quando o quórum

estabelecido não é observado.

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17

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2

Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP)

Prova: Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador

Federal

11) A sanção presidencial a projeto de lei não supre vícios de

iniciativa, padecendo de vício formal a lei sancionada, a ser

declarado por meio de ação judicial própria.

Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRE-PI

Prova: Analista Judiciário – Judiciária

12) Convalida o vício de iniciativa a sanção presidencial a projeto

de lei de autoria de senador acerca de matéria de iniciativa

privativa do presidente da República.

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Inconstitucionalidade

formal por violação

aos pressupostos

objetivos do ato

normativo

Exemplos:

1) Estudo de viabilidade municipal na criação

de município;

2) “Relevância e urgência” na edição de MP.

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É possível a responsabilidade doEstado por danos causados aparticulares decorrentes de leideclarada inconstitucional peloPoder Judiciário?

1

Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TCE-RJ

Prova: Auditor Substituto

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RESPOSTA

O dano tem que ser especifico, caso contrário, toda lei

declarada inconstitucional geraria responsabilidade do Estado,

logo não basta um dano decorrente do risco social.

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18

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Inconstitucionalidade por vício de decoro parlamentar

Não se trata de umainconstitucionalidadeformal ou material

Vício naformação davontade doparlamentar

Exemplo: esquema decompra de votosapurado pelo STF naAção Penal nº 470 (quetratou do “Mensalão”)

❖ Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza, 21

edição)

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Fundamento

Art. 55, § 1º, CF/88, que dispõe que “é incompatível

com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no

regimento interno, o abuso das prerrogativas

asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a

percepção de vantagens indevidas”.

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Controle

Preventivo

✓ Prévio ou “a priori”

✓ Exceção no Brasil

✓ Visa impedir que projetos

inconstitucionais tornem-

se atos normativos.

Poder Legislativo CCJ

ou

Plenário do

parlamento

(principal controle

preventivo)

Poder Executivo Veto Jurídico

(art. 66, § 1º)

Poder Judiciário MS impetrado

por parlamentar✓ Violação do processo

legislativo constitucional

✓ PEC violadora de

Clausulas Pétreas.

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Introdução

CONTROLE PREVENTIVO – PODER LEGISLATIVO

ESQUEMA BÁSICO DA LEI ORDINÁRIA E COMPLEMENTAR

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CONTROLE

PREVENTIVOProjeto de Lei

ou EC

Regra: Controle Político

(PL e PE)

Comissão de Constituição e

Justiça (Art. 58 caput)

Veto Jurídico (Art.66 § 1º)

Art. 66. § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou

em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou

parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do

recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do

Senado Federal os motivos do veto.

2

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Comunicação por meio de

mensagem do P.República

(48 h)

VETO

15 dias úteis+

motivação

• total• parcial• jurídico• político

palavras isoladasinconstitucionalcritério subjetivo

Presidente do SF

✓ Sessão conjunta✓ 30 dias✓ Maioria absoluta✓ Sessão aberta

VETO

MANTIDO

ARQUIVA

SUPERADO (Ex Nunc)

PROMULGA/PUBLICAP.R. P. do S.F. (48h)

Art. 66 § 2º - O vetoparcial somenteabrangerá texto integralde artigo, de parágrafo,de inciso ou de alínea.

Art. 66 § 7º - Se a lei não for promulgada dentro de

quarenta e oito horas pelo Presidente da República,

nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado

a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo,

caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

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Promulgação

Presidente da

República

Presidente

ou

Vice Presidente do

Senado Federal

Publicação

Presidente da

República

Presidente e Vice

Presidente do

Senado Federal

Posicionamento do professor José Afonso da

Silva

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Art. 66 § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro detrinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelovoto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dadapela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)

§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, parapromulgação, ao Presidente da República.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no§ 4º, o vetoserá colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas asdemais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 32, de 2001)

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20

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CESPE/FINEP

13) Embora o Poder Executivo possa negar-se a aplicar ato

normativo manifestamente inconstitucional, exercendo o controle

de constitucionalidade repressivo, não há previsão no

ordenamento jurídico brasileiro para que exerça também o

controle de constitucionalidade preventivo.

14) O Supremo Tribunal Federal, julgando uma ação direta de

inconstitucionalidade, pode declarar inconstitucionais apenas

algumas expressões do caput de um artigo de lei.

2

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CONTROLE

PREVENTIVO

Projeto de Lei

ou EC

Regra: Controle Político

(PL e PE)

Comissão de Constituição e

Justiça (Art. 58 caput)

Veto Jurídico (Art. 66 §1º)

Exceção: Controle Jurisdicional Mandado de Segurança

impetrado por

parlamentar*

*1) Visando o cumprimento das regras do processo

legislativo

ou

2) Proposta de emenda violadora das Cláusulas Pétreas;

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Tramitação da proposta

Câmara dos

Deputados

Senado Federal

DEPUTADO

SENADOR

Tramitação da proposta

Mandado de Segurança impetrado por parlamentar

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Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TRE-GO Prova: Analista

Judiciário - Área Judiciária

15) Considere que um deputado federal tenha impetrado, perante

o Supremo Tribunal Federal, mandado de segurança em face de

proposta de emenda à constituição em tramitação na Câmara dos

Deputados, por entender que a proposta tendia a abolir o voto

direto, secreto, universal e periódico. Nessa situação, ainda que

haja a perda superveniente do mandato parlamentar, será

possível o prosseguimento do feito, já que a atualidade do

mandato só é exigida para a instauração da ação.

2

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21

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16- (CESPE/AGU) É admissível o controle de constitucionalidade de emenda

constitucional antes mesmo de ela ser votada, no caso de a proposta atentar

contra cláusula pétrea, sendo o referido controle feito por meio de mandado de

segurança, que deve ser impetrado exclusivamente por parlamentar federal.

17- (CESPE/Promotor-MPE-RN) O parlamentar dispõe de legitimação ativa

para suscitar, por meio de mandado de segurança, o controle incidental de

constitucionalidade pertinente à observância, pelo Parlamento, dos requisitos

que condicionam a válida elaboração das proposições normativas, enquanto

essas se acharem em curso na Casa legislativa a que pertença esse

parlamentar; no entanto, se a proposta legislativa for transformada em lei,

haverá a perda do objeto da ação e a perda da legitimidade ativa do

parlamentar.

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CESPE/ TCE-AC

O texto a seguir deverá ser utilizado para as próximas questões.

Determinado parlamentar federal impetrou mandado de

segurança junto ao STF, questionando a legalidade do processo

legislativo na tramitação de determinada medida provisória.

Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora

enviada para votação em plenário antes da apreciação pela

comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de

seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte.

2

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18) O parlamentar dispõe de legitimação ativa para suscitar o

controle incidental de constitucionalidade pertinente à

observância dos requisitos que condicionam a válida elaboração

das proposições normativas.

19) O mandado de segurança não será conhecido pelo STF, visto

que a ação cabível é a ação direta de inconstitucionalidade.

1

2 @profluisalberto www.masterjuris.com.br

20) O mandado de segurança será conhecido pelo STF, visto que

o parlamentar tem legitimidade ativa para exercer o controle

concentrado de constitucionalidade.

2

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22

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CONTROLE

REPRESSIVORegra: Poder Judiciário

Via de Exceção: Difuso/ Concreto/

Incidental

✓ Leis;

✓ Emendas Constitucionais

✓ Atos normativos;

✓ Expressões de função normativa.

Origem: direito americano ("Marbury vs Madison“ – Juiz:

John Marshal)

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CEGO + CÃO GUIA Teatro Municipal Segurança impede

entrada

LEI

MUNICIPAL

proíbe entrada de animais no

Teatro Municipal

MANDADO DE

SEGURANÇA

• concede Mandado de

Segurança

• declara inconstitu-

cionalidade lei municipal

(inter partes)

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CESPE/TRE-MA

21) O STF considera legítima a utilização da ação civil pública

como instrumento de fiscalização incidental de

constitucionalidade de leis ou atos do poder público municipal,

pela via difusa, quando a controvérsia constitucional não se

apresentar como o único objeto da demanda, mas como questão

prejudicial, necessária à resolução do conflito principal.

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FGV - OAB UNIFICADO - Nacional

22) A respeito da ação de habeas corpus, assinale a afirmativa

incorreta.

a) Pode ser impetrado por estrangeiro residente no país.

b) É cabível contra punição disciplinar militar imposta por

autoridade incompetente.

c) Não é meio hábil para controle concreto de constitucionalidade.

d) A Constituição assegura a gratuidade para seu ajuizamento.

3

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Controle

Repressivo

✓ “a posteriori”

✓ Incide sobre

norma já

elaborada

✓ Regra no

Brasil.

Jurídico

Difuso, aberto,

incidental

ou

Concreto

(via de defesa)

(Regra)

1) Cláusula de

Reserva de Plenário

(art. 97)Exceção: precedente do

Tribunal ou STF

❖ Ver S. Vinculante n. 10

2) Senado Federal:

art. 52, X (Ex nunc;

Erga Omnes)

3) Ação Civil Pública:

causa de pedir e não o

pedido da ação.

➢ Qualquer Juiz ou Tribunal

em um caso concreto.

Regra: eficácia inter partes e

ex tunc

Origem: direito americano

("Marbury contra Madison“

– Juiz: John Marshal)

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VIA DE EXCEÇÃO: DIFUSO/ CONCRETO/ INCIDENTAL

Características:

✓ Qualquer órgão do PJ poderá julgar STF

STJ

TJ

STM

JD

TRF TRT

JT JM

TST TSE

TRE

JEJF1º grau

2º grau

Tribunais Superiores

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Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros

ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os

tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo

do Poder Público.

Maioria Absoluta

DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE

Requisito

TRIBUNAL PLENO

ÓRGÃO ESPECIAL

CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO

OU

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Tribunais . . .

Os órgãos fracionários dos

tribunais podem ser

chamados de Turmas,

Câmaras ou Seções.

O plenário é o conjunto de

todos os juízes que integram

o tribunal.

Órgãos Fracionários

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1ª TURMA5 MEMBROS

PRESIDENTE

DO STF 2ª TURMA5 MEMBROS

STF11 MEMBROS

TRIBUNAL PLENO

Exemplo:

Regra: não podem declarar uma lei ou ato

normativo inconstitucional, nem afastar a

sua incidência (S. Vinculante n. 10).

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Súmula Vinculante nº 10 STF: Viola a cláusula de reserva de

plenário, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora

não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo do poder público afasta sua incidência, no todo ou

em parte.

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EXCEÇÕES À RESERVA DE PLENÁRIO.

a) Existência de pronunciamento do plenário ou da corte

especial do tribunal, bem como do plenário do Supremo

Tribunal Federal sobre a questão.

b) Normas anteriores à constituição: nesse caso, o órgão

fracionário menor declarará que a lei ou ato normativo foram

revogados ou não recepcionados pela nova ordem constitucional.

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c) Interpretação conforme a constituição: nessa situação, há o

reconhecimento de que a lei é constitucional, desde que

interpretada em certo sentido que a compatibilize com a Carta

Magna.

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25

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INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO.

Impõe que, no caso de normas polissêmicas ou

plurissignificativas, dê-se preferência à interpretação que lhes

compatibilize o sentido com o conteúdo da CF.

Admitem mais de uma interpretação

Deve-se escolher a que

não seja contrária ao

texto da Constituição.

A regra é a conservação da

validade da lei, e não a

declaração de sua

inconstitucionalidade.

Implementada pelo Judiciário e, em última instância, de

maneira final, pela Suprema Corte.

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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ

Prova: Analista do Ministério Público - Administrativa

23) Determinado Procurador de Justiça foi intimado de acórdão

proferido pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado, que havia

negado provimento a recurso de apelação interposto pelo

Ministério Público. Após detida análise do acórdão, percebeu que

a Câmara julgadora havia deixado de aplicar, voluntariamente, ao

caso concreto, uma norma inserida em lei federal. Na medida em

que não era possível a interposição de qualquer recurso no

âmbito do Tribunal de Justiça, o Procurador de Justiça deveria:

4

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a) interpor recurso especial endereçado ao Superior Tribunal de

Justiça, tendo por fundamento a não aplicação da lei federal;

b) interpor recurso extraordinário endereçado ao Supremo

Tribunal Federal, isso em razão da afronta ao princípio

democrático;

c) impetrar mandado de segurança, junto ao Superior Tribunal

de Justiça, por ter sido violado o direito líquido e certo à

observância da lei federal em vigor;

4 @profluisalberto www.masterjuris.com.br

d) ajuizar reclamação, perante o Supremo Tribunal Federal, por

inobservância à súmula vinculante que considera dissonante da

cláusula de reserva de plenário o obrar da Câmara;

e) interpor recurso ordinário, endereçado ao Superior Tribunal

de Justiça, em razão da não observância do dever processual de

correta fundamentação das decisões judiciais.

4

Page 26: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP)

Prova: Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador

Federal

24) Na apreciação do controle de constitucionalidade em grau de

recurso, os autos devem ser remetidos ao relator da Câmara

Julgadora do Tribunal, que poderá monocraticamente declarar a

inconstitucionalidade da lei.

2 @profluisalberto www.masterjuris.com.br

✓Analisa o caso concreto

VIA DE EXCEÇÃO: DIFUSO/ CONCRETO/ INCIDENTAL

Características:

✓Legitimados: Qualquer pessoa

✓Efeitos: Regra:

Exceção:

Inter partes / Ex tunc

Erga omnes / Ex nunc – Teoria da abstrativização do

controle difuso ou em aplicação da S. Vinculante.

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Teoria da abstrativização do controle difuso

STF

Decisão do STF: interpartes

Senado Federal: eficácia erga omnes (art. 52, X, da CF/88)

Min. Gilmar Mendes.

Decisão do STF: erga omnes

Senado Federal: conferir simples efeito de publicidade

Decisões do Plenário do STF proferidas em controle difuso

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O controle concentrado deconstitucionalidade, realizado peloTribunal de Justiça, não impede que amatéria seja rediscutida, pelo SupremoTribunal Federal, em sede de controledifuso de constitucionalidade?

Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TCM-SP

Prova: Agente de Fiscalização

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27

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP)

Prova: Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador

Federal

25) Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade em controle

de constitucionalidade difuso no âmbito do tribunal de justiça são

erga omnes e ex nunc, como o são os efeitos de declaração de

inconstitucionalidade de lei em controle difuso no âmbito do STF.

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FGV - OAB EXAME DA ORDEM

26) Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a

inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da

Constituição do Brasil, caberá

a) ao Procurador-Geral da República, como chefe do Ministério

Público da União, expedir atos para o cumprimento da decisão

pelos membros do Ministério Público Federal e dos Estados.

3

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b) ao Presidente da República editar decreto para tornar inválida

a lei no âmbito da administração pública.

c) ao Senado Federal suspender a execução da lei, total ou

parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do Supremo

Tribunal Federal seja definitiva.

d) ao Advogado-Geral da União interpor o recurso cabível para

impedir que a União seja compelida a cumprir a referida decisão.

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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT

Prova: Técnico de Nível Superior - Bacharel em Direito

27) Determinada causa foi inicialmente ajuizada perante um juízo

de primeira instância e, após regular tramitação, com a prolação

de inúmeras decisões e a interposição de diversos recursos, foi

encaminhada ao Supremo Tribunal Federal sob o argumento de

que certa lei editada pela União era inconstitucional.

1

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28

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O Tribunal, pela unanimidade dos seus membros, reconheceu o

vício de inconstitucionalidade da lei e deu provimento à pretensão

formulada pelo autor da ação, decisão esta que transitou em

julgado no início de 2006.

A respeito dessa espécie de controle de constitucionalidade

realizado pelo Supremo Tribunal Federal, considerando o teor da

sistemática constitucional, é correto afirmar que

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a) não afeta a vigência da lei considerada inconstitucional, que

somente deixará de ser aplicada no caso concreto apreciado pelo

Tribunal.

b) deve necessariamente, por se tratar de decisão definitiva de

mérito, produzir eficácia contra todos e efeito vinculante,

excetuando-se o Poder Legislativo.

c) deve necessariamente, em razão da teoria da transcendência

dos motivos determinantes, estender-se a todas as leis de

conteúdo semelhante.

1

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d) produz efeitos em relação às partes envolvidas e, por força do

princípio da isonomia, sobre todos aqueles alcançados por leis de

conteúdo semelhante.

e) produz eficácia contra todos e efeito vinculante, pelo fato de a

decisão ter sido proferida por uma maioria qualificada, incluindo o

Poder Legislativo.

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Art. 103-A - O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou

por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre matéria

constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação

na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública

direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem

como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

estabelecida em lei.

Page 29: Curso objetivo de Controle de Constitucionalidade · 2018. 2. 28. · a) da recepção do direito pré-constitucional, de Hans Kelsen. b) da força normativa da Constituição, de

29

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IMPORTANTE !!!

Não é possível o controle concentrado de

constitucionalidade das súmulas, de jurisprudências,

ainda que vinculantes, pois segundo o STF elas não

possuem caráter normativo suficiente para que o

controle seja exercido.

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VINCULANTE

STF

STJ

TJ

STM

JD

TRF TRT

JT JM

TST

TRE

JEJF

TSE

ADM PÚBLICA

Fed. Est. /DF Mun.

ABRANGÊNCIA DA SÚMULA VINCULANTE

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* A súmula vinculante NÃO alcança o Poder Legislativo em

sua função típica (legislar e fiscalizar), porém nas funções

atípicas (administrar e julgar), o referido Poder deverá

obedecer à súmula vinculante (Rcl 2.617, Inf. 386/ STF).

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SUPERAÇÃO LEGISLATIVA DA JURISPRUDÊNCIA

Quando o legislador edita nova lei com o mesmo conteúdo

daquilo que foi declarado inconstitucional pelo STF, não caberá

reclamação ao STF pedindo que essa lei seja automaticamente

julgada também inconstitucional (Rcl 13019 AgR, julgado em

19/02/2014). Será necessária a propositura de uma nova ADI

para que o STF examine essa nova lei e a declare

inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até mesmo mudar

de opinião no julgamento dessa segunda ação.

http://www.dizerodireito.com.br/2015/10/superacao-legislativa-

da-jurisprudencia.htm

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O que é reversão jurisprudencial, reação legislativa ou ativismo

congressual?

STF. Plenário. ADI 5105/DF, Rel. Min. Luiz

Fux, julgado em 1º/10/2015 (Info 801).

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Resposta

É a possibilidade do legislador, por emenda

constitucional ou lei ordinária, superar/contrariar a

jurisprudência. Porém, há limitações.

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Proposta por meio de emenda

constitucionalProposta por lei ordinária

Regra: pode haver PEC para

superar jurisprudência ou

súmula;

Exceção: se a PEC ofender

uma cláusula pétrea ou o

processo legislativo para

edição de emendas poderá

ser declarada inconstitucional.

Condição: o Congresso

Nacional deverá comprovar que

as premissas fáticas e jurídicas

sobre as quais se fundou a

decisão do STF no passado não

mais subsistem.

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Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TCU

Prova: Procurador do Ministério Público

28) A deliberação do STF em controle abstrato de

constitucionalidade acerca da interpretação de determinada

cláusula constitucional não impede que o Congresso Nacional,

observados os limites ao poder de reforma, aprove emenda

constitucional em sentido contrário à referida deliberação.

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CONTROLE

REPRESSIVORegra: Poder Judiciário

Via de Exceção: Difuso/ Concreto/

Incidental

✓ Leis;

✓ Emendas Constitucionais

✓ Atos normativos;

✓ Expressões de função normativa.

Origem: direito americano ("Marburycontra Madison“ – Juiz: John Marshal)

Origem: europeu (austríaco)

Via de Ação: Concentrado/

Abstrato/Em tese/ direto

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Controle Jurisdicional de Constitucionalidade

Difuso/Concreto Concentrado/Abstrato

Acesso à Justiça Maior Menor

Legitimados Qualquer

pessoaArt. 103 da CF/88

Órgão

CompetenteArt. 93, CF/88 STF ou TJ

Direito tutelado Direito SubjetivoDireito objetivo

(proteção da CF)

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Controle Jurisdicional de Constitucionalidade

Difuso/Concreto Concentrado/Abstrato

Meios de alegação

Questão

incidente em

qualquer

processo

Questão principal com

ações próprias

Eficácia

RetrospectivaPara as partes Para todos

Eficácia

Prospectiva

Para todos a

partir da

decisão do S.F.

Exceção

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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ

Prova: Técnico do Ministério Público - Administrativa

29) De acordo com o art. 97 da Constituição da República

Federativa do Brasil, “somente pelo voto da maioria de seus

membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão

os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo do Poder Público”. Determinado juiz de direito, após ler

esse preceito, que somente faz menção a tribunais, e constatar

que nenhum comando expresso na Constituição o autorizava a

realizar o controle de constitucionalidade, negou requerimento

formulado pelo Ministério Público em sede de ação civil pública.

1

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No caso concreto, o Ministério Público pretendia que o juiz de

direito deixasse de aplicar uma norma que considerava

inconstitucional, o que teria influência direta na resolução do

problema concreto. À luz da sistemática constitucional, o controle

de constitucionalidade pretendido pelo Ministério Público é

considerado:

a) difuso, podendo ser realizado pelo juiz de direito;

b) concentrado, somente podendo ser realizado por tribunal;

c) abstrato, podendo ser realizado pelo juiz de direito;

d) difundido, somente podendo ser realizado por tribunal;

e) concreto, somente podendo ser realizado por tribunal.

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IMPORTANTE!!!

“As decisões proferidas em sede de controle concentrado de

constitucionalidade, em regra, passam produzir efeitos a partir da

publicação, no veículo oficial, da ata de julgamento.”

(STF - Rcl 6.999-AgR, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em

17-10-2013, Plenário, DJE de 7-11-2013.)

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CESPE/DETRAN-DF

30) Constituem atos normativos, passíveis de controle de

constitucionalidade pelo sistema concentrado, as leis, as

resoluções administrativas dos tribunais, as súmulas de

jurisprudência, as emendas constitucionais e as medidas

provisórias.

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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT

Prova: Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal

31) Com o objetivo de assegurar a plena execução de lei que

veiculava matéria de natureza tributária, o Presidente da

República expediu o respectivo regulamento.

Ocorre que esse ato normativo foi considerado pelo Congresso

Nacional como exorbitante do poder regulamentar, o que o levou

a sustá-lo.

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O Chefe do Poder Executivo, irresignado com o ocorrido,

determinou que fossem adotadas as providências necessárias à

submissão do decreto legislativo, que sustou o regulamento, ao

controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo

Supremo Tribunal.

À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto

afirmar que esse decreto legislativo

a) não pode ser submetido ao referido controle, pois, ao aferir a

compatibilidade do regulamento com a lei, sua essência

enquadra-se no plano legal, não no constitucional.

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b) pode ser submetido ao referido controle, a exemplo do que

ocorre com todos os atos normativos, de natureza legal ou

infralegal.

c) não pode ser submetido ao referido controle, pois não

apresenta os atributos da generalidade e da abstração.

d) pode ser submetido ao referido controle, pois aufere o seu

fundamento de validade na Constituição e sua força normativa é

negativa.

e) não pode ser submetido ao referido controle, pois somente os

atos normativos estão sujeitos a ele.

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EM FACE DA

EM FACE DA

VIA DE AÇÃO/ CONCENTRADO/ EM TESE/ ABSTRATO/ DIRETO

Características:

STF

TJ

Constituição

Federal

Constituição

Estadual

✓ Competência ✓ Lei federal;

✓ Lei estadual;

✓ Lei distrital;

✓ Lei municipal.

✓ Lei estadual;

✓ Lei municipal.

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AÇÕES (COMPETÊNCIA DO STF)

LEI OU ATO NORMATIVO

FEDERAL ESTADUAL DISTRITAL MUNICIPAL

ADC

ADI

ADOOmissão de qualquer dos Poderes ou de órgão

administrativo

ADPF

*

* interesse regional

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LEGITIMADOS NAS AÇÕES DE CONTROLE ABSTRATO:

Mesa

Presidente da República

Procurador Geral da República

CFOABPartido político rep. no CN/ Confederação

Sindical/ Entidade de Classe de âmbito nacional

Governador de Estado e do DF.

Câmara dos Deputados

Senado Federal

Assembleia Legislativa

Câmara Legislativa

* Os legitimados que são

“órgãos” não precisam de

advogado para propor a ADI

(Presidente, PGR, Gov, etc.),

mas aqueles que são pessoas

jurídicas são obrigados a

constituir advogado e com

poderes específicos para a

propositura desta ação (partido

político, confederação,

associação, etc).

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A mesa do Congresso Nacional possui

legitimidade ativa para a propositura de

Ação Direta de Inconstitucionalidade?

Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT

Prova: Analista Judiciário

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Ações d

e c

ontr

ole

abstr

ato

esta

dual Constituição Federal não enumerou os legitimados ativos

Competência do legislador estadual

Atenção!!! A Carta da República veda a atribuição dalegitimação de agir um único órgão.

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ANAMAGES

Associação que

representa apenasos juízes estaduais

ADPFQuestionando

dispositivo da LOMAN

As associações que representam fração de categoria profissional

não são legitimadas para instaurar controle concentrado de

constitucionalidade de norma que extrapole o universo de seus

representados.

STF. Plenário. ADPF 254 AgR/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado

em 18/5/2016 (Info 826).

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Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-PE

Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

32) Se o ato normativo impugnado repercute sobre a esfera

jurídica de toda uma categoria profissional, é ilegítima a

impugnação da norma pela via abstrata por associação

representativa de apenas uma parte dos membros dessa

categoria.

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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: Analista do

Ministério Público – Processual

33) Determinado Promotor de Justiça, no curso de um inquérito

civil, constatou que certa lei estadual, cuja aplicação, ou não,

tinha influência direta na resolução do problema concreto

submetido à sua apreciação, era flagrantemente inconstitucional.

A partir de então, realizou amplos estudos a respeito de como

deflagrar o controle de constitucionalidade. À luz da sistemática

constitucional brasileira, é correto afirmar que:

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a) a lei estadual somente poderia ser submetida, pelo devido

legitimado, ao controle concentrado de constitucionalidade

realizado pelo Supremo Tribunal Federal;

b) não há nenhum instrumento, ao alcance do Promotor de

Justiça, para pleitear a não aplicação da lei estadual a um caso

concreto;

c) a declaração de inconstitucionalidade da lei estadual poderia

fazer parte do pedido da ação civil pública que viesse a ajuizar;

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d) a lei estadual poderia ser submetida, pelo devido legitimado,

ao controle concentrado de constitucionalidade realizado pelo

Tribunal de Justiça;

e) a lei estadual poderia ser declarada inconstitucional, por

qualquer órgão jurisdicional, unitário ou colegiado, a partir de

pedido formulado pelo interessado.

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE

Prova: Delegado de Polícia

34) Se a câmara de vereadores de um município entender que o

prefeito local pratica atos que lesam princípios ou direitos

fundamentais, ela poderá propor uma ADPF junto ao STF

visando reprimir e fazer cessar as condutas da autoridade

municipal.

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BESC FGV

35) Perante o Supremo Tribunal Federal, a ação direta declaratória de

inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual em

face da Constituição Federal pode ser proposta:

a) pelo Procurador-Geral da República, com exclusividade.

b) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela

Mesa da Câmara dos Deputados ou pelo Procurador-Geral da

República.

3

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c) pelo Presidente da República, pela Mesa do Senado Federal, pela

Mesa da Câmara dos Deputados, por Mesa de Assembléia Legislativa,

por Governador do Estado, pelo Procurador-Geral da República, pelo

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por partido

político com representação no Congresso Nacional, por confederação

sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

d) pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Advogado-Geral da União.

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e) pela Mesa do Senado Federal, pela Mesa da Câmara dos

Deputados, por Mesa de Assembléia Legislativa, por Governador do

Estado, pelo Procurador-Geral da República, pelo Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil, por partido político com representação

no Congresso Nacional, por confederação sindical ou entidade de

classe de âmbito nacional e estadual.

3

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Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TCM-SP

Prova: Agente de Fiscalização - Ciências Jurídicas

36) Os legitimados à deflagração do controle de

constitucionalidade, perante o Tribunal de Justiça, devem ser os

mesmos previstos para realizar esse tipo de controle perante o

Supremo Tribunal Federal;

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✓Pertinência Temática – Legitimidade Ativa Relativa

RelaçãoNorma impugnada

+

Atividades institucionais do requerente

Sujeitos

• Governador de Estado ou Distrito Federal• Mesa da Assembléia Legislativa• Mesa da Câmara Legislativa (DF)• Confederação Sindical• Entidades de Classe de Âmbito Nacional

2

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Conceito: Não há relação entre norma impugnada e as atividades

institucionais do requerente

Sujeitos

• Presidente da República

• Mesa do Senado Federal

• Mesa da Câmara dos Deputados

• Procurador Geral da República

• Partido Político com representação no Congresso Nacional

• Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

✓Legitimidade Ativa Absoluta ou Universal

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE

Prova: Delegado de Polícia

37) Se o governador de um estado da Federação ajuizar ADI

contra lei editada por outro estado, a ação não deverá ser

conhecida pelo STF, pois governadores de estado somente

dispõem de competência para ajuizar ações contra leis e atos

normativos federais e de seu próprio estado.

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP)

Prova: Analista judiciário - Oficial de Justiça Avaliador

Federal

38) Entre os legitimados universais para a propositura de ação

direta de inconstitucionalidade inclui-se o governador de estado, e

entre os legitimados especiais inclui-se o presidente da

República.

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Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE

Prova: Delegado de Polícia

39) São legitimados para propor ADI, não se sujeitando ao

exame da pertinência temática, o presidente da República, as

mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o

procurador-geral da República, partido político com

representação no Congresso Nacional e o Conselho Federal da

OAB.

1

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CESPE/Procurador-TCE-ES

40) Não se exige, para fins de ajuizamento e conhecimento da

ADI, a prova da pertinência temática por parte das Mesas do

Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das Assembleias

Legislativas dos estados ou da Câmara Legislativa do DF.

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MENSAGEM DO PROFESSOR

“Ao longo da vida, muitas pessoas vão tentar te

desencorajar e esgotar a tua força. Não perca tempo

com elas, e procure a companhia daquelas que te dão

valor por aquilo que você é e não pelas coisas que você

tem. Essas pessoas serão a tua força.”

https://www.mundodasmensagens.com