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Transparência Pública E Democratização das Informações Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão

Curso Proprietários Completo

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Proprietários do Brasil

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Transparência Pública E Democratização das Informações

Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão

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2 Dados Abertos

Programa

1) Apresentação

2) Dados Abertos

3) Orçamento

4) Transparência e Participação

5) Uso das informações para a justiça, a democracia e a construção de alternativas

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1 Apresentação

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Quem somos

A Cooperativa EITA – formada por um coletivo de desenvolvedores e educadores populares que possui como missão fortalecer as lutas de movimentos sociais do campo popular através da construção de tecnologias livres da informação e metodologias participativas para seu uso e apropriação.

Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão

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Quem somos

● O IMD – coletivo cuja missão é ampliar a democracia sobre a economia, com participação e vigilância pública sobre governos e empresas, em favor da distribuição da riqueza e da garantia de direitos.

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1 Apresentação

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O Ranking dosProprietários do Brasil

Em dezembro de 2012 a Cooperativa EITA e o IMD lançaram o Ranking dos Proprietários do Brasil

www.proprietariosdobrasil.org.br

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1 Apresentação

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Ranking Proprietários do Brasil

O objetivo pesquisa:● renomear os grandes grupos econômicos que atuam no país; ● mensurar a concentração de poder desses grupos; ● evidenciar a grande rede de empresas e pessoas envolvidas

nos impactos sociais gerados pelas grandes empresas e;● revelar como esta estrutura, concentradora e geradora de

pobreza, não pode existir sem a presença do Estado brasileiro.

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1 Apresentação

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Ranking dos Proprietários do BrasiL

O Ranking baseia-se no controle da propriedade por poucas empresas e pessoas, através de estruturas complexas e ramificadas de participações societárias;

Revelou os nomes das famílias e pessoas proprietárias últimas dessas empresas;

Evidenciou a elevada concentração nas 12 primeiras empresas, que concentram mais de 50% de todo Poder Acumulado (PA) das 397 empresas listadas.

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1 Apresentação

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A Campanha● Em dezembro de 2012 lançamos a Campanha Quem são os

Proprietários do Brasil ● Financiamento colaborativo via Catarse: dois meses de

mobilização; ● Criamos a plataforma inicial da campanha; fizemos debates em

diversas cidades e espaços, como universidades e junto a movimentos socais; produzimos análises de poder sobre algumas empresas envolvidas em conflitos sociais, como a Aldeia Maracanã e o Assentamento Milton Santos;

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1 Apresentação

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A Campanha● Ao final da campanha arrecadamos R$ 61.098,00● Metas:

● Reformulação do site da campanha;● Elaboração de 10 infográficos de rede de poder:

cinco escolhidos pelo público (votação na seção debate do portal da campanha)

● Ampliação da base de dados atual com as redes de poder das 100 empresas de capital fechado com maior receita em 2011;

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1 Apresentação

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A Campanha

● Cruzamento das mais de 5.500 redes de poder dos proprietários do brasil com os financiamentos do BNDES entre 2008 e 2012, e com suas doações para as campanhas eleitorais de 2010 a 2012.

● Envio das recompensas● Produção dos infográficos ● O curso Transparência Pública e Democratização da

Informação

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Dados ABERTOS

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2 Dados Abertos

Dados AbertosPor David Eaves:

Uso de URIs

Se o dado não pode ser encontrado e indexado na Web, ele não existe;

Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/

Uso de URIs

Se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado;

Se algum dispositivo legal não permitir sua replicação, ele não é útil.

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2 Dados Abertos

Dados Abertos

Por Tim Berners-Lee

Licença aberta

Estruturado

Formato Livre

Uso de URIs

Ligados

Adaptado de: http://5stardata.info/

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2 Dados Abertos

Dados AbertosOpenGovData:

Uso de URIs

1) Completos. Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados públicos são dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por estatutos.

2) Primários. Os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais fina granularidade possível, e não de forma agregada ou transformada.

3) Atuais. Os dados são disponibilizados o quão rapidamente seja necessário para preservar o seu valor.

4) Acessíveis. Os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados possíveis.

5) Processáveis por máquina. Os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento automatizado.

6) Acesso não discriminatório. Os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro.

7) Formatos não proprietários. Os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle exclusivo.

8) Livres de licenças. Os dados não estão sujeitos a regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma regulada por estatutos.

Adaptado de: http://dados.gov.br/dados-abertos/

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2 Dados Abertos

Dados Abertos no Brasil

Portal de Dados Abertos do Governo

95 conjuntos de dadosGoverno e PolíticaEducaçãoPessoa, família e sociedadeEquipamentos PúblicosEconomia e FinançasTrabalhoSaúdeConjuntos de dados em destaqueIndústriaHabitação, Saneamento e Urbanismo

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2 Dados Abertos

Dados Abertos no Mundo

Lista ampliada:http://www.data.gov/opendatasites

Estados UnidosInglaterra

União EuropeiaUruguai

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2 Dados Abertos

Dados Abertos Ligados

● Dados, além de abertos, podem ter um identificador único na internet

● Meta-dados universais - ontologias● Ligação entre as bases de dados

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2 Dados Abertos

Dados Abertos Ligados

Nuvem de bases de dados descritas com meta-dados universais e ligadas entre si

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2 Dados Abertos

Outras Bases de Dados

● Doações de campanha● Proprietários de Terra● Concessões de rádio e TV● Trabalho Escravo● ...

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2 Dados Abertos

Lei de Acesso à Informação

● Sigilo é exceção, transparência é regra● Lei nº 12.527: Executivo Federal● Implementada em 12 estados e 8% dos

municípios● e-SIC: http://acessoainformacao.gov.br● Judiciário? Legislativo?

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2 Dados Abertos

Lei de Acesso à Informação

● Problemas principais: ● falta de vontade de abrir ● não-existência dos dados consolidados

● Ainda assim, 90% dos pedidos até hoje foram atendidos

● No caso de pedidos ao MF, o número de pedidos atendidos é de 86%

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2 Dados Abertos

Dados Abertos na LAIArt. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter:

§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet).

§ 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:

I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;

II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;

III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;

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2 Dados Abertos

Classificação de Informações

● O sistema de classificação de informações tem três níveis – ultrassecreto, secreto e reservado – com prazos de sigilo de, respectivamente, 25, 15 e 5 anos. Para a classificação, deve-se considerar o interesse público, a gravidade do dano à segurança da sociedade e do Estado e o prazo máximo de restrição, utilizando o critério menos restritivo possível.

● O que não é classificado é público, portanto passível requisição

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2 Dados Abertos

Limites da Lei de Acesso● O caso BNDES

● ausência de uma política pública de informação● decisão da Justiça Federal retirando o BNDES do

alcance da Lei de Acesso à Informação, contrariando o princípio da publicidade no uso do recurso público

● acesso aos contratos do Banco com a TKCSA e Consórcio Norte Energia, por meio da Lei de Acesso

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2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil● Base atual utiliza dados da Comissão de

Valores Mobiliários de 2011● Empresas com ações na bolsa de valores são

obrigadas a apresentar sua composição acionária (ações ordinárias e preferenciais)

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2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil● Entretanto, devido à péssima qualidade dos

dados, utilizamos a técnica de raspagem (scrapping) para obter os dados no portal Econoinfo.

● As 703 empresas com ações na bolsa de valores em 2011 deram origem às 5599 empresas, pessoas e órgãos públicos que compõe a base

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2 Dados Abertos

Proprietários do Brasil

● Briga pela base de dados da composição de todas as empresas

● Base já disponível para venda● Pedido na LAI negado● Recurso negado● Aguardando a resposta ao segundo recurso

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2 Dados Abertos

Governo Aberto● Muitas vezes usado como sinônimo de dados

abertos● Algumas motivações:

● Promoção da transparência● Luta contra a corrupção ● Participação social

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2 Dados Abertos

Parceria para Governo Aberto (OGP)

● Parceria multi-lateral iniciada por EUA e Brasil em 2011

● Governo Brasileiro já fez dois planos de ação● Pedidos relacionadas ao BNDES e à base de

dados das empresas foi negado

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2 Dados Abertos

Quem Financia a Transparência● Hewlett Foundation: http://www.hewlett.org/programs/global-development-and-

population-program/transparency-and-accountability● Open Society (George Soros): "The Open Society Foundations work to build vibrant and

tolerant democracies whose governments are accountable to their citizens." ● Bill and Melinda Gates: Financia o International Budget Partnerhip (IBP, que por sua vez

financia o OGP), mas não diz isso em seu site; (também financia a revolução verde na áfrica, entre outros)

● Omydiar Network: do fundador do e-Bay: "The formation of Omidyar Network was inspired by Pierre’s experience at eBay, which he founded in 1995 based on his beliefs in the potential of individuals and the power of markets" (http://www.omidyar.com/about_us)

● Revenue Watch Institue: financiado principalmente por Bill and Melinda Gates Foundation, William and Flora Hewlett Foundation, e Open Society Institute (http://www.revenuewatch.org/about/financials)

● Ford Foundation ● Hivos: Fundação Holandesa, financiada por governos e Omydiar e Bill and Melinda Gates

Foundation, entre outros

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2 Dados Abertos

Outras Iniciativas● A pesquisa do ETH Zurich● Poderopedia● Opencorporates● They Rule: http://www.theyrule.net/● Donos da Midia

http://www.donosdamidia.com.br/ ● http://www.dams-info.org/pt

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Orçamento Público para que serve ?

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3 Orçamento

Orçamento: Constituição Federal

Seção II

DOS ORÇAMENTOS

Art. 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo

estabelecerão:

1) o plano plurianual

2) as diretrizes orçamentárias

3) os orçamentos anuais

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3 Orçamento

Orçamento no Brasil

Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964

Estitui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal

Lei geral do orçamento

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3 Orçamento

Orçamento no BrasilLEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF

Em 4 de maio de 2000, a LRF foi proclamada como solução para o equilíbrio das contas públicas e combate à corrupção.

O cenário de crescimento da Dívida Pública, inclusive dos Estados e Municípios, culminou na elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, de n.º 101/2000. A LRF introduziu inovações na administração das finanças públicas, intensificando mecanismos de controle dos gastos públicos impondo limites e condições, principalmente sobre pessoal e endividamento.

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3 Orçamento

Orçamento no Brasil

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRFNa realidade, a criação da LRF foi determinada pelo acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) após a crise financeira de 1998. A preocupação do FMI e do governo naquela época era a de dar garantias aos credores. Para tanto, a despesa financeira teria prevalência sobre qualquer outra função do Estado brasileiro.

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3 Orçamento

Composição Orçamentária● Orçamento Fiscal● Orçamento da Seguridade Social● Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais

A economia compreende todas as atividades do país. Mas nenhuma atividade do país compreende a economia.

Millôr Fernandes

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3 Orçamento

Composição OrçamentáriaOrçamento Fiscal

Receitas Despesas

Receitas tributárias A previsão de gastos dos Poderes e de todos os órgãos da administração pública, direta e indireta, fundos, autarquias, fundações e as empresas estatais dependentes (isto é, mantidas pelo Pode Público)

Empréstimos Dívida PúblicaOutras receitas orçamentárias tradicionais

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3 Orçamento

Composição Orçamentária

RECEITAS DESPESASContribuições Sociais criadas para o financiamento da Seguridade Social

Receitas previdenciárias (INSS)

Despesas das áreas de Saúde, Previdência e Assistência Social.

Exemplos: todas da Saúde, Aposentadorias e pensões; Benefícios sociais (Bolsas Família, etc.)

Orçamento Seguridade Social

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3 Orçamento

O que é SEGURIDADE SOCIAL?É a proteção que a sociedade proporciona a seus membros mediante uma série de medidas públicas contra as privações econômicas e sociais que de outra forma derivariam no desaparecimento ou em forte redução de sua subsistência como consequência de enfermidade, maternidade, acidente do trabalho ou enfermidade profissional, invalidez, velhice e morte, e também a proteção na forma de assistência médica e de ajuda às famílias com filhos.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), 1984

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3 Orçamento

Composição Orçamentária

Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais● São os investimentos das empresas

controladas pelo governo● Somente das empresas estatais independentes● Exemplos: Petrobras, BNDES, Eletrobrás,

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal

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3 Orçamento

Composição OrçamentáriaA influência dos parâmetros consagrados na Lei de

Responsabilidade Social

Resultado fiscal, o superávit (déficit) primário.

Receitas Financeiras (empréstimos)

Despesas Financeiras (juros e amortizações)

Primárias (tributos, contribuições e outras)

Primárias (todas as outras despesas)

Resultado fiscal na LDO

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3 Orçamento

GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃO

Mecanismos de Gerenciamento e de Alteração do Orçamento Público● Contingenciamento● Remanejamento

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3 Orçamento

GERENCIAMENTO E ALTERAÇÃOCréditos adicionais

Instrumento de correção orçamentária para autorizar despesas não mencionadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária ou, ainda, a situações emergenciais.

São classificados de três formas (art. 43 da Lei 4320/64), segundo as finalidades:● crédito suplementar● crédito especial● crédito extraordinário

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3 Orçamento

Execução Orçamentária

TABELA RESUMO

Programade

TrabalhoDotaçãoInicial

Contingenciado

Decreto de CréditosSuplementares Dotação

Autorizada Empenhado Liquidado Pago

Acrescimos Cancelamentos

XXXXX 10.000 3.000 500 1.000 6.500 5.000 2.000 800

YYYYY 50.000 15.000 80.000 22.000 93.000 4.500 500 0

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3 Orçamento

Calendário Orçamentário

PPA

LDO

LOA

Prazo para Encaminhamento 31 de AgostoPrazo para Votação 31 de Dezembro

Prazo para Encaminhamento 15 de AbrilPrazo para Votação 30 de Junho

Prazo para Encaminhamento 31 de AgostoPrazo para Votação 31 de Dezembro

Prazo para Encaminhamento 15 de AbrilPrazo para Votação InexisteCONTAS

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3 Orçamento

Orçamento - EmendasConstituição Federal de 1988

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

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Transparência e Participação

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4 Transparência e Participação

Áreas orçamentárias fora da vigilância pública

● Orçamento das estatais (BNDES, Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal etc)

● Contratos da dívida pública (credores, condições, prazos e taxas)

● Fundos extra-orçamentários, com destinação específica (FGTS, FAT, Fundo do Sistema S)

● Subsídios e renúncias fiscais (volume e destinação)

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4 Transparência e Participação

Importância de incidir nestas áreas

● Volume expressivo de recursos operados por tais fundos públicos (Ex.: serviço da dívida pública, orçamento do BNDES)

● Áreas em que o Estado se relaciona com agentes econômicos, promovendo certo padrão de desenvolvimento, ou melhor, de acumulação

● Incidência sobre a dimensão redistributiva da política, sobre a forma como se produz a riqueza – não se pode mais tratar “riqueza como assunto econômico e pobreza como assunto social” (crítica à separação entre economia e política)

● Esta é uma realidade mundial, inclusive em países considerados com alto grau de transparência, como no caso dos EUA (Ex.: programa de socorro financeiro para bancos e empresas após a crise financeira)

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4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES● Articulação de organizações e movimentos sociais que buscavam

incidir em favor da democratização do Banco (ww.plataformabndes.org.br)

● Ponto de partida: diagnóstico sobre a atuação do Banco:● financiamento em favor de um padrão de desenvolvimento caracterizado por

uma crescente concentração econômica, oligopolização da economia● privilegiamento dos setores de commodities (energia, agronegócio,

mineração e siderurgia, papel e celulose, etanol), com graves impactos sociais e ambientais

● ausência de políticas de informação e de contrapartidas econômicas, sociais e ambientais nos financiamentos

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4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES

● Proposições● Política de divulgação de informações (condições do

financiamento, prazos e taxas; classificação de risco ambiental, critérios de seleção dos projetos etc.)

● Canais de participação (conselho de administração, auditorias sociais independentes)

● Critérios sociais e ambientais nos financiamentos (respeito à legislação ambiental e ao sistema brasileiro de defesa da concorrência, geração de emprego, redução de desigualdades regionais, étnicas, de gênero etc)

● Políticas Setoriais (diversificação produtiva e da matriz energética)

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4 Transparência e Participação

Plataforma BNDES● Mudanças relativas ao BNDES no período

● Ampliação de debate público sobre o papel do BNDES● Movimentos de resistência dos “atingidos” por grandes projetos reconhecendo a

responsabilidade do Banco pelas violações de direitos (Ex.: Santo Antônio – RO; Belo Monte – PA; Porto do Açu – RJ; e TKCSA – RJ)

● Adoção pelo Banco do “BNDES Transparente”, ainda muito limitado; da “Política Sócioambiental do Banco”, sob inspiração e patrocínio do Banco Mundial; e gestão do Fundo Amazônia como fundo de Redução de Emissões por Desmatamento e Desflorestamento Evitado (REDD)

● Direcionamento do Fundo Social do BNDES, não reembolsável, em favor de projetos da agricultura familiar e economia solidária, mas sem uma definição de política do Banco para estes setores

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1 Apresentação

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Plataforma BNDES● Desafios levantados pela experiência da Plataforma BNDES

● maior resistência à mudança, por se tratar de um “centro de poder” sobre o qual atuam grupos que concentram imenso poder econômico (“o BNDES está submetido ao fluxo de negócios” – Luciano Coutinho)

● a responsabilidade do agente financeiro sobre os rumos do desenvolvimento não é algo de fácil compreensão pela população

● divisões entre organizações e movimentos sociais sobre a forma de buscar a mudança na atuação do Banco: diferenças de perspectivas e estratégias sobre a relação entre desenvolvimento e direitos

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Usos da informação como instrumento de luta para a justiça, a democracia e a

construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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Atores● Imprensa● Movimentos sociais e sociedade organizada● Universidade e centros de pesquisa● Escolas● Cidadã ou cidadão comuns● Desenvolvedores● Especuladores e outros agentes econômicos● Poder público

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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Finalidades● Controle social● Respaldo e legitimação de demandas, lutas e ações de

movimentos sociais do campo popular progressista● Pesquisa, novos indicadores não capitalistas● Planejamento e orçamentos com efetiva participação popular● Contramapas: visibilizar e fortalecer alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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5 Usos da informação para a justiça, a democracia e construção de alternativas

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Desafios● Comunicabilidade, usabilidade, linguagem popular● Compreensão do acesso à informação como direito● “Tiro pela culatra” uso por agentes do poder hegemônico→

● Garantir a atualização e alimentação de dados das alternativas● Superar o especialista e ao mesmo tempo valorizar a

construção coletiva (espaços de debates)● Gente, ideias e recursos para trabalhar as informações e gerar

conhecimento apropriável e útil ao campo popular progressista

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Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão

[email protected]