Curso Tarot - Completo - Apostila.doc

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    ESCOLA ARCANA

    MLYAMMFILIADA A ASSOCIAO RELIGIOSA TEMPLO DO VALE DO SOL E DA LUA

    QUANDO SE SABE ALGO, OU VOC SE TRANSFORMA OU ENTO VOC SOFRE E PADECE

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    O CAMINHO DA ALMA ATRAVS DO

    TAROT

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    LUIZ ANTONIO MARTINS

    O CAMINHO DA ALMA ATRAVS DO TAROT

    I. ORIGEMA origem do Tarot egpcia, sendo colocada, por alguns, como um remanescente do Livro de Thot,

    deus da Sabedoria egpcia. Este livro foi gravado, na antigidade, por Hermes Trimegistos, em tbuas deesmeraldas. Foram os prprios sacerdotes que o cognominaram de "O Livro de Thot" ou "Livro de Ado" ouainda o "Livro da Revelao Original das Antigas Civilizaes". A divulgao, deste que se chamava o Livro deThot, ficou por conta das Sociedades Secretas. Estas Sociedades continuam sendo a grande fonte de

    disseminao de todo o Ocultismo, cabendo-lhes a misso de transmitir o aspecto cientfico da Iniciao. J, asSociedades Religiosas devem desenvolver, sobretudo, o aspecto filosfico-metafsico deste mesmo ensinamento.

    Dois dos autores mais consagrados sobre o Tarot so Eliphas Lvi e o mdico Gerard Encause (maisconhecido como Papus). Eliphas Lvi coloca a origem do Tarot como sendo hebraica, no Livro de Enoch. Naverdade, diz Eliphas que o Tarot formado pelas 22 letras do alfabeto hebraico. Sua origem estaria, ento, naKabalah. Como toda a Tradio hebraica e, conseqentemente a Kabalah, tem sua origem no Egito Antigo, devez ter sido Moiss um sacerdote egpcio, levando todos os ensinamentos junto com seu povo, podemos afirmarque, no fundo, a origem do Tarot egpcia. Os estudiosos vem uma certa correspondncia entre as letrashebraicas e os hierglifos egpcios. A maior parte dos ocultistas acreditam ser o Tarot um compndio desabedoria arcana do Egito Antigo. Esta idia vem de Antoine Court de Gbelin, estudioso e maom francs que,no sculo XVIII, investigou as lminas em uma poca em que a fascinao por tudo que era egpcio estavamuito em voga.

    Vindo at o nosso tempo, vemos surgir na Frana um tipo de divertimento que o jogo de cartas. Surge,ento, o Tarot de Marseille. Quando a Igreja Catlica desperta par este jogo, o mesmo j estava divulgado por

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    toda a parte. Adeptos modernos, entre eles Aleister Crowley, criaram baralhos de Tarot prprios, modificandodesenhos mais antigos, no interesse daquilo que julgavam ser o verdadeiro simbolismo. Este Tarot de Crowley um dos mais belos que existem, porm seu simbolismo "mexe" por demais em nossos processos deinteriorizao.

    O Tarot de Crowley dever ser manuseado somente por aqueles que j tm um processo mgicodesenvolvido, com controle de todo o processo emocional que o cerca. Este baralho expe muitas de nossasrazes, colocando por terra todos aqueles que no as possuem. O "olhar interior" que muitos buscam poderlevar estas mesmas pessoas loucura.

    II. SIGNIFICADO DA PALAVRA TAROT

    Papus dos poucos autores que se atrevem a dar um significado a esta palavra. Seria composta pelosvocbulos TAR, que significa via ou caminho e pelo vocbulo RO, ROS ou ROG, que significa Rei ou Real.Seria, ento, literalmente, o caminho real da vida. Sem dvida, esta uma definio muito bem acertada, pois oTarot a Grande Via de Iluminao do Homem. Atravs do Tarot podemos aprender o Caminho da Iluminao.O Tarot nos mostra toda a nossa caminhada, na busca de nossa evoluo, no retorno ao Grande Logos.

    Este caminho que nos mostra o Tarot um processo de autoconhecimento, que significa a busca doentendimento do inconsciente. Manuseando cada lmina, podemos entrar em contato com a SabedoriaAncestral, despertando nossa conscincia para a nossa origem Divina. A palavra Tarot tambm um mantra. Emantras no se modificam a grafia nem a pronncia, numa tentativa de aportuguesar-se a palavra, sob pena dese retirar a fora da palavra. Mantras no se traduzem!III. SIMBOLISMO DO TAROT

    O Tarot um smbolo e, como todo smbolo tem ressonncia no plano mental e como cada um de nstraz um processo mental diferente, cada interpretao ser de modo diferente. Lembramos aqui que o processomental de cada um no tem nada a ver com a intelectualidade. Da mesma forma que o processo mental daspessoas diferente, surgiram, ao longo de todos estes sculos, diferentes tarot's, com as mais diferentessimbologias. Estas diferentes simbologias, quando no preservam sua estrutura inicial, tendem a perder-se, pois,conforme nos ensina a Tradio, nenhum smbolo pode ser modificado. Todas as vezes que se muda umsmbolo estamos transformando-o em uma nova unidade energtica. No caso do Tarot estamos correndo umgrande risco, pois estamos lidando com algo arquetpico, de milhares de anos. J que tocamos na palavraarqutipo, aproveitamos para citar que cada Arcano do Tarot um Arqutipo. E Arqutipos no se mudam

    conforme a moral ou os costumes de uma poca! O Tarot no um brinquedo, apesar de ter sido colocado disposio da humanidade como tal. Diz-se que vrios sacerdotes se reuniram, por muitos dias, a fim dediscutirem como poderiam deixar um legado humanidade para que, pelo menos os sacerdotes futuros,pudessem entender o Caminho para a Iniciao. Depois de muitas discusses, concluram que a forma mais fcilseria atravs de algo que a humanidade teria facilidade - o vcio do jogo. Assim, nascia o Tarot, um "baralho",conforme o dizer de alguns, utilizado nas artes divinatrias. As imagens do Tarot representam condiesespirituais.

    O uso das cartas permite ver a realidade interior a partir de novas perspectivas. As imagens no sonem positivas nem negativas, nem a favor nem contra ningum. Simplesmente oferecem sinais e pistas.Corretamente usado, proporciona novas perspectivas sobre qualquer situao obscura, permitindo o seuentendimento. Seu intenso poder transformador poder dar lugar a grandes descobertas. A meta suprema,quando se trabalha com as cartas, conquistar uma confiana crescente nas percepes da realidade interior,

    aprender a ouvir a voz do prprio corao, descobrindo seu prprio Guia Interior.IV. TIPOS DE TAROT's

    Existem, de fato, centenas de tipos de tarot's, com diferentes desenhos e nomes para os Arcanos. OTarot que hoje aceito como padro tem 78 lminas. Do ponto de vista numerolgico, somando-se todos osnmeros de 1 a 12 chega-se ao nmero 78, conforme muito bem ressaltou Etteila. As 78 lminas que compemo Tarot so divididas da seguinte forma: 22 lminas chamadas de Arcanos Maiores, numeradas de 0 a XXI, ou21 lminas numeradas e uma sem numerao.

    Estas lminas nos fornecem os ensinamentos universais mais elevados, representando o processoevolutivo da humanidade, baseados na Lei Csmica. Estes ensinamentos nos do uma resposta, como tambmuma lio que pode ser aplicada, em geral, vida cotidiana. Os Arcanos Maiores, quando utilizados na artedivinatria, no nos fornecem respostas prontas, fazendo-nos refletir bastante no caminho a tomar. O mesmo

    no acontece com os Arcanos Menores que nos fornecem respostas imediatas. Estas lminas correspondem s22 letras do alfabeto hebraico e so:

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    0 - O LoucoI - O Mago ou O IlusionistaII - A Sacerdotisa ou A PapisaIII - A ImperatrizIV - O Imperador V - O Papa ou O HierofanteVI - Os AmantesVII - O Carro do Triunfo ou A Carruagem

    VIII - A JustiaIX - O EremitaX - A Roda da FortunaXI - A ForaXII - O Enforcado ou O PenduradoXIII - A MorteXIV - A TemperanaXV - O DiaboXVI - A Torre ou A Casa de DeusXVII - A EstrelaXVIII - A LuaXIX - O SolXX - O JulgamentoXXI - O Mundo

    16 Cartas de Realeza ou Cartas de Corte. Estas cartas, juntamente com os Arcanos Menores, daroorigem ao nosso baralho vulgar. So elas: Rei, Rainha ou Dama, Cavaleiro e Valete. A ttulo de curiosidade, noTarot de Crowley, estas lminas tero as seguintes correspondncias: Cavaleiro, Rainha, Prncipe e Princesa.

    40 Arcanos Menores. Estas lminas consistem de 4 seqncias de 10 cartas cada, numeradas de s (ou1) a 10. As seqncias so Espadas, Taas ou Copas, Bastes ou Paus e Ouros, Moedas ou Pentagramas. Algunsautores sugerem que essas seqncias representam os quatro objetos sagrados do Santo Graal, respectivamente aespada, a taa, a lana e o prato.

    Os Arcanos Menores so utilizados para sanar a curiosidade humana, ou melhor, para adivinhao.Foram inseridos mais tarde, transformando-se na cartomancia. So usados para se saber algo imediatamente.

    Estes Arcanos tm ressonncia no campo astral, enquanto que os Arcanos Maiores tm ressonncia a nvelespiritual.V. CONSIDERAES PRELIMINARES SOBRE A CONSAGRAO DO TAROT

    Como o Tarot um objeto de uso ritualstico, precisa ser consagrado, pois que, quando se "trabalha"com o Tarot se est "trabalhando" com todo o processo mental e espiritual de uma pessoa, formando-se umasimbiose com o processo vibratrio e krmico daquela pessoa. Caso voc esteja realmente determinado aexplorar este grande objeto ritualstico que o Tarot, prepare-se e prepare-o, sentindo-o como algo vivo em suasmos.

    Lembre-se que ele "fala" no fundo de sua alma. A primeira lio a aprender diz respeito TICA! Todaarte divinatria tem um processo tico envolvido, pois nem tudo o que se v, poder ser dito. Na maioria dasvezes, as pessoas no so o suficientemente fortes para ouvir certas coisas. Nunca se julgue "o tal". Lembre-se

    que o verdadeiro Mago no alardeia sua Fora. Nunca diga, uma vez tendo ocorrido algo com um consulente,que aquilo estava previsto no seu jogo, mas que voc no quis falar. Cale-se, sempre a melhor coisa.Antes tambm de iniciarmos a consagrao do Tarot, devemos lembrar que estaremos realizando um ato

    mgico, ou seja, estaremos processando um ritual, no qual somos o sacerdote. Antes de se iniciar qualquerritual, devemos nos lembrar que a Magia utiliza a energia do campo astral dirigida pela fora do Corpo Mental.Assim, no basta que os atos sejam feitos mecanicamente. preciso, e muito importante, que cada ato, cadagesto, seja acompanhado de uma visualizao criativa e um poder de concentrao bastante grande. preciso,de certa forma, vivenciar o momento, sentir as Foras Csmicas atuando sobre a Mandala. Por exemplo, quandoeu acendo uma vela, no basta o ato mecnico de riscar o fsforo, preciso vivenciar o elemento fogo. precisosentir o Fogo. preciso tornar-se uma Salamandra! S assim sua Mandala ser bastante poderosa!VI. A CONSAGRAO DO TAROT

    Buscar um local tranqilo e preparar o material listado a seguir, que dever estar limpo fsicae "astralmente" para o trabalho. Lembramos tambm que o nosso prprio corpo dever encontrar-se limpo,

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    tambm nos dois sentidos, atravs de um bom banho de asseio, seguido de um banho lustral com alfazema eptalas de rosa branca. Deveremos colocar vestes claras e bem folgadas no corpo. Deixar uma mesa, depreferncia redonda, com tampo de madeira, mrmore ou outra pedra, limpa para o trabalho. Esta mesa deverser colocada na sala, evitando-se o quarto, a no ser que o mesmo no seja dividido com ningum. Se possvel,esta mesa dever ter quatro ps. Forra-se a mesa com um pano branco ou qualquer outra cor da preferncia domagista. Alm destes cuidados dever ser providenciado o seguinte material:

    - Um baralho de Tarot- Um pano preto, de algodo, linho ou qualquer tecido natural, na forma de um quadrado, aonde o Tarot

    ser guardado. Depois de consagrado poder ser transformado em um saquinho para guard-lo. Deve-sesomente atentar para os cuidados com a confeco deste saquinho.

    - Um castial e velas comuns, de cor branca e de boa qualidade.- Um punhal e uma taa com gua.- Incensrio com incenso e uma drusa de cristal ou quartzo branco.- Uma pequena bandeja com frutas frescas como ma, goiaba, maracuj, uva moscatel e outras que no

    se degenerem com facilidade.PREPARAO PRVIA DO MATERIAL A SER UTILIZADO:

    Preparao do Punhal:Na vspera da entrada da Lua Nova, colocar o Punhal na terra por cerca de dez minutos, retir-lo

    segurando com a mo ativa, de forma que o dedo mdio (de Saturno ou o "Pai de todos") fique encostando aolongo da lmina. Lav-lo em gua corrente, enxug-lo com um pano bem limpo, de preferncia virgem, ereserv-lo para o trabalho de consagrao do Tarot.

    Preparao da Drusa de Cristal: Tambm na vspera da entrada da Lua Nova, colocar a drusa de cristalna terra durante uma noite. No dia seguinte retir-la da terra, lav-la com uma escovinha virgem e deix-la demolho, por cerca de quinze minutos, em um pirex redondo, transparente, coberta com gua e algumas gotas dealfazema, de forma a receber os primeiros raios de Sol da manh.

    Preparao do Incensrio, Taa e Castial: Limpar muito bem estes objetos, tambm na vspera daentrada da Lua Nova e reserv-los para o trabalho.CONSAGRAO PROPRIAMENTE DITA:

    1) Escolher na casa um local bem tranqilo, de forma que ningum mexa. Arrumar a mesa com o panomaior e colocar o pano preto quadrado por cima. O Magista dever colocar-se de frente ao Sol Nascente.

    2) No canto superior esquerda, colocar o castial com a vela e acend-la. Neste momento fazer ainvocao do Senhor Agnes, o Senhor do Fogo, pedindo que imante esta Mandala e o Tarot que nela serdepositado. Invocar tambm a ajuda do Grande Rei Djin para que vibre sobre a Mandala.

    3) No canto inferior esquerda, colocar a Taa com gua. Invocar a presena das Ondinas sobre aMandala, assim como a ajuda do Grande Rei Nicksa para que tambm vibre sobre esta Mandala.

    4) No canto superior direita, colocar o Punhal voltado para o centro da Mandala. Invocar a presenados Gnomos sobre a Mandala, assim como a ajuda do Grande Rei Gobh para que vibre sobre tudo.

    5) No canto inferior direita, colocar o Incensrio com o incenso e acend-lo. Invocar a presena dosSilfos sobre a Mandala, assim como a ajuda do Grande Rei Paralda para que vibre sobre tudo.

    6) Colocar a bandeja com as frutas e oferec-la como alimento ao Tarot.7) Abrir as cartas em forma de leque sobre o pano, na parte central, incensando cada uma delas antes de

    assent-las sobre o pano, colocando-se a segunda sobre a primeira, a terceira sobre a segunda e assim

    sucessivamente. O baralho dever estar aberto do "O Louco" esquerda e embaixo at "O Mundo". As Cartasde Corte formam um leque parte, em qualquer lugar, assim como os Arcanos Menores, podendo ser colocadosem qualquer posio.

    8) Sobre o leque dos Arcanos Maiores, colocar a drusa de cristal.9) Enquanto for abrindo as cartas, dever sentir cada uma delas e am-las profundamente, trazendo-as

    at regio do peito. Neste momento tentar visualizar "quem" estar "por trs" do jogo. Uma Entidade ircomandar os trabalhos do jogo. Poder se mostrar ou no. A Mandala ficar montada at o plenilnio, ou seja, oprimeiro dia da Lua Cheia. Todos os dias uma nova vela dever ser acesa, bem como um novo incenso, alm dese providenciar a troca da gua, despachando-se a antiga em gua corrente.PROCEDIMENTOS PARA O DIA DO PLENILNIO:

    1) Dirigir-se Mandala, pegar a Taa e vert-la na terra com todo o cuidado e sem pressa, como

    convm a qualquer ritual. Guardar a Taa. Pegar o Incensrio, limp-lo, guardando-o em seguida.2) O Punhal dever ser pego pela mo ativa, da mesma forma quando o colocou, ou seja, o dedo mdio

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    ao longo da lmina. Deix-lo de lado. O mesmo procedimento com a drusa.3) O castial dever ser limpo e guardado. Os restos de vela, caso hajam, sero depositados em um

    habitat da natureza.4) Com todo o cuidado que o momento exige, fechar o baralho com toda a calma e pacincia, em

    seguida abr-lo novamente e vir-lo para a Lua, como quem mantm um dilogo. Estas palavras descritas aseguir so muito importantes e devem estar imbudas de muita paz no corao e muito amor para com toda ahumanidade e a todos que lhe cercam. Neste momento deve-se estar sentindo um profundo amor para com todosos seres da Natureza, em especial, os elementais. Nosso corao dever estar transbordando em paz, felicidade e

    harmonia."Este Tarot est consagrado aos quatro Elementos. E os quatro Elementos me respondero

    atravs dele, sempre com a tua intercesso, Divina Me Lua. Que a partir de agora, me seja dada acondio e a graa de manuse-lo e me seja vetado todo o mau uso a respeito dele. Assim seja".

    Tendo consagrado o Tarot Me Lua, trazer o baralho at o peito, encost-lo bem junto a si e sentir apresena da Entidade que o acompanhar. A partir de agora, foi dada vida ao baralho, ou seja, ele um ser queprecisa de alimento como qualquer outro. Assim, de tempos em tempos, devero ser oferidas frutas, porexemplo, sobre um pano, com ele aberto, para que possa se "alimentar". Da mesma forma incenso, chama egua, de vez em quando. Como um ser vivo, estar pronto a ajudar quela pessoa que o consagrou, noadmitindo que outros o peguem e o manuseiem. de uso exclusivo de quem o consagrou. um ser pronto aajudar quele que lhe deu vida! Depois de fazer a consagrao, embrulh-lho no pano preto e colocar o punhalsobre ele, deixando-o por mais 3 dias. Aps estes 3 dias, desembrulh-lo, confeccionar, no mesmo dia, osaquinho com o pano preto e guard-lo. O punhal dever ser sempre usado quando da abertura do jogo. No casode se ter um canto, j preparado com uma mesa, p-lo sobre a mesma, com todos os elementos utilizados naMandala e deix-lo. Esperar passar o perodo da Lua Minguante e estar pronto para ser utilizado!Importante: Todo e qualquer baralho tem uma ordem que deve ser obedecida toda vez que guard-lo. Isto muito importante. Caso esta ordem no seja obedecida, a energia do baralho ficar desorganizada, da mesmaforma, e talvez o que seja pior, a energia da prpria pessoa. Tenha muito cuidado com o seu baralho, nopermita que ningum o toque e cuide para que nunca suma nenhuma carta!

    VII. OS ARCANOS MAIORES - SIGNIFICADOS0. O LOUCORepresenta a Fora do esprito que no se submete razo humana. Representa tambm os ideais e os

    pensamentos de vanguarda que no se prendem a dogmas e a nada que seja pr-estabelecido. De um modomaterial pode significar tolices, excentricidades, inocncia infantil ou mesmo manias. o impulso original, umainstintividade vinda do fundo de nosso ser. Simboliza uma nova aventura, entusiasmo, iniciativa, possibilidadesilimitadas, indisciplina, imaturidade, irracionalidade, alienao, despreocupao, espontaneidade. Mostra atendncia para incio de novos projetos, mas com muito cuidado.

    I. O MAGORepresenta tambm a iniciativa, porm, com inteligncia criativa, discernimento e compreenso

    elevados, imaginao, presena de esprito, autocontrole, autonomia, fora de vontade, autoconfiana, destreza,habilidade, diplomacia e capacidade persuasiva. Simboliza o domnio sobre todos os acontecimentos, comconsciente atividade mental. Do ponto-de-vista bem material significa transaes de negcios.

    II. A SACERDOTISARepresenta a prudncia, discrio, silncio, meditao, f, espera ou qualquer tipo de sentimento

    religioso. Simboliza a intuio, a percepo, a emoo e a sensibilidade. o mistrio e as intenes ocultas; ofanatismo e o preconceito. Pode tambm significar rancores, relaes platnicas, tudo carregado de profundaemoo. Esta lmina representa tudo o que misterioso e est oculto perante os olhos dos mortais.

    III. A IMPERATRIZRepresenta a compreenso, inteligncia, instruo, afabilidade, elegncia, distino e polidez. o

    smbolo da fineza do esprito, da civilizao, cultura e refinamento. Tambm representa a felicidade, bem-estarmaterial, abundncia e riqueza. Simboliza sempre um desenvolvimento e muita fertilidade em todos os planos. a evoluo de tudo com muita habilidade. Invoca o poder da liderana, com tudo e todos aos seus ps, aliado aum grande poder criativo. a beleza, felicidade, prazer, sucesso, fortuna e muitas graas.

    IV. O IMPERADORRepresenta a energia, o poder, o Direito, a concentrao, constncia, firmeza, exatido e certeza

    de que tudo se pode, atravs de rigorosas dedues. a realizao de tudo com muita perseverana e uma

    vontade inquebrantvel. a fora movida pelo equilbrio da inteligncia, levando a capacidade de tudo realizar. o smbolo da autoridade e estabilidade. Simboliza a maturidade e a paternidade. o domnio das forasmasculinas e da razo sobre a emoo e a paixo. um desejo de expandir seus domnios, atravs de um

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    raciocnio lgico. o smbolo da guerra e das conquistas com as vitrias necessrias. energia e ambio dasforas materiais.

    V. O HIEROFANTERepresenta o sentido do dever, da conscincia moral, com convices bem arraigadas e sentimentos

    fortes. smbolo da autoridade moral, do respeito, do ensino e dos conselhos teis. a generosidade e oconservadorismo. Simboliza a humildade, todos os rituais e todas as formas de se passar algo adiante. aaliana, com uma tendncia a repassar idias e pensamentos. Pode apresentar srias dificuldades em se passaralgo adiante, dada a dificuldade de adaptao da pessoa. Mostra um profundo senso de conhecimento de seus

    deveres perante a sociedade. Simboliza todo o poder sacerdotal e espiritual. Mostra a presena de foras ocultasvoluntrias ajudando no processo.

    VI. OS ENAMORADOSRepresenta a seduo, o encantamento, o desejo, a afeio e a atrao fsica. a empatia, a escolha, o

    livre-arbtrio e a deliberao de algo. uma dvida, indeciso, uma tentao e um conflito de conscincia. Podesimbolizar um sentimento de culpa. Simboliza a possibilidade de se iniciar um romance. Mostra tambm anecessidade de se passar por determinados testes em nossa vida, podendo ser algo nas vidas de pessoasprximas a ns. Mostra sempre uma necessidade de se decidir por algo, passando-se por muita indeciso.Simboliza, tambm, algo superficial.

    VII. O CARRO DO TRIUNFORepresenta vitria, triunfo, sucesso legtimo, avano merecido, talento e capacidade, aptides bem

    aproveitadas. a conciliao dos opostos com muito progresso. o smbolo das viagens por terra, devendo-seter o cuidado de sentir, se a viagem no ser por fuga de algo ou algum. Simboliza tambm a urgncia em seter o controle de certas situaes que parecem nos escapar, observando-se melhor os detalhes. Mostra anecessidade de se buscar uma mudana, sem se deixar levar por algo que possa estar preso no passado. Cuidadoem no se usar da violncia para se manter algo que precisa mudar.

    VIII. A JUSTIARepresenta a prpria Justia, equilbrio, ponderao, rigor e preciso. a estabilidade, a ordem, o

    mtodo, a organizao, a disciplina, a lei e a lgica. Simboliza uma adaptao s necessidades, obedincia,sendo, por muitos, tida como uma obedincia s Leis Krmicas. o cumprimento da Lei do Karma em nossasvidas! Representa tambm uma grande firmeza de carter, boas intenes, honra, imparcialidade. a prpriaLei de Causa e Efeito, com a busca do equilbrio pessoal e Universal.

    IX. O EREMITA

    Representa a Sabedoria, austeridade, sobriedade, discrio, prudncia, reserva, restrio e abstinncia. tambm o smbolo da solido, isolamento, concentrao, mergulho em si mesmo, meditao nos estudosocultos. Vem com a representao dos mdicos homeopatas, dos praticantes de curas astrais, dosmagnetizadores e dos adeptos da medicina oculta. o smbolo da iluminao de si mesmo, da vigilncia epacincia. Pode, algumas vezes, representar a regresso e a recesso, entendendo-se, at mesmo, pela anulaode si mesmo.

    X. A RODA DA FORTUNA a roda do destino e da sorte. Representa a sagacidade, felicidade, presena de esprito, senso de

    oportunidades. Simboliza tambm o ganho em jogos como loterias ou outros jogos de azar. Traz um sentido derecompensas por boas aes krmicas. Simboliza um ganho ou uma perda. o fim de um problema. algoinevitvel.

    Um avano para melhor ou pior, dependendo de nossas aes. Para que sejam para melhor, necessrio

    no ouvir os clamores daquilo que vem de planos de manifestao muito astralizados. Oua os clamores dosplanos mais sutis. um progresso com boa sorte ou no, dependendo das lminas prximas. Deve-se prestarmuita ateno no futuro, sob pena de se perder algo.

    XI. A FORARepresenta a fora, convico, coragem, virtude, energia moral, calma e domnio de todas as paixes.

    o poder mental que vence toda a fora bruta. Devemos entender que a fora no est em nossos msculos, massim, em nossa mente. o sucesso nos empreendimentos. Simboliza um controle sobre qualquer situao.Coragem com muita energia, aliadas na resoluo de qualquer problema. Simboliza tambm uma habilidadepara encontrar a soluo necessria.

    XII. O ENFORCADORepresenta o sacrifcio e a abnegao. a renncia, o desinteresse, a devoo e a submisso ao dever.

    o smbolo de uma dedicao a uma causa superior, como um apostolado ou a filantropia. Simboliza um

    sacrifcio, um perodo de transio. Um perodo de calmaria entre dois importantes eventos. Deve-se envidaresforos para se atingir a meta que se quer. Perodo para se juntar foras para o que est por vir. Simboliza

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    sempre um sacrifcio voluntrio por uma causa justa.XIII. A MORTERepresenta uma transformao, mudana inesperada. Simboliza tambm um mergulho na

    intelectualidade com muita sabedoria e resignao. o smbolo do desapego. uma mudana nos rumos davida, mudana esta bastante brusca, da o cuidado que se deve ter para enfrent-la. Perda da segurana que setem, seja atravs de familiares ou perdas econmicas. Pode indicar tambm algum processo de doena em curso.Simboliza a fatalidade das coisas, porm devemos lembrar que tudo pode ser transmutado para melhor.

    XIV. A TEMPERANA

    Representa a harmonia dos opostos, a conciliao das oposies e acomodao de interesses. Simbolizapacincia, moderao, serenidade, adaptabilidade e aceitao dos acontecimentos. Todo este processo dever viracompanhado de um autocontrole. Simboliza a habilidade de se utilizar as manifestaes materiais e espirituaisem benefcio de si prprio ou mesmo dos outros. Representa a confidncia e a moderao que se precisa ter parase atingir um objetivo.

    XV. O DIABORepresenta toda a fora da paixo, o desejo e a atrao sexual. o magnetismo pessoal, a luxria e

    conflitos. Simboliza tambm toda ao mgica, a taumaturgia fludica, o poder oculto e todas as influnciasmisteriosas. Mostra uma grande proteo contra qualquer ato de feitiaria. Representa tambm a dependncia deuma pessoa sobre a outra. a violncia que se exerce sobre algum. o choque e a fatalidade. Pode mostraruma perda dos princpios morais que regem a vida de uma pessoa. Tendncias autodestruio. Mal colocadaesta carta tambm simboliza os medos, a limitao, a idia do mal e a ignorncia que gera o sofrimento.

    XVI. A TORRERepresenta a temeridade, desconfiana, medo de se iniciar algo, timidez e um excessivo materialismo

    religioso. Normalmente tem a conotao de runa, catstrofe provocada por imprudncia e auto-iluso.Simboliza as mudanas bruscas e a queda do velho para dar lugar ao novo. a calamidade, a misria, adesiluso e a perda da estabilidade. Normalmente tem como significado terrveis mudanas, pois o instante emque uma forma de ser e pensar ou agir, modifica-se por algo inesperado e radical. a ruptura de todos osesquemas vigentes.

    XVII. A ESTRELARepresenta a esperana, otimismo, confiana no destino, pureza, inocncia, sensibilidade, romantismo e

    contemplao esttica. a inspirao, bondade, compaixo. Simboliza os mais elevados sentimentos, comgrande idealismo. Mostra grande apoio da espiritualidade, inclusive dos astros, em todas as nossas aes.

    Cuidado que toda esta beleza e apoio pode nos levar a iluses e a irrealidade dos fatos, deixando-nosperdidos em nossas fantasias. Simboliza tambm um acmulo de experincias do passado que podero serutilizadas agora, no presente. Uma carta que mostra que os desejos e a energia dirigida so elementos essenciaispara a felicidade.

    XVIII. A LUARepresenta a subjetividade, o mundo sensvel e as experincias de vida, atravs do contnuo

    aprendizado pela dor, na busca da conquista da verdade. o sofrimento que eleva o esprito. Simboliza otrabalho, as tarefas impostas, as atividades enfadonhas, porm necessrias. Representa o lar, as recordaes dainfncia e o passado. Esta lmina traz consigo toda a conotao de decepo, obscuridade, perigo e errocometido. Mostra falsos amigos, duplo sentido em tudo, disfarces, falta de sinceridade, superficialidade,divergncias e influncias negativas sobre os planos de vida de algum. Representa todo o processopsicossomtico, o inconsciente, tudo que seja misterioso e oculto. Pode representar uso da magia, visando

    obstacularizar um processo!XIX. O SOLRepresenta Luz, inteligncia, discernimento, limpidez, clareza de expresso e de julgamento, talento

    artstico, glria, fama e celebridade. Simboliza tambm o talento reconhecido, a satisfao, a harmonia, acompreenso e a felicidade conjugal. o predomnio da razo e dos bons sentimentos. Deve-se ter cuidado comos exageros que a carta carrega, levando-nos ao orgulho, vaidade, apego excessivo s aparncias e blefe denossas aes. Representa sade, bem-estar, sucesso e contentamento, com favorecimento das relaes sociais. o amor compreendido e o prazer em vivenci-lo. Um contentamento de sentir-se como extenso de algum. Soas recompensas por aes do passado, aceitando-se tudo que a vida nos reserva

    XX. O JULGAMENTORepresenta um misticismo exagerado e a ressurreio do passado. o renascimento e a renovao de

    algo. Simboliza o prprio julgamento, uma misso e uma vocao. um apelo mstico, um apostolado ou um

    sopro redentor. Simboliza tambm a necessidade de arrepender-se e de perdoar. o momento de se refletirsobre a maneira de como utilizamos as oportunidades que a vida nos colocou. um renascimento. Pode

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    demonstrar que um conflito est chegando ao fim.XXI. O MUNDORepresenta o sucesso completo, o coroamento de algo e a realizao plena de um projeto. Simboliza

    circunstncias extremamente propcias, em um ambiente bastante favorvel. o xtase, a perfeio, oreconhecimento e a honra. Simboliza tambm o triunfo como recompensa de um trabalho prvio. oreconhecimento e a admirao dos outros. Esta carta tem uma conotao a mais favorvel possvel,especialmente se vier circundada por outras cartas tambm favorveis.

    VII. OS ARCANOS MENORES - SIGNIFICADOSOs Arcanos Menores dividem-se em quatro sries, a saber: Paus ou Bastes; Copas ou Taas; Espadas;

    Ouros, Pentculos ou Moedas. Cada um destes naipes representa um dos 4 grandes princpios:Paus representam os Empreendimentos e a GlriaCopas representam o Amor e a FelicidadeEspadas representam o dio e a InfelicidadeOuros representam o Dinheiro e os InteressesSe nos atermos agora s cartas de Corte, verificaremos que so formadas por 4 figuras, com a seguinte

    representao, a saber:O Rei representa o Homem Criador - EmpreendimentosA Dama representa a Mulher AmorO Cavaleiro representa o Adolescente Combates e Lutas, Rivalidades, dioO Valete representa a Criana Qualquer valorO Homem representa o criador, aquele que responsvel pelos empreendimentos; a Mulher caracteriza

    o Amor; o Adolescente, os combates, as lutas, as rivalidades, o dio; a Criana simboliza a neutralidadeabsoluta, representando qualquer valor, segundo o caso, podendo ser a fortuna ou o dio dirigido a qualquer um.Do mesmo modo que as cartas se dividem em duas cores bsicas, vermelho e preto, a humanidade se divide emmorenos e louros. Assim, as 4 figuras de Paus e as 4 figuras de Espadas representaro os morenos. J as 4figuras de Copas e as 4 figuras de Ouros representaro os louros. Da mesma forma as figuras de Paus e Copassero a representao dos "bons", enquanto que as figuras de Espadas e Ouros sero a representaodos "maus". Do exposto, podemos resumir o que foi dito da seguinte forma:

    CARTA NAIPE SIMBOLISMO

    REI PAUS Homem moreno, amigo. Em geral um homem casado e pai-de-famlia

    REI COPAS Homem louro, amigo. Representa tambm homem de toga, juiz ou eclesistico. HomemSolteiro

    REI ESPADAS Homem moreno, mau. Inimigo poderoso, de quem se deve desconfiar

    REI OUROS Homem louro, inimigo ou indiferente

    DAMA PAUS Mulher morena, amiga. Representa mulher sria, prudente, freqentemente me-de-famlia

    DAMA COPAS Mulher loura, amiga. Mulher amada. Amante

    DAMA ESPADAS Mulher morena, m. Falatrios e calnias

    DAMA OUROS Mulher loura, indiferente ou inimiga

    CAVALEIRO PAUS Jovem, moreno e amigo

    CAVALEIRO COPAS Jovem louro e amigo. Amante

    CAVALEIRO ESPADAS Jovem moreno e inimigo. Espio

    CAVALEIRO OUROS Jovem louro, estrangeiro. Chegada

    VALETE PAUS Criana morena, amiga. Enviado de parente prximo

    VALETE COPAS Criana loura e amiga. Nascimento

    VALETE ESPADAS Criana inimiga. M notcia. Atraso

    VALETE OUROS Criana loura. Notcia

    Alm das 4 figuras de cada naipe, devemos considerar tambm as 10 cartas numeradas. A fim defacilitar a interpretao, dividamos cada um dos naipes em trs sries. Feito isto, entenderemos a primeira srie,ou seja, as cartas de nmeros 1, 2 e 3, como o incio de um assunto qualquer, seja empreendimentos, amor, dioou fortuna. A segunda srie, ou seja, as cartas de nmeros 4, 5 e 6, como um antagonismo, uma oposio a um

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    negcio qualquer. A terceira srie, ou seja, as cartas de nmeros 7, 8 e 9, como a sntese resultante dos doisopostos, o Equilbrio. Aqui o Equilbrio entendido como a Realizao ou o Sucesso de algo. Finalmente acarta de nmero 10, estar representando a Criana, a neutralidade absoluta. Em um jogo quando surge estacarta, haver a necessidade de se tirar uma outra carta, ou ento a interpretao ser conduzida pelas cartas quelhe rodeiam. Seguindo ainda esta mesma metodologia, cada carta de uma srie representar um dos princpiosbsicos. Assim, a primeira carta de cada naipe indicar um comeo ou princpio; a segunda um antagonismo; aterceira a realizao, resultando da o seguinte esquema:

    CARTA SIGNIFICADO

    1 Princpio do Princpio

    2 Oposio do Princpio

    3 Equilbrio, Realizao ou Sucesso do Princpio

    4 Princpio da Oposio

    5 Oposio da Oposio

    6 Equilbrio, Realizao ou Sucesso da Oposio

    7 Princpio do Equilbrio

    8 Oposio do Equilbrio

    9 Equilbrio, Realizao ou Sucesso do Equilbrio, da Realizao ou do Sucesso

    10 Indeterminado. Depender de outras cartas

    Assim, as palavras Princpio, Oposio e Equilbrio, sinnimas de Tese, Anttese e Sntese, ou deBrahma, Shiva e Vishinu, trade presente em todas religies, bastam para se conhecer o sentido de todos osArcanos Menores do Tarot. Agora, basta adicionarmos interpretao, as palavras empreendimentos, amor,dio e fortuna, para determinarmos o sentido de todo os Arcanos Menores do Tarot.

    CARTA NAIPE SIGNIFICADO

    1 PAUS Comeo de um empreendimento

    2 PAUS Oposio ao comeo. Surge algum obstculo imprevisto que se opor ao incio doempreendimento

    3 PAUS Realizao do comeo. As bases ficam finalmente definidas. Pode-se continuar semmedo

    4 PAUS Obstculos ao empreendimento. Devemos estar prontos para torn-los inoperantes

    5 PAUS Oposio aos obstculos. Vitria aps ter superado os obstculos

    6 PAUS Realizao da Oposio. Os obstculos triunfam definitivamente. Queda doempreendimento em meio sua execuo

    7 PAUS Sucesso assegurado do empreendimento

    8 PAUS Oposio ao Sucesso. O sucesso do empreendimento apenas parcial

    9 PAUS Realizao do sucesso. O sucesso mantm-se

    10 PAUS Incerteza na conduo do empreendimento

    1 COPAS Incio de um amor

    2 COPAS Oposio a este incio. Obstculos vindos de uma das partes

    3 COPAS Realizao do incio. O amor aceito por ambas as partes

    4 COPAS Srios obstculos ao amor. Cuidado com as pessoas que cercam

    5 COPAS Vitria sobre os obstculos aps a luta

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    6 COPAS Triunfo dos obstculos. Amor destrudo em pleno desabrochar. Viuvez

    7 COPAS Sucesso do amor assegurado

    8 COPAS Insucesso parcial do amor

    9 COPAS Gravidez

    10 COPAS Incerteza na conduo do amor

    1 ESPADAS Comeo de uma inimizade

    2 ESPADAS Oposio a este comeo. A inimizade no dura

    3 ESPADAS Realizao da inimizade. dio

    4 ESPADAS Oposio ao dio. Sucesso contra o inimigo

    5 ESPADAS Oposio oposio. O inimigo vence no momento em que se acreditava levar adianteira

    6 ESPADAS Equilbrio da oposio. O inimigo tornou-se impotente

    7 ESPADAS Sucesso garantido para o inimigo

    8 ESPADAS Oposio parcial a este sucesso. Triunfo apenas parcial do inimigo

    9 ESPADAS Certeza da durao do dio

    10 ESPADAS Incerteza na inimizade

    1 OUROS Comeo de fortuna, Herana. Presentes

    2 OUROS Oposio a este comeo. Dificuldades para estabelecer os primeiros marcos de suafortuna

    3 OUROS Realizao do comeo da fortuna. Pequena quantia

    4 OUROS Oposio de fortuna. Perda de dinheiro

    5 OUROS Oposio a essa oposio. Ganho que vem equilibrar a perda

    6 OUROS Realizao da oposio. Runa

    7 OUROS Sucesso garantido. Grande fortuna

    8 OUROS Sucesso parcial. Grande perda de dinheiro no momento de fazer a fortuna

    9 OUROS Equilbrio do equilbrio. Fortuna durvel

    10 OUROS Incerteza na fortuna. Grandes sucessos e grandes reveses

    Observamos, ento, que a mesma srie sempre retorna. Portanto, basta algum tempo para se conhecer afundo o sentido dos Arcanos Menores, mesmo que no se tenha uma grande memria.VIII. A VIAGEM DO EU

    O homem comum que anda sem parar, sem olhar para onde vai, sem saber de onde vem, faz parte de umrebanho amorfo que vive ao sabor de seus instintos, escravos de desejos e necessidades artificiais. Viveinconsciente de si, reagindo apenas aos estmulos de uma realidade que foge sua compreenso.

    Displicentemente carrega conhecimentos de segunda mo que acredita serem seus, acumuladosindiscriminadamente, sem conseguir dar-lhes uma unidade, um centro de onde possa ver e separar o verdadeirodo falso. At que um dia se v frente a um homem hbil que o fascina com conhecimentos que ostenta,maravilhando-o com truques, com o domnio que tem sobre os elementos e sobre si mesmo. O Mago, vendo-ointeressado, lhe diz:

    _

    Queres se tornar igual a mim ? Queres saber quem s, de onde vieste e para onde vais ?Eu aprendi tudo isto no templo dos Tarot's. Entre e tudo te ser revelado.

    Nota ento, que atrs do Mago ergue-se um Templo. Curioso e fascinado, entra e se depara com uma

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    ante-sala austera e escura. Ao se acostumar com a penumbra, v uma mulher bela e inquietante que lhe barra apassagem._ Que procuras aqui ? _ A Verdade.

    _ Vs este livro que trago nas mos? Ele o Conhecimento, a chave que necessitas para rasgar os vusque guardo, o instrumento utilizado para atravessar a porta que te levar aos segredos do Templo e seusmistrios. Mas para passar por mim necessrio o desejo apaixonado pelo saber. Sem isto, todo o esforo intil. Aps passar pelas provas propostas pela Papisa, ele afasta os vus e com ela entra no Templo dos Tarot's.Caminhando pelos sales, dois personagens se aproximam deles. Inicialmente se espanta ao reconhecer nelesseu pai e sua me. Porm, j munido de certos conhecimentos ensinados pela Papisa, desfaz a iluso e os vcomo realmente so: ela, a Vida, o Tempo, a Criao; ele, a Estrutura, o Espao, a Concretizao. Ambos lheensinam a Cosmo e a Antropognese, e a atuao dos poderes masculinos e femininos na criao, manuteno etransmutao do Universo. O tempo passa e ele se v to hbil quanto o Mago. No momento em que se d contadisso, imediatamente levado ao Hierofante que lhe adverte:

    _ Agora tu s responsvel pelos teus atos. No vagas mais pela vida sem razo e sem objetivo. Podesescolher o caminho que tomars: o do Mago? Ele hbil, mas a fortuna, o poder e a glria que exibe nopassam de iluses. Ele tem conhecimento, mas conhecimento no sabedoria. O outro caminho o do Saber.Conheces os segredos dos homens, mas isto apenas o incio, a ponta do "iceberg". Precisas entender, porm,que deste caminho no existe retorno. Lanado em tremenda dvida, se v no meio de dois caminhos. De umlado a vida material e seus velhos e conhecidos prazeres; de outro, a vida espiritual, um caminho virgem e belo.Acima de si, a responsabilidade o obriga a decidir. De repente, compreende que na evoluo no existe escolha,

    a direo uma s: a expanso da conscincia em relao ao Divino. Compreende que ele prprio os doiscaminhos, ele mesmo o anjo que o ameaa, o arco e a flecha. So apenas vises fragmentadas de si mesmoque agora se unem em torno de um Eu superior, do Self, de sua Centelha Divina que comea a brilhar.

    Agora ele o rei triunfante em seu carro, conduzido por suas polaridades, controlando-as edirecionando-as a seu bel prazer. Ele superou as dificuldades do plano fsico e parte para conquistar o planoastral, o plano da moral, das emoes e desejos. De novo algum lhe barra o caminho. Desta vez uma mulherfria com uma balana e uma espada na mo, que o obriga a pesar sua vida. Ela lhe traz de volta o seu passado,seus erros e acertos lhe mostrando que existe uma Lei de equilbrio csmico e que a transgresso desta Leiacarreta uma reao igual e contrria. Ensina que nada no universo se perde, nada se cria, tudo se transforma, demodo que os pratos da balana esto sempre equilibrados. Mas que o desequilbrio que provoca o movimento,sem o qual no existe evoluo. Neste momento, ele se desespera. Sente-se um joguete do destino, que sua vida apenas um efeito de causas passadas. Retira-se para o deserto, isolando-se para melhor pensar e procurar um

    meio de se livrar do pesado fardo que eram suas aes passadas, as quais via agora, sob novo ponto de vista,retornar. Pensa na vaidade de todo desejo de mudanas externas e na neurtica tentativa de manter seu interioresttico.

    Vai mergulhando cada vez mais profundamente em si mesmo. Delirando, v surgir sua frente a Vida:uma roda gigantesca gira sem que ningum lhe acione, algumas pessoas caem, outros sobem para de novo cair,enquanto a roda gira insensvel aos gritos e as lgrimas. Em seu topo, uma esfinge o fita curiosa, lhe chamandoa ateno para o fato de que a roda gira sempre no sentido evolutivo. Embora tanto o sucesso quanto o desastresejam efmeros, o sentido sempre evolutivo.

    Depois de algum tempo de meditao, descobre que para viver sem a interferncia da Lei do Karma,precisa da Fora da Sabedoria. Domina-se e obtm o controle total de seu ser, sublimando as feras que estodentro dele. Sente que seu destino agora a iluminao. Sai do deserto, volta-se para o mundo e prepara-se para

    mais uma Iniciao. Celebra o Sacro-ofcio colocando seus corpos fsico, emocional e mental a servio dalibertao do seu esprito. Sabendo que preciso morrer para renascer na imortalidade, simbolicamente aguardasua morte.

    Torna-se sua prpria morte, liberta-se das origens, de seu Karma, sacrificando conscientemente osdesejos e prazeres mundanos em prol de sua evoluo, do despertar do Self. Percebe que toda manifestao mera iluso vendo a si mesmo como mero esqueleto de sua verdadeira identidade, de sua verdadeira existnciaque se d num nvel muito mais elevado e sutil.

    No pode haver progresso espiritual at que tenha se descartado de suas limitaes e se livrado de seusantigos apegos terrenos. Na morte, compreende a Vida. Seu Sol interior brilha cada vez mais forte transmutandosuas energias. A serpente comea subir, o Kundalini inicia sua ascenso despertando seus chacras superiores.Pode agora se considerar um Iniciado, pois venceu mais uma etapa em direo ao Criador. Pode agora secomunicar livremente com as esferas superiores, passar vontade de uma dimenso a outra. Dominou o planoastral. Parte para o plano mental.

    Ao entrar no plano mental, depara-se com o Senhor do Umbral. Este lhe mostra a importncia do Diabo

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    na evoluo do Homem, a necessidade da queda na matria para espiritualizar e sutiliz-la. Percebe que esta averdadeira face do Mago, ambos nos envolvem no mesmo tipo de iluso.

    _ Tu agora s poderoso. Porque no usar para seu prprio bem, tudo o que conquistastes ? Tenta-o oDiabo, do mesmo modo que tentou o Mestre Jesus e a todos que alcanam este estgio.

    Mas como o Grande Mestre, ele sabe que o Diabo sua outra face, que sua prpria personalidade quetenta retomar o prestgio perdido e retornar de novo a viver ao sabor de seus desejos e objetivos egostas. Sob ainfluncia da Vontade Superior, ao se negar a ceder diante das tentaes de seu eu inferior, desmoronam-se oselementos pessoais, libertando-se deles. Desmoronam-se tambm, seus conceitos e noes sobre as convenes

    sociais estabelecidas: as instituies, a cultura, a educao, o meio social, e tudo o mais que o acorrentava Humanidade e que agora perde o sentido, incapazes de cumprirem suas funes. Sua misso est quaseterminada. Contempla seus poderes, despe-se de tudo e os devolve ao mundo, pois no mais precisar deles.Todo homem uma estrela e deve se identificar com o universo, procurando tanto no cu quanto no maisminsculo organismo as Leis que governam o Universo. Neste momento, inicia seu trabalho de disseminar aVerdade. Sua tarefa a de desempenhar o papel da Lua, refletindo a Luz do Sol, a Luz das Verdades Eternas.

    Ao entrar em contato com outras pessoas na condio de Mestre, defronta-se com dois obstculosinesperados: os inimigos ocultos e os falsos amigos. Os primeiros so os resqucios da antiga desarmoniainterna que porventura ainda no foram sublimados e que podem surgir das profundezas de seu inconsciente ecolocar seu trabalho a perder. Os falsos amigos so as pequenas e insignificantes tentaes que, s vezes, ao seacumularem, acabam dominando a vontade evolutiva. Segue pela vida ensinando, fundando fraternidades,difundindo a Luz do Grande Sol Central. A mudana continua e, com o tempo, de tanto se entregar ao controlede seu Eu Superior, torna-se ele mesmo um sol. Sente-se como uma criana pura, levantando bem alto umestandarte, smbolo de seu desapego de qualquer vnculo material. Seu trabalho frutifica, fazendo aumentar onmero dos que, como girassis, esto sempre voltados para o Senhor. Cresce dentro de si o Amor Divino, queo atrai cada vez mais forte. Em meio ao tumulto de sua antiga forma de vida, no podia ouvir a voz quecontinuamente nos chama evoluo, a no ser nos raros instantes em que nos entregamos ao completo silncio.Mas para ele, agora, este som perfeitamente audvel e soa com a potncia de uma trombeta. Transpe sualtima prova e recebido pelos Grandes Mestres para receber as Iniciaes finais.

    Chega assim ao final de sua Iniciao humana e ao incio das Iniciaes solares. Totalmente conscientede sua origem divina, todo seu ser canta e dana em louvor ao Criador, em perfeita harmonia com a msica dasesferas.A realidade da humanidade comum desprezvel e ilusria para o peregrino. A realidade subjetiva

    do peregrino inconcebvel e ignorada pela humanidade que, na conduta do sbio, s v loucura.IX. TABELA DE CORRESPONDNCIAS COM OS PLANETAS E OS ORIXS

    ARCANO PLANETA/SIGNO ORIX

    O Louco Urano -

    O Mago Mercrio Exu

    A Sacerdotisa Lua Yemanj

    A Imperatriz Vnus Oxum

    O Imperador ries Xang

    O Papa Touro Oxoce

    Os Amantes Gmeos Oxoce

    O Carro do Triunfo Cncer Ogum

    A Justia Libra Xang

    O Eremita Virgem Ossayn

    A Roda da Fortuna Jpiter Oxal

    A Fora Leo Ossayn

    O Enforcado Netuno Yans

    A Morte Escorpio Nan

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    XI. A CONSULTA: SIMBIOSE ENTRE O TARLOGO E O CONSULENTEQuando tarlogo e consulente sentam-se frente a frente preciso estabelecer-se um vnculo, que

    permitir ao tarlogo penetrar no interior do consulente. O compromisso do tarlogo com o consulente muitogrande. preciso que se respeite o consulente sob quaisquer que sejam as circunstncias e em qualquer que sejao momento. O tarlogo passa a ser, naquele momento, um sacerdote sem sexo, cor, raa ou religio. No sepode impor, na mesa de um jogo, que algum seja desta ou daquela religio ou seja obrigado a fazer algo de queno se sinta vontade. O jogo deve, antes de tudo, mostrar as potencialidades de um indivduo e no criar outrasdo interesse do tarlogo. Dependendo do tarlogo, ele penetrar em regies bem escondidas do subconsciente

    do consulente, fazendo aflorar medos e paixes que, na maioria das vezes, precisam ser expostas ao consciente,para que possam ser compreendidas e, desta forma, resolvidas. A tica que envolve a consulta o que de maissrio pode haver. Todo e qualquer assunto abordado em uma consulta no pode ser, de forma alguma, vazadopara fora da sala e com quem quer que seja. Os assuntos abordados esto como que em juramento de confissosacerdotal, no podendo ser expostos, sob quaisquer circunstncias, a quem quer que seja, em qualquer situao.

    Novamente, a questo da tica se coloca to importante. Muitas vezes percebe-se que o consulente nopossui o preparo necessrio para que tome conhecimento de todo e qualquer acontecimento. Assim, nem tudo oque visto em um jogo poder ser falado pelo tarlogo, sob pena de prejudicar o consulente. Como a finalidadede um jogo , sempre, a de proporcionar um equilbrio ao consulente, alm de mostrar-lhe suas potencialidadesperante a vida, qualquer fato que lhe cause um desequilbrio dever ser evitado ou, caso no possa serpassado em branco, a abordagem dever ser feita de modo cauteloso, sem ferir ao consulente.

    Lembre-se, sempre, de que, enquanto a relao tarlogo/consulente estiver estabelecida e, caso tenhasido bem realizada, haver a tendncia de haver um certo deslumbramento do consulente pelo tarlogo. Oumelhor explicando, a relao tarlogo/consulente, deixa o tarlogo, mesmo que momentaneamente, visto comoum ser meio divino, por parte do consulente. Esta viso do consulente cria uma aura de poder no tarlogo que,caso no seja bem administrada, poder lev-lo a um certo orgulho, permitindo usar o poder de que estimbudo, para qualquer que seja o fim desejado. a que muitos se utilizam deste poder com fins muito poucocondizentes com uma prtica sria, respeitosa e, acima de tudo, conduzida por um sentimento tico digno de umser livre de qualquer vaidade. Muitos tarlogos deixam-se perder por estes caminhos da vaidade por no estarempreparados para tal. Caso o tarlogo no saiba administrar esta vaidade que ir, invariavelmente, surgir, estarsendo instrumento de foras que no esto preocupadas com o crescimento daqueles que o procuram, mas, sim,em suscitar paixes que no conduziro ao equilbrio de ambos.

    XII. O MOMENTO MGICO DA CONSULTAConforme j dito, quando tarlogo e consulente sentam-se frente a frente, estabelece-se um vnculoentre os dois. Para que o tarlogo possa acessar os registros aksicos do consulente necessrio uma profundaentrega.

    Um profundo sentimento de doao precisa inundar a alma do tarlogo. , talvez, um momento nicoem que o tarlogo reflete em si mesmo todas as dvidas e ansiedades do consulente. um grande momentomgico, talvez dos maiores, em que uma pessoa penetra no campo astral de outra, fazendo espelhar em siprpria, tudo aquilo que o consulente est projetando. Neste momento o tarlogo esquece de si prprio e iniciapor perceber todos os sentimentos que o consulente sente. No existe momento mais mgico do que este. E,justamente a, preciso se conhecer o que chamamos do pulo do Gato.

    preciso entrar no campo astral do consulente e aps a consulta, saber sair. Caso contrrio ficarmaculado pela energia do consulente, carregando para si um karma que no lhe pertence.

    Atravs da "entrega" por parte do tarlogo, este penetra no campo astral do consulente. Porm, precisosaber sair sempre que o a consulta terminar. preciso haver o desligamento entre ambos. E esta tarefa deresponsabilidade do tarlogo. Para tal, precisa sentir-se saindo, mentalizando uma chuva de prata sobre ambosseguida do rompimento do fio de prata que foi estabelecido. O tarlogo precisa ter, junto de si, asfamosas "sandlias de prata" que so caladas sempre que se penetra no campo astral. Pode-se cal-las sempreque se sentir ameaado por bombardeios do campo astral do consulente. Caso o tarlogo esteja assistido poralgum da espiritualidade, evidente que toda a proteo necessria poder ser levada a bom termo pela prpriaEntidade. Para isto, preciso que o tarlogo esteja muito bem afinado com a Entidade, j tendo trabalhadomediunicamente, seja pela incorporao direta ou indireta, com a mesma.XIII. A INVOCAO ANTES , DURANTE E AO FINAL DA CONSULTA

    Como o trabalho de penetrao no campo astral do consulente bastante perigoso, pois como vimos, o

    tarlogo ir buscar todos os medos, angstias e ansiedades do consulente, preciso que no o faa sozinho.Deve-se solicitar o apoio de uma Entidade nesta empreitada. Sua invocao feita logo no incio do jogo,

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    sempre que se necessitar durante o jogo e, ao final, deve-se invoc-la para os agradecimentos, dispensando suapresena.

    Esta ajuda por deveras importante, pois quando se lida com artes divinatrias, h um grande risco desermos abordados por seres nem sempre amigveis. Normalmente, quando um jogo no bem assessorado, comandado por seres cujo comportamento no condiz com aquele do propsito de um tarlogo srio, qual seja,buscar o crescimento moral e espiritual do consulente, atravs da enfatizao da boa ndole de suaspotencialidades latentes e da nobreza de seus sentimentos.XIV. O INCIO DO JOGO

    O jogo se inicia pela recepo ao consulente que espera ser muito bem recebido. Naquele momento como se ele fosse o centro do mundo, realizando um contato divino atravs da figura do tarlogo. O consulenteno quer saber dos problemas de ningum mais. Coloca todas as suas expectativas sobre o tarlogo, acreditandoque poder resolver os seus problemas ou, na pior das hipteses, que lhe mostrem a soluo e o caminho quedever tomar. A recepo ao consulente dever ser a mais cordial possvel. Este, por sua vez, no tem nada a vercom os problemas do tarlogo. Cr que o tarlogo um ser especial e sobre ele coloca todas as suasexpectativas. O tarlogo deve recepcionar o consulente porta do consultrio, apresentar-se e encaminh-lo ata sala de consulta. Neste momento o tarlogo esquece qualquer preocupao que possa estar em sua mente ededica-se somente ao consulente. Antes de comear a embaralhar as cartas dever explicar ao consulentea maneira pela qual o jogo funciona, lembrando sempre que o poder da mente o que de mais poderoso existesobre a face da Terra. Deve ficar bem claro que quaisquer que sejam as artes divinatrias, mostram tendnciase no fatalidades que no possam ser evitadas. Procura-se deixar o consulente em posio confortvel, com osbraos livres, pois poder precisar que os disponha sobre a mesa. Caso o consulente queira falar algo, deve-sedeix-lo. s vezes a ansiedade tanta que o consulente no consegue esperar, sequer, pela abertura do jogo.

    XV. COMO EMBARALHAR AS LMINASO baralho dividido em trs montes. Um, formado pelos Arcanos Maiores, colocado de lado, pois

    ser o ltimo a ser embaralhado. Um outro formado pelos Arcanos Menores e o terceiro pelas Cartas de Corte.Uma vez dividido o baralho em trs montes, inicia-se por embaralhar os Arcanos Menores que so colocados aolado. Em seguida, embaralham-se as Cartas de Corte, colocando-as do lado oposto ao dos Arcanos Menores.Feito isto, toma-se o monte dos Arcanos Maiores, embaralha-se muito bem, agora j concentrado, abrindo-se omonte em forma de leque com as cartas viradas para baixo.

    Estica-se at bem prximo ao rosto do consulente e pede-se que fale, em voz audvel, seu nomecompleto. Recolhem-se novamente as cartas, torna-se a embaralh-las e procede-se da mesma forma. Repete-seesta operao por trs vezes. Na ltima, embaralha-se e coloca-se o baralho no centro da Mandala do jogo, comas cartas viradas para baixo. O nome completo a ser dito pelo consulente sobre as cartas dever ser o nome peloqual assina seus documentos, pois este o nome que tem ressonncia na energia astral do indivduo. Com ascartas no centro da Mandala do jogo, se pega o sino tocando-o por alguns segundos. O sino, atravs de seu som,ir ter ressonncia no elemento ther, levando o tarlogo at os registros aksicos do consulente. Assim, estaberta a porta que permitir ao tarlogo acessar todo o campo astral do consulente. Em seguida, pede-se aoconsulente que divida, com a sua mo direita, o monte com os Arcanos Maiores, em trs. O tarlogo recolhe ostrs montes, no sentido inverso ao da partida e forma, novamente, um nico monte com os Arcanos Maiores.Deve, ento, trazer o monte at junto de si, de forma a estabelecer a simbiose com o consulente.

    Neste momento dever ser invocada a presena da Entidade que assiste ao jogo. Inicia-se a abertura das

    cartas. A ttulo de curiosidade, sempre se deve pedir ao consulente que parta o baralho com a sua mo direita,no importando ser o consulente destro ou canhoto. A mo direita a mo que nos mostra como o indivduo usaas potencialidades que possui e no somente tudo que est em latncia junto de si. Como o jogo de Tarot indicasolues e, principalmente, as condies do momento pelo qual o consulente est atravessando, torna-se a modireita, a mais indicada para a partida do baralho com os Arcanos Maiores.XVI. O TEMPO DE TRANSCURSO DE UM JOGO

    No existe nenhuma norma a ser seguida quanto ao tempo de uma consulta. Este tempo determinadosomente por tudo o que o tarlogo precisar levar ao conhecimento do consulente. Por questes de convenotcita, normalmente, uma consulta no dura menos de uma hora. At porque, este o tempo necessrio para queseja estabelecida uma perfeita simbiose entre o tarlogo e o consulente. Uma consulta poder durar duas ou attrs horas. Tudo ir depender da necessidade do consulente. Porm, as consultas muito longas devem ser

    evitadas, pois desgastam demais o tarlogo.O desgaste do tarlogo em uma consulta proporcional perda de energia que, por sua vez, ser

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    proporcional quela que o prprio consulente recebe, na simbiose anteriormente estabelecida. Quando otarlogo oferece consultas longas, por exemplo, que passem alm dos 90 minutos, importante no trabalharpor mais de duas consultas sem um intervalo, uma vez que o desgaste em duas consultas consecutivas muitogrande, podendo levar o tarlogo a problemas com a sua imunidade.XVII. O USO DOS ARCANOS MAIORES

    Os Arcanos Maiores formam o ponto central de toda a Mandala. Devem ser abertos com destaque, poistm o comando do jogo na conduo de qualquer tendncia apresentada. Possuem no s um carter mundano

    na interpretao do jogo, como tambm e, principalmente, na determinao do grande caminho espiritual aseguir.

    A interpretao com os Arcanos Maiores fornece ao tarlogo uma viso bastante ampla dos problemaspelos quais passa o consulente. Sua prpria contemplao permite uma viso segura e abrangente de todo ouniverso do consulente. Em nenhum jogo pode-se dispensar a utilizao dos Arcanos Maiores, a no ser emconsultas rpidas, como instrumento de se obter respostas rpidas para um problema.XVIII. O USO DOS ARCANOS MENORES

    Os Arcanos Menores so dispostos em uma posio secundria na Mandala e so de poderosa ajuda noesclarecimento de dvidas de interpretao que surgem durante um jogo. So, por assim dizer, um apoio aotarlogo, em momentos de dvida.

    Lembramos que os Arcanos Menores so extremamente utilizados na obteno de respostas rpidas nocotidiano. Outra grande utilizao dos Arcanos Menores na parte do jogo destinada a qualquer pergunta doconsulente. Respondem prontamente ao tarlogo, de forma bastante prtica, satisfazendo ao consulente.XIX. O USO DAS CARTAS DE CORTE

    As cartas de Corte so, normalmente, utilizadas para casos especficos de perguntas que envolvampessoas, nas quais deseja-se saber o carter dos indivduos envolvidos em qualquer que seja a trama.

    Respondem prontamente ao tarlogo, elucidando todos os sentimentos e interesses em jogo nas relaesinterpessoais. Podem ser utilizadas durante qualquer parte do jogo, sempre que o tarlogo desejar elucidar asrelaes que envolvam as pessoas, alm, como dito, de se expor o carter dos envolvidos.XX. A LEITURA GERAL

    Existem vrias formas de abertura de um jogo. A estas formas denominamos Mandala. Assim, existemvrias Mandalas para um jogo de Tarot. Ao final desta apostila iremos detalhar algumas Mandalas. Escolhendo-se uma Mandala, as cartas devem ser dispostas e, ento, o tarlogo deve procurar fazer, rapidamente, umaleitura geral daquela Mandala, de forma a ter uma viso bastante resumida do consulente. Nesta leitura geral, acarta tema do jogo j poder ressaltar vista. Esta carta tema, ir mostrar o setor da vida do consulente que maiso aflige. Normalmente, ela nos traduz o porqu da visita do consulente. Nesta primeira viso do jogo, o tarlogofaz uma reflexo, procurando visualizar situaes e conseqncias. Somente aps esta reflexo que deve serdito algo.XXI. A LEITURA SETORIAL E A LEITURA DETALHADA AO ACASO

    s vezes, um setor da Mandala que se fixa mente do tarlogo. Quando isto acontece, este setor explorado. Esta viso setorial do jogo poder, tambm, traduzir a maior ansiedade do consulente e o motivo

    maior de sua visita ao tarlogo.XXII. O MOMENTO DE FECHAR UM JOGOAo fechar um jogo, o tarlogo dever, novamente, invocar a presena da Entidade que o acompanha.

    Antes disto, dever questionar muito bem o consulente se no deseja perguntar algo mais. O tarlogo deverficar, at o ltimo momento da consulta, disposio do consulente para que todas as dvidas sejam dirimidas.Caso alguma receita tenha sido passada, dever perguntar, novamente, se h alguma dvida ou dificuldade emrealizar o que foi pedido durante o jogo.

    Ao recolher as cartas da Mandala, dever executar este ato com muita firmeza, pois se inicia a sada docampo astral daquele consulente. As cartas so colocadas, todas elas, em um mesmo monte, levadas ao centroda mesa e novamente utiliza-se o sino, desta vez, para sair dos registros aksicos do consulente. Agradece-se aoconsulente e alguma frase de bnos poder ser dita. Feito isto, encerra-se o jogo e, caso seja possvel, levanta-se da mesa. Este ato ajudar a cortar todos os vnculos que possam ter sido estabelecidos entre o tarlogo e o

    consulente. Para facilitar, faz-se uma cruz sobre a mesa.

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    XXIII. O PAGAMENTOTodo e qualquer jogo deve ser pago. um trabalho e como qualquer trabalho dever ser remunerado. O

    dinheiro tem o grande poder de cortar todos os vnculos que possam ter sido estabelecidos. O dinheiro liberta otarlogo da dvida do consulente. Caso o jogo no tenha sido pago, ficar por parte do consulente, uma dvida.

    Todo o Mago sabe muito bem que quanto mais dvidas forem estabelecidas, quanto mais tempo poderlevar-se para pag-las. obrigao de todo o Mago no estabelecer dvidas com quem quer que seja. O jogo degraa, no uma forma de ajuda. , sim, uma forma nada humilde de manter-se um indivduo em eternagratido. Todo ser deve ser livre para fazer o que quiser e no se prender a laos de gratido para com quer que

    seja. Esta forma de pagamento pode ser das mais diversas maneiras. Desde o uso de moeda corrente, noimportando o valor, mas sim, o uso da moeda, ou atravs de qualquer outra forma que sirva de instrumento paraque os vnculos sejam cortados.

    Apesar do jogo ser assistido por uma Entidade, o trabalho do tarlogo que est sendo recompensado. comum ver-se tarlogos ou cartomantes que aceitam, como forma de pagamento, rosas ou qualquer outromaterial de uso de uma Entidade. Isto pode ser feito, desde que o indivduo abra o jogo em um processo deincorporao medinica. Quando a energia do prprio tarlogo que usada, deve-se cobrar pelo jogo, atmesmo como forma de romper-se com os vnculos estabelecidos.XXIV. A TICA NO PAGAMENTO

    Apesar do pagamento ser muito importante em um jogo, ele no dever, nunca, ser o ponto central dojogo. O valor no dever ser excrachante. Quando feita uma abertura parcial de um jogo, ou seja, quando umconsulente procura o tarlogo somente para tirar uma dvida e no para uma abertura completa, o valor a sercobrado no poder, evidentemente, ser o mesmo. O tarlogo dever ter o discernimento de estabelecerdiferentes preos para consultas diferenciadas. claro que o preo o mesmo em todas as consultas, noimportando quem seja o consulente. A diferena estar no tipo de abertura que feita, se completa ou no.XXV. FORMAS DE ABERTURA DO TAROT

    Existem vrias formas de se dispor as lminas para um jogo de Tarot. Estas formas, chamadas deMandalas, podem ser de colocao e interpretao fcil ou um pouco mais detalhadas e complexas. Veremosalguns exemplos de Mandalas fceis e outras complexas.XXV. 1 Mandala de Esclarecimento de uma pergunta ou Situao Emocional

    Embaralhe as lminas e separe os Arcanos Maiores em duas pilhas. A pilha da esquerda ir ocupar aposio das cartas 2 e 3. A pilha da direita ir ocupar a posio das cartas 1 e 4.

    12 3

    4Posio 1: O que interessa no momento. O que est de fato acontecendo.Posio 2: O que est influenciando.Posio 3: Como voc se expressa. Como v o problema.Posio 4: A resposta. Aponta sempre um caminho para superar o problema.

    XXV. 2 Mandala Resumidaum jogo de resposta bastante rpida.

    2 1 3Posio 1: A situao atual.Posio 2: O que deu origem situao.Posio 3: O futuro da situao.

    XXV.3 Mandala do RelacionamentoEste jogo mostra como duas pessoas se relacionam.

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    Posio 1: Situao em que se encontra o relacionamento. O tema que o rege.Posio 2: Carta do consulente. Nvel consciente que possui do relacionamento. Como avalia

    conscientemente o relacionamento.Posio 3: Mostra o que o consulente sente, percebe ou teme no relacionamento.Posio 4: A atitude exterior do consulente com o parceiro.Posio 5: Carta do parceiro. Idem da carta 2.Posio 6: Carta do parceiro. Idem da carta 3.

    Posio 7: Carta do parceiro. Idem da carta 4.XXV.4 Mandala da Cruz Cltica

    , talvez, um dos mais antigos mtodos de se por as cartas. Mostra o desenvolvimento de tendncias,esclarecendo cenrios, servindo como previso e pesquisa de causas. uma Mandala bastante complexa,exigindo um certo conhecimento aprofundado das cartas.Posio 1: Carta tema.Posio 2: O que cruza o assunto. Influncias que bloqueiam ou favorecem a situao tema, ou melhor,

    que podem estar interferindo sobre ela.Posio 3: Aquilo que reconhecido. Os pensamentos conscientes sobre a questo.Posio 4: Em que se apia. Os pensamentos inconscientes.Posio 5: Influncias passadas. O que levou a este assunto.Posio 6: Influncias futuras. O que d continuidade ao assunto.Posio 7: Como o consulente v o tema em questo.Posio 8: Como os outros vem o tema em questo. As energias que chegam ao consulente, vindas do

    mundo exterior.Posio 9: Medos ou esperanas.Posio 10: O futuro da questo. Resultados e conseqncias.

    XXV.5 A Mandala Astrolgica A Mandala Astrolgica o sistema mais completo. Proporciona as mais diversas percepes sobre

    todos os setores da vida do consulente. Alm de mostrar a vivncia do momento e a sada para as diversas

    situaes da vida, nos permite visualizar, com certa margem de certeza, o tempo de ocorrncia dos eventos. EstaMandala o mais completo exerccio combinatrio do Tarot. Exige um grande domnio conceitual tanto doTarot como da Astrologia, pois requer o conhecimento das oposies e analogias entre as casas e do sistema decasas derivadas.

    A Mandala tem a mesma ordem das casas astrolgicas.Posio 1: Como o consulente se sente naquele momento. Sua individualidade e sua forma de se expressar.Posio 2: Questes financeiras. Indica tambm os talentos do consulente. a casa de tudo o que for de

    ordem material.Posio 3: O ambiente em que o consulente vive. Todas as formas de comunicao. Mostra tambm sua

    adaptabilidade.Posio 4: A famlia de onde o consulente vem. Os alicerces.Posio 5: A atitude amorosa do consulente. Como expressa sua sexualidade. Seus dramas e paixes. A

    forma como vivencia o amor. Os amantes.Posio 6: O trabalho e a sade.Posio 7: Todos os tipos de alianas. Acordos e contratos. Como estabelece a cooperao com os outros.Posio 8: Como lida com os processos de transformao. As questes ocultas e as pesquisas.Posio 9: Situao espiritual do consulente. A intuio.Posio 10: Fama e ambio. As realizaes do consulente. A influncia do consulente sobre o seu crculo

    de amizades.Posio 11: Indica aquilo que mais o consulente deseja na vida. Sua capacidade de ter amigos.Posio 12: Limitaes e segredos. As limitaes do consulente. A grande sada para o seu momento devida.

    Pode-se tambm adotar o princpio da correspondncia entre as casas opostas, mostrando em uma, asada para um outro processo de vida.

    Existem ainda diversas outras Mandalas, bastante utilizadas por vrios tarlogos, como a Cruz dosChkras e a rvore da Vida. Da mesma forma que a Mandala Astrolgica, tambm um sistema complexo, que

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