26
A CARNE COMO MATÉRIA-PRIMA Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE COMO MATÉRIA-PRIMA

Curso Técnico Subsequente em Agroindústria

Módulo III

Profª. Carolina P. Porto

Page 2: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE Tecidos que “compõem” a carne:- ossos (tecido ósseo)- cartilagens (tecido conjuntivo)- músculos (tecido muscular)- gordura (tecido adiposo)

O estudo da fisiologia e do desenvolvimento desses tecidos está ligado diretamente a variáveis como sexo, maturidade, nutrição, raça, atividade física, etc.

Page 3: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

CARTILAGEM E OSSO No animal em desenvolvimento, existe

um molde do tecido ósseo denominado cartilagem.

Com a idade, esse molde cartilaginoso vai sendo substituído por tecido ósseo (calcificação).

Quando o tecido ósseo toma a maior parte do osso (que era cartilagem), o tecido cartilaginoso ficará reduzido à cartilagem articular e ao disco epifisário.

Page 4: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO De modo geral, e mediante os processos

de deposição e reabsorção, o tamanho e a forma do esqueleto modificam-se durante o crescimento, ocorrendo na vida adulta a permanente reforma do tecido ósseo.

O crescimento ósseo em comprimento ocorre antes do crescimento em espessura.

Page 5: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO Os ossos são classificados em:- ossos longos - A- ossos chatos ou planos - B- ossos curtos- C

Page 6: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO Ossos longos

Page 7: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO Os classificadores de

carnes, na avaliação da maturidade, levam em conta:

- o grau de ossificação da epífise da articulação carpo-metacarpiana;

- a progressão da ossificação da espinha dorsal (primeiro as vértebras sacrais, depois as lombares, depois as torácicas).

vértebra

Page 8: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO

carpo

Page 9: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ÓSSEO

Vértebras sacrais

Vértebras lombares

Vértebras torácicas

Ossifi

caçã

o

(matu

ridade)

Page 10: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO MUSCULAR Para o seu crescimento inicial, o

músculo necessita da:- síntese de complexas moléculas

protéicas (específicas do tecido) a partir de aminoácidos;

- correta disposição das proteínas sintetizadas para a formação dos elementos estruturais próprios dos músculos, como as fibras;

- diferenciação e desenvolvimento das fibras de acordo com o tipo de músculo.

Page 11: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO MUSCULAR A atividade hormonal intervém na

construção das proteínas, atuando sobre as enzimas sintetizantes.

A velocidade de crescimento dos diferentes músculos é variável, sendo que os músculos mais longos, como os dos membros e do dorso, mostram uma velocidade de crescimento mais rápida.

Page 12: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO MUSCULAR A espécie, a raça, o sexo, a idade, o

nível nutritivo e a atividade física influem no diâmetro da fibra muscular.

Page 13: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO MUSCULAR Geralmente, machos inteiros possuem

fibras musculares maiores que as fêmeas e os animais castrados.

Em condições normais, o diâmetro da fibra aumenta com a idade, com a alimentação apropriada e com atividade física.

Page 14: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO As células adiposas se desenvolvem a

velocidades e em quantidades muito variáveis nas diferentes partes do corpo.

Nos animais jovens, geralmente os depósitos ocorrem em torno das vísceras e dos rins.

À medida que crescem, dependendo da alimentação, a gordura deposita-se sob a pele, em acúmulos diversos como no dorso, no sacro, no esterno e na base da cauda.

Com a idade, observam-se acúmulos na região inguinal, exacerbados quando da castração, acentuam-se os depósitos nos rins, pélvis, mediastino e mesentério.

Page 15: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO

dorso

sacrobase da cauda

Depósitos de gordura sob a pele

esterno

Page 16: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO

Page 17: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO A gordura acumulada funciona como

elemento nutritivo e energético de reserva, podendo ser utilizada de acordo com as necessidades do organismo, dentro de permanente reciclagem.

Diversos hormônios exercem influência no tecido adiposo. Há uma diferença na distribuição da gordura corporal entre machos e fêmeas, graças aos hormônios sexuais.

Page 18: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO A deposição de gordura intra e

interfibrilar imprime as características de marmorização próprias de determinadas raças de bovinos.

Page 19: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

TECIDO ADIPOSO

Page 20: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Existem prioridades fisiológicas em

termos de formação dos diversos tecidos, obedecendo à seguinte ordem:

- 1º tecido nervoso;- 2º esqueleto;- 3º músculos;- 4º gordura.

Page 21: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento do animal é devido

a uma onda primária de crescimento que, partindo do crânio, desce até a região lombar.

Por sua vez, das extremidades parte uma onda secundária de crescimento que desce até os pés e sobe ao longo das extremidades e do tronco até a região lombar, na união do lombo com a última costela. Esta parte demora a alcançar sua intensidade máxima de crescimento, sendo, portanto, a de maturação mais tardia.

Page 22: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO O crescimento ósseo em comprimento

ocorre antes do crescimento em espessura.

A velocidade de crescimento dos diferentes músculos é variável, sendo que os músculos mais longos, como os dos membros e os do dorso, mostram uma velocidade de crescimento pós-natal mais rápida.

A espécie, a raça, o sexo, a idade, o nível nutritivo e a atividade física do animal influem no diâmetro da fibra muscular.

Page 23: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE Estrutura do tecido muscular

A fibra muscular é a unidade estrutural dos músculos. São 3 tipos de fibras musculares:

- músculo liso;- músculo estriado esquelético;- músculo estriado cardíaco.

Na sua organização e disposição, as fibras musculares estriadas esqueléticas estão agrupadas formando feixes envolvidos por uma membrana conjuntiva – o epimísio.

Page 24: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE Do epimísio, partem septos que vão

envolver pequenos feixes de fibras – perimísio.

Do perimísio, partem septos que rodeiam cada fibra – endomísio.

Page 25: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE As fibras musculares representam a unidade

estrutural dos músculos e constituem de 75 a 92% do volume muscular total, sendo o restante preenchido por tecidos conjuntivos, soros sanguíneos, fibras nervosas e líquido extracelular.

O tecido muscular é tão diferenciado e tem características tão peculiares que os componentes de suas células recebem nomes especiais.

- membrana citoplasmática: sarcolema- citoplasma: sarcoplasma- retículo endoplasmático: ret. Sarcoplasmático- mitocôndrias: sarcossomas

Page 26: Curso Técnico Subsequente em Agroindústria Módulo III Profª. Carolina P. Porto

A CARNE A carne se caracteriza pela natureza das

proteínas que a compõem, não somente do ponto de vista quantitativo como qualitativo.

Além de ser rica em aminoácidos essenciais, ela contém água, vitaminas, glicídeos, sais minerais e gordura (componente que mais varia em quantidade).