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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de Moura” CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL GUILHERME DA SILVA PILÃO MARCELO BARROS MARTINS JUNIOR AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE PINTURA GARÇA 2018

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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de

Moura”

CURSO TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

GUILHERME DA SILVA PILÃO

MARCELO BARROS MARTINS JUNIOR

AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE PINTURA

GARÇA 2018

________________________________________________________________________________________

Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de

Moura”

CURSO TECNOLOGIA EM MECATRONICA INDUSTRIAL

GUILHERME DA SILVA PILÃO

MARCELO BARROS MARTINS JUNIOR

AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE PINTURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentação à Faculdade de Tecnologia “Dep. Julio Marcondes de Moura” – Fatec Garça, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de Professores: Data da Apresentação: / / ________________________________

Prof. Me. Edson Mancuzo FATEC – Garça

________________________________

Prof. FATEC – Garça

________________________________

Prof. FATEC – Garça

GARÇA 2018

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AUTOMAÇÃO NO PROCESSO DE PINTURA

Guilherme da Silva Pilão1 [email protected]

Marcelo Barros Martins Junior [email protected]

Prof. Me Edson Mancuzo2 [email protected]

Resumo: Este projeto trabalhou com Automação do processo de pintura em pó

utilizando Controlador Lógico Programável (CLP) juntamente com sensores e

atuadores. O processo de pintura em pó usualmente é realizado em uma cabine

onde a peça a ser pintada recebe um jato de pó com carga eletrostática oposta à

carga da peça que está aterrada, fazendo com que o pó fixe-se na mesma. O

problema desse processo é ser executado manualmente o que requer tempo e

atenção do operador com possíveis erros, inconsistências de pintura e atrasos na

produção. O objetivo desse trabalho é implantar a automação industrial nesse

processo para garantir rapidez e uniformidade das peças, diminuindo os retrabalhos.

A metodologia do trabalho é desenvolver um protótipo que diminua a mão de obra

do operador, maximizando a uniformidade das peças assim como reduzindo tempo

de processo.

Palavra chave: Automação. Pintura. Controlador Lógico Programável. Sensores.

Abstract: This work intends to Automate the process of powder painting using

Programmable Logic Controller (CLP) together with sensors and actuators. The

powder coating process usually takes place in a booth where the part to be painted

receives a jet of electrostatic charge opposite to the load of the part that is grounded,

causing the powder to stick to it. The problem with this process is that it is executed

manually which requires time and attention from the operator with possible errors,

paint inconsistencies and production delays. The objective of this work is to implant

the industrial automation in this process to guarantee speed and uniformity of the

parts, reducing the reworking. The methodology of the work is to develop a prototype

that reduces the workmanship of the operator, maximizing the uniformity of the parts

as well as reducing process time.

Keyword: Automation. Painting. Programmable Logic Controller. Sensors

1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – Fatec- Garça 2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça- Fatec

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Conceitos de automação

O trabalho de pesquisa, Automação no Processo de Pintura, será elaborado

em formato de artigo, para o Trabalho de conclusão do curso de Tecnologia em

Mecatrônica Industrial, da Fatec-Garça.

O profissional mecatrônico, que segundo o Comitê Assessor para Pesquisa e

Desenvolvimento Industrial da Comunidade Europeia (IRDAC) citado por SILVA,

(2016), define mecatrônica como: “A integração sinergética da engenharia mecânica

com a eletrônica e o controle inteligente por computador no projeto de processos e

de manufatura de produtos”. Com a união desses três elementos de estudos, pode-

se fazer um processo que tenha segurança e precisão com qualidade.

Segundo CARDOSO, (2017) a automação nos dá à possibilidade, de criar

processos automáticos para trabalhos executados manualmente, que podem ser

substituídos por máquinas, robôs ou sistemas programáveis.

Segundo SANTOS (2017) foi em meados da metade do século XVIII, que o

termo automação, foi ganhando popularidade na sociedade, onde agricultores já

tentavam fazer melhorias nas atividades artesanais. Mas só no século XX, que a

automação se tornou automática por completo, pois, havia a necessidade de

aumentar a produção com relação ao processo manual.

Grandes empresas estão buscando por inovações tecnológicas e novos

processos que possam aumentar sua produção com qualidade. Com a automação

industrial, isso é possível com ajuda do CLP (controlador lógico programável)

sensores, atuadores e microcontroladores. A automação industrial tem a função de

realizar atividades de forma automática sem interferência do homem ou que possa

auxiliar o trabalhador nos processos industriais no dia a dia. (Rosário, 2005). Além

disso, pelo fato de ser um processo que permite realizar tarefas ou atividades de

forma autônoma ou que ajude o homem em suas tarefas (ROSÁRIO, 2005), permite

que o operário que executava o processo manual, possa ser deslocado para outras

funções que não comprometa a sua saúde ou que não sofra com dores por

trabalhar com movimentos repetitivos, por um longo tempo.

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De acordo com CARDOSO (2017) através da automação, o mundo passou a

ter excelentes resultados nas linhas de produção industrial e encontrou um meio de

resolver esses problemas.

Sendo assim, o desenvolvimento desse protótipo tem como objetivo mostrar

o processo de pintura em escala reduzida em que há sensores, que enviarão sinal

para o CLP e, fazer o controle dos processos de acordo com a lógica de

programação na linguagem em ladder.

1.2 Problemas de Pesquisa

1.2.1 Saúde Ocupacional

Entre os problemas encontrados no processo de pintura manual, estão

relacionadas a situações potencialmente perigosas para o ser humano que implicam

em custos ocupacionais. Um dos problemas mais preocupantes desse processo é

em relação à saúde respiratória do operador.

Segundo MACHADO (2014), nos trabalhos realizados em cabines de pintura

algumas medidas de segurança devem ser tomadas para garantir a saúde

ocupacional do trabalhador. Entre essas medidas, estão relacionadas ao uso de

equipamento de proteção individual (EPI), que são obrigatórias para a realização

desse processo.

Para realizar um processo seguro, é imprescindível a utilização de máscaras

semifaciais que dificultem a inalação de poeiras e vapores de tinta. Essa inalação

pode causar diversos tipos de problemas ao operador, tais como problemas

pulmonares que ao decorrer do tempo pode se agravar.

1.2.2 Ergonomia

1.2.2.1Norma regulamentadora NR-17

Estabelecida legalmente nos artigos 198 e 199 da CLT, esta Norma

Regulamentadora objetiva determinar parâmetros que possibilitam a adequação das

condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a possibilitar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

(Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 –

Ergonomia, 2009).

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O objetivo da ergonomia é a integração das pessoas com o meio ambiente da

forma mais cômoda e eficiente possível, seja em casa, no trabalho ou no lazer.

(ARAUJO, 2010, p.220).

Segundo MAENO (2001) quem utilizou pela primeira vez o termo DORT no

Brasil foi a Previdência Social, na sua ordem de serviço OS 606, de 5 de agosto de

1998. Essa ordem de serviço trata da Norma Técnica sobre Distúrbios

Osteomusculares Relacionados ao Trabalho e é uma atualização da Norma Técnica

sobre Lesões por Esforços Repetitivos, de 1993.

De acordo com MAENO (2001) as Lesões por Esforços Repetitivos ou como são

denominadas pela Previdência Social, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho que provocam diferentes reações nas pessoas que, de alguma forma, têm

contato com o problema.

Segundo BRUNA (2018) DORT é causada por mecanismos de agressão, que

vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua

execução, até vibração, postura inadequada e estresse.

As Dorts são lesões que afetam os músculos, tendões e nervos nas articulações

do corpo, especialmente nas mãos, punhos, cotovelos, ombros, pescoço, costas e

joelhos. Atualmente, encontram-se maneiras de organização do trabalho na

indústria que indicam a execução de tarefas repetitivas e de elevadas exigências de

precisão.

1.2.3 Produtividade

Segundo BESSA (2018) a partir do momento em que a produtividade de uma

indústria é afetada por problemas de ordem operacional, o seu faturamento cai. Isso

desencadeia uma onda de problemas, como pressão de instâncias superiores, troca

de funcionários, corte de investimentos, necessidade de horas extras.

1.2.4 Retrabalhos

Os retrabalhos são práticas de refazer determinada operação, por não ter sido

realizada de forma apropriada na primeira vez. Motivos que podem causar os

retrabalhos são falhas de projeto, falta de comunicação, ou até planejamento.

(Bessa, 2018).

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Outro fator que pode gerar retrabalhos volta-se a motivos de exaustão ou o

desvio de atenção, em um sistema automatizado não há este tipo de problema.

(Christino e Cruz, 2016).

1.2.5 Desuniformidade

Por último, um motivo que pode afetar uma empresa é a desuniformidade.

Muitas empresas buscam melhorias contínuas, e, para isso se deve manter um

padrão dos seus produtos. Na indústria da pintura, a uniformidade é uma condição

essencial para garantir uma qualidade padrão.

De acordo com (CHRISTINO e CRUZ, 2016) no processo manual, por mais que

um operador ou pintor mantenha uma forma de pintar, raramente ele conseguirá

manter a uniformidade das peças durante a sua jornada de trabalho, diferentemente

de um procedimento automatizado, programado para realizar uma trajetória de

forma contínua que garante as repetibilidades dos movimentos.

1.3 Objetivo Geral

O objetivo desse trabalho é aplicar a automação industrial em um processo

totalmente manual, que possa gerar uma produção de forma constante. Também

melhorar as questões de ergonomia para o operador que poderá estar disposto a

realizar atividades que não comprometa a dores por postura e movimentos

repetitivos, que no processo manual é comum.

1.3.1 Objetivo Específicos Aplicar os conceitos de automação com o CLP, para melhorar um sistema de

produção.

Considerar aspectos ergonômicos, fazendo o deslocamento do operador para

outras atividades.

1.4 Relevância Os conceitos de automação e pintura são conceitos atuais e de extrema

importância para o ramo industrial. Durante o estágio supervisionado, realizado na

empresa TRV, localizada no interior de São Paulo que atua no segmento de

Eletroeletrônica e Metalurgia, verificou-se a falta da automação no processo de

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pintura eletrostática onde era realizada pintura de peças metálicas, para a produção

de travas eletromagnéticas para portões automáticos.

Com isso, surgiu o motivo de desenvolver um protótipo capaz de automatizar

todo o processo, gerando um processo capaz de atender a demanda e também

atendendo medidas de segurança para o operador.

1.5 Metodologia A metodologia utilizada é o desenvolvimento experimental de um protótipo

em escala reduzida de um processo de pintura automatizado a fim de atingir os

objetivos.

2. Desenvolvimento 2.1 Referencial Teórico

2.1.1 Processo de pintura em pó A pintura eletrostática é um dos modelos de pintura mais robusto e com

qualidade. Essa pintura emprega um sistema diferente por meio de cargas elétricas

para a definição da tinta. (Telles, 2013).

A indústria de pintura, começou a ser notada com a necessidade de

preservar máquinas e equipamentos que foram evoluindo com o início da revolução

industrial. (Silva, 2009).

Segundo KRANKEL (2018) as tintas a pó surgiram nos Estados Unidos no

final da década de 1950. Eram produtos um tanto descomplicados, composto por

fusões ou conjuntos de uma resina seca de epóxi sólida de pigmentos (cargas) e

endurecedores.

A distribuição era feita por moinhos de bolas, sendo capaz de atingir misturas

homogêneas. A execução era feita por um procedimento chamado “leito fluidizado”,

apesar disso, devido à natureza heterogênea da tinta em pó, existia uma divisão

natural por peso e tamanho, formando um agrupamento da mistura sendo

modificada á proporção que a execução era realizada. ( KRANKEL , 2018).

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Segundo CAMARGO (2002, p.4), as tintas em pó ou pós de revestimento, por

serem totalmente isentos de solvente, não agridem o meio ambiente e propiciam um

modo econômico de pintar uma grande variedade de substratos e de objetos.

De acordo com SILVA (2009) citado por (TABORDA, LOEBLEIN, WEISE e

JAHN, 2014), as tintas a pó são fornecidas na forma de pó, em que 100% das

matérias são sólidas.

A tinta a pó, comparando com os outros tipos de tintas tem um maior

rendimento, mas apesar disso, a aplicação da pintura a pó é limitada pelo fato do

processo de cura ser em estufa. No processo de pintura a pó, não é necessário

fazer aplicações antes de ser aplicada a tinta definitiva, apenas fazer uma boa

limpeza das superfícies para retirar graxas, óleos, terra ou qualquer tipo de resíduo

que atrapalhe a qualidade da pintura depois de curada.

Entre os anos de 1965 e 1967, foi lançada no mercado europeu a primeira

pistola para aplicação de tinta em pó, baseada no conhecido princípio de

eletrostática (CAMARGO, 2002). Com o lançamento da pistola, o processo obteve

mais precisão e controle na aplicação da tinta e teve uma grande aceitação pela

indústria, e passou a ser economicamente viável (CAMARGO, 2002).

Com a utilização da pistola, pode se obter uma redução do tempo de

aplicação, ter uma aplicação homogênea e economia no consumo.

A mistura ar/tinta sai pelo bico da pistola formando assim um leque, cujo

tamanho e formas são reguláveis, através do posicionamento e tamanho do defletor.

Conforme mostra a figura abaixo.

Figure 1. Pintura Eletroestática

Fonte: WEG (2018)

O equipamento de pintura tem o sistema básico composto de uma cabine que

normalmente são confeccionadas em chapas de aço carbono ou aço inox. No

processo manual, o operador realiza a limpeza das superfícies e em seguida,

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colocado para secar. Logo após, as peças são penduradas num gancho dentro da

cabine de pintura onde é feito aplicação da tinta uma peça por vez.

A aplicação pode ser influenciada por diferentes propriedades: resistividade,

forma e tamanho das partículas e composição química do pó.

De acordo com BASTOS (2008) a resistividade influencia na eficiência da

deposição de tinta na superfície utilizando carga eletrostática adquirida pelas

partículas, da velocidade da corrente de ar usado na pulverização, da distância que

as partículas têm de percorrer entre a pistola e a peça a ser pintada.

Sendo assim, as partículas maiores, por se eletrizarem com mais eficiência

que os menores, depositam-se mais rapidamente na superfície a ser revestida.

Figure 2. Cabine de Pintura.

Fonte: WEG (2018)

2.1.2 CLP

Com a tecnologia que temos disponível atualmente, os processos indústrias

podem ser controlados com micro controladores e CLP (controladores lógicos

programáveis), juntamente com sensores, atuadores e contadores. Nos processos

indústrias, os CLP são ferramentas mais utilizadas devido a sua capacidade de

inteligência, alta durabilidade, resistência em relação a ruídos, interferências e

temperaturas presente no chão de fábrica.

A ABNT (Associação Brasileiras de Normas Técnicas) explica que o CLP é

um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com

aplicações industriais. Para NEMA (National Electrical Manufactures Association)

CLP é um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para

armazenar internamente instruções e implementar funções específicas, tais como

lógicas sequenciais, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de

módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processo.

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Os CLP quando ligado, executam uma série de processos pré programados

no Programa Monitor, que verifica o funcionamento eletrônico da CPU, memórias e

dos circuitos auxiliares. Verifica a configuração interna e compara com os circuitos

instalados, faz a desativação das saídas, verifica se existe algum programa de

usuário. Em seguida, é feita a confirmação dos estados das entradas, esse

processo recebe o nome de ciclo de varredura. Após o ciclo de varredura, o CLP

armazena os resultados obtidos em uma região de memória denominada de

Memória Imagem das Entradas e Saídas. (Antonelli,1998).

Ao executar o programa do usuário, o CLP atualiza o estado da Memória

Imagens e Saídas, de acordo com as instruções definidas pelo usuário em seu

programa. E por fim, o CLP atualiza o estado das saídas e escreve o valor contido

na Memória das Saídas e então se inicia um novo ciclo de varredura.

Figure 3. Ciclo de varredura do CLP.

Fonte: Sala da automação (2013).

2.1.2.1 Estrutura interna dos controladores

Segundo Antonelli (1998), os controlados tem um sistema microprocessado e

constitui- se de um microprocessador, um Programa Monitor, uma Memória de

Programa, uma Memória de Dados, uma ou mais Interfaces de Entradas ou Saídas

e Circuitos Auxiliares, como mostra na figura.

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Figure 4. Estrutura interna de um CLP.

Fonte: Antonelli (1998).

2.1.2.2 Arquitetura básica dos Controladores Lógicos Programáveis

Os controladores são formados por entradas, processamento e saídas. (Silva,

2011).

Os controladores lógicos programáveis, assim como funciona o cérebro

humano, precisa receber informações de um determinado local. Para receber essas

informações estes equipamentos são dotados de entradas físicas, que podem ser

analógicas ou digitais. (Silva, 2011).

Em seguida, depois de receber os dados é feito o processamento para que

possa executar uma determinada operação. Por último, depois de receber as

informações e ser processada, a saída recebe um sinal elétrico analógico ou digital

que executará uma válvula, motor ou atuador. (Silva, 2011).

De acordo com (FRANCHI e CAMARGO, 2011) sua capacidade quanto ao

número de entradas e saídas, memória, conjunto de instruções, velocidade de

processamento, conectividade, flexibilidade, IHM, varia conforme o fabricante e

modelo.

Os módulos de entradas e saídas são encarregados pelo interfaceamento da

CPU com o mundo exterior, adequando os níveis de tensão e corrente fazendo a

conversão dos sinais no formato apropriado. Cada entrada ou saída de sinal é

chamada de ponto. Esses módulos também são considerados na linguagem técnica

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como módulos de I/O, referindo-se à abreviação na língua inglesa (I/O=

input/output). (FRANCHI e CAMARGO, 2011, p 36).

Figura 5. Diagrama de blocos do CLP.

Fonte: Fabricia neves (2016).

Para a criação do nosso protótipo, utilizaremos um CLP da festo FC640

Standard. Esse CLP apresenta 32 entradas/16 saídas; interface Ethernet; tensão

operacional de 24 volts de corrente contínua, podendo ocorrer variações de 25%

acima e 15% abaixo; potência máxima por volta de 5 watts.

2.2 Metodologia do Protótipo

Para o desenvolvimento do protótipo, foi construída uma maquete feita com

cantoneiras e metalon, para fazer a representação do processo de pintura. A partir

da maquete, foi definida a colocação dos sensores. Quatro chaves fim de curso

foram utilizadas para fazer a parada e acionamento do motor. Um sensor indutivo

foi utilizado, para detectar quando o suporte estiver entrando no forno e acionar os

pulverizadores de tinta, que será representado por led. Quando o suporte acionar

um fim de curso, desligará o motor do suporte e acionara o motor da porta do forno,

que se fecha. Em seguida, depois de fechar a porta, o forno é ligado e fica acionado

por um determinado tempo. Depois desse tempo, o motor da porta é ligada, abrindo

a porta do forno, depois de abrir a porta, o motor é desligado e o motor do suporte é

acionado para poder fazer a retirada das peças já pintadas.

Para fazer o movimento do suporte, elaborou-se uma relação de transmissão

de polias. Utilizou-se uma barra roscada, uma polia de 41 centímetros de

circunferência sendo a polia movida, e outra de 166 centímetros sendo a motora,

conforme a Figura 5.

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Figure 5 - Relação de transmissão.

Fonte: Os autores.

Para fazer a simulação da pintura, utilizou-se fitas de led de cor branca que

acenderá quando o sensor detectar as peças, como mostra Figura 6.

Figure 6- Simulação do pulverizador.

Fonte: Os autores

2.2.1 Programação

De acordo com (FRANCHI e CAMARGO, 2011) a linguagem de programação

é um conjunto de instruções que o sistema computacional é capaz de reconhecer.

A linguagem ladder é constituída no princípio de contatos elétricos e baseada

na lógica de relés e, segundo Franchi e Camargo (2011), é a mais difundida e

encontrada em quase todos os CLPs da atual geração. A linguagem ladder é fácil

de usar e de implementar e constituem uma linguagem de programação de clps

poderosa.

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3. RESULTADOS

Observou-se que o movimento linear e constante do suporte, apresenta

possíveis resultados do processo de pintura que ao passar pelos pulverizadores,

reduz as falhas, e permite uma uniformidade padrão nas peças

Observou-se que o protótipo atingiu o objetivo de automatizar o processo.

Com isso, automatizou-se a parte de pintura, deslocando o operador dessa função e

podendo apenas fazer a supervisão do processo. Automatizou-se também a entrada

e saída do suporte no forno, onde as peças são penduras. O acionamento da porta

do forno também não necessita de um operador para abri-la quando o processo de

cura da tinta termina, pois, depois um determinado tempo ela abre

automaticamente. Com a aplicação da automação pode-se atingir ciclos de

produção mais rápidos e com eficiência e repetibilidade.

Entretanto, além de deslocar o operador para outras funções, o protótipo visa

melhorar a produtividade e diminuir os retrabalhos causados por motivos de desvio

de atenção ou cansaço.

O desenvolvimento do protótipo nos possibilitou: um aprofundamento no

desenvolvimento de programação em ladder, estudo sobre os controladores lógicos

programáveis; desenvolvimento de um dispositivo que proporciona resultados

positivos para a indústria da pintura.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a aplicação da automação junto com o CLP no processo de

pintura pode melhorar o controle da produção com eficiência e precisão. Com a

automação o processo fica mais ágil por ser programado a realizar determinado

processo durante a jornada de trabalho podendo manter um padrão. Com isso, o

operador pode ser deslocado para fazer a supervisão do processo ou realizar outras

atividades.

Quanto ao operador, pode-se retirá-lo de situações que são prejudiciais a sua

saúde em relação à respiração e movimentos repetitivos.

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