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Cursos de Treinadores UEFA “C” / I e UEFA “B” /II
Associação de Futebol de Aveiro
Regulamento dos Cursos de Treinadores
(sustentadas na regulamentação do IPDJ, FPF e UEFA)
Nota Introdutória
A formação dos treinadores e treinadoras constitui um dos pilares fundamentais para o
desenvolvimento desportivo. Consciente desta necessidade a Associação de Futebol de Aveiro
através do seu centro de formação e investigação, AFA 2024, definiu a formação dos treinadores
como uma das áreas prioritárias do seu trabalho. No seguimento desta premissa a coordenação
dos cursos de treinadores da AFA, apresenta este documento elucidativo sobre os
procedimentos da formação geral e específica e as linhas gerais dos regulamentos dos estágios.
Informamos ainda, que este documento foi transcrito com base nos regulamentos instituídos
presentemente pela UEFA, IPDJ e FPF, no qual passamos a mencionar: a) Regulamento do
Curso de Treinadores de Futebol UEFA ‘C’; b) Regulamento do Curso de Treinadores de Futebol
UEFA ‘B’; c) Regulamento do Curso de Treinadores de Futsal UEFA ‘C’; d) Regulamento do
Curso de Treinadores de Futsal UEFA ‘B’; e) Regulamento de Estágios do Curso de Treinadores
de Futebol UEFA ‘C’ e ‘B’; f) Regulamento de Estágios do Curso de Treinadores de Futsal UEFA
‘C’ e ‘B’; g) Regulamento de Organização dos Cursos de Treinadores de Desporto.
As leituras destes regulamentos podem ser consultadas nos Websites da FPF e do Instituto
Português do Desporto e Juventude, “Programa Nacional de Formação de Treinadores”.
2
Capítulo I – Enquadramento Administrativo
1. Acesso aos Cursos de Treinadores em regime geral
1.1. Cursos de Treinadores UEFA ‘C’ e Futsal UEFA “C”- Grau I
• Idade mínima 18 anos (à data da emissão do Diploma de Qualificações).
• Escolaridade mínima obrigatória à data de emissão do Diploma de Qualificações:
i) 4 anos de escolaridade para candidatos nascidos até 31/12/1966;
ii) 6 anos de escolaridade para candidatos nascidos entre 01/01/1967 e
31/12/1980;
iii) 9 anos de escolaridade para candidatos nascidos entre 01/01/1981 e
31/12/2002;
iv) 12 anos de escolaridade para candidatos nascidos a partir de
01/01/2003 ou que se inscreveram no ano letivo de 2009/10, no 1º e 2º
ciclo, ou no 7º ano de escolaridade.
1.2. Cursos de Treinadores UEFA ‘B’ e Futsal UEFA “B”- Grau II
• 12º Ano de escolaridade à data de emissão do Diploma de Qualificações, ou
escolaridade mínima obrigatória (como estabelecida para o acesso ao TPTD de Grau I)
para os Treinadores com formação de Grau I (ou correspondente), obtida antes de maio
de 2010, data de entrada em vigor do Programa Nacional de Formação de Treinadores.
• Detentor igualmente de Diploma UEFA ‘C’ Raízes.
• Desempenho efetivo de 1 ano de exercício profissional da função de treinador da
modalidade na posse de TPTD de Grau I.
2. Acesso aos cursos de Treinadores por reconhecimento da formação académica
2.1. Cursos de Treinadores Grau I e II
A Lei n.º 40/2012, de 28 de agosto, diploma legal que estabelece o regime de acesso e exercício
da atividade de treinador de desporto, que veio revogar o Decreto-Lei n.º 248-A/2008, de 31 de
dezembro, ao abrigo do qual foi criado o Programa Nacional de Formação de Treinadores
(PNFT), define diferentes vias para a obtenção do Título Profissional de Treinador de Desporto
(TPTD), certificação obrigatória para o exercício da função em apreço.
Uma das vias de acesso ao TPTD é pela equivalência de estudos de ensino superior,
designadamente por via de licenciatura na área do Desporto ou da Educação Física, tal como
identificado pela Direção-Geral do Ensino Superior.
De acordo com o estabelecido no n.º 2 do art.º 6.º da Lei anteriormente referida, é condição
necessária para a emissão de TPTD por esta via o reconhecimento prévio, pelo IPDJ, IP, dos
cursos superiores na área da Educação Física, ou de Desporto, sendo este processo
desencadeado pelos Estabelecimentos de Ensino Superior através do preenchimento e envio de
formulário próprio para este instituto.
Os alunos que concluíram o ensino superior devem solicitar, na Plataforma PRODesporto, a
emissão do CRC - Certificado de Reconhecimento de Competências. O documento em apreço
3
serve para comprovar, junto da AFA a sua situação de reconhecimento parcial da componente
curricular geral e/ou da componente curricular e componente curricular específica. Para saber
mais sobre o reconhecimento de cursos superiores e a equivalência à certificação de Treinadores
de Desporto, consulte o Regulamento - O Pedido de TPTD e a Formação Académica.
3. Acesso aos cursos de Treinadores para formandos residentes no estrangeiro
3.1. Cursos de Treinadores UEFA C - Grau I
• Idade mínima 18 anos (à data da emissão do Diploma de Qualificações).
• Escolaridade mínima obrigatória à data de emissão do Diploma de Qualificações:
o i) 4 anos de escolaridade para candidatos nascidos até 31/12/1966;
o ii) 6 anos de escolaridade para candidatos nascidos entre 01/01/1967 e
31/12/1980;
o iii) 9 anos de escolaridade para candidatos nascidos entre 01/01/1981 e
31/12/2002;
o iv) 12 anos de escolaridade para candidatos nascidos a partir de 01/01/2003 ou
que se inscreveram no ano letivo de 2009/10, no 1º e 2º ciclo, ou no 7º ano de
escolaridade.
• Reconhecimento das habilitações académicas pelo consulado Português sediado no
País de origem.
• Numa turma de 30 formandos só podem preencher 10% das vagas, o equivalente a 3
vagas.
4. Modelos de formação
4.1. Em regime pós-laboral a formação geral e específica
• Formação geral – As aulas e o seu processo avaliativo decorrerão entre os meses de
outubro e dezembro, em horário pós-laboral entre as 20.00h e as 24.00h, duas vezes
por semana.
• Formação Específica – As aulas e o seu processo avaliativo decorrerão entre os meses
de janeiro a junho em horário pós-laboral entre as 20.00h e as 24.00h, duas vezes por
semana.
4.2. Em regime pós-laboral a formação geral e em regime intensivo a formação específica
Cronograma
UEFA ‘C’ e Futsal UEFA “C”- Grau I
• Formação geral – As aulas e o seu processo avaliativo decorrerão entre os meses de
outubro e dezembro, em horário pós-laboral entre as 20.00h e as 24.00h, duas vezes
por semana.
• Formação específica – As aulas serão lecionadas previsivelmente entre os meses de
maio e junho, durante o período da manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período
da tarde entre as 14.00H e às 19.00H e durante o período da noite entre às 20.30H e às
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23.30H. O processo avaliativo da formação específica decorrerá após o término das
aulas estando previsto a sua concretização em horário pós-laboral.
Cronograma
UEFA ‘B’ e Futsal UEFA “B”- Grau II
• Formação geral – As aulas e o seu processo avaliativo decorrerão entre os meses de
outubro e dezembro, em horário pós-laboral entre as 20.00h e as 24.00h, duas vezes
por semana.
• Formação específica – As aulas serão lecionadas previsivelmente entre os meses de
maio e junho, durante o período da manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período
da tarde entre as 14.00H e às 19.00H e durante o período da noite entre às 20.30H e às
23.30H. O processo avaliativo da formação específica decorrerá após o término das
aulas estando previsto a sua concretização em horário pós-laboral.
4.3. Em regime intensivo a formação geral e específica
Cronograma
UEFA ‘C’ e Futsal UEFA “C”- Grau I
• Formação geral – as aulas serão lecionadas no mês de dezembro, durante o período da
manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período da tarde entre às 14.00H e às
19.00H, e durante o período da noite entre às 20.30H e às 23.30H. O processo
avaliativo da formação geral decorrerá após o término das aulas estando previsto a sua
concretização em horário pós-laboral.
• Formação específica – As aulas serão lecionadas previsivelmente entre os meses de
maio e junho, durante o período da manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período
da tarde entre as 14.00H e às 19.00H e durante o período da noite entre às 20.30H e às
23.30H. O processo avaliativo da formação específica decorrerá após o término das
aulas estando previsto a sua concretização em horário pós-laboral.
.
Cronograma
UEFA ‘B’ e Futsal UEFA “B”- Grau II
• Formação geral – as aulas serão lecionadas no mês de dezembro, durante o período da
manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período da tarde entre às 14.00H e às
19.00H, e durante o período da noite entre às 20.30H e às 23.30H. O processo
avaliativo da formação geral decorrerá após o término das aulas estando previsto a sua
concretização em horário pós-laboral.
• Formação específica – As aulas serão lecionadas previsivelmente entre os meses de
maio e junho, durante o período da manhã entre às 9 horas e às 12H, durante o período
da tarde entre as 14.00H e às 19.00H e durante o período da noite entre às 20.30H e às
5
23.30H. O processo avaliativo da formação específica decorrerá após o término das
aulas estando previsto a sua concretização em horário pós-laboral.
5. Características administrativas
5.1. Nomenclaturas
• ROCT – IPDJ | Regulamento de Organização de Cursos de Treinadores do IPDJ;
• RCT UEFA ‘C’; RCT UEFA ‘B’; RCT Futsal UEFA C e RCT Futsal UEFA B | Regulamentos
dos Cursos de Treinadores de Futebol/Futsal Grau I e II;
• RFG IPDJ | Referenciais de Formação Geral do IPDJ
• RFE FPF | Referenciais de Formação Específica da FPF
• TPTD | Titulo Profissional de Treinador de Desporto
• CRC | Certificado de Reconhecimento de Competências
5.2. Meios de comunicação com os serviços administrativos
A comunicação entre os serviços administrativos e os candidatos/formandos será
privilegiadamente realizada através do correio eletrónico com o seguinte endereço:
[email protected]. O esclarecimento de dúvidas simples por parte dos formandos deverá
ser realizado através de telefone, durante o horário de expediente dos serviços da AF Aveiro,
para o número: 234.305.207. A variada documentação de apoio à formação será disponibilizada
on-line em cloud de acesso restrito, o qual será comunicado no início da formação.
5.3. Candidatura e Inscrição:
A entrega de candidatura e confirmação de inscrição de candidatos realizar-se-á entre os meses
de maio e setembro de 2018, em datas concretas a definir sendo o processo de
candidatura/inscrição aceite se devidamente instruído de acordo com o determinado nos pontos
4 e 5 do RCT UEFA ‘C’, e UEFA ‘Basic’ acrescido do pagamento da Taxa de Candidatura. O
processo de inscrição do candidato só será aceite se remetido via correio eletrónico para o
endereço [email protected], ou entregue diretamente nos serviços administrativos da AF
Aveiro, durante o horário de expediente fixado em Comunicado Oficial n.º 001 da AFA. Envios
por faxe serão automaticamente indeferidos. O não cumprimento de qualquer um dos
pressupostos acima descritos implica a anulação automática do processo de
candidatura/inscrição.
5.4. Limite de candidatos:
A formação decorre com a presença de um mínimo de 21 formandos, sendo estes escolhidos de
todos os processos de inscrição/candidatura devidamente instruídos, que derem entrada até aos
prazos determinados.
5.5. Seleção e confirmação de Candidatos:
A seleção de candidatos decorrerá, segundo os critérios constantes no ponto 5 do RCT UEFA
‘C’ e do RCT UEFA ‘Basic’. Depois de escolhidos e ordenados, os candidatos serão contatados
6
via correio eletrónico devendo proceder à confirmação e ao pagamento da sua inscrição até
prazo determinado. Na eventualidade do candidato selecionado não proceder à confirmação e
pagamento da sua inscrição, será contatado, para ocupar o seu lugar, o suplente seguinte por
ordem do escalonamento.
5.6. Valores de Candidatura e Inscrição:
5.6.1. Futebol UEFA ‘C’
• Taxa Candidatura: 12,30 € (Doze euros e trinta cêntimos - IVA incluído)
• Formação Geral: 175,00 € (cento e setenta e cinco euros - Isento de IVA)
• Formação Específica: 500,00 € (quinhentos euros - Isento de IVA)
• Estágio: 150,00 € (cento e cinquenta euros - Isento de IVA)
• O pagamento da taxa administrativa de inscrição e dos valores de inscrição obedecem
ao determinado nos pontos n.º 4.1 e 4.3 do RCT UEFA ‘C’, respetivamente.
5.6.2. Futsal UEFA ‘C’
• Taxa Candidatura: 12,30 € (Doze euros e trinta cêntimos - IVA incluído)
• Formação Geral: 175,00 € (cento e setenta e cinco euros - Isento de IVA)
• Formação Específica: 375,00 € (trezentos e setenta e cinco euros - Isento de IVA) *
• Estágio: 100,00 € (cem euros - Isento de IVA)
• O pagamento da taxa administrativa de inscrição e dos valores de inscrição obedecem
ao determinado nos pontos n.º 4.1 e 4.3 do RCT UEFA ‘C’, respetivamente.
(*) Se a turma de Futsal for totalmente preenchida com 30 formandos, o preço desta componente ficará em
275,00€ creditando-se a diferença na inscrição para o Estágio, se este for realizado sob a coordenação da AF
Aveiro.
5.6.3. Futebol UEFA ‘B’
• Taxa Candidatura: 12,30 € (Doze euros e trinta cêntimos - IVA incluído)
• Formação Geral: 200,00 € (duzentos euros)
• Formação Específica: 675,00 € (seiscentos e setenta e cinco euros)
• Estágio: 200,00 € (duzentos euros)
• O pagamento da taxa administrativa de inscrição e dos valores de inscrição obedecem
ao determinado nos pontos n.º 4.1 e 4.3 do RCT UEFA ‘B’, respetivamente.
5.6.4. Futsal UEFA ‘B’
• Taxa Candidatura: 12,30 € (Doze euros e trinta cêntimos - IVA incluído)
• Formação Geral: 200,00 € (duzentos euros)
• Formação Específica: 425,00 € (quatrocentos e vinte e cinco euros)
• Estágio: 125,00 € (cento e vinte e cinco euros)
• O pagamento da taxa administrativa de inscrição e dos valores de inscrição obedecem
ao determinado nos pontos n.º 4.1 e 4.3 do RCT UEFA ‘B’, respetivamente.
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(*) Se a turma de Futsal for totalmente preenchida com 30 formandos, o preço desta componente ficará em
375,00€ creditando-se a diferença na inscrição para o Estágio, se este for realizado sob a coordenação da AF
Aveiro.
6. Processo normativo
Tendo como finalidade descrever os pressupostos necessários ao respetivo licenciamento e
homologação pela Federação Portuguesa de Futebol, de acordo com as Normas de
Licenciamento de Cursos de Treinadores, e com o Regulamento de Organização de Cursos de
Treinadores do IPDJ a Associação Futebol de Aveiro elaborará o procedimento normativo de
cada curso onde constará a estrutura, os procedimentos e os respetivos cronogramas.
7. Unidades de Formação
7.1. Formação Geral
Unidade curricular Carga Horária
Didática do Desporto
Psicologia do Desporto
8 horas
4 horas
Pedagogia do Desporto 6 horas
Aprendizagem e desenvolvimento motor
Observação e análise das habilidades desportivas
Funcionamento do corpo humano, nutrição e primeiros socorros
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo
4 horas
4 horas
5 + 2= 7 horas
6 horas
Luta contra a Dopagem 2 horas
Desporto para Pessoas com Deficiência
Inglês Técnico - Opcional
2 horas
4horas
Quadro 1 - UEFA “C” – Grau I (43 + 4 horas = 47 horas)
Unidade curricular Carga Horária
Psicologia do Desporto 8 horas
Pedagogia do Desporto 10 horas
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo 16 horas
Ética e Deontologia profissional 2 horas
Luta contra a Dopagem 3 horas
Fisiologia do Exercício 8 horas
Biomecânica do Desporto 6 horas
Nutrição, Treino e Competição 4 horas
Traumatologia do Desporto 4 horas
Desporto para Pessoas com Deficiência
Inglês Técnico - Opcional
2 horas
4 Horas
Quadro 2 - UEFA “B” – Grau II (63 horas + 4 horas = 67 horas)
8
7.2. Formação específica
Unidade curricular: Futebol Carga Horária
Metodologia do treino do futebol 15 horas
Técnico/tática 30 horas
Capacidades Motoras do futebol 22 horas
Psicologia aplicada ao futebol 15 horas
Arbitragem e leis de jogo 12 horas
Gestão e organização do futebol 6 horas
Associação nacional de treinadores de futebol (ANTF) 2 horas
Quadro 3 - UEFA “C” – Grau I (100 + 2 horas)
Unidade curricular: Futsal Carga Horária
Metodologia do treino do futsal 8 horas
Técnico/tática 35 horas
Capacidades Motoras do futsal 24 horas
Psicologia aplicada ao futsal 15 horas
Arbitragem e leis de jogo 12 horas
Gestão e organização do futsal 6 horas
Associação nacional de treinadores de futsal (ANTF) 2 horas
Quadro 3.1 - UEFA “C” – Grau I (100 + 2 horas)
Unidade curricular: Futebol Carga Horária
Metodologia do treino do futebol 30 horas
Técnico/tática 30 horas
Capacidades Motoras do futebol 30 horas
Psicologia aplicada ao futebol 17 horas
Arbitragem e leis de jogo 12 horas
Gestão e organização do futebol 6 horas
Associação nacional de treinadores de futebol (ANTF) 2 horas
Quadro 4 - UEFA “B” – Grau II (125 + 2 horas)
Unidade curricular: Futsal Carga Horária
Metodologia do treino do futsal 20 horas
Técnico/tática 46 horas
Capacidades Motoras do futsal 24 horas
Psicologia aplicada ao futsal 17 horas
Arbitragem e leis de jogo 12 horas
Gestão e organização do futsal 6 horas
Associação nacional de treinadores de futsal (ANTF) 2 horas
Quadro 4.1 - UEFA “B” – Grau II (125 + 2 horas)
8. Instrumentos de avaliação
8.1. Unidades de Formação - UEFA “C”
8.1.1. Formação Geral
Unidade curricular Instrumentos
Didática do Desporto
Psicologia do Desporto
Teste Teste
Pedagogia do Desporto Teste (70%) + Ficha de trabalho (30%)
Aprendizagem e desenvolvimento motor
Observação e análise das habilidades desportivas
Funcionamento do corpo humano, nutrição e primeiros socorros
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo
Trabalho Prático Trabalho Teórico
Teste Teste (70%) + Trabalho
individual (30%) Luta contra a Dopagem Teste
9
Desporto para Pessoas com Deficiência Trabalho
Quadro 5 - UEFA “C” – Grau I (43 horas)
8.1.1.1. Temas dos trabalhos da Formação Geral
Unidade curricular Tema
Aprendizagem e desenvolvimento motor
Observação e análise das habilidades
desportivas
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo
Um tema da subunidade 1 Avaliação e diagnóstico da execução técnica;
Análise da dinâmica coletiva - tática A construção do exercício de treino
Desporto para Pessoas com Deficiência 1 tema da subunidade 1 ou 2
Quadro 6 - UEFA “C” – Grau I – Futebol e Futsal (43 horas)
8.1.2. Formação específica
Unidade curricular Instrumentos
Metodologia do treino do futebol/futsal
Técnico/tática
Ex. Prático +Teste + Análise SWOT
Capacidades Motoras do futebol/futsal Teste (70%) + Ex. Prático (30%)
Psicologia aplicada ao futebol/futsal Teste (70%) + reflexão (30%)
Arbitragem e leis de jogo Teste
Gestão e organização do futebol/futsal Teste
Associação nacional de treinadores de futebol (ANTF) -------
Quadro 7 - UEFA “C” – Grau I – Futebol e Futsal (100 + 2 horas)
8.2. Unidades de Formação - UEFA “B”
8.2.1. Formação Geral
Unidade curricular Instrumentos
Psicologia do Desporto Teste
Pedagogia do Desporto Teste (70%) + Trabalho individual (30%)
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo Teste (70%) + Trabalho individual (30%)
Ética e Deontologia profissional Trabalho
Luta contra a Dopagem Teste
Fisiologia do Exercício Teste
Biomecânica do Desporto Trabalho
Nutrição, Treino e Competição Teste
Traumatologia do Desporto Trabalho
Desporto para Pessoas com Deficiência Trabalho
Quadro 8 - UEFA “B” – Grau II – Futebol e Futsal (63 horas)
8.2.1.1. Temas dos trabalhos da Formação Geral
Unidade curricular Temas
Teoria e Metodologia do Treino Desportivo A construção do exercício de treino
Ética e Deontologia profissional Elaboração do Plano Individual Estágio
Biomecânica do Desporto Caracterização dos princípios biomecânicos fundamentais que determinam a eficiência de um
gesto técnico desportivo no futsal/futebol Traumatologia do Desporto Caracterizar fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos associados às lesões no futsal e ou futebol
Desporto para Pessoas com Deficiência Estratégias de ensino/treino da modalidade futebol ou futsal em populações especiais
Quadro 9 - UEFA “B” – Grau II – Futebol e Futsal (63 horas)
10
8.2.2. Formação específica
Unidade curricular Instrumentos
Metodologia do treino do futebol/futsal Ex. Prático +Teste + Análise e observação do Jogo+ tese Técnico/tática
Capacidades Motoras do futebol/futsal Teste (70%) + Ex. Prático (30%)
Psicologia aplicada ao futebol/futsal Teste (70%) + reflexão (30%)
Arbitragem e leis de jogo Teste
Gestão e organização do futebol/futsal Teste
Associação nacional de treinadores de futebol (ANTF) ------
Quadro 10 - UEFA “B” – Grau II – Futebol e Futsal (125 + 2 horas)
9. Assiduidade
Os cursos funcionam em regime presencial, sendo obrigatório a de presença de 90% da carga
horária total de cada uma das componentes de formação não se prevendo a justificação de faltas.
Durante as aulas os candidatos deverão proceder ao registo da sua presença antes e no fim de
cada aula junto dos secretariados dos cursos. Nas aulas práticas é obrigatória a participação de
todos os formandos, devendo estes ser portadores de equipamento desportivo adequado à
prática. A dispensa das aulas só será possível mediante justificação médica, sob pena de haver
lugar a falta injustificada. Os formandos que apresentem qualquer lesão ou impedimento físico
não são dispensados da presença nas aulas, ainda que não possam participar na execução
prática dos exercícios. Os casos excecionais serão analisados e decididos pela coordenação
dos cursos.
9.1. UEFA “C” – Grau I
9.1.1. Faltas injustificadas
• Formação Geral - Faltas possíveis: 4 horas;
• Formação Específica – Faltas possíveis: 10 horas
9.1.2. Faltas justificadas
• Em contexto de atividade como treinador (obrigatoriedade de apresentação da
declaração e a cópia da ficha de jogo)
9.2. UEFA “B” – Grau II
9.2.1. Faltas injustificadas
• Formação Geral - Faltas possíveis: 6 horas;
• Formação Específica – Faltas possíveis: 13 horas
9.2.2. Faltas justificadas
• Em contexto de atividade como treinador (obrigatoriedade de apresentação da
declaração e a cópia da ficha de jogo)
A reprovação por excesso de faltas numa disciplina/unidade formativa de uma componente
formativa (geral e/ou específica) implica automaticamente a ida à 1ª fase da época de exames.
Caso continue a persistir a reprovação o formando terá que realizar um exame oral. Cada exame
terá um custo adicional de 30€ por disciplina/unidade formativa.
11
10. AVALIAÇÃO
10.1. Avaliação Global
A avaliação sumativa global, por componente formativa, por disciplina/unidade formativa e por
tarefa de avaliação será realizada na escala 0 a 20 valores arredondada às décimas. A
reprovação numa disciplina/unidade formativa de uma componente formativa (geral e/ou
específica) implica automaticamente a ida à 1ª fase da época de exames. Caso continue a
persistir a reprovação o formando poderá inscrever na 2ª fase de exames de tipologia oral. Caso
se mantenha o estado de reprovação, o formando reprova nessa componente. A fórmula a aplicar
para a classificação final será a seguinte:
Classificação Final* = (Formação Geral x 2 + Formação Específica x 3 + Estágio x 2) / 7
*Esta classificação é arredondada às décimas, não podendo ser inferior a 10 valores
10.2. Formação Geral
A avaliação das diferentes disciplinas/unidades didáticas deste componente poderá ser realizada
do modo que se descreve: realização de trabalhos de grupo e/ou individual; análise/discussão
casos; trabalhos/temas definidos com pesquisa; teste oral e/ou escrito; análise e interpretação
de situações reais; análise e interpretação crítica de textos; pesquisa/observação de sessões de
treino; apresentação e discussão de temas.
10.2.1. Modelo pós-laboral - Todos os trabalhos deverão ser enviados diretamente para a
CLOUD individual até 10 dias após o termino da Unidade Curricular. Terminando estes prazos,
os alunos serão penalizados em dois valores numa escala de 0 a 20 valores.
10.2.2. Modelo Intensivo - Todos os trabalhos deverão ser enviados diretamente para a CLOUD
individual até 30 dias após a conclusão da formação. Terminando estes prazos, os alunos serão
penalizados em dois valores numa escala de 0 a 20 valores.
UEFA C - A classificação final da Formação Geral
FG =(DDx8) + (PEDx6) + (FCHx6) + (TMx6) + (PSICx4) + (ADMx4) + (OAx4) + (LCDx2) + DPD
/ 41
UEFA B - A classificação final da Formação Geral
FG = (TMx8) + (PEDx5) + (FEx4) + (PSICx4) + (BDx3) + (NTCx2) + (TDx2) + (LCDx2) + EDP +
DPD / 32
10.3. Formação específica
UEFA C - A classificação final da Formação Específica
Classificação FE = (TT/MTF x 7) + (CM x 3) + (PAF x 2) + (ALJ x 1) + (GOF x 1) / 14
10.3.1. Avaliação da disciplina/Unidade formativa Metodologia do treino do Futebol/futsal +
Técnico-Tática, Grau I
12
A avaliação destas disciplinas/unidades formativas comtempla a realização de testes escritos, a
elaboração de um relatório de Observação e Análise SWOT, dos fatores internos identificando
as potencialidades “Strengths” (forças) e as vulnerabilidades “Weaknesses” (fraquezas) e dos
fatores externos referenciado as “Opportunities” (oportunidades) e as “Threats” (ameaças) de
uma equipa num jogo e uma avaliação prática através da operacionalização de um exercício
visando a aferição de conhecimentos e competências dos formandos enquanto treinadores,
nomeadamente, no domínio técnico e na organização e condução do treino e uma “simulação”
de intervenção ao intervalo. O cumprimento de todas as tarefas avaliativas das
disciplinas/unidades formativas de TT/MTF é indispensável para a atribuição da correspondente
classificação, que será expressa deste modo: TT/MF = (Ex. Prático/intervenção ao intervalo x 2)
+ (Teste + Análise Swot) / 3.
10.3.1.1 - Relatório de Observação e Análise SWOT
Cada candidato terá que elaborar individualmente a partir do primeiro dia da formação geral
um relatório de Observação e Análise SWOT de uma equipa num jogo selecionado pelo
formando, que terá que ser enviado para Link da cloud impreterivelmente até ao penúltimo dia
do curso, para ser classificado entre 0 a 20 valores respeitando as seguintes normas: 6 (seis) a
8 (oito) páginas com a capa incluída, podem incluir em anexo imagens, gráficos e quadros, não
sendo contabilizáveis para o número de páginas finais; tipo de letra Tahoma normal em corpo
12, texto “justificado”, com espaços entre linhas de 1,5, margens superior e inferior de 2,5 cm e
esquerda e direita de 3 cm. Quanto à forma de organização do relatório, sugerimos que o
candidato considere os seguintes itens:
a) Fatores internos, identificando as potencialidades “Strengths” (forças) e as
vulnerabilidades “Weaknesses” (fraquezas) da estrutura da equipa (sistema tático, missões
tácticas específicas, articulação dos diferentes sectores da equipa, alterações verificadas
durante o jogo; Organização da equipa (métodos de jogo ofensivos, bem como as características
das etapas de construção, criação e finalização; métodos de jogo defensivos, bem como as
características das etapas de reacção à perda da bola, recuperação e bloco defensivo; rotinas
de jogo ofensivas e defensivas, atendendo aos jogadores predominantes no seu
desenvolvimento).
b) Fatores externos, referenciado as “Opportunities” (oportunidades) e as “Threats”
(ameaças) ao nível do: i) Terreno de jogo – importa atender aos seguintes aspetos: jogar em
casa ou fora; dimensões do campo, em largura e profundidade; as condições do relvado; as
condições climatéricas específicas nomeadamente a posição do sol, vento, chuva, etc.; a luz
artificial e por último o tipo de bola; ii) Circunstâncias em que a competição irá desenvolver –
importa analisar as classificações das equipas; a necessidade de ganhar o jogo; as entrevistas
dos treinadores, jogadores, e dirigentes; os jogadores expulsos; as lesões ocorridas; o regresso
por castigo ou por lesões de jogadores; o árbitro relativamente ao seu perfil psicológico e critérios
13
subjacentes ao seu trabalho; o apoio ou a animosidade do público e por último o nível de
rivalidade entre as equipas.
UEFA B - A classificação final da Formação Específica
Classificação FE = (TT/MTF x 7) + (CM x 3) + (PAF x 2) + (ALJ x 1) + (GOF x 1) / 14
10.3.2. Avaliação da disciplina/Unidade formativa Metodologia do treino do Futebol/futsal +
Técnico-Tática
A avaliação destas disciplinas/unidades formativas comtempla a realização de testes escritos, a
realização de uma tese, a elaboração de um relatório de Observação e Análise de uma equipa
num jogo selecionado pelo formando e uma avaliação prática através da operacionalização de
um exercício visando a aferição de conhecimentos e competências dos formandos enquanto
treinadores, nomeadamente, no domínio técnico e na organização e condução do treino e uma
“simulação” de intervenção ao intervalo. O cumprimento de todas as tarefas avaliativas das
disciplinas/unidades formativas de TT/MTF é indispensável para a atribuição da correspondente
classificação, que será expressa deste modo: TT/MF = (Ex. Prático/intervenção ao intervalo x 6)
+ (Teste x 4) + (Tese x 2) + (Análise Jogos x 2) / 14.
10.3.2.1 - Tese/trabalho
Cada candidato individualmente terá que elaborar a partir do primeiro dia da formação geral
uma tese/trabalho entre 15 (quinze) a 20 (vinte) páginas (capa não incluída), sobre uma temática
que entender ser mais apropriada referente ao treino/jogo de futebol/futsal. Esta deverá ser
reproduzida em tipo de letra Tahoma normal em corpo 12, texto “justificado”, com espaços entre
linhas de 1,5, margens superior e inferior de 2,5 cm e esquerda e direita de 3 cm e deverá ser
enviada Link da cloud, impreterivelmente até ao penúltimo dia do curso para ser corrigido e
classificada entre 0 a 20 valores.
10.3.2.2 - Relatório de Observação e Análise
Cada candidato terá que elaborar individualmente a partir do primeiro dia da formação geral
um relatório de Observação e Análise de uma equipa num jogo selecionado pelo formando, que
terá que ser enviado para Link da cloud impreterivelmente até ao penúltimo dia do curso, para
ser classificado entre 0 a 20 valores respeitando as seguintes normas: 15 (quinze) a 20 (vinte)
páginas (capa não incluída) em tipo de letra Tahoma normal em corpo 12, texto “justificado”, com
espaços entre linhas de 1,5, margens superior e inferior de 2,5 cm e esquerda e direita de 3 cm.
Quanto à forma de organização do relatório, sugerimos que o candidato considere os seguintes
itens:
• Dados do jogo; Contexto/Enquadramento;
• Organização estrutural / sistema tático; Métodos de jogo ofensivo e defensivo:
Identificação e descrição; Organização ofensiva; Criação de situações de finalização
14
(último terço); Finalização; Equilíbrio; Transição ofensiva; Esquemas táticos ofensivos;
Jogadores chaves; Caracterização individual das restantes jogadoras;
• Organização defensiva; Equilíbrio defensivo; Reação à perda; Recuperação defensiva;
Bloco defensivo; Transição defensiva; Esquemas táticos defensivos; Missões táticas
ofensivas; Missões táticas defensivas.
10.3.2.2.1 – Recurso da avaliação da disciplina/Unidade formativa Metodologia do treino do
Futebol + Técnico-Tática
O pedido de recurso por falta de aproveitamento (nota negativa) deverá ser enviado devidamente
fundamentado para o coordenador do curso, para que este possa dar seguimento ao processo.
Seguidamente será constituído um júri nacional por cinco (5) treinadores de mérito reconhecido
(um deles indicado pela ANTF), a quem cabe deliberar a avaliação final, sendo que, este júri
poderá: i) considerar aprovado o formando; ii) manter a reprovação; iii) deliberar que o formando
repita o exame.
Não são aceites pedidos de recurso de notas positivas, no entanto, o formando poderá junto do
formador manifestar a sua não concordância devidamente fundamentada pedindo informalmente
esclarecimentos sobre o seu processo avaliativo.
10.4. Recursos das unidades curriculares gerais e específicas
O pedido de recurso de notas às unidades curriculares por falta de aproveitamento (nota
negativa) deverá ser enviado devidamente fundamentado para o coordenador do curso, para que
este possa dar seguimento ao processo. Seguidamente será constituído um júri por três (3)
formadores de mérito reconhecido indicados pela AFA, a quem cabe deliberar a avaliação final,
sendo que, este júri poderá: i) considerar aprovado o formando; ii) manter a reprovação; iii)
deliberar que o formando repita o exame.
Não são aceites pedidos de recurso de notas positivas, no entanto, o formando poderá junto do
formador manifestar a sua não concordância devidamente fundamentada pedindo informalmente
esclarecimentos sobre o seu processo avaliativo.
11. Considerações finais
É interdita, exceto com autorização expressa da AFA e ou da FPF:
• A reprodução pública ou privada, sob qualquer meio, das imagens e dos sons obtidos a
partir de dispositivos eletrónicos, de máquinas fotográficas, de câmaras de filmar e de
aparelhos áudio de gravação e ou de reprodução das aulas ou sessões de trabalho dos
cursos.
• Não é também permitida a utilização do telemóvel e do acesso a internet ou outro objeto
que possa perturbar o funcionamento das aulas ou sessões de trabalho dos cursos.
• Apenas é permitida a reprodução de imagens e sons de momentos informais para uso
exclusivamente privado.
• Não é permitido fumar ou comer nas aulas ou sessões de trabalho dos cursos.
15
• O material escolar, nomeadamente, computador, papel, objetos de escrita e outros
necessários ao acompanhamento das aulas, são de uso obrigatório se solicitado pelos
formadores, e da exclusiva responsabilidade dos formandos.
Capitulo II – Operacionalização dos Estágios
1. Regulamento de Estágios
1.1. Disposições Gerais: Princípios orientadores
A principal finalidade do Estágio é o desenvolvimento supervisionado, em contexto real de treino,
de práticas profissionais relevantes para o perfil de desempenho associado ao Curso de
Treinadores frequentado pelo formando (obrigatoriedade do Estágio ser efetuado nestas
condições), visando a consolidação de competências técnicas, relacionais e organizacionais
necessárias a esse perfil, em parte adquiridas durante a componente curricular do curso. O
Estágio decorre em clubes desportivos reconhecidos pela Entidade Formadora, adiante
designados por Entidades de Acolhimento, na qual se desenvolvam atividades desportivas
compatíveis e adequadas ao perfil de desempenho visado pelo curso de treinadores frequentado
pelo Treinador Estagiário. A organização do Estágio compete à Entidade Formadora,
responsável pelos cursos de treinadores, que assegurará a sua programação em função do
conjunto de regras mínimas aqui definidas, dos condicionalismos de cada situação e em estreita
articulação com a Entidade de Acolhimento e o Treinador Estagiário. O acompanhamento
técnico-pedagógico, bem como a avaliação do Treinador Estagiário, durante o estágio será
assegurado pelos seguintes elementos (Organograma 1): Coordenador de Estágio, designado
pela Entidade Formadora, e que será responsável pelo acompanhamento dos Treinadores
Estagiários, em estreita articulação com o Tutores de Estágio; Tutor de Estágio, sugerido pela
Entidade de Acolhimento, escolhido pelo Treinador Estagiário, ou designado pela Entidade
Formadora que, enquanto Treinador com qualificação grau II ou superior, será responsável pela
tutoria do Treinador Estagiário. No mesmo período, cada Tutor apenas poderá acompanhar
um máximo de 5 Treinadores Estagiários.
16
Organograma 1 – Equipa Técnico-pedagógica
1.2. Entidade Formadora
Entidade Formadora é a entidade (pública ou privada) reconhecida pelo IPDJ, IP, como reunindo
condições para organizar formação no âmbito do PNFT, nomeadamente, cursos de treinadores.
Sem prejuízo do reconhecimento, a Federação Portuguesa de Futebol é uma entidade formadora
reconhecida pela pelo IPDJ, IP, que delegando as suas competências na Associação de Futebol
Aveiro – entidade administradora - serão responsáveis pela organização e a orientação geral dos
Estágios e pela criação de condições adequadas ao seu regular desenvolvimento.
1.3. Coordenador de Estágios
O coordenador de Estágio é o elemento indicado pela AFA, responsável pela coordenação das
atividades que vão ser realizadas na unidade de formação Estágio. Ele deverá possuir
conhecimentos das premissas, objetivos e orgânica do PNFT e dos cursos de treinadores da
modalidade desportiva em causa; experiência na coordenação e orientação de estágios e/ou no
ensino e desenvolvimento de programas pedagógicos no âmbito da formação de treinadores. Ao
Coordenador de Estágio compete assegurar, em articulação com os Tutores, o
acompanhamento técnico pedagógico da realização dos Estágios e atribuição da classificação
final desta unidade de formação.
É da sua responsabilidade validar o Plano Individual de Estágio (PIE) e acompanhar a sua
execução, acompanhar os principais intervenientes do Estágio, garantindo a existência de 3
momentos (mínimo obrigatório) de contacto formal com o Treinador Estagiário e o Tutor: Antes
do início do Estágio; Momento de Avaliação intermédia (definido no PIE); Momento de Avaliação
Final e conclusão do Estágio. Atribuir a classificação final do Estágio, na sequência do trabalho
Entidade Formadora
FPF
Entidade Administradora
AFA
Entidade de acolhimento Tutor Treinador-estagiário
Coordenador de estágio
17
de avaliação efetuado com os Tutores; cumprir outras responsabilidades que lhe forem
cometidas pela Entidade Formadora no garante da qualidade e bom funcionamento dos
Estágios.
1.4. Entidade de Acolhimento
Entidade de Acolhimento é o clube ou associação filiada em Associação e/ou Federação
organizadora de provas oficiais de Futebol ou Futsal, que reúne condições para a realização de
Estágios no quadro de um curso de treinadores, conforme se descreve no ponto 5 do presente
capitulo, e que se disponibiliza para receber um ou mais Treinadores Estagiários para o
cumprimento desta unidade de formação.
1.5. A tutoria
A tutoria é um elemento essencial ao desenvolvimento dos Estágios dos cursos de treinadores
e é entendida neste âmbito como uma metodologia de ensino aprendizagem de orientação e
apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional do Treinador Estagiário na sua etapa final de
formação, que deve assumir uma forma interativa, sistemática e significativa e ter como objetivo
o elevar a qualidade do processo formativo através de uma atenção personalizada aos
problemas que influem no desempenho do Treinador Estagiário, mas também o desenvolvimento
de valores, atitudes e hábitos que contribuam para a integridade da sua formação pessoal, social
e humana.
1.5.1. O perfil do Tutor
O tutor deverá ter disponibilidade para o exercício da função, possuir, no mínimo, TPTD de Grau
II / diploma UEFA, ter conhecimentos na área pedagógica, metodológica e didática em
consonância com o desempenho da função de Tutor, ter um percurso profissional como
treinador, possuir uma postura ética e deontológica exemplar e preferencialmente, assumir
funções técnicas na mesma entidade desportiva que o Treinador-Estagiário.
1.5.2. São responsabilidades e obrigações específicas do Tutor:
Elaborar, em conjunto com o Coordenador de Estágio e o Treinador-Estagiário, o Plano Individual
de Estágio (PIE); Acompanhar, supervisionar e orientar a evolução do Treinador-Estagiário e a
execução do PIE; Apoiar a preparação dos planos de época e das sessões de treino a ministrar
pelo Treinador-Estagiário; Apoiar o Treinador-Estagiário no levantamento das questões a
analisar e no estabelecimento de metodologias a seguir; Organizar a observação e recolher
informação das situações treino e de competição (quando se aplica) para análise nas sessões
de tutoria; Estimular o desenvolvimento da capacidade de raciocínio crítico e de reflexão sobre
a prática por parte do Treinador-Estagiário; Apoiar o Treinador-Estagiário na elaboração e
desenvolvimento do Caderno de Treinador e do Relatório de Estágio; Avaliar o Estágio e propor
ao Coordenador de Estágio a respetiva classificação.
18
1.5.3. São responsabilidades e obrigações do Treinador-Estagiário:
Elaborar, em conjunto com o Coordenador de Estágio e o seu Tutor, o PIE; Cumprir o programa
de trabalho previsto no PIE; Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação do Estágio;
Receber e cumprir as orientações do Coordenador de Estágio e do seu Tutor, no âmbito do
programa de trabalho previsto, respeitando os seus aconselhamentos; Recolher e organizar
informação detalhada sobre o seu desempenho, elaborando o Caderno de Treinador; Elaborar o
Relatório de Estágio de acordo com a orientação estabelecida pela Entidade Formadora; Seguir
as normas de discrição e reserva no acompanhamento das atividades de preparação desportiva
e na tratamento e utilização dos dados/informações que lhe forem facultadas.
1.5.4. Estágios no Estrangeiro
É permitida a realização de estágios em equipas estrangeiras desde que estejam assegurados
os pressupostos regulamentares e normativos, nomeadamente desde que o Treinador-Estagiário
comprove a existência de tutor habilitado, no mínimo, com curso UEFA “B” ou superior, e
apresente a documentação pela entidade formadora/administradora no momento da inscrição,
que comprove o descrito no ponto 5 do presente capitulo.
2. Duração dos estágios
O Programa Nacional de Formação de Treinadores obriga à organização de uma componente
de formação prática, a desenvolver em contexto real de treino, sob a forma de Estágio
supervisionado. Estes percursos têm uma duração própria, de acordo com o quadro, a seguir
apresentada, definida em função do Grau de Treinador considerado, que deverá ser encarada
como uma orientação geral a seguir por todos os intervenientes, e que por norma corresponde
ao exercício da função de Treinador durante uma época desportiva.
Duração dos estágios Carga Horária
Uma época desportiva
UEFA C UEFA B 550 H 800H
Quadro 11 - UEFA “C” “B” – Grau I e II
3. Objetivos gerais
São objetivos gerais dos Estágios: Desenvolver trabalho, em contexto real de treino, sob
supervisão, visando a consolidação de competências técnicas, relacionais e organizacionais
relevantes para o perfil de desempenho à saída do Curso de Treinadores, adquiridas na parte
curricular do curso; Criação de hábitos de reflexão crítica sobre as situações reais de treino e
competição vividas com os praticantes desportivos, utilizando esta sua prática como meio e
oportunidade de formação; Proporcionar uma experiência prática de relacionamento profissional
com Treinadores mais experientes; Participar na vida de um clube desportivo, ou de outra
organização em que o Estágio decorra, envolvendo o relacionamento com os diferentes
19
membros de uma comunidade desportiva; Integrar o Treinador Estagiário no sistema desportivo,
ao nível local, regional e nacional; Desenvolver a necessidade de uma constante atualização nos
domínios do conhecimento científico e pedagógico.
4. Estrutura organizacional
Os Estágios decorrem após a conclusão com aproveitamento da componente curricular (geral e
específica), para que o Treinador Estagiário detenha já um domínio relevante das competências
visadas. Os Estágios preveem o desenvolvimento de atividades compatíveis e adequadas ao
perfil de desempenho esperado à saída do Curso de Treinadores frequentado pelo Treinador
Estagiário, atividades essas devidamente calendarizadas, ajustadas à duração do Estágio em
questão (PIE) e realizadas sob a supervisão de um Tutor. As atividades e tarefas no âmbito dos
Estágios de Grau I e II são definidas pelas partes envolvidas nos Estágios e validadas pela
Entidade Formadora, respeitando as orientações expressas neste regulamento. As atividades
referidas estão agrupadas nas seguintes áreas:
Alínea A - Condução de sessões de treino. Corresponde à componente fundamental do Estágio,
devendo estar-lhe associada uma parcela significativa do volume de trabalho a realizar.
Alínea B - Orientação dos praticantes em competição (se aplicável).
Alínea C. Trabalho individual a efetuar pelo Treinador Estagiário, em que consideramos as
seguintes tarefas:
i) Preparação das sessões de treino (e da competição, se aplicável);
ii) Avaliação e reflexão pedagógica sobre a forma como as unidades de treino e
competição (quando aplicável) decorreram, sobre o grau de sucesso das medidas e
propostas de trabalho aplicadas e sobre os efeitos provocados nos praticantes;
iii) Preparação e atualização diária do Dossiê de Treinador, elemento essencial de
apreciação do trabalho desenvolvido pelo Treinador Estagiário;
iv) Realização e preparação das tarefas necessárias à avaliação do Estágio, em
particular as que venham a integrar o relatório do Estágio.
Alínea D - Formas de relacionamento com o Tutor (reuniões e/ou outras formas de comunicação).
Alínea E - Outras tarefas relacionadas com o exercício da função de Treinador, entre as quais
se consideram as reuniões com os pais dos praticantes, as reuniões com a estrutura técnica e
com a estrutura dirigente do clube ou do departamento, participação em iniciativas de formação,
etc..
5. Condições específicas de realização dos Estágios
5.1. Estágios de UEFA C
• Uma época desportiva, correspondente a 550 horas.
• Condução de sessões de treino - Nº mínimo de horas dedicadas à condução de
sessões de treino: 64 horas = 2h/semana x 4 semanas x 8 meses
• Contexto de intervenção amador – No futebol, os estágios terão de ser realizados no
enquadramento e condução de praticantes nos escalões masculinos de juniores de
20
futebol sete (7), nove (9) e em futsal desde a base até aos juniores A e/ou nos escalões
femininos juniores e seniores de campeonato distrital e pró-nacional.
• Especificidade do contexto de intervenção - Os Estágios poderão ser realizados num
enquadramento de treino específico de Guarda-redes em qualquer escalão do
campeonato distrital, nacional e profissional, desde que a sua intervenção num
contexto de equipa técnica não seja exclusiva a função de treinador de Guarda-redes.
Realização do estágio, durante a época desportiva correspondente, numa entidade desportiva
cuja equipa acolhedora intervenha com praticantes enquadrados em atividades visando o
sucesso desportivo, através de escalão etário próprio – ou, no limite, com sobre classificação
legal – num ambiente competitivo formal, expresso em campeonatos, torneios ou concentrações
desportivos instituídos de modo regular e validados por organização representativa da
modalidade inserida no sistema desportivo, que: (1) promova, regulamente e dirija a nível
nacional e distrital/regional a prática do Futebol; (2) tenha como principal objeto da sua atividade
o ensino e a prática do mesmo; (3) consagre regulamentação específica da modalidade; (4)
assuma o estrito respeito pelas Leis do Jogo do Futebol aprovadas pelo IFAB e (5) respeite a
regulamentação da FIFA e da UEFA. Cumprir, com a equipa acima referida, o seguinte número
mínimo de jogos: a) Sub-6 e Sub-7 – 20 jogos; b) Sub-8 e Sub-9 – 20 jogos, c) Sub-10 e Sub-11
– 15 jogos; d) Sub-12 ou Sub-13 – 15 jogos. Efetuar reuniões, em número conveniente para o
bom desenvolvimento das tarefas inerentes ao estágio, com: 1. o coordenador do estágio; 2. o
tutor do estágio; 3. Pais e/ou Encarregados de Educação dos jogadores visando sensibilização
e informação; (início, meio e fim da época); 4. os elementos da equipa técnica da área do Futebol
onde se insere a equipa da entidade desportiva de acolhimento; 5. dirigentes da entidade
desportiva da área do Futebol onde se insere a equipa; 6. membros da estrutura médica ou para
médica da equipa ou da entidade desportiva de acolhimento. Proceder à elaboração de notas
sumárias das reuniões mencionadas referenciando a informação relevante para o
desenvolvimento da sua atividade, da atividade da equipa acolhedora e da entidade desportiva.
5.2. Estágios de UEFA B
• Uma época desportiva, correspondente a 800 horas.
• Condução de sessões de treino - Nº mínimo de horas dedicadas à condução de
sessões de treino: 160 horas = 4,5h/semana x 4 semanas x 9 meses
• Contexto de intervenção amador – No futebol, os estágios terão de ser realizados no
enquadramento e condução de praticantes nos campeonatos de futebol 11,
designadamente nos diferentes escalões masculinos e femininos de juniores, nos
campeonatos de seniores masculinos e femininos das associações distritais, no
campeonato nacional de futebol feminino da 2ª divisão, na liga feminina e no campeonato
de Portugal, e no futsal será realizado unicamente em competições de equipas
masculinas juniores “A” e “B” (Competições nacionais); equipas seniores femininas do
campeonato nacional e seniores masculinos (2ª divisão nacional).
21
• Especificidade do contexto de intervenção - Os Estágios poderão ser realizados num
enquadramento de treino específico de Guarda-redes em qualquer escalão do
campeonato distrital, nacional e profissional, desde que a sua intervenção num
contexto de equipa técnica não seja exclusiva a função de treinador de Guarda-redes.
Realização do estágio, durante a época desportiva correspondente, numa entidade desportiva
cuja equipa acolhedora intervenha com praticantes enquadrados em atividades visando o
sucesso desportivo, através de escalão etário próprio – ou, no limite, com sobre classificação
legal – num ambiente competitivo formal, expresso em campeonatos, torneios ou concentrações
desportivos instituídos de modo regular e validados por organização representativa da
modalidade inserida no sistema desportivo, que (1) promova, regulamente e dirija a nível nacional
e distrital/regional a prática do Futebol; (2) tenha como principal objeto da sua atividade o ensino
e a prática do mesmo; (3) consagre regulamentação específica da modalidade, (4) assuma o
estrito respeito pelas Leis do Jogo do Futebol aprovadas pelo IFAB e (5) respeite a
regulamentação da FIFA e da UEFA. Cumprir, com a equipa acima referida, o seguinte número
mínimo de jogos: a) Juniores Sub-19, Sub-17 e Sub-15: i. Competições distritais/regionais sem
acesso a competições nacionais – 18 jogos; ii. Competições distritais/regionais e nacionais
consecutivas – 18 jogos; iii. Competições nacionais – 28 jogos. b) Seniores: i. Competições
distritais/regionais – 22 jogos; ii. Competições nacionais não-profissionais – 32 jogos. Efetuar
reuniões, em número conveniente para o bom desenvolvimento das tarefas inerentes ao estágio,
com: 1. o coordenador do estágio; 2. o tutor do estágio; 3. Pais e/ou Encarregados de Educação
dos jogadores visando sensibilização e informação; 4. os elementos da equipa técnica da área
do Futebol onde se insere a equipa da entidade desportiva de acolhimento; 5. dirigentes da
entidade desportiva da área do Futebol onde se insere a equipa; 6. membros da estrutura médica
ou para médica da equipa ou da entidade desportiva de acolhimento. Proceder à elaboração de
notas sumárias das reuniões mencionadas referenciando a informação relevante para o
desenvolvimento da sua atividade, da atividade da equipa acolhedora e da entidade desportiva.
6. Avaliação dos estágios
A avaliação dos Estágios é contínua e formativa, apoiada numa apreciação sistemática das
atividades desenvolvidas durante o período de Estágio e constantes do Plano Individual de
Estágio (PIE), permitindo, se necessário, um reajustamento do mesmo. A avaliação dos Estágios
tem por base: i) A avaliação do desempenho do Treinador Estagiário no exercício concreto da
função – treino e competição (caso se aplique), ao longo do Estágio; ii) A avaliação do Relatório
de Estágio; iii) A avaliação do Dossiê de Treinador. A avaliação contínua do desempenho do
Treinador Estagiário deve utilizar como elementos aferidores, para além dos estabelecidos pelas
Entidades Formadoras e os definidos no ponto 3.2, os abaixo indicados: Cumprimento dos
objetivos propostos; Competências técnicas, rigor e habilidade demonstrada para a função;
Participação ativa nas atividades propostas; Capacidade de iniciativa; • Relacionamento
interpessoal; Utilização de uma linguagem clara e uma correta terminologia específica; Aplicação
22
das normas de segurança; Integração na Entidade de Acolhimento. A não entrega do Relatório
de Estágio, ou a não apresentação do Dossiê de Treinador correspondente à época de Estágio
vivida pelo Treinador em Estágio, implicam a não conclusão do Estágio e a correspondente não
conclusão do curso. As situações especiais que venham a surgir neste processo de avaliação
serão resolvidas pela Entidade Formadora, depois de ouvir o Treinador Estagiário.
7. Critérios e Atividades de avaliação obrigatórias: Estágios de Grau I
O estagiário, cujo estágio será avaliado por um Coordenador, deverá: i) assegurar a participação
na condução de um mínimo de 90% das sessões de treinos previstas para a época desportiva,
sempre cumprindo o número mínimo de horas obrigatórias; ii) assegurar a participação na
condução de um mínimo de 90% dos jogos previstos para a época desportiva; iii) fornecer ao
tutor, sob qualquer forma de comunicação, até ao dia de início de cada microciclo, as fichas de
programação de cada unidade de treino deste ciclo; iv) ter disponíveis para consulta pelo tutor,
no máximo ao fim de cada ciclo de ensino/aprendizagem considerado, os registos avaliativos
sobre o decurso das sessões de treino e dos jogos, sobre os meios utilizados para a sua
consecução, sobre os efeitos dos exercícios de treino e dos jogos nos jogadores, o desempenho
destes nas competições e bem assim as atas das reuniões previstas neste regulamento; v)
disponibilizar ao tutor, a qualquer momento, o Dossiê de Treinador devidamente atualizado; vi)
entregar o Dossiê de Treinador e o Relatório de Estágio; vii) nota de desempenho do tutor.
7.1. Atividades obrigatórias
Relatório de Estágio; Dossiê de Treino; Participação em treinos, jogos e em outras tarefas de
âmbito técnico determinadas pelo Tutor e convenientes para o bom desenvolvimento do estágio;
Realização das reuniões determinadas neste regulamento e elaboração das respetivas notas
sumárias.
8. Critérios e Atividades de avaliação obrigatórias: Estágios de Grau II
O estagiário, cujo estágio será avaliado por um Coordenador possuidor, no mínimo, do Grau II
de formação, deverá: i) Assegurar a participação na condução de um mínimo de 90% das
sessões de treinos previstas para a época desportiva, sempre cumprindo o número mínimo de
horas obrigatórias; ii) Assegurar a participação na condução de um mínimo de 90% dos jogos
previstos para a época desportiva; iii) Fornecer ao tutor, sob qualquer forma de comunicação,
até ao dia de início de cada microciclo, as fichas de programação de cada unidade de treino
deste ciclo; iv) Ter disponível para consulta pelo tutor, no máximo ao fim de cada ciclo de
ensino/aprendizagem considerado, os registos avaliativos sobre o decurso das sessões de treino
e dos jogos, sobre os meios utilizados para a sua consecução, sobre os efeitos dos exercícios
de treino e dos jogos nos jogadores, o desempenho destes nas competições e bem assim as
atas das reuniões previstas neste regulamento; v) Disponibilizar ao tutor, a qualquer momento,
o Dossiê de Treinador devidamente atualizado; vi) O Dossiê de Treinador e o Relatório de
Estágio; vii) nota de desempenho do tutor.
23
8.1. Atividades obrigatórias
Relatório de Estágio; Dossiê de Treino; Participação em treinos, jogos e em outras tarefas de
âmbito técnico determinadas pelo Tutor e convenientes para o bom desenvolvimento do estágio;
Realização das reuniões determinadas neste regulamento e elaboração das respetivas notas
sumárias.
9. Classificação Final dos estágios
A classificação final dos Estágios traduz-se na atribuição de uma classificação final de 0 a 20
valores, arredondada às décimas. Esta classificação resulta da avaliação efetuada aos 3
elementos de avaliação a seguir indicados de acordo com o peso relativo definido para cada um.
Elementos de avaliação
1. Desempenho no exercício concreto da função 60%
2. Dossiê de treinador 30%
3. Relatório de estágio 10%
Quadro 12 - UEFA “C” “B” – Grau I e II
A classificação final do Estágio
Classificação = [(Desempenho x 6) + (Caderno x 3) + (Relatório x 1)] / 10
Os resultados desta apreciação são formalizados numa nota final para cada um dos três
elementos, atribuídas em valores (escala 0 a 20), que se traduz numa nota de Estágio (com
arredondamento à unidade), conduz a uma classificação final de Estágio de APTO. Cabe ao
Tutor apresentar por escrito ao Coordenador de Estágio uma proposta fundamentada desta
avaliação, cabendo depois a este, analisando em conjunto com o Tutor os dados da avaliação,
definir a classificação do Estágio.
9.1. Desempenho no exercício concreto da função
A avaliação do desempenho no exercício concreto da função de Estágio Grau I e II, será
unicamente avaliado pelo tutor de Estágio, devendo constar unicamente por duas páginas e ser
formatado do tipo Tahoma, corpo 11, texto justificado a 1,5 espaços entre linhas, com margens
superior/inferior de 2,5 cm e esquerda/direita de 3 cm, cuja elaboração deve reportar o seguinte:
1. nota introdutória; 2. cumprimento dos objetivos propostos no plano individual de estágio
(PIE); 3. competências técnicas, rigor e habilidade demonstrada para a função ao longo do
processo, em todas as áreas da formação geral e específica, e ao nível dos conhecimentos do
planeamento; participação ativa nas atividades propostas a nível da pontualidade, se revelava
segurança na transmissão sistematizada dos conteúdos treino, mantendo os atletas
empenhados, motivados e envolvidos no processo ensino-aprendizagem e se ultrapassou
facilmente os aspetos de organização didático-metodológica, sendo capaz de dar resposta a
vários aspetos ao mesmo tempo e autonomamente conseguindo transformar o que parece ser
24
complexo em tarefas simples; 4. capacidade de iniciativa e autonomia individual, mantendo
com os pares uma atitude colaborativa e catalisadora de sinergias; 5. relacionamento
interpessoal, se conseguiu criar proximidade com os atletas de forma contextualizada,
consistente e integradora respeitando o primado da ética, distinguindo o “bem” do “mal”, tendo
mantido uma conduta adequada dentro e fora da instituição e uma atitude colaborativa com os
pares e com outros atores sociais e educativos, revelando um entendimento integrador e
inovador do papel de treinador-estagiário como gestor de relações humanas; 6. Utilização de
uma linguagem clara, segura e adequada à terminologia específica com base em
pressupostos pedagógicos, didáticos e científicos; 7. Cumprimento das normas de segurança
em contexto de treino.
Nota importante
No fim do texto avaliativo o tutor termina com o seguinte texto “Face às responsabilidades e
obrigações específicas que me confere como tutor e de acordo com as normas de
funcionamento dos estágios, proponho para o treinador-estagiário, (nome), uma
classificação de X valores, numa escala de zero a vinte valores. Deverá constar a assinatura
do tutor e o carimbo da entidade de acolhimento.
Devendo ser enviado diretamente para a CLOUD específica para o efeito até dia 31 de maio.
Terminando este prazo, a coordenação permitirá com uma penalização de 2 valores numa escala
de o a 20 valores, que seja enviado até ao dia 15 de junho para a CLOUD específica.
9.2. Dossiê de treinador
O dossiê do treinador será avaliado, posteriormente e no final do estágio, pelo coordenador de
Estágio da AFA, o qual terá em atenção os seguintes critérios: a) Clareza do relato; b) Coerência
do conteúdo do Caderno – medida tendo em atenção o modelo de jogo preconizado e o padrão
semanal das unidades de treino prescritas; c) Qualidade do relato.
9.2.1. Dossiê de treinador de Grau I e Grau II
O treinador desenvolve, junto da equipa de que é tecnicamente responsável, um processo
metodológico integral, regular e sistemático, aferido no contexto de jogo, de aquisição
aperfeiçoamento e consolidação de conhecimentos por parte dos jogadores. O Dossiê do
Treinador será unicamente avaliado pela Coordenador de Estágio da AFA, devendo ser
formatado do tipo Tahoma, corpo 11, texto justificado a 1,5 espaços entre linhas, com margens
superior/inferior de 2,5 cm e esquerda/direita de 3 cm e deverá refletir, tão pormenorizadamente
quanto possível, as incidências do trabalho realizado de modo a permitir uma avaliação
sustentada desse percurso. Assim, deve ser organizado segundo cinco áreas, com as
adaptações inerentes aos escalões etários iniciais e às respetivas etapas de desenvolvimento
dos jogadores: 1) Aspetos gerais: A instituição, a equipa, mapa de atividades, objetivos de
ordem educativa e formativa, objetivos de rendimento desportivo, Objetivos de ordem
classificativa, e regulamento interno; 2) Modelo de jogo: Formação da equipa (recrutamento
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dos jogadores e perfil de competências do jogador em cada função), personalidade da equipa
(comportamentos técnico-táticos gerias e específicos ofensivos e defensivos), sistemas táticos
com e sem posse de bola (princípios e subprincípios ofensivos e defensivos), métodos de jogo
ofensivo e defensivo e missões táticas ofensivas e defensivas para a cada função (posições dos
atletas) e esquemas táticos ofensivos e defensivos. 3) Processo de treino: Periodização do treino
(modelo de periodização, Fases do planeamento do treino - macrociclo, microciclos, padrão
semanal das sessões de treino, frequência total dos treinos, lesões e disciplina. 4) Processo
competitivo: Calendário competitivo, calendário e classificação (caso exista),
atividade/competição oficial, golos marcados e sofridos, volume competitivo (jogos de treino e
competitivos), disciplina, evolução dos resultados, evolução da tabela classificativa (caso exista),
análise da atividade/competição oficial e análise individual competitiva; 5) Controlo/Avaliação
do treino: Controlo periódico do treino (controlo corrente, controlo por etapa) e diagnóstico do
rendimento como elemento do controlo do treino (processo de observação: uma observação da
própria equipa e uma das equipas adversárias e caracterização individual dos condutores do
jogo das equipas adversárias).
Devendo ser enviado diretamente para a CLOUD específica para o efeito até dia 31 de maio.
Terminando este prazo, a coordenação permitirá com uma penalização de 2 valores numa escala
de o a 20 valores, que seja enviado até ao dia 15 de junho para a CLOUD específica.
9.3. Relatório de estágio
O Relatório de Estágio Grau I e II, será unicamente avaliado pela Coordenador de Estágio da
AFA, devendo constar entre 10 a 15 páginas, e ser formatado do tipo Tahoma, corpo 11, texto
justificado a 1,5 espaços entre linhas, com margens superior/inferior de 2,5 cm e esquerda/direita
de 3 cm, cuja elaboração deve reportar o seguinte: Dedicatória; 1. Nota introdutória; 2. Situação
inicial: i. Caracterização do Clube e do seu contexto - História, missão, visão e valores
(expressos, subentendidos ou inferidos); ii. Caracterização da equipa e do seu contexto interno
e externo; 3. Descrição e análise crítica do processo relativamente às atividades realizadas, bem
como às instalações e aos materiais didáticos disponibilizados, aos recursos humanos
disponíveis, à circulação de informação dentro do Clube e aos procedimentos de funcionamento
do mesmo; 4. Conclusões sobre o cumprimento dos objetivos definidos; 5. Agradecimentos.
Devendo ser enviado diretamente para a CLOUD específica para o efeito até dia 31 de maio.
Terminando este prazo, a coordenação permitirá com uma penalização de 2 valores numa escala
de o a 20 valores, que seja enviado até ao dia 15 de junho para a CLOUD específica.
10. O Plano Individual de Estágio
O início formal do estágio acontecerá no ato de inscrição para a componente, devendo os
formandos remeterem até ao dia 31 de outubro o Plano Individual de Estágio para CLOUD
específica. No plano deverá constar os objetivos específicos definidos para o Estágio,
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necessariamente respeitando os objetivos gerais inicialmente estabelecidos; os conteúdos a
abordar; a programação das atividades; os intervenientes na realização do Estágio; o período ou
períodos em que o Estágio se realiza, fixando as datas de início e fim do Estágio; o local ou locais
de realização das atividades.
Nota importante
O Plano Individual de Estágio pode ser revisto durante a sua realização, fruto da apreciação que
for feita à sua execução, tanto pelos Treinadores Estagiários como pelos Tutores. O Plano
Individual de Estágio inclui, na sua estrutura, os elementos essenciais da realização do Estágio,
pelo que a sua execução será um elemento determinante para que o Estágio seja considerado
válido. Neste sentido, o PIE terá de ser concretizado, em termos de objetivos e atividades, numa
taxa mínima de 80% para que o Estágio possa ser considerado válido.
11. Relatório Intercalar
Remeter para CLOUD específica, até 31 janeiro, um Relatório Intercalar no máximo de quatro
páginas sem gráficos, tipo Tahoma, corpo 11, texto justificado a 1,5 espaços entre linhas, com
margens superior/inferior de 2,5 cm e esquerda/direita de 3 cm, subscrito também pelo Tutor
onde constará uma nota introdutória, a análise da situação (diagnóstico), a organização do
processo de treino, a aplicação do programa e por último a avaliação e controlo dos objetivos.
Refere-se ainda, que o relatório intercalar é condicionante da continuação do Estágio e no
momento da entrega do Relatório Intercalar o Treinador-Estagiário remeterá uma declaração
oficial do Clube em que está a realizar o estágio nessa Entidade de Acolhimento, reportando o
número de treinos em que o mesmo participou e o número de presenças do Treinador-Estagiário
nos jogos da equipa.
12. Disposições finais
Aos formandos aprovados será emitido o diploma de qualificações do IPDJ, IP que lhes permitirá
o acesso ao titulo profissional de treinador de desporto (TPTD), bem como ao diploma UEFA.
No caso de interrupção ou desistência após a componente geral, o formando poderá concluir o
seu curso no prazo de 4 anos a contar do início da formação.
13. Casos Omissos
Os casos omissos, serão resolvidos de acordo com o estabelecido na regulamentação da FPF /
IPDJ.IP.