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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XVI - Edição 172 - FEVEREIRO / 2018 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio Vivenciamos momentos dolorosos para a Humanidade, por ocasião dos flagelos que atingem muitos irmãos e pelos acontecimentos decorrentes da falta de amor entre os homens. Diante do que vimos, muitos perguntam: DEUS é justo? DEUS é bom? DEUS castiga? O espírita, pelos estudos a que se dedica, sabe que DEUS nos criou simples e ignorantes, mas estabeleceu como objetivo nos tornarmos evoluídos, tanto em inteligência, quanto em moralidade. Ele nos criou imortais e perfectíveis. DEUS é justo e bom, não podemos duvidar disso, embora nosso entendimento não alcance esta verdade. A justiça de DEUS está relacionada com a lei de causa e efeito, que se processa com as reencarnações. O homem, agindo fora das leis divinas, cria para si efeitos dolorosos. O meio de nos livrarmos do sofrimento é agirmos de acordo com essas leis soberanas, que impulsionam nossa evolução e educação. Como nos dizem os Espíritos, em O Livro dos Espíritos, questão 614: “A lei de Deus é a única verdadeira para a felicidade do homem”. À medida que vamos nos corrigindo, vamos criando para nós um futuro mais feliz. Portanto, estudemos Kardec e sigamos os ensinamentos de JESUS. Assim, em breve, teremos um mundo melhor, onde o AMOR e a PAZ reinarão. Que DEUS nos abençoe. SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: O Grande Enigma). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). Cursos no C.E.I.C. pág. 9 pág. 3 pág. 6 pág. 13 Programação de Palestras do Mês de Fevereiro Lembrete Carinhoso aos Mé- diuns: Advertência pág. 20 Obsessão: O Processo de Autodesobsessão pág. 12 Semeando o Evangelho de Jesus: A Fé Humana e a Divina Estudando a Gênese: A Geração Nova Estudando as Obras de Joan- na de Ângelis: Terapia do Autoconhecimento Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial Deus é Justo?

Cursos no C.E.I.C. Editorial Deus é Justo? · 2018-09-02 · decorrentes da falta de amor entre os homens. ... na de Ângelis: Terapia do Autoconhecimento ... cidade sempre perto

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XVI - Edição 172 - FEVEREIRO / 2018

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio

Vivenciamos momentos dolorosos para a Humanidade, por ocasião dos flagelos que atingem muitos irmãos e pelos acontecimentos decorrentes da falta de amor entre os homens.

Diante do que vimos, muitos perguntam: DEUS é justo? DEUS é bom? DEUS castiga?

O espírita, pelos estudos a que se dedica, sabe que DEUS nos criou simples e ignorantes, mas estabeleceu como objetivo nos tornarmos evoluídos, tanto em inteligência, quanto em moralidade. Ele nos criou imortais e perfectíveis.

DEUS é justo e bom, não podemos duvidar disso, embora nosso entendimento não alcance esta verdade.

A justiça de DEUS está relacionada com a lei de causa e efeito, que se processa com as reencarnações.

O homem, agindo fora das leis divinas, cria para si efeitos dolorosos. O meio de nos livrarmos do sofrimento é agirmos de acordo com

essas leis soberanas, que impulsionam nossa evolução e educação. Como nos dizem os Espíritos, em O Livro dos Espíritos, questão

614: “A lei de Deus é a única verdadeira para a felicidade do homem”.À medida que vamos nos corrigindo, vamos criando para nós um

futuro mais feliz.Portanto, estudemos Kardec e sigamos os ensinamentos de JESUS.

Assim, em breve, teremos um mundo melhor, onde o AMOR e a PAZ reinarão.

Que DEUS nos abençoe.

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: O Grande Enigma).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).

Cursos no C.E.I.C.

pág. 9

pág. 3

pág. 6 pág. 13

Programação de Palestras do Mês de Fevereiro

Lembrete Carinhoso aos Mé-diuns:Advertência

pág. 20

Obsessão:O Processo de Autodesobsessão

pág. 12Semeando o Evangelho de Jesus:A Fé Humana e a Divina

Estudando a Gênese:A Geração Nova

Estudando as Obras de Joan-na de Ângelis:Terapia do Autoconhecimento

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Editorial

Deus é Justo?

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Clareando / Ano XVI / Edição 171 / Janeiro . 2018 - Pág . 2

Onde te encontres, o que faças, para onde fujas, estarás sempre perto de Deus.

Por mais te rebeles em face do resultado dos julgamentos infelizes e precipitados, exames das circunstâncias e aparências, serás surpreendido pela presen-ça de Deus.

Face às conquistas enobrece-doras da inteligência e aos labo-res persistentes do sentimento engrandecido, não esqueças de que te encontras per-to de Deus.

Suportando o far-do das provações e desaires, jugulado a injustiças que te ma-ceram e a aflições superlativas que te desanimam, recorda que estás, mesmo assim, perto de Deus.

Quando a infâmia te ferir o imo, dilacerando as mais caras aspirações, ou quando o estrugir da tempestade moral danificar a tua paz, ou quando experimen-tando insuportável soledade do sentimento, no cárcere de indi-zível amargura, conserva a co-ragem, pois estás ainda assim perto de Deus.

Surpreendido pelas contin-gências amargantes da vida em cujo carro segues no rumo da perfeição, confia, pois, perto de Deus todas as coisas assumem configurações valiosas, se sou-beres conduzir o próprio com-portamento...

Afirmas que pagas alto pre-ço de sofrimento pelo caminho

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

humano em que jornadeias e asseveras que as dificuldades te assessoram sempre, travestindo--se e corporificando-se em várias expressões, o que atesta estares relegado ao abandono, ao es-quecimento...

Indagas, após a tragédia, onde estava o divino auxílio que te não alcançou e como conside-rar a celeste providência diante dos lastimáveis acontecimentos que te feriram amarga, profun-

damente?!... Confrontas a tua com outras

vidas e facultas a demorada fixa-ção da mágoa nos tecidos sutis do sentimento intoxicando-te a pouco e pouco, refletindo que saldas incalculável débito para sofreres tanto, irrompendo, cau-dalosa, a revolta interior que tis-na lucidez e alegria, fazendo-te calceta...

Não obstante, estás perto de Deus e tudo quanto acontece re-cebe dele a sanção.

Não te equivoques com a precipitação de julgamento ou a alucinada interpretação das leis.

O que te parece felicidade em muita gente, apenas parece.

O júbilo dos outros, possivel-mente não seja legítima alegria.

A fortuna, a saúde, a fama, o

destaque são pesada canga que nem toda criatura consegue su-portar.

Há muitos que estão destroça-dos pela constrição e peso dessa carga, aspirando à paz e lutando por necessário repouso interior.

Conquistaram o mundo e per-deram-se.

Possuem muito e se fizeram possuir pelas coisas e fatores que os escravizam.

Segue renovado, sem embargo à posição que ocu-pes, o lugar em que estejas, as penas que experimentes.

O mal que te acontecer não é o pior, antes o míni-mo que consegues

suportar. As duras provas que sofras

não serão as mais severas que te estão reservadas pelo impositivo da reencarnação.

És espírito endividado, em rota redentora, sublimando-te e exercitando aprimoramento, corrigindo defeitos, ampliando aspirações.

Ausculta, desse modo, o pulsar da vida e exulta, seja como seja a tua existência, pois, seguindo sem receio, alcançarás a meta da feli-cidade sempre perto de Deus.

Joanna de Ângelis

Fonte: Celeiro de Bênçãos, psi-cografia de Divaldo Pereira Franco, lição 58. Editora LEAL.

“...exulta, seja como seja a tua existência, pois, seguindo sem receio,

alcançarás a meta da felicidade sempre perto de Deus.”

Deus – Causa Primeira

Perto de Deus

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Clareando / Ano XVI / Edição 172/ Fevereiro . 2018 - Pág . 3

A Fé Humana e a Divina

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

No homem, a fé é o sentimen-to inato de seus destinos futu-ros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas deposi-tadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desa-brochem e cresçam pela ação da sua vontade. Até ao presen-te, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, por-que o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entre-tanto, o Cristo, que operou mi-lagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vonta-de pode obter satisfação. Tam-bém os apóstolos não opera-ram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de en-tão desconheciam, mas que,

hoje, em grande parte se ex-plicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Mag-netismo se tornarão com-pletamente compreensí-veis? A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das ne-cessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lan-ça à realização de algum gran-de empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim co-limado, certeza que lhe facul-ta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existên-cia, haure na sua fé, na certe-za da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de carida-de, de devotamento e de ab-negação. Enfim, com a fé, não há maus pendures que se não chegue a vencer. O Magnetis-

mo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de mila-gres. Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam ca-pazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das facul-dades humanas.

Um Espírito Protetor. (Paris, l863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capí-tulo XIX, item 12. Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Lembremo-nos de todos os espíritos de escol que, através dos séculos, dos milênios, aprimoram os seus valores, e compreendamos seus esforços uma vez que eles entendem ser empreitada trazer a nós, os que ainda estamos perlustrando os caminhos da Terra, toda a força, todo o amparo, toda a determinação, todo o equilíbrio, tudo enfim que nos possa facilitar a existência.”

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Clareando / Ano XVI / Edição 171 / Janeiro . 2018 - Pág . 4

Sociedade e Família

A Família na Visão Espírita

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 04/02/2018 - 16 horasCulto no Lar dePercília Werdan

Atividades Doutrinárias

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informativo do CeiC

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma re-crudescência do egoísmo.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

“Sociedade é uma relação eco-lógica em que os integrantes devem trabalhar para o bem comum da co-letividade”.

Vivem em sociedade as abelhas, as formigas e o homem. Entretanto, quando observamos o comporta-mento deste último, nem sempre o é em benefício do bem comum.

Na vida cotidiana e através dos tempos, o homem tem sido o maior inimigo do próprio homem, en-gendrando guerras, guerrilhas, ter-rorismo, governos autoritários, as-sassinatos e roubos, fora os atos de violência, que, na maioria das vezes, não chegam ao conhecimento das autoridades, da Justiça ou dos meios de comunicação em massa.

Ora, se os insetos conseguem viver organizadamente em socieda-de, por puro instinto, por que os ho-mens, sendo “os seres inteligentes do universo”, não o conseguem?

Allan Kardec, pseudônimo do professor e pedagogo francês Hip-polyte Léon Denizard Rivail, no sé-culo passado, em sua genialidade, ao comentar a resposta dada pelos Espíritos Superiores à questão 685 de “O Livro dos Espíritos”, nos apontava a causa dessa dificuldade, ao regis-trar o seguinte: “Considerando-se a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da po-pulação, sem princípios, sem freios e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem?”

Ao se analisar a nota do Codifica-dor em sua totalidade, vamos encon-trar alguns pontos importantes, para nossa reflexão, a saber:

1º - Se os indivíduos chegam à so-ciedade sem princípios, sem freios e entregues aos seus próprios instintos é que assim saem de seus lares.

2º - Só a educação moral, capaz de criar hábitos, poderá resolver as questões sociais da humanidade.

3º - A educação é o conjunto de hábitos (positivos) adquiridos.

Entendendo-se a família como “célula mater da sociedade”, podere-mos concluir que, se esta se encontra desestruturada é porque os lares não estão conseguindo substituir os hábi-tos de seus filhos: os velhos e viciosos por novos e educativos, ou seja, de transformar as paixões em virtudes, através do freio da disciplina, que é o que está faltando na maioria das pes-soas hoje em dia.

Esse trabalho deve começar o mais cedo possível, pois, segundo ainda a resposta dada pelos Lumi-nares da Espiritualidade, na questão 383 do citado livro, “Encarnando, como objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período (infân-cia) é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxi-liarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”

É esse o trabalho que falta para que o homem possa, realmente, formar a geração intelecto-moral, base da fase de regeneração do nosso planeta.

Lydienio Barreto de Menezes

Fonte: Revista de Estudos Espíritas, ano II, número 13, janeiro/1998, Edi-tora Léon Denis.

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O Passamento

Céu e Inferno – Esperanças e Consolações

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

A insensibilidade da matéria inerte é um fato, e só a alma ex-perimenta sensações de dor e de prazer. Durante a vida, toda a de-sagregação material repercute na alma, que por este motivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa. É a alma e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor: - aquela é o paciente. Após a morte, separada a alma, o corpo pode ser impu-nemente muti-lado que nada sentirá; aquela, por insulada, nada experimen-ta da destruição orgânica. A alma tem sensações próprias cuja fonte não resi-de na matéria tangível. O pe-rispírito é o en-voltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte. Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem mesmo se pode conceber uma sem outro. Durante a vida o fluido pe-rispirítico penetra o corpo em to-das as suas partes e serve de veícu-lo às sensações físicas da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos.

A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brus-

ca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de con-tacto existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, tam-

bém da maior ou menor dificulda-de que apresenta o rompimento.” Não é preciso, portanto, dizer que, conforme as circunstâncias, a mor-te pode ser mais ou menos penosa. Estas circunstâncias é que nos cum-pre examinar.

*** Estabeleçamos em primeiro lugar, e como princípio, os quatro seguintes casos, que podemos re-putar situações extremas dentro de cujos limites há uma infinidade de variantes: 1° - Se no momento em que se extingue a vida orgânica o

desprendimento do perispírito fos-se completo, a alma nada sentiria absolutamente.

2° - Se nesse momento a coesão dos dois elementos estiver no auge de sua força, produz-se uma espé-cie de ruptura que reage dolorosa-mente sobre a alma.

3° - Se a coesão for fraca, a se-paração torna-se fácil e opera-se sem abalo.

4° - Se após a cessação com-pleta da vida or-gânica existirem ainda numero-sos pontos de contacto entre o corpo e o pe-rispírito, a alma poderá ressentir--se dos efeitos da decomposi-ção do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça.

Daí resulta que o sofrimen-to, que acompa-nha a morte, está subordinado à

força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a ra-pidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, final-mente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo I, itens 3, 4 e 5. Editora FEB.

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Estudando A Gênese

A Geração NovaPara que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo che-gado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dig-nos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe oca-sionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endure-cimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equiva-lentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimen-tos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí--los-ão Espíritos melhores, que fa-rão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desa-

parecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem na-tural das coisas.

Tudo, pois, se processará exte-riormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que en-carnavam na Terra aí não mais tor-narão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que an-tes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: «Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.» Assim decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar--se por efeitos sobrenaturais e mara-vilhosos.

Sejam os que componham a nova geração Espíritos melhores, ou Espíritos antigos que se melhoraram,

o resultado é o mesmo. Desde que trazem disposições melhores, há sempre uma renovação. Assim, segundo suas disposições natu-rais, os Espíritos encarnados for-mam duas categorias: de um lado, os retardatários, que partem; de outro, os progressistas, que che-gam. O estado dos costumes e da sociedade estará, portanto, no seio de um povo, de uma raça, ou do mundo inteiro, em relação com aquela das duas categorias que preponderar.

Uma comparação vulgar ain-da melhor dará a compreender o que se passa nessa circunstância. Figuremos um regimento com-posto na sua maioria de homens turbulentos e indisciplinados, os quais ocasionarão nele constantes desordens que a lei penal terá por vezes dificuldades em reprimir. Esses homens são os mais fortes, porque mais numerosos do que os outros. Eles se amparam, animam e estimulam pelo exemplo. Os poucos bons nenhuma influência exercem; seus conselhos são des-prezados; sofrem com a compa-nhia dos outros, que os achinca-lham e maltratam. Não é essa uma imagem da sociedade atual?

Suponhamos que esses ho-mens são retirados um a um, dez a dez, cem a cem, do regimento e substituídos gradativamente por iguais números de bons soldados, mesmo por alguns dos que, já ten-do sido expulsos, se corrigiram. Ao cabo de algum tempo, existirá o mesmo regimento, mas transfor-mado. A boa ordem terá sucedido à desordem.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, XVIII, itens 27,30 e 31. Editora FEB.

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comen-tados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

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Clareando / Ano XVI / Edição 172/ Fevereiro . 2018 - Pág . 7

A Dor de Cabeça

Cenas da Vida

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada peda-ço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”.

Hilário Silva - (Fonte: Almas em Desfile, Introdução).

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Educação dos Sentimentos - Jason de Camargo Editora FERGS

Sérgio Murilo chegou a casa, depois do baile carnavalesco.

Excitado.Tomou pijama e caminhou para

o banheiro.Chovia...A garoa fria entrava pelo bascu-

lante aberto.Trancou-se.Queria água quente e acendeu o

gás.Enquanto esperava mais calor,

tomou o lança-perfume e passou a sonhar, sonhar...

Sim, era casada...Confessara que tinha o esposo e

dois filhinhos, mas beijara-o louca-mente, freneticamente.

Levara-a de carro até à residên-cia e, no dia seguinte, terça-feira gorda, seria o encontro real.

Zélia! E a jovem senhora fanta-siada encheu-lhe a imaginação...

- Amanhã, amanhã!... – dizia baixinho, aspirando o éter.

Nisso, lembrou Sônia, a outra.Sim, era casada igualmente.Recordava-se!Quando lhe dissera que não po-

dia continuar, ela havia ficado em desespero.

E ingerira formicida em alta dose.Quem poderia acreditar?Todos diziam que Sônia tinha

outros.Outros e o marido... Leandro, o

corredor.Revia, agora, Leandro em pensa-

mento...O infeliz marido de Sônia enlou-

quecera, após a morte dela, e sofre-ra um colapso quando em tratamen-to, no hospício.

Leandro... E sorriu, a sós...A mãezinha de Sérgio, senhora

espírita, que não lhe conhecia as aventuras, dissera-lhe, certa vez: “Meu filho, não sei o que se passa, mas soube que você está sendo se-guido por um homem desencarna-do, em atitudes vingadoras... soube disso, em sessão, através do nosso benfeitor espiritual, quando pergun-tei por sua dor de cabeça... nada mais soube senão que se chama Leandro... Penso tratar-se de algum inimigo de outras existências!...”.

- Pobre mãe! – pensava Sérgio – “outras existências”, boa saída! Cer-tamente o médium conhecia-lhe o caso e enganava a pobre velha.

Isso fora no ano passado.Leandro estava morto, coberto

de terra.A realidade era só isso.E a realidade, agora, não era Sô-

nia, mas Zélia...- “Amanhã”, repetia enlevado.

Mas voltava a imagem de Lean-dro...

Por que pensar em Leandro, quando queria Zélia?

Buscava Zélia, tentava reter a fi-gura de Zélia, esperava Zélia, mas o reflexo de Leandro crescia sempre...

Parecia tê-lo perto, segurando--lhe a bisnaga ao pé do nariz... Coi-sa estranha!...

Enorme lassidão passou a inva-dir-lhe o corpo.

Lembrou-se do gás, mas não se pôde mexer.

Sim, via agora Leandro...Leandro estava á frente dele e

gargalhava.Leandro, louco...Estava morto ou vivo?- Amanhã nem Sônia, nem Zé-

lia... Você estará comigo! Comi-go!... – gritava-lhe a sombra...

Na manhã seguinte, falava-se em suicídio na vizinhança.

E, ao choro de uma velhinha, grande rabecão removeu um cadá-ver para o necrotério.

Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, psicogra-fia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, Editora FEB.

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loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários

100 enContro espírIta

soBre “yvonne pereIra”data: 18/03/2018Hora: 8:30H às 13H

Em Fevereiro Em Março

200 enContro espírIta

soBre “a Gênese”data: 04/02/2018Hora: 08:30H às 13H

peça teatral Com renato pIetro

“a morte é uma pIada”data: 04/03/2018Hora: 17H

loCal: Casa de Festas FlamBoyants

Evento Março

Emmanuel Responde

A alma humana poder-se-á elevar para Deus, tão somente com o progres-so moral, sem os valores intelectivos?

O sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita.

No círculo acanhado do orbe ter-restre, ambos são classificados como adiantamento moral e adianta-mento intelectual, mas, como estamos examinando os valores propriamente do mundo, em par-ticular, devemos reconhecer que ambos são imprescindíveis ao pro-gresso, sendo justo, porém, consi-derar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto a par-te intelectual sem a moral pode oferecer numerosas perspectivas de queda, na repetição das expe-riências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, re-presentando o núcleo mais impor-tante das energias evolutivas.

Podemos ter uma ideia da ex-tensão de nossa capacidade inte-lectual?

-A capacidade intelectual do ho-mem terrestre é excessivamente redu-zida, em face dos elevados poderes da personalidade espiritual independente dos laços da matéria.

Os elos da reencarnação fazem o papel de quebra-luz sobre todas as con-

quistas anteriores do Espírito reencarna-do. Nessa sombra, reside o acervo de lembranças vagas, de vocações inatas, de numerosas experiências, de valores naturais e espontâneos, a que chamais subconsciência.

O homem comum é uma represen-tação parcial do homem transcendente,

que será reintegrado nas suas aquisições do passado, depois de haver cumprido a prova ou a missão exigidas pelas suas condições morais, no mecanismo da justiça divina.

Aliás, a incapacidade intelectual do homem físico tem sua origem na sua

própria situação, caracterizada pela ne-cessidade de provas amargas.

O cérebro humano é um aparelho frágil e deficiente, onde o Espírito em queda tem de valorizar as suas realiza-ções de trabalho.

Imaginai a caixa craniana, onde se acomodam células microscópicas, in-

teiramente preocupadas com sua sede de oxigênio, sem dispensarem por um milésimo de segundo; a corrente do san-gue que as irriga, a fragilidade dos filamentos que as reúnem, cujas conexões são de cem milésimos de milímetro, e te-reis assim uma ideia exata da pobreza da máquina pensan-te de que dispõe o sábio da Terra para as suas orgulhosas deduções, verificando que, por sua condição de Espírito caído na luta expiatória, tudo tende a demonstrar ao homem do mundo a sua posição de humildade, de modo que, em todas as condições, possa ele

cultivar os valores legítimos do senti-mento.

Fonte: O Consolador, Emmanuel, psi-cografia de Francisco Cândido Xavier, questões 204 e 205. Editora FEB.

O homem comum é uma representação parcial do

homem transcendente, que será reintegrado nas suas

aquisições do passado, depois de haver cumprido a prova ou a missão exigidas pelas suas condições morais, no

mecanismo da justiça divina.

Intelectualismo

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Estudando as Obras de Joanna de Ângelis

Terapia do Autoconhecimento

“O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de VIVER”. (O Livro dos Espíritos, q.880).

Silencia as ansiedades do senti-mento e acalma os tormentos, re-flexionando em torno das tuas reais necessidades.

Aprofunda a autoanálise e tem a coragem de te desnudares perante a própria consciência.

Enumera as tuas mais graves emoções perturbadoras e raciocina sobre a sua vigência no teu com-portamento.

Enfrenta-as, uma a uma, não as justificando, nem escamoteando sob o desculpismo habitual.

Resolve-te por sanar a situação aflitiva dos teus dias, optando pela aquisição da saúde.

Consciente de que és o que fi-zeste de ti, e poderás ser o que venhas a fazer de ti próprio, não postergues a decisão do autoen-contro.

Enquanto a anestesia da mentira te obnubile o raciocínio, transitarás de um para outro problema, sem que consigas a paz real.

Reunirás valores de fora, que perdem o significado, logo são conseguidos, anelando pelo bem estar fugidio, que se te anuncia e logo desaparece.

O homem que se conhece pos-sui um tesouro no coração.

O discernimento que o caracte-riza é a sua luz acesa no imo, apon-tando-lhe rumo.

Conhecendo a fragilidade da

veste carnal, valoriza cada hora e aplica-a bem, viven-do-a intensamente, em cujo comportamento recolherás os melhores frutos.

Cada vez que te resolvas por te autodescobrires, con-duze uma proposta de liber-tação.

Começa pelos vícios so-ciais da mentira, da maledi-cência, da calúnia, do pessi-mismo, da suspeita, passando aos dramas do comportamen-to, na inveja, no ciúme, no ressentimento, no rancor, no ódio... Posteriormente, elabo-ra as medidas educativas as dependências aos alcoólicos, ao tabagismo, às drogas aluci-nógenas, à luxúria, aos distúr-bios de conduta e às investidas das alucinações psicológicas...

Cada passo ser-te-á uma con-quista nova.

Toda vitória, por pequena que se te apresente, significará um avanço.

Como os condicionamentos são a segunda natureza, em a natureza humana, gerarás hábitos salutares, que te plenificarão em forma de equilíbrio e paz.

Toda terapia eficiente impõe disciplinas saudáveis, às vezes ás-peras, cujos resultados chegam, à medida que são utilizadas.

Na do autodescobrimento, a coragem e o interesse pela própria realização facultarão as forças para que não desistas no tentame, nem te entregues á acomodação mental que te informa ser impossível exe-cutá-la.

Começa-a hoje e agora, aguar-dando que o tempo realize, na cura, o ciclo que investiste para que se te instalassem os distúrbios.

Fonte: Momentos de Iluminação, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL.

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das

Reuniões Públicas Noturnas.

Aviso Importante

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Instruções de Além-Túmulo

CorpoNas tarefas da noite de 10 de novembro de 1955, profunda alegria felicitou-nos o grupo em prece.

Pela vez primeira, o inolvi-dável companheiro Inácio Bit-tencourt visita-nos a Casa. Se-nhoreando as possibilidades do médium, o grande lidador do Espiritismo no Brasil dirige-nos a sua palavra clara e incisiva, concitando-nos às responsabi-lidades que nos competem na Doutrina de Luz que abraça-mos.

Meus amigos: Louvado seja o Senhor.

Em minha última romagem no campo físico, mobilizando os poucos préstimos de minha boa vontade, devotei-me ao serviço da cura mediúnica; no entanto, desencarnado agora, observo que a turba de doentes, que na Terra me feria a visão, aqui continua da mesma sorte, desarvorada e sofredora.

Os gemidos no reino da alma não são diferentes dos gemidos nos domínios da carne.

E dói-me o coração reparar as filas imensas de necessitados e de aflitos a se movimentarem depois do sepulcro, entre a per-turbação e a enfermidade, exi-gindo assistência.

É por esta razão, hoje reco-nhecemos, que acima do remé-dio do corpo temos necessidade de luz no espírito.

Sabemos que redenção ex-pressa luta. E que resultados colheremos no combate evolu-tivo, se os soldados e obreiros das nossas empresas de recu-peração jazem desprevenidos e vacilantes, infantilizados e trô-

pegos?Nas vastas linhas de nossa

fé, precisamos armar-nos de conhecimento e qualidade que nos habilitem para a vitória nas obrigações assumidas. Conheci-mento que nasça do estudo edi-ficante e metódico, e qualidade que decorra das atitudes firmes na regeneração de nós mesmos.

Devotamento à lição que ilu-mine e à atividade que enobreça.

Indubitavelmente, ignoramos por quanto tempo ainda recla-maremos no mundo o concur-so da medicina e da farmácia, do bálsamo e do anestésico, da água medicamentosa e do passe magnético, à feição de socorro urgente aos efeitos calamitosos dos grandes males que geramos na vida, cujas causas nem por isso deixarão de ser removidas por nós esmos, com a coopera-ção do tempo e da dor.

Mas, porque disponhamos de semelhante alívio, temporário embora, não será lícito olvidar que o presente de serviço é a valiosa oportunidade de nossa edificação.

A falta de respeito para com a nossa própria consciência dá margem a deploráveis ligações com os planos inferiores, esta-belecendo em nosso prejuízo, moléstias e desastres morais cuja extensão não consegui-mos sequer pressentir; e a au-sência de estudo, acalenta em nossa estrada os processos da ignorância, oferecendo azo às mais audaciosas incursões da fantasia em nosso mundo men-tal, como sejam: a acomodação com fenômenos de procedência exótica, presididos por rituais incompatíveis com a pureza de

nossos princípios, o indevido deslumbramento diante de pro-fecias mirabolantes e a conexão sutil com Inteligências desen-carnadas menos dignas, que se valem da mediunidade incauta e ociosa entre os homens, para a difusão de notícias e mensa-gens supostamente respeitáveis, pela urdidura fantasmagórica, e que encerram em si o ridículo finamente trabalhado, com o evidente intuito de achincalhar o ministério da verdade e do bem.

A morte não é milagre e o Es-piritismo desceu à Humanidade terrestre com o objetivo de espi-ritualizar a alma humana.

Evitemos proceder como aquele artífice do apólogo, que pretendia consertar a vara tor-ta buscando aperfeiçoar-lhe a sombra.

Iluminemos o santuário de nossa vida interior e a nossa presença será luz.

Eis a razão por que, em nos comunicando convosco, repor-tamo-nos aos quadros dolorosos que anotamos aqui, na esfera dos ensinamentos desaproveita-dos, para destacar o impositivo daquela oração e daquela vigi-lância, perenemente lembradas a nós todos pela advertência do nosso Divino Mestre, a fim de que estejamos seguros no dis-cernimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso dever face a face.

Inágcio Bittencourt

Fonte: Vozes do Grande Além, Psicografia de Francisco Cândi-do Xavier. Editora FEB.

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8).

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CURSOS E PATRONOS ESPIRITUAIS

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Para os que estão do outro lado, a vida assume caracteres novos. Amizades, lugares de paz, sentimentos que vão sendo corrigidos, esquecimento daquilo que pertence exclusivamente a Terra, tudo em busca de valores diferenciados.Como âncora, entretanto, existe a saudade daqueles com quem conviveram. Como força corrosiva existem as dores provocadas pelas coisas erradas que fizeram”

“O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Introdução VIII, 2º §).

Nossa gratidão aos Patronos Espirituais dos Cursos pelo amparo e incentivo aos estudos.

Patrono: Zamenhof (Bialystok, 1859 - Varsóvia, 1917)

Sua infância foi marcada por graves problemas que viveu sua terra natal, o resultado de uma conturbada história de ocupação e de

migração, o que resulta em uma população bastante diversificada em organizações religiosas, sociais e linguísticas, mas sujeito à

regra da Rússia.Médico judeu Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a versão inicial

do idioma Esperanto em 1887 com a intenção de criar uma língua de mais fácil aprendizagem e que servisse como língua franca in-ternacional para toda a população mundial (e não, como muitos

supõem, para substituir todas as línguas existentes). Curso: Esperanto

Patrono: PestalozziJohann Heinrich Pestalozzi (Zurique, 12 de

janeiro de 1746 — Brugg, 17 de fevereiro de 1827) foi um pedagogista suíço e educador pioneiro da reforma educacio-

nal.

Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influen-ciando profundamente todas as correntes educacionais, e longe está de deixar de ser uma referência. Fundou escolas, cativava

a todos para a causa de uma educação capaz de atingir o povo, num tempo em que o ensino era privilégio exclusivo.

“A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão de pala-vras, e sim de ação. É atividade.” Johann Heinrich Pestalozzi.

Curso: Obras Póstumas

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“No que diz respeito ao pro-blema das obsessões espirituais, o paciente é, também o agente da própria cura.” (Fonte: Grilhões Partidos, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, “Prolusão”.). Autodesobsessão: Ato de promo-ver a própria pessoa a sua desob-sessão, através da reforma íntima, tal como esclarece a Doutrina Es-pírita.

Autodesobsessão, sinônimo de autoevangelização, de autorrefor-ma. É o ser humano lutando para dominar as suas más tendências e inclinações.

Nos dias atuais o Espiritismo vem lembrar aos homens a imor-redoura lição do Mestre: “Não tornes a pecar”. Nisto consiste a participação do obsesso quanto ao próprio tratamento.

Ninguém se engane: o obsidia-do só se libertará quando ele mes-mo se dispuser a promover a sua autodesobsessão. O Espiritismo não poderá fazer por ele o que ele não fizer por si mesmo. Mui-to menos os médiuns, ou alguém que lhe queira operar a cura.

Entretanto, muitos pensam, erroneamente, que no Centro Es-pírita se verão livres de todos os males. De modo geral, quando recorrem aos Centros, trazem o pensamento preconcebido de que todos os seus problemas serão ali resolvidos, como por encanto. Julgam que, pelo fato de buscar auxílio espiritual, passam de ime-diato toda a responsabilidade de seu tratamento para os Espíritos e para os espíritas. Fazem como quem traz um grande e pesado fardo, que aluam de seus próprios ombros, na tentativa de entregá-lo totalmente aos Guias e médiuns.

Aos primeiros sinais de que seus problemas não estão sendo re-solvidos com a presteza que imaginavam, desiludem-se e vão buscar ajuda em outra parte.

A primeira coisa a ser feita, portanto, é esclarecer ao pacien-te o quanto a sua participação é fundamental para o tratamento. E nisso reside quase toda a possi-bilidade de êxito.

Sabemos que existem obses-sões incuráveis na presente en-carnação. Que determinados ca-sos de subjugação, de possessão não serão solucionados agora. São aqueles que exigem trata-mento a longo prazo — o lento, mas belo processo de redenção da alma que se esforça por sua transformação; que luta consigo mesma para superar o passado tiranizante. É uma batalha pro-longada.

A Doutrina Espírita vem trazer para essas criaturas o consolo e o remédio, ensinando-lhes o novo caminho que deverão trilhar.

Jesus Cristo legou ao futuro a terapêutica indicada a quaisquer casos de obsessão, e também a medida profilática, por excelên-cia, imprescindível à Humanida-de de todos os tempos. Ao dizer aos obsidiados a quem libertava dos maus Espíritos: “Não tornes a pecar”, lecionava a moraliza-ção interior da criatura. Ensinan-do que não deviam reincidir nos vícios, pregava a autodesobses-são.

Todos os recursos espíritas são canalizados em auxílio aos obsidiados, mas é evidente que unicamente alcançarão resulta-dos positivos os que derem de si mesmos a sua quota de cola-boração, aliás, imprescindível, e

quantos se valerem de todas as instruções apresentadas, pois de nada lhes adiantará conhecerem a medicação se não a utilizarem em si próprios. Os resultados se-rão assim ineficazes. A terapêuti-ca do Espiritismo é para ser usa-da e não apenas admirada.

Quando da primeira entrevis-ta com o obsidiado (ou com a família), quando da orientação inicial para o seu caso, dá-se iní-cio também ao seu processo de reeducação.

Isto se faz através de todos es-ses esclarecimentos, motivando--o, estimulando-o a se modificar interiormente, fornecendo-lhe noções do quanto o Espiritismo dispõe para ajudá-lo.

E, sobretudo, que ele se sinta envolvido em vibrações de muita solidariedade e de muito amor, essenciais para dar-lhe confiança e a esperança que tanto busca.

A partir daí, deverá começar o processo de autodesobsessão. Yvonne A. Pereira tem uma re-comendação muito importante no seu livro “Recordações da Mediunidade”, capítulo 10: “O obsidiado, se não procurar reno-var-se diariamente, num trabalho perseverante de autodomínio ou autoeducação, progredindo em moral e edificação espiritual, jamais deixará de se sentir obsi-diado, ainda que o seu primitivo obsessor se regenere. Sua reno-vação moral, portanto, será a principal terapêutica, nos casos em que ele possa agir” (Grifos da autora).

Fonte: Obsessão e Desobsessão, Suely Caldas Schubert, Editora FEB.

O Processo de Autodesobsessão

Obsessão – Estude e Liberte-se

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracte-res muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a pertur-bação completa do organismo e das faculdades mentais”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

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Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Em descobrindo a paz que a Casa Espírita nos faculta pela chance de uma visão nova a respeito da vida, de sofrimento, das provas ou até mesmo, das alegrias, nós nos envolvemos na ânsia de produzir o Bem dentro dela, assim como o jardineiro, que, ao descobrir uma terra generosa, lança as sementes e se dedica ao seu cultivo para que elas não venham a fenecer.

No entanto, não basta dese-jar fazer o Bem, envolvendo-nos nas tarefas ou de-senvolvendo os dons mediúnicos ou ainda, aten-dendo solícitos à pobreza.

É necessário estarmos atentos a outros pon-tos essenciais para a preservação da Casa a que nos vinculamos a fim de que, dentro do trabalho que realizamos, sejamos perma-nentes pontos de equilíbrio, pois que, sem esse cuidado, o trabalho realizado pode se converter, ape-sar de tudo, em motivos de desa-justes, não somente em nós como nos outros:

A Crítica – criticar construtiva-

mente é observar os erros e sugerir os acertos sem imposições.

O Julgamento – por vezes, precisamos analisar os fatos, en-tretanto, devemos nos abster de julgar os que contribuíram para que eles ocorressem. A análise criteriosa nos leva a dar-lhes a interpretação correta, corrigindo as distorções sem atingirmos os companheiros que, por infelici-

dade os causaram, evitando assim que neles se instalem complexos de culpa, que só lhes agravaria a situação consciencial.

A Maledicência – este “vírus” devastador que, como erva dani-nha se desenvolve, ameaçando as mais belas sementeiras, instala-se nas almas invigilantes, extrapo-lando em palavras o fel de que o coração está repleto. Começa sempre na crítica, atravessa os

caminhos das acusações aos fatos infelizes, ou se disfarça em dis-cretas ironias, e termina como um incêndio, devorando a lavoura in-cipiente.

Como vemos, é preciso muita Vigilância e não somente Oração e Trabalho, para que a Casa que nos abriga permaneça indene às incursões das forças inferiores que se unem para destruir a construção

que, com tanto sacrifí-cio, inúmeras almas reconhecidas tentaram erguer e continuam tentando manter, de-pendendo apenas do amor que se acolha nos corações que sob seu teto se abrigam. Amor que se deve irra-diar, acendendo a luz

que iluminará definitivamente mi-lhares de Vidas.

Só que, por invigilância, alguns corações poderão, de repente, em sopro rápido, ajudar as trevas a apagá-las.

Aurélio

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Espíritos diversos, Editora CELD.

“...é preciso muita Vigilância e não somente Oração e Trabalho, para

que a Casa que nos abriga permaneça indene às incursões das forças

inferiores...”

Advertência

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

Convite

Procure aSecretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

Convite

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

Convite

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Artigo

Lixo MentalUm amigo e confrade, que trabalha no mundo mágico dos computadores, chamou minha atenção, há tempos, para uma expressão do jargão cibernéti-co que circula entre os técnicos, algo, assim, como: “de onde en-tra lixo só pode sair lixo”.Isso significa, naturalmente, que o computador dá, exatamente, aquilo que recebe, ou seja, ele responde dentro dos conheci-mentos confiados às suas memó-rias e segundo a programação que lhe foi atribuída. Não in-venta, nem cria; apenas analisa, compara e escolhe, como lhe foi ensinado. Só que faz isso com fantástica eficiência e numa velo-cidade que não podem os seres humanos imitar.

Mesmo assim, dizia-me um instrutor especializado nos Esta-dos Unidos, na remota década de cinquenta, quando lá esti-ve em trabalho e estudo, que o computador (que começava a engatinhar) era um instrumento “stupid”, ou seja, burro; um bur-ro muito veloz, mas, ainda burro.

Queria ele dizer, com isso, que o computador não tem ca-pacidade criadora e que a sua inteligência artificial fica dentro dos limites dos informes e dados com os quais foi alimentada a sua memória, bem como da sua ca-pacidade de processamento e da competência de seus programa-dores humanos.

Se, portanto, os técnicos que o manipulam, alimentarem tais me-mórias com dados sobre a melhor maneira de destruir uma cidade, a máquina responderá, como lhe foi pedido, sem o menor remorso ou escrúpulo. (...)

É por isso que dizem que se entrar lixo nele, só pode sair lixo, da mesma forma que, se for pro-gramado para dizer qual o melhor

procedimento para ganharmos o reino dos Céus, ele o fará, com a mesma competência e a mesma indiferença, aliás.

Também nós somos computa-dores. Superinteligentes e dota-dos de livre arbítrio, programados para alcançar a paz e a felicida-de totais, que Cristo caracterizou como o Reino de Deus, explican-do, muito bem, que esse Reino já está em nós, cabendo-nos, apenas, realizá-lo. Chegaremos lá, portan-to, um dia. O único problema gra-ve, aí, é que permitimos a entrada de uma quantidade espantosa de “lixo mental” em nossas memórias e, por isso, a cada passo, o pro-grama se desvia e acarreta atrasos imprevisíveis e lamentáveis, secu-lares, milenares, até.

Que tipo de lixo mental? Tudo quanto você possa imaginar: ódio, vingança, crueldade, hipo-crisia, vaidade, intolerância, indi-ferença... A lista é assustadora e arrasadora; e voluntárias as nos-sas opções.

Nem sempre, contudo, a gente percebe que está colocando lixo na memória. Por exemplo: uma leitura perniciosa, um filme por-nográfico, uma anedota inconve-niente, uma notícia escandalosa no jornal ou na TV, uma cena chocante na rua, que ao invés de você passar ao largo vai ver de perto, para “conferir”. Enfim, inú-meros atos de verdadeira morbi-dez espiritual, por melhores que sejam suas intenções.

Digamos que você seja espíri-ta e que frequente um grupo me-diúnico sério e devotado à tarefa de socorro espiritual. É bem pro-vável que, no momento crítico, em que toda a sua atenção e con-centração estão sendo exigidas para levar a bom termo a tarefa coletiva, comecem a emergir, dos recessos da memória, certas ce-

nas deprimentes vistas ou lidas. A essa altura, já se cortou o fio de sua ligação com o trabalho. Em vez de servir aos que precisam de sua ajuda, você passa a dar trabalho aos Mentores Espirituais do grupo. Eles precisam cons-truir, imediatamente, um círculo de isolamento em torno de você, para que, além de não ajudar, você, pelo menos, não atrapalhe.

É que sua memória come-çou, de repente, a regurgitar o lixo mental que você botou lá. E, como era de se esperar, nos mo-mentos mais inoportunos. Coin-cidência? Nada disso. Espíritos desarmonizados deram, aí, sua contribuição para que, no mo-mento crítico, você fosse neutra-lizado. (...)

Como poderá haver pureza se o lixo mental está acumulado nas memórias do nosso computador pessoal?

Se você é médium atuante, pior ainda o quadro, pois, como sabemos, os Espíritos manifes-tantes operam prioritariamente com o material que encontram em nós. Se você botou lixo lá, ele vai encontrar lixo e vai utilizar--se do lixo. Ou, então, se é um Espírito harmonizado que dese-jaria transmitir, por seu intermé-dio, uma mensagem de consolo ou de aconselhamento, como vai fazê-lo se só dispõe de lixo para elaborá-la?

Não é preciso concluir este ar-tigo com longos conselhos e ser-mões. Você sabe o que tem a fa-zer. É simples, claro e direto: não ponha lixo mental na memória!

Hermínio C. Miranda(Transcrito “Presença Espírita”)

Fonte: Revista Espírita Allan Kar-dec – ano I – nº 2

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Mensagem Mediúnica

Convite ao Banquete Divino

Que a bondade de Deus per-maneça neste ambiente de luz e paz!

Todos pensem em Jesus -- no bem que Ele realiza e estimula outros a realizarem.

Devemos seguir a inspiração do bem para continuarmos em nossa trajetória de implantação de nossa Casa Espírita e do nú-cleo de atendimento às pessoas que aqui serão recolhidas.

Pensar no bem, materializan-do-o, criando a Casa Espiritual primeiramente e a casa material, após.

Pensando nas realizações de apoio às pessoas, não só pela cordialidade, benevolência, per-dão, mas, também, pelo sorriso, pela alegria, pela paz.

Criar condições de trabalho em favor da própria Casa, para que esta se multiplique através de si mesma e de suas realizações.

Lembrar que todos que aqui estamos somos os convidados do banquete divino e todos os que somos comensais deste banque-te devemos ser gratos ao Senhor

“A beneficência, meus amigos, vos dará neste mundo os mais puros e os mais doces prazeres, as alegrias do coração que não são perturbadas nem pelo remorso, nem pela indiferença”.

Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIII – Adolpho, bispo de Alger.

que no-lo oferece.Finalmente, olhar de frente

para o futuro, dizendo a si mes-mo das condições favoráveis que a vida oferece para alcan-çarmos o progresso.

Elevai os vossos corações; fazei com que vossas mãos se estendam em benefício do ido-so, do cansado, do órfão, do pária.

Façamos o movimento de li-berdade interna e criemos em nós o sentimento mais profun-do, mais elevado de compreen-são, para que a compreensão nos faculte as oportunidades de construção do bem.

Esta Casa, seus diretores, seus cooperadores, seus mé-diuns, todos estão convidados a estudar e a exercer o bem, para que o bem sirva de alicerce para realizações que estamos longe de perceber quais sejam.

Deus abençoe todos vós!Jesus Cristo, o grande Mestre

das nossas vidas, mantenha-se no leme desta embarcação!

Deus ilumine aqueles que

aqui se encontram para estudar, para aprender, para melhorar!

Deus ilumine os Guias pode-rosos que se reúnem nesta Casa!

Deus ilumine todos vós!E, dentro deste clima de paz,

lembremo-nos da humildade e, do fundo do coração, digamos assim para Deus: “Deus, ajude--me a caminhar”.

Que a bondade excelsa de Jesus, o grande Mestre das nos-sas vidas, caia sobre todos nós, iluminando como forma de co-ração todos aqueles aqui pre-sentes!

O Irmão Clarêncio

(Mensagem psicofônica rece-bida pelo médium Altivo Pam-phiro, na sessão de comemora-ção do 3º aniversário do Centro Espírita Irmão Clarêncio, em 13/04/98).

Fonte: Clareando Caminhos, Espíritos diversos, volume 1. CEIC.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“O amor nos aproxima das criaturas. Sem amor não conseguiremos a proximidade de ninguém e tampouco desenvolveremos os nossos próprios recursos do sentimento. Quem não for capaz de desenvolver o sentimento, não poderá conduzir ninguém, pois se pelo puro raciocínio as coisas andassem, melhor seria que a Terra fosse comandada por máquinas, porque então, sem paixões, elas nos conduziriam, perfeitamente, sem margem de erro. E o homem, então, seria feliz por não poder expressar aquilo que lhe vai dentro d’alma”

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Clareando / Ano XVI / Edição 171 / Janeiro . 2018 - Pág . 16

Jesus e reencarnação

Jesus – Mestre Maior da Humanidade

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” Jesus -(Mateus, 6.21).

“Não fosse Jesus reencarna-cionista e toda a Sua mensagem seria fragmentária, sem suporte de segurança, por faltar-lhe a justiça na sua mais alta expres-são propiciando ao infrator a oportuni-dade reeducativa, com o consequente crescimento para a liberdade a que as-pira. (...).

Porque sabia ser enfermo o Espírito, e não o corpo, sem-pre se dirigia prefe-rencialmente à indi-vidualidade, e não à personalidade de que se revestia cada homem. (...).

Espírito puro, jamais enfer-mou, enfrentando os fatores climáticos e ambientais mais diversos com a mesma pujança de força e saúde a se refletir na expressão de beleza e paz nEle estampada.

Quem O visse, jamais O ol-

vidaria, e todo aquele que Lhe sentisse o toque amoroso, ficaria impregnado pelo Seu magnetis-mo para sempre. (...).

A psicoterapia que Ele utili-

zava era centrada na reencarna-ção, por saber que o homem é o modelador do próprio destino, vivendo conforme o estabeleceu através dos atos nas experiên-cias passadas.

Por tal razão, jamais con-denou a quem quer que fosse,

sempre oferecendo a ocasião para reparar o prejuízo e recu-perar-se diante da própria, bem como da Consciência Divina.

Sem preferência ou disputa por alguém ou coi-sa alguma, a tudo e a todos amou com desvelo, albergando a humanidade de todos os tempos no Seu inefável afeto.

Espalhou missio-nários pela Terra, falando a linguagem da reencarnação, até o momento em que Ele próprio veio con-firmá-la, acenando com esperança futu-ra de felicidade para

todas as criaturas”.

Joanna de Ângelis

Fonte: Jesus e Atualidade, psico-grafia de Divaldo Pereira Fran-co, lição 2, Editora Pensamento.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Há Misericórdia de Deus em torno de nós, tanto é que mesmo quando erramos, ao fazermos uma prece sincera, humilde, a Deus, pedindo-lhe nova oportunidade para o nosso coração, algo acontece em nosso derredor e eis que nos é dada uma nova oportunidade. É quando o homem aprende a ser humilde; é quando o homem diz para si mesmo: “Hei de pedir perdão a alguém.Em sua Tola vaidade, o homem acredita-se o detentor de todas as coisas, de todos os conhecimentos, mas a dor ensina-o a ser humilde e como agir perante Deus, o Pai."

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Clareando / Ano XVI / Edição 172/ Fevereiro . 2018 - Pág . 17

Reflexão

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"Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!!

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www.irmaoclarencio.org.br

Teu CérebroTeu cérebro é o espelho lumino-so a refletir a beleza da Vida no aprimoramento e na sublimação de teu mundo espiritual.

Filtro divino, por ele sabe tra-duzir os cânticos da natureza, en-tendendo a glória do firmamento que te espera e os tesouros da Ter-ra que te alenta e aperfeiçoa.

Com ele, pesas a estrela, medes a distância dos astros, analisa a es-sência da luz, aprecias a estrutura da flor...

Através dele, navegas no espa-ço e desces ao abismo oceânico.

Manejando-o, conjugas as for-ças e os elementos que te circun-dam, acendendo o fulgor do pro-gresso.

Aproveitando-o, redimiste os metais, ergueste o santuário do-méstico e traçaste caminhos múl-tiplos à solidariedade.

Não uses semelhante instru-mento para ferir o próximo e opri-mir-lhe a existência.

Deixa que a bondade e a com-preensão, a fé e a harmonia se ex-pressem por teu pensamento, a fim de que o Sol do Amor resplenda em teu roteiro.

Guarda-o na humildade e no

equilíbrio, na educação e no servi-ço, para que as energias do Céu se exprimam na Terra por intermédio de tua vida.

Medita na responsabilidade de discernir e pensar.

A razão é a luz que nos distin-gue dos animais.

Saibamos, assim, levantá-la ao nível do conhecimento superior que já nos felicita o destino, atra-vés da ação permanente e infatigá-vel no bem, porque calcular exal-tando o egoísmo e o raciocínio em favor do crime é lançar sobre o es-pelho de nossa mente a lama das trevas que nos compelirá amanhã a padecer idiotia e loucura, indis-pensáveis à nossa limpeza para o dia da redenção.

Emmanuel Psicografia em Reunião Pública. Data: 19/09/1955. Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.

Fonte: Taça de Luz, Espíritos Di-versos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 29. Editora LAKE.

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

Convite

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

ConviteVenha estudar conosco

A Família na Visão Espírita

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Respeito à LiberdadeArtigo

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“O homem deve procurar guardar sempre, no coração, o sentimento de compreensão, para poder ter compreensão com aqueles que ainda não percebem todos os valores que já percebemos."

Um dia alguém nos perguntou o que é proibido pelo Espiritismo. Pergunta que, aliás, nos tem sido feita repetidas vezes. Nossa res-posta é sempre a mesma: nada é proibido pelo Espiritismo. O que ocorre é que a nossa compreen-são acerca da importância do livre arbítrio se desenvolve, em função do nosso aprimoramento moral e, em consequência, cresce também a nossa noção de responsabilida-de.

Jesus só transmitia ensinamen-tos. Em momento algum forçou a aceitação do que ensinava. Jamais ameaçou ou constrangeu quem quer que fosse. Deixava que as pessoas decidissem se seguiriam ou não o caminho que lhes des-cortinava.

E era Jesus! Poderia Ele, por exemplo, antepor-se a Pilatos e Antipas. Mas deixou que ambos usassem o direito que tinham de decidir até mesmo sobre sua vida. Entendeu a posição de cada um. Como entendia, naturalmente, a posição de Saulo de Tarso, as dú-vidas de Tomé, o comportamento de Judas. Deixou que o discerni-mento de cada um fosse o melhor Juiz dos próprios atos.

Quando alguém, encarnado ou não, quer impor sua opinião, te-nhamos certeza de que estamos diante de um ser ainda imperfeito que não sabe respeitar a liberdade do próximo. Esquece-se de que

devemos aos outros tudo quanto desejaríamos para nós próprios.

Uma árvore é conhecida pelos frutos, já esclarecia Jesus. Ensina-mento que podemos aplicar tam-bém quando nos aproximamos de um médium. Não nos preocupe-mos, por exemplo, em saber a identidade do Espírito, quem foi ele, o que faz agora na Espirituali-dade, etc. O que deve importar é o conteúdo da mensagem. Se for uma afirmação sábia, não tenha-mos dúvida em afirmar: “Quem assim se expressa é um sábio”.

Se conhecemos perfeitamente uma pessoa, percebemos até cer-tas expressões que lhe são pró-prias.

Quando estamos numa reunião social, notamos que se formam grupos: uns, folgazões, satisfazem--se em contar e ouvir anedotas; outros se agrupam para conversar sobre suas famílias; há outros que apreciam falar de música e poesia.

Com os Espíritos ocorre fato se-melhante. Tudo é problema de afi-nidade.

S. Xavier

Referência: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec.Transcrição: Boletim Semanal SEI

Fonte: Revista Allan Kardec – ano I – nº 2

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Clareando / Ano XVI / Edição 172/ Fevereiro . 2018 - Pág . 19

Quando eu era menina, costumava visitar minha avó nas tardes de sábado. De certa feita fui vê-la, como de costume, porém eu estava preocupada e aborrecida. Ela estava lidando com suas plantas no jardim, e, ao ver-me, percebeu logo que alguma coisa estava acontecendo. Interrompendo seus afazeres, convidou-me a entrar, dizendo:

- Vamos até a cozinha, hoje fiz uma receita nova e quero que você a experimente.

Não me entusiasmei muito com o doce e terminei contando-lhe, muito queixosa, o que vinha me acontecendo. Segundo a minha narrativa eu tivera uma grande decepção que, provavelmente, iria estragar o resto de minha vida.

Vovó ouviu-me atentamente, sem fazer nenhum comentário. Quando terminei, ela ergueu-se, tomou uma xícara e encheu-a de água pela metade. Colocou-a a minha frente e me perguntou:

- Diga-me, minha filha, esta xícara está meio cheia ou meio vazia?

- Está... Tanto uma coisa quanto a outra,

respondi devagar sem prever aonde ela chegaria.

- É isso mesmo. Tanto se pode dizer que está cheia, como vazia! Disse-me ela. E prosseguiu: Da mesma maneira, filha, nunca podemos dizer se nossa vida está meio cheia ou meio vazia. Todos nós temos o nosso quinhão de tristezas e de alegrias. Mas a nossa vida só é feliz conforme a maneira pela qual encaramos as coisas. Tudo depende de nós. Podemos estar sempre a lamentar porque a xícara está meio vazia, ou, pelo contrário, nos alegrarmos porque a xícara está meio cheia.

E, até hoje, quando sofro a tentação de queixar-me da sorte, lembro-me daquela xícara da vovó, que me ensinou como encarar as coisas. Na vida há tristezas e alegrias, mas a xícara nunca está completamente cheia. Tudo depende de como a vemos...

Fonte: E para o Resto da Vida, Wallace Leal V. Rodrigues, Editora O Clarim.

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“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

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