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Cursos Online EDUCA · Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, ... interna se restringe à circulação

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Acredite no seu potencial, bons estudos!

Curso Gratuito

Fundamentos do

Jornalismo

Carga horária: 50hs

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Conteúdo

Assessoria de Imprensa

Comunicação Interna

Comunicação Organizacional

Comunicação Pública

Ética Jornalística

Conceitos diversos

Jornalismo Digital

Radiojornalismo

Relações Públicas

Telejornalismo

Teoria da Comunicação

Teorias do Jornalismo

Bibliografia/Links Recomendados

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Assessoria de Imprensa A assessoria de imprensa é um dos instrumentos de Comunicação desenvolvido para as organizações, e insere-se nas atividades da área de comunicação. Ao contrário do que alguns equivocadamente pensam, a tradução do

inglêsPublicity não tem a ver com Publicidade, mas com

assessoria de imprensa. Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa. No Brasil, os profissionais que desempenham a função de Assessoria de Imprensa costumam ter formação em Relações Públicas ou em Jornalismo. Em alguns países, a função não é exatamente de um jornalista, mas pode ser feita também por relações públicas e pessoas com formação em comunicação.

Já em Portugal, não existe um acesso restrito à profissão e só muito recentemente algumas instituições universitárias lhe dedicam algumas matérias inseridas em cursos de comunicação e jornalismo.

Segundo a explicação contida no website de uma empresa de assessoria de imprensa brasileira e que ressalta bem as peculiaridades dessa atividade, ainda há muita confusão entre assessoria de imprensa e publicidade. Entretanto, são formas de comunicação distintas. A publicidade utiliza-se de espaços pagos (anúncios) em mídia eletrônica ou impressa, de um produto, serviço ou empresa. Assessoria de imprensa é uma forma de se conquistar cobertura editorial (reportagens, notas em colunas etc.) nestas mesmas mídias, com apelo noticioso e não comercial.

Uma Assessoria de Imprensa trabalha para um assessorado, que pode ser um cliente particular ou uma instituição. Empresas, pessoas físicas como "personalidades públicas", médicos, advogados, músicos e instituições e organizações como empresas estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre outros costumam utilizar serviços de assessoria de imprensa. O interesse pela assessoria,

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em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público.

Objetivos gerais

Estabelecer relações sólidas e confiáveis com os meios de comunicação e seus agentes, com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada.

Criar situações para a cobertura sobre as atividades do assessorado, para alcançar e manter – e, em alguns casos, recuperar – uma boa imagem junto à opinião pública.

Apresentar, firmar e consolidar as informações pertinentes aos interesses do assessorado no contexto midiático local, nacional e internacional.

Implementar a cultura de comunicação de massa nos aspectos interno e externo relativamente ao assessorado por meio de condutas pró-ativas junto à estrutura midiática.

Capacitar o assessorado e outras fontes de informação institucionais a entender e lidar com a imprensa.

Finalmente, mensurar o trabalho, mostrando relatórios consistentes (de preferência usando indicadores ou KPI) aos assessorados com os resultados conquistados.

Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação a realidade das empresas, suas notícias e principalmente informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa. Contudo, os assessorados também precisam entender que não são todas as notícias internas da empresa que realmente interessam à imprensa.

Press release Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de

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imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva o assessorado, positivamente ou não. É, na prática, uma declaração pública oficial e documentada do assessorado.

Geralmente, releases são usados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse em que virem notícia. Um release bem estruturado pode ser o mote para uma pauta.

O release deve conter informação jornalística com objetivo promocional para o assessorado — ou seja, ser ao mesmo tempo de interesse jornalístico e institucional. Pode ser definido como o material informativo distribuído aos jornalistas para servir de pauta ou ser veiculado completa ou parcialmente, de maneira gratuita. É uma proposta de assunto, um roteiro, uma sugestão de pauta, mas do ângulo de quem o emite.

Os Press releases sobre eventos devem antecipar todos os dados relativos, além de facilitar o acesso dos profissionais de imprensa (caso exija credenciamento prévio, por exemplo). Sobre produtos, devem conter informações específicas, factuais e objetivas. Em todos os casos, uma boa contextualização do fato anunciado ajuda a inserir melhor o conteúdo do comunicado na pauta do veículo (em jargão jornalístico, dar "gancho" a uma matéria).

O termo "press release" em inglês significa, literalmente, "soltura à imprensa", e deriva do título comum que abria os comunicados nos Estados Unidos: "for immediate release", ou "para divulgação imediata".

Existe ainda o Press release direcionado, que é enviado com exclusividade para um único veículo quando se pretende negociar uma relação mais próxima entre a Assessoria e um órgão específico de imprensa.

A popularização da internet facilitou o envio de comunicados por correio eletrônico (e-mail) , fazendo aumentar o uso deste recurso. Um aspecto disto é que, como conseqüência, houve também um aumento da prática por jornalistas de publicar releases integralmente ou quase inalterado. Para críticos, isto

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tem gerado um esvaziamento da apuração no Jornalismo e um crescimento indevido do poder das assessorias.

Outro motivo que dá a diminuição da pesquisa de campo do jornalista de redação é o enxugamento excessivo de jornalistas dos veículos de comunicação que sobrecarregados utilizam melhor o trabalho das assessorias e as solicitam mais. Também o excesso de jornalistas formados e o pouco trabalho em redações leva-os as assessorias.

O release, contudo, ainda é bastante mal visto por muitos jornalistas das redações. Justamente por ter muitas assessorias de imprensa, alguns jornalistas recebem centenas de releases por dia.

Press-kit Um Press-kit ou Pacote de imprensa é um pacote de Press release com brindes promocionais, uma amostra/réplica do produto ou o próprio produto, fotos de divulgação, credenciais de imprensa e outros itens que facilitem a cobertura jornalística sobre o que se quer divulgar e estimulem os jornalistas a publicar a intenção do assessorado.

No formato de distribuição de noticiário denominado "Regionalização da Notícia", informações oriundas das regiões ou cidades em que será distribuido o release são insertadas neste release, como entrevistas de personalidades locais, informações sobre serviços disponíveis para os leitores da região ou cidade, oferta de respostas a dúvidas dos leitores locais e outras formas de interatividade.

Mailing list A Mailing List (literalmente, "lista de correio") ou Mala Direta é uma lista de endereços de destinatários aos quais a Assessoria de Imprensa envia comunicados, notas, credenciais ou brindes com o propósito de incentivar a publicação de determinada informação.

Entrevistas coletivas

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Coletiva de imprensa (português brasileiro) ou conferência de imprensa (português europeu) ou entrevista coletiva é um evento midiático onde uma assessoria de imprensa convida jornalistas para transmitir-lhes alguma informação, frequentemente abrindo espaço para que estes façam perguntas acerca do assunto.

Existem dois motivos principais para o agendamento de uma coletiva de imprensa. Uma é que a assessoria está tendo que responder a muitos questionamentos de repórteres – por telefone, por exemplo – e assim pode responder a todos de uma vez só; outro motivo é tentar atrair a atenção da imprensa para algo que, a princípio, não atraiu a atenção dos jornalistas.Coletiva de imprensa (português brasileiro) ou conferência de imprensa (português europeu) ou entrevista coletiva é um evento midiático onde uma assessoria de imprensa convida jornalistas para transmitir-lhes alguma informação, frequentemente abrindo espaço para que estes façam perguntas acerca do assunto.

Em casos que uma declaração, opinião ou anúncio do assessorado seja de interesse para um número significativo de veículos de imprensa ou para a mídia em geral, as assessorias de imprensa convocam entrevistas coletivas, que são eventos nos quais o assessorado (ou um representante institucional) é entrevistado ao mesmo tempo por vários órgãos de imprensa e veículos de mídia.

Geralmente, o acesso de um jornalista a uma entrevista coletiva depende de credenciamento prévio junto à assessoria ou à instituição. As perguntas passíveis de serem dirigidas ao assessorado podem ou não ter sido antecipadamente acordadas e normalmente são limitadas a uma por veículo, ou pelo menos uma por vez.

Entrevistas coletivas também são momentos propícios para registro fotográfico.

Eventos e sociabilidade

Em certas ocasiões, uma Assessoria de Imprensa atua como produção de eventos, atividade que não é sua, de origem.

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Festas, coquetéis, cerimônias, seminários, oficinas, palestras, entre outros, são eventos que podem ser úteis à Assessoria para divulgar novidades ou atividades do assessorado. O público destes eventos pode ser tanto externo quanto interno, e eles devem contar com a presença de agentes da mídia (jornalistas, editores, fotógrafos, publicistas) para que sejam bem-sucedidos.

Comunicação Interna Comunicação interna é a função responsável pela comunicação efetiva entre integrantes de uma organização. Setor relativamente jovem, a comunicação interna baseia-se nas teorias e práticas de profissões relacionadas, como jornalismo, relações públicas, marketing e recursos humanos, entre outras.

Definição

Entende-se por Comunicação Interna o esforço de comunicação desenvolvido por uma empresa, órgão ou entidade para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, da direção com o público interno (na verdade, sabe-se que há vários públicos internos em uma organização) e entre os próprios elementos que integram este público. Deve ficar claro, portanto, que a Comunicação Interna não se restringe à chamada comunicação descendente, aquela que flui da direção para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a comunicação horizontal (entre os segmentos deste público interno) e a comunicação ascendente, que estabelece o feed-back e instaura uma efetiva comunicação. Nas organizações em que se pratica apenas a comunicação descendente, talvez nem seja apropriado mesmo falar-se em comunicação, porque, como um processo, ela precisa realizar-se nos dois sentidos. Tradicionalmente, a comunicação interna tem sido relegada a um segundo plano no planejamento de comunicação das empresas, órgãos ou entidades, certamente porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação (na verdade, a boa comunicação - transparente, ágil, democrática e participativa) é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. É um equívoco imaginar que a comunicação interna se restringe à circulação periódica de um jornal para os funcionários, mesmo porque os jornais empresariais, com raras exceções, têm uma pauta acentuadamente burocrática e não

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incluem , necessariamente, os empregados como sujeitos ativos do seu processo de produção. Nos últimos anos, em função do esforço para aumento da produtividade e da qualidade, a comunicação interna tem sido mais valorizada nas empresas, mas é preciso ainda derrubar uma série de tabus e, sobretudo, democratizar a estrutura formal das organizações, que se caracterizam (evidentemente, há poucas e boas exceções) por uma hierarquia rígida e autoritária. Há uma bibliografia disponível neste site sobre o tema (menor do que se deveria esperar, dada a importância desta modalidade de comunicação) e é possível, ainda, consultar alguns artigos, de autoria de profissionais atuantes no mercado.

A Comunicação Interna engloba todas as práticas e processos comunicativos de uma determinada organização com o seu público interno (funcionários, colaboradores, acionistas).

Sendo estabelecida de forma correta, além de resultados positivos nas áreas administrativa, mercadológica e econômica, consegue tornar o ambiente de trabalho mais harmonioso e agradável para todos que constituem a empresa. Criar um planejamento estratégico, padronizando seus veículos de Comunicação, a organização consegue passar informações importantes, de forma organizada, clara e objetiva para seu público interno, evitando o surgimento de suposições e comentários errôneos, deixando os funcionários seguros e motivados, estabelecendo uma imagem harmônica e clara que transmite confiabilidade e credibilidade.

Neste processo de reestruturação, são vários os recursos que a organização pode utilizar para que esta Comunicação Interna comece a funcionar trazendo resultados positivos com o passar do tempo, como: a criação de uma intranet única, a utilização de jornal mural e jornal interno, realizando pesquisas de satisfação e clima interno para tomar conhecimento da imagem que a organização possui na cabeça de seus colaboradores.

Os colaboradores de uma organização querem ter conhecimento dos negócios da empresa, das decisões que ela toma, da situação que ela se encontra. A falta de informação, de uma comunicação entre empresários e funcionários acaba gerando desmotivação e falta de comprometimento. Torna-se fundamental

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comunicar a missão da empresa, seus valores, metas e objetivos ao público interno, pois quanto maior for seu envolvimento com a organização, maior será o seu comprometimento.

Portanto, a Comunicação Interna compreende os procedimentos comunicacionais que ocorrem na Organização. Apoiando-se em ideais administrativos, “visa proporcionar meios de promover maior integração dentro da organização mediante o diálogo, a troca de informações, experiências e a participação de todos os níveis”(SCROFERNEKER, 2006, p. 47).

A ESTRUTURA DE UMA COMUNICAÇÃO INTERNA

Identificar canais de comunicação interna adequados é uma tarefa cuidadosa e que exige um bom conhecimento da empresa, dos seus costumes, da sua cultura e do perfil dos empregados. Conhecer o público e saber como chegar a cada um é o ponto de saída e a garantia de sucesso de um programa de comunicação interna. O cuidado com a linguagem, com os meios é fundamental. Não se pode informar a todos da mesma maneira, com o mesmo linguajar e com os mesmo veículos, a não ser que a neste caso dê preferência para a linguagem simples e que todos tenham acesso ao veículo, que pode ser uma reunião coletiva ou um informativo impresso. Hoje, devido a custos, muitas empresas estão escolhendo trabalhar a comunicação interna via Internet, Intranet. Quando todos, ou grande parcela, têm acesso tudo bem, isso funciona. Caso contrário, alternativas devem ser identificadas, como murais em locais estratégicos (refeitório, entrada da empresa, local do cafezinho, ônibus) e sistema de som.

Qualquer iniciativa de comunicação deve passar por planejamento, revisto e discutido por uma equipe que contemple várias áreas da empresa, desde que a área de comunicação e a de recursos humanos interajam e se comprometam com o processo. É muito comum apenas uma das áreas assumir, eximindo a outra da responsabilidade, mas chamando-a para o trabalho "braçal". Enquanto não houver integração nas próprias áreas, é ilusão acreditar que a comunicação interna vai fluir.

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Como Estruturar a Comunicação Interna de uma Organização

A Organização que almeja resultados positivos e se preocupa com o futuro, precisa se preocupar primeiramente com a construção de uma Comunicação Interna eficaz. Para isto um plano de ação deve ser programado e executado. Podemos destacar os seguintes passos neste processo: 1) motivar os funcionários, mantendo-os sempre informados sobre as diretrizes e mudanças na estrutura organizacional da empresa. 2) direcionar as ações, estimular o cumprimento atingir metas. 3) estimular o desenvolvimento pessoal e a interação com outras áreas. 4) Preocupar com a forma que as mensagens são transmitidas. A comunicação deve ser clara, objetiva e, sobretudo transparente, que não dê margens a conotações e dúbios sentidos. 5) atuar sempre em parceria com a gestão da organização, bem como estimulando os funcionários a entendê-los e mostrar de como podem alavancá-los com seu trabalho. 6) despertar o sentimento de vitória, reconhecer as qualidades dos funcionários. 7) informar o cenário econômico e tecnológico em que a empresa está inserida. 8) passar uma imagem de que todos são capazes de superar às dificuldades e reverter à situação problemática.

A COMUNICAÇÃO INTERNA E SUA IMPORTÂNCIA

Para a maioria das empresas, a Comunicação Interna deixou de ser apenas uma forma alternativa de comunicar. Visto sua importância no ciclo de crescimento da empresa, agora é vista como área fundamental e suas atividades integradas ajudam a empresa em seu planejamento estratégico e êxito na conclusão de seus objetivos. Alguns gestores acreditam que não necessitam da criação da área de Comunicação Interna, entretanto, não imaginam que seus resultados poderiam ser maiores com a profissionalização desta área.

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Uma empresa com poucos colaboradores, independentemente de seu resultado e atividade, pode e deve estabelecer formalmente a Comunicação Interna.

Algumas organizações recém-criadas acreditam que os primeiros anos ainda são precoces para a implantação de um trabalho de Comunicação Interna. Essa é uma visão míope, pois nada melhor do que crescer cuidando de sua cultura organizacional desde a fundação da empresa. (CLEMEN, 2005, p. 45) Não podemos esquecer que as atividades de Comunicação Interna têm sempre que estar diretamente ligadas com o planejamento da empresa, tendo a visão clara do real interesse da empresa.

Para a autora Maria Alzira Pimenta (1999, p. 100), existem alguns objetivos que se destacam mais: Construção da imagem institucional da empresa, Adequação dos trabalhadores ao aumento da competição no mercado, atender as exigências dos consumidores mais conscientes de seus direitos, defender interesses junto ao governo e aos políticos e encaminhar questões sindicais e relacionadas à preservação do meio ambiente, visto que hoje com a grande oferta de produtos o consumidor pode escolher entre as empresas que além de oferecem melhores preços, utilizam materiais biodegradáveis, prestam assistência técnica, demonstram respeito aos direitos trabalhistas.

As empresas, em sua maioria, buscam na Comunicação Interna uma forma de suprir as necessidades dos cidadãos corporativos para poderem assim alcançar seus objetivos, que são: aumento dos lucros, melhor relacionamento entre os cidadãos corporativos, melhoria da imagem interna e externa da empresa entre outros objetivos que são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento da empresa. As empresas que acham que seus resultados são gerados apenas pelos equipamentos de alta tecnologia estão completamente enganadas e direcionadas ao fracasso. Pois são as pessoas e sua interatividade, provocados pela Comunicação Interna, as principais responsáveis pelos resultados positivos de uma organização. Pode-se considerar que as pessoas, ou seja, os cidadãos corporativos são os principais responsáveis no êxito de quaisquer processos empresarial.

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A Comunicação Interna, não deve ser usada para fazer com que os empregados aceitem sem mais contestações às decisões tomadas pelos presidentes e diretores da instituição, pelo contrário, o departamento de comunicação interna deve ouvir as decisões, ou melhor, ideias dos presidentes e passar isso de forma clara e objetiva para os demais funcionários, sendo totalmente imparcial em sua mensagem. Não podemos esquecer que em todas as empresas, sem nenhuma exceção, se não foram bem informadas pelas fontes certas, entram no chamado rádio peão, ou seja, comunicação informal. Este é o pior informante dos funcionários, uma simples decisão de conter gastos pode virar na imaginação dos funcionários e pelos burburinhos dos corredores, corte do quadro de funcionários, não pagamento de benefícios entre outras ideias mirabolantes causadas pela falta da comunicação clara e objetiva.

Cabe ao departamento de Comunicação Interna produzir a integração entre todos os departamentos, sendo assim as ideias irão girar com maior rapidez, as pessoas se sentirão mais motivadas, por percebem que não são apenas extensões das máquinas.

Como as publicações institucionais são voltadas apenas para o público interno, isso se torna um diferencial na empresa. As publicações organizacionais se propõem a combater o desconhecimento a respeito da empresa e promover a integração entre os públicos ligados a ela, ao mesmo tempo em que pretendem projetar a empresa para internamente assegurar a boa produtividade e externamente conseguir aumentar as vendas, e consequentemente, os lucros. Este é o objetivo finalista, pois as empresas conseguem atingir muitos outros objetivos intermediários com suas publicações. (REGO, 1986, p. 119).

Para muitos, o departamento de Comunicação Interna pode estar ligado à qualquer outro departamento, quase sempre na área de Recursos Humanos, as pessoas não conseguem enxergar a Comunicação Interna como um departamento independente, com sua equipe de trabalho especializada exatamente em transmitir as mensagens com o pensamento em apenas um público, o interno, e ainda poucos gestores de empresas têm a consciência

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de que o público interno é tão importante quanto o público externo.

Para CLEMEN (2005; 45), em vez de sistemas informais e amadores de Comunicação Interna, essas empresas poderiam realizar um trabalho direcionado e profissional de criação de valor para a marca da Organização, considerando o público interno como principal multiplicador e disseminador de sua imagem.

OS INSTRUMENTOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA Jornal mural: este veículo, que deve se localizar em pontos estratégicos e de visibilidade dentro da organização pode ser descrito como um mural onde são dispostos os comunicados oficiais da instituição. Hoje, com o avanço da tecnologia, algumas empresas optam pelo mural eletrônico, que ao invés de se localizar no corredor, fica disponível na intranet. Veículos impressos: Uma de suas funções é a de registrar os principais acontecimentos e eventos da instituição num determinado período. Apresentam diversas vantagens, como a publicação de entrevistas com membros da equipe ou alunos e artigos de especialistas da entidade. Os impressos podem se aprofundar mais em determinados assuntos e trazer imagens. É importante que tais veículos mantenham uma linha editorial e periodicidade fixas.

Exemplo: House organs, revistas e mala direta.

Eventos: nesta categoria, destacam-se congressos, palestras, seminários, workshops, feiras e festas de confraternização. São muito eficazes por gerar visibilidade, trabalhar com a emoção e aproximar pessoas.

Painel eletrônico: único equipamento que pode ser visualizado mesmo sob intensa luz solar.

Telão e vídeos convencionais não possuem a mesma capacidade de visualização.

Mídia eletrônica: aqui se destacam os portais, blogs, intranet, e-mails, chats e fóruns. As vantagens estão na velocidade com a

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qual se transmite a informação e no grande número de receptores. No entanto, não se deve substituir todos os impressos pela mídia eletrônica, tendo em vista que em alguns casos não são todas as pessoas que têm acesso ao computador e à internet na empresa.

Minidoor: são cartazes confeccionados em folhas individuais de outdoor. Por terem tamanho reduzido, podem ser utilizados para divulgação de campanhas internas da organização, projetos e parcerias.

Mobile marketing: torpedo SMS enviado via celular por meio de mailing preestabelecido. Além de auxiliar na comunicação interna, pode ser uma ferramenta de marketing direto. São funcionais em período de processos seletivos e outras divulgações especiais organização.

Rádio e TVs internos: esses veículos, que podem ser produzidos pelos próprios colaboradores e gestores da organização, além de integrar recursos potenciais como som e imagem, podem divulgar diariamente os eventos e expor os profissionais da instituição.

House organ

House organ é a denominação dada ao veículo (jornal ou revista) de uma empresa ou entidade. Ele geralmente é concebido para divulgar os fatos e as realizações da empresa ou entidade e pode assumir diferentes configurações, dependendo do público a que se destina.

A maioria dos house organs tem o público interno como prioritário, mas há casos ( cada vez mais frequentes) em que a empresa ou entidade concebe dois ou mais house organs tendo em vista atingir, de maneira adequada (em termos de pauta e linguagem) públicos distintos.

Na verdade, esta é a solução ideal, pois é difícil imaginar que um único veículo possa dar conta de promover a comunicação efetiva com públicos com background cultural e demandas informativas tão diversas, como os chamados trabalhadores do "chão de fábrica", os executivos, os acionistas, os clientes, os fornecedores e assim por diante. A época do house organ

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"bombril", isto é, aquele que tem mil e uma utilidades, já passou, ainda que as empresas ou entidades, por falta de percepção, continuem optando por esta alternativa.

As tecnologias modernas acrescentaram novas possibilidades aos house organs, com a inclusão dos boletins eletrônicos e interativos, disponíveis nas intranets.

Recentemente, tem crescido também a edição de newsletters, veículos informativos mais ágeis e que, sobretudo, circunscrevem conteúdos mais elitizados, destinados a públicos especiais, normalmente constituídos de leitores interessados em informações sobre negócios, mercado ou processos de gestão.

Jornalismo Institucional Chama-se Jornalismo Institucional a especialização do jornalismo voltada para o público interno de uma instituição, seja qual for sua natureza (lucrativa, sem fins lucrativos, política, religiosa, militar, sindical etc.). O jornalismo institucional opera por vários suportes, mas principalmente house organs (impressos de circulação interna) e websites de internet e intranet. Geralmente é produzido por um jornalista ou relações públicas ou ainda por empresas de assessoria de imprensa. A produção de jornais-mural, fôlderes, panfletos e de vídeos institucionais também fazem parte do jornalismo institucional. Esse material pode ter caráter informativo ou de divulgação e marketing.

Comunicação Organizacional Comunicação Organizacional é o tipo ou processo de comunicação que ocorre no contexto de uma organização, seja esta pública ou privada. Fazem parte da Comunicação Organizacional o conhecimento e o estudo dos grupos de interesse de uma instituição (públicos), o planejamento de práticas de comunicação nos âmbitos interno (comunicação

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interna) e externo (comunicação externa), aí compreendidos a escolha e os usos de medidas empregadas, sua implementação e sua contínua avaliação.

Atualmente os estudos sobre a Comunicação Organizacional se ampliam e tendem a levar cada vez mais em conta aspectos político-econômicos das instituições, sua inserção em contextos micro e macro-sociais, a existência de novas tecnologias de comunicação e as novas configurações das relações com os públicos. Diversas disciplinas contribuem para tais estudos, como a Antropologia (cultura organizacional), a Sociologia (revisão dos conceitos de público, estudos das redes sociais e teorias das ações coletivas), a Filosofia (ética, estudo dos conceitos e das lógicas dos discursos e práticas institucionais) e a Administração (estudos das organizações, gestão estratégica).

A Comunicação Organizacional normalmente é uma área de atuação do profissional ou amador de Relações Públicas, mas atualmente vem contando também com a presença de jornalistas (Jornalismo institucional ou corporativo) e publicitários. A Universidade de Brasília - UnB, a partir do ano de 2010, está em processo de formação da primeira turma de Comunicação Organizacional, no Brasil. Esta turma de Comunicação Organizacional é vinculada à sua Faculdade de Comunicação, sem nenhuma relação de subordinação com a especialização em Relações Públicas, sendo uma nova formação, independente daquela (Relações Públicas).

Hunt e Grunig (1994 apud KUNSCH, 1997, p. 119) afirmam que stakeholders são "Qualquer indivíduo ou grupo que pode afetar uma organização ou é afetado por suas ações, decisões, políticas, práticas ou resultados.". Existem diversas denominações para os públicos estratégicos, dentre as quais se destaca a defendida por Donaldson e Lorsch (1983 apud HITT, 2003, p. 28) que os classificam em três grandes grupos: "Stakeholders no mercado de capitais - acionistas e principais fontes de capital-, stakeholders no mercado do produto - clientes primários, fornecedores, comunidades anfitriãs e sindicatos - e stakeholders no setor organizacional - empregados, gerentes e não gerentes".

Comunicação Pública

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A comunicação pública trata dos processos de comunicação (instrumental) realizados pela sociedade civil organizada, Estado, governo e terceiro setor, com foco no interesse público, na formação de uma sociedade cidadã e democrática, em encurtar distâncias sociais reduzindo as diferenças e em ampliar a capacidade analítica individual em prol do coletivo.

A Constituição Federal de 1988 instaurou no Brasil o Estado Democrático de Direito, que tem como princípio a co-responsabilidade do cidadão e do governo na formação do Estado e na defesa do interesse público. Esse modelo cria uma atenuação das fronteiras entre o público e o privado, abre espaço para a atuação da sociedade e de suas organizações em áreas tidas até então como exclusivas do Estado e exige dos cidadãos uma postura atuante, crítica e responsável. A comunicação, processo básico da vida em sociedade, reflete esse novo ambiente e assume características próprias, diferentes das que foram estudadas e conceituadas até então. Surge, então, o conceito de Comunicação Pública.

Comunicação Pública é diferente de comunicação governamental e de comunicação política.

A comunicação governamental é a praticada por um determinado governo, visando a prestação de contas, o estímulo para o engajamento da população nas políticas adotadas e o reconhecimento das ações promovidas nos campos político, econômico e social. Enfim, é uma forma legítima do governo se fazer presente perante a população.

Comunicação política, ou marketing político, é uma forma de divulgação de um político ou de um partido político, com foco no processo eleitoral, e carece, portanto, da indispensável legitimação da sociedade.

Tanto a comunicação governamental como a política buscam atingir a opinião pública, frequentemente usando a propaganda, buscando respostas rápidas e efeitos imediatos que possam ser auferidos pelas pesquisas e transformados em estratégias de campanha. É comum o uso extensivo e intensivo da mídia na competição por resultados eleitorais e/ou político-partidários, e frequentemente servem como instrumento de gestão de um

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processo social complexo, imprevisível e de difícil planejamento. Já o conceito de Comunicação Pública relaciona-se diretamente com a correta compreensão do termo "bem público". Esse termo, por muitos anos, foi entendido erroneamente como o "bem", ou "aquilo", que não pertence a ninguém. No atual contexto em que vivemos no Brasil, o "bem público" é, e deve ser amplamente compreendido e reconhecido, como "aquilo" que pertence a todos. Logo, deve ser tratado e defendido como próprio, por dever e direito. A Comunicação Pública implica numa prática comprometida com a democracia e a construção da cidadania e é, portanto, um conceito que supõe um posicionamento político (que não é o mesmo que partidário). A abrangência do conceito é ampla e este não pode ser reduzido, na medida em que precisa nortear uma legítima política de comunicação entre Estado e sociedade.

Público é visto, na democracia como o que convém e interessa a todos. Portanto, a comunicação pública pode ser entendida como um processo de comunicação indispensável à democracia, como maneira de garantir a liberdade e a autonomia da sociedade, tendo como principais fundamentos a diversidade e a diferença. A Comunicação Pública é, portanto, a comunicação que acontece no espaço público e pretende ser um meio de negociação, debate e interesse público, envolvendo a Sociedade Civil, o Estado e o Governo.

Ética Jornalística A Ética Jornalística é o conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo. Ela se refere à conduta desejável esperada do profissional. Portanto, não deve ser confundida com a deontologia jornalística ligada à dêontica, a deontologia se refere a uma série de obrigações e deveres que regem a profissão. Embora geralmente não institucionalizadas pelo Estado, estas normas são consolidadas em códigos de ética que variam de acordo com cada país. Atualmente, o jornalismo oscila entre a imagem romântica de árbitro social e porta-voz da opinião pública e a de empresa comercial sem escrúpulos que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar suas vendas, sobretudo com a

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intromissão em vidas privadas e a dimensão exagerada concedida a notícias escandalosas e policiais. Jornalismo é também definido como "a técnica de transmissão de informações a um público cujos componentes não são antecipadamente conhecidos". Este particular diferencia o Jornalismo das demais formas de comunicação. Atualmente, termo Jornalismo faz referência a todas as formas de comunicação pública de notícias e seus comentários e interpretações. O tipo de jornalismo de ética duvidosa ou contestável é chamado de imprensa marrom.

Objetividade

Um princípio comum no jornalismo é o da objetividade, que prega que o texto deve ser orientado pelas informações objetivas, não subjetivas — ou seja, descrevendo características do objeto da notícia, e não impressões ou comentários do sujeito que o observa (no caso, quem redige a matéria). Por exemplo, o texto jornalístico pode conter grandezas (altura, largura, peso, volume, temperatura etc.), propriedades materiais (forma, cor, textura etc.) e descrição de ações, mas não adjetivos e advérbios opinativos ("bom", "ruim", "melhor", "pior", "infelizmente" etc.). Mais recentemente, no entanto, diversos críticos e profissionais têm refutado este princípio, alegando que, na prática, "a objetividade não existe", pois toda construção de texto é um discurso e uma narrativa em que ocorrem seleções vocabulares influenciadas por ideologias, pela práxis e por outros valores subjetivos. Estes críticos costumam referir-se a este princípio, desdenhosamente, como o "Mito da Objetividade".

Imparcialidade

A questão da imparcialidade é também central nas discussões sobre ética jornalística. É difícil distinguir textos jornalísticos objetivos do chamado jornalismo opinativo. Jornalistas podem,

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intencionalmente ou não, cair como vítimas de propaganda ou desinformação. Mesmo sem cometer fraude deliberada, jornalistas podem dar um recorte embasado dos fatos sendo seletivos na apuração e na redação, focando em determinados aspectos em detrimento de outros, ou dando explicações parciais — tanto no sentido de incompletas quanto de tendenciosas. Isto é especialmente efetivo no Jornalismo Internacional, já que as fontes da apuração estão mais distantes para serem checadas.

Verdade e precisão

Todos os Códigos de Ética do jornalismo incluem como valores e preceitos fundamentais do jornalismo a busca da verdade, a veracidade e a precisão das informações. No Brasil, o Código de Ética da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), estabelece, no art. 2º, I, que "a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários" e no art. 2º, II, acrescenta que "a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos". Por fim, o artigo 4º afirma que "o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação" e o art. 7º, que: "O jornalista não pode (...) II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação”. Por sua vez, a Declaração de Princípios sobre a Conduta do Jornalista, da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ ou IFJ, na sigla em inglês), afirma que "jornalistas dignos do nome" (art. 9) devem seguir fielmente o princípio estabelecido no artigo 1º: "O respeito à verdade e ao direito do público à verdade é a primeira obrigação do jornalista".

Confidencialidade As fontes jornalísticas são pessoas, entidades e documentos que

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fornecem informações aos jornalistas, seja emitindo comentários e opiniões, verificando o rigor de dados obtidos ou aferindo a veracidade dos juízos de valor que lhes foram confiados. Em vários casos, as fontes concordam em prover estas informações desde que sua identidade seja preservada incógnita pelo jornalista com quem conversa. Nestas situações, o profissional (repórter, editor ou redator) tem o dever de mantê-la no anonimato e só pode revelá-la caso autorizado pela própria fonte. Quando a fonte concorda em aparecer, mas fornece uma informação pela qual não está disposto a responder ou sustentar, ou não autoriza sua publicação, diz-se que a informação é dada off the records (fora de registro), ou simplesmente "em off". Nos EUA, entre 2003 e 2005, houve um famoso caso de quebra de confidencialidade de fonte determinada pela Justiça, envolvendo a repórter Judith Miller, do New York Times, o colunista Robert Novak do Washington Post, e a agente da CIA Valerie Plame. Também em 2005, no mesmo país, foi revelada a identidade do informante Mark Felt, conhecido como Garganta Profunda, que entre 1972 e 1974 servira como principal fornecedor de informações confidenciais aos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein no caso Watergate.

Jabá

Algumas relações entre jornalistas e os assuntos de suas matérias chegam a ser promíscuas, principalmente quando as fontes e personagens oferecem benefícios materiais em troca de exposição na mídia, publicidade ou elogios. Na maior parte das vezes, porém, este tipo de "propina" ou "suborno" ocorre tacitamente, veladamente, para evitar que alguma das partes seja formalmente acusada. Uma maneira comum de oferecer esta troca é enviar presentes ao responsável pela matéria. No Brasil, esta prática de suborno implícito é chamada pelo jargão jabaculê ou simplesmente jabá. O jabá ocorre frequentemente com críticos e no Jornalismo Cultural.

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Matéria encomendada

Também é um problema ético quando determinadas assessorias de imprensa negociam com jornalistas dos veículos a inclusão na pauta de determinado assunto que seja de interesse da instituição ou do indivíduo que elas assessoram. Nos casos em que o assunto, por conta própria, não tenha valor noticioso suficiente para ser publicado, diz-se que a matéria foi "plantada" na redação — ou seja, nascida no ambiente externo à redação, e não naturalmente, pelo "faro" dos repórteres. Quando, por outro lado, a pauta é indicada por um superior na redação, por um dos diretores, executivos ou até pelo dono do veículo, diz-se que a matéria é "recomendada", termo que no jargão jornalístico é conhecido como reco, pauta rec ou pauta 500.

Quarto Poder Uma função do Jornalismo nos regimes democráticos é fiscalizar os poderes públicos e privados e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais. Por isto, a imprensa e a mídia são às vezes cognominadas de Quarto Poder (em seguida aos poderes constitucionalmente estabelecidos: Executivo, Legislativo e Judiciário).

CÓDIGO DE ÉTICA DO JORNALISMO NO BRASIL

O Código de Ética dos Jornalistas brasileiros está em vigor desde 1987, depois de aprovado no Congresso Nacional dos Jornalistas. Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) o documento "fixa as normas a que deverá subordinar-se a atuação do profissional, nas suas relações com a comunidade, com as fontes de informação, e entre jornalistas". As punições previstas incluem desde advertência até expulsão do sindicato respectivo.

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O que normalmente os jornais fazem atualmente é ter um responsável jurídico para adequar textos que possam difamar, caluniar e injuriar pessoas. Não só pela questão social democrática do direito do indivíduo, mas porque os processos judiciais saem muito caros e danosos financeiramente para os veículos de comunicação e muito caros para a imagem. As matérias mais polêmicas, portanto são verificadas e colocadas em termos jurídicos não prejudiciais à sociedade e ao veículo de comunicação. Um caso notório de erro jornalístico no Brasil foi o da Escola Base, no qual vários órgãos de imprensa publicaram acusações de que um casal de pedagogos numa escola em São Paulo estaria praticando abuso sexual com seus alunos. Mais tarde, as acusações se provaram infundadas e a Justiça determinou que os caluniados fossem indenizados. Outros casos foram os programas polêmicos de televisão que duvidam da veracidade dos casos apresentados. E teve uma pressão comercial de que marcas e produtos não fizessem propostas de comerciais com as emissoras. Em janeiro de 2012, a Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro decidiu punir profissionais da mídia que comemorarem gols durante uma partida. A medida ocorreu após o repórter Eric Faria, da TV Globo, ser flagrado pelas câmeras do Premiere, da Globosat, comemorando o primeiro gol vascaíno durante uma partida entre Fluminense e Vasco.

CÓDIGO DEONTOLÓGICO DO JORNALISMO

Em Portugal, o Código de Ética se denomina Código Deontológico. O episódio das crianças de pré-escola situada no bairro do Cambuci, São Paulo, foi praticamente esgotado no livro "Caso Escola Base - Os abusos da imprensa", do então graduando em jornalismo, Alexander Augusto Ribeiro, conhecido por Alex Ribeiro. O então bacharelando pesquisou sobre o assunto - teve facilidades, porque era oficial de justiça do Fôro Criminal de São Paulo - para elaborar trabalho de conclusão de curso. O então

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diretor da Escola de Comunicações e Artes - ECA - da Universidade de São Paulo, Jair Borin, já falecido, afirmou que o aluno havia escrito um livro sobre ética da profissão, ao invés de mero trabalho de conclusão de curso. Publicado, se tornou referência em Ética Jornalística, propicado ao autor o "Prêmio Jabuti". Hoje, a obra se encontra esgotada, e o autor é correspondente em Washington, de um grande jornal brasileiro de economia.

Conceitos diversos ENTREVISTA Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.

As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas,

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reticências, parêntese e às vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".

Métodos de entrevista

Os métodos de entrevista são uma aplicação dos processos fundamentais de comunicação que quando são corretamente utilizados permitem ao investigador retirar das suas entrevistas elementos de reflexão muito ricos. Nos métodos de entrevista, contrariamente ao inquérito por questionário, há um contato direto entre o investigador e os seus interlocutores. Esta troca permite o interlocutor do investigador exprimir as suas ideias, enquanto que o investigador, através das suas perguntas, facilita essa expressão e não deixá-la fugir dos objetivos de investigação, cabendo também ao investigador trazer elementos de análise tão fecundos quanto possível. No âmbito da análise de histórias de vida, o método de entrevista é extremamente aprofundado e detalhado com muitos poucos interlocutores, o que leva a que as entrevistas sejam divididas em várias sessões. O método de entrevista é especialmente adequado na análise que os autores dão às suas práticas, na análise de problemas específicos e na reconstituição de um processo de ação, de experiências ou acontecimentos do passado. Tem como principais vantagens o grau de profundidade dos elementos de análise recolhidos, a flexibilidade e a fraca diretividade do dispositivo que permite recolher testemunhos dos interlocutores. Quanto a desvantagens, a questão de flexibilidade também pode vir ao de cima. Isto porque o entrevistador tem que saber jogar com este fator, de forma a estar à vontade, mas

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também de forma a não intimidar o interlocutor, o que poderia ocorrer caso, por exemplo, a linguagem ou a postura do entrevistador fossem de tal forma flexíveis. Outra desvantagem comparativamente ao método de inquérito por questionário é o fato de os elementos recolhidos não se apresentarem imediatamente sob uma forma de análise particular.

O método das entrevistas está sempre relacionado com um método de análise de conteúdo.

Quantos mais elementos de informação conseguirmos aproveitar da entrevista, mais credível será a nossa reflexão.

Entrevista não-dirigida

Uma entrevista para a televisão.

A entrevista semi-diretiva é a mais utilizada em investigação social. É semi-diretiva, pois é encaminhada por uma série de perguntas guias, relativamente abertas e não muito precisas, que não obedecem necessariamente à ordem que está anotada no guião. O entrevistador desta forma, “deixará andar” dentro do possível o entrevistado, esforçando-se apenas para reencaminhar a entrevista para os seus objetivos quando esta se perder um pouco, colocando perguntas às quais o entrevistado não chega por si próprio, de forma natural e no tempo certo.

Entrevista dirigida

Já a entrevista dirigida, ou focused interview, tem como objectivo analisar uma experiência que o entrevistado tenha vivido ou assistido. O entrevistador não dispõe de nenhum guião com perguntas preestabelecidas, mas sim de uma lista de tópicos relativos ao tema estudado que serão necessariamente abordados ao longo da entrevista com o desenrolar da conversa.

VALOR NOTÍCIA

Valor-notícia é um valor subjetivo que determina a importância que um fato ou acontecimento tem para ser noticiado. Por este motivo é também designado de critério de noticiabilidade. Sua

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experiência profissional e intuição. Os fatores ou critérios que dão um fato valor-notícia coincidem na maior parte das redações dos meios de comunicação social. Em 1965, Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge enumeraram esses fatores. A sua análise mantém-se atual embora existam outras tipologias. De acordo com o impacto

Amplitude: quanto maior o número de pessoas envolvidas maior a probabilidade de o acontecimento ser noticiado. Mas há que contar com o fator da proximidade ou o princípio do morto-quilômetro: 300 mortos em Mogadíscio valem menos do que 10 mortos nos arredores de Lisboa (exemplo adaptado à realidade portuguesa)

Frequência: quanto menor for a duração da ocorrência menor probabilidade terá de ser relatada em notícia. Por exemplo, um terremoto terá mais relevância noticiosa do que as medidas tomadas após o mesmo. Acontecimentos de longa duração, como por exemplo, a viagem de satélites pelo espaço, têm fraca cobertura. Os acontecimentos rotineiros podem ser noticiados se tiverem interesse para muita gente como os jogos de futebol do fim-de-semana e as reuniões parlamentares, por exemplo. Já o fato rotineiro de os comboios chegarem sempre há horas não tem valor-notícia.

Negatividade: as más notícias vendem mais do que boas notícias. Além disso, são mais fáceis de noticiar do que boas notícias. Entre as más notícias há uma certa hierarquia na preferência do leitor, telespectador, ouvinte ou internauta. O noticiário envolvendo morte tem grande impacto junto à audiência. As mortes por assassinato são as que mais comovem e, consequentemente, atraem o público. Depois vêm as notícias de mortes por atentados, guerras e conflitos diversos, acidentes aéreos, automobilísticos ou por qualquer meio de transporte e as tragédias naturais. A morte de celebridades, trágica ou não, também têm grande poder de atração da audiência por parte dos meios de comunicação.

Caráter inesperado: Um evento totalmente inesperado terá mais impacto do que um evento agendado e previsto. Como o jornalista Charles Anderson Dana escreveu: "Se um cão mordeu

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um homem, isso não é notícia. Mas se um homem morder um cão, isso é notícia!!!"

Clareza: eventos cujas implicações sejam claras vendem mais jornais do que aquelas que estão abertas a mais do que uma interpretação, ou cujo entendimento exija conhecimentos acerca dos antecedentes ou contexto desse mesmo evento.

De acordo com a empatia com a audiência

Personalização: as ocorrências que possam ser retratadas como ações de indivíduos atraem um maior interesse humano pela história relatada pelo jornalista.

Significado: este critério está relacionado com a proximidade geográfica e cultural que a ocorrência possa ou não ter para o leitor. Notícias sobre acontecimentos, pessoas e interesses mais próximos do leitor terão um maior significado para ele.

Referência a países de elite: notícias relacionadas com países mais poderosos têm maior destaque do que notícias relativas a países de menor expressão política e econômica.

Referência a pessoas que integram a elite: histórias acerca de pessoas ricas, poderosas, influentes e famosas recebem uma maior cobertura noticiosa. De acordo com o pragmatismo da cobertura mediática

Consonância: segundo este critério os jornalistas têm esquemas mentais em que prevêem que determinado acontecimento pode vir a ocorrer. Esta previsão tem a ver com a experiência e rotina do jornalista que escolhe o que é noticiável em consonância com aquilo que tinha antevisto. Assim se uma ocorrência corresponder às expectativas do jornalista terá maiores probabilidades de ser publicada.

Continuidade: uma vez publicada, a notícia ganha uma certa inércia. Como a história já foi tornada pública existe uma maior clareza acerca da mesma. Isto cria um acompanhamento da notícia até que outras notícias mais importantes em agenda obriguem a deixar cair o assunto.

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Composição: o arranjo das notícias por rubricas, seções ou cadernos deve ser equilibrado. Se um acontecimento internacional for importante terá de competir com o valor de outros acontecimentos internacionais para ocupar um determinado espaço na seção dedicada a este tipo de notícias. Assim a importância de uma história não depende apenas do seu valor-notícia, mas também do seu valor face a outras histórias. TÉCNICA DE REDAÇÃO

Técnica de redação é o nome que se dá à disciplina que determina as técnicas de escrever para a imprensa e veículos jornalísticos. A redação jornalística é o estilo de prosa curta, utilizado em matérias jornalísticas e boletins noticiosos publicados em jornais, revistas, rádio e televisão. A técnica diz respeito não apenas à estrutura frasal e ao vocabulário utilizados, mas também a ordem em que as informações são apresentadas, o tom, o discurso e os interesses dos leitores. Esta estrutura é chamada de pirâmide invertida. Entre os maiores e mais respeitados jornais, franqueza e equilíbrio são fatores fundamentais na apresentação verbal da informação. As políticas editoriais determinam o não uso de adjetivo, eufemismos e jargões. Jornais com público leitor internacional, por exemplo, geralmente usam estilo de redação mais formal. Especificamente, a redação jornalística deve ser inteligível para a maior parte dos leitores em potencial, bem como ser instigante e concisa. Dentro destes limites, matérias também pretendem ser compreensíveis ou satisfazer a curiosidade dos leitores. Os jornalistas devem antecipar as dúvidas dos leitores e respondê-las. A prosa jornalística deve ser explícita e precisa, além de tentar não se basear em jargões de profissões ou comunidades específicas. Via de regra, jornalistas não usam termos incomuns quando podem usar palavras coloquiais. A construção gramatical utilizada é sujeito-verbo-predicado.

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Em jornalismo mais popular ou literário, é comum incluir exemplos, metáforas e anedotas, e menos generalizações e idéias abstratas. Redatores geralmente evitam repetir a mesma palavra em frases seguidas. O mais importante, no entanto, é utilizar termos "neutros", na medida do possível, que não traduzam julgamento de valor. O uso de elogios e pejorativos é visto como falta de objetividade. Estrutura da notícia e Pirâmide invertida Professores de redação costumam descrever a organização ou estrutura da notícia como uma "pirâmide invertida": o lado mais largo (a base) da pirâmide fica voltado para cima, pois as informações mais importantes devem vir no início do texto. Essencialmente, os jornalistas colocam na abertura da matéria os elementos mais relevantes e interessantes do fato. As demais informações seguem em ordem decrescente de importância. O elemento estrutural mais importante de uma matéria é o seu lide ou lead (ou, até lede, uma grafia usada em inglês para evitar confusão com leading, um conceito usado em tipografia). O lide é a primeira frase — ou, em casos especiais, as duas primeiras frases. O princípio de antecipar a informação se aplica especialmente ao lide, mas a ilegibilidade de frases longas contrai o tamanho do lide. Por isso, redigir um lide é, tecnicamente, um problema de otimização, no qual o objetivo é articular o dado mais inovador ou relevante em uma única frase, de acordo com o material da apuração. É comum afirmar que a imensa maioria dos leitores lê apenas o lide de cada matéria.

TÉCNICA DE APURAÇÃO

Apuração é a etapa do processo da produção jornalística no qual se busca informações que podem ou não ser empregadas no texto final. A apuração é normalmente associada a matérias, mas qualquer conteúdo jornalístico exige alguma apuração. Ir até o local dos acontecimentos, buscar documentos, entrevistar fontes, ou realizar pesquisas de qualquer tipo são os métodos de apuração. No caso das matérias jornalísticas, a pauta pode ser

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considerada o ponto de partida da apuração. No caso dos veículos impressos, o que sucede a apuração é a redação e, idealmente, a confirmação das informações apuradas. A apuração pode estar associada a checagem dos fatos,e é o que difere os jornalistas de todos os outros profissionais envolvidos na elaboração de um jornal. Também é uma maneira de tentar aproximar a informação da verdade jornalística.

REDAÇÃO

Redação (AO 1945: redução) é o processo de redigir (escrever) um texto. É uma atividade presente na cultura civilizada desde a invenção da escrita, e atualmente considerada um campo profissional e artístico na literatura, na produção de roteiros, na elaboração de relatórios e documentos, na publicidade e no jornalismo — entre diversas outras áreas. Por extensão, redação também é o termo usado no jargão jornalístico brasileiro para o ambiente de trabalho dos jornalistas de um veículo (jornal, revista, rádio, TV ou website). O profissional que vive exclusivamente de escrever (textos não-autorais) é chamado de redator. Máquinas de escrever como esta Olivetti eram as ferramentas mais usadas pelos jornalistas até o fim da década de 1980. Em Jornalismo, redação significava a etapa de construção da notícia na qual o texto final é escrito a partir dos dados obtidos na apuração ou reportagem. O profissional especializado neste processo é chamado de Redator e o produto de seu trabalho geralmente são matérias. A redação jornalística começa a partir do clímax, da informação mais relevante na narrativa. As primeiras palavras do texto de uma matéria (primeira frase e, às vezes, segunda frase) contêm os dados principais (o fato, os personagens, o local, o dia e o horário, as causas) e são chamadas de lide ou lead, termo em inglês que significa "guia", ou "o que vai na frente". O lide-sumário é o primeiro parágrafo de uma reportagem e deve resumir a notícia.

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O conjunto de procedimentos técnicos utilizados para a redação jornalística é chamado de técnica de redação. Concretamente, o que se chama de uma redação no jargão é um ambiente de trabalho, equivalente ao termo inglês newsroom. É o local onde trabalham jornalistas, repórteres, editores, produtores e outros profissionais relacionados à edição de notícias para publicações em jornais e revistas ou transmissão em televisão ou rádio. Em redações televisivas é comum encontrar uma ou mais bancadas de onde são apresentados os telejornais. Quando é o caso, quase sempre a redação é exibida ao fundo dos apresentadores, compondo o cenário do telejornal. Porém, isto não é uma regra. Entre os telejornais brasileiros que têm a redação ao fundo, podemos destacar o Jornal Nacional, SBT Brasil, Jornal da Band e o Jornal da Record, noticiários principais de quatro das maiores emissoras de televisão do Brasil. Redação publicitária

Em Publicidade e Propaganda, redação significa, na sua definição mais restrita, a elaboração criativa de peças publicitárias, a partir de apelo textual persuasivo. É comum nas agências de propaganda o modelo de criação publicitária chamado duplas de criação (Redator e Diretor de Arte). A cargo do primeirdfo fica a criação de chamadas ou títulos e textos; complementos de peças impressas, imagens, roteiros para rádio, televisão ou cinema. A cargo do segundo, fica a melhor apresentação do roteiro criado, utilizando todos os mecanismos que nos fazem "sentir", "absorver", degustar a redação. A função do Redator e do Diretor de Arte, é mais ampla como profissionais criativos, elaboram peças publicitárias completas em suas diversas aplicações: anúncios, textos, spots de rádio e jingles, filmes, peças para internet, ações de marketing entre muitas outras.

Redator profissional

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Os profissionais da escrita que trabalham com redação são denominados redatores, e podem exercer diversas funções, tais como redator de textos técnicos, científicos ou comerciais; escritor de ficção, contista, cronista, ensaísta, fabulista, folclorista, poeta, trovador, letrista de música, libretista, novelista, romancista, prosador, memorialista, biógrafo, enciclopedista, glossarista; dramaturgo; roteirista/argumentista de produtos audiovisuais ou história em quadrinhos; adaptador de obras para rádio, teatro, cinema e televisão; crítico de música, teatro, cinema, dança, artes plásticas, televisão, crítico literário; e ombudsman. Segundo o Cadastro Brasileiro de Ocupações organizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, esta é a descrição sumária da atividade dos redatores profissionais: Escrevem textos literários para publicação, representação e outras formas de veiculação e para tanto criam projetos literários, pesquisando temas, elaborando esquemas preliminares. Podem buscar publicação ou encenação da obra literária bem como sua divulgação.

Jornalismo Digital Jornalismo online ou ciberjornalismo é o jornalismo praticado no novo meio comunicacional da Internet.

Em teoria, deverá recorrer a técnicas diferentes do jornalismo tradicional impresso. Há até discussões sobre a aplicação da tradicional técnica jornalística da pirâmide invertida na construção de notícias online, propondo o recurso a uma estrutura de blocos que permite que o leitor "construa" a sua leitura da notícia.

No entanto, não é ainda muito frequente a utilização do hipertexto, "Uma das mais poderosas ferramentas de publicação na Internet" (Steve Outing) em notícias online.

O webjornalismo, jornalismo online, ciberjornalismo, jornalismo electrónico ou jornalismo digital é o jornalismo dos meios digitais, como CD-ROM e internet. Tendo sido, inicialmente, apenas uma versão dos jornais impressos veiculada na internet, o webjornalismo acabou por seguir trajetória diferente.

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Definições

Jornalismo online (JOL) pode ser definido como a coleta e distribuição de informações por redes de computadores como internet ou por meios digitais. Os holandeses Bardoel e Deuze usam um nome específico e adequado para esta produção: network journalism, o jornalismo em rede. Já o professor de jornalismo californiano Doug Millison pensa em uma abrangência maior:

Ainda há outras tecnologias que podem ser incluídas nesta lista: a edição de sistemas de ajuda (help) de computadores, como o Windows Help e o HTML Help, e apresentações de slides para palestras.

CARACTERÍSTICAS DO JOL

Independentemente de suas múltiplas definições, o jornalismo online apresenta algumas características específicas em relação a aspectos que quase sempre existiram nas mais diversas mídias, em diversos graus. Segundo uma pesquisa informal entre usuários de um site sobre JOL, cerca de 41% dos participantes apontaram que a instantaneidade é o que mais caracteriza o webjornalismo. A interatividade aparece em segundo lugar, com 28,11%. Já cerca de 19% apontaram que o fato das notícias ficarem arquivadas para pesquisa é o que mais chama a atenção (JORNALISTAS DA WEB, 2005).

Outros autores (ROCHA, 2000; PALACIOS, 2001b; MIELNICZUK, 2001) ampliam essa lista. Para eles, as características mais interessantes do Jornalismo online são:

Instantaneidade. Interatividade. Perenidade (memória, capacidade de armazenamento de informação) Multimediação, programação. Hipertextualidade. Personalização de conteúdo, customização. Instantaneidade

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O grau de instantaneidade – a capacidade de transmitir instantaneamente um fato – das publicações em rede aproxima-se do atingido pelo rádio, o mais alto entre as três mídias tradicionais, seguido por TV e jornal. É muito rápido, fácil e barato inserir ou modificar notícias em formato binário. Apesar disso, algumas falhas podem ser detectadas, principalmente por conta da rapidez, já que muitas vezes a informação deixa de ser apurada da maneira mais completa. Em alguns casos, a falta de uma conferência anterior a publicação online também provoca a existência de inúmeros erros de português.

Perenidade

Também conhecido como arquivamento ou memória. O material jornalístico produzido online pode ser guardado indefinidamente. O custo de armazenamento de informação binária é barato. É possível guardar-se grande quantidade de informação em pouco espaço, e essa informação pode ser recuperada rapidamente com busca rápida full text.

Interatividade

Alguns autores (LEMOS, 1997; BONILLA, 2002) entendem por interatividade quando há comunicação mediada por tecnologias e interação quando não há mediação tecnológica entre os seres humanos. Por exemplo: uma conversa entre alunos e professor numa sala de aula ou amigos num bar é interação, já a interatividade é quando se usa um telefone, um e-mail e até mesmo uma carta escrita por uma caneta, em todos estes casos há uma tecnologia envolvida no processo comunicativo o que justifica a interatividade.

As mídias tradicionais sempre tiveram algum tipo de interatividade, como nas seções de cartas de jornais e TVs e nos telefonemas para programas de rádio (talk radio). Mas no JOL a interatividade atinge seu ponto máximo:

A escolha de vários "caminhos" para ler notícias é mais automatizada do que em mídias de papel. Embora leitores de mídia papel escolham seus próprios caminhos, constantemente (como em chamadas de capa de jornais), os hiperlinques tornam a tarefa muito mais fácil.

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Na Web, o leitor pode enviar formulários com comentários sobre uma notícia e ver suas observações colocadas imediatamente à disposição de outros leitores.

O leitor pode participar de votações sobre temas polêmicos.

Entretanto, estes conceitos tratam do tema de maneira geral, devendo ser problematizados, pois a interatividade vem se desdobrando em níveis cada vez mais complexos.

MULTIMEDIAÇÃO, MULTIMEDIALIDADE OU CONVERGÊNCIA

"A internet permite a utilização conjunta de várias linguagens, para além do texto e imagem estáticas presentes no Jornalismo tradicional”. O JOL usa vários tipos de mídia e de formatos de arquivos de computador. Se diz que é uma convergência de todas as mídias:

Texto e hipertexto em computador. Áudio. Imagem estática (fotos) e em movimento (clipes de vídeo). Texto em papel (o conteúdo da internet frequentemente é impresso). Hipertextualidade "Uma hiperligação, ou simplesmente ligação, é uma referência em um documento hipertextual para outro documento ou recurso. Como tal, ele é similar às citações em literatura.

Por exemplo, clicando no hiperlinque Instituto Poynter, você instruirá o seu browser a buscar e a apresentar em sua tela as informações que formam a página Web do instituto de ensino de Jornalismo. Este link azul sublinhado é representado assim no texto interno da página Web: <A href="http://poynter.org/">Instituto Poynter</A>

A marca "<A ... >" significa âncora de hipertexto.

"href" é a referência hipertexto, no caso, um endereço Web.

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"Instituto pointer" é o texto que vai responder ao clic do mouse

"</A>" indica o fim do link.

Usar hiperlinques é chamado de "navegar", em português brasileiro, em função do programa Netscape Navigator.

O uso de hiperlinques em conteúdo multimídia (áudio, vídeo, fotos, animações) é chamado de hipermídia. Tecnicamente, não há diferenças em fazer linques em texto ou em imagens.

Palacios e Mielniczuk (2001) argumentam que o linque pode ser considerado um elemento paratextual.

Mídias tradicionais também usam hiperlinques, como o sistema de sumário e número de páginas de livros, os sistema de organização da Bíblia, as chamadas de capa de jornais.

Personalização de conteúdo

Como toda a informação está sendo tratada por computadores, é rápido colher informações sobre usuários/leitores e oferecer a mídia que mais interessa a ele. Esta personalização de conteúdo pode se realizar de diversas maneiras:

Muitos sites de informação e serviços (portais) permitem que o leitor escolha temas que lhe interessam e receba apenas notícias sobre eles, ao acessar a página. Um bom exemplo é o News Is Free, Netvibes ou Google News. Também é comum que se assine newsletters sobre assuntos específicos. O sistema RSS vem se tornando bastante popular como forma de filtrar apenas informações que o leitor acha relevante.

Aliada à multimídia, a personalização de conteúdo permite a programação de servidores de mídia, que podem escolher qual informação enviar conforme as preferências do usuário que solicita. Por exemplo, um vídeo de qualidade mais alta é escolhido automaticamente pelo servidor Helix da Realmedia se o usuário tem banda larga. Se tiver conexão telefônica, a mídia enviada tem qualidade mais baixa.

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INFLUÊNCIA DA MÍDIA ELETRÔNICA SOBRE O JOL

Mídia eletrônica são rádio e TV. Computadores não estão incluídos na categoria porque vão além do eletrônico, usando lógica binária para formatação de informações. Computador é, portanto, mídia binária.

Rádio

O texto de rádio é o que mais se adapta para jornalismo em rede, pela concisão, estilo direto, informalidade.

No entanto, o som pela internet ainda é de baixa qualidade e com constantes lapsos, mas é uma maneira pela qual estações de rádio tradicionais alcançam audiência mundial. Este panorama começa a se modificar com a popularização do acesso de banda larga à internet.

As "estações de rádio internet" (sites que armazenam som binarizado) permitem que você crie programação e deixe gravações disponíveis para quem quiser ouvir. A desvantagem é que um número limitado de pessoas pode acessar ao mesmo tempo uma estação de rádio internet, ao contrário do rádio broadcast.

Recentemente, se difundiu o termo podcast para gravações de áudio difundidas por meio do protocolo RSS. Estes "programas" de áudio podem ser descarregados diretamente para os tocadores de mídias, em geral no formato MP3. Como são experimentais e feitos por amadores, os podcasts em geral têm baixa qualidade de áudio, de edição e de estrutura.

Televisão

Os maiores sites jornalísticos já publicam pequenas matérias em vídeo. Existem programas, como o Real Video, que têm "canais" de vídeo [streaming].

Como no caso do áudio, os clips de vídeo são de baixa qualidade e podem ter o movimento ou o áudio interrompidos por alguns instantes, conforme o congestionamento da rede. No Brasil, o portal de notícias G1, da Rede Globo, dedica uma seção inteira

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aos vídeos exibidos nos telejornais da emissora, além de apresentar alguns vídeos de arquivo de décadas passadas e transmitir, ao vivo, a programação da Globo News. A BandNews também consegue transmissões com razoável qualidade, em internet banda larga.

Visualmente, animações em formato Flash, cada vez mais usadas em sites multimídia, são inspiradas em vinhetas de TV.

A partir de 2005, sites que abrigam vídeos enviados por colaboradores se tornaram uma febre, como o YouTube e Google Video.

INFLUÊNCIA DO JOL SOBRE A MÍDIA TRADICIONAL

Está sendo bastante usado por jornais e revistas a ligação visual entre palavras do texto e elementos gráficos como fotos e textos explicativos (box), imitando a ligação lógica do hipertexto.

Aumento de textos curtos

O estilo de texto para a internet deve ser curto, na ordem direta, com palavras-chave destacadas, em blocos de cerca de cem palavras, no máximo. O estilo deve ser informal, porque internet é um meio de comunicação individual e pessoal. Esta economia de palavras (que as valoriza, pois as torna raras) encontra eco, em 2000, em dois dos jornais de maior tiragem do Rio Grande do Sul, Correio do Povo e Diário Gaúcho.

Aumento de gráficos e uso da cor O apelo visual nos websites também tem influenciado a mídia impressa, que usa mais cor, produz mais infográficos e aumenta a hierarquia de estilos de texto nos veículos, como a revista Época e o Diário Gaúcho.

Ampliação da base de pesquisa e de fontes de notícias

As rádios e os pequenos jornais regionais estão coletando muita informação na internet graças ao acesso a centenas de fontes que auxiliam a pesquisa noticiosa:

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• Sites de busca. • Programas de meta-busca, que pesquisam em diversos engenhos de busca ao mesmo tempo e filtram os resultados. • Listas de discussão e fóruns. • FAQs, listas de perguntas freqüentemente feitas sobre um assunto, e que, em geral, tem bastante credibilidade porque são construídas coletivamente. • Sites pessoais, de empresas, de entidades e de órgãos de governos. É importante que qualquer empresa ou pessoa tenha, em seu site, o press kit, um conjunto de press releases e fotos em alta resolução para que sejam usados pelas publicações de papel.

O TEXTO PARA WEB

Muitos autores se entusiasmam com características como multimediação e interatividade, e consideram que o conteúdo online deve ser repleto de movimentos, hiperlinques e outros truques. No entanto, produção digital custa caro, em termos de recursos humanos. E o conteúdo publicado em redes não precisa conter obrigatoriamente todos os recursos tecnológicos disponíveis, só porque eles existem. Considera-se, então, que não há um "formato para a internet" ou "formato para a Web".

Existem diversas maneiras de se usar textos e outros conteúdos na mídia em rede. Cada uma tem uma aplicação determinada, com vantagens e desvantagens.

Transposição pura

O texto da mídia papel (tipo livro ou artigo) é transposto sem modificação para a rede.

Vantagem: maior disponibilidade do que impresso, distribuição instantânea, onipresença, rapidez e baixo custo de publicação, facilidade de visualização, facilidade de impressão.

Desvantagens: não aproveita bem os recursos da mídia. Além disso, muita gente considera desconfortável a leitura de textos extensos na tela.

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Exemplo: Projeto Gutenberg, que publica livros clássicos em formato de "texto plano".

Transposição com uso de hyperlinks

Texto tradicional para papel, mas vertido para o formato hipertexto, com links para notas de rodapé e para outros textos.

Vantagens: links tornam a leitura mais rápida pela facilidade de consulta a outras fontes e a notas. Também é fácil de imprimir.

Desvantagens: as mesmas da transposição pura.

Exemplos: documentos acadêmicos do MS Word ou OpenOffice gravados em formato HTML.

Adaptação ao hipertexto

Texto reescrito ou produzido especialmente para ser lido em tela de computador. Informação em “cachos” (blocos de 100 palavras ou menos), uso extensivo de hyperlinks, listas com bolinhas, entretítulos.

Vantagens: aproveita melhor a mídia mas torna mais difícil a impressão. Desvantagens: tem produção mais cara, é mais demorado reeditar o material textual. Exemplo: matéria de Carole Rich sobre o estilo Web traduzida aqui. Desenvolvimento de narrativa em hipermídia Texto e imagens de áudio e vídeo pensados e editados para serem distribuídos em hipermídia.

Vantagens: aproveitamento máximo de recursos permitidos pela tecnologia. Desvantagens: custo muito alto, pouco suporte para uso em mídia papel.

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O MAIL É A MENSAGEM

Apesar do apelo charmoso da Web, a aplicação mais útil e utilizada da internet é o correio. Com ele, você não só se comunica pessoa-a-pessoa (o que lhe dá grande influência), como troca qualquer tipo de arquivo de computador, como foto, áudio, vídeo, texto, animação. E o correio também deve ser visto como uma poderosa mídia.

Até mesmo sites da Web se promovem através de newsletters, boletins criados com os parcos recursos do correio. Todo o site bem planejado deve ter um link para o internauta assinar uma newsletter. Na mensagem, o editor do site deve colocar breves descrições das novidades no site, com um link Web em que o leitor pode clicar para conferir imediatamente o assunto.

Lista de distribuição É um recurso que existe em alguns programa de correio: uma lista com centenas de endereços de mail para onde você envia uma mensagem de uma só vez.

Existem programas específicos para manipular listas de discussão, mas uma opção barata e poderosa é o Pegasus Mail, programa de correio gratuito para ambiente Windows e Macintosh. Ele permite que você envie um texto para centenas de pessoas ao mesmo tempo.

Um sistema de filtragem de mensagens recebidas permite que se cadastre ou cancele a assinatura de listas dependendo do conteúdo da mensagem. Por exemplo, uma mensagem com a palavra subscribe no título faz com que o remetente seja anexado à lista de pessoas que devem receber determinada newsletter. A palavra unsubscribe pode tirar o endereço do remetente da lista.

Formatação

Para que sua mensagem seja mais efetiva, você deve dar atenção aos seguintes aspectos de uma newsletter por correio:

Título

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O título (subject, assunto) é o único gancho que o editor de uma publicação tem para fisgar a atenção dos leitores. Quem recebe dezenas de mensagens por dia abre apenas as mais interessantes e descarta as outras com base no título. Uma mensagem com título "Informativo n.153", tem mais chances de ser apagada do que uma com "Anatel à CRT: estamos de olho em vocês!". Para aproveitar espaço, o nome da newsletter deve estar no endereço de mail do remetente, para não desperdiçar espaço do subject com isto.

Cabeçalho e Logotipo No topo da mensagem ficam o "logotipo", uma linha explicativa sobre a newsletter, a data e o número da publicação.

Motivos do envio

É importante que você explique que o leitor recebeu sua newsletter porque a assinou, e que ela não é enviada sem ser solicitada. O spam (divulgação de mensagens para milhares de pessoas que não a solicitaram) é uma das práticas mais odiadas da internet. Por isso, o leitor não deve ter dúvidas de que ele mesmo pediu para receber sua mensagem.

Publicidade

O correio em geral não tem grandes recursos de formatação de texto e cores. Um anúncio poderia ser confundido facilmente com conteúdo editorial. Por isso, os anúncios devem ter linhas separando-os do resto da newsletter. As palavra "publicidade", "anúncio" ou "comercial" devem estar na primeira linha separadora.

Links para cancelar assinatura

Você deve deixar ao leitor a possibilidade de cancelar a assinatura da newsletter a qualquer momento. Em alguns sistemas, basta que o leitor responda à mensagem. Em outros, deve-se enviar uma mensagem com a palavra "unsubscribe" no campo Subject.

Mail merge O Pegasus mail permite que se personalize uma newsletter com textos variáveis. Verifique o Tutorial sobre mail merge com Pegasus Mail.

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Links normais Os modernos programas leitores de mail mostram URLs (endereços Web ou de mail) como links, sem que o editor precise colocar formatação especial.

Mail HTML Existe a possibilidade de se enviar mensagem em formato HTML (com páginas Web), com texto em tamanhos e fontes diferentes, cores, imagens fixas, imagens de áudio e vídeo.

Embora existam “cruzadas” contra mails em HTML (porque ocupariam muita largura de banda), você não precisa abrir mão destes recursos de imagem. Dê ao assinante oportunidade de escolher se quer receber mails não-formatados ou com recursos hipermídia.

EXIGÊNCIAS DO JOL

Texto O texto, é claro, ainda é o elemento mais importante de qualquer publicação. Quem tem bom texto para jornal de papel, rádio ou TV, terá bom texto para JOL. Só precisa entender como o internauta lê: ele apenas passa os olhos pelas telas à procura de palavras-chave. Não tem tempo para as grandes elucubrações mentais exigidas por figuras de linguagens do tempo do texto corrido, nem paciência para textos longos...

Criatividade em design gráfico

O jornalista online deve não apenas saber escrever, mas saber como dispor o texto no suporte.

Tem que conhecer tipos de letras, composição visual, uso de cores, corte e edição de fotos, áudio e vídeo. Não precisa saber desenhar, mas deve saber usar infografia e ser capaz de criar um gráfico informativo a partir de dados numéricos, para ilustrar uma matéria.

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Língua estrangeira Quase tudo na internet é em inglês. Portanto é preciso que o profissional se empenhe mais por meio de cursos. Ou instale no seu computador programas como o Babylon Translator.

Curiosidade e experimentação em programas de computador Você precisa saber se virar sozinho, se seu maldito Windows começar a dizer algo simpático como "Falha geral do aplicativo" ou "Você executou uma operação ilegal, OK?". E precisa saber como procurar –- produtivamente -- por algum tema específico na floresta binária da internet.

Os mecanismos de busca em geral têm várias opções para você estreitar sua busca. Procure em seções dizendo algo como "Busca Avançada".

O MERCADO DE TRABALHO

O mercado para jornalista online já está aquecido. O jornal de papel, o rádio ou a TV que não tiverem sua contraparte binária estarão logo ultrapassados. Assim, pelo menos uma vaga existe em toda a redação: a do jornalista que coloca na Web matérias feitas para outras mídias. Mais empresas de comunicação estão desenvolvendo redações especificamente para a internet, e a disseminação de acesso por cabo de TV e por rádio exigirá muitos profissionais multimídia. Depois que estourou a "bolha" de entusiasmo pela internet, em 2000, o mercado para profissionais da Web encolheu. Mas apenas na Web, que é um mercado limitado, de qualquer forma. O maior mercado para os conhecimentos de tecnologia online está nas empresas e nas assessorias de imprensa empresariais, porque empresas médias e grandes começam a desenvolver suas páginas Web e suas intranets e já precisam de quem desenvolva conteúdo e press kits para estes novos canais de informação.

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Notas A tecnologia de computadores atuais é melhor definida como binária, e não de digital. O fato de trabalhar com lógica binária é que torna os computadores tão poderosos. Eles trabalham relativamente pouco com informação digital (numérica).

Busca full text é aquela usada por bancos de dados que armazenam todas as palavras significativas de um documento, e não apenas palavras-chave.

Vídeo em corrente, exibido conforme vai sendo recebido pelo computador multimídia. As informações são descartadas depois de exibidas, não ficando gravadas em forma de arquivo no disco do computador. Assim, podem ser enviadas grandes quantidades de informações sem ocupar espaço no disco do usuário.

Leituras sugeridas

Jornalismo On-line: Guia Teórico e Prático. Pesquisa acadêmica realizada na Unoeste/SP por Gelson Souza, com artigos publicados no Observatório da Imprensa e Webinsider. Em http://webjornalismo.gelsonamaro.com/.

Online Journalism Review. Revista Web especializada no tema.

Use-it. Site pessoal de Jakob Nielsen, engenheiro de usabilidade, que aborda a interface entre ser humano e computadores. [http://www.useit.com/ Use-it.

Biblioteca Online de Ciências da Comunicação. o (BOCC) seção Jornalismo Web GJOL Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line da Universidade Federal da Bahia.

Jornalismo Online. Site de José Antonio Meira em http://meiradarocha.jor.br/index.pl/jornalismo_online.

Mario Garcia. Site do professor e designer de jornais cubano. Em http://www.mariogarcia.com/.

Online-journalist. Site do professor Doug Millison.

Intermezzo. Weblog coletivo sobre ciberjornalismo.

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aKademia, um modelo de webjornal. Texto de João Simão sobre a experiência adquirida na construção do webjornal aKademia. Em aKademia, um modelo e webjornal.

Jornalismo - Prof. Gerson Martins. Site do professor Gerson Luiz Martins, coordenador da Linha de Pesquisa Estudos de Jornalismo da UFRN e membro do GJOL em [http://gersonmartins.jor.br/ http://gersonmartins.jor.br/.

Webjornalismo.com. Site de João Canavilhas com textos, notícias e links sobre o jornalismo na web. Em http://www.webjornalismo.com

Jornalistas da Web. Mídias digitais com novidades na área.

Conteúdo n@ Rede - Coluna de Bruno Rodrigues sobre webwritting no Portal Comunique-se.

Jornalismo Digital.org Site que discute diversos aspectos do jornalismo online no Brasil e no mundo. [http://www.jornalismodigital.org Jornalismo Digital.org

Radiojornalismo Radiojornalismo é a prática profissional do jornalismo aplicada ao rádio. Radiojornais são programas que duram entre segundos e horas e divulgam notícias dos mais variados tipos, utilizando sons e locução por repórteres e apresentadores (chamados de âncoras, no jargão profissional).

As estações de rádio podem apresentar radiojornais como parte da programação normal transmitida diariamente ou mais freqüentemente, em horários fixos. Às vezes, outros programas podem ser interrompidos por plantões de notícias ("news flashes") em casos muito importantes e urgentes.

Jornal falado

Em radiojornalismo, no Brasil, um jornal falado corresponde à reunião das principais notícias do dia ou da semana. Pode durar de cinco a trinta minutos. O jornal falado tem divisões bem definidas, com a apresentação de notícias locais, nacionais, internacionais, esportivas e culturais. O ideal é que o jornal seja

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lido por dois locutores, isso dá mais ritmo e agilidade às notícias e evita a monotonia.

As três ou quatro notícias mais importantes merecem destaque na forma de manchetes. As manchetes abrem a edição de um jornal falado e anunciam para o ouvinte os principais fatos do dia.

Texto para radiojornalismo

Segundo normas canônicas praticadas no Brasil e em outros países, o texto para radiojornalismo deve ser ainda mais curto e objetivo que o texto jornalístico de mídia impressa e de TV, com vocabulário o mais próximo possível do coloquial. Deve, ainda, utilizar sempre ordem direta (sujeito; verbo; predicado) e ser muito descritivo, para compensar a falta de imagens.

Conceitos de Radiojornalismo

As propostas formuladas por dois pioneiros do jornalismo no Brasil, o casal Luiz Beltrão (1992:67) e Zita de Andrade Lima (1970), determinam uma possível definição de radiojornalismo, sendo considerado aqui como a informação dos fatos correntes, transmitidos por meio de relatos radiofônicos, devidamente interpretados e transmitidos periodicamente à sociedade, com o objetivo de difundir conhecimentos e orientar a opinião pública, no sentido de promover o bem comum. A ampliação do conceito de radiojornalismo segue por um esclarecimento das características do rádio propostas pela pesquisadora Gisela Swetlana Ortriwano (1985: 78-81) e das características de jornalismo propostas por estudiosos em teoria do jornalismo, como Daniel Hudec (1980) e Otho Groth estão descritas por Angel Faus Belau (1966: 43-85), justamente porque ambas integram o (radio)jornalismo.

São sete as principais características do rádio, sendo o imediatismo considerado como a transmissão dos fatos no momento em que ocorrem; a instantaneidade como a mensagem que precisa ser recebida no momento da emissão; a interatividade sendo a relação direta com a mensagem durante e após a sua emissão; a mobilidade em que o radio, por meio do aparato tecnológico, pode ser deslocado facilmente para a emissão e recepção da mensagem; a oralidade que desenvolve o

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conceito de que o rádio fala e, para receber a mensagem, é apenas necessário ouvir; a penetração que permite ao rádio chegar a diversos lugares, sendo que, ao mesmo tempo, também pode estar presente o regionalismo, que integra o ouvinte por meio das mensagens locais e a sensorialidade que aplica ao rádio a possibilidade de despertar a imaginação por meio da mensagem.

Da mesma maneira, são destacadas sete das principais características do jornalismo, com a atualidade sendo a relação e orientação para os acontecimentos do presente; a difusão como a divulgação em grande escala do trabalho jornalístico por meio dos diversos meios de comunicação; a fidelidade dos fatos que apresenta os problemas atuais de um modo simples, preciso e correto, condicionado pela evidência dos fatos; a periodicidade que considera o acompanhamento contínuo dos diversos fatos que condicionam a realidade social; a rapidez que define a transmissão imediata dos fatos presentes, determinando uma reação do público diante do acontecimento em questão e a universalidade que condiciona o vasto campo dos problemas sociais cobertos pelo jornalismo.

Após as características, o Gênero é o instrumento de que dispõe o rádio para atualizar seu público por meio da divulgação, do acompanhamento e da análise dos fatos. Os seus relatos podem possuir características subjetivas do ponto de vista de seus conteúdos. No Brasil, segundo José Marques de Melo, podem ser relacionados como gêneros informativos - registro claro e objetivo dos fatos e acontecimentos, caracterizados pela observação, ou opinativos - emissão de opinião diante das notícias, caracterizados pelo aconselhamento. Para relacionar os gêneros radiojornalísticos, utilizamos a classificação proposta pelo jornalista, professor e pesquisador da USP e da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), José Marques de Melo (1985: 77-131), e ampliada pelo professor e pesquisador André Barbosa Filho (2003: 89109). Os principais gêneros jornalísticos são a reportagem e a entrevista, por merecerem uma ampla cobertura sobre o fato. A reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que são

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percebidas pela instituição jornalística. Também é produzido e transmitido pelo repórter. O locutor faz a chamada da reportagem, podendo interagir com o repórter nas transmissões “ao vivo”. Já a entrevista é um relato que privilegia um ou mais protagonistas do acontecimento, possibilitando-lhes um contato direto com a coletividade. É produzida pela equipe de reportagem e transmitida tanto pelo repórter como pelo locutor, que interagem com o(s) entrevistado(s) durante a conversa. A nota, a notícia e o boletim são matérias utilizadas para divulgação de fatos ainda em fase de construção. A nota é o resumo da notícia, corresponde ao relato dos acontecimentos que estão em processo de configuração. É produzida pela equipe de redação e transmitida pelo locutor. Já a notícia é o relato integral de um fato que já eclodiu no organismo social. Também é produzida pela equipe de redação e transmitida pelo locutor. O boletim do repórter é o relato parcial ou integral dos fatos. É produzido e transmitido pelo repórter. O locutor faz a chamada do boletim, podendo interagir com o repórter nas transmissões “ao vivo”.

Os gêneros opinativos são produzidos e transmitidos por um jornalista, colaborador ou mesmo pelo ouvinte (neste caso, falante), sendo o emissor responsável pelo conteúdo da mensagem.

Já o locutor, além da chamada da matéria, muitas vezes emite opiniões, interage com o produtor da mensagem ou mesmo emite opinião, durante a transmissão.

O comentário é o gênero mais introduzido no rádio por possuir uma relação direta com a notícia. Regularmente, é publicado logo após um acontecimento e vem junto com a notícia ou reportagem. O artigo se diferenciada do comentário porque é inserido quando o jornalista ou colaborador tem liberdade para expor suas opiniões. Os profissionais tratam os assuntos de forma ampla, sem se prenderem ao tempo. Sendo assim, os fatos do passado e do presente estão sempre interligados.

Já a crônica é conduzida, normalmente, de forma literária pelo autor. Os cronistas, muitas vezes, fantasiam os fatos, transformando os personagens em heróis ou vilões, e as notícias em histórias figurativas e até mitológicas. Também ligada ao

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universo cultural, a resenha ou crítica é o gênero que analisa, geralmente, os fatos do universo artístico e cultural. Tem também a finalidade de orientar o público na escolha dos produtos culturais em circulação no mercado.

A coluna é uma seção especializada em que o escritor expõe suas idéias e julgamentos de modo livre e pessoal. No colunismo, o estilo do autor é fundamentado na utilização dos diversos gêneros jornalísticos informativos e opinativos. A seção do ouvinte é determinada pela seleção e permissão para opiniões para pessoas de fora da emissora, mas integrantes por serem ouvintes da rádio.

No âmbito institucional, o editorial é o gênero que expressa a opinião da empresa jornalística diante dos fatos de maior repercussão no momento. O profissional responsável por esta seção geralmente interpreta e divulga os pontos de vista da diretoria da empresa.

Os programas jornalísticos são gêneros ampliados. Conforme Gisela Swetlana Ortriwano, a difusão da informação pode ocorrer sob diferentes formas, sendo a mensagem estruturada em função da oportunidade, conteúdo e tempo na emissão. Os programas jornalísticos no rádio são classificados conforme o conteúdo e o formato. Foram utilizados os conceitos de Ortriwano (1985: 91-94), de Paul Chantler e Sim Harris(1998: 162-182) e de Robert Mcleish (2001:. 43-95; 107-129; 179-198).

O mais importante é o radiojornal, que é conjunto de matérias jornalísticas transmitidas por meio dos diversos gêneros. Programas curtos são a Síntese Noticiosa ou Boletim Noticioso que é um breve informativo que transmite um resumo das principais notícias do dia, o flash, emissão curta que transmite, durante a programação, apenas o necessário para informar que o fato está ocorrendo, sem outros pormenores e a edição Extraordinária, definida como um breve informativo que transmite, durante a programação, os principais fatos de um acontecimento em destaque.

Outros programas são determinados pelo tipo de cobertura e produção. O Programa de Entrevista explora determinado tema por meio do diálogo entre entrevistador(es) e entrevistado(s),

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como os debates e mesas-redondas; o Especial é um programa que aborda, em profundidade, determinado(s) tema(s). Entre os programas especiais estão os radiodocumentários e as audiobiografias, dentre outros. Os Especializados são programas que transmitem informações sobre fatos de um mesmo campo de atividade, em que apenas interessam as notícias referentes àquele setor. Destacam-se aqui os programas esportivos, os policiais e os culturais.

Após a definição das características e os gêneros, o esclarecimento direto sobre a mensagem jornalística é essencial para a compreensão do universo radiofônico. Conforme a obra de Zita de Andrade Lima (1970: 33-61), a mensagem informativa se caracteriza por meio de três parâmetros inseparáveis: a linguagem, a estrutura e o estilo. Como apoio, relacionamos, ainda, o conceito de linguagem por Luiz Artur Ferrareto (2001:26) e George Bernard Sperber (1980), a estrutura por Emílio Prado (1989:17-46) e o estilo por Pierre Ganz (1999: 37-38).

A linguagem determina a relação entre a linguagem verbal e a não-verbal. No radiojornalismo, ocorre a predominância da fala (palavra), por meio dos locutores, repórteres, colaboradores, entrevistados e ouvinte (falante), mas também se observam paisagens sonoras, como o efeito sonoro, a música, o ruído e o silêncio.

A estrutura fundamenta as características da mensagem jornalística conforme o encadeamento dos fatos, privilegiando a seleção dos principais dados, coletados por meio de pesquisa e/ou entrevistas. A estrutura da notícia determina os dados a serem emitidos e quem vai participar da transmissão, assim como denota a linha editorial do programa.

O estilo é a forma de comunicação e expressão do emissor. No jornalismo, é importante variar os estilos, que podem ser determinados tanto pela rotatividade dos gêneros, como pela mescla de transmissões entre os locutores, colaboradores, repórteres, além da inserção de entrevistados e ouvintes (falantes), que emitem a informação conforme as próprias características que o diferenciam, esclarecendo o teor das mensagens conforme a participação e o conteúdo.

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Âncora

O âncora é o apresentador de um radiojornal. Cabe a ele narrar, anunciar ou comentar as notícias que serão transmitidas, ou chamar repórteres que entram ao vivo na programação. Diz-se que o termo "âncora", neste sentido, teria sido aplicado pela primeira vez em 1952, para se referir ao trabalho de Walter Cronkite na televisão durante a convenção pré-eleitoral do Partido Democrata nos EUA.

Relações Públicas Relações Públicas designa a profissão e relações-públicas o profissional dessa atividade de comunicação. Relações Públicas ofertam uma variedade de funções a serem exercidas para as diversas organizações (sejam elas privadas, públicas ou do terceiro setor), sempre com vistas à manutenção do equilíbrio entre estas e os públicos com os quais interagem.

O objetivo do trabalho é o equilíbrio entre a identidade e a imagem de uma organização, focando a imagem institucional e trabalhando a relação com a opinião pública.

A Associação Brasileira de Relações Públicas propôs em 1955 o seguinte conceito para a profissão: "Relações Públicas é a atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja, direta ou indiretamente, ligada".

O PAPEL DO PROFISSIONAL

O profissional é o responsável pela comunicação integrada da organização, pela sua comunicação com os mais diversos públicos (público interno, público setorial e público externo) e pela comunicação institucional. Para isso usará diversos instrumentos e canais de comunicação, entre eles os house organs (jornais, revistas, boletins etc) e os eventos (seminários, encontros, reuniões etc).

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Desenvolve e destaca o relacionamento institucional com os públicos estratégicos, identificando oportunidades e necessidades de comunicação da instituição com a sociedade, seja em situações harmônicas ou controversas.

O profissional de Relações Públicas planeja, executa e avalia as políticas de relacionamento da instituição, de maneira ética e estratégica, com todos os segmentos sociais, dando suporte para que ela se adapte num ambiente de constante transformação. Em resumo é um profissional que trabalha com Comunicação Estratégica e Mediada.

Relações Públicas é o profissional que administra interações entre públicos diversos. Capacitado, então, para planejar, organizar, decidir, executar e controlar atividades que envolvam diretamente o processo de comunicação (ex: a implantação de um sistema educacional e-learning, que exige um cuidado especial com linguagens e formas de comunicação para públicos diversos é uma ação que pode e deve ser gerenciada por um relações-públicas).

Além disso, o profissional de relações públicas pode trabalhar nas seguintes áreas: Administração Promover ações para a valorização de uma empresa ou marcas. Criar canais de comunicação com os funcionários e fornecedores, clientes, governo e comunidade.

Atenção ao cliente

Atender as solicitações e reclamações de consumidores, para melhorar a qualidade dos produtos e serviços da empresa.

Cerimonial e protocolo

Orientar empresários, políticos e chefes de Estado sobre etiqueta e comportamento.

Comunicação institucional Divulgar os valores e as políticas da organização para funcionários, clientes, consumidores e fornecedores.

Eventos Organizar palestras, exposições, recepções, coquetéis e outras solenidades de promoção da empresa.

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Pesquisa de opinião

Coletar dados sobre o público interno e externo da empresa para desenvolver planos de comunicação e de ação.

Planejamento estratégico

Traçar a estratégia de relacionamento e de comunicação com a comunidade, a imprensa, os fornecedores, a concorrência e os consumidores.

Projetos institucionais

Analisar pedidos apresentados a empresas, de parceria em projetos sociais, culturais e educacionais, coordenando sua adequação à filosofia e aos objetivos da instituição.

Relações governamentais

Elaborar planejamento estratégico.

Relações Públicas Digitais Relacionamento com os influenciadores de opinião nas mídias sociais, promovendo o diálogo com os diferentes públicos da organização que têm presença ativa na web.

OBJETIVOS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

• Construir, manter ou reformar a reputação positiva de uma instituição, seja ela um produto, uma marca, uma empresa, uma entidade, uma organização civil ou governamental, uma pessoa física; • Pensar e gerenciar as relações da organização com todos os seus públicos e o impacto na reputação; • Gerenciar crises; • Planejar e organizar eventos dentro do conceito Institucional e Organizacional visando objetivos estratégicos de relacionamento público; • Promover pesquisas de opinião pública; • Planejar e produzir publicações institucionais; • Desenvolver atividades de relacionamento com a mídia (muito mais amplas que o termo popularmente conhecido - assessoria de imprensa);

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• Identificar potenciais patrocinadores e fazer parcerias e convênios; • Desenvolver atividades de relacionamento com a comunidade a partir de políticas de responsabilidade social; • Reconciliar o interesse público ou ajustar com este, dos aspectos de uma conduta individual ou institucional que tem significado social. • Desenvolver através da Comunicação o entendimento do Público Interno às orientações diretivas conforme Planejamento Estratégico estabelecido em função de objetivos organizacionais. • Identificar e/ou construir canais e códigos de linguagens que possibilitem a aceitação dos públicos em função dos Objetivos Organizacionais de forma ética e democrática. • Monitorar as variáveis de comportamento dos públicos de interesse da organização. • Instrumentalizar através de informações estratégicas a cúpula diretiva para permitir decisões claras e lógicas face ao contexto político/social/econômico/tecnológico em que está inserido a Empresa/Organização. • Hoje em dia as relações públicas estão a enfrentar uma série de desafios novos graças à web. Desde o aparecimento dos chamados "Social Media" passando pela exigência de uma transparência cada vez maior. Esses desafios têm vindo a modificar os objetivos das relações públicas.

Forças das Relações Públicas

As Relações Públicas gerem as relações com os acionistas; conseguem chegar a audiências difíceis como os líderes de opinião e a determinados consumidores. Muitos destes consumidores gastam muito tempo a ler e a ver ou ouvir programas de notícias mas não se interessam por publicidade, destroem os direct mail de que são alvo e têm assistentes que lhes filtram as chamadas. A publicidade apresentada desta forma pode ser mais efetiva para este tipo de pessoas. Além disso, os profissionais de RP, sensíveis à opinião pública, podem aconselhar clientes e empresas sobre as implicações das atividades corporativas. Os especialistas de RP podem apresentar a empresa como bom cidadão através da gestão cuidada da reputação e da imagem. Podem planear o tratamento das crises, minimizando os efeitos negativos. Oferecem também mensagens mais flexíveis em comparação com a publicidade e

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as promoções de vendas devido ao fato de as leis respeitantes às press releases serem menos restritivas. As RP adicionam credibilidade porque as audiências alvo consideram que as notícias tendem a ser mais objetivas que as restantes comunicações de marketing (que são desenvolvidas, apresentadas e pagas por um sponsor). As RP são mais baratas que as restantes ferramentas.

AS RP podem ter um grande impacto no conhecimento que o público tem da empresa / produto, a um custo mais reduzido que com a publicidade. A empresa não paga pelo espaço ou pelo tempo nos media. Em contrapartida, paga ao seu staff para desenvolver e fazer circular informação e gerir eventos. Se uma empresa desenvolve uma história interessante, esta pode ser "coberta" por vários media diferentes, tendo o mesmo efeito que com a publicidade, a um custo mais baixo. E terá mais credibilidade que a publicidade.

Fraquezas das Relações Públicas

As ações de Relações Públicas são geralmente muito eficazes para levar um tema para a mídia, mas pela natureza da própria imprensa, a decisão final do que será publicado é do veículo de comunicação. O RP ou assessor de imprensa tem como objetivo pautar assuntos na mídia, ou seja, despertar interesse para cobertura, mas não tem controle sobre a publicação. Seus resultados devem ser avaliados em médio e longo prazos e nunca em curtos períodos.

PÚBLICOS DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

Os públicos podem ser Internos e Externos

1 – Internos: são as pessoas com quem a organização comunica regularmente na rotina do trabalho, tais como empregados, investidores, fornecedores, negociantes e clientes regulares. Dentro dos públicos internos, os mais importantes são os funcionários. As comunicações internas podem ser descendentes, ascendentes e laterais. Nas comunicações descendentes, os gestores mantêm os funcionários informados sobre os programas e políticas da empresa. Os seus veículos são os jornais da empresa, os posters, filmes, cartazes e eventos. As

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comunicações ascendentes são menos desenvolvidas e os seus veículos são o feedback, as caixas de sugestões, os inquéritos, as reuniões de grupos e as jornadas de portas abertas. As comunicações laterais estão normalmente estruturadas nos departamentos, em pares as equipes comunicam entre si.

2 – Externos: são as pessoas com quem a empresa comunica mas de uma forma não regular nem próxima, tais como os vizinhos na comunidade local, entidades governamentais, grupos de interesses, os media e a comunidade financeira. Nas relações externas a principal preocupação são os media pois estes têm uma grande influência na opinião pública. A informação é disseminada através dos media como notícia ou história. Os consumidores também são uma grande fatia deste público. Chega-se a eles diretamente através da publicidade e das vendas e indiretamente através da publicity. Outro público importante é o governo. Frequentemente, os interesses governamentais sobrepõem-se aos consumidores, particularmente aos grupos ativistas.

São necessários programas especiais para desenvolver relações positivas com os grupos ativistas se a empresa está a trabalhar em áreas sensíveis que afetam a saúde pública, a segurança ou o ambiente. A comunidade financeira - investidores, acionistas e a imprensa financeira - são outro público importante. Os públicos podem ser primários, secundários e marginais: Diferenciam-se pelo maior ou menor grau de importância que possuem para a organização. Os públicos podem ser apoiantes, opositores e indiferentes: Os apoiantes são os que revelam uma atitude positiva face à organização, devendo exercer-se junto destes um esforço constante que vise reforçar as suas crenças; os opositores são aqueles cuja atitude é contrária à organização e portanto junto dos quais a comunicação a utilizar deve ser suficientemente persuasiva para mudar a sua opinião sobre a organização; finalmente os indiferentes são aqueles que reagem com indiferença em relação à organização devendo constituir um alvo importante a conquistar.

NO MUNDO

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Em Portugal

A Associação de Relações Públicas de Portugal é o organismo responsável por representar a profissão em Portugal.

No Brasil

O primeiro Departamento de Relações Públicas, com essa denominação, criado no Brasil surgiu em 30 de janeiro de 1914. Pertencia à "Light" (The Light and Power Co. Ltda.), companhia canadense estabelecida no Brasil e concessionária da iluminação pública e do transporte coletivo da cidade de São Paulo (SP). A direção desse Departamento de Relações Públicas foi entregue ao engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo. A Lei nº 7.197, de 14 junho de 1984, concedeu-lhe o título de pioneiro das Relações Públicas no Brasil, e estabeleceu o aniversário de seu nascimento, dia 2 de dezembro, como o Dia Nacional das Relações Públicas.

Em 21 de julho de 1954, na sede do Instituto de Organização Racional do trabalho (IDORT), também em São Paulo, foi fundada a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), por 27 estudiosos e praticantes de Relações Públicas. Sua primeira diretoria foi a seguinte: presidente, Hugo Barbieri; vice-presidente, Ubirajara Martins; secretário geral, Mey Nunes de Souza; primeiro-secretário, Álvaro Roberto Mendes Gonçalves; primeiro tesoureiro, Jonas Snyder; segundo tesoureiro, Nelson Ramos Nóbrega; conselho consultivo: Murilo Mendes, Anibal Bonfim e Ignácio Penteado da Silva Telles.

O primeiro curso universitário foi criado em 16 de junho de 1966, na Escola de Comunicação e Cultura da Universidade de São Paulo, que, em 1969, passou a se chamar Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP).

A partir de 11 de dezembro de 1967, a profissão passou a ser regulamentada no país pela Lei nº 5377 (regulamentada pelo Decreto nº 63.283, de 26 de setembro de 1968). Novos trabalhos foram sendo desenvolvidos para organizar a efetivação da legislação. Foi estabelecido então o Sistema CONFERP, formado pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Relações Públicas. Sua criação ocorreu em 11 de setembro de 1969, pelo

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Decreto-Lei nº 860, e sua regulamentação aconteceu em 4 de maio de 1971, pelo Decreto nº 68.582/71. Definiu-se, desta forma, que somente podem exercer a profissão no Brasil os indivíduos formados em curso superior de Relações Públicas (ou equivalente no exterior, com o diploma devidamente reconhecido no Brasil) e que estejam registrados em seu respectivo Conselho Regional.

Em 1972, o CONFERP (Conselho Federal de Relações Públicas) aprovou o Código de Ética, regulando o comportamento a ser obedecido pelos que exercem a profissão, enfatizando o respeito aos princípios da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e o compromisso com a verdade e com a manutenção do diálogo e da livre circulação de informações.

Reconhecimento da Profissão no Brasil Desde a regulamentação da profissão no Brasil, em 1967, muitas atividades foram realizadas por diversas instituições, entre entidades representativas de classe, universidades, grupos autônomos e profissionais da área de RP no sentido do reconhecimento do seu papel e de sua potencialidade em diversos setores da sociedade.

Sendo uma profissão relativamente recente no país, uma das primeiras iniciativas nesse sentido foi a campanha "Relações Públicas. O profissional no lugar certo", do ano de 1982. Ela foi divulgada pela ABRP-DF (Associação Brasileira de Relações Públicas - seção do Distrito Federal) e aprovada pelo VII Congresso Brasileiro de Relações Públicas, realizado em Brasília, em setembro daquele ano. Os objetivos da campanha eram motivar as áreas governamentais e empresariais sobre a necessidade de contratarem um profissional de RP e orientar o próprio profissional sobre a importância das associações de classe e da sua correta atuação na área. Com o surgimento da Internet, também foi possível estabelecer novas formas de ação para tornar a profissão mais reconhecida. Entre as ações mais antigas no mundo virtual, e presentes até hoje, estão o Portal de RP e Transmarketing (www.portal-rp.com.br) e o Portal Mundo RP (www.mundorp.com.br).

Entre fevereiro de 2006 e dezembro de 2007, foi realizada, pelo Portal RP-Bahia (www.rpbahia.com.br), a Campanha Nacional de

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Valorização da Profissão de Relações Públicas, com o apoio de várias entidades, personalidades e autores da área, além de instituições de ensino, profissionais e estudantes de todas as partes do país.

O seu lançamento nacional aconteceu dentro do programa oficial do 3rd World Public Relations Festival (III Congresso Mundial de Relações Públicas) realizado em Brasília, capital federal, em julho de 2006. Sua central na internet era acessada através pelo endereço www.campanha.rp-bahia.com.br e as suas ações de maior destaque foram: Prêmio Relações Públicas do Brasil - Duas edições: 2006/2007 - As cerimônias de premiação aconteceram dentro da programação oficial do Congresso da Intercom, que em 2006 foi em Brasília, e em 2007 em Santos; I Seminário Brasileiro de Valorização da Profissão de Relações Públicas - Sembrarp 2007 organizado em Salvador; Dia Nacional de Luta pela Valorização da Profissão de Relações Públicas - Ação em rede que em 2006 mobilizou a categoria em 16 estados da federação; e Livro Relações Públicas do Brasil - Volume I - lançado oficialmente em 26 de setembro de 2007, o Dia Interamericano de Relações Públicas, na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia. Antes da iniciativa da Campanha Nacional, foi criada uma lista de discussão virtual chamada Equipe-RP-Brasil, cuja proposta era criar coletivamente um plano nacional de Relações Públicas para a profissão. Dentro deste grupo surgiram outros, com propostas de ações locais e regionais que se organizassem em rede, num processo de proposição de intercâmbios iniciado em 1998 com a lista Mundo-RP no YahooGrupos.

Com o desenvolvimento de tecnologias de produção de conteúdo pelo usuário, cada vez mais acessíveis na internet, observou-se também um aumento no número de blogs e sites que tratassem do assunto do reconhecimento profissional, por vezes não diretamente mas sim por meio da expressão das conquistas dos profissionais, das agências e das organizações contratantes, com a proposta de instaurar e consolidar uma nova perspectiva para a área.

Um grande problema que os estudantes de Relações Públicas enfrentam atualmente são os estágios em desacordo com as atividades do curso. Grande parte das vagas de estágio

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oferecidas têm como atividades as funções de secretária, recepcionista e área de vendas, funções extremamente importantes, mas que não são do profissional de RP. A profissão é muito importante para uma empresa, e as atividades em estágios e até mesmo no exercício da profissão não podem ser restringidas a funções que pessoas que não cursam uma faculdade podem exercer.

Telejornalismo Telejornalismo é a prática profissional do jornalismo aplicada à televisão. Telejornais são programas que duram entre segundos e horas e divulgam notícias dos mais variados tipos, utilizando imagens, sons e — geralmente — narração por um apresentador (chamado de âncora, no jargão profissional).

Os canais de televisão podem apresentar telejornais como parte da programação normal transmitida diariamente ou mais freqüentemente, em horários fixos. Às vezes, outros programas podem ser interrompidos por plantões de notícias (news flashes) em casos muito importantes e urgentes.

Um newscast normalmente consiste em uma cobertura de várias notícias e outras informações, produzida ou localmente por uma emissora, ou por uma rede. Pode também incluir material adicional como notícias de esportes, previsão do tempo, boletins de trânsito, comentários e outros assuntos.

História

Com o surgimento do cinema, a iniciativa para filmar notas de tipo informativo ficou latente, de tal modo que o primeiro filme produzido foi a saída dos operários de uma fábrica, mostrando-se assim as capacidades informativas do cinema como meio.

De tal modo, uma vez estabelecido tecnicamente, o cinema foi transmissor de notícias. As primeiras companhias cinematográficas estabeleceram diversos equipamentos para a confecção de noticiários em filme (cinejornais), que têm como característica a periodicidade e a multiplicidade - em alguns casos - para "localizar" (tornar local) a informação, oferecendo conteúdos de interesse para zonas específicas e sobretudo no idioma de cada população.

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Com a chegada da televisão e o final da II Guerra Mundial, os noticiários de cinema foram gradualmente perdendo relevância. A televisão prometia imediatismo em vários sentidos: a notícia em um momento mais próximo e a localização em casa.

O primeiro evento televisivo noticioso foi no mês de agosto de 1928, nos Estados Unidos. A emissora WGY transmitiu simultaneamente em rádio e TV (WGY, 2XAF e 2XAD) o senhor Al Smith, pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, aceitando a indicação oficial. Foi o primeiro sinal ao vivo (em direto) e o primeiro evento de notícias.

Nas origens, o jornalismo de televisão copiou o formato do rádio. As primeiras notícias eram lidas diante da câmera, mas logo se notou a importância do apresentador, que demonstrava o jornalismo através de sua aparência, de sua expressão facial e de sua entonação. Algum tempo depois, surgiram as imagens que, no início não possuíam som. Mais tarde, os filmes passaram a ser sonoros, com a utilização de uma câmara-gravadora. Logo depois, surgiu o videoteipe e a transmissão de imagens via satélite, o que acelerou o ritmo das transmissões.

O telejornalismo no Brasil surgiu nos anos 50 com a TV Tupi, que entra no ar com o papel exclusivo de apresentadora de espetáculos. Mais tarde, Heron Domingues, o Repórter Esso do radiojornalismo, transforma-se numa das maiores expressões do telejornalismo nascente. Sem explorar imagens, o que fazia era rádio na televisão. Até o início da década de 60, não existiam redatores e locutores no universo da TV. Sem as imagens, sem redação própria e sem o recurso de câmeras, os telejornais apostavam tudo no locutor. Alguns anos depois, alguns telejornais adotaram novos formatos que duram até hoje, como por exemplo o Jornal Nacional.

NO MUNDO

Bélgica

Na Bélgica, o primeiro jornal televisivo apareceu em 1956, apresentado por Robert Stéphane. Entre 1953 e 1956, o Télé-Bruxelles se pôs a difundir as informações do «Relais de Paris».

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Chile

Os primeiros programas informativos da televisão chilena foram do Canal 9 da Universidade do Chile:Primer Plano (1961) com Patricio Bañados e Chile TV (1962) com Patricio Bañados e Diana Sanz. Em 1964, o Canal 13 foi pioneiro em criar um departamento de imprensa e em agosto desse ano estreou El Repórter Esso, conduzido por Pepe Abad, de segunda a sexta-feira (originalmente às 21:00, depois às 22:00) com duração de 15 minutos. Assim como o Repórter Esso do Brasil, o programa era uma franquia estrangeira, por isso a redação tinha acesso a imagens da CBS dos Estados Unidos e da agência United Press (UPI).

Em 1965, apareceu La Historia Secreta de las Grandes Noticias, primeiro programa de reportagens transmitido pelo Canal 13. Até 1968 os noticiários eram Pantalla Noticiosa do Canal 9 e El Repórter Esso, naquele ano substituído por Martini al Instante com César Antonio Santis. Martini al Instantepassa em 1970 para o nascente canal TVN (alterando a Telediario nacional), e sucedido no Canal 13 por Teletrece com Pepe Abad. Além disso, nascem edições em outros horários como Telenoche eTelecierre. Martini al Instante é substituído pelo Noticiero nacional depois, pelo Telediario nacionaloutra vez, e finalmente pelo 60 minutos. Em 1975, Santis volta a conduzir o Teletrece, que na época ia ao ar no horário das 21:15.

Espanha

Os primeiros telejornais diários transmitidos na Espanha, no verão de 1952, foram uma cópia resumida do Diario Hablado da Rádio Nacional da Espanha (o "Parte") das dois do meio-dia. O primeiro apresentador da TVE escutava as notícias da rádio antes de se colocar em frente às câmeras e repetia o que tinha acabado de ouvir.

A televisão informativa começa a se desenvolver na Espanha sob o modelo imposto pelo NODO: o noticiário documental, de forte conteúdo ideológico/político, exibido obrigatoriamente em todas as salas de cinema antes da projeção do longa-metragem.

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Em fins da década de 1960, o telediario começa a se modernizar e apresenta outra imagem, embora mantendo o formato em preto e blanco e o suporte de cinema. A censura continua porque as autoridades descobrem rapidamente a capacidade de incidência social do meio. No final dos anos 1970, apareceram os primeiros aparelhos de vídeo portáteis e os telejornais adotaram o modelo europeu: meia hora de duração e uma estrutura caracterizada pela divisão das notícias em blocos.

França

Na França, o jornal televisionado das 20h, chamado 20 Heures é um ritual muito seguido pelos telespectadores desde os anos 1960. No final dos anos 1990, sob uma concorrência para a corrida de audiência, os editoriais políticos bem como os Comentaristas que anteriormente analisam atualidade, e dominaram a informação política internacional perspectiva quase desapareceram dos dois grandes telejornais, mesmo os públicos, que se contentam somente em dar as informações em seqüência, quase sem análise, como se os fatos e as imagens falassem por eles mesmos. Certos órgãos de imprensa escrita agora só desempenham o papel de análise e de reflexão sobre a atualidade. Ainda que os abandoram. Desde meados dos anos 1980, o jornal de imagens introduziu uma nova forma de jornal televisivo sem apresentador aparente.

Itália

O primeiro telejornal italiano, ainda experimental, foi transmitido às 21:00 do dia 10 de setembro de 1952, de Milão. Curiosamente, a primeira notícia transmitida foi sobre a regata de Veneza.

TEXTO PARA TELEJORNALISMO

Segundo normas canônicas praticadas no Brasil e em outros países, o texto para telejornalismo deve ser ainda mais curto e objetivo que o texto jornalístico de mídia impressa, com vocabulário mais próximo do coloquial.

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Videorreportagem

Videorreportagem é um formato alternativo de telejornalismo, desenvolvido pelo videorrepórter ou videojornalista.

Nele, as etapas do processo de produção da reportagem para televisão são desenvolvidos por um único jornalista, em especial a captação da matéria na rua com uma câmera digital em mãos. Essa é a principal diferença da videorreportagem para o formato tradicional, feito por uma equipe com repórter, mais um cinegrafista e um auxiliar.

Entre os diferentes formatos de trabalho do videorrepórter num telejornal, ele pode estar inserido num esquema de trabalho mais complexo - que se encaixa na estrutura maior de uma redação -, trabalhando com o apoio da chefia de reportagem, desenvolvendo uma pauta feita pelo setor de pauta da TV e tendo seu material montado por editores do telejornal ou ainda pode se pautar e editar o próprio material, trabalhando de uma forma mais independente.

Âncora

O âncora ou pivô é o apresentador de um telejornal. Cabe a ele narrar, anunciar ou comentar as notícias que serão exibidas, ou chamar repórteres que entram ao vivo na programação. Dizse que o termo "âncora", neste sentido, teria sido aplicado pela primeira vez em 1952, para se referir ao trabalho de Walter Cronkite durante a convenção pré-eleitoral do Partido Democrata nos Estados Unidos.

PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Eles são organizados da seguinte maneira: diretor regional, diretor de jornalismo, diretor de marketing, supervisor de reportagem, supervisor de engenharia, editor de imagem, editor de texto, produtor, repórter, repórter cinematográfico, técnico de operações, operador de áudio, operador de iluminação, operador de sistema e cameraman.

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Edição de imagem

A Edição é a alteração/manuseamento de determinado conteúdo tendo por objetivo um uso determinado.

Habitualmente o termo é mais relacionado com a edição de texto, ou a transformação de um manuscrito em formato comercializável e reprodutível, como um livro. O ato de editar determinado conteúdo chama-se editoração, e o sujeito é o editor.

A edição compreende também a alteração de conteúdos vídeo, como a edição de vídeo, num processo análogo à Montagem cinematográfica ou videográfica, assim como imagens não sequenciais, como a Edição de imagens como as fotografias, textos de vários outros formatos consoante o meio de comunicação, como a edição jornalística, ou a edição internet, ou sons, como a edição de música ou a edição radiofônica.

Produtor O produtor de televisão tem como sua função principal controlar todos os aspectos da produção de um programa de televisão, desde o desenvolvimento de sua ideia original e da contratação do elenco até a supervisão das filmagens e a checagem dos fatos.

Frequentemente é o produtor é responsável direto pela qualidade do programa e pela sua duração no ar, com maior ou menor intensidade dependendo do programa ou de sua emissora.

Alguns produtores assumem um papel mais executivo, simplesmente concebendo novos programas e "lançando-as" (pitching) para as redes, e uma vez que o projeto esteja em andamento passam a dedicar-se exclusivamente a assuntos relativos aos negócios, como orçamentos e contratos; outros, no entanto, envolvem-se mais diretamente com o cotidiano dos trabalhos, especialmente em atividades como os roteiros, o design dos sets, o elenco e até mesmo a direção.

De acordo com o diretor e produtor brasileiro Daniel Filho, o produtor seria o profissional que alia a capacidade de analisar e relacionar determinado produto ao seu público-alvo com a de prever os custos necessários para esta produção e suas

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estimativas de retorno financeiro; seria o primeiro profissional a entrar em determinado projeto e o principal responsável por levá-la adiante, captando profissionais e recursos para realizá-la.

Repórter Cinematográfico

Repórter cinematográfico é o profissional responsável pela captação, fotografia, e linguagem das imagens das reportagens do telejornalismo. Dessa forma, é uma função exercida, exclusivamente, por jornalistas.

O profissional dedicado à profissão geralmente trabalha em equipe com um repórter e, eventualmente, um auxiliar.

Operador de Áudio

O operador de áudio é um profissional que opera a mesa de áudio durante gravações e transmissões, respondendo por sua qualidade. É ele que é responsável pela nitidez e qualidade do áudio em apresentações e gravações.

Cinegrafista

Cinegrafista ou operador de câmara/câmera é o profissional do telejornalismo responsável pelo registro das imagens da notícia.

Repórter cinematográfico é o profissional que registra quaisquer acontecimento ou assunto de interesse jornalístico. Seja com a câmera no ombro, no tripé ou na mão, ele capta as imagens, sem perder a informação que vai dar suporte à narrativa do repórter.

Depende da sensibilidade deste profissional o resultado de um bom trabalho jornalístico; assim ele deve captar nas imagens não apenas as ações, mas as emoções, os detalhes que vão fazer a diferença. Para se ter uma idéia da importância do cinegrafista para as reportagens basta dizer que o telespectador vê os acontecimentos distantes de si através dos olhos do cinegrafista.

Geralmente quando assistimos a um bom documentário ou reportagem não foi somente o texto do repórter que deu o brilho

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ao resultado, mas também a competência do cinegrafista para captar a essência desse casamento entre texto e imagem.

Teoria da Comunicação Teoria da comunicação são estudos acadêmicos que pesquisam os efeitos, origens e funcionamento do fenômeno da Comunicação Social em seus aspectos tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e cognitivos. Englobam psicologia, filosofia e sociologia, dependendo do tipo de abordagem e dos objetivos da pesquisa.

Os estudos em Comunicação Social começaram com a crescente popularização das tecnologias midiáticas e seu uso durante as experiências totalitárias da Europa. Em sua primeira fase, concentraram suas atenções sobre as mensagens da mídia e seu efeito sobre os indivíduos; na segunda, enfatizaram o processo de seleção, produção e divulgação das informações através da mídia.

PRIMEIRA FASE

Em seus primórdios, os estudos em Comunicação Social dedicaram-se principalmente ao papel e efeito social do rádio, uma vez que este veículo fora a primeira mídia a alcançar proporções e popularidade suficientes para ser caracterizado como meio de comunicação de massa. Além disso, seu alcance o levou a ser amplamente utilizado pelos estados totalitários que emergiram na Europa no período entre-guerras.

Teoria Hipodérmica

Também conhecida como "Teoria dos Efeitos Ilimitados", a Teoria Hipodérmica estudou o fenômeno da mídia a partir de premissas behavioristas. Seu modelo comunicativo é baseado no conceito de "estímulo/resposta": quando há um estímulo (uma mensagem da mídia), esta adentraria o indivíduo sem encontrar resistências, da mesma forma que uma agulha hipodérmica penetra a camada cutânea e se introduz sem dificuldades no corpo de uma pessoa. Daí o porquê de esta teoria também ser conhecida como "Teoria da Bala Mágica", pois a mensagem da mídia conseguiria o

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mesmo efeito "hipodérmico" de uma bala disparada por uma arma de fogo.

O conceito de "massa" é fundamental para se compreender a abordagem da teoria hipodérmica. Segundo os estudiosos desta corrente, a massa seria um conjunto de indivíduos isolados de suas referências sociais, agindo egoisticamente em nome de sua própria satisfação.

Uma vez perdido na massa, a única referência que um indivíduo possui da realidade são as mensagens dos meios de comunicação. Dessa forma, a mensagem não encontra resistências por parte do indivíduo, que as assimila e se deixa manipular de forma passiva.

Modelo de Lasswell O cientista político Harold Lasswell desenvolveu um modelo comunicativo que, embora baseado na teoria hipodérmica, apontava suas lacunas e contribuiria posteriormente para a sua superação. Para Lasswell, compreender o alcance e efeito das mensagens transmitidas pela mídia requer responder às seguintes questões: Quem? Diz o quê? Através de que canal? A quem? Com que efeito? Os desdobramentos das indagações correspondem: o "quem" está ligado aos emissores da mensagem; o "diz" corresponde ao conteúdo da mensagem; o "canal" à análise dos meios e, por último, o "efeito" à análise da audiência e reflexos na sociedade.

Teoria da Persuasão Diferente da abordagem hipodérmica, a Teoria da Persuasão afirma que a mensagem da mídia não é prontamente assimilada pelo indivíduo, sendo submetida a vários filtros psicológicos individuais. Portanto, os efeitos da mídia não seriam de manipulação, mas de persuasão. O modelo comunicativo desta teoria é bastante semelhante ao behaviorista – porém, acrescido de processos psicológicos que determinam a resposta. Tais processos psicológicos são relativos à audiência e à mensagem.

Em relação à audiência, o indivíduo ficará interessado pelos assuntos aos quais estiver mais exposto; além disso, tenderá a

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consumir as informações com as quais esteja de acordo. Em algumas ocasiões, o indivíduo até mesmo distorcerá o conteúdo das mensagens recebidas, de forma a adequá-las à sua forma de entender a questão.

Em relação à mensagem, o indivíduo a consumirá de acordo com o grau de prestígio e de confiança que depositar naquele que a transmite (o comunicador). Conta também a maneira como os argumentos são distribuídos; se todos ou apenas parte dos argumentos estão presentes; a exposição implícita ou explícita das intenções da mensagem; e o grau de envolvimento do indivíduo com o assunto.

Teoria Empírica de Campo (Teoria dos Efeitos Limitados) A Teoria Empírica de Campo ou Teoria dos Efeitos Limitados (nome dado como resposta à Teoria dos Efeitos Ilimitados de Lasswell) baseia suas pesquisas na sociologia, concluindo que a mídia cumpre papel limitado no jogo de influência das relações comunitárias. Em outras palavras, a mídia é apenas mais um instrumento de persuasão na vida social, uma vez que é apenas parte desta.

Dessa forma, a Abordagem Empírica de Campo abandona a relação direta de causa e efeito entre a mensagem e o comportamento do indivíduo. Antes, enfatiza a influência indireta que a mídia exerce sobre o público tal como faria qualquer outra força social (igreja, família, partido político etc). O alcance das mensagens midiáticas depende do contexto social em que estão inseridas, ficando sujeitos aos demais processos comunicativos que se encontram presentes na vida social. Neste caso, os filtros individuais pelos quais as mensagens passam seriam de origem muito mais social do que psicológica.

Teoria Funcionalista

A Teoria Funcionalista estuda as funções exercidas pela mídia na sociedade, e não os seus efeitos. Em lugar de pesquisar o mero comportamento do indivíduo, estuda-se a sua ação social enquanto consumidor de valores e modelos que se adquire

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comunitariamente. Seus métodos de pesquisa distanciam-se dos métodos da teoria Hipodérmica, EmpíricoExperimental e de Efeitos Limitados por não estudar a mídia em casos excepcionais, como campanhas políticas, mas em situações corriqueiras e cotidianas.

Teoria Crítica

Inaugurada pela Escola de Frankfurt, a Teoria Crítica parte do pressuposto das teorias marxistas e investiga a produção midiática como típico produto da era capitalista. Desvendam assim a natureza industrial das informações contidas em obras como filmes e músicas: temas, símbolos e formatos são obtidos a partir de mecanismos de repetição e produção em massa, que tornam a arte adequada para produção e consumo em larga escala.

Assim, a mídia padroniza a arte como faria a um produto industrial qualquer. É o que foi denominado indústria cultural. Nesta, o aspecto artístico da obra é perdido. O imaginário popular é reduzido a clichês. O indivíduo consome os produtos de mídia passivamente. O esforço de refletir e pensar sobre a obra é dispensado: a obra "pensaria" pelo indivíduo.

Teoria Culturológica

A Teoria Culturológica parte de uma análise à Teoria Crítica e desenvolve assim um pressuposto diferente das demais teorias. No lugar de pesquisar os efeitos ou as funções da mídia, procura definir a natureza da cultura das sociedades contemporâneas. Conclui assim que a cultura de massa não é autônoma, como pretende as demais teorias, mas parte integrante da cultura nacional, religiosa ou humanística. Ou seja, a cultura de massa não impõe a padronização dos símbolos, mas utiliza a padronização desenvolvida espontaneamente pelo imaginário popular.

A cultura de massa atende assim a uma demanda dupla. Por um lado, cumpre a padronização industrial exigida pela produção artística, por outro, corresponde à exigência por individualização

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por parte do espectador. É o que se define como sincretismo. Os produtos da mídia transitam entre o real e o imaginário, criando fantasias a partir de fatos reais e transmitindo fatos reais com formato de fantasia.

SEGUNDA FASE

Teoria do Agendamento

A Teoria do Agendamento estuda o poder de agenda dos meios de comunicação, ou seja, a capacidade que estes possuem para evidenciar um determinado assunto. Para isso, investiga a importância da mídia como mediadora entre o indivíduo e uma realidade da qual este se encontra distante. O Agenda Setting é referido como uma "hipótese" devido às dificuldades metodológicas impostas por suas premissas e conclusões.

Gatekeeper Os estudos sobre os gatekeepers ("guardiões do portão") analisam o comportamento dos profissionais da comunicação, de forma a investigar que critérios são utilizados para se divulgar ou não uma notícia. Isso porque estes profissionais atuariam como guardiões que permitem ou não que a informação "passe pelo portão", ou melhor, seja veiculada na mídia. A decisão de publicar algo ou não publicar depende principalmente dos acertos e pareceres entre os profissionais, que estão subordinados a uma cultura de trabalho ou uma política empresarial e ainda aos critérios de noticiabilidade. E que não raro exclui o contato com o público.

Newsmaking Segundo Mauro Wolf, o conceito de newsmaking diz respeito ao profissional jornalista que dentro da empresa atua como editor. É aquele que é responsável pela configuração final da página (quando no jornal impresso) ou da sequência das notícias, bem como daquelas que serão manchetes. É um sujeito que fabrica a realidade porque, tendo incorporado os critérios universais de

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seleção daquilo que distingue fatos de acontecimento, vai selecionar de acordo com a seleção já determinada pelas agências de notícias. O editor - que é um gatekeeper ao selecionar - fabrica o que vai ser notícia. O jornalismo de massa, ou o jornalismo produzido pela indústria cultural, é um jornalismo que serve aos interesses do capital e é produzido para reproduzir comportamentos e não para informar, no sentido que esperava-se do jornalismo.

Isto porque quem mantém um jornal, geralmente está ligado a interesses comerciais de alguma empresa, grupo econômico, ou também tem relações implícitas com o Estado ou representantes de elites econômicas.

Teorias do Jornalismo Teoria do Espelho

É a teoria mais antiga. Inspira-se no Positivismo do filósofo francês Auguste Comte (17981857).

A teoria acredita e defende a ideia de objetividade no jornalismo. Essa corrente vê o jornalista como um comunicador desinteressado, e que conta a verdade sempre, "doa a quem doer". Para o senso comum, é até hoje a concepção dominante no jornalismo ocidental. Tem dois momentos históricos: Meados do século 19. Nascimento do jornalismo informativo, que separa opinião de informação.

Início do século 20 - o jornalismo aparece associado a objetividade, aqui entendida como método criterioso de pesquisa e checagem dos fatos.

De acordo com esta teoria, as notícias de um bom jornalismo representam a realidade em sua forma fiel. Ou seja, ela acredita que o bom jornalismo consegue transmitir a realidade perfeitamente, como um espelho reproduz a imagem. A imparcialidade, aqui, é vista como completamente possível, pois crê que o jornalista é, como um profissional honesto, um “comunicador desinteressado”.

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O que isso significa? Para a Teoria do Espelho, o jornalista não deixará que suas paixões políticas e toda a sua formação cultural interfiram na comunicação. Isso significa que nem mesmo a sua forma de ver o mundo, com seus conceitos de bom e mal, irão prejudicar a reportagem ou notícia.

A Teoria do Espelho parte da própria formação da sociedade capitalista democrática, onde o princípio de imparcialidade sempre foi visto como fundamental para a livre circulação da informação na sociedade, vista como um direito do cidadão. Daí o princípio histórico do jornalismo em ser imparcial, se conter aos fatos, sem distorcer a verdade.

Contestações

No entanto, os estudos de mídia e jornalismo mais recentes mostram ser impossível que os jornalistas consigam, de fato, reproduzir a verdade como um todo. Isso porque a “verdade” pode variar de acordo com o conjunto de crenças culturais e valores sociais em que se encontra.

Por exemplo, será que a verdade para um muçulmano é a mesma para um cristão? Será que a verdade para um capitalista é a mesma para um socialista? Ou melhor, será que a forma de ver o mundo para um trabalhador é a mesma forma de ver o mundo para um empresário? A resposta é simples: não. Onde está verdade, então? Podemos perceber, portanto, que a “verdade” não é algo tão simples. Muitas vezes, a “verdade” é algo construído ao longo da existência de uma sociedade através de sua cultura. Por isso, cada vez mais, a Teoria do Espelho é rejeitada pelos estudiosos da área, já que ela chega a ser inocente em sua crença.

Teoria da Ação Pessoal ou Teoria do Gatekeeper O termo Gatekeeper significa “Guardião do portal”. Só por essa definição já podemos notar claramente que a teoria repousa sobre o processo de produção e seleção de notícias, partindo da ação pessoal do profissional da área: o jornalista – mais especificamente na função de editor, já que a figura do Gatekeeper mostra um agente que decide o que se transformará

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efetivamente em fato ou acontecimento noticiado, ou se serásimplesmente descartado.

Em termos acadêmicos, sabe-se que a Teoria do Gatekeeper é uma das primeiras a surgir na literatura específica do jornalismo. Seus contornos foram traçados na década de 1950, por David Mannig White. O pesquisador acompanhou a rotina do “Mr. Gate”, um edior não identificado, para entender como se dava os critérios de noticiabilidade e entender porque as noticias são como são.

White chegou à conclusão de que o processo de escolha é extremamente subjetivo, apesar dos pressupostos de objetividade do jornalismo. E que o editor, em última instancia, representa um funil que seleciona as notícias, decidindo arbitrariamente o que seria ou não publicado. Ou seja, White descreveu que o jornalista baseia-se em seu próprio conjunto de experiências, atitudes e expectativas.

Críticas à Teoria do Gatekeeper De uma forma geral, as críticas dos estudiosos da área recaem na visão limitada de White em querer analisar todo o jornalismo simplesmente a partir da figura do editor ou jornalista. Isso porque, dessa forma – apesar das teorias atuais não negarem a subjetividade da profissão – as análises do Gatekeeper não consideram fatores externos que influenciam nas decisões do profissional.

Enfim, a questão organizacional, a linha editorial, o público alvo, audiência, concorrência entre outros fatores importantes ficam de fora. Um claro exemplo é a semelhança dos produtos jornalísticos, como os jornais impressos ou os telejornais que possuem quase o mesmo leque de cobertura noticiosa, com os mesmos assuntos.

Uma das primeiras teorias que contestaram as afirmações de White foi a Teoria Organizacional, mostrando as influências do ambiente de trabalhos sobre o jornalista.

Teoria Organizacional

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A Teoria Organizacional teve origem na administração e na psicologia, adaptada para o jornalismo somente em 1995, pelo sociólogo norte-americano Warren-Breed. Segundo a administração, a Teoria Organizacional surgiu com a mudança de valores dentro das empresas e comunicação organizacional, formação de bons líderes e a aplicação da psicologia organizacional. Esta teoria de modelo funcionalista pode ser observada no jornalismo dentro das redações, onde as notícias são produzidas. O jornalismo é um mercado e as notícias são seus produtos, por tanto é necessária a organização das empresas, situação evidente no livro de Cremilda Medina, ‘Notícia: um produto à venda’. “As notícias são como são porque as empresas e organizações jornalísticas assim as determinam”. A Teoria Organizacional tem uma visão mercadológica: quanto mais organizado o processo jornalístico, mais lucrativo.

Dentro das empresas jornalísticas pode-se observar comumente a seguinte hierarquização, no caso dos jornais impressos: Proprietário, Diretor-Executivo ou Diretor Administrativo, Diretor Comercial, Diretor de circulação, Diretor de Jornalismo ou de Redação, Editor-Chefe, Editores, Editor de Fotografia, Chefe de Reportagem, Repórteres, Redatores, Revisores, Diagramadores, Ilustradores, Fotógrafos, Correspondentes e Secretário de Redação. A hierarquização das empresas jornalísticas acontece também nos outros meios de comunicação, de forma a organizar, como o próprio nome da teoria diz.

Existem dois tipos níveis que influenciam na produção de notícias de acordo esta teoria: ao nível organizacional com fatores como o desejo do lucro, a escolha de fontes, o acontecimento, a competição entre editores e editorias, recursos humanos e materiais, a hierarquia, organização e burocracia interna e interação com as fontes interferem na produção da matéria; Ao nível extra-organizacional as notícias sofrem influência sobre fatores comoaudiência e mercado, a relação estabelecida entre jornalista e fonte assim como a preferência aos canais de rotina.

De forma sociológica, é possível refletir que o jornalista torna-se um membro da redação, portanto, dependente das influências políticas do meio editorial e empresarial do veículo de comunicação. De acordo com o jornalista Heitor Costa Lima da Rocha, seis fatores são apontados pela Teoria Organizacional

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como relevantes na promoção do conformismo do jornalista com a política editorial da organização: (1) a autoridade institucional e as sanções; (2) os sentimentos de obrigações e de estima para com os superiores; (3) as aspirações de mobilidade; (4) a ausência de grupos de lealdade em conflito; (5) o prazer da atividade; (6) as notícias como valores.

Como as autoridades podem influenciar o fazer jornalístico? Basta saber que o jornalista está sempre respondendo a algum superior hierárquico e ao próprio dono da empresa. Se ele não seguir as orientações editoriais pode sofrer sanções, além de perder o próprio emprego, devido à falta de regulação da área por algum órgão, como os conselhos profissionais, não há muito o quê se fazer pelo jornalista.

O sensacionalismo está vinculado ao aumento do interesse da população pelo assunto, que envolve a produção de sensações nos receptores das informações e conseqüente aumento do número de vendas. O sensacionalismo e o imediatismo criticados pela Nova História são praticados na Teoria Organizacional, devido à competição entre diferentes empresas de comunicação, visando maior destaque, maior lucro, o furo jornalístico e maior quantidade de informações. Acaba perdendo-se a qualidade da informação segundo critérios jornalísticos e pensando nos critérios mercadológicos.

Pensando pelo lado de vista de que a competição entre empresas jornalísticas gera a publicação de notícias com enfoques diferentes e por meio da investigação de diferentes fontes, a Teoria Organizacional pode ser positiva para o jornalismo. Todavia, a competição extrapola os níveis jornalísticos e acaba tornando-se pessoal entre os profissionais da área.

Influenciados por estas competições, o jornalismo novamente é afetado pela subjetividade. A Teoria Organizacional dá importância para a cultura organizacional, e não para a cultura profissional.

Um conflito bastante claro entre diferentes empresas jornalísticas acontece no meio televisivo entre a Rede Globo e a Rede Record. A divulgação de informações, ora verdadeiras, ora

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especulativas e até mesmo, agressivas, está presente nas duas emissoras televisivas brasileiras. Além da competição jornalística, influenciados pela hierarquia e pela própria identidade como uma equipe, os jornalistas acabam se colocando em situações constrangedoras. Por meio dessa concorrência entre empresas, os jornalistas podem inclusive publicar informações superficiais, sem o devido apuramento, o que relacionaria esta teoria com a Teoria da Nova História.

Acredito que mesmo existindo diferenças e proximidades entre as Teorias da Nova História e Organizacional é importante que se entenda cada uma das teorias jornalísticas. O modelo reprodutivo é evidente na Organizacional, modelo este criticado na Nova História, que acredita que o jornalista deve ir além da reprodução das notícias, entender e refletir os seus contextos e pré-formações dos acontecimentos. Conhecer as duas teorias e estudá-las é melhor do que conhecer somente uma das duas. O que uma teoria tem de incompleta, uma outra teoria pode vir para complementar, mas acredito que nenhuma das teorias é completa o suficiente para explicar o jornalismo, já que as notícias e suas origens são mais complexas do que são tratadas em nosso cotidiano e na prática jornalística. Não podemos desconsiderar a importância da organização das redações jornalísticas. Assemelhando-se às indústrias, as redações estão divididas em diferentes cargos e funções, mas a preocupação permanece na facilidade de reprodução de informações, que se mal apuradas podem causar uma série de prejuízos a sociedade. É preciso deixar de lado a competição pelo furo jornalístico, e começar a se preocupar mais com a qualidade das informações.

Deixo a seguinte reflexão aos leitores: é melhor ter a notícia em primeira mão e mal apurada, por causa da ineficiência dos jornais e jornalistas, que estão preocupados com a quantidade de informações oferecidas e competição ou ter uma notícia que levou mais tempo para chegar até o receptor, mas que possa ser confiada, pois sabe que a mesma foi apurada, de forma a garantir que esteja o mais próximo possível da verdade?

Teoria da Ação Política

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Entende que a mídia está a serviço de interesse políticos; Herman e Chomsky (EUA, 1986)

• A notícia é aquilo que vende(Medina); • Os media reforçaram o “establishment”( poder estabelecido) graças à ação dos donos meios e dos anúncios; • O jornalismo funciona como modelo de propaganda. Aponta que há cinco razões para a subordinação do jornalismo aos interesses capitalistas: 1 Propriedades dos media; 2 Lucratividade ; 3 Oficialismo; 4 Punições 5 Ideologia anticomunista dominante entre jornalistas;

Limites aos estudos e das teorias esquerdistas, segundo Herman e Chomsky:

• Desconsidera “certa autonomia do jornalista”; • -Atribui fortes laços entre donos das empresas e os jornalistas. As teorias da ação política pressupõem que as notícias são como são porque interesses políticos e ideológicos assim as determinam.

Para a teoria da ação política de direita, é o Estado que determina as notícias. Para a teoria da ação política de esquerda, elas são determinadas pelos interesses ideológicos capitalistas.

• Para esta teoria as notícias servem como instrumento para se chegar a determinados interesses. • Parte de um paradigma de estudos da parcialidade, cujo objetivo é verificar ou não a existência de distorções nos textos noticiosos.

Há duas versões dessa teoria: 1- “Esquerda”: As notícias servem como instrumento para manter a ordem capitalista. Aqui os teóricos “esquerdistas” defendem uma idéia de que as notícias são produzidas para sustentar socialmente a idéia de um mundo capitalista. Falam muito em teorias relacionadas à

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manipulação da visão que temos de “realidade” e acusam a mídia de agir de maneira parcial, ou seja, a favor dos interesses capitalistas, de consumo. 2- “Direita”: As notícias são utilizadas para questionar o sistema. Os teóricos “direitistas” (que em sua maioria defendem o sistema capitalista como natural) se defendem dizendo que as notícias não estão a serviço do sistema capitalista, mas sim na contramão desse sistema, questionando-o.

• Essa teoria reflete a teoria do espelho na medida em que propõe o estudo das distorções contidas nas notícias. Dessa forma, a notícia aqui é encarada como reflexo/ reprodução da realidade.

• Para os “esquerdistas” da Teoria Instrumentalista as notícias são parte da publicidade que sustenta o sistema capitalista. Valores como individualismo, competição e consumo aparecem cotidianamente consolidados nas páginas dos jornais e telas da televisão.

Noam Chomsky – um dos mais importantes teóricos dessa escola.

Nasceu em Filadélfia em 1928 de família judia ucraniana. Atualmente é professor no Departamento de Lingüística do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

“A fabricação de ilusões necessárias para a gestão social é tão velha como a história”.

“Uma nova tecnologia como a televisão é muito útil, porque produz o efeito de isolar as pessoas. Cada indivíduo está só diante da tela. Não se comunica com ninguém, nem atua em comum, nem se organiza. Uma das razões é que os indivíduos devem estar sozinhos, enfrentando o poder centralizado e os sistemas de informação de forma isolada, para que não possam participar de modo significativo na administração dos assuntos públicos”.

Para ele, a imprensa está subordinada aos interesses da elite política e econômica dos Estados Unidos. É conhecido como um

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crítico dos estudos sobre a manipulação e do consenso fabricado.

• Já os “direitistas defendem a idéia de que os jornalistas formam uma classe social específica e distorcem as notícias com o objetivo exatamente inverso: veicular idéias anticapitalistas”.

Como refletir sobre essa troca de acusações?

Para reforçar a idéia esquerdista, Traquina relaciona quatro fatores que explicam a submissão do jornalismo aos interesses capitalistas: 1- Estrutura da imprensa jornalística; 2- Sua natureza capitalista 3- Dependência do jornalista às fontes governamentais e empresariais; 4- Ações punitivas dos superiores; Perseu Abramo cita alguns padrões que considera relativos à manipulação da imprensa:

1- Ocultação; 2- Fragmentação: o real é fragmentado e dividido em fatos desconectados para evitar a consciência crítica do contexto. 3- Indução: combinação de artifícios para induzir o público a enxergar uma realidade conveniente para determinado veículo. 4- Global: ilusão de apresentar a realidade de forma completa, total, acabada. 5- Inversão: após a descontextualização, há a troca de lugares e importância dos fatos. Para Traquina, o problema central desse modelo é a sua visão determinista sobre os jornalistas. “Visões diferentes, limitações semelhantes”.

Teoria Construcionista

Na Teoria Construcionista a notícia é vista como construção social, ou seja, esta ajuda a construir a própria realidade. Esta teoria, adaptada ao jornalismo nos anos 70, opõe-se à Teoria do Espelho, por motivos citados por Traquina como, a impossibilidade de estabelecer uma distinção radical entre

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realidade e os meios noticiosos que devem refletir essa realidade; a inexistência de uma linguagem neutral; a influência de fatores organizacionais, orçamentais e à imprevisibilidade dos acontecimentos. A notícia considerada uma construção não é ficcional, mas muitos profissionais da área ainda acham que considerá-la uma estória ou narrativa tira o valor de realidade. O que teóricos do construcionismo, como Gaye Tuchman, Schudson, Bird, Dardenne e Stauart Hall tentam explicar é que a notícia deixa de ser um simples relato, e passa a ser considerada como uma construção, pois podem apresentar diferentes enfoques ou versões de um mesmo fato. “A conceitualização das notícias como estórias dá relevo à importância de compreender a dimensão cultural das notícias”, argumenta Nelson Traquina.

Segundo pesquisadores do jornalismo, como Schlesinger, é importante analisar o jornalismo pela abordagem etnometodológica, e não somente pelo produto jornalístico, como outras concepções fazem. Advinda de uma corrente da sociologia americana, a etnometodologia surgiu no final da década de 1960. A observação acadêmica da rotina nas redações jornalísticas possibilitou a compreensão das ideologias e das práticas profissionais dos jornalistas, corrigindo a visão mecânica do processo de produção. Para Nelson Traquina, esses estudos contribuíram com o entendimento do jornalismo: importância da dimensão transorganizacional (Networking informal e Conexão cultural); o reconhecimento das rotinas como elementos cruciais, que englobam e são constitutivas de ideologia; corrigem as teorias instrumentalistas.

Teoria Estruturalista

Inovações metodológicas e novas interrogações foram fatores responsáveis pelo surgimento das Teorias Estruturalista e Interacionista, a partir dos anos 60 e 70. Traquina argumenta que as duas teorias são complementares, mas divergem em alguns pontos. É preciso lembrar que essas duas teorias tiveram como base a Teoria Construcionista. As duas teorias têm em comum a crença de que a notícia é resultado de processos complexos de interação social entre agentes sociais: “os jornalistas e fontes de

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informação; os jornalistas e a sociedade; os membros da comunidade profissional, dentro e fora da sua organização”, argumenta Traquina.

Todas as argumentações apresentadas pelas outras teorias, como por exemplo, de que o jornalista sozinho decidia o que seria notícia ou não ou que a responsabilidade era só da organização, são criticadas por estas teorias, mas não são ignoradas, pois são complementares. Os teóricos dessas teorias acreditam que as interações sociais são complexas. Traquina diz que é importante a identidade das fontes de informação e é preciso refletir sobre as consequências sociais resultantes dos processos e procedimentos utilizados pelos jornalistas.

Traquina explica que Stuart Hall e outros autores defendem que as notícias são um produto social resultante de vários fatores: a organização burocrática da mídia; a estrutura dos valores notícia, a prática e a ideologia profissional dos jornalistas; o próprio momento de construção da notícia – identificação e contextualização. Ambas teorias são construcionistas e ressaltam a importância de se analisar o jornalista como um construtor da realidade, não somente um reprodutor. Entender este conceito é fundamental para reforçar a importância do jornalista e do jornalismo, pois deixa de relacionar este campo profissional somente à técnica. Sem os devidos conhecimentos e capacidades de reflexão e análise, o jornalista torna-se um reprodutor, parte de um processo que poderia ser substituída e automatizada. Ser jornalista é muito mais do que relatar, é construir, contextualizar, vivenciar. As influências das teorias não estão somente na construção das notícias, mas em como as pessoas as recebem. Os jornalistas, por mais que tentem buscar a neutralidade, acabam incluindo suas ideologias e experiências nas notícias, que podem influenciar o receptor desprovido de uma leitura mais crítica. Atualmente, os veículos e as próprias instituições de ensino do jornalismo utilizam-se do pretexto de neutralidade e objetividade no jornalismo, mas basta analisar dois veículos diferentes e os diferentes enfoques ou construções dados à notícia podem ser observados, ou seja, existe subjetividade no jornalismo, por mais que esta tente ser camuflada ou ignorada.

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A reprodução de uma ideologia dominante, um dos princípios da Teoria Estruturalista aplicada no jornalismo, de acordo com a filósofa Marilena Chaui, implica em um “mascaramento da realidade social que permite a legitimação da exploração e da dominação”. Ou seja, como explica Chaui, o falso pode tornar-se verdadeiro, o injusto por justo. Os contrários à ideologia dominante são minorias, portanto muitas vezes, o jornalismo mesmo sendo uma construção da realidade, não constrói necessariamente a realidade da sociedade.

Construir notícias implica em uma proximidade entre jornalista e sociedade, caso contrário este estará construindo algo que difere da maioria da população e certamente não é uma realidade. Os conceitos apresentados por essas duas teorias são interessantes, pois admitem a influência do jornalista na produção das notícias.

Contrárias à visão instrumental do jornalismo, as teorias reforçam que o jornalista é um ser dotado de opiniões e experiências que podem fazer parte das notícias, um jornalismo mais humano e menos técnico. A técnica pode ser aprendida, mas a essência é o que diferencia e faz parte de cada indivíduo, algo que nem mesmo as máquinas poderão substituir um dia.

Teoria Espiral do Silêncio

Espiral do silêncio é uma teoria da ciência política e comunicação de massa proposta pela cientista alemã Elisabeth Noelle-Neumann. É a hipótese científica de sucesso, segundo a qual há uma ideia de espiral que explicita a dimensão cíclica e progressiva dessa tendência ao silêncio.

Quanto mais minoritária a opinião dentro de um universo social, maior será a tendência de que ela não seja manifestada.

Quando os meios de comunicação, diante de um escândalo político, impõem uma imagem desfavorável de seu protagonista, essa opinião será dominante no universo social que eles atingem. Apesar de haver vozes minoritárias discordantes, haverá uma tendência de que elas se calem.

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Quando parte desse grupo se cala, a opinião discordante, que já era minoria, se torna ainda mais minoritária, e a tendência ao silêncio é ainda maior.

História

Estudos sobre a Espiral do Silêncio começaram na década de 60. Essa teoria foi proposta epecificamente a partir das pesquisas da alemã Elisabeth Noelle-Neumann sobre os efeitos dos meios de comunicação de massa. Na Alemanha, entre 1965 e 1972, durante as campanhas eleitorais Noelle-Neumann percebeu uma súbita mudança de opinião, dos eleitores, na reta final do processo de eleição. De acordo com seus estudos, ao mudar de opinião, os eleitores buscavam se aproximar das opiniões que julgavam dominantes.

A ideia central desta teoria situa-se na possibilidade de que os agentes sociais possam ser isolados de seus grupos de convívio caso expressem publicamente opiniões diferentes daquelas que o grupo considere como opiniões dominantes. Isso significa dizer que o isolamento das pessoas, de afastamento do convívio social, acaba sendo a mola mestra que aciona o mecanismo do fenômeno da opinião pública, já que os agentes sociais têm aguda percepção do clima de opinião. E é esta alternância cíclica e progressiva que Noelle-Neumann chamou de Espiral do Silêncio (LAGE, 1998, p. 16).

Existe uma tendência de acompanhar a opinião da maioria das pessoas, talvez por medo do fator isolamento, isto pelo fato de, em geral, a sociedade exigir uma certa conformidade com o tema em discussão. Este cenário tem a finalidade de manter-se um mínimo de unidade para garantir coerência.

A Teoria da Espiral do Silêncio procura explicar a influência da opinião pública nas opiniões de cada indivíduo. Os estudos desta teoria começaram na década de 60, com base nas pesquisas sobre efeitos dos meios de comunicação em massa e foram elaborados pela socióloga e cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neuman. O conceito da Teoria do Espiral do Silêncio surgiu pela primeira vez em 1972, em um congresso internacional de psicologia, em Tóquio, com a participação da alemã Noelle-

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Neuman. Todavia, somente em 1984 a teoria foi publicada em forma de livro “Espiral do Silêncio”.

Como entender a Teoria da Espiral do Silêncio de forma simples? Basicamente quando uma opinião individual difere da maioria ou do pensamento coletivo, pode ocorrer uma reação de isolamento social do indivíduo, em que as pessoas alteram a sua forma de pensar ou são silenciadas. A pesquisadora Noelle-Neuman dizia que as pessoas optavam pelo silêncio, por causa do medo da solidão social. Jornalista e docente, Vânia Coelho conta em seu blog que a alemã acreditava que esse medo se propaga em espiral e pode esconder desejos de mudanças presentes na maioria silenciosa, por isto o nome, Espiral do Silêncio. Ou seja, a Espiral do Silêncio tenta entender a sociedade que é silenciada diariamente e acaba sendo influenciada pelos hábitos baseados no senso da maioria ou pela imaginação do que estes poderiam dizer.

“O resultado é um processo em espiral que incita os indivíduos a perceber as mudanças de opinião e a segui-las até que uma opinião se estabelece como atitude prevalecente, enquanto as outras opiniões são rejeitadas ou evitadas por todos, à exceção dos duros de espírito”, argumenta Noelle-Neuman, que conta em seu livro que propôs o termo Espiral do Silêncio para descrever este mecanismo psicológico.

Para entender melhor como funciona a Espiral do Silêncio, é preciso conhecer os três mecanismos descritos por Noelle-Neuman pelos quais a teoria influencia a mídia sobre o público: 1) Acumulação: excesso de exposição de determinados temas na mídia; 2) Consonância: forma semelhante como as notícias são produzidas e veiculadas; 3) Ubiqüidade: presença da mídia em todos os lugares.

A mesma mídia que diz publicar o que é de opinião pública é aquela que é indiferente à população quando esta precisa. A Teoria do Espiral do Silêncio ajuda a entender como a mídia funciona em relação à opinião pública e silencia suas idéias.

Teoria do Agendamento

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A Teoria do Agendamento ou Agenda-setting theory, no original, em inglês, é uma teoria de Comunicação formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na década de 1970. De acordo com este pensamento, a mídia determina a pauta (em inglês, agenda) para a opinião pública ao destacar determinados temas e preterir, ofuscar ou ignorar outros tantos.

História

As ideias básicas da Hipotese do Agendamento podem ser atribuídas ao trabalho de Walter Lippmann, um proeminente jornalista estadunidense. Ainda em 1922, Lippmann propôs a tese de que as pessoas não respondiam diretamente aos fatos do mundo real, mas que viviam em um pseudo-ambiente composto pelas "imagens em nossas cabeças". A mídia teria papel importante no fornecimento e geração destas imagens e na configuração deste pseudoambiente. A premissa básica da teoria em sua forma moderna, entretanto, foi formulada originalmente por Bernard Cohen em 1963: "Na maior parte do tempo, [a imprensa] pode não ter êxito em dizer aos leitores como pensar, mas é espantosamente exitosa em dizer aos leitores sobre o que pensar". Ao estudarem a forma como os veículos de comunicação cobriam campanhas políticas e eleitorais, Shaw e McCombs constataram que o principal efeito da imprensa é pautar os assuntos da esfera pública, dizendo às pessoas não "como pensar", mas "em que pensar".

Geralmente se refere ao agendamento como uma função da mídia e não como teoria (McCombs & Shaw, 1972).

Contexto e Fundamentos

A teoria explica a correspondência entre a intensidade de cobertura de um fato pela mídia e a relevância desse fato para o público. Demonstrou-se que esta correspondência ocorre repetidamente.

Acredita-se que o agendamento ocorra porque a imprensa deve ser seletiva ao noticiar os fatos. Profissionais de notícias atuam como gatekeepers (porteiros) da informação, deixando passar

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algumas e barrando outras, na medida em que escolhem o que noticiar e o que ignorar.

O que o público sabe e com o que se importa em dado momento é, em grande parte, um produto do gatekeeping midiático.

A função de agendamento é um processo de três níveis:

• Media Agenda (Agenda Midiática) - questões discutidas na mídia • Public Agenda (Agenda Pública ou da Sociedade Civil) - questões discutidas e pessoalmente relevantes para o público • Policy Agenda (Agenda de Políticas Públicas) - questões que gestores públicos consideram importantes. Um dos debates entre pesquisadores são as questões de causalidade: é a agenda midiática que pauta a agenda da sociedade, ou o contrário? Iyengar e Kinder estabeleceram uma relação de causalidade com um estudo experimental no qual identificaram que o priming, a clareza da apresentação e a posição eram todos determinantes da importância dada a uma matéria de jornal. Entretanto, a questão de se há influência da agenda pública na agenda midiática continua aberta a questionamentos.

Conceitos importantes Gatekeeping - controle sobre a seleção do conteúdo exercido pela mídia e pela imprensa.

Priming - no agendamento, a ideia de que a mídia atrai atenção para alguns aspectos da vida política em detrimento de outros (Baran & Davis, 2000).

Framing ou Enquadramento - apresentação de conteúdo de forma a orientar sua interpretação em certas linhas predeterminadas.

Time-lag ou Intervalo temporal - o período que decorre entre a cobertura informativa dos meios de comunicação de massa e a agenda do público (variável dependente).

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A Teoria do Agendamento, também conhecida como Agenda-Setting, está relacionada aos meios de comunicação de massa e a publicação, com ênfase, de assuntos, que acabam influenciando a população, tornando-se tema de conversas e atitudes da sociedade.

Há mais de 300 anos o pesquisador alemão Tobias Peucer já estudava o jornalismo, a ética, os critérios de noticiabilidade e o papel da imprensa. Peucer é considerado progenitor das teorias do jornalismo e naquela época relatava como a imprensa influenciava a sociedade. Todavia, a formulação da teoria do Agenda-Setting aconteceu somente na década de 70, com os norteamericanos Maxwell McCombs e Donald Shaw, com a publicação de um artigo que analisava como a mídia é capaz de agendar temas que geram debates e tornam-se presentes na formação da opinião pública. Ainda de acordo com os teóricos, existe uma correlação entre agenda midiática, agenda pública e agenda política: a agenda midiática é a responsável pela criação das pautas; A agenda pública sobre questões de relevância para o público; A agenda política abrange questões políticas. Funcionalista, a teoria tem como objeto de estudo a mensagem na comunicação, principalmente as mídias ou meios de comunicação de massa, como os jornais, as revistas, o rádio, a televisão e a Internet. As funções são valorizadas, cada parte do processo possibilita a existência de um todo, por isto funcionalista. Por meio de pesquisas realizadas, um dos teóricos do agenda-setting, Maxwell McCombs dá como exemplo de como o Agendamento funciona e pode ser observado na questão política: quando os políticos debatem sobre o que está em destaque na mídia ou quando a mídia influencia os resultados das eleições. Nelson Traquina argumenta em seu livro “Teorias do Jornalismo - Volume 1: Porque as notícias são como são” que os jornalistas fabricam a opinião pública, em vez de expressá-la, pois nem sempre o que é transmitido pela mídia é o que faz parte dos assuntos da sociedade. A influência dos veículos de comunicação de massa é tão grande que a população passa a discutir e opinar de acordo com o contexto midiático, muitas vezes, mergulhado no sensacionalismo, como por exemplo, os atentados ao World Trade Center em setembro de 2001, o caso

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dos mineiros chilenos que foram soterrados em agosto de 2010 e o casamento real britânico em abril de 2011.

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