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Curumim - Caderno de entretenimento do jornal Amazonas EM TEMPO
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01_08_CURUMIM.indd 1-2 20/06/2015 09:29:10
SOBRE O CINEMA BRASILEIRO
2 7
EXPEDIENTE
Presidente
Otávio Ramam Neves
Diretor Execu� vo
João Bosco Araújo
Diretor de Redação
Mário Adolfo
Diretor de Criação
Marcus Vinícius
Design e Ilustração
Carol Cavalcante
Diagramação
Marcelo Robert
Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados
Zé Carioca foi criado em 1942 por Walt Disney, durante sua turnê pela América La� na. Disney
chegou ao Brasil em 16 de agos-to de 1941, junto com uma equipe de 18 ar� stas de sua confi ança. Após algumas pes-quisas constatou o brasileiro contava muitas piadas de papa-gaio. O gênio americano então não teve dúvidas: o novo herói seria um papagaio e seu nome seria Joe Carioca, ou melhor, José Carioca.
De volta à Califórnia, Disney lançou o personagem no fi lme “Alô, Amigos” (Saludos Amigos), de 24 de agosto de 1942. Nos quadrinhos, a primeira aparição do papagaio ocorreu nos qua-drinhos de jornais, em 11 de
outubro de 1942. No início, as HQs do Zé publicadas no Brasil eram feitas nos Estados Unidos. A Editora Abril então contratou ar� stas locais para produzirem novas histórias.
Uma das grandes caracterís� -cas de Zé Carioca é o seu fi guri-no, sempre retratado como um � pico malando da Lapa (an� go bairro boêmio do Rio): chapéu, terninho, grava� nha borbole-ta e sapato impecavelmente engraxado. Também andava sempre com um guarda-chuva (herança de uma fi gura muito conhecida das ruas do Rio na época: o Dr. Jacarandá)
Além do Brasil, o personagem possui histórias produzidas na Ho-landa, que mantém as caracterís-� cas das pranchas dominicais.
O presidente era José Sarney, que era aliado da ditadura militar e depois, no lançamento da campanha de Tancredo Neves saiu do PDS e foi para a oposição. Corria o mês de abril de 1990 e os índices de desmatamento da floresta
Amazônica era uma preocupação. Foi nesse clima que o jornalzinho Curumim publicou uma história em quadrinhos em que sonhava com o dia em que o presidente anunciaria que o Brasil preserva a sua floresta. É claro que tudo era um sonho, porque na época e talvez até hoje, os homens de Brasília pouco se importam com a nossa região. Lamentável.
CURIOSIDADES
Em homenagem ao Dia do Cinema bra-sileiro o Curumim conta algumas curio-
sidades sobre o tema. Será que você sabe tudo sobre a sétima arte?
• Hollywood, a meca do cinema, foi fundada em 1877 e teve seu nome tirado da fazenda da família Wilcox, que habitava a região. Foi transformada em cidade em 1903 e em 1910, com 4 000 habitantes, era anexada a Los Angeles.
• A expressão “sétima arte”, a partir de então utilizada para designar o cinema, foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.
• Primeiro cineasta O primeiro a fazer cine-
ma de verdade no Brasil foi
o mineiro Humberto Mauro: Brasa dormi-da, Thesouro perdido e Ganga bruta foram alguns de seus filmes.
• Nasce uma estrela Eliana Macedo foi a pri-
meira estrela do cinema bra-sileiro. Fazia quase sempre a mocinha ingênua, namorada dos galãs. Fez 26 filmes em 27 anos. O primeiro foi O mundo se diverte, de 1949.
• O vilão engraçado Já o recordista de parti-
cipações em filmes brasi-leiros é Wilson Grey, morto em 1993.
Sua primeira atuação foi em Hóspede da Noite, filme de 1948.
• Bateu John WayneWilson Gray fez 210 papéis
diferentes em sua carreira,
mais do que John Wayne (com 153 atuações) e Christopher Lee (com 150).
• CinemascopeO Cine Regência, em São
Paulo, apresentou uma gran-de novidade em 10 de se-tembro de 1954: o primeiro sistema de projeção em Ci-nemascope no Brasil.
• Florinda Bolkan A atriz cearense Florinda
Bulcão foi para a Itália em 1968, descoberta para o ci-nema por Luchino Visconti. Passou, então, a se chamar Florinda Bolkan.
• O filme que usou maior
número de figurantes em toda a história do
cinema foi Gandhi, 1982, de Richard Attenborough:
mais de 300.000.
• Super Migliaccio
Flávio Mi-gliaccio tem o recorde de maior número de pa-péis num único filme brasi-leiro. Foi em Como vai, vai bem, de 1969. Ele fez 8 persona-gens.
• Cine an-
tigoO Cine Rio
Branco, em Na-zaré das Farinhas (BA), foi inaugurado em 1929. É o mais antigo cinema do Brasil
ainda em atividade. • Vampeta salvou Em 1998, estava ameaçado
de demolição, mas foi comprado por 80 mil reais pelo
jogador de fu-tebol Vam-peta, que r e s t a u r o u o prédio.
ABRIL DE 1990
G I B I TECA
O SONHO BOM DO CURUMIM
mais do que John Wayne (com 153 atuações) e Christopher
O Cine Regência, em São Paulo, apresentou uma gran-de novidade em 10 de se-tembro de 1954: o primeiro sistema de projeção em Ci-
A atriz cearense Florinda Bulcão foi para a Itália em 1968, descoberta para o ci-nema por Luchino Visconti. Passou, então, a se chamar
• O filme que usou maior
cinema foi Gandhi, 1982, de Richard Attenborough:
mais de 300.000.
• Super Migliaccio
Flávio Mi-gliaccio tem o recorde de maior número de pa-péis num único filme brasi-leiro. Foi em Como vai, vai bem, de 1969. Ele fez 8 persona-gens.
• Cine an-tigo
O Cine Rio Branco, em Na-zaré das Farinhas (BA), foi inaugurado em 1929. É o mais antigo cinema do Brasil
• Vampeta salvou Em 1998, estava ameaçado
de demolição, mas foi comprado por 80 mil reais pelo
jogador de fu-tebol Vam-peta, que r e s t a u r o u o prédio.
ZÉ CARIOCA
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REPÓRTER CURUMIM
Os quadrinhos despertam as mais variadas paixões em adultos e crianças. Principal-mente quando o herói é o
Batman, que tem um simbolismo forte e está envolto em mistérios. Dono de uma mansão, armadura, super carros e moto como a Batcaverna, o Batmóvel e a Batmoto, ar� gos e armas tecnológicas, um mordomo exclusivo e treinamentos de alto nível. Este é o milionário Bruce Wayne, que se transforma em Batman para combater os vilões que atacam Gotham City.
Sempre fui um apaixonado por qua-drinhos. Mas existe gente muito mais apaixonada do que eu, que até hoje, quando viajo, frequento lojas de sebo em busca de gibis históricos. Por exem-plo, você sabia que tem um Batman brasileiro? Pois existe, e tem nome e sobrenome: Cristiano Zanetta de Ma-tos, 35 anos, que mora em Urrussanga, Santa Catarina.
O empresário e “homem morcego” encarna o personagem há um ano e sete
meses para ministrar palestras e debates mo� vacionais e, principalmente, ajudar crianças com câncer a superar a dor e tris-teza causadas pela doença. �“Batman visita crianças com câncer em hospitais e faz todo um trabalho que as ONGs e o governo não conseguem fazer.
Já as palestras em empresas e escolas são mo� vacionais e adaptadas de acordo com o público. Inclusive, parte do que recebo desses eventos vai para ajudar as crianças com câncer”, explica o homem morcego do Brasil. No próximo núme-ro, curumins, prometemos publicar uma matéria completa com o Homem– Mor-cego brasileiro. Quem duvida?
Um Batdomingo maravilhoso na sua Batcasa. E um Batsorvete de morango!
6 3
Mazzaropi nasceu no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Aos 14 anos, deixou a casa paterna, à revelia dos pais, para acompanhar o Circo La Paz. Para isso contou com a ajuda do faquir Ferris, que alterou a
idade do garoto no documento de iden� dade. Viajando pelo in-terior do país, teve a idéia de fazer o papel de caipira. Em 1935, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava.
Em 1946, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa “Rancho Alegre”, dirigido por Cassiano Ga-bus Mendes. Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro fi lme: “Sai da Frente”. Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes. O primeiro fi lme que fez foi “Chofer de Praça”.
Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a polí� ca e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando “a língua do povo”, fi zeram época e marcaram o cinema nacional.
MAZZAROPI, O CHAPLIN BRASILEIRO
Um Batman brasileiro!
FINAL FANTASYDurante a E3 2015, a Sony fi nalmente anunciou o tão aguardado remake e Final Fantasy VII, um dos mais po-pulares RPG’s de todos os tem-pos, para o delírio dos fãs em todo mundo. A nova versão, que não teve muitos detalhes divulgados, chegará primeiro para o PS4 — o que deve indicar que, em algum dado momento, será comercializa-da para Xbox One e PC.
STAR WARSDurante o Fes� val Internacional de Cinema de
Shangai, a trilogia clássica de “Star Wars” estreou
ofi cialmente depois de 40 anos na China. Os fi lmes
nunca haviam sido exibidos em cinemas até ago-
ra. “Star Wars: Uma Nova Esperança” é de 1977,
exatamente na época em que o país vivia as con-
sequências da tumultuada Revolução Cultural. Esta
estreia faz parte do plano de marke� ng da Disney
para o lançamento de “Star Wars: O Despertar da
Força”, em dezembro no mundo todo.
Em entrevista ao site Daily News, o criador
da série, Vince Gilligan, confirmou que pro-
tagonista da finada série Breaking Bad, Wal-
ter White, (interpretado por Bryan Crans-
ton) fará uma participação especial em seu
spin-off Better Call Saul. No entanto, Gilligan
se recusou a dizer quando exatamente o
personagem fará sua participação no novo
seriado. Ele deixou claro, apenas, que não
será durante a segunda temporada.
BETTER CALL SAUL
Amácio Maz-zaropi repre-sentou em suas criações o típico caipira brasileiro
“A Arlequina e a Hera são namoradas? Por favor, confi rme isso”“Sim, elas são namora-das, sem o ciúmes da monogamia”.
No úl� mo dia 12, a DC Comics promo-
veu uma sessão de perguntas e respostas
no Twi� er sobre a personagem Arlequi-
na. Respondendo a um fã, a empresa
revelou um fato que muitos leitores de
HQ já sabiam: as vilãs Arlequina e Hera
Venenosa são namoradas.
DC COMICS
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O jovem Mateus Souza deu um grande exemplo de cidadania e consciência ambiental. Seu lindo desenho, além de muito colorido, nos mostra que lugar de lixo é no lixo e que cuidar da limpeza da nossa cidade é um dever de todos. Parabéns, Mateus!
Mande você também o seu desenho para o Curumim.
O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.
Mande você também a sua mensagem para o Curumim.
São mensagens como esta que nos colocam pra cima e nos deixam com uma imensa vontade de pular de cabeça no CURU-MIM e trabalhar para o nosso melhor para que nosso jornalzinho con� nue tendo surpresas agradáveis como o seu email. Realmente, mundo dos quadrinhos é muito rico e sempre que a gente fala nele fazemos com toda a intensidade, porque lá em casa eu e meus dois fi lhotes somos leitores e colecionadores de HQs, principalmente de clássicos como Asterx, Tin� n, Fantasma, Superman, Bolinha, Mandrake, Batman e Tarzan. Obrigado pela força e carinho.
Um sorvete de buri� !
Olá, me chamo Eduardo Mar� ns e tenho 31 anos. Talvez eu não faça parte do público-alvo do Curumim, mas deixo aqui registrado meus elogios ao trabalho. Não sou de Manaus e não conhecia o personagem. Me surpreendi nesse domingo ao me deparar com uma publicação local com quadrinhos próprios e autorais. Genial. Destaque para o ranking de casais das HQ’s e carisma das personagens. Parabéns pelo trabalho. O Curumim acaba de ganhar mais um fã.
MÁRIO ADOLFO
EDUARDO MARTINS
4 5
O Curumim chegou na fl o-resta com um pedaço de pano grande, aparelho pe-queno � po computador e
um disquinho, onde se lia na capa “ Os Goonies”.
— Que geringonça é esta, Curumim? — perguntou a indiazinha Murupi apontando para o computador.
— É um projetor de imagens.— E esse “ lençol branco” aí? – per-
guntou o Jacaré Thinga.— Que lençol que nada, Thinga. Isto
é um telão.— E esse disquinho de metal pare-
cido com uma bolacha? – perguntou Sarah Patel.
— Este é um fi lme famoso de aven-turas famoso, digital, que eu vou passar para a turma da fl oresta. O nome disso é cinema.
— Cinema é aquilo que tem naquelas salinhas escuras do shopping, não é? — insis� u Sarah Patel.
— Isso Sarinha. Sentem-se, todos, que vou explicar o que é cinema . Vou passar o fi lme pra gente festejar o dia 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro.
— Como nasceu o cinema? – pergun-
tou lá do meio do lago Jara, o jaraqui. Curumim abriu um livro e leu:
— O surgimento do cinema se deu a par� r da ideia do homem em dar vida às imagens. O belga Plateau criou o Phénakis� scope (1832), em seguida, o inglês Horner criou o Zoo-trope (1834), aparelhos que davam movimentos aos desenhos.
Somente em 1890 que um ameri-cano inventou o Kinescópio e o apre-sentou numa feira internacional em Chicago. O aparelho era uma caixa con-tendo uma lupa, por onde o público via as imagens ampliadas, assim surgiram os primeiros curtas-metragens.
— Mas não tem um tal de irmãos Lumière na jogada? – perguntou o papagaio Lourival.
— Sim, os irmãos Lumière foram os criadores ofi ciais do cinema, em 1895. Aproveitando aparelhos de outros in-ventores, fi zeram a reprodução através do cinematógrafo, um aparelho de pro-jeção, conseguindo realizar a primeira sessão de cinema em Paris.
— E aqui no Brasil? Quando nosso pais começou a ir ao cinema? - quis saber Murupi.
— Foi em 08 de julho de 1896. Na-quele dia aconteceu no Rio de Janeiro a primeira projeção pública dos irmãos Lumière, pelo omniógrapho, o sucesso da mesma fez com que o empresário Pascoal Segreto inaugurasse a primeira sala do Brasil.
Somente nos anos trinta, época da Primeira Guerra Mundial, Adhemar Gonzaga instalou o primeiro estú-dio de cinema no Rio de Janeiro, a Cinédia. A par� r daí, iniciou-se as produções dos dramas e comédias musicais brasileiras.
As chanchadas surgiram no ano de 1941, através da produtora Atlân� ca, tendo Carlos Manga como um dos prin-cipais cineastas. Depois o estúdio Vera Cruz revelou o fi lme de Lima Barreto, que acabou premiado no Fes� val de Cannes, “O Cangaceiro”.
Dentre os principais diretores , � -vemos Mazzaropi, que montou sua produtora em 1963, projetando fi l-mes de um caipira muito engraçado; Glauber Rocha aparece com o fi lme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e o fi lme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Um estudo divulga-do nesta terça-feira (16) mostra o estado crí� co que a Terra
deve passar por causa da falta de água. Segundo um levanta-mento feito com dados de saté-lites da missão GRACE da Nasa, 21 dos 37 maiores aquíferos ultrapassaram o nível de sus-tentabilidade, ou seja, re� ra-se mais água do que
a natureza é capaz de repor (veja o mapa abaixo). Outros 13 estão em estado crí� co, com baixíssimas reservas de água. Os aquíferos subterrâneos são responsáveis por 35% da água usada no mundo atualmente.
Os satélites detectaram mu-danças su� s na força gravita-cional da super� cie da Terra e, dessa forma, os cien� stas con-seguiram calcular a quan� dade de água que havia no subterrâ-neo. Isso porque essas mudan-
ças gravitacionais indicam que há algo pesado
abaixo da Terra, nesse caso,
água. O peso do aquí-fero pode ser medido através dos
dados cap-tados pelos
satélites. As mudanças nos
níveis dos aquífe-ros foram tabela-das com dados de uma década: de 2003 a 2013.
AQUÍFEROS DA TERRA ESTÃO COM BAIXOS NÍVEIS DE ÁGUA
Curuminzada, olha só quanto fofura na foto pequeno Luis Gustavo, de 3 aninhos, dando uma vol� nha na sua motoca. O garo� nho adora carros, motos e não perde os seus desenhos favori-tos. Adoramos a sua foto, Gustavo. Um beijo da tur-ma para você!
DIA DO CINEMA
BRASILEIRO
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O jovem Mateus Souza deu um grande exemplo de cidadania e consciência ambiental. Seu lindo desenho, além de muito colorido, nos mostra que lugar de lixo é no lixo e que cuidar da limpeza da nossa cidade é um dever de todos. Parabéns, Mateus!
Mande você também o seu desenho para o Curumim.
O Curumim continua recebendo mensagens emocionantes de novos e antigos leitores.
Mande você também a sua mensagem para o Curumim.
São mensagens como esta que nos colocam pra cima e nos deixam com uma imensa vontade de pular de cabeça no CURU-MIM e trabalhar para o nosso melhor para que nosso jornalzinho con� nue tendo surpresas agradáveis como o seu email. Realmente, mundo dos quadrinhos é muito rico e sempre que a gente fala nele fazemos com toda a intensidade, porque lá em casa eu e meus dois fi lhotes somos leitores e colecionadores de HQs, principalmente de clássicos como Asterx, Tin� n, Fantasma, Superman, Bolinha, Mandrake, Batman e Tarzan. Obrigado pela força e carinho.
Um sorvete de buri� !
Olá, me chamo Eduardo Mar� ns e tenho 31 anos. Talvez eu não faça parte do público-alvo do Curumim, mas deixo aqui registrado meus elogios ao trabalho. Não sou de Manaus e não conhecia o personagem. Me surpreendi nesse domingo ao me deparar com uma publicação local com quadrinhos próprios e autorais. Genial. Destaque para o ranking de casais das HQ’s e carisma das personagens. Parabéns pelo trabalho. O Curumim acaba de ganhar mais um fã.
MÁRIO ADOLFO
EDUARDO MARTINS
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O Curumim chegou na fl o-resta com um pedaço de pano grande, aparelho pe-queno � po computador e
um disquinho, onde se lia na capa “ Os Goonies”.
— Que geringonça é esta, Curumim? — perguntou a indiazinha Murupi apontando para o computador.
— É um projetor de imagens.— E esse “ lençol branco” aí? – per-
guntou o Jacaré Thinga.— Que lençol que nada, Thinga. Isto
é um telão.— E esse disquinho de metal pare-
cido com uma bolacha? – perguntou Sarah Patel.
— Este é um fi lme famoso de aven-turas famoso, digital, que eu vou passar para a turma da fl oresta. O nome disso é cinema.
— Cinema é aquilo que tem naquelas salinhas escuras do shopping, não é? — insis� u Sarah Patel.
— Isso Sarinha. Sentem-se, todos, que vou explicar o que é cinema . Vou passar o fi lme pra gente festejar o dia 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro.
— Como nasceu o cinema? – pergun-
tou lá do meio do lago Jara, o jaraqui. Curumim abriu um livro e leu:
— O surgimento do cinema se deu a par� r da ideia do homem em dar vida às imagens. O belga Plateau criou o Phénakis� scope (1832), em seguida, o inglês Horner criou o Zoo-trope (1834), aparelhos que davam movimentos aos desenhos.
Somente em 1890 que um ameri-cano inventou o Kinescópio e o apre-sentou numa feira internacional em Chicago. O aparelho era uma caixa con-tendo uma lupa, por onde o público via as imagens ampliadas, assim surgiram os primeiros curtas-metragens.
— Mas não tem um tal de irmãos Lumière na jogada? – perguntou o papagaio Lourival.
— Sim, os irmãos Lumière foram os criadores ofi ciais do cinema, em 1895. Aproveitando aparelhos de outros in-ventores, fi zeram a reprodução através do cinematógrafo, um aparelho de pro-jeção, conseguindo realizar a primeira sessão de cinema em Paris.
— E aqui no Brasil? Quando nosso pais começou a ir ao cinema? - quis saber Murupi.
— Foi em 08 de julho de 1896. Na-quele dia aconteceu no Rio de Janeiro a primeira projeção pública dos irmãos Lumière, pelo omniógrapho, o sucesso da mesma fez com que o empresário Pascoal Segreto inaugurasse a primeira sala do Brasil.
Somente nos anos trinta, época da Primeira Guerra Mundial, Adhemar Gonzaga instalou o primeiro estú-dio de cinema no Rio de Janeiro, a Cinédia. A par� r daí, iniciou-se as produções dos dramas e comédias musicais brasileiras.
As chanchadas surgiram no ano de 1941, através da produtora Atlân� ca, tendo Carlos Manga como um dos prin-cipais cineastas. Depois o estúdio Vera Cruz revelou o fi lme de Lima Barreto, que acabou premiado no Fes� val de Cannes, “O Cangaceiro”.
Dentre os principais diretores , � -vemos Mazzaropi, que montou sua produtora em 1963, projetando fi l-mes de um caipira muito engraçado; Glauber Rocha aparece com o fi lme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e o fi lme “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Um estudo divulga-do nesta terça-feira (16) mostra o estado crí� co que a Terra
deve passar por causa da falta de água. Segundo um levanta-mento feito com dados de saté-lites da missão GRACE da Nasa, 21 dos 37 maiores aquíferos ultrapassaram o nível de sus-tentabilidade, ou seja, re� ra-se mais água do que
a natureza é capaz de repor (veja o mapa abaixo). Outros 13 estão em estado crí� co, com baixíssimas reservas de água. Os aquíferos subterrâneos são responsáveis por 35% da água usada no mundo atualmente.
Os satélites detectaram mu-danças su� s na força gravita-cional da super� cie da Terra e, dessa forma, os cien� stas con-seguiram calcular a quan� dade de água que havia no subterrâ-neo. Isso porque essas mudan-
ças gravitacionais indicam que há algo pesado
abaixo da Terra, nesse caso,
água. O peso do aquí-fero pode ser medido através dos
dados cap-tados pelos
satélites. As mudanças nos
níveis dos aquífe-ros foram tabela-das com dados de uma década: de 2003 a 2013.
AQUÍFEROS DA TERRA ESTÃO COM BAIXOS NÍVEIS DE ÁGUA
Curuminzada, olha só quanto fofura na foto pequeno Luis Gustavo, de 3 aninhos, dando uma vol� nha na sua motoca. O garo� nho adora carros, motos e não perde os seus desenhos favori-tos. Adoramos a sua foto, Gustavo. Um beijo da tur-ma para você!
DIA DO CINEMA
BRASILEIRO
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REPÓRTER CURUMIM
Os quadrinhos despertam as mais variadas paixões em adultos e crianças. Principal-mente quando o herói é o
Batman, que tem um simbolismo forte e está envolto em mistérios. Dono de uma mansão, armadura, super carros e moto como a Batcaverna, o Batmóvel e a Batmoto, ar� gos e armas tecnológicas, um mordomo exclusivo e treinamentos de alto nível. Este é o milionário Bruce Wayne, que se transforma em Batman para combater os vilões que atacam Gotham City.
Sempre fui um apaixonado por qua-drinhos. Mas existe gente muito mais apaixonada do que eu, que até hoje, quando viajo, frequento lojas de sebo em busca de gibis históricos. Por exem-plo, você sabia que tem um Batman brasileiro? Pois existe, e tem nome e sobrenome: Cristiano Zanetta de Ma-tos, 35 anos, que mora em Urrussanga, Santa Catarina.
O empresário e “homem morcego” encarna o personagem há um ano e sete
meses para ministrar palestras e debates mo� vacionais e, principalmente, ajudar crianças com câncer a superar a dor e tris-teza causadas pela doença. �“Batman visita crianças com câncer em hospitais e faz todo um trabalho que as ONGs e o governo não conseguem fazer.
Já as palestras em empresas e escolas são mo� vacionais e adaptadas de acordo com o público. Inclusive, parte do que recebo desses eventos vai para ajudar as crianças com câncer”, explica o homem morcego do Brasil. No próximo núme-ro, curumins, prometemos publicar uma matéria completa com o Homem– Mor-cego brasileiro. Quem duvida?
Um Batdomingo maravilhoso na sua Batcasa. E um Batsorvete de morango!
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Mazzaropi nasceu no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Aos 14 anos, deixou a casa paterna, à revelia dos pais, para acompanhar o Circo La Paz. Para isso contou com a ajuda do faquir Ferris, que alterou a
idade do garoto no documento de iden� dade. Viajando pelo in-terior do país, teve a idéia de fazer o papel de caipira. Em 1935, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava.
Em 1946, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa “Rancho Alegre”, dirigido por Cassiano Ga-bus Mendes. Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro fi lme: “Sai da Frente”. Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi - Pam Filmes. O primeiro fi lme que fez foi “Chofer de Praça”.
Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a polí� ca e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando “a língua do povo”, fi zeram época e marcaram o cinema nacional.
MAZZAROPI, O CHAPLIN BRASILEIRO
Um Batman brasileiro!
FINAL FANTASYDurante a E3 2015, a Sony fi nalmente anunciou o tão aguardado remake e Final Fantasy VII, um dos mais po-pulares RPG’s de todos os tem-pos, para o delírio dos fãs em todo mundo. A nova versão, que não teve muitos detalhes divulgados, chegará primeiro para o PS4 — o que deve indicar que, em algum dado momento, será comercializa-da para Xbox One e PC.
STAR WARSDurante o Fes� val Internacional de Cinema de
Shangai, a trilogia clássica de “Star Wars” estreou
ofi cialmente depois de 40 anos na China. Os fi lmes
nunca haviam sido exibidos em cinemas até ago-
ra. “Star Wars: Uma Nova Esperança” é de 1977,
exatamente na época em que o país vivia as con-
sequências da tumultuada Revolução Cultural. Esta
estreia faz parte do plano de marke� ng da Disney
para o lançamento de “Star Wars: O Despertar da
Força”, em dezembro no mundo todo.
Em entrevista ao site Daily News, o criador
da série, Vince Gilligan, confirmou que pro-
tagonista da finada série Breaking Bad, Wal-
ter White, (interpretado por Bryan Crans-
ton) fará uma participação especial em seu
spin-off Better Call Saul. No entanto, Gilligan
se recusou a dizer quando exatamente o
personagem fará sua participação no novo
seriado. Ele deixou claro, apenas, que não
será durante a segunda temporada.
BETTER CALL SAUL
Amácio Maz-zaropi repre-sentou em suas criações o típico caipira brasileiro
“A Arlequina e a Hera são namoradas? Por favor, confi rme isso”“Sim, elas são namora-das, sem o ciúmes da monogamia”.
No úl� mo dia 12, a DC Comics promo-
veu uma sessão de perguntas e respostas
no Twi� er sobre a personagem Arlequi-
na. Respondendo a um fã, a empresa
revelou um fato que muitos leitores de
HQ já sabiam: as vilãs Arlequina e Hera
Venenosa são namoradas.
DC COMICS
01_08_CURUMIM.indd 5-6 20/06/2015 09:46:52
SOBRE O CINEMA BRASILEIRO
2 7
EXPEDIENTE
Presidente
Otávio Ramam Neves
Diretor Execu� vo
João Bosco Araújo
Diretor de Redação
Mário Adolfo
Diretor de Criação
Marcus Vinícius
Design e Ilustração
Carol Cavalcante
Diagramação
Marcelo Robert
Uma criação Mário Adolfo Produções LTDA.Todos os direitos reservados
Zé Carioca foi criado em 1942 por Walt Disney, durante sua turnê pela América La� na. Disney
chegou ao Brasil em 16 de agos-to de 1941, junto com uma equipe de 18 ar� stas de sua confi ança. Após algumas pes-quisas constatou o brasileiro contava muitas piadas de papa-gaio. O gênio americano então não teve dúvidas: o novo herói seria um papagaio e seu nome seria Joe Carioca, ou melhor, José Carioca.
De volta à Califórnia, Disney lançou o personagem no fi lme “Alô, Amigos” (Saludos Amigos), de 24 de agosto de 1942. Nos quadrinhos, a primeira aparição do papagaio ocorreu nos qua-drinhos de jornais, em 11 de
outubro de 1942. No início, as HQs do Zé publicadas no Brasil eram feitas nos Estados Unidos. A Editora Abril então contratou ar� stas locais para produzirem novas histórias.
Uma das grandes caracterís� -cas de Zé Carioca é o seu fi guri-no, sempre retratado como um � pico malando da Lapa (an� go bairro boêmio do Rio): chapéu, terninho, grava� nha borbole-ta e sapato impecavelmente engraxado. Também andava sempre com um guarda-chuva (herança de uma fi gura muito conhecida das ruas do Rio na época: o Dr. Jacarandá)
Além do Brasil, o personagem possui histórias produzidas na Ho-landa, que mantém as caracterís-� cas das pranchas dominicais.
O presidente era José Sarney, que era aliado da ditadura militar e depois, no lançamento da campanha de Tancredo Neves saiu do PDS e foi para a oposição. Corria o mês de abril de 1990 e os índices de desmatamento da floresta
Amazônica era uma preocupação. Foi nesse clima que o jornalzinho Curumim publicou uma história em quadrinhos em que sonhava com o dia em que o presidente anunciaria que o Brasil preserva a sua floresta. É claro que tudo era um sonho, porque na época e talvez até hoje, os homens de Brasília pouco se importam com a nossa região. Lamentável.
CURIOSIDADES
Em homenagem ao Dia do Cinema bra-sileiro o Curumim conta algumas curio-
sidades sobre o tema. Será que você sabe tudo sobre a sétima arte?
• Hollywood, a meca do cinema, foi fundada em 1877 e teve seu nome tirado da fazenda da família Wilcox, que habitava a região. Foi transformada em cidade em 1903 e em 1910, com 4 000 habitantes, era anexada a Los Angeles.
• A expressão “sétima arte”, a partir de então utilizada para designar o cinema, foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.
• Primeiro cineasta O primeiro a fazer cine-
ma de verdade no Brasil foi
o mineiro Humberto Mauro: Brasa dormi-da, Thesouro perdido e Ganga bruta foram alguns de seus filmes.
• Nasce uma estrela Eliana Macedo foi a pri-
meira estrela do cinema bra-sileiro. Fazia quase sempre a mocinha ingênua, namorada dos galãs. Fez 26 filmes em 27 anos. O primeiro foi O mundo se diverte, de 1949.
• O vilão engraçado Já o recordista de parti-
cipações em filmes brasi-leiros é Wilson Grey, morto em 1993.
Sua primeira atuação foi em Hóspede da Noite, filme de 1948.
• Bateu John WayneWilson Gray fez 210 papéis
diferentes em sua carreira,
mais do que John Wayne (com 153 atuações) e Christopher Lee (com 150).
• CinemascopeO Cine Regência, em São
Paulo, apresentou uma gran-de novidade em 10 de se-tembro de 1954: o primeiro sistema de projeção em Ci-nemascope no Brasil.
• Florinda Bolkan A atriz cearense Florinda
Bulcão foi para a Itália em 1968, descoberta para o ci-nema por Luchino Visconti. Passou, então, a se chamar Florinda Bolkan.
• O filme que usou maior
número de figurantes em toda a história do
cinema foi Gandhi, 1982, de Richard Attenborough:
mais de 300.000.
• Super Migliaccio
Flávio Mi-gliaccio tem o recorde de maior número de pa-péis num único filme brasi-leiro. Foi em Como vai, vai bem, de 1969. Ele fez 8 persona-gens.
• Cine an-
tigoO Cine Rio
Branco, em Na-zaré das Farinhas (BA), foi inaugurado em 1929. É o mais antigo cinema do Brasil
ainda em atividade. • Vampeta salvou Em 1998, estava ameaçado
de demolição, mas foi comprado por 80 mil reais pelo
jogador de fu-tebol Vam-peta, que r e s t a u r o u o prédio.
ABRIL DE 1990
G I B I TECA
O SONHO BOM DO CURUMIM
mais do que John Wayne (com 153 atuações) e Christopher
O Cine Regência, em São Paulo, apresentou uma gran-de novidade em 10 de se-tembro de 1954: o primeiro sistema de projeção em Ci-
A atriz cearense Florinda Bulcão foi para a Itália em 1968, descoberta para o ci-nema por Luchino Visconti. Passou, então, a se chamar
• O filme que usou maior
cinema foi Gandhi, 1982, de Richard Attenborough:
mais de 300.000.
• Super Migliaccio
Flávio Mi-gliaccio tem o recorde de maior número de pa-péis num único filme brasi-leiro. Foi em Como vai, vai bem, de 1969. Ele fez 8 persona-gens.
• Cine an-tigo
O Cine Rio Branco, em Na-zaré das Farinhas (BA), foi inaugurado em 1929. É o mais antigo cinema do Brasil
• Vampeta salvou Em 1998, estava ameaçado
de demolição, mas foi comprado por 80 mil reais pelo
jogador de fu-tebol Vam-peta, que r e s t a u r o u o prédio.
ZÉ CARIOCA
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