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REDAÇÃO OFICIAL INTRODUÇÃO Em 1972, O Ministério da Educação e Cultura publicou a obra Normas sobre correspondência, comunicação e atos oficiais, de Cauby Souza, na tentativa de padronizar o uso de textos oficiais no Brasil. O livro determinava que a Redação Oficial abrangeria as seguintes comunicações: apostila, ata, atestado, aviso, certidão, circular, contrato, convênio, curriculum vitae, declaração, decreto, decreto-lei (que foi abolido em 1998, e substituído pela Medida Provisória), despacho, edital, ementa, exposição de motivos, informação, instrução, lei, memorando ou papeleta, mensagem, ofício, ofício-circular, ordem de serviço, parecer, petição, portaria, regi- mento, regulamento, relatório, requerimento, resolução, telegrama, telegrama-circular, telex, voto (declaração de voto). Em 11 de janeiro de 1991, com a edição do Decreto n.º 100.000, o Presidente da República autorizou a criação de comissão para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações oficiais. Surgiu, assim, a primeira edição do Manual de Redação da Presidência da República. A intenção era produzir uma obra que servisse de exemplo para todos os textos oficiais dos Três Poderes, mas limitava obrigatoriamente sua atuação ao Executivo. A finalidade do Manual não era propriamente definir padrões para comunicações oficiais, embora cite vários modelos. O objetivo primeiro era permitir a adequada reflexão sobre os textos produzidos no Executivo com clara preocupação sobre a qualidade do texto em si. Grande parte do Manual aborda questões gramaticais, estilísticas e erros que devem ser evitados. O Manual sofreu uma revisão e atualização em 2002. Em 1992, a já extinta Secretaria do Administração Federal, por meio da Instrução Normativa n" 4, de 6 de março, estabeleceu normas e padrões a serem respeitados na Redação Oficial para todo o serviço público. A preocupação do documento não foi com os tipos de comunicações, mas com aspectos gerais da linguagem e para dirimir dúvidas sobre determinados usos de números, símbolos, siglas, tratamento, formas, etc. Como se pode perceber, há preocupação em melhorar cada vez os textos oficiais, de padronizá-los. Não poderia ser diferente. Textos confusos, prolixos, incoerentes e sem formatação própria apenas contribuem para a morosidade e atraso no serviço público. Diversos exemplos poderiam ser aqui citados de comunicações absurdas e totalmente incompreensíveis, independente da hierarquia no governo. Em relação à correção gramatical, trata-se de obrigação do trabalhador público que usa freqüentemente a escrita em seu ser- viço dominar com qualidade. Agora, em relação aos modelos podem realmente surgir algumas dificuldades. Ocorre que, ao consultar comunicações oficiais de diferentes órgãos, logo se perceberá que existem detalhes de um documento que sofrem variações. Geralmente, quando já servidor público, optar-se- á pelo modelo utilizado no órgão. Quando, no entanto, a dúvida surge por parte de um candidato a um concurso público, ele fica desespera- do à procura de uma resposta definitiva que não existe. As diferenças existem. São pequenas, é verdade, porém existem. A solução é ter uma boa noção sobre o que não pode ser feito de forma alguma, o que é aceito e o que a banca considera como correto, estudando as inúmeras provas anteriores já realizadas pela organizadora do concurso. Este material trará essas provas para facilitar o seu trabalho e diminuir suas dúvidas. O Manual da Presidência, por exemplo, afirma que o vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador. Pois bem! Quem se atreve a escrever a um juiz sem incluir o termo "excelentíssimo". O próprio CESPE já organizou concurso público em que no exemplo da pergunta sobre Redação Oficial possuía o vocativo "Excelentíssimo Juiz". A pergunta não foi sobre o vocativo naquela prova. A expressão aparecia, mas a pergunta era sobre outro assunto. Certamente, se o questionamento fosse sobre o vocativo, teríamos, com certeza, confusão. Lecionando há mais de vinte anos para concurso, raramente encontro casos dúbios em perguntas sobre Redação Oficial. Geralmente, são perguntas bem claras, que exigem conhecimento superficial sobre o assunto. Para que o candidato não fique "desesperado", no fim do texto, selecionei inúmeras provas de diferentes bancas, com o gabarito oficial do concurso. ASPECTOS GERAIS "Em qualquer meio de comunicação existem três interpretações: 1. o que o amor ou orador quer dizer; 2. o que ele realmente disse: 3. o que a pessoa que recebe a mensagem acha que foi dito. Deveríamos todos procurar assegurar que o primeira e o último sejam idênticos." R. T Chappell & W.L. Read Impossível imaginar comunicação no serviço público sem o uso de palavras, frases, parágrafos, textos. A Redação Oficial é a adequação da linguagem escrita entre diferentes setores do governo e entre o governo e a sociedade, representada de diversas formas. Além do princípio da troca da comunicação, também a redação oficial apresenta a organização do órgão em seus diferentes setores. CONCEITO DE REDAÇÃO OFICIAL

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REDAÇÃO OFICIAL INTRODUÇÃO

Em 1972, O Ministério da Educação e Cultura publicou a obra Normas sobre correspondência, comunicação e atos oficiais, de Cauby Souza, na tentativa de padronizar o uso de textos oficiais no Brasil. O livro determinava que a Redação Oficial abrangeria as seguintes comunicações: apostila, ata, atestado, aviso, certidão, circular, contrato, convênio, curriculum vitae, declaração, decreto, decreto-lei (que foi abolido em 1998, e substituído pela Medida Provisória), despacho, edital, ementa, exposição de motivos, informação, instrução, lei, memorando ou papeleta, mensagem, ofício, ofício-circular, ordem de serviço, parecer, petição, portaria, regi- mento, regulamento, relatório, requerimento, resolução, telegrama, telegrama-circular, telex, voto (declaração de voto).

Em 11 de janeiro de 1991, com a edição do Decreto n.º 100.000, o Presidente da República autorizou a criação de comissão para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações oficiais. Surgiu, assim, a primeira edição do Manual de Redação da Presidência da República. A intenção era produzir uma obra que servisse de exemplo para todos os textos oficiais dos Três Poderes, mas limitava obrigatoriamente sua atuação ao Executivo.

A finalidade do Manual não era propriamente definir padrões para comunicações oficiais, embora cite vários modelos. O objetivo primeiro era permitir a adequada reflexão sobre os textos produzidos no Executivo com clara preocupação sobre a qualidade do texto em si. Grande parte do Manual aborda questões gramaticais, estilísticas e erros que devem ser evitados. O Manual sofreu uma revisão e atualização em 2002.

Em 1992, a já extinta Secretaria do Administração Federal, por meio da Instrução Normativa n" 4, de 6 de março, estabeleceu normas e padrões a serem respeitados na Redação Oficial para todo o serviço público. A preocupação do documento não foi com os tipos de comunicações, mas com aspectos gerais da linguagem e para dirimir dúvidas sobre determinados usos de números, símbolos, siglas, tratamento, formas, etc.

Como se pode perceber, há preocupação em melhorar cada vez os textos oficiais, de padronizá-los. Não poderia ser diferente. Textos confusos, prolixos, incoerentes e sem formatação própria apenas contribuem para a morosidade e atraso no serviço público. Diversos exemplos poderiam ser aqui citados de comunicações absurdas e totalmente incompreensíveis, independente da hierarquia no governo.

Em relação à correção gramatical, trata-se de obrigação do trabalhador público que usa freqüentemente a escrita em seu ser- viço dominar com qualidade. Agora, em relação aos modelos podem realmente surgir algumas dificuldades. Ocorre que, ao consultar comunicações oficiais de diferentes órgãos, logo se perceberá que existem detalhes de um documento que sofrem variações. Geralmente, quando já servidor público, optar-se-á pelo modelo utilizado no órgão. Quando, no entanto, a dúvida surge por parte de um candidato a um concurso público, ele fica desespera- do à procura de uma resposta definitiva que não existe. As diferenças existem. São pequenas, é verdade, porém existem. A solução é ter uma boa noção sobre o que não pode ser feito de forma alguma, o que é aceito e o que a banca considera como correto, estudando as inúmeras provas anteriores já realizadas pela organizadora do concurso. Este material trará essas provas para facilitar o seu trabalho e diminuir suas dúvidas.

O Manual da Presidência, por exemplo, afirma que o vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor , seguido do cargo respectivo. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor , seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador . Pois bem! Quem se atreve a escrever a um juiz sem incluir o termo "excelentíssimo ". O próprio CESPE já organizou concurso público em que no exemplo da pergunta sobre Redação Oficial possuía o vocativo "Excelentíssimo Juiz". A pergunta não foi sobre o vocativo naquela prova. A expressão aparecia, mas a pergunta era sobre outro assunto. Certamente, se o questionamento fosse sobre o vocativo, teríamos, com certeza, confusão.

Lecionando há mais de vinte anos para concurso, raramente encontro casos dúbios em perguntas sobre Redação Oficial. Geralmente, são perguntas bem claras, que exigem conhecimento superficial sobre o assunto. Para que o candidato não fique "desesperado", no fim do texto, selecionei inúmeras provas de diferentes bancas, com o gabarito oficial do concurso. ASPECTOS GERAIS

"Em qualquer meio de comunicação existem três interpretações:

1. o que o amor ou orador quer dizer; 2. o que ele realmente disse: 3. o que a pessoa que recebe a mensagem acha que foi dito. Deveríamos todos procurar assegurar que o primeira e o último sejam idênticos." R. T Chappell & W.L. Read

Impossível imaginar comunicação no serviço público sem o uso de palavras, frases, parágrafos, textos. A

Redação Oficial é a adequação da linguagem escrita entre diferentes setores do governo e entre o governo e a sociedade, representada de diversas formas. Além do princípio da troca da comunicação, também a redação oficial apresenta a organização do órgão em seus diferentes setores. CONCEITO DE REDAÇÃO OFICIAL

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A Redação Oficial é o conjunto de correspondência, atos normativos e diversos outros textos usados no serviço público. Sendo assim, além dos aprendizados básicos de uma boa redação, existem fundamentos essenciais na padronização dos documentos, no uso de fórmulas, na estética e na característica da linguagem. Em suma, a Redação Oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige seus documentos. QUALIDADES DO TEXTO OFICIAL

Competência textual não é atributo de nascimento. Uma pessoa pode ter facilidade em se comunicar oralmente e até mesmo escrever com clareza, porém apenas isso não lhe assegura condição de se considerar bom redator. Necessidades há que devem ser observadas e praticadas constantemente para aprimorar a capacidade de escrever e se comunicar plena e corretamente.

Considera-se qualidade de um texto tudo aquilo que facilita a comunicação entre emissor e receptor. Chamamos de ruído o que prejudica o entendimento. Quantas vezes encontramos erros gramaticais e construções que nos impedem a compreensão da leitura. Sendo assim, ter competência textual é evitar os ruídos e valorizar as qualidades de um texto. .

Todo servidor público certamente dependerá de bons textos para se fazer entender e ser entendido. Infelizmente, inúmeros são os casos de falhas na comunicação que retardam ou mesmo inibem tentativas de compreensão por parte do receptor. Deve-se assim aprimorar as qualidades de um bom texto no serviço público, para que a mensagem seja impessoal, formal, padronizada, concisa, clara, coerente, coesa e corretamente redigida. Impessoalidade

No serviço público, o autor de um texto não escreve representando seu aspecto pessoal. Ele representa uma determinada função. Quem se comunica, por meio do texto oficial, é o serviço público e o assunto transcrito é de interesse do órgão. Não há um universo subjetivo e pessoal. Sendo assim, o tratamento adequado é a impessoalidade. Se o assunto está relacionado ao interesse público, não existe espaço para comentários pessoais. Condena-se, portanto, qualquer marca pessoal e subjetiva em textos oficiais. Formalidade

Muitos criticam o tratamento oferecido no serviço público. Talvez, não seja do conhecimento de todos,

mas a cordialidade e a polidez são características obrigatórias no servidor. Não é questão de opção. Faz parte do trabalho dele. Da mesma forma, ao escrever um documento, exige-se que ele seja formulado com cortesia e elegância no uso de palavras e na forma de abordar o assunto em questão. Formalidade não significa rebuscamento ou prolixidade. E apenas usar palavras adequadas e se expressar com conteúdo respeitoso ao leitor. Padronização

Certamente, encontram-se pequenas variações cm modelo de documento entre diferentes órgãos. No entanto, recomenda-se que a estrutura seja mantida com padronizações semelhantes para facilitar a comunicação. Impossível supor que cada órgão tenha liberdade para redigir seus atos da forma que desejar. Após estas informações iniciais, estaremos detalhando neste trabalho diversos modelos possíveis e aceitos. Concisão

Ser conciso é ser breve, escrever apenas o necessário para transmitir a informação desejada. Por isso, ao apresentar suas idéias, economize palavras e construções redundantes. Bom texto é texto rápido. Ninguém gosta da ficar lendo parágrafos e períodos longos, principalmente no ambiente de trabalho. Procure escrever sem repetir idéias ou digressões. Redação oficial não é literatura, nem diário, nem espaço para inovações na linguagem. Escreva apenas o necessário. Clareza

Quem ainda não viveu a situação de falar algo e ser mal interpretado. Geralmente, quem recebe a culpa pela falha é o receptor, porém devemos observar quão claro somos ao falar e escrever. Todos esperam um texto objetivo e claro. A mensagem deve primeiramente indicar ao leitor o pensamento principal do texto. Quem lê uma redação não pode se aborrecer ou mesmo perder seu tempo ao tentar entender o sentido do que foi escrito. Se não sabemos escrever bem e/ou conhecemos o assunto abordado, conseguiremos, no máximo, comunicar nossa incompetência. Coerência

A coerência é qualidade da mais alta importância na redação. Ela organiza a seqüência lógica das idéias, de modo que o Eleitor perceba facilmente "como" elas são importantes para o parágrafo e o texto como um todo. Além de uma lógica na idéia, o a coerência também aborda a organização dos pensamentos na escrita. Mesmo que todos os períodos do parágrafo e os parágrafos do texto estejam relacionados entre si (mantendo coesão),

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se faltar organização e lógica dessas idéias, certamente o teremos dificuldade no entendimento. Ser coerente é ser organizado. Saber apresentar idéias em seqüência racional, organizadas e lógicas entre si. Coesão

A coesão faz com que o leitor entenda mais facilmente a mensagem, fazendo-o sentir-se conto que

levado pela mão, ao longo dos diversos parágrafos, até o final do texto. Todas as partes da mensagem devem guardar relação entre si. Para isso, não se deve avançar aos saltos e retroceder para completar idéias que se deixaram incompletas em parágrafos anteriores. Cada oração deve vincular-se com a seguinte. Também entre os diversos parágrafos deve-se fazer presente a sensação natural de continuidade e interligação das diversas idéias. Chega-se, assim, à unidade e á coerência do texto. Geralmente, confunde-se coerência e coesão. Embora muito relacionadas, a coerência é o cuidado com o texto como um todo, seu pensamento lógico. A coesão analisa relação entre termos e idéias.

Exemplo: O candidato estuda muito e pouco tempo tem para lazer. Ela fica em casa lendo livros e analisando

provas. (Erro de coesão no "Ela", pois se refere a "candidato".) Meu amigo é candidato a concurso público e tem estudado muito e pouco tempo lhe sobra para o para

lazer. Encontro com ele sempre no cinema e nos bares, divertindo-se bastante. (Erro de coerência, pois a uma contradição nas idéias apresentadas.) Correção Gramatical

Na redação oficial, o uso da língua deve ser extremamente correto. O servidor deve dominar as regras de nossa gramática, além de ter habilidade em saber se expressar adequadamente. Deve-se optar pela linguagem formal e culta. Não se usam gírias, sentidos figurados, vícios de linguagem, neologismos ou qualquer inovação. INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 4, DE 6/3/1992

Como já citamos anteriormente, a instrução Normativa surgiu para padronizar o uso de nossa Língua nos

textos oficiais. Abaixo, segue uma parte do documento que nos interessa em nosso trabalho atual. "Deve ser evitado na redação de atos e comunicações oficiais: a) repetição de palavras e utilização de palavras cognatas; b) uso de palavra ou expressão de sentido duplo: c) utilização de expressões locais ou regionais: d) uso de palavras ou expressões estrangeiras, exceto se indispensáveis (em razão do uso consagrado,

ou que não tenham exata tradução). Nesses casos, as palavras ou expressões devem ser sublinhadas, grafadas em itálico ou negrito, ou entre aspas:

e) se for necessário fazer remissão a texto legal, deve-se observar que a referência seja completa, com número da lei, data não abreviada.

Exemplo: Lei n.º 8.273, de 27 de junho de 1978 . Nas referências posteriores. indicam-se apenas o número e o ano: Exemplo: Lei n.º 8.273, de 1978; ou Lei n.º 8.273/78.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 4, DE 6/3/1992

Na redação dos atos normativos: a) os artigos devem ser designados pela forma abreviada 'Art.', seguida de algarismo arábico e do

símbolo de numeral ordinal, até o número 9, inclusive (Art. 1º, Art. 2º, etc.): a partir do de número 10, usa-se o algarismo arábico correspondente, seguido de ponto (Art. 10., Art. 11, etc. ). A indicação de artigo será separada do texto por um espaço em branco, sem traços ou outros sinais, portanto. O texto de um artigo inicia-se sempre por maiúscula e termina por ponto, salvo nos casos em que contiver incisos, quando deverá terminar por dois-pontos;

b) os incisos dos artigos devem ser designados por algarismos romanos seguidos de hífen, e iniciados por letra minúscula, a menos que a primeira palavra seja nome próprio: ao final, são pontuados com ponto-e-vírgula, exceto o último, que se encerra em ponto, e aquele que contiver desdobramento em alíneas encerra-se por dois-pontos;

c) quando um artigo contiver mais de um parágrafo, estes serão designados pelo símbolo seguido do algarismo arábico correspondente e do símbolo de número ordinal I". até o nono parágrafo, inclusive (§ 1º, § 2°, etc.). A partir do de número 10, a designação deve ser feita pelo símbolo '§' seguido do algarismo arábico correspondente e de ponto (§ 10., § 11.,etc.). Entretanto, nas referências a parágrafo único seguinte e parágrafo anterior e semelhantes, a grafia é por extenso. O texto dos parágrafos inicia-se com maiúscula e encerra-se com ponto, exceto se for desdobrado em alíneas, caso em que deverá findar por dois-pontos;

d) as alíneas ou letras de um inciso ou parágrafo deverão ser grafadas com a letra minúscula correspondente, seguida de parêntese: a), b), etc.

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e) os números que correspondem ao desdobramento de alínea deverão ser grafados em algarismos arábicos seguidos de ponto (‘1’, ‘2’, etc.). O texto dos números inicia-se por minúscula e termina em ponto-e-vírgula, salvo o último, que se deve encerrar por ponto:

f) os numerais devem ser escritos por extenso quando constituírem uma única palavra (‘quinze', 'trezentos', etc.). Quando constituírem mais de uma, deverão ser grafados em algarismos ('25', '131', etc.). Os numerais que indiquem porcentagem seguem a mesma regra: a expressão 'por cento' será grafada por extenso se o numeral constituir uma única palavra ('quinze por cento', 'cem por cento', etc.), e na forma numérica seguida do símbolo '%' se o numeral constituir mais de uma palavra (‘142%’, ‘57%’, etc.). Não se usará indicação em algarismos, acompanhada da sua grafia por extenso, por exemplo, 25% (vinte e cinco por cento.);

g) os valores monetários devem ser expressos em algarismos. seguidos da indicação, por extenso, entre parênteses: RS 1.000.000,00 (um milhão de reais). Se o valor a ser mencionado estiver localizado no final de uma linha, não deve ser separado: o cifrão deve ser colocado em uma linha e o numeral na seguinte:

h) as datas devem ser escritas por extenso, sem que o algarismo indicativo do dia do mês seja precedido de zero (exemplo: 2 de maio de 1991 e não 02 de maio de 1991). O primeiro dia do mês será indicado pelo algarismo 1 seguido do símbolo de número ordinal, por exemplo, 1º de junho de 1991:

i) a indicação do ano, ao contrário da do número das leis, não deve conter ponto entre a casa do milhar e a da centena: 1991, 1992, e não 1.991;

j) os projetos de atos normativos deverão ser datilografados em papel ofício, devendo ser utilizada folha dupla para a primeira página; as demais páginas devem trazer, no alto, a pelo menos 1 cm da borda superior do papel, a indicação ‘FL.... do Decreto que ... (reproduzir a ementa)'. Idêntica providência será tomada quanto aos anexos." A linguagem dos Atos

O Manual da Presidência da República, ao detalhar sobre a linguagem na Redação Oficial, afirma que a necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade.

As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.

Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquele. é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes. e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma para comunicar.

A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.

O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que se observam as regras da gramática formal e se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. E importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas me sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingüísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por todos os cidadãos.

Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da língua literária.

Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um "padrão oficial de linguagem": o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los cm comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos. PRONOMES DE TRATAMENTO

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A padronização na comunicação oficial abrange também o uso adequado dos pronomes de tratamento. A Instrução Normativa n.º 4 e o Manual da Presidência da República determinaram os pronomes e seus respectivos referentes. Concordância I

Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência conhece O assunto". Concordância II

Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ... vosso...").

Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa Excelência está atarefado","Vossa Senhoria deve estar satisfeito"; se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada", "Vossa Senhoria deve estar satisfeita". Emprego Adequado

A seguir, informamos o uso correto dos pronomes nos textos oficiais. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: a) do Poder Executivo; Presidente da República: Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores: Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais. b) do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. c) do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça Militar. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor,

seguido do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador, No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa

Excelência terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70.064-900 — Brasília. DF

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A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70.165-900 — Brasília/DF A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10ª Vara Cível Rua ABC, n° 123 01.010-000 — São Paulo/SP Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na

lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal, (•••) No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, n.º 123 70.123 — Curitiba. PR Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as

autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade ás comunicações.

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor, (...) Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre, (...) Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-

lhe o vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...) Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa

Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

Fecho para Comunicação Oficial

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o

destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria n° 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa Fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a

rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores, Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas peio Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

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(espaço para assinatura) Nome Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República (espaço para assinatura) Nome Ministro de Estado da Justiça Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira

para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. Não há necessidade de usar um traço para servir de base para a assinatura. O nome do signatário

apresenta apenas as iniciais maiúsculas, sem qualquer outro destaque. Também não há necessidade de se colocar o cargo em letras maiúsculas.

COMUNICAÇÕES OFICIAIS ALVARÁ

Definição : Documento escrito por autoridade competente para que se pratique determinado ato.

Também recebe o nome de mandado judicial , quando oriundo de autoridade judicial: alvará para levantamento de depósito, alvará para suprimento de consentimento, alvará de soltura, alvará para venda, etc. Recebe também o nome de licença, quando oriundo de autoridade administrativa: alvará para funcionamento, alvará para uso de produtos químicos. etc. Os alvarás, não obstante as várias possibilidades, são de dois tipos: ou são de licença (têm caráter definitivo e só podem ser revogados por motivos de interesse público) ou são de autorização (têm, então, caráter instável e podem ser cassados).

Características: 1. Título com numeração e data de expedição. 2. Texto: com designação do cargo da autoridade que expede o alvará; citação da legislação em que se

baseia a decisão da autoridade. 3. Assinatura: nome da autoridade competente sem indicação do cargo, já mencionado no texto. 4. Local e data: (dispensáveis se já constarem do título). Modelo: (Professor)

APOSTILA

Definição : Na Redação Oficial, Apostila é uma comunicação em que se acrescentam informações a um documento público ou ato administrativo anterior para completar o con:?údo. Expressa também um ato pelo qual o documento é anotado, após ser registrado ou averbado.

Características: 1. Titulo. 2. Texto: esclarece o dispositivo legal do ato referente ao titular. 3. Data. 4. Assinatura. Modelo: (Professor)

ATA Definição : É o resumo de decisões e acontecimentos de uma reunião ou circunstância com determinado

objetivo. A ata costuma ser lavrada em livro ou formulário próprio, autenticado para ter valor legal. A ata é toda redigida em parágrafo único, não podendo conter rasuras ou anotações fora do parágrafo. Caso o documento esteja sendo feito manuscrito ou em máquina de escrever e ocorrer algum erro, as correções são realizadas imediatamente, na seqüência, após a expressão "digo". Se o erro for percebido depois de escrito o parágrafo, deve-se fazer uma ressalva: "Em tempo: na linha tal, onde se lê tal coisa, leia-se tal coisa". Com o advento do computador, as atas têm sido elaboradas e digitadas, para posterior encadernação em livros de ata. Se isto ocorrer, deve ser indicado nos termos de abertura e fechamento, rubricando-se as páginas e mantendo-se os mesmos cuidados referentes às atas manuscritas. Dispensam-se as correções do texto, como indicado anteriormente. Normalmente é redigida por um secretário efetivo, podendo também ser aduzida por um eventual, designado para a ocasião.

Características: 1. Título e numeração do departamento (quando digitada). 2. Ementa (opcional). 3. Identificação de tempo, lugar, participantes e motivo do encontro, tudo por extenso.

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4. Assuntos tratados. 5. Declaração de quem lavrou. 6. Assinaturas.

Modelo: (Professor)

ATESTADO

Definição : Documento em que se comprova fato ou situação ou mesmo a existência de certa obrigação

ou situação de direito. O atestado está relacionado a informações que podem sofrer modificação com o tempo. Já a certidão comprova fatos permanentes constantes nos arquivos e documentos do órgão.

Características: 1. Título. 2. Texto: a identificação de quem redige, o objetivo da comunicação, a identificação do interessado c a

exposição do que se atesta. 3. Local e data. 4. Assinatura. Modelo: (Professor)

AUTO

Definição : Documento que descreve detalhadamente determinado acontecimento e suas circunstâncias. Quando usado no plural, indica um conjunto de peças de um processo forense. Enquanto na terminologia jurídica possui sentido de ação pública com a finalidade de se cumprir uma ordem legal, na redação oficial é a narração judicial ou administrativa, escrita por escrivão ou tabelião, e lavrada para comprovar uma ocorrência.

Características: 1. Título com numeração. 2. Texto: deve constar o desenrolar dos acontecimentos com detalhes, nome do autuado, motivo da

autuação, indicação da penalidade e prazo para apresentação de defesa. 3. Data: local e data em que foi lavrado o auto. 4. Assinatura. Modelo: (Professor)

AVISO Definição : A Instrução Normativa n° 4 (já citada) e o Manual da Presidência da República estabelecem

que aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, Secretário-Geral da Presidência da República, Consultor-Geral da República. Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República e pelos Secretários da Presidência da República, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também para particulares.

Características: 1. Título e numeração. 2. Data. 3. Destinatário. 4. Assunto 5. Vocativo. 6. Texto. 7. Fecho.

CERTIDÃO Definição : É a comunicação que tem o valor de comprovar um fato OU uma informação que se encontra

documentada nos arquivos do órgão. A certidão deve ser escrita em linhas corridas, sem alíneas, com números por extenso, sem rasuras nem emendas. Em caso de erro, usa-se, como na ata, a expressão "digo".

Características: 1. Titulo. 2. Texto. 3. Fecho. 4. Data.

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5. Assinatura de que lavrou a certidão. 6. Visto da autoridade responsável. Modelo: (Professor)

CIRCULAR

Definição : Comunicação expedida para diversas unidades administrativas ou funcionários ao mesmo tempo.

Características: 1. Título e data. 2. Ementa (facultativo). 3. Vocativo. 4. Texto. 5. Fecho. 6. Assinatura. Modelo : (Professor)

CORREIO ELETRÔNICO

Definição : Segundo o Manual da Presidência da República, o correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos. Observe que ele transmite o documento.

Características : não existe uma forma rígida e padronizada para o correio eletrônico. Deve-se evitar, no entanto, linguagem incompatível com uma comunicação oficial. A mensagem deve conter apenas informação sobre o conteúdo e o documento enviado anexo. Deve constar pedido de confirmação de recebimento. Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

DECLARAÇÃO

Definição : Documento que comprova a existência ou não de um direito ou de um fato. Conforme a situação, recebe várias outras especificações: declaração de ausência, declaração de vontade, declaração de crédito, declaração de direito, declaração de guerra, declaração de falência, etc.

Características: 1. Titulo. 2. Identificação de quem escreve (opcional). 3. Identificação da pessoa ou fato. 4. Texto. 5. Local e data. 6. Assinatura. Modelo : (Professor)

DESPACHO

Definição : É espécie do gênero ato administrativo ordinatório. Os despachos podem ser informativos (ordinatórios ou de mero expediente) ou decisórios. Podem ter conteúdo de mera informação dando prosseguimento a uni processo ou expediente ou conter uma decisão administrativa. O Despacho não deve ser exarado na mesma folha do original submetido à autoridade, e sim em folha separada, para permitir o correto arquivamento dos autos. A publicação do Despacho é o princípio que tem por objetivo assegurar moralidade administrativa, excetuados os Despachos considerados sigilosos.

Características: 1. Titulo e origem. 2. Data (pode aparecer antes ou após o texto). 3. Texto. 4. Assinatura. Modelo : (Professor)

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Definição : A exposição de motivos que submeta à consideração do Governador do Estado a sugestão de medidas a serem adotadas ou que apresente projeto de ato normativo deve, obrigatoriamente, apontar o

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problema, o porquê da medida e o ato normativo que deve ser editado para a solução do problema. Deve, ainda, trazer apensos os anexos necessários ao esclarecimento das questões.

Características: 1. Título abreviado — EM — seguido da sigla do órgão expedidor e sua esfera administrativa, à esquerda

da página. 2. Local e data por extenso, à direita da página. 3. Vocativo. 4. Texto, composto de: 4.1. introdução, onde se esclarece o problema que está exigindo a adoção da medida ou ato normativo

proposto: 4.2. desenvolvimento, onde se esclarecem as razões de ser da medida ou ato normativo oportuno para o

problema exposto; 4.3. conclusão: repetição, para efeito de ênfase da validade da medida para solucionar o problema

exposto. 5. Fecho. 6. Assinatura. Modelo : (Professor)

INSTRUÇÃO NORMATIVA Definição : Ato assinado por titular de órgão responsável por atividades sistêmicas, visando a orientar

órgãos setoriais e seccionais, a fim de facilitar a tramitação de expedientes relacionados com o sistema e que estejam com instrução e resolução sob responsabilidade desses órgãos. Trata, também, da execução de leis, decretos e regulamentos.

Características : I. Título (a expressão INSTRUÇÃO NORMATIVA) com numeração. 2. Preâmbulo com a denominação do cargo e do órgão expedidor, seguida por tradição da expressão "no

uso de suas atribuições”. 3. Finalização do preâmbulo com a expressão "RESOLVE". 4. Texto. 5. Local e data por extenso. 6. Assinatura sem indicação do cargo. Modelo : (Professor)

MEMORANDO

Definição : É a comunicação interna utilizada entre departamentos e servidores para tratar de assuntos em geral. Alguns órgãos adotam também o nome de "comunicação interna". Basicamente, é o documento de troca de informação entre áreas dentro do próprio órgão.

Características: 1. Identificação do documento e sua numeração. 2. Data. 3. Remetente (opcional) e destinatário. 4. Vocativo. 5. Texto. 6. Fecho. 7. Assinatura. Modelo : (Professor)

MENSAGEM

Definição : Comunicação oficial entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo e Poder Judiciário. Também é utilizado entre Senado e Câmara. Algumas vezes, o Executivo acaba por fazer uso desta comunicação bom os ministros, governadores e até mesmo com o povo. E o documento pelo qual o Executivo propõe medidas, presta contas, apresenta relatórios.

Características: 1. Título com numeração. 2. Vocativo. 3. Texto. 4. Data. 5. Assinatura (o Presidente da República não precisa assinar). Modelo : (Professor)

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OFÍCIO

Definição : Documento expedido para tratar de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e com particulares. É comunicação externa. Embora alguns governos e prefeituras municipais utilizam o modelo "Carta", o correto, segundo as normas de Redação Oficial, seria o uso de ofício ao se escrever para fora do órgão. No cabeçalho do documento deve constar além do endereço do órgão remetente, também telefone e/ou correio eletrônico.

Características: 1. Identificação do documento e numeração. 2, Data. 3. Endereçamento. 4. Assunto. 5. Vocativo. 6. Texto. 7. Fecho. 8. Assinatura. Modelo : (Professor)

ORDEM DE SERVIÇO

Definição : Ato por que se baixam instruções a respeito de normas de serviço ou de administração de pessoal. São objeto de ordens de serviço, datadas e numeradas, as determinações administrativas de caráter específico e as decisões relativas a pessoal, desde que não sejam estas objeto de portarias.

Características: 1. Título com numeração e data por extenso. 2. Preâmbulo (segue o modelo da instrução normativa). 3. Texto. 4. Local e data. 5. Assinatura sem indicação do cargo. Modelo : (Professor)

PARECER

Definição : Manifestação de órgãos especializados sobre assuntos submetidos à sua consideração: indica a solução ou razões e fundamentos necessários à decisão a ser tomada pela autoridade competente. Pode ser enunciativo, opinativo ou normativo. Em se tratando de parecer emitido por colegiado, este somente surtirá efeitos se aprovado pelo Plenário, caso em que deve ser explicitado no documento.

Características : I. Título com numeração e referência ao órgão. 2. Número do processo e sigla do órgão que solicitou o parecer. 3. Ementa. 4. Texto. 5. Fecho "É o parecer, sub censura", por exemplo. 6. Local e data. 7. Assinatura. Modelo : (Professor)

PORTARIA

Definição : Ato pelo qual as autoridades competentes (titulares de órgãos) determinam providências de caráter administrativo, visando a estabelecer normas de serviço e procedimentos para o(s) órgão(s), bem como definir situações funcionais e medidas de ordem disciplinar.

Características : 1. Título com numeração e data da assinatura. 2. Preâmbulo (segue o modelo da instrução normativa). 3. Texto. 4. Local e data. 5. Assinatura sem indicação do cargo. Modelo : (Professor)

RELATÓRIO

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Definição : É a exposição circunstanciada de atividades levadas a termo por funcionário, no desempenho das funções do cargo que exerce, ou por ordem de autoridade superior. E geralmente feito para expor: situações de serviço, resultados de exames, eventos ocorridos em relação a planejamento, prestação de contas ao término de um exercício, etc.

Características: 1. Título. 2. Assunto (opcional). 3. Vocativo. 4. Texto composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução se enuncia o propósito do

relatório; no desenvolvimento — corpo do relatório — a exposição detalhada dos fatos; e, na conclusão, o resultado ou síntese do trabalho, bem como a recomendação de providências cabíveis.

5. Fecho. 6. Local e data. 7. Assinatura. Modelo: (Professor)

REQUERIMENTO Definição : Documento pelo qual o interessado solicita ao Poder Público algo a que se julga com direito,

ou para se defender de ato que o prejudique. Características: 1. Vocativo: forma de tratamento, cargo e órgão a que se dirige. Não se pode usar o nome da pessoa ou

alguma outra forma de saudação. É comum deixar entre o vocativo e o texto de 7 a 10 espaços. 2. Texto com a identificação do requerente (nome, filiação, naturalidade, estado civil, profissão,

residente—sendo funcionário do próprio órgão, apresentar apenas os dados de identificação interna). Após a identificação, faz-se o pedido, de forma clara e objetiva, citando o fundamento legal que permite a solicitação.

3. Fecho (pode empregar "Nesses termos, pede deferimento", "Nesses termos, espera deferimento", "Pede deferimento" ou semelhantes, sem exageros).

4. Local e data. 5. Assinatura. Modelo : (Professor)

EXERCÍCIOS PRATICANDO

Texto I Hoje o "povo" é a base e o ponto de referência comum de todos os governos nacionais, excetuando-se

os teocráticos. Isso não apenas é inevitável, como certo — afinal, se o governo tem algum objetivo, só pode ser o de cuidar do bem-estar de todos os cidadãos e falar em nome deles. Na era do homem comum, todo governo é governo do povo e para o povo, embora não possa, em qualquer sentido operacional do termo, ser exercido pelo povo.

Os governos dos Estados-Nação ou dos Estados territoriais modernos erguem-se sobre três premissas. Primeira: eles têm mais poder que outras unidades que operam em seu território. Segunda: os habitantes de seus territórios aceitam sua autoridade mais ou menos de bom grado. Terceira: os governos podem prover aos habitantes de seu território serviços que, do outro modo, não seriam fornecidos com eficácia igual ou nem sequer seriam fornecidos — serviços como "lei e ordem", segundo a frase proverbial. Nos últimos trinta ou quarenta anos, essas premissas vêm deixando de ser válidas. 1. (CESPE) Considerando que são características da linguagem oficial a clareza, a concisão, a impessoalidade e

o uso do nível formal da linguagem e que o texto acima faça parte de um documento oficial, assinale a opção correta.

a) Como está, o texto pode fazer parte de um parecer, com o objetivo, por exemplo, de sustentar uma opinião técnica submetida a exame.

b) Em um relatório, a linguagem precisaria ser mais formal, evitando-se, por exemplo, o emprego de aspas e alterando-se a regência de "prover aos habitantes" para prover os habitantes.

c) Em uma ata, a enumeração contida no segundo parágrafo deveria ser em tópicos, com a margem recuada, como mostrado a seguir:

1ª. eles têm mais poder que as outras unidades que operam em seu território; 2ª. os habitantes de seus territórios aceitam sua autoridade mais ou menos de bom grado; 3ª. os governos podem prover aos habitantes de seu território serviços que, de outro modo, não seriam

fornecidos com eficácia igual ou nem sequer seriam fornecidos. d) Se o texto fizesse parte de um ofício, os pronomes de terceira pessoa deveriam ser alterados para a primeira

pessoa do plural ou deveria ser usada a voz passiva.

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e) Como está, o texto pode fazer parte de um edital porque argumenta quanto a assunto público e de interesse do Estado.

Texto II — Maconha na escola

No Rio de Janeiro, houve a expulsão de quatro alunos de uma escola de vanguarda, por terem assumido

que estavam fumando maconha em uma excursão a Ouro Preto. Os meninos foram flagrados, ou quase, quando a professora, em um quarto ao lado, resolveu reclamar do barulho do quarto vizinho.

Ao chegar, sentiu o cheiro da erva e eles admitiram logo que tinham filmado. Podiam alegar que não era bem assim, que aquele cheiro não era de maconha, que não tinham tragado. Mas eles preferiram dizer a verdade inteira.

A pena máxima provocou protestos dos colegas. Eles se sentiram traídos por um centro de ensino reconhecidamente liberal, de excelência, compreensivo, que dá prioridade ao pensamento crítico e por isso mesmo é preferido da elite cultural da cidade que ali matricula seus filhos.

Em uma das manifestações de rua, havia a seguinte mensagem de ácida ironia anti-hipocrisia: "Não seja honesto, não admita seus atos, minta. Aprendi isso na escola".

Texto Ill — Maconha no drive-thru

Algumas drogas, como a maconha e o haxixe, são liberadas na Holanda e podem ser encontradas em qualquer esquina. A facilidade final acaba de ser anunciada: o drive thru das drogas. Como ocorre com lanchonetes, será possível adquirir o produto sem descer do carro.

As duas primeiras lojas, chamadas eufemisticamente cafés, serão inauguradas no ano que vem na cidade de Venlo, na fronteira com a Alemanha, para atender os turistas das drogas.

Essa tentativa oficial parte do princípio de que tudo o que é proibido acaba acirrando a curiosidade do jovem: em contrapartida, tudo o que é liberado desestimula o interesse e, por conseguinte, a procura. Assim, esperam alterar o consumo de tais produtos.

Paradoxo? Ironia? Como classificar essa situação? Se alguém for analisar as estratégias empregadas, com vistas ao aumento, á diminuição ou à extinção do consumo de drogas, a partir de reflexões dialéticas, poderá dizer?

"Nem tanto... . 2. (CESPE) Reunidos em assembléia, os membros da Associação Estudantil da escola de onde os estudantes

foram expulsos, conforme o texto II, sabedores da realidade da Holanda, referida no texto III. e revoltados com a iniciativa tomada pela direção do colégio, por julgá-la intempestiva e contraditória perante as normas liberais do regimento disciplinar, resolveram encaminhar, ao diretor do estabelecimento de ensino, um documento coletivo, solicitando a revisão e a suspensão da pena imposta aos quatro companheiros. Para tanto, escolheram formalizar o pedido em um documento que expressasse, da maneira mais adequada, as aspirações da maioria. Na situação hipotética descrita, as várias opções dc correspondência oficial a ser enviada ao diretor do estabelecimento incluem o(a) I — abaixo-assinado. II — carta. III — e-mail (mensagem de correio eletrônico). IV — requerimento. A quantidade de itens certos é igual a: a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4.

3. (CESPE) Ao redigir um documento a ser enviado a uma autoridade, é necessário empregar o pronome de

tratamento adequado. Assinale a opção em que a relação estabelecida entre as colunas não está de acordo com a normatização do emprego dos pronomes de tratamento. a) Vossa Excelência / presidente da República. b) Vossa Magnificência / reitor de universidade. c) Vossa Senhoria / senhor José da Silva. d) Vossa Excelência / desembargador. e) Vossa Senhoria / presidente do Supremo Tribunal Federal.

Texto IV

Aos quatro dias de novembro de dois mil e hum, na sala do Diretor Central da Escola Presidente

Prudente, às quinze horas, conforme a publicação na página quarenta e seis do Diário do Poder Judiciário do Estado de Roraima, do dia vinte e seis de outubro do mesmo ano, deu-se início à aplicação das provas objetivas do concurso público para provimento das vagas em cargos de nível superior do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima . Dos cento e sessenta candidatos inscritos para o cargo de biblioteconomista , indicados para ocuparem esse local, faltaram quatro num percentual de noventa e sete e meio por cento de comparecimento. Os faltantes foram os candidatos cujos nomes e números de inscrição estão discriminados a seguir: Marcolino Medeiros de Menezes— 12.345; Joelma da Cruz Figueiras — 23.567; Nadiantunes Xavier Salgado — 38.990 e Julianes Bacheira da Silva Só — 47.001. Os trabalhos ocorreram no esperado clima de tranqüilidade, não

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havendo qualquer intercorrência desabonadora do evento. Após três horas e trinta minutos de duração foram recolhidos os materiais pertinentes, esvaziando a sala. Então foi lavrado este documento o qual será assinado por mim, Manuel Maria Morais, fiscal de sala e pelos meus dois auxiliares, dando por concluída a tarefa para a qual fui especialmente contratado. 4. (CESPE) A respeito do expediente acima, assinale a opção correta.

a) Trata-se de um relatório técnico, incompleto, pois falta a listagem nominal e por número de inscrição de todos os que compareceram, mas cuja omissão justifica-se pela listagem nominal referida.

b) Trata-se de uma ata circular, feita antecipadamente, que deve ser entregue a cada um dos candidatos presentes, ao término do expediente, a qual documentará o comparecimento, para fins de abonação da falta ao serviço particular

c) Trata-se de um relatório administrativo, cujo teor, por equívoco, foi registrado inadequadamente, por desconhecimento dos princípios da redação oficial, por parte do relator, que se esqueceu de registrar os cargos dos auxiliares.

d) Trata-se de uma ata convencional que apresenta os seguintes erros, entre outros: grafia inadequada do numeral um, ausência da data, que deveria anteceder a assinatura.

e) Trata-se de Lima prestação de contas de um serviço realizado por um equipe, a fim de ser efetuado o pagamento da tarefa: como tal, não apresenta erros graves, exceto o destaque em negrito do nome do evento e do cargo, desnecessários para tal fim.

5. (CESPE) Assinale a opção que apresenta uma definição correta de ata.

a) Resumo escrito que constitui' registro de fatos, ocorrências, resoluções, decisões e deliberações de uma assembléia, sessão ou reunião.

b) Ato administrativo de correspondência entre agentes de uma mesma repartição, no qual, de maneira simples e direta, são tratados assuntos de rotina para conhecimento interno. Dispensa fórmulas de cortesia e demais formalidades.

c) Exposição circunstanciada de atividade administrativa, ou relato mais ou menos minudente que se faz por escrito, por ordem de autoridade superior ou no desempenho das funções do cargo que exerce.

d) Documento específico de solicitação, no qual o indivíduo expõe a matéria objeto do pedido. Compõe-se de vocativo, preâmbulo, estado civil, nacionalidade, idade, residência e profissão do peticionário, contexto e fecho.

e) Declaração firmada por alguém em razão do seu ofício, na qual afirma a verdade de um fato ou estado, ou a existência de uma obrigação, e que, fornecida a outrem, serve a este de documento.

Texto V

Ofício 75/99 Excelentíssimo Senhor Secretário, 1. Apraz-nos levar ao conhecimento de Sua Senhoria, para os fins pertinentes, que recebemos

solicitação do Ministério da Educação do Chile, relativa ao envio do material resultante do seminário "Perspectivas de Educação a Distância na América Latina", realizado em Brasília-DF, nos dias 19 e 20 de novembro último.

2. Muito nos agradeceria a Vossa Senhoria, encaminhar-nos o referido material, com a maior brevidade possível, para que o mesmo possa ser remetido aos interessados.

3. Aproveitamos o ensejo para reiterar a Sua Senhoria protestos de consideração e apreço. Brasília, 30 de novembro de 1999.

6. (CESPE) Com relação ao vocativo e aos pronomes de tratamento utilizados no texto acima, é correto afirmar

que: a) todos (vocativo e pronomes de tratamento) estão empregados corretamente. b) apenas os pronomes de tratamento utilizados no primeiro e no terceiro parágrafos estão corretamente

empregados. c) apenas o pronome de tratamento utilizado no segundo parágrafo está corretamente empregado. d) apenas o vocativo e o pronome de tratamento utilizado no segundo parágrafo estão corretamente

empregados. e) apenas o vocativo e os pronomes de tratamento utilizados no primeiro e no terceiro parágrafos estão

corretamente empregados. 7. (CESPE) Os itens abaixo são reescrituras de trechos do texto V Indique a opção que apresenta inadequação

em relação às normas estabelecidas para urna correta redação de correspondência oficial. a) Linha 1: Senhor Secretário : b) Primeiro parágrafo: Recebemos solicitação do Ministério da Educação do C hile de envio de material

resultante do seminário "Perspectivas de Educação a Distância na América Latina", realizado em Brasília-DF, nos dias 19 e 20 de novembro último.

c) Segundo parágrafo: Reivindicamos, pois, com urgência urgentíssima, o e nvio do material referido, para que possam-se remete-los com a maior brevidade .

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d) Início do fecho: Atenciosamente . 8. (CESPE) Com relação às características do texto V, é correto afirmar que:

a) todos os parágrafos do texto podem aparecer sem numeração seqüencial. b) a data deveria vir à direita do papel, antes do vocativo. e) o vocativo também deveria ser numerado. d) não se trata, na verdade, de tini ofício, mas de uni atestado. e) a correspondência não deveria vir assinada, já que se trata de expediente interno.

Texto VI

Ao oitavo dia do mês de setembro do ano de 1998, às 20h30, em segunda e última chamada, reuniram-

se na sala de reuniões do Banco Jota os acionistas relacionados no livro de presença, na folha 14, verso, para deliberarem sobre assuntos constantes no edital de convocação, o qual foi previamente distribuído a todos. (...). 9. (CESPE) Pelo teor do trecho inicial do texto oficial reproduzido acima, conclui-se que se trata de um (a):

a) ata. b) relatório. c) circular. d) memorando. e) requerimento.

Texto VII

Tendo em vista a necessidade de treinamento na área e conforme orientação desse Centro e de acordo

com mensagem de 20/11/94 no Informativo n° 1.000, e considerando ainda a prioridade que tem merecido a melhoria de atendimento os nossos clientes, solicitamos o especial obséquio de verificar a possibilidade de incluir na pauta dos próximos cursos, ainda que para o próximo semestre, os funcionários abaixo indicados para o treinamento de Atendente de Público, se possível com prioridade.

Sem mais para o momento e certos de sua habitual presteza e atenção para com as postulações deste Posto, desde já agradecemos, colocando-nos à sua inteira disposição para quaisquer informações que se fizerem necessárias no sentido de termos atendido nosso pleito, com a brevidade possível.

10. (CESPE) O texto acima infringe as normas exigidas de um texto oficial porque:

a) é ambíguo. b) utiliza-se de linguagem prolixa. c) não se utiliza do padrão culto da linguagem. d) não respeita, reiteradamente, as regras gramaticais da norma culta. e) é redigido de forma obscura, de modo que não é possível compreender o que se solicita.

Texto VIII

Para a Coordenação de Concursos do CESPE/UnB Requerimento: JOSÉ DA SILVA DOS SANTOS REIS, devidamente inscrito no concurso para TÉCNICO JUDICIÁRIO do

Tribunal de Justiça do Distrito Federal, com a inscrição n° 197.542/03, VENHO, POR DIREITO E MUI RESPEITOSAMENTE, solicitar a Vocês a emissão de uma certidão de comparecimento nesta prova realizada nesta data supracitada, uma vez que hoje estou trabalhando em turnos e preciso comprovar meu afastamento do serviço no período da tarde, para realizar o referido exame.

Nesses termos, peço aceitação do meu pedido e AGUARDO DEFERIMENTO. Atenciosamente,

José da Silva dos Santos Reis.

11. (CESPE) Com respeito ao texto acima, assinale a opção correta. a) O lugar correto para a colocação da data é à esquerda, e não à direita, como se encontra no documento. b) O tipo de documento adequado para tal finalidade não é o requerimento e, sim, o ofício. c) Em vez do pronome de tratamento "Vocês", o redator deveria ter empregado Vossas Excelências. d) O candidato deveria ter solicitado uma declaração, e não uma certidão, e) O fechamento "Atenciosamente" deveria constar antes do pedido de deferimento.

Texto IX

ATA DA SALA 25

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Realizou-se, na sala vinte e cinco, do prédio das Relações Humanas, da Escola Martin Luther King, em Brasília, Distrito Federal, dia primeiro de junho de dois mil e três, das quinze horas às dezoito horas e trinta minutos, portanto, com três horas e meia de duração, esta prova (anexa) de Conhecimentos Gerais e Específicos para o Cargo de Técnico Judiciário, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), conforme diz o Edital um de dois mil e três, tendo comparecido todos os candidatos inscritos e, portanto, o índice de abstensão foi de zero candidatos. Nada mais havendo a constar, eu, MARIA DAS GRAÇAS LUZ FLORES, chefe de sala, lavrei esta ata que será assinada por mim, exprimindo a verdade dos fatos, sob o testemunho da fiscal da sala. Brasília, 1º/6/2003, Maria das Graças Luz Flores e Thomásia Aparecida Silva. xxxxxxxxxxxxxxxx 12. (CESPE)Assinale a opção incorreta a respeito do texto acima.

a) A redatora da ata respeitou os requisitos formais para a redação do documento, conforme os preceitos dessa tipologia de correspondência oficial.

b) A redatora, ao escrever por extenso os números da sala, das horas, da duração da prova e do edital cometeu erros de grafia e de adequação ao tipo de documento.

c) A grafia do vocábulo "abstensão" está incorreta, pois deveria ter sido escrito abstenção. d) A passagem "exprimindo a verdade dos fatos" pode ser suprimida do texto, uma vez que essa informação

deve estar pressuposta em toda correspondência oficial. e) O preenchimento do restante da linha após a assinatura visa evitar que outras pessoas possam adulterar

o final do texto. 13. (CESPE) Assinale a opção cujo fragmento obedece às exigências de correção gramatical, impessoalidade e

objetividade, próprias da redação de documentos oficiais. a) São passíveis de penhora o numerário pertencente à associação ainda que em tal valor se insira o

pagamento de salários de seus empregados. Na realidade, a vedação - legal de constrição atinge somente os salários efetivamente recebidos.

b) Adicional noturno e horas extras não são abrangidos pelo conceito de remuneração, logo, não pode sobre os mesmos incidir a contribuição previdenciária, segundo entendimento embasado na Lei n° 8.112/1990.

c) Inexistindo, nos autos, provas concludentes no sentido de descaracterizar a atuação de uni dos acusados, mero empregado de imobiliária, que agiu mediante ordens de seu preposto, mantêm-se a absolvição decretada, eis que ausente a intenção de lesar o bem jurídico tutelado.

d) Deve ser anulado o julgamento do tribunal do júri, no qual a formulação dos quesitos se deu de forma complexa, violando o procedimento normatizado, cujo determina que os quais quesitos deverão ser feitos em proposições simples e bem distintas.

e) Cuidando-se de empresa pública, a penhora dos valores existentes em sua conta-corrente poderá ocasioná-la danos de difícil reparação, inviabilizando a adimplência de compromissos assumidos, inclusive o pagamento de salários de funcionários.

Texto X

Governo do Estado do Amazonas Defensoria Pública do Estado do Amazonas

Of. n° 125/2003/SG

Manaus, 5 de outubro de 2003. A Sua Excelência o Senhor Deputado Jaime da Luz Câmara dos Deputados 70160-900 — Brasília-DF Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado, Informo a Vossa Excelência que as medidas tomadas em favor da demarcação das terras indígenas

estão amparadas pelo procedimento administrativo consuetudinário, com amparo legal e tendo em vista os princípios éticos, conforme reza a moral e os bons costumes.

Reforço que a demarcação de terras indígenas deve ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao dispositivo no art. 231, § 1º, da Constituição Federal, os quais devem incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deve ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente.

Sendo o que nos traz no momento, reiteramos nossas saudações. Atenciosamente,

Marina Severina Nordestina

Secretária Geral

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A partir das informações contidas no documento anterior, julgue os itens subseqüentes. 14. Esse documento, com a data corretamente redigida e localizada, é o centésimo vigésimo quinto ofício

expedido no ano indicado pelo órgão supracitado, sob a responsabilidade da secretaria geral. 15. No endereçamento, há um erro quanto ao emprego do pronome de tratamento, pois deveria constar,

abreviadamente, V.S.ª, ou seja, Vossa Senhoria. 16. A signatária, ao flexionar no singular a forma verbal "reza", no primeiro parágrafo do texto, expressa que

considera coisas distintas a "moral" e os "bons costumes". 17. O fecho dessa correspondência. adequadamente redigido e localizado, serve também para fechamento dos

expedientes denominados memorando e requerimento.

Texto XI

Leia os seguintes fragmentos de um documento do padrão ofício para responder aos próximos dez itens. I - Solicitamos à Vossa Senhoria que sejam indicados, até 22 de maio do corrente ano, os cinco servidores

para participarem da elaboração dos projetos. II - Carlos de Sousa Soares Diretor Geral de Recursos Humanos III - Senhor Secretário. IV - Respeitosamente, V - Brasília, 27 de junho de 2002. VI - Ofício n.º 23/DRH/ME.

18. Observando o corpo de texto, pode-se inferir que a situação é mais adequada a um memorando. 19. O nome por extenso do signatário é opcional, já que a assinatura é obrigatória. 20. No vocativo de um ofício, deveria constar apenas o nome do destinatário. 21. Considerando que o destinatário é de menor hierarquia que o signatário, o fecho indicado está errado. 22. Em se tratando de um ofício, está faltando o endereçamento. 23. A seqüência lógica do documento é: VI -V-111-1-1V-II. 24. O pronome de tratamento indicado não está adequado situação. 25. A crase antes do pronome de tratamento é facultativa. 26. No texto, não há obediência ao princípio da concisão. 27. No vocativo, a vírgula poderia ser substituída por dois pontos.

GABARITO 1. resposta: A

Letra b: o texto já é formal, o uso de aspas está adequado ao relatório assim como a regência. Letra c: a ata possui apenas uni parágrafo, logo não existe numeração de parágrafos. Letra d: não haveria necessidade alguma de alteração do pronome. Letra e: o edital não possui argumentação.

2. resposta: D

O Cespe considerou que apenas o requerimento não poderia ser utilizado. Resposta que provocou divergência na época entre a banca e vários professores e alunos.

3. resposta: E

Percebe-se, facilmente, que o presidente do Supremo Tribunal Federal não pode ser tratado por Vossa Senhoria por pertencer ao primeiro escalão. 4. resposta: D

Letra a: não se trata de relatório. Letra b: não existe ata circular. Letra e: não se trata de relatório. Letra e: não existe característica alguma de prestação de contas a fim de receber pagamento.

5. resposta: A

Percebe-se, facilmente, que a definição de ata não pode constituir ato administrativo de correspondência (letra b), nem se limitar a uma exposição sobre um determinado cargo (letra c), também não é solicitação (letra d) ou mesmo declaração sobre o ofício de alguém.

6. resposta: C

Letra a: tanto o vocativo (não se pode empregar excelentíssimo para secretário) quanto os pronomes do primeiro e terceiro parágrafos (Sua) estão inadequados. Letra b: os dois pronomes estão inadequados (Sua). Letra d: o vocativo está incorreto. Letra e: tanto o vocativo quanto os pronomes estão incorretos.

7. resposta: C

Apenas a letra apresenta erro em "urgência urgentíssima", além de erros gramaticais. 8. resposta: B

Letra a: todos os parágrafos devem ser numerados atualmente.

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Letra c: vocativo nunca é numerado. Letra d: é um ofício, pois se trata de comunicação externa. Letra c: não se trata de documento interno e deve ser assinada.

9. resposta: A

As características do texto não deixam dúvida sobre a ata. 10. resposta: B

Letra a: entende-se o texto, não existe ambigüidade nele, Letra e: o padrão utilizado e o culto. Letra d: embora com falhas, o texto procura respeitar a norma culta. Letra e: percebe-se o que e solicitado.

11. resposta: D

Letra a: a data está adequadamente localizada. Letra b: como se trata de documento externo, trata-se adequadamente de um ofício. Letra c: não deveria ser empregado pronome algum. Letra e: não há fecho "atenciosamente" em requerimento.

12. resposta: B

A afirmativa é incorreta pois não houve erro por parte da redatora. 13. resposta: B (embora tenha sido o gabarito oficial do Cespe, a opção também apresenta erros).

Letra a: "É possível de penhora o numerário Letra c: "mero empregado da imobiliária": "mantém-se a absolvição". Letra d: "cujo" "que os quais" Letra e: "poderá ocasionar-lhe danos".

14. Certo, porque todas as afirmativas estão corretas. 15. Errado, porque, no endereçamento, deve constar o pronome em terceira pessoa. 16. Certo, porque todas as afirmativas estão corretas. 17. Errado, porque requerimento não possui tal fecho. 18. Errado, porque é documento externo. 19. Errado, porque o nome do signatário é obrigatório. 20. Errado, porque no vocativo deve aparecer a função. 21. Certo, porque, caso se escreva para alguém de menor hierarquia, o tratamento deve ser "atenciosamente". 22. Certo, porque o endereçamento é obrigatório no ofício. 23. Certo, porque a seqüência indicada é a ideal. 24. O gabarito foi correto pelo Cespe, porém o item não pode afirmar isso com certeza. 25. A crase não existe antes de pronome de tratamento. 26. Errado, porque o texto está conciso. 27. Certo, porque a redação oficial aceita também o uso de dois-pontos após o vocativo.