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Custo de Capital

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Page 1: Custo de Capital
Page 2: Custo de Capital

O custo de capital funciona como vínculo básico entre as

decisões de investimento de longo prazo da empresa e a

riqueza dos proprietários, determinada pelos investidores

no mercado.

É o “número mágico” usado para decidir se um investimento

proposto permitirá aumentar ou reduzir o preço da ação da

empresa.

Formalmente, o custo de capital é a taxa de retorno que

uma empresa deve conseguir nos projetos em que investe

para manter o valor de mercado de sua ação.

Page 3: Custo de Capital

É a taxa de retorno que empresa precisa obter sobre seus projetos de investimentos para manter o valor de ações inalteradas. É formado essencialmente por uma taxa livre de risco mais um premio associado ao projeto em avaliação. Quando mais arriscada for a decisão de investimento, maior o custo de capital pela exigência de mais elevado premio pelo risco.

Page 4: Custo de Capital

O custo de capital é estimado em dado momento. Ele reflete o custo médio futuro dos fundos de longo prazo. Por exemplo, se uma empresa mantêm um mix ótimo de financiamento, através de capital de terceiro e próprio (Passivo e Patrimônio Liquido). Esse mix é chamado de estrutura – meta de capital. A fim de entender o inter-relacionamento do financiamento, supondo que exista estrutura-meta de capital , é necessário examinar o custo de capital.

Page 5: Custo de Capital

A Estrutura de capital de uma empresa refere-se à composição de financiamento a longo prazo, oriundas de capitais (exigível) e de capitais próprios (patrimônio liquido). O estudo da estrutura de capital esta estreitamente relacionado com o custo de capital total da empresa. Essa estrutura ótima de capital vincula-se, por seu lado, à proporção de recursos próprios e de terceiros a ser mantido por uma empresa que leva à maximização da riqueza de seus acionistas

Page 6: Custo de Capital

Curto Prazo

Empréstimos à longo prazo (Kd)

Ações Preferenciais – PN (Kp)

Ações Ordinárias – ON (Kn)

Lucros Retidos (Kr)

Onde:K = Custo de capital de cada fonteKd = Custo da dívida antes do IRKi = Custo da dívida após o IRKp= Custo da emissão de novas ações preferenciaisKn = Custo da emissão de novas ações ordináriasKr = Custo da retenção de lucros por parte as empresas.

PASSIVO

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Fontes de Financiamento a longo prazo – forma da empresa obter recursos no mercado;1.Empréstimos à longo prazo 2.Ações Preferenciais (PN)Sem direito a voto;Dividendos +/- fixos3.Ações Ordinárias (ON)Direito a voto;Dividendo variável4.Lucros retidos ou acumulados

Page 8: Custo de Capital
Page 9: Custo de Capital

Proporção de cada custo (W)

%

Fontes de

Financiamento

Custo (Capital)

Wd Empréstimos à

longo prazo

Kd (Ki)

Wp Ações Preferenciais Kp

Wn Ações Ordinárias Kn

Wr Lucros retidos Kr

Page 10: Custo de Capital

O custo de capital de terceiros antes do imposto de renda é igual ao retorno esperado até o vencimento da dívida da empresa, ajustado pelos custos de lançamento dos títulos.

Recorde-se que o retorno esperado até o vencimento de uma obrigação depende de diversos fatores, incluindo a taxa de juros da obrigação, sua data de vencimento, seu valor de face, as condições correntes de mercado e o preço de venda do título.

Após a obtenção do retorno esperado da obrigação, um ajustamento simples deve ser feito para levar em conta que os juros pagos são uma despesa dedutível para fins de imposto de renda.

Isso terá o efeito de reduzir o custo do capital de terceiros

Custo de capital de terceiros depoisdo imposto de renda (ki)

Page 11: Custo de Capital

As principais modalidades de empréstimo e financiamentos a longo prazo, praticados com recursos de terceiros e disponíveis às empresas no mercado de capitais, podem ser classificadas de acordo com os tipos seguintes:a)Empréstimos e financiamentos diretos;b)Repasses de recursos internos;c)Repasses de recursos externo;d)Subscrição de debêntures;e)Leasing.

Page 12: Custo de Capital

Uma obrigação privada é um instrumento de dívida de

longo prazo que rende ao investidor uma taxa

específica de juros periódicos durante um período

predeterminado.

O principal da obrigação é a quantia devida pela

empresa ao investidor na data de vencimento.

A data de vencimento é momento no qual a obrigação

vence e o principal deve ser devolvido.

A taxa contratada de juros (cupom) é a taxa de juros

predeterminada (ou o valor de face) a ser paga

periodicamente.

Page 13: Custo de Capital

Tipos de obrigações e suas características

Page 14: Custo de Capital

Vamos supor que uma empresa pudesse emitir obrigações com taxa de juros de10%, prazo de cinco anos e valor de face de $ 1.000. Além disso, imagine-se que os custos de lançamento

correspondam a 2% do valor de face e um deságio de 3% a.a. Vamos calcular o custo de capital de terceiros antes do imposto

de renda.

Custo de capital de terceiros depois do imposto de renda (ki)

Kd = J + VN – Nd n VN + Nd 2

Valor de Face = $ 1.000,00Custo de Colocação = 2% = $ 20,00Deságio = 3% = $ 30,00Validade = 5 anosTaxa Juros = 10%

Page 15: Custo de Capital

ki = kd(1 – T)

Custo de capital de terceiros depoisdo imposto de renda (ki)

Calcular o custo de capital de terceiros depois do imposto de renda, supondo que a alíquota de imposto de renda da empresa seja de 40%:

ki = 10,84 (1 – 0,40) = 6,5% a.a

Isso indica que o custo de capital de terceiros depois do imposto de renda é igual a 5,67%.

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A Motorola Corporation esta interessada em medir seu custo geral de capital. A empresa esta situada na faixa de imposto de renda de 40%. Investigações recentes escolheram as seguintes informações:

Capital de Terceiros – A empresa tem condições de captar um volume ilimitado de capital de terceiros vendendo obrigações com valor de face de R$ 1.000,00, com um cupom de 10 % e prazo de 10 anos. Os pagamentos de juros serão anuais. Para vender as obrigações, seria necessário um deságio médio de R$ 30 por titulo. A empresa também deve pagar custos de lançamento de R$ 20,00 por titulo.

Page 17: Custo de Capital

• A ação preferencial é um instrumento de captação de capital

próprio que normalmente paga um dividendo fixo e dá direitos

prioritários aos lucros e ativos da empresa em caso de liquidação.

• O dividendo é estipulado em termos de valor monetário por

unidade ou como porcentagem do valor nominal da ação.

• Portanto, ao contrário do que ocorre com a ação ordinária, o valor

nominal de uma ação preferencial pode ter significado relevante.

• Quando uma empresa deixa de pagar um dividendo preferencial,

diz-se que o dividendo está acumulado.

Page 18: Custo de Capital

• Em geral, dividendos acumulados devem ser pagos antes que os

acionistas ordinários recebam algum dividendo.

• As ações preferenciais também são vistas como títulos híbridos

porque possuem características tanto de ações ordinárias quanto

de obrigações.

• As ações preferenciais se assemelham às ações ordinárias

porque são títulos perpétuos, sem data de vencimento.

• Na extinção da empresa os detentores deste tipo de ação tem

prioridade na restituição do capital.

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Custo de ações preferenciais (kp)

kP = DP/(PP – CC) = DP/(NP)

Na equação acima, CC representa os custos de lançamento (em

$). Tal como ocorreu no caso de capital de terceiros, o custo de

emissão de novas ações preferenciais será superior ao retorno

proporcionado pelas ações preferenciais existentes, pois a

empresa será obrigada a pagar aos bancos de investimento pelo

serviço de colocação dos títulos no mercado.

Page 20: Custo de Capital

Ações Preferenciais – A empresa pode vender ações preferenciais com dividendo anual de 11%, ao valor de face de R$ 100,00. O custo esperado de emissão e venda das ações é da ordem de R$ 4,00 cada uma. Um volume ilimitado de ações preferenciais pode ser vendido nessas condições.

Dp = 11% x R$ 100,00 = R$ 11,00 (Div. Preferencial)

Np = R$ 100,00 – R$ 4,00 = R$ 96,00

KP = R$ 11/R$ 96,00 = 11,46%

Page 21: Custo de Capital

• Os acionistas ordinários, às vezes chamados de

proprietários residuais, são os verdadeiros proprietários da

empresa.

• Como proprietários residuais, os acionistas ordinários

recebem o que sobra – o resíduo – após o pagamento de

todos os outros direitos sobre os resultados e ativos da

empresa.

• Por causa dessa posição em geral incerta, os acionistas

ordinários esperam receber dividendos adequados e, em

última instância, obter ganhos de capital.

Page 22: Custo de Capital

• O capital acionário de uma empresa pode ser fechado, quando pertence a um único indivíduo ou a um pequeno grupo de investidores, ou aberto, quando pertence a um grupo amplo de investidores.

• Geralmente, as pequenas empresas são sociedades de capital fechado e, quando suas ações são negociadas na bolsa, isso ocorre com pouca freqüência e em quantidades limitadas.

• As empresas grandes costumam ser de capital aberto e suas ações são ativamente transacionadas nas principais bolsas de valores.

Page 23: Custo de Capital

Custo de capital próprio

•Existem duas modalidades de financiamento com capital

próprio: retenção de lucros e novas emissões de ações

ordinárias.

•Além disso, há duas maneiras diferentes de estimar o custo de

capital próprio: qualquer forma do modelo de avaliação com

crescimento constante e o modelo de formação de preços de

ativos (CAPM).

•Os modelos de avaliação com crescimento constante baseiam-

se na premissa de que o valor de uma ação é determinado pelo

valor presente de todos os dividendos futuros.

Page 24: Custo de Capital

Custo de capital próprio

kS = (D1/P0) + g

kS = RF + b(kM – RF)

•Usando o modelo de crescimento constante, temos:

•Também podemos estimar o custo de capital próprio

usando o CAPM:

• O CAPM difere dos modelos de avaliação com

crescimento constante no sentido de que considera

explicitamente o risco da empresa, refletido em seu beta.

Page 25: Custo de Capital

Custo de capital próprio

• Por outro lado, os modelos de avaliação com crescimento

constante não consideram o risco explicitamente.

• Esses modelos usam o preço de mercado (P0) como reflexo

das preferências por risco e retorno dos investidores no

mercado.

• Embora os dois enfoques sejam teoricamente equivalentes,

os modelos de avaliação com crescimento constante

costumam ser preferidos porque os dados são de mais fácil

obtenção

Page 26: Custo de Capital

• Os dois métodos também diferem no sentido de que os

modelos de avaliação com crescimento constante (ao

contrário do CAPM) podem ser facilmente ajustados por

custos de lançamento ao se estimar o custo de novas ações

ordinárias.

• Isso será demonstrado nos exemplos a seguir.

Custo de capital próprio

Page 27: Custo de Capital

Custo de capital próprio

Enfoque da linha de mercado de títulos

Custo de lucros retidos (kE)

kS = RF + b(kM – RF)

Por exemplo, caso a taxa da letra do Tesouro de três meses seja atualmente igual a 5%, o prêmio por risco do mercado seja de 9% e o beta da empresa seja igual a 1,20, o custo de lucros retidos da empresa será:

kS = 5 + 1,2(9) = 15,8%

Ks = Retorno ExigidoRf = Taxa de retorno livre de riscoβ = Indicador de risco não diversificávelKm = Retorno do mercado, retorno da carteira de ativos

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Modelo de crescimento constante de dividendos

Custo de novas ações ordinárias (kn)

kn = [D1/(P0 – F)] + g = D1/Nn – g

Custo de capital próprio

Capital Próprio – As ações ordinárias da empresa estão atualmente cotadas a R$ 80,00 por unidade. A empresa espera pagar dividendos em dinheiro R$ 6,00 por ação no próximo ano. Os dividendos da empresa têm crescido a uma taxa anual de 6% e espera-se que essa taxa continue no futuro. Para serem vendidas, as ações precisariam sujeitar-se a um underpricing (venda a um preço inferior a seu preço corrente de mercado) de R$ 4,00 por ação e são previstos custos de lançamento de R$ 4,00 por ação. A empresa é capaz de vender um volume ilimitado de novas ações ordinárias nesses termos.

Page 29: Custo de Capital

A Empresa espera obter lucro retidos de R$ 225.000,00, disponíveis no próximo ano. Esgotados esses lucros, recorrerá à emissão de novas ações ordinárias como forma de obtenção de capital próprio.

Custo marginal ponderado de capital (CMgPC)

Determinação dos pontos de quebra

PQcapital próprio = $ 225.000,00/0,45 = R$

500.000,00Isso significa que a empresa pode financiar investimentos de até $ 225.000 mil antes de ser obrigada a emitir novas ações e de até $ 500.000 mil antes de ser obrigada a obter capital de terceiros mais caro.

Com essas informações, pode-se calcular o CMgPC da seguinte maneira:

Page 30: Custo de Capital

Usando os custos anteriormente calculados, juntamente com os pesos de valor de mercado, podemos calcular o custo médio ponderado de capital da seguinte maneira:

CMPC = 0,4(5,67%) + 0,1(9,62%) + 0,5 (15,8%)

= 11,13%

Isso pressupõe que a empresa tem lucros retidos suficientes para financiar quaisquer projetos de investimento esperados.

Pesos da estrutura de capital

CMPC = ka = wiki + wpkp + wskr ou n

Page 31: Custo de Capital

Basicamente podem ser identificadas duas grandes linhas de pensamento: Teoria Convencional

Teoria de Modigliani e Miller – MM

Page 32: Custo de Capital

Essa teoria admite que, mediante uma combinação adequadas de suas fontes de financiamento, uma empresa possa definir um valor mínimo para seu custo total de capital. Em outras palavras, é alcançar estrutura ótima de capital, na qual minimizaria seu custo de capital (WACC) e maximizaria a riqueza de seus acionistas.

P = Recursos TerceirosPL = Recursos PrópriosKe = Custo de capital próprioKi = Custo de capital de terceiroK0 = Custo de próprio – se a empresa fosse financiada somente por capital próprio;WACC – custo de capital totalda empresa (custo médio ponderado)

Custos(%)

Risco Financeiro

P/PL

Ke

Ki

WACC

Page 33: Custo de Capital

Em, resumo pode-se afirmar que a Teoria Convencional admite que a empresa pode elevar seu endividamento até certo “ponto ótimo”, onde o valor do WACC (custo médio ponderado) é mínimo. A medida em que o endividamento (P/PL) começa a aumentar, o custo de capital próprio (Ke) e o custo de capital de terceiros (Ke) também se elevam em função de uma presença crescente de risco financeiro associado ao passivo da empresa.

Page 34: Custo de Capital

Esses teóricos, são contrários a Teoria Convencional, o custo total de capital de uma empresa é independente de sua estrutura de capital. Admitem os autores que não existe um estrutura ótima; WACC e, conseqüentemente, o valor da empresa, permanecem inalterados qualquer que

seja proporção de recursos de terceiros e próprios. Custos

(%)

Risco Financeiro

P/PL

Ke

Ki

WACC

Page 35: Custo de Capital

A Teoria de MM, O valor da empresa é medido pelo valor de seus ativos reais e não pela repartição de seus fluxos financeiros entre acionistas e credores; O valor de mercado de uma empresa independe da forma como é financiada.

Para o acionista da empresa, qualquer estrutura de capital não é pior ou melhor em um mercado de capital perfeito.

Page 36: Custo de Capital

Faixas de Fonte de Custo

financiamento novo capital Peso Custo ponderado

$ 0 a $ 2,5 milhões Capital de terceiros40% 5,67% 2,268%

Ações preferenciais10% 9,62% 0,962%

Ações ordinárias50% 15,80% 7,900%

CMPC 11,130%

$ 2,5 a $ 4 milhões Capital de terceiros40% 7,00% 2,800%

Ações preferenciais10% 9,62% 0,962%

Ações ordinárias50% 15,80% 7,900%

CMPC 11,662%

mais de $ 4 milhõesCapital de terceiros40% 7,00% 2,800%

Ações preferenciais10% 9,62% 0,962%

Ações ordinárias50% 16,00% 8,000%

CMPC 11,762%

CPMC para faixa de financiamento novo

Page 37: Custo de Capital

Custo marginal e decisões de investimento

$ 2,5 $ 4 Financiamento total (milhões)

11,75%

11,25%

11,50%

CMPC11,76

%

11,66%

11,13%