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CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR DOS PRODUTORES INDEPENDENTES REGIÃO CENTRO-SUL SAFRA 2018/2019

CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR DOS ......arrendamento (t/ha), para fins de cálculo do custo de remuneração da terra; ii) custos absolutos dos principais estágios de produção,

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CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR DOS PRODUTORES INDEPENDENTES

REGIÃO CENTRO-SULSAFRA 2018/2019

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RECUPERAÇÃO

GESTÃO DE CUSTOSSUCROENERGÉTICOS

GESTÃO ECONÔMICAPARA PROJETOSBOLETIM DE INSUMOS

Publicação de análises de insumos, mercado, produção, panorama e clima do setor sucroenergético.

ASSESSORIA

Diagnóstico tributário (PIS, COFINS, ICMS, IRF, IPI, PCC, IRPJ, CSLL E IRRF), englobando a análise da composição da base de cálculo para fins de incidência cumulativa e à apuração dos créditos da apuração não cumulativa; Diagnóstico previdenciário referente à Contribuição Previdenciária Patronal, RAT/FAP, Terceiros e CPRB; Reduzir custos através de Diagnóstico de Readequação de Apurações às recentes alterações na legislação e novas interpretações proferidas.

Análises de viabilidade técnica e econômica de investimentos; Avaliação e análise de performance de atividades agropecuárias; Gestão assistida e rating de custos de produção; Assessoria em fusões e aquisições (M&A) e Due diligence; Projeção e construção de cenários para preços, custos e rentabilidade; Modelagem e redimensionamento de sistemas agroindustriais; Análises de benchmarking e indicadores estratégicos das cadeias produtivas do agronegócio.

SUCROENERGÉTICO

ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO

FINANCEIRO NO SETOR

Apresenta conceitos, técnicas e ferramentas que permitem a gestão do capital de giro e o planejamento orçamentário através das melhores práticas financeiras

Apresenta o panorama do setor sucroenergético; Análises inéditas dos levantamentos de custos realizados junto com às usinas e as perspectivas de produçãoe comercialização de açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil e no mundo.

CURSOS E WORKSHOPS

EVENTOS

O curso apresenta ferramentas aplicáveis no dia a dia das atividades de planejamento e gerenciamento financeiro no setor sucroenergético, além de conceitos e metodologias de custos de produção e análise de projetos. O aluno também desenvolve exercícios aplicados aos respectivos temas.

Apresenta conceitos de planejamento e dimensionamento de frotas; mensuração de custos das operações ou do sistema como um todo; análises de sensibilidade e cenários, visando identificar quais são os parâmetros de maior impacto no sistema de produção, auxiliando em tomadas de decisão.

SUCROENERGÉTICO

GESTÃO DE CUSTOS DEPRODUÇÃO NO SETOR

Apresenta conceitos baseados na metodologia doPECEGE visando mensurar, monitorar, reduzir e gerircustos de produção objetivando a otimização dos lucros,nas modalidades presencial e in company

Conheça o sistema de produção de cana-de-açúcar por meio de inovações tecnológicas que permitem alcançar maiores índices de produtividade e rentabilidade de forma ambientalmente sustentável

(focado em cana-de-açúcar e grãos)

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RECUPERAÇÃO

GESTÃO DE CUSTOSSUCROENERGÉTICOS

GESTÃO ECONÔMICAPARA PROJETOSBOLETIM DE INSUMOS

Publicação de análises de insumos, mercado, produção, panorama e clima do setor sucroenergético.

ASSESSORIA

Diagnóstico tributário (PIS, COFINS, ICMS, IRF, IPI, PCC, IRPJ, CSLL E IRRF), englobando a análise da composição da base de cálculo para fins de incidência cumulativa e à apuração dos créditos da apuração não cumulativa; Diagnóstico previdenciário referente à Contribuição Previdenciária Patronal, RAT/FAP, Terceiros e CPRB; Reduzir custos através de Diagnóstico de Readequação de Apurações às recentes alterações na legislação e novas interpretações proferidas.

Análises de viabilidade técnica e econômica de investimentos; Avaliação e análise de performance de atividades agropecuárias; Gestão assistida e rating de custos de produção; Assessoria em fusões e aquisições (M&A) e Due diligence; Projeção e construção de cenários para preços, custos e rentabilidade; Modelagem e redimensionamento de sistemas agroindustriais; Análises de benchmarking e indicadores estratégicos das cadeias produtivas do agronegócio.

SUCROENERGÉTICO

ORÇAMENTO E PLANEJAMENTO

FINANCEIRO NO SETOR

Apresenta conceitos, técnicas e ferramentas que permitem a gestão do capital de giro e o planejamento orçamentário através das melhores práticas financeiras

Apresenta o panorama do setor sucroenergético; Análises inéditas dos levantamentos de custos realizados junto com às usinas e as perspectivas de produçãoe comercialização de açúcar, etanol e bioeletricidade no Brasil e no mundo.

CURSOS E WORKSHOPS

EVENTOS

O curso apresenta ferramentas aplicáveis no dia a dia das atividades de planejamento e gerenciamento financeiro no setor sucroenergético, além de conceitos e metodologias de custos de produção e análise de projetos. O aluno também desenvolve exercícios aplicados aos respectivos temas.

Apresenta conceitos de planejamento e dimensionamento de frotas; mensuração de custos das operações ou do sistema como um todo; análises de sensibilidade e cenários, visando identificar quais são os parâmetros de maior impacto no sistema de produção, auxiliando em tomadas de decisão.

SUCROENERGÉTICO

GESTÃO DE CUSTOS DEPRODUÇÃO NO SETOR

Apresenta conceitos baseados na metodologia doPECEGE visando mensurar, monitorar, reduzir e gerircustos de produção objetivando a otimização dos lucros,nas modalidades presencial e in company

Conheça o sistema de produção de cana-de-açúcar por meio de inovações tecnológicas que permitem alcançar maiores índices de produtividade e rentabilidade de forma ambientalmente sustentável

(focado em cana-de-açúcar e grãos)

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AFOPORTOAssociação dos

fornecedores de cana de Porto Feliz

ALFOCIGAssociação dos lavradores

e fornecedores de cana de Igarapava

STBOAssociação dos

fornecedores de cana de Santa Bárbara D’ Oeste

APOIO

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COORDENAÇÃO

Daniel Yokoyama Sonoda

Haroldo José Torres da Silva

João Henrique Mantellatto Rosa

Pedro Valentim Marques

EQUIPE TÉCNICA

Contato: [email protected]

Beatriz Ferreira

Fernanda Latanze Mendes Rodrigues

Guilherme Oliveira Vieira

João Marcos Meneghel de Moraes

Juliana de Oliveira Hello

Juliano Mantellatto Rosa

Luis Fernando Fernandes

Oscar Tanaka

Veronica Martins Costa de Oliveira

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PECEGE. Custos de produção de cana-de-açúcar dos produtores independentes: Região Centro-Sul – Safra 2018/2019. Piracicaba: Instituto de Pesquisas e Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas.

© 2019 PECEGETodos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.

A responsabilidade pelos direitos autorais de texto e imagens desta obra são dos autores.

GESTÃO ADMINISTRATIVA

Juliana Rozão

Leonardo Stephanin

MÍDIAS ELETRÔNICAS/B2B

Cláudia Kelly Neves Martins

Glauber dos Santos

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Raoni Yoshiro Sato Teixeira

Rodrigo Iwata Fujiwara

REVISÃO

Angelina Cortelazzi Bolzam

Maria Alejandra Moreno Pizani

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Sumário1. Introdução 7

2. Resultados 8

2.1 Indicadores técnicos de produção 8

2.2 Custos por estágio de produção 11

2.3 Custos de produção e lucratividade 14

3. Considerações Finais 18

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1. Introdução

O Pecege Projetos apresenta o relatório de Custos de Produção de Cana-de-açúcar dos Produtores Independentes da Região Centro-Sul para a Safra 2018/19. Desenvolvido em

parceria com a Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o projeto tem por objetivo gerar informações ao setor sucroenergético, em especial, aos produtores de cana, de forma a auxiliá-los em suas práticas de gestão.

Na safra 2018/19, a amostra contemplou 39 regiões produtoras (Figura 1), distribuídas em 6 diferentes estados que, juntos, definem o Centro-Sul canavieiro. O levantamento das informações foi realizado a partir de painéis, os quais consistem em reuniões com grupos de produtores, de modo a definir as características técnicas e econômicas do sistema de produção típico da região em questão. Ressalta-se, portanto, que as informações deste documento não refletem, necessariamente, as particularidades individuais de cada produtor, devendo ser entendido como um panorama regional de custos, estando sujeito, portanto, a uma margem de erro amostral.

Figura 1. Regiões participantes do levantamento de custos de produtores na safra 2018/19

Figura 2. Produção de ATR (t/ha) por região Fonte: Pecege/Orplana/CNA

Figura 1. Regiões participantes do levantamento de custos de produtores de cana-de-açúcar na safra 2018/19

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2. Resultados

O s resultados do trabalho são apresentados em três tópicos: i) indicadores técnicos de produção, sendo evidenciados: área (ha), número típico de cortes (n), produção (t), qualidade

da matéria-prima – ATR (kg/t), produtividade (t/ha e kg/t) e, quantidade paga em contratos de arrendamento (t/ha), para fins de cálculo do custo de remuneração da terra; ii) custos absolutos dos principais estágios de produção, desde a formação do canavial até a colheita, além de desembolsos não explícitos, como a depreciação e o custo de capital. Todos os valores foram expressos em R$/ha, com exceção da colheita, em R$/t; iii) custos de produção por tonelada de cana produzida, sendo realizadas as devidas ponderações em função do ciclo produtivo.

2.1 Indicadores técnicos de produção

Na Tabela 1 são apresentados os indicadores de produção mais relevantes para a determinação dos custos e os valores mostraram-se bastante distintos entre as regiões. No que se refere a escala de produção, nota-se que a tendência foi que os produtores da fronteira canavieira, que compreende os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, apresentaram maiores áreas em produção, com média de 700 ha. Um registro 75% superior aos produtores das regiões tradicionalmente produtoras, São Paulo e Paraná, com valor médio de 400 ha. A única exceção foi a região de Lençóis Paulista, SP, caracterizada por uma produção integrada às unidades industriais da região, concentrando a atividade em poucos produtores e resultando em uma área média de 6,3 mil ha.

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Em termos de produtividade, o indicador de maior relevância ao produtor de cana foi a quantidade de ATR produzida na área (t/ha), afinal, é a partir dela que o produtor é remunerado. Determinado pela relação da produtividade (t/ha) com a qualidade (kg/t), tal indicador é ilustrado por região na Figura 2. A amplitude da produtividade foi significativa, com registros variando no intervalo de 8,4 a 12,8 ATR t/ha.

Em uma análise mais detalhada, o parâmetro de maior impacto nesta relação foi a produtividade agrícola (t/ha), cujos valores variaram de 65 a 96 t/ha, resultando em um desvio padrão de 8 t/ha e um coeficiente de variação (CV) de 10%, enquanto que a qualidade da matéria-prima variou de forma menos expressiva, com média de 135 kg/t, desvio padrão de 4 kg/t e CV de 3%. Vários fatores contribuíram para as diferentes produtividades, mas, a safra 2018/19 apontou como protagonista as questões climáticas – dada a irregularidade nas chuvas e falta de investimento nos canaviais.

Figura 2. Produção de ATR (t/ha) por região, safra 2018/19Fonte: Pecege/Orplana/CNA

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Outro indicador relevante para determinação dos custos de produção foi a quantidade paga (t/ha) em contratos de arrendamento ou pa rceria agrícola, tal como apresentado na Figura 3. Ressalta-se que, ainda que o fornecedor não produza a cana em área própria, a consideração de tal parâmetro faz-se necessária para a determinação do custo de oportunidade da terra. A região médio-norte do estado, especialmente o “cinturão Preto” – determinado pelas áreas em torno de Ribeirão Preto, SP e São José do Rio Preto, SP, foi a que apresentou os maiores valores negociados, com valores acima das 20 t/ha. Esse elevado patamar de valores dá-se em função, principalmente, da concentração de usinas na região, pressionando a competição por terras e matéria-prima.

À medida em que se afasta do médio-centro de São Paulo, houve uma tendência de diminuição dos valores praticados nos contratos de arrendamento ou parceria agrícola, de modo que os outros estados – exceto as amostras no Estado do Paraná, que também apresentaram registros significativos em função da competição com outras culturas, em especial grãos – apontaram para menores valores, com média de 13 t/ha. Relacionando-se as quantidades estabelecidas em t/ha, com as respectivas qualidades para fins de parceria agrícola – em geral, 121,97 kg ART/t e, preço vigente do CONSECANA/SP, que na safra 2018/19 foi de R$ 0,5826/kg ATR, tem-se que o “preço da terra” (para fins de remuneração e não valor comercial) ficou compreendido no intervalo de R$ 568,00 a R$ 1.767,00/ha.

2.2 Custos por estágio de produção

Na Tabela 2 são apresentados os principais componentes que formam o custo de produção de cana-de-açúcar, em R$/ha, exceto o estágio de colheita que, dado as características, é expresso em R$/t. Ressalta-se ainda que os valores foram absolutos, portanto, sem qualquer amortização no ciclo produtivo.

Figura 3. Quantidades (t/ha) pagas em contratos de arrendamento na região Centro-Sul, safra 2018/19

Fonte: Pecege/Orplana/CNA

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A respeito dos resultados, algumas considerações:

• Formação do canavial : resultado da somatória dos custos com preparo de solo, plantio – incluso muda – e tratos culturais da cana planta, o indicador representou o valor desembolsado pelo produtor na renovação do canavial que, na safra 2018/19, foi, em média R$ 7.114,00/ha. Ressalta-se ainda a significativa amplitude de registros, com valores entre R$ 5.539,00 e R$ 9.214,00, reflexo das diferentes práticas e tecnologias de produção adotadas pelos produtores.

• Tratos culturais de cana soca : média de R$ 1.877,00/ha, com registros entre R$ 1.260,00 e R$ 2.550,00/ha, destacando-se, assim como os custos de plantio, para a alta variabilidade do indicador. O investimento realizado nos tratos da soqueira é um dos fatores determinantes para bons números de produtividade. Neste sentido, a região de fronteira de produção de cana (GO/MG/MT/MS), em geral, apresentou maiores investimentos quando comparado aos estados tradicionalmente produtores, justificando maiores níveis de produtividade (Figura 4).

• Colheita : foi o estágio de produção de menor variabilidade quando comparado aos demais, concentrando valores em torno de R$ 33,00/t e com variação +/- R$ 3,00/t, considerando um raio médio de 25 km.

• Administrativo : as despesas administrativas variaram entre R$ 216,00 e R$ 845,00/ha, com média de R$ 433,00/ha. A grande variação foi relacionada, sobretudo, à escala produção, de modo que a produção de menores produtores tende a ser relativamente mais onerosa por custos desta natureza.

Figura 4. Produtividade agrícola (t/ha) em função do investimento em tratos culturais de cana soca (R$/ha) na região

Centro-Sul, safra 2018/19

Fonte: Pecege/Orplana/CNA

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• Arrendamento /Terra : O custo do arrendamento ou da remuneração da terra – este no caso da produção em área própria – foi mais expressivo para os estados de São Paulo e Paraná, cujo valor médio foi de R$ 1.380,00/ha e, passando dos R$ 1.800,00/ha em regiões de maior competividade. Na fronteira de produção, por sua vez, os valores praticados mostraram-se menores, com registros concentrados abaixo dos R$ 1.000,00/ha.

• Depreciação: Os valores com depreciação referem-se a perda de valor dos maquinários, implementos e benfeitorias dedicadas a produção de cana-de-açúcar, não sendo incluído nesta rubrica a exaustão do canavial. O maior valor observado foi de R$ 773,00/ha, em oposição ao menor de R$ 48,00/ha. Essa amplitude evidenciou a diferença entre os fornecedores de cana-de-açúcar na imobilização de ativos, em especial, em máquinas e implementos agrícolas, imperando a intensa participação de terceiros, enquanto prestadores de serviços – em alguns casos, as operações mecanizadas, tal como CTT (Corte, Transbordo e Transporte), realizada pela unidade industrial.

• Remuneração do Capital : Trata-se da remuneração dada ao capital independentemente da fonte de financiamento, isto é, se provém de capital próprio ou de terceiros. Na safra 2018/19, em média, a remuneração do capital por hectare foi de R$ 499,00, compreendendo a remuneração dada ao capital fixo, bem como ao financiamento do capital de giro na implantação da lavoura.

2.3 Custos de produção e lucratividade

Relacionando os custos apurados por estágio produtivos com os indicadores de produção, ambos apresentados anteriormente (Tabela 2) e, considerando-se a exaustão da lavoura, dado o cultivo semi-perene, obtém-se os custos por tonelada produzida (Figura 5). Na safra 2018/19, o custo médio de produção de cana pelo produtor independente foi de R$ 103,80/t, com registros variando entre R$ 83,00 e R$ 125,00/t, revelando uma amplitude significativa em termos de eficiência econômica de produção.

Em termos de proporcionais, o estágio colheita, com valor médio de R$ 33,20/t, foi o de maior expressão, correspondendo a 32% do custo total de produção. Neste sentido, sob a ótica de gestão de custos, foi o segmento de maior atenção ao produtor de cana. Seguindo nesta linha de raciocínio, o posto de “segundo lugar” na relevância de custos foi dividido por dois segmentos, tratos soca (R$ 20,00/t) e arrendamento da terra (R$ 19,00/t), com participação individual em torno de 20%.

Alguns produtores têm uma visão econômica de sua atividade, a partir do que denominamos de “modelo iceberg de custo de produção”. Neste caso, o produto não leva em conta a depreciação dos ativos, a remuneração do capital e, se produz em área própria, tampouco o custo de oportunidade da terra. Considerando os valores da Figura 5, tem-se um custo médio de R$ 75,60/t e uma percepção superestimada de rentabilidade da atividade. Desta forma, é importante comentar que a análise do custo de produção deve considerar a remuneração de todos os fatores de produção (terra, trabalho e capital) e não a confundir com um diagnóstico de fluxo de caixa.

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Em relação aos investimentos para a formação do canavial, estes quando exauridos no ciclo de produção representaram cerca de 16% do custo total de produção. Neste aspecto, é válido ressaltar a busca pela longevidade do canavial, determinante para diluição dos custos de implantação do canavial. Dessa maneira, a atividade de produção de cana-de-açúcar deve priorizar dois aspectos centrais: i) produtividade agrícola, em ATR t/ha, pois os custos são sobremaneira fixos, de forma que a produtividade funciona como a alavancagem operacional da atividade, isto é, na diluição dos custos fixos e ii) longevidade do canavial, em número de cortes, de forma a reduzir a participação da exaustão do canavial no custo total de produção.

No que se refere aos preços praticados na comercialização da cana-de-açúcar, o valor médio foi de R$ 78,00/t (linha vermelha da Figura 6), determinado (exceto os painéis do PR) pela relação entre o preço do CONSECANA-SP – cujo valor de fechamento foi R$ 0,5826/kg de ATR – e a qualidade obtida, em média, 135 kg/t. Inclusive, dado a variação deste indicador, os registros de preços por tonelada ficaram entre R$ 74,00 a R$ 83,00, revelando a importância na qualidade na precificação da matéria-prima. Cabe ressaltar que, para fins de padronização metodológica, não foram consideradas quaisquer bonificações obtidas pelos produtores junto as usinas ou formas alternativas de remuneração, como a fixação do ATR em conjunto à isenção dos custos de colheita.

Figura 3. Composição do custo médio de produção de cana-de-açúcar dos produtores independentes na safra 2018/19

Fonte: Pecege/Orplana/CNA

Figura 5. Composição do custo médio de produção de cana-de-açúcar dos produtores independentes na região Centro-Sul,

safra 2018/19

Fonte: Pecege/Orplana/CNA

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Relacionando os preços praticados com os custos de produção, tem-se um patamar de preço inferior ao custo de produção da matéria-prima. Além disso, destaca-se a amplitude dos registros de custos (Tabela 3), com variação de 50% entre o produtor mais eficiente (R$ 83,00/t) e o menos eficiente (R$ 125,00/t), o que foi determinado, principalmente (e não exclusivamente, afinal, existem diferentes realidades de produção), pela produtividade de ATR t/ha observada, que apresenta os resultados por quadrantes (Figura 6), m que se nota que 2/3 dos registros estão nos quadrantes superiores, acima dos R$ 100,00/t.

Ainda que haja esta distribuição, evidencia-se ao fato de nenhuma região produtora apresentar custos menores que os preços praticados, levando a conclusão de prejuízo econômico ao produtor de cana na safra 2018/19. Ressalta-se que não foram inclusas nestas análises eventuais bonificações estabelecidas entre usinas e produtores, práticas estas que, dadas as evidências, vem se tornando fundamentais a sobrevivência no produtor de cana, regendo uma nova formação de negociação: “CONSECANA mais alguma coisa”.

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independentes da região Centro-Sul, safra 2018/19

Fonte: Pecege/Orplana/CNA

Nota: % representa a proporção da amostra

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projetos18

3. Considerações Finais

A safra 2018/19 foi marcada pela queda de produtividade agrícola (t/ha) em função da intensa seca que assolou as principais regiões produtoras de cana-de-açúcar no início da safra –

cerca de 120 dias sem chuvas em algumas áreas, com destaque para São José do Rio Preto, SP, São Carlos, SP e Ribeirão Preto, SP. A queda de produtividade contribuiu para pressionar os custos de produção. Adicionalmente, a elevação do preço do diesel, dos pneus, dos fertilizantes e dos defensivos agrícolas impactam na formação de custos dos produtores.

Neste contexto, é evidente que os custos agrícolas são o principal desafio do setor sucroenergético brasileiro e, apesar da condição financeira difícil, os produtores precisam manter os esforços para a redução de custos e ampliação da eficiência produtiva. A robustez e geração de caixa estarão associadas a operações mais eficientes e custos de produção mais baixos, embora o processo de ajuste da curva de custos seja lento, uma vez que o ciclo da cana-de-açúcar é longo.

Num cenário de custos de produção crescentes, é imperativo a busca por produtividade, bem como a definição de mecanismos entre produtores e indústrias (usinas) para incremento da remuneração da cana-de-açúcar. Esses mecanismos devem primar pela maior eficiência e sinergia na cadeia da cana-de-açúcar, tal como o prêmio associado à qualidade da matéria-prima - fator de qualidade criado para valorizar a cana-de-açúcar pela melhor pureza do caldo, a qual gera maior rendimento em produto final na indústria.

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