Custos logísticos - discussão sob uma ótica diferenciada

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    CUSTOS LOGSTICOS: DISCUSSO SOB UMA TICA DIFERENCIADA

    Resumo

    A Logstica, atualmente, considerada relevante, em muitos segmentos denegcio, por seus custos, pelas oportunidades de otimizao dos mesmos e pelosimpactos na apurao de valor econmico, que podem resultar em aperfeioamentodo processo logstico. Este artigo tratou a respeito dos custos logsticos, seuselementos na gesto da Logstica Empresarial, associados aos fatores fsicosdeterminantes de custos, aos macroprocessos existentes (abastecimento, planta edistribuio) e das cadeias logsticas que os compem. O princpio objetivo foi o deordenar, de forma diferenciada, a discusso sobre o tema central que vem sendocomentado na literatura de Logstica e evidenciar as informaes de custos quedeveriam ser geradas pela Controladoria no suporte gesto da LogsticaEmpresarial. O propsito da estruturao realizada, para ordenar a discusso sobreos elementos de custos logsticos, foi buscar a abrangncia na viso desses custos,e no aprofundar / detalhar a discusso sobre cada um deles.

    rea Temtica

    6 Gesto de Custos Logsticos e nas Cadeias Produtivas

    Ana Cristina de Faria Srgio Rodrigues BioUniversidade So Judas Tadeu Universidade So Paulo

    [email protected]

    Lo Tadeu Robles

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    CUSTOS LOGSTICOS: DISCUSSO SOB UMA TICA DIFERENCIADA

    1. Introduo

    A Logstica uma atividade que tem origem remota. O estrategista militar,muito antes dos executivos tomarem conscincia da real dimenso da Logstica nomeio empresarial, a utilizava para movimentar exrcitos, travar batalhas e alcanarvitrias.

    Aps o perodo da Segunda Grande Guerra, com a evoluo conseguida pelavertente militar e do posterior boomdo marketing, foi publicado em 1962 o artigo dePeter Drucker The Economys Dark Continent citado pela Sociedade Portuguesade Inovao (2003), em que o autor considerou a Logstica como a face obscura daeconomia, verdadeiro territrio por explorar e a ltima fronteira da gesto.

    Logstica um conceito em constante evoluo, atrelado busca de ganhosde competitividade e nveis de custos reduzidos, em funo do desafio global e danecessidade de agir de modo rpido frente s alteraes ambientais. At h poucotempo era, essencialmente, associada a transporte e armazenagem, passando a sercombinada, tambm, com outras atividades, tais como: Marketing, Suprimentos eAtendimento ao Cliente. Era uma atividade considerada como funo de apoio, novital ao sucesso dos negcios e, em uma velocidade impressionante, estapercepo vem sendo alterada em direo ao reconhecimento da Logstica comoelemento estratgico.

    Ao longo dos anos, vrios estudos foram realizados para determinar arelevncia dos custos logsticos, em relao economia como um todo e sempresas individuais. Em seu 12th Annual State of Logistics, Wilson e Delaney(2003), consultores da Cass Information Systems Inc., que acompanham os custoslogsticos americanos desde 1973, apresentam que os custos logsticos americanoscaram de 16,1% doProduto Interno Bruto - PIB, em 1980, para 9,5% em 2001.

    Na Gazeta Mercantil Latino Americana (2001), Carlos Schad, Diretor da

    Agncia de Desenvolvimento Tiet-Paran - ADTP, comentou que, no Brasil, osinvestimentos em Logstica crescem, em mdia, 20,0% ao ano desde 1996.Conforme revelam estudos realizados pela ADTP - publicados no referido jornal, aLogstica movimenta US$ 105 bilhes por ano no Brasil, o que corresponde a cercade 18,0% do PIB nacional.

    Neste artigo, esto sendo chamados de custos logsticos, o que a Teoria daContabilidade segrega em custos e despesas. Os custos so gastos relacionadosaos sacrifcios ocorridos nos processos produtivos e as despesas, gastos incorridosno esforo de obter receitas.

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    Os custos logsticos, segundo o Institute of Management Accountants- IMA(1992), em um statement sobre o gerenciamento de custos logsticos so oscustos de planejar, implementar e controlar todo o inventrio de entrada(inbound), em processo e de sada (outbound), desde o ponto de origem at oponto de consumo.

    Esta conceituao considera os custos logsticos como aqueles em que aempresa incorre ao longo do fluxo de materiais e bens, dos fornecedores fabricao (Logstica de Abastecimento), nos processos de produo (Logstica dePlanta) e na entrega ao cliente, incluindo o servio ps-venda (Logstica deDistribuio), buscando a minimizao (ou otimizao) dos custos envolvidos e,garantindo a melhoria dos nveis de servio aos clientes.

    A tomada de decises logsticas oferece variadas possibilidades paraotimizar os resultados econmicos da empresa. O problema que se coloca, nessecontexto:

    A Controladoria, em seu papel na gesto de resultados empresariais, com

    seus sistemas de custos e contabilidade gerencial, fornece ao tomador de decisesinformaes em concordncia com as suas necessidades, atendendo a seuprocesso de raciocnio e deciso, no contedo, grau de detalhe, periodicidade,enfim, nos atributos que caracterizam uma informao gerencial eficaz?

    Assim, o objetivo deste trabalho foi ordenar as informaes de custoslogsticos relevantes para o processo de gesto da Logstica e que deveriam estarsendo geradas pela Controladoria.

    Alm desta Introduo, o texto est organizado em mais quatro tpicos: 2Metodologia Empregada em que est explicitada a metodologia adotada no

    desenvolvimento deste trabalho; 3 Os Custos Logsticos em que abordada aordenao desses custos de acordo com os elementos fsicos e os macroprocessosexistentes; 4 - Consideraes Finais sobre o assunto, bem como as RefernciasBibliogrficas que permeiam este artigo.

    2. Metodologia Empregada

    A metodologia utilizada no desenvolvimento deste artigo est restrita Pesquisa Bibliogrfica, que uma tcnica de aprofundamento terico, em buscade solues e novas concluses sobre problemas previamente definidos.

    Buscou-se um amplo levantamento de estudos existentes - em andamento noBrasil e no exterior - a partir de contatos com universidades, centros de pesquisa,revistas tcnicas especializadas, entidades, associaes temticas, fruns,seminrios e cursos especficos, etc. Para entender o estado da arte, foram revistasas obras de renomados autores disponveis nas principais instituies que abordamo tema Logstica e Custos Logsticos, tais como:

    Autores Fundamentais - Bowersox e Closs (2001), Lambert etal.(1998), Copacino (1997) e Reeve (1998), entre outros;

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    Entidades Especializadas - IMA (Institute of ManagementAccountants), CLM (Council of Logistics Management), IMAM (Instituto deMovimentao e Armazenagem de Materiais), Ernst & Young (Consultoria),Pricewaterhouse & Coopers(Consultoria ) e,

    Universidades - americanas, tais como Ohio, Penn State, Tennessee,Michigan, assim como brasileiras como Instituto Coppead de Administrao - UFRJ,FGV/SP, FGV/RJ, POLI/USP, Unicamp/SP, Universidade Federal de So Carlos/SP,Escola de Engenharia de So Carlos (USP), alm de peridicos especficos, artigose textos obtidos pela Internet.

    3. Custos Logsticos: Elementos Fsicos e Macroprocessos

    H poucos estudos e discusses sobre custos logsticos, dentro da linha deencarar-se o processo logstico como um todo, desde o abastecimento at a entregados produtos finais aos clientes. Reeve (1998) um dos poucos autores que sereferem ao conceito de custo total de entrega (Total Cost of Delivery), queprocuraria rastrear os custos desde o abastecimento at a distribuio aos clientes.

    De fato, segundo Faria (2003), questes prticas de identificao e coletados dados dos custos logsticos tornam muito difcil associar os custos ao longo dascadeias de abastecimento, produo e distribuio aos produtos entregues paradeterminar seu custo total. Por outro lado, o mais frequente a literatura sobrecustos logsticos (por sinal, escassa) tratar de segmentos da Logstica (distribuio,por exemplo), ou ainda, de determinados elementos ou operaes especficas, taiscomo: transporte areo, transporte rodovirio, armazenagem, embalagens e, assimpor diante. Desde logo, ento, estabelece-se uma pondervel dificuldade para umadiscusso ordenada sobre custos logsticos, dentro da linha de interpretao doprocesso logstico como um todo.

    Como abordar tais custos, de modo a considerar sua importncia relativa emdiferentes tipos de negcios, possibilitar gesto logstica tomar decises e aescapazes de via Logstica Integrada levar aos nveis de servio desejados aomenor custo total possvel, nas mais variadas situaes prticas em que seconfiguram as cadeias logsticas de abastecimento, planta e distribuio?

    Na aplicao do conceito de Logstica Integrada, a soluo tima aquelaque melhor atende equao nvel de servio timo / custo total mnimo .

    A Figura 1, explorada por Bio (2001) em palestra proferida no Centro dePesquisa em Logstica Integrada Controladoria e Negcios (Ncleo Logicon daFundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e Financeiras - FIPECAFI),ajuda a evidenciar este conceito:

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    P R O C E S S O SL O G S T I C O S

    N V E L D ES E R V I O

    C U S T OT O T A L

    Figura 1. Conceito de Logstica Integrada

    Copacino (1997) afirma que o conceito de custo total, chave da LogsticaIntegrada, baseado no inter-relacionamento dos custos de suprimentos, produoe distribuio. Lambert et al. (1998) reiteram que a anlise do custo total envolve aotimizao dos custos totais de transporte, armazenagem, inventrio,processamento de pedidos e sistemas de informao e do custo decorrentes delotes; ao mesmo tempo, tem como perspectiva os resultados econmicos como umsistema que se esfora para minimizar os custos totais, enquanto alcana umnvel desejado de servio ao cliente.

    Numa dada situao, por exemplo, a empresa incorre em custos logsticosmuito relevantes, acima de 20% das vendas. Em outra, estes custos podem serpouco significativos. Uma determinada empresa pode ter uma forte incidncia decustos logsticos de abastecimento sobre os materiais que utiliza, por seremimportados de diversos pases; enquanto para outra, esta condio pode serirrelevante do ponto de vista de custos logsticos, por se abastecer, sobretudo nomercado nacional. Certas empresas vendem somente para uma determinada regiodo mercado nacional, por um nico canal de distribuio; enquanto outras, exportamseus produtos e peas para vrios pases, alm de distribuir em todo o Pas pordiferentes canais.

    As situaes, evidentemente, so muito diversas. Os nveis de serviorequeridos ao menor custo total possvel (foco da Logstica Integrada) significam,portanto, desafios, resultados (e potenciais vantagens competitivas) diferenciadosem cada uma das diversas situaes descritas.

    No sentido de ordenar esta discusso sobre custos logsticos, procurou-seestabelecer um framework uma estrutura de raciocnio - que permitisse, de umlado, uma discusso dos custos relativos a cada elemento em si mesmo e, por outrolado, os associasse aos processos / cadeias logsticas.

    Os custos dos elementos e operaes fsicas logsticas, propriamente ditas,

    referem-se a: (1) embalagens e dispositivos de movimentao; (2) manuseio emovimentao de materiais no suporte s fbricas; (3) armazenagem e, (4)transporte. Estes so elementos comuns a qualquer processo logstico, quer setrate, por exemplo, da importao de componentes do abastecimento inter-plantas,da distribuio nacional de produtos ou de uma cadeia logstica de exportao.

    Cada um destes macroprocessos (abastecimento, planta e distribuio) estinserido, na prtica, em diferentes cadeias logsticas. Uma cadeia logstica, nosentido aqui empregado, uma seqncia de eventos e operaes fsicas que

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    cumprem com uma tarefa logstica completa; por exemplo, uma importao decomponentes eletrnicos da sia at entrega na fbrica em So Paulo.

    Os macroprocessos e as cadeias logsticas, em funcionamento, por sua vez,envolvem diferentes tipos de impostos e tributos (custos tributrios), implicam namanuteno de inventrios (custos de manuteno de inventrios), tm quesatisfazer aos nveis de servio comprometidos com os clientes, podendo ou noocasionar falhas, tais como paradas de produo por falta de materiais, entregaserradas ou com atrasos, etc.

    Na Figura 2, pode ser visualizada uma matriz entre elementos e operaesfsicas e cadeias logsticas, que foram utilizados como base para a ordenao emelhor entendimento da discusso sobre custos logsticos. Esta viso serdecomposta em outros quadros quando forem tratados os macroprocessosindividualmente.

    Custos nosMacroprocessos

    / CadeiasLogsticas(exemplos)

    Custos dos Elementos / Operaes Fsicas

    Embalagens edispositivos Transportes Armazenagem Movimentaes

    nas fbricas

    ABASTECIMENTO(Inbound)Fornecedores A

    Entregas JITImportao

    componentes sia

    PLANTAS (Processos)SubmontagensAbastecimento

    Linha A e Linha B

    DISTRIBUIO(Outbound)Distribuio

    Nacional - SudesteExportao

    Produtos- EuropaExportao CKD

    Custos Inerentes ao funcionamento das cadeias

    C u s t o sr e l a t iv o s

    T e c n o l o g i a d aI n f o r m a o

    C u s t o s d eM a n u t en o d e

    I n v e n t r i o

    C u s t o sT r i b u t r i o s

    C u s t o sd a s F a l h a s

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    Figura 2 Matriz de Custos Logsticos

    Numa discusso logstica, no entanto, o interesse no o de compreendercada elemento de forma isolada, mas sim, numa perspectiva de Logstica Integrada,a otimizao dos custos totais logsticos. Os custos dos referidos elementos,portanto, na prtica, devem ser analisados diante de alternativas de soluesintegradas, em mbito dos processos / cadeias logsticas. Portanto, em umasegunda dimenso, os custos logsticos destes elementos sero associados sLogsticas de Abastecimento, Planta e Distribuio.

    3.1 Custos dos Elementos / Operaes Fsicas de Logstica

    Inicialmente, foram categorizados os custos fsicos que so comuns aquaisquer cadeias, do abastecimento distribuio: embalagens e dispositivos demovimentao, manuseio e movimentao de materiais no suporte fabricao,armazenagem e transportes.

    3.1.1 Embalagens e Dispositivos de Movimentao

    Embalagens e dispositivos de movimentao so contenedores fsicos ondepeas/componentes so dispostos para movimentao, armazenagem, transporte,etc. Os custos de embalagens e dispositivos de movimentao englobam: matrias-primas, tais como, madeira, papelo, plstico, ao, ferro ou outros materiais, mo-de-obra e custos de pesquisa e desenvolvimento das embalagens. No fabricante, os

    custos ainda compreendem a depreciao dos equipamentos, impostos e a margemde lucro embutida no preo. Os trade-offs(trocas compensatrias) mais relevantesentre este e os demais elementos das cadeias ocorrem em relao ao transporte,armazenagem e manuseio e movimentao.

    3.1.2 Custos com Manuseio / Movimentao de Materiais e outrasoperaes logsticas de suporte fabricao

    Nas operaes logsticas de apoio manufatura so includos todos osmovimentos associados busca dos materiais nos almoxarifados, s sub-montagens realizadas no processo produtivo, ao abastecimento das linhas deproduo e a movimentao dos produtos para armazenagem. Seus custosenvolvem, principalmente, custos com o pessoal envolvido (mo-de-obraoperacional e de superviso), custos de manuteno e depreciao dosequipamentos de movimentao, custos de manuteno de inventrios em processoe de armazenagem.

    Novos conceitos e mtodos de produo / logsticos, entrega desubconjuntos por fornecedores prximos linha, produo "puxada" por pedidos,entregas JIT, etc., vm transformando prticas de Logstica de planta, exigindocuidadosa considerao de trade-offsde custos entre nveis de servio requeridos,transporte, nveis de inventrio, etc.

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    3.1.3 Custos de Armazenagem

    Define-se armazenagem como sendo o conjunto de atividades para manterfisicamente estoques, envolvendo questes referentes localizao,dimensionamento da rea, arranjo fsico, alocao dos estoques, projeto de docas econfigurao dos armazns, tecnologia de movimentao interna, estocagem esistemas. Nos custos de um armazm incluem-se, entre outros, custo de capitalinvestido; custos com pessoal envolvido (salrios e encargos sociais); custos deocupao (aluguel, impostos, seguros, energia eltrica, gua, telecomunicaes,segurana, limpeza, etc.); custos de manuteno dos ativos logsticos edepreciao de equipamentos de movimentao e instalaes.

    Os trade-offs ocorrem, principalmente, na interao logstica entrearmazenagem (nmero e localizao de armazns), transportes (rotas, distncias,carga completa xparcelada) e nveis de inventrio.

    3.1.4 Transportes

    O transporte envolve a movimentao de produtos do fornecedor para aempresa, entre plantas e da empresa para o cliente, estando eles em forma demateriais, componentes, subconjuntos, produtos semi-acabados, produtos acabadosou peas de reposio. Os custos de transportes, usualmente, constituem-se no

    principal componente dos custos logsticos e, muitas vezes, confundidos com eles.A prestao de servios de transporte envolve custos fixos elevados, dependendodo modal utilizado (transporte areo, martimo, e ferrovirio, principalmente) ecustos variveis (combustveis, pedgios e outros), principalmente relacionados relao volume x distncia (ton/km). o elemento logstico de mais freqenteoperao terceirizada. No Brasil, o modal rodovirio predomina, amplamente, sobreos demais modos.

    O custo de transporte requer cuidadosa considerao nos raciocnios daLogstica Integrada, pela sua importncia nos custos logsticos e pela multiplicidadede trade-offscom os demais custos logsticos. Por exemplo, a escolha de um modalde transporte com custos de frete menores, porm, com menor freqncia e maiortempo de viagem, resultando em maior custo de manuteno de inventrios.

    Finalizando a questo dos custos associados aos elementos e s operaesfsicas, os custos de embalagens, manuseio e movimentaes, armazenagem etransportes que so fatores fsicos determinantes de custos logsticos, estoassociados a diversas cadeias logsticas, bem como a outros elementos que sero,posteriormente, comentados.

    3.2 Custos Logsticos nos processos / cadeias logsticas deAbastecimento, Planta e Distribuio

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    Correlacionando os custos logsticos, vistos no tpico 3.1. a cada um dosmacroprocessos, com a devida considerao, adicionalmente, aos custos relativos manuteno dos inventrios, custos da tecnologia de informao empregada,efeitos tributrios e custos das falhas logsticas e, tambm, os custos decorrentesdos nveis de servio aos clientes. Isto porque: (1) os inventrios ocorrem ao longo

    de todas cadeias; (2) os custos das falhas mais significativas, quando em mbito deabastecimento/planta so relativos s paradas/perdas de produo, e, quando emmbito da distribuio significam vendas perdidas e, (3) os nveis de servioimpem exigncias do cliente/consumidor sobre a distribuio e das fbricas sobrea Logstica de Abastecimento.

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    3.2.1 Custos da Logstica de Abastecimento

    Conforme se observa no Quadro 1, a Logstica de Abastecimento engloba oscustos para colocar materiais (nacionais e importados) disponveis aos sistemaslogsticos e de produo, ou seja, traz-los dos fornecedores planta, utilizando

    tcnicas de estocagem, fluxo dentro dos canais de informaes, controle de custose produtividade. Suas principais questes esto relacionadas movimentao demateriais (embalagem e manuseio), ao processo de obteno de materiais econtrole de estoques em mltiplos locais (espao e sistemas de armazenagem).

    Conforme cita o Institute of Management of Accountants- IMA (1989), via deregra, os custos de obteno so incorporados aos materiais adquiridos. No Brasil,por exemplo, os fornecedores embutem em seu preo os custos associados embalagem, inventrio, expedio e transporte, quando da chegada dos materiaisna empresa compradora, dando incio s atividades da Logstica de Planta.

    O frete, por exemplo, um dos maiores problemas na identificao doscustos logsticos do Abastecimento, no Brasil. A maioria das empresas no tem ainformao do frete de compra segregada do valor do material e, quando estaexiste, encontra-se no sistema de Suprimentos, pois, muitos materiais soadquiridos com preos negociados, incluindo o valor de frete e seguros dependendoda negociao. Nos EUA, conforme afirmam Bowersox e Closs (2001), os fretes decompra so tratados como despesas dedutveis no resultado do perodo.

    Qual a importncia dessa informao para os gestores de Logstica?

    Uma das alternativas para o reconhecimento do valor do frete de compra aimplantao do Milk run na obteno dos materiais, podendo indicar que hajadesconto no custo do material a ser compensado por aumento no custo detransporte (trade-off), mas, pode-se economizar na consolidao da carga e na

    reduo de inventrio.O Milk Run um sistema de coleta e entrega de materiais que os clientes, no

    intuito de reduzir seus custos, renegociam com os fornecedores seus preos;assumindo que, ao invs do fornecedor entregar o material no cliente, o clienteresponsabilizar-se- pelo frete e, ir buscar o material no fornecedor. No Milk Run, aempresa compradora ganha na otimizao de rotas e consolidao das cargas dosfornecedores, assegurando seu fluxo de materiais. As vantagens so: reduo deinventrio, reduo na movimentao do material, eliminao de desperdcios,aumento no controle e na disciplina dos processos, aumento na flexibilidade evelocidade de reao.

    De posse da informao do frete de compra, ao invs de contabilizar o valor

    dos materiais, incluindo, todos os custos logsticos, diretamente em uma contacontbil apenas (Estoque de Matria-Prima), poderiam ser criadas contas contbeisno Plano de Contas da empresa, onde sejam segregados os valores referentes aoscustos logsticos, tratando-os, preferencialmente, como custos variveis do perodo.Isso para que os gestores da Logstica de Abastecimento possam avaliar seusdesempenhos, destacando os custos mais relevantes, tais como: Frete do TrnsitoNacional, Frete do Trnsito Internacional, Seguros, Armazenagem, Honorrios dosDespachantes Aduaneiros, Agentes de Carga, Taxas do Armador e dos Terminais,Movimentaes Internas, Imposto de Importao, Taxas Diversas (para liberao,desconsolidao, entre outras), etc.

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    Os impostos recuperveis (ICMS, IPI e PIS) incidentes nas operaes decompras no so contabilizados no custo do material, e sim, como Impostos aRecuperar, compensados nos Impostos a Recolher. Contudo, a rea de Logsticadeve receber informaes sobre os custos tributrios incidentes em suasoperaes, para poderem tomar as devidas aes, tais como, os impostos

    incidentes nos processos de importao e exportao, nas circulaes demercadorias, etc.

    Por parte da empresa, se houvesse a inteno de segregar esses custos, portipo de material, haveria uma dificuldade maior de identificao, pois, de acordocom reviso bibliogrfica realizada, algumas empresas negociam por lotes demateriais, para otimizao de custos com melhor aproveitamento de espaos decontainers, etc.

    Uma alternativa para reduo dos custos de obteno dos materiaisnacionais o JIT (Just in Time), tcnica bastante utilizada, atualmente, constitudapor um sistema que sincroniza a entrega das peas pelo fornecedor, conforme aprogramao e, seqenciamento da produo, assegurando o fornecimento cominventrio minimizado.

    No caso dos materiais importados, a cadeia envolve todas as atividadeslogsticas, do fornecedor no exterior at a fbrica no Pas importador. Osfornecedores em seu pas de origem, dependendo dos termos de negociaointernacional (incoterms), podem ou no embutir em seus preos, alm dosmateriais, os custos logsticos - os custos de transportes e desembaraos, at achegada do material empresa compradora e, posterior, agregao no valor dosmateriais no estoque.

    Visando a reduzir os custos de obteno dos materiais nacionais ouimportados, podem ser implantados Centros de Consolidao ou terceirizar as

    operaes para Consolidadores que administraro a consolidao e o embarque demateriais, no intuito de maximizar embarques e otimizar o transporte, assegurandototal controle da cadeia de abastecimento pela melhora no fluxo de envio demateriais.

    Os custos associados Logstica de Abastecimento, dependendo da decisoa ser tomada, deveriam ser identificados, classificados e acumulados em funo doobjeto ou em relao ao tipo de aplicao do esforo de suprimentos (custos das ncadeias de fornecimento, por rotas, por fornecedor, etc). Aps a chegada dosmateriais s unidades fabris, passam a incorrer os custos associados Logstica dePlanta, a serem observados no Quadro 2:

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    QUADRO 2 CUSTOS DA LOGSTICA DE PLANTA

    Recebimento/Desconsolidao

    /Armazenagem /

    Programao eChamadas de

    Materiais

    Submontagens Abastecimentode Linha

    AbastecimentoInterplantas

    Manuseio e

    Movimentao -

    Handling

    EmbalagensArmazenagem

    Movimentao

    Transportes

    Custos deinventrios

    Custo de oportunidade relativo ao nvel de inventrio de matrias-primas e produtos em processo

    Custo das falhas Materiais / produtos danificados

    Paradas / perdas de produo

    Etc.

    Custosderivados dasexigncias denveis de servio

    Tempos para abastecimento

    Seqenciamento

    Alteraes de programao

    Custos deProcessamentode Dados eTecnologiasAssociadas

    Utilizao de sistemas para planejamento, programao e controle da produo e controle de estoques

    CustosTributrios

    Na Armazenagem: IPTU, Licenas de Uso, ISS (terceiros); No manuseio: Encargos Sociais, etc.

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    inventrio, as restries de recursos e capacidades, para que o planejamento eprogramao possam ser realizados, levando em considerao, inclusive, mixdeprodutos, necessidades de seqenciamento, visando a que no ocorramdesperdcios ou falhas no sistema logstico.

    Em se tratando de produo, h, tambm os custos decorrentes de lotes queso os custos relativos produo ou aquisio dos itens de custos de preparaoda produo (set up de mquinas tempo de preparao, inspeo, refugo,ineficincia do incio da operao efeito da curva de aprendizagem), capacidadeperdida na mudana de mquinas, movimentao, programao e expedio demateriais. A poltica de lotes interfere diretamente nos custos do processamento dasinformaes.

    Um benefcio importante dos lotes, conforme a afirmao anterior, deveocorrer, tambm, na Logstica de Abastecimento, onde a matria-prima pode sercomprada em lotes menores, minimizando custos de manuteno de inventrio earmazenagem. Os gestores de Logstica devem estar cientes do impacto de suasdecises na eficincia das operaes de fabricao, e considerar as mudanasassociadas aos custos de fabricao ao estabelecer as polticas logsticas. Aps oprocesso produtivo, quando o produto est disponvel para a comercializao,comeam a incorrer os custos da Logstica de Distribuio.

    3.2.3 Custos da Logstica de Distribuio

    A distribuio engloba, entre outras atividades: previso de demanda,quantificao e localizao de estoques de produtos e administrao de recursos.Dentre os objetivos da distribuio, necessita-se ter preciso no planejamento e noatendimento dos pedidos (embarque completo, em perfeitas condies, com entregano prazo e documentao adequada).

    De forma bastante ampla, todos os gastos incorridos aps a fabricao,podem ser considerados como custos de distribuio. Os bens e serviosmovimentam-se ao longo dos canais de distribuio. Assim, considerado o quartoP do composto de Marketing, ao lado do Produto, Preo e Promoo. Willson(1995), ao tratar dos Custos de Distribuio, comenta que a maioria das empresaspreocupa-se em classific-los em despesas diretas de vendas, despesas compromoo e propaganda, despesas com transportes, estocagem e armazenagem edespesas gerais de distribuio, pois os consideram como custos relevantes. Nesteestudo, no esto sendo considerados os custos relacionados atividade deVendas.

    Evidenciam-se os custos associados Logstica de Distribuio no Quadro3:

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    Os Custos de Distribuio, dependendo da deciso a ser tomada, deveriamser identificados, classificados e acumulados em funo dos objetos de custeiorelacionados aplicao do esforo de distribuio (clientes, canais de distribuio,regies ou produtos). Segundo VanDerbeck e Nagy (2001), no Brasil, as leisestaduais e federais que probem preos discriminatrios de vendas e aconcorrncia acirrada foraram os profissionais de Controladoria a dedicar-se maisao estudo dos custos de distribuio, visando a apropri-los aos objetos, tais como:produtos, clientes, canais de distribuio, regies, etc.

    Percebeu-se que, a maioria dos trade-offsentre os elementos fsicos citadosno tpico 3.1., relaciona-se manuteno dos inventrios existentes ao longo dascadeias de abastecimento, planta e distribuio, dependendo do tipo de materialque esteja sendo estocado ou em trnsito.

    3.2.4 Custos de Manuteno de Inventrios (Estocagem)

    Os estoques tm como funo assegurar a disponibilidade de materiais eprodutos regulando seus fluxos de entrada e sada. Dependendo do setor podemsignificar volumes vultosos de recursos imobilizados e sua minimizao tem seconstitudo numa das principais motivaes para a implantao de novas solueslogsticas e novas formas da organizao da produo Manufatura Enxuta ( leanthinking) -conforme apontam Womack e Jones (1998).

    O custo de manuteno de inventrio engloba o custo do capital investido, osimpostos, seguros, obsolescncia e risco. O aspecto mais controverso o dadeterminao da taxa de custo a ser aplicada ao capital investido (custo deoportunidade).

    Lima (2003) considera que essa taxa de oportunidade deve ser apurada pelamdia ponderada entre a taxa mdia de juros referentes ao capital de terceiros e ataxa esperada de retorno dos acionistas ponderadas pela proporo de cada umadessas origens. O conceito que este autor utiliza o de Custo Mdio Ponderado deCapital (CMPC).

    Para a apurao do CMPC, Martins (2001) sugere que seja reconhecido ocusto de capital de cada fonte especfica de financiamento (capital prprio e deterceiros), levando em conta determinada estrutura de capital ideal ou possvel.Assim, conforme esse autor, os custos das fontes especficas seriam ponderadospor participaes determinadas no total de financiamentos. O processo para aapurao do CMPC seria, de acordo com Martins (2001, p.217):

    1. clculo do custo de cada fonte financeira especfica;2. determinao da porcentagem de cada fonte financeirano total do financiamento e,3. soma dos produtos dos itens 1 e 2.

    Determinada a taxa de oportunidade a ser aplicada ao saldo dos estoques,deve-se focalizar a apurao dos custos de manuteno do inventrio.

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    3.2.5 Custos de Tecnologia de Informao e Processamento de Pedidos

    A Logstica vem apresentando investimentos crescentes e custossignificativos em tecnologias de operao e de informao. comum a utilizao de

    transelevadores, sistemas automatizados de separao de materiais, rdiofreqncia, cdigos de barra, computadores de bordo, softwaresespecializados emroteirizao de transportes, em gerenciamento de armazns, de otimizao deredes, etc. Envolvem custos de manuteno de sistemas e mo-de-obraespecializada.

    3.2.6 Custos Tributrios

    Toda movimentao de mercadorias, servios logsticos prestados porterceiros, processos de exportao e importao implicam em custos tributriospresentes ao longo das cadeias logsticas. Em certos casos, como no Brasil, a

    "engenharia logstica" tem que estar acoplada a uma verdadeira "engenharia fiscal",dada a relevncia e multiplicidade de incidncias fiscais que, dentro de regraslegais, podem representar alteraes significativas no custo total logstico de umacadeia.

    3.2.7 Custos Decorrentes do Nvel de Servio e Falhas Logsticas

    Os custos associados ao nvel de servio decorrem de impactos noselementos e operaes logsticas para atender maiores exigncias por parte declientes ou do mercado.

    O custo da falha resulta da empresa incorrer em perdas efetivas decorrentes

    de falhas logsticas, por exemplo, uma parada da fbrica por falta de material, aperda de vendas pela falta de produtos, produtos entregues avariados, etc. Este um custo de difcil mensurao, mas que, em funo da gravidade das falhas, podetornar-se muito significativo.

    A otimizao de custos logsticos no ocorre pela reduo de custosindividuais dos vrios elementos de custos abordados. A tendncia, muitas vezesverificada nas empresas, de busca de reduo de preos unitrios nas compras econtrataes pode resultar numa espcie de "tiro pela culatra", aumentando, aoinvs de diminuir, o custo total logstico.

    Os custos logsticos no devem ser analisados de maneira isolada e, sim,conforme a essncia da Logstica Integrada, globalmente, reconhecendo os efeitosdos trade-offs existentes no intuito de otimizar o custo total logstico, visando aatender o nvel de servio desejado. O nvel de servio ao cliente um dos focos daLogstica e, portanto, constata-se ser necessrio que seja levado em consideraoo impacto das exigncias de cada cliente no resultado econmico da empresa.

    4. Consideraes Finais

    No mbito da pesquisa acadmica sobre custos logsticos, identificou-se umalacuna quanto ao desenvolvimento de um conhecimento estruturado, sistematizado

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    e suficientemente aprofundado, a respeito desse tema, assim como o impacto dasatividades de Logstica no resultado econmico das empresas.

    Convm mencionar que o propsito da estruturao realizada para ordenar adiscusso sobre os elementos de custos logsticos foi buscar a abrangncia naviso desses custos, e no aprofundar / detalhar a discusso sobre cada um deles.

    unnime entre os autores da rea de Logstica, comentar sobre anecessidade de identificao e mensurao dos custos, bem como da melhoria dosnveis de servio no fluxo logstico. Ocorre que todo fluxo composto por umconjunto de processos que geram custos, e so responsveis pelo nvel de servio,que se materializa na receita de vendas. Portanto, para medir a eficincia logstica,o ponto de partida conhecer os processos e fluxos logsticos e identificar emensurar os custos logsticos associados a cada um.

    Nenhuma atividade de Logstica poderia ocorrer dentro de uma empresa, demaneira eficiente, sem as necessrias informaes de custo e desempenho,geradas por intermdio de um sistema de informaes gerenciais eficiente, dentro

    da empresa e / ou com os membros de sua cadeia de suprimentos. Essa uma dasfunes da Controladoria: subsidiar os gestores com informaes relevantes a seuprocesso de gesto e que possam otimizar seus resultados econmicos.

    A importncia dos custos logsticos depender das caractersticas dosprodutos, do segmento em que atuam e de como o modelo de gesto da empresaconsidera a Logstica, com relao a outras categorias de custo e objetivos.Depender, tambm, da localizao, dos recursos da empresa em relao s suasfontes de abastecimento e distribuio, bem como do papel que a empresa podedesempenhar em um sistema logstico ou em uma cadeia de suprimentos.

    Os gestores de Logstica, responsveis pelas decises, tm como objetivoprincipal que os benefcios das mesmas sejam maiores que seus custos; assim

    como necessitam que as informaes disponveis para a tomada das referidasdecises sejam compreensveis, teis, relevantes, confiveis e oportunas. Para isso,a atividade de Logstica necessita que a Controladoria fornea as informaes decustos logsticos descritas no decorrer deste trabalho, para poder melhor direcionarsua tomada de decises.

    5. Bibliografia

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    i O Custo de Oportunidade um custo de capital que no registrado contabilmente (nos livroscontbeis tradicionais), e no implica desembolsos de caixa, pois tem natureza econmica. O custode oportunidade, de acordo com Martins (2003, p.234), representa o quanto a empresa sacrificou emtermos de remunerao por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invs de em outra.