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O TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS E SEU FINANCIAMENTO Luiz Afonso dos Santos Senna, PhD Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Produção e Transportes Laboratório de Sistemas de Transportes - LASTRAN Setembro 2013

D. Apresentação Luiz Afonso Senna

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Page 1: D. Apresentação Luiz Afonso Senna

O TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS E SEU

FINANCIAMENTO

Luiz Afonso dos Santos Senna, PhDUniversidade Federal do Rio Grande do Sul

Escola de EngenhariaDepartamento de Engenharia de Produção e Transportes

Laboratório de Sistemas de Transportes - LASTRAN

Setembro 2013

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Page 2: D. Apresentação Luiz Afonso Senna

Rede Romana de Rodovias pavimentadas, 200 AD~100.000 km (Brasil atual ~ 180.000 km)

500 km

AtlanticOcean

Red Sea

Black SeaAdriatic Sea

Mediterranean Ocean

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Roma Antiga

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• Mais de 1 milhão de habitantes (Brasil = 200 milhões)• Aproximadamente 100.000 km

pavimentados (base de pedras que perduram até hoje, cobertas por material moído de rochas vulcânicas)

Extensa frota de veículos:• No século II havia inclusive

restrição de horários para circulação de carroças (frota grande e variada), dados os congestionamentos em algumas horas do dia

• Congestionamentos– Ordenamento do tráfego, Sinalização– Agentes de fiscalização (azuizinhos,

marronzinhos,...)

Formas de financiamento

Portorium - misto de ICMS e cobrança de pedágio para manutenção das rodovias

Annona - sistema complexo e eficiente de suprir e alimentar o império

● Sede do império não plantava trigo suficiente para consumo e tinha no pão principal elemento da alimentação da população

● Governo desenvolveu estratégia sofisticada de provimento dos grãos: aquisição, transporte e distribuição do trigo que vinha de diversas partes

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Roma Antiga – formas de financiamento

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Navios que buscavam trigo eram construídos com recursos privados - parcerias com recursos públicos e arranjos próximos dos atuais project finance

Roma antiga já tinha PPP (parcerias público privado)!

Além das rodovias, também portos, navegação, sistema de comunicações entre províncias, estrutura comercial, sistemas de pagamentos, enfim, uma complexa rede de interligações que asseguraram a grandiosidade do império romano

Roma planejou o desenvolvimento e o financiamento sustentável de sua infraestrutura

A rede era pensada como um todo

Roma buscou recursos adicionais junto à iniciativa privada

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Brasil - Indústria automobilística

Indústria automobilística domésticaEm 1991 a produção foi de 960.219 veic/anoEm 2011 a produção foi de 3,407,861 veic/anoParticipação da indústria automobilística no

PIB foi de 18.2% in 2011147.000 empregos diretos na indústriaDemanda por automóveis cresce

continuamente

Fábricas – distribuição geográfica

Participação dos tributos sobre automóveis no preço ao consumidor em alguns países

Veículos manufaturados no Brasil

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Fonte: Anuário ANFAVEA 2012

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Brasil - Indústria automobilística

Fonte: Anuário ANFAVEA 2012

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Financiamento dos transportesDificuldades para implantação de políticas de financiamento eficazes

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Setor privado• Empresas de transporte em crise

(perda de produtividade, transp. ilegal, aumento custos, etc.)

• Falta de garantias do retorno dos investimentos e risco político

• Preço das tarifas muito acima da capacidade de pagamento de grande parte da população

• Não há como recuperar investimentos via aumento de tarifa

• Excesso de isenções

Setor público

• Não há fontes de recursos permanentes (Desvirtuamento da CIDE)

• Esgotamento da capacidade do estado em investir

• Competição por verbas com outros setores com forte apelo social (ex: saúde e educação)

• Necessidade de cortes em investimentos para formação de superávits primários

Contexto histórico• Historicamente, investimentos privados se concentraram na compra de veículos e instalações e

equipamentos de garagem• Poder público se responsabilizava pelo sistema viário e equipamentos urbanos

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Financiamento dos transportesDificuldades para implantação de políticas de financiamento eficazes

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• apenas 665 km de vias com prioridade no Brasil, maioria com faixas exclusivas simples

• redução da velocidade comercial, aumento de custo e perda de competitividade

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Financiamento dos transportes

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Transmilênio - Bogotá/ ColômbiaCaracterísticas financiamento• Taxação de 25% na gasolina para

financiar as obras de infraestrutura

• Liberação empréstimo para aquisição de veículos aceitando como garantia a arrecadação do sistema

• Empresas não tinham capital para garantia já que foram constituídas a partir de cooperativas de transportadores autônomos

• Venda de parte das ações das futuras empresas operadoras na bolsa de valores

Experiência bem sucedida no exteriorTransmilênio - Bogotá/ Colômbia

• Reestruturação do caótico sistema de transportes

• construção de corredores exclusivos de ônibus

• Em vez de construir metrô a custo superior a U$ 30 milhões/Km, foi construído extensa rede de corredores de ônibus ao custo de U$ 5 milhões/Km

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Financiamento dos transportes

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Financiamento operacional no Brasil

• operação do transporte é 100% financiada pelos usuários via tarifa

• vale-transporte atinge apenas 50% dos usuários

• Entre os usuários de baixa renda, apenas 20% é beneficiado.

• Gratuidades são bancadas pelos usuários pagantes, além de praticamente não atingir a população de baixa renda

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O velho e o novo….

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Crise no financiamento de novos investimentos

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• Porém– Durante um período

limitado, o pais teve uma política federal de transportes urbanos bem estruturada GEIPOT e EBTU

• EBTU - Empresa Brasileira de Transporte Urbano – Iniciado em 1975, por

decorrência da primeira crise do petróleo - Extinta 1990

– No início da década de 80, os recursos vinculados já haviam cessado

– Nos últimos anos de existência a EBTU contou apenas com escassos recursos provenientes de agências multilaterais (Banco Mundial)

• pouco investimento na renovação e ampliação dos sistemas de transporte

• Transporte urbano no Brasil– predominantemente modo

rodoviário (raras vias exclusivas)

– muito prejudicado pelos congestionamentos

– sofre forte concorrência de transportadores clandestinos

• Tradicionalmente:– transporte urbano não

recebe atenção pelo Governo Federal

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Crise no financiamento de novos investimentos – GEIPOT e EBTU

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Desenvolvimento de cartilha para o cálculo tarifárioGrande contribuição para a consolidação da técnica gerencial do transporte público urbano no Brasil

Instituição do Vale-Transportefazendo os empregadores participar do financiamento de um sistema de transportes, dos quais são beneficiários indiretos

Após extinção EBTU:a expansão e a melhoria dos sistemas de transporte público urbano vem enfrentando uma longa estagnação

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Porto Alegre

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Holanda

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ALGUNS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS

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NO JAPÃO

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QualidadeTransporte Público - Futuro -

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• Transporte coletivo em Porto Alegre

– Bonde à tração animal – 1873

– Cia Carris

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História do Transporte Coletivo

(fonte: FERRARI, 1885)

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• Em 1908 – Bonde elétrico

– 58 anos em operação

– Última viagem

– 1970

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História do Transporte Coletivo

(fonte: FREYLER, 1908)

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Atores

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• Sociedade (usuários + não-usuários)• Usuários• Estado

• Governo (federal, estadual, municipal)• Agências reguladoras• Ministério Público• TC (União e Estado)• Prestadores de serviços

• Área multidisciplinar• Engenharia• Economia• Geografia• Medicina• Psicologia• Sociologia• Etc...

Acidentes (pauta recorrente)

Vamos deixar a discussão para a justiça...

Porto Alegre vai parar “Esse trabalho é estapafúrdio”...

Necessidade de planejamento integrado

PortosAeroportosTerminais rodoviáriosFerroviasRodovias

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Formas de financiamento

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Métodos Indiretos de Cobrança• Imposto sobre combustíveis• Impostos sobre Pneus• Licenças Anuais• Impostos sobre Aquisição

de Veículos

Métodos Diretos de Cobrança• Equipamentos de medida

nos Veículos• Pedágio• Vignettes (ou selo Pedágio)• Cobrança de veículos fora

dos padrões e acima do peso

Cobrança combinada

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Parcerias Público Privadas - PPP

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• CAO (Contract-Add-Operate), Super Turnkey e Operations and Maintenance Contract

• Régie Interessée;

• Affermage;

• LDO (Lease-Develop-Operate);

• RTO (Rehabilitate-Operate-Transfer);

• DBFOT (Design-Build-Finance-Operate-Transfer);

• BOT (Build-Operate-Transfer);

• BLOT (Build-Lease-Operate-transfer);

• BTO (Build-Transfer-Operate);

• BOO (Build-Own-Operate);

• BBO (Buy-Build-Operate).

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Fundos e Financiamento de Trens de Alta Velocidade

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Tópicos importantes

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Financiamento Metrô

Mobiliário urbano para transportes, manutenção das vias urbanas

Investimentos sem cronograma

Manutenção da infraestrutura

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Artesanato

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IndústriaIndústria

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Linha de montagem do modelo Ford T - 1913

INDÚSTRIA E NÃO ARTESANATO – Ganhos de eficiência, economias de escala, escopo e integridade da rede -

Linha de montagem-Cirurgias de Cataratas sendo conduzidas na Índia em “linha de produção” e escala industrial

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Porque organismos internacionais de fomento indicam e unidades nacionais/subnacionais adotam as PPPs

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• Países solicitam empréstimos para reabilitação e poucos anos depois solicitam novos empréstimos para reabilitar mesmas vias/rodovias antes mesmo que empréstimos originais tenham sido pagos

• Necessidade de eficiência - combinação dos papéis de Proprietário, • Regulador e Operador concentrada em uma única entidade (governo)

sistematicamente leva a uma performance pobre

• Governos necessitam levantar capital para financiar o gasto público

• Governos incapazes de financiar expansão da capacidade da infraestrutura de transportes

• Melhorar eficiência/desempenho financeiro e qualidade dos serviços para usuários

• Grande nível de desinformação sobre transportes permeia sociedade• Decisão política robusta• Competência em convencer a sociedade e reduzir resistências (marketing e

engajamento político)• Dilema Convicção X Necessidade

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Síntese e perspectivas futuras

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• Forte Aporte de tecnologia• Ênfase na ampliação da base de pagantes• Concessão é dinâmica e deve adequar-se às realidades locais e dinâmica

econômica• Avançar rápida e consistentemente em direção à adoção de cobrança

eletrônica - interoperabilidade

Papel dos formadores de opinião• Reduzir nível de ignorância (aumentar o nível de esclarecimento) da

população (pessoas confundem o problema com a solução –pedem sinaleira...) – como efetivamente agregar valor na participação popular

• Forçar os tomadores de decisão a elevarem o nível das discussões em transportes

• Forçar que os tomadores de decisão justifiquem as decisões ou falta delas sob o ponto de vista de como viabilizá-las financeiramente

• Cobrar dos governos (e da oposição) propostas sustentáveis do ponto de vista econômico, social e financeiro

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Fontes de financiamento• Recursos do Tesouro

– Federal

– Estaduais

– Municipais

• Recursos de organismos de fomento ao desenvolvimento nacionais e internacionais– BNDES

– BID

– BIRD etc

• Recursos do setor privado– Bancos comerciais

– Próprios de permissionários ou concessionários

• Parcerias público-privadas - PPPs

• Fontes alternativas– Empreendimentos associados

– Pedágio urbano

– Créditos de carbono

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Financiamento dos transportes

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Além da CIDE• Fundos locais compostos de créditos

orçamentários locais e receitas tributárias advindas especificamente do sistema de transporte

• Receita advinda de parte do ISS arrecadado do sistema de transporte

• Receita do ICMS advinda da comercialização de ônibus

• Taxas de gerenciamento do transporte coletivo

• Exploração de estacionamentos• Taxas de terminais• Exploração de publicidade nos

equipamentos e nas infraestruturas de transporte

A CIDE foi instituída pela Lei no 10.336/01, para ser aplicada, obrigatoriamente, no financiamento de programas de infraestrutura de transportes.

Entretanto, houve um desvio sistemático e comprovado da CIDE para produzir superávit primário

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Financiamento dos transportes

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PPPs

• ALei 11.079/2004, instituiu as Parcerias Público-Privadas no Brasil

– configurou uma forma alternativa de buscar recursos para a realização dos investimentos em infraestrutura, desonerando o Estado

– As PPP ainda apresentam entraves financeiros, políticos, jurídicos e burocráticos

FINAME, gerenciado pelo BNDES

• Finalidade: aquisição de ônibus• Efeitos: grandes repercussões na

cadeia produtiva e comercial de material de transporte

• Os recursos do FINAME provêm do BNDES

– são repassados por meio de Agentes Financeiros aos beneficiários finais, conforme política de crédito de cada instituição financeira

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Financiamento dos transportes adequação da lei das PPPs

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• Condição necessária para as PPPs

– Fundo Garantidor da Parceria– de natureza privada e

patrimônio próprio,– separado do patrimônio dos

cotistas e– sujeito a direitos e obrigações

próprias

– Reforço do caráter privado do fundo para que não sofra influências políticas e ingerências administrativas do Governo Federal

• Criação de um órgão gestor competente e com expertise no setor transportes, com atribuição para– dar flexibilidade no

gerenciamento do processo– permitir superação de

eventuais entraves burocráticos– reforçar sistemas de controle e

transparência• Especificação de limites para a

participação – dos entes privados – das instituições financeiras

participantes– dos parceiros públicos

• Elaboração de mecanismo institucional que permita minimizar riscos fiscais envolvidos e, assim, incentivar investimentos privados em infraestrutura

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Financiamento dos transportes – outras fontes

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• Créditos de carbono– Mercado de créditos de

carbono, estabelecido pelo Protocolo de Kyoto e administrado pelo Banco Mundial, se constitui de certificados negociáveis por entidades a quem eles os tenham sido atribuídos por sua contribuição à redução dos níveis de poluição devidos a esse elemento

– Uma entidade que ainda não atingiu os níveis desejados pode adquirir tais créditos de outra que já os superou.

– BRTs, sistemas metro-ferroviários e ciclovias são menos poluentes e podem fazer jus a tais certificados

• Empreendimentos associados– Investimentos privados para

a construção de linhas e estações, em troca de exploração imobiliária e comercial de áreas, como centros comerciais e conjuntos residenciais

• Pedágio urbano– Receita auferida pelo poder

público da cobrança do direito de passagem de veículos em áreas de circulação restrita.

– Em São Paulo pedágio urbano pode arrecadar R$ 2,5 bilhões anuais

– Difícil implementação em médias e pequenas cidades

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Financiamento dos transportes – outras fontes

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• Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre viabiliza importante fonte de financiamento: a compensação ambiental

• Verifica-se também grande valorização imobiliária nas proximidades de paradas e estações

• Porém, durante o período das obras pode haver desvalorização

PPPs em TP - Limitação: buscar o equilíbrio dos contratos exclusivamente pela receita

Possíveis soluções• exploração da infraestrutura e de

outros negócios na faixa de domínio e até na área de influência

• exploração comercial do sistema de transporte vinculada à exploração de “outros negócios” viabilizados pela existência da nova via:

● dutos para cabos de telecomunicação

● complexos imobiliários● centros comerciais

• “outros negócios” alimentam a via com uma nova demanda de transporte gerada pelos próprios negócios

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Financiamento

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Funções do Regulador (exemplos)• Interpretar e fazer aplicar regras• Verificar cumprimento das normas e padrões, e aplicar

sanções• Revisar tarifas e equilíbrio econômico-financeiro• Monitorar desempenho• sistemas de informações, contabilidade, etc...

Novo papel do governo

Acúmulo dos papéis de proprietário, regulador e operador tem levado a ineficiências

Page 59: D. Apresentação Luiz Afonso Senna

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“A idade da pedra não acabou por falta de pedra, então a idade do petróleo não acabará por falta do petróleo.”

Sheik Zaki Yamani

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OBRIGADO!

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