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D. Dinis Biografia Filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela Nasceu a 9 de outubro de 1261 Faleceu em 1325 Foi aclamado rei em 1279, tendo governado durante 46 anos. Casou com D. Isabel de Aragão, sendo que ela teve intervenções junto do rei em questões da política externa e nas lutas entre D. Dinis e o seu filho. Vertente histórica, cultural e literária O reinado de D. Dinis ficou marcado em diversas áreas da cultura com medidas como: - Reorganização da administração interna; - Criação das feiras francas; - Proteção das exportações para os portos de Flandres, Inglaterra e França; - Instituição definitiva da marinha; - Consolidação das fronteiras nacionais; - Reconstrução de numerosos castelos e fortalezas que se encontravam em ruínas; - Proibição às ordens e aos clérigos da aquisição de bens de raiz; - Proteção da agricultura, da pesca e do comércio orientadas para o desenvolvimento das várias regiões; - Plantação do Pinhal de Leiria (o seu cognome “O Lavrador” provém do facto de ter zelado pela conservação do Pinhal de Leiria que tinha sido criado pelo seu pai como forma de proteger as terras agrícolas do avanço das areias.) D. Dinis foi poeta notável e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo (escreveu cerca de 137 cantigas) A primeira Universidade (Estudo Geral) portuguesa, foi fundada por si em Lisboa no ano 1290, ensinava-se Artes, Direito Civil, Direito Canónico e Medicina. Foi também em 1290 que o rei Dinis decretou o galego- português como língua oficial do reino. D. Dinis mandou também traduzir importantes obras, tendo a sua corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica e sendo que Lisboa foi considerado um dos centros europeus de cultura. 1

d. Dinis Guião

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Page 1: d. Dinis Guião

D. Dinis

Biografia Filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela Nasceu a 9 de outubro de 1261 Faleceu em 1325 Foi aclamado rei em 1279, tendo governado durante 46 anos. Casou com D. Isabel de Aragão, sendo que ela teve intervenções

junto do rei em questões da política externa e nas lutas entre D. Dinis e o seu filho.

Vertente histórica, cultural e literária O reinado de D. Dinis ficou marcado em diversas áreas da cultura

com medidas como:- Reorganização da administração interna;- Criação das feiras francas;- Proteção das exportações para os portos de Flandres,

Inglaterra e França;- Instituição definitiva da marinha;- Consolidação das fronteiras nacionais;- Reconstrução de numerosos castelos e fortalezas que se

encontravam em ruínas;- Proibição às ordens e aos clérigos da aquisição de bens de raiz;- Proteção da agricultura, da pesca e do comércio orientadas

para o desenvolvimento das várias regiões;- Plantação do Pinhal de Leiria (o seu cognome “O Lavrador”

provém do facto de ter zelado pela conservação do Pinhal de Leiria que tinha sido criado pelo seu pai como forma de proteger as terras agrícolas do avanço das areias.)

D. Dinis foi poeta notável e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo (escreveu cerca de 137 cantigas)

A primeira Universidade (Estudo Geral) portuguesa, foi fundada por si em Lisboa no ano 1290, ensinava-se Artes, Direito Civil, Direito Canónico e Medicina.

Foi também em 1290 que o rei Dinis decretou o galego-português como língua oficial do reino.

D. Dinis mandou também traduzir importantes obras, tendo a sua corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica e sendo que Lisboa foi considerado um dos centros europeus de cultura.

Simbologia da personagem em “Mensagem” e análise do poema

D. DINIS

Na noite escreve um seu Cantar de AmigoO plantador de naus a haver,E ouve um silêncio múrmuro consigoÉ o rumor dos pinhais que, como um trigoDe Império, ondulam sem se poderver.

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Arroio, esse cantar, jovem e puro,Busca o oceano por achar,E a fala dos pinhais, marulho obscuro.É o som presente desse mar futuro,,É a voz da terra ansiando pelo mar.

O poema apresenta um cariz histórico-mítico pois a intenção desta obra é anunciar um futuro a partir da história passada.

Inserido na primeira parte da obra “Brasão”. Sexto poema do capítulo “Os Castelos”. D. Dinis escreveu várias trovas sobre o mar e todos os seus atos têm

grande importância para o futuro. Os seus atos são como que um perspetivar de um grande futuro: a

expansão do território português Este poema referencia dois polos da história de Portugal: a terra e o mar.

- A terra conquistada pelos antecessores de D. Dinis.- O mar que será o futuro.

Na primeira estrofe do poema:- São realçados os significados das ações levadas a cabo por D.

Dinis. - São-lhe reconhecidas duas facetas: a de Poeta e a de criador das

condições para as navegações. - A noite e o silêncio criam as condições favoráveis à produção

literária.- É na altura da produção escrita que se ouve o sussurro dos

pinheiros que mandará plantar em Leiria- Com a madeira dos pinheiros serão construídas as naus dos

Descobrimentos.

↓Antevisão da riqueza, ainda escondida e a grandiosidade

da pátria.

Na segunda estrofe:- Mantém-se a preocupação por parte do sujeito poético de nos

fazer chegar o cantar do jovem rei e o “marulho obscuro” dos seus pinhais.

Pressentimento embora obscuro de qualquer coisa grande que estava para vir.

Esta ideia põe em destaque o carácter mítico deste “herói”, como se fosse o intérprete de uma voz superior.

A mensagem deste poema centra-se no futuro, a perspetiva temporal é a de D. Dinis, e tudo aquilo que ele faz quer seja voluntária ou involuntariamente servirá para preparar as glórias dos seus sucessores.

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Ana Rita Alves 12ºC

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