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Cecília Queiroz Filomena Moita Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação DISCIPLINA Reforma Pombalina: reflexos na educação brasileira Autoras aula 06

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Cecília Queiroz

Filomena Moita

Fundamentos Sócio-filosóficos da EducaçãoD I S C I P L I N A

Reforma Pombalina:reflexos na educação brasileira

Autoras

aula

06

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Aula 06  Fundamentos Sócio-filosóficos da EducaçãoCopyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEEDCarlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

Vice-ReitoraÂngela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a DistânciaVera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

Vice-ReitorAldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPEEliane de Moura Silva

Coordenador de EdiçãoAry Sergio Braga Olinisky

Projeto GráficoIvana Lima (UFRN)

Revisora TipográficaNouraide Queiroz (UFRN)Thaísa Maria Simplício Lemos (UFRN)

IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

DiagramadoresBruno de Souza Melo (UFRN)

Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN)Ivana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemRossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)

Revisoras de Língua PortuguesaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)

Q3f Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita.– Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

15 fasc.“Curso de Licenciatura em Geografia – EaD”. Conteúdo: Fasc. 1- Educação? Educações?; Fasc. 2 - Na rota da filosofia ... em busca de respostas; Fasc. 3 - Uma nova rota...sociologia; Fasc.4 - Nos mares da história da educação e da legislação educacional; Fasc. 5 - A companhia de Jesus e a educação no Brasil; Fasc. 6 – Reforma Pombalina da educação reflexos na educação brasileira; Fasc. 7 - Novos ventos... manifesto dos pioneiros da escola nova; Fasc. 8 – Ditadura militar, sociedade e educação no Brasil; Fasc. 9 - Tendências pedagógicas e seus pressupostos; Fasc. 10 – Novos paradigmas, a educação e o educador; Fasc. 11 – Outras rotas...um novo educador; Fasc. 12 – O reencantar: o novo fazer pedagógico; Fasc. 13 – Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geográfico; Fasc. 14 – A formação e a prática reflexiva; Fasc. 15 – Educação e as TIC’s: uma aprendizagem colaborativa

ISBN: 978-85-87108-57-9

1. Educação 2. Fundamentos sócio-filosóficos 3. Prática Reflexiva 4. EAD I. Título.22 ed. CDD 370

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

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Governo Federal

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

ReitorJosé Ivonildo do Rêgo

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Universidade Estadual da Paraíba

ReitoraMarlene Alves Sousa Luna

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IlustradoraCarolina Costa (UFRN)

Editoração de ImagensAdauto Harley (UFRN)Carolina Costa (UFRN)

DiagramadoresBruno de Souza Melo (UFRN)

Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN)Ivana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Revisores de Estrutura e LinguagemRossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)

Revisoras de Língua PortuguesaMaria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)

Q3f Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita.– Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

15 fasc.“Curso de Licenciatura em Geografia – EaD”. Conteúdo: Fasc. 1- Educação? Educações?; Fasc. 2 - Na rota da filosofia ... em busca de respostas; Fasc. 3 - Uma nova rota...sociologia; Fasc.4 - Nos mares da história da educação e da legislação educacional; Fasc. 5 - A companhia de Jesus e a educação no Brasil; Fasc. 6 – Reforma Pombalina da educação reflexos na educação brasileira; Fasc. 7 - Novos ventos... manifesto dos pioneiros da escola nova; Fasc. 8 – Ditadura militar, sociedade e educação no Brasil; Fasc. 9 - Tendências pedagógicas e seus pressupostos; Fasc. 10 – Novos paradigmas, a educação e o educador; Fasc. 11 – Outras rotas...um novo educador; Fasc. 12 – O reencantar: o novo fazer pedagógico; Fasc. 13 – Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geográfico; Fasc. 14 – A formação e a prática reflexiva; Fasc. 15 – Educação e as TIC’s: uma aprendizagem colaborativa

ISBN: 978-85-87108-57-9

1. Educação 2. Fundamentos sócio-filosóficos 3. Prática Reflexiva 4. EAD I. Título.22 ed. CDD 370

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

ApresentaçãoVamos na linha do tempo, saindo para o sexto trecho da nossa viagem. Durante esse

percurso, continuaremos nas águas da história, atravessando mares e rios e fazendo pontes entre os diferentes momentos históricos.

Nessa perspectiva, vamos estudar o que pensava outro expoente da nossa história - o marquês de Pombal - as idéias Iluministas, que ele reflete e sua repercussão na educação.

ObjetivosAo final desta aula, do nosso sexto trecho de viagem, esperamos que você chegue ao porto com condição de:

Identificar quem foi o Marquês de Pombal e o que ele tem a ver com a educação brasileira;

Entender o processo da Reforma Pombalina, contextualizando-a no tempo e no espaço;

Identificar as conseqüências da Reforma Pombalina para a educação brasileira.

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Aula 06  Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação2 Aula 06  Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação

Zarpando...PRECE

Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade!

Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou:

A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem --ou desgraça ou ânsia-- Com que a chama do esforço se remoça,

E outra vez conquistaremos a Distância -- Do mar ou outra, mas que seja nossa!

Fernando Pessoa

Vamos embarcar, embalados pelos versos de Fernando Pessoa. Nesta rota, temos que atravessar o Atlântico e conhecer um pouco do que se passou além mar para entender nossa história. Era o ano de 1756, quando surgiram profundas alterações na política interna de Portugal, com reflexo em todo o seu império colonial.

Naquele ano, no reinado de Dom José I, Sebastião de Carvalho, o conde de Oeiras (obtido em 1759), mais tarde, marquês de Pombal (em 1769), tornou-se secretário de Estado dos Negócios do Reino de Portugal, equivalente hoje a ser um primeiro-ministro. Homem de confiança do rei, até aquele momento, fizera carreira diplomática em várias cortes européias, mostrando energia e determinação, que o levaram a ser nomeado Secretário dos Negócios Estrangeiros, em 1750, rumando, em seguida, para o poder total.

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Em 1755, dá-se o terremoto, e a reação pragmática daquele que viria a ser um dos estadistas nacionais mais marcantes foi determinante para fazer renascer dos escombros Lisboa, capital de um país atrasado e retrógrado, completamente subjugado à Igreja e aos seus ditames. Era uma cidade com um traçado urbano medieval, com grande parte dos edifícios decrépitos e insalubres, a qual resistia tenazmente às novas idéias que despontavam na Europa e ao modernismo imposto pela Inquisição e pelo poder quase ilimitado dos Jesuítas junto ao Rei.

Lembram-se do que estudamos sobre os jesuítas na aula anterior (aula 5)? Vamos fazer uma rápida revisão.

A Companhia de Jesus - ordem religiosa formada por padres, conhecidos como jesuítas - foi fundada por Inácio de Loyola em 1534. Os jesuítas tornaram-se em uma poderosa e eficiente congregação religiosa, principalmente, em função de seu princípio fundamental a busca da perfeição humana. Tinha como objetivo sustar o grande avanço protestante da época e, para isso, utilizou-se de duas estratégias: a educação dos homens e as dos indígenas; e a ação missionária, por meio da qual procuraram converter à fé católica os povos das regiões que estavam sendo colonizadas.

Com poder ilimitado, que era afrontoso aos olhos do futuro, os jesuítas controlavam boa parte dos interesses econômicos nacionais além das tarefas de cristianização. Assim, os cofres do Estado não refletiam a riqueza e o fausto da Igreja, já que o comércio era de fato dominado pela Igreja, e não, pelo Estado.

Nessa perspectiva, o Marquês sabia que, para atingir seu objetivo - fortalecer a nação portuguesa - tinha que recuperar a economia, por intermédio de uma concentração do poder real e de modernizar a cultura portuguesa. Isso seria possível através do enfraquecimento do prestígio e poder da nobreza e do clero que, tradicionalmente, limitavam o poder real.

Agora, vamos lançar nossa âncora. Vai ser uma breve pausa para refletir sobre o nosso aprendizado.

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Atividade 1

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Aqui estudamos, de forma breve, uma figura política do governo português. Para saber um pouco mais sobre esse Marquês, que se destacou no governo português e teve forte influência na história da educação brasileira, proceda às proposições seguintes:

Faça uma pesquisa sobre a vida e a obra desse personagem da história;

Pesquise sobre o momento histórico em que viveu.

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Já que estamos sabendo um pouco mais sobre o que se passou além-mar - em terras de Cabral - vamos entender melhor nossa história.

Icemos a âncora e vamos liberar nosso barco para navegar, rápido que se faz tarde, afinal, Fernando Pessoa nos ensinou que...

“Navegar é preciso;

viver não é preciso”.

É navegar ... navegar, porque temos pressa, pois a história nos contempla com muitos fatos interessantes. Vamos continuar nossa rota e saber mais sobre essa história, já que o passado nos ajuda a entender o presente e dizer o futuro.

Lembra-se daquele Marquês, sobre quem você pesquisou?

Pois é, após a expulsão dos Jesuítas, deu início uma nova fase da educação no Brasil. Conhecido como um homem pragmático, simpatizante das idéias Iluministas (ver aula 5), pretendia colocar o país – Portugal – na rota do desenvolvimento.

As idéias do Marquês valorizavam a razão, a experiência, as sociedades liberais, que influenciaram a criação de uma educação cidadã. Tem início, então, o embrião do “ensino público” no Brasil. Uma educação mantida pelo estado e sem atrelamento a uma ordem religiosa.

Na prática, o modelo implantado pelos jesuítas perdeu o curso de humanidades para as aulas régias (latim, grego, filosofia e retórica), que continuaram a ter sua conclusão de estudos na Europa, sob a influência das idéias Iluministas de Bacon, Hobbes, Descartes, Kant, que se opunham às explicações divinas e religiosas, às superstições a aos mitos e, por conseqüência, indo de encontro às estruturas conservadoras da poderosa Igreja Católica, às práticas da inquisição e aos dogmas inabaláveis.

Dessa forma, os jesuítas eram um entrave, não só para os objetivos econômicos, políticos e religiosos do Marquês, mas também representavam um obstáculo e uma fonte de resistência às tentativas de implantação da nova filosofia iluminista que se difundia rapidamente por toda a Europa.

Como o mar está revolto, encontramos um abrigo. Vamos

lançar nossa âncora e parar até que o mar se acalme.

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Atividade 2su

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taAproveite a parada para observar o quadro cronológico (leituras complementares). O quadro revela acontecimentos desde 1760 a 1807, na História da Educação Brasileira, História do Brasil, História Geral da Educação e História do Mundo. O que você observa? Existe coorelação nos fatos?

Articule o que se passou na História da Educação Brasileira com os fatos que estavam acontecendo na mesma época no mundo e escreva uma síntese crítica e reflexiva.

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As reformas e as conseqüências na educação...

Após aquela parada, vamos içar nossa âncora e navegar até além-mar para saber o que ocorreu por lá e entender o que aconteceu por nossas paragens. Está pronto? Vamos, então, até Portugal?

A partir do século XVI, a direção do ensino público português desloca-se da Universidade de Coimbra para a Companhia de Jesus, que se responsabiliza pelo controle do ensino público em Portugal e, posteriormente, no Brasil. Praticamente, foram dois séculos de domínio do método educacional jesuítico, que termina no século XVIII, com a Reforma de Pombal, quando o ensino passa a ser responsabilidade da Coroa Portuguesa.

As principais medidas implantadas pelo marquês, por intermédio do Alvará de 28 de junho de 1759, foram:

n total destruição da organização da educação jesuítica e sua metodologia de ensino, tanto no Brasil quanto em Portugal;

n instituição de aulas de gramática latina, de grego e de retórica;

n criação do cargo de ‘diretor de estudos’ – pretendia-se que fosse um órgão administrativo de orientação e fiscalização do ensino; introdução das aulas régias – aulas isoladas que substituíram o curso secundário de humanidades criado pelos jesuítas; realização de concurso para escolha de professores para ministrarem as aulas régias;

n aprovação e instituição das aulas de comércio.

Inspirado nos ideais iluministas, Pombal empreende uma profunda reforma educacional em Portugal e que tem suas conseqüências no Brasil. Veja algumas das medidas:

n A metodologia eclesiástica dos jesuítas é substituída pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica. É o surgimento do espírito moderno, marcando o divisor das águas entre a pedagogia jesuítica e a orientação nova dos modeladores dos estatutos pombalinos de 1772;

n Em lugar de um sistema único de ensino, a dualidade de escolas, umas leigas, outras confessionais, regidas todas, porém, pelos mesmos princípios;

n Em lugar de um ensino puramente literário, clássico, o desenvolvimento do ensino científico, que começa a fazer lentamente seus progressos ao lado da educação literária, preponderante em todas as escolas; em lugar da exclusividade de ensino de latim e do português, a penetração progressiva das línguas vivas e literaturas modernas (francesa e inglesa);

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Atividade 3

n A ramificação de tendências que, se não chegam a determinar a ruptura de unidade de pensamento, abrem o campo aos primeiros choques entre as idéias antigas, corporificadas no ensino jesuítico, e a nova corrente de pensamento pedagógico, influenciada pelas idéias dos enciclopedistas franceses, vitoriosos, depois de 1789, na obra escolar da Revolução. (AZEVEDO, 1976, p. 56-57)

PombaI foi fortemente influenciado pelos ideais iluministas, no entanto o iluminismo português apresenta algumas pecularidades que o diferenciam do modelo encontrado nas demais reações européias (França, Inglaterra, Alemanha). Todavia, apesar de reconhecer as peculiaridades presentes em cada nação, foi sempre um programa pedagógico, uma atitude crítica preocupada com os problemas sociais e com as intenções de reformulação das instituições e da cultura social.

Já lemos, pesquisamos, discutimos e agora vamos lançar nossa âncora para um ócio criativo.

A seguir, temos o cordel “Pombal, o Marquês que mandava e desmandava”, de Walter Medeiros. Coisa bem nossa, brasileira, nordestina. Após a leitura, façamos uma reflexão sobre sua temática. Depois,

destaque as frases que tenham algo a ver com as informações que você já tem;

tente criar um texto de cordel com tudo o que você aprendeu nesta aula.

“Pombal, o Marquês que mandava e

desmandava”

MEDEIROS, Walter. Pombal, o Marquês que

mandava e desmandava. Poemas de Cordel.

Natal/RN,s/d. Disponível em:

http://paginas.terra.com.br/arte/cordel/

ap028MPombal.htm. Acesso em:

10 jun. 2007.

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Pombal, o Marquês que mandava e desmandavaPoemas de Cordel

Walter Medeiros - Natal - Rio Grande do Norte

A história da humanidadeTem muito para se verE agora eu vou dizerCom gosto e com verdadePara você entenderOs pru mode e os pru quêDe uma vida de vaidade

No campo e na CidadeEssa história tem lugarPra gente se situarTem até a majestadePois pode acreditarTem coisa de arrepiarPor falta de caridade.

Os fatos que vou narrarTêm muito tempo passadoNão fique impressionadoPode até se admirarPassaram-se num reinadoDe um país abastadoDe cultura milenar.

Eu falo de PortugalLá no século dezoitoOnde um homem bem afoitoQue era Marquês de PombalNão gostava de biscoitoNem jogava de apoito

O seu dinheiro real Ele era amigo do Rei Que se chamava José Maltratava até a fé E também fazia lei Você sabe como é Ele só queria um pé Para confrontar um frei

Com aquela amizade Virou primeiro-ministro E num trabalho sinistro Mandava em toda a cidade Ali já tava bem visto Que ele mesmo sem ser Cristo Mandava mais que um abade

No tempo em que ele viveu Era grande o despotismoUm tempo de terrorismoSobre o povo se abateuForam anos de sadismo

Parecia um grande abismoUma escuridão de breu

O marquês era sabidoTudo em volta dominavaAté na escolta mandavaPra cidadão ou bandidoSua fama se espalhava

E ele se credenciavaUm déspota esclarecido.

Mas não era só no reinoQue o Pombal influía

Ele também mandariaSem precisar nem de treino

Nas colônias portuguesas

De olho em suas riquezasE nas especiarias.

Ele mandou no BrasilSua palavra era forteNo sul e até no norte

Seu mando repercutiuEle era mesmo de morte

Mudando até a sorteDe quem chegou, pois partiu.

Os jesuítas, coitados,Que aos índios ensinavam

Seus idiomas usavamE foram escorraçados

Onde eles trabalhavamOrdens de Pombal chegavam

E as portas se cerravam.

Muitas escolas fechadasFizeram um tempo infelizNão tinha mais aprendizO marquês não aceitavaFoi do jeito que ele quiz

Aula nem mais na matriz

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O despotismo arrasava.

Neste tempo os brasileirosSofreram um grande atrasoE não foi pequeno o prazoPois passaram-se janeirosO marquês fez pouco casoComo quem esquece um vasoQue vale pouco dinheiro

Mas foi aquele marquêsQuem fez algo interessanteMesmo sendo arroganteImplantou o portuguêsComo idioma constantePra o Brasil ser bem falanteNão contou nem até três.

Por outro lado PombalSó pensavam em ganharE tratou de organizarAlgo pro seu idealPassou a negociarPara bem mais enricarÀs custas de Portugal.Mas os revezes da vidaPegam também quem é ruimE com ele foi assimAcabou sua guaridaQuando dom José morreuA rainha que sucedeuEra forte e destemida

Dona Maria PrimeiraOuviu a acusação

E tomou satisfaçãoAcabou a brincadeira

Mesmo pedindo perdãoRecebeu condenação

Pro resto da vida inteira.

Ele perdeu seu poderO patrimônio confiscado

Deixou de ser açoitadoFoi desterrado a valer

Pra bem longe foi mandadoE nunca mais o reinado

Ele conseguiu rever

Na distância, abandonadoCom um castigo muito mal

Foi o marquês de PombalSofrer um tempo exilado

Ficou ali e morreuSem poder nem apogeu,Deu-se assim o seu final.

Foi assim mesmo a históriaDaquele rico marquês

Eu agradeço a vocêsQue hoje me dão a glória

De ter aqui minha vezPrá ler um cordel por mês

Sobre derrota ou vitória.

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Marquês de Pombal, ao propor as reformas educacionais, seguia os ideais iluministas - um nova sociedade exige um novo homem que só poderá ser formado por intermédio da educação.

Nessa perspectiva, por intermédio da aprovação de decretos que criariam várias escolas e da reforma das já existentes, o Marquês estava preocupado, principalmente, em se utilizar da instrução pública como instrumento ideológico e com o intuito de dominar e dirimir a ignorância que grassava na sociedade, condição incompatível e inconciliável com as idéias iluministas (Santos, 1982). Portanto, a partir desse momento histórico, o ensino jesuítico se torna ineficaz para atender às exigências de uma sociedade em transformação.

A educação brasileira no período pombalino:...Ressalta-se que, apesar das propostas formais, as reformas pombalinas nunca

conseguiram ser implantadas, o que provocou um longo período (1759 a 1808) de quase desorganização e decadência da educação no Brasil Colônia.

Dessa forma, com a expulsão dos jesuítas, em 1759, e a transplantação da corte portuguesa para o Brasil em 1808, abriu-se um parêntese de quase meio século, um largo hiato que se caracteriza pela desorganização e decadência do ensino colonial.

Pombal não conseguiu, de fato, substituir a poderosa homogeneidade do sistema jesuítico, edificado em todo o litoral latifundiário, com ramificações pelas matas e pelo planalto, e cujos colégios e seminários formam, na Colônia, os grandes focos de irradiação da cultura. Insatisfeito com os próprios resultados, o marquês atribuiu à Companhia de Jesus todos os males da educação, seja na metrópole ou colônia (AZEVEDO, 1976).

Assim, ao chegarmos ao porto, convém destacar que vivenciamos juntos, nesta aula, a luta entre o velho e o novo modelo, dentro de uma análise histórica. O novo, presente na sociedade, está inspirado nos ideais iluministas, e é dentro desse contexto que Pombal, na sua condição de ministro, buscou empreender uma profunda reforma educacional em Portugal e nas colônias portuguesas.

Nos propósitos transformadores, estavam previstas algumas mudanças, a saber:

n A metodologia eclesiástica dos jesuítas seria substituída pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica;

n Criação de cargos como de diretor de estudos, visando à orientação e fiscalização do ensino;

n Introdução de aulas régias, isto é, aulas isoladas, visando substituir o curso de humanidades criado pelos jesuítas.

Sempre seguindo os ideais iluministas, todas essas propostas foram frutos das condições sociais da época, a partir das quais, ofereciam-se condições de acompanhar as transformações de seu tempo.

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No Brasil, entretanto, as conseqüências do desmantelamento da organização educacional jesuítica e a não-implantação de um novo projeto educacional foram graves, pois, somente em 1776, dezessete anos após a expulsão dos jesuítas, é que se instituíram escolas com cursos graduados e sistematizados.

Assistimos juntos a um desmantelamento de uma proposta consolidada e com resultados, ainda que discutíveis e contestáveis, e não, à implementação de uma reforma que garantisse um novo sistema educacional.

Enquanto educadores e pesquisadores, cabe-nos a crítica que se pode formular nesse sentido e que vale para os dias em que vivemos que a destruição de uma proposta educacional em favor de outra, sem que essa tenha condições de realizar a sua consolidação, leva a resultados desastrosos.

Leituras complementaresO quadro nos oferece a síntese dos principais acontecimentos desde 1760 a 1807,

na História da Educação Brasileira, História do Brasil, História Geral da Educação e História do Mundo.

Cronologia

ANOHISTÓRIA

DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

HISTÓRIA DO

BRASIL

HISTÓRIA GERAL

DA EDUCAÇÃO

HISTÓRIA DO

MUNDO

��60

· Entre março e abril, 119 jesuítas saem do Rio de Janeiro, 117 da Bahia,e 119 de Recife.

• Em Portugal, Marquês de Pombal implementa uma educação que priorize a educação do indivíduo em consonância com o estado.

• São criados em Portugal os cargos de mestres em Literatura Latina, Retórica, Gramática Grega e Língua Hebraica.

��6�

• É criado em Portugal o Colégio dos Nobres, dentro do novo espírito educacional, distante do modelo dos Jesuítas.

��62 • Jean·Jacques Rousseau

escreve Emílio e Contrato Social.

��63

• Mudança da capital do Vice-Reino de Salvador para o Rio de Janeiro.

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Aula 06  Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação�� Aula 06  Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação

��6� • Jean·Jacques Rousseau

escreve Devaneios de um Passeante e Confissões.

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• O inglês James Watt aperfeiçoa o motor a vapor que se tornou marco da Revolução Industrial.

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• A Espanha expulsa os jesuítas e fecha seus colégios.

• Carlos III lança uma Ordenança Real obrigando todo município espanhol a ter uma escola de primeiras letras, com freqüência obrigatória.

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• Carlos III dispõe que deveriam ser fundadas escolas para meninas, dando preferência para filhas de lavradores e artesãos.

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• A Reforma Pombalina de Educação substitui o sistema jesuítico e o ensino é dirigido pelos vice·reis nomeados por Portugal.

• L’Abbé de L’Epée funda em Paris a primeira instituição específica para a educação dos surdos.

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• É instituído o “subsídio literário”, imposto destinado a manutenção dos ensinos primário e médio. • É fundada, no Rio de Janeiro, a Academia Científica.

• É publicada uma Lei que define o modelo e as linhas gerais do ensino português.

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• Basedow funda em Dessau o Instituto Filantropinum e tem início o movimento pedagógico conhecido como filatropismo (philos, “amigo”; anthropos, “homem”).

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• É criado no Rio de Janeiro, pelos padres Franciscanos, um curso de estudos literários e teológicos, destinado à formação de sacerdotes.

• L’Abbé de L’Epée publica A Verdadeira Maneira de Instruir os Surdos.

• Os Estados Unidos proclamam sua independência.

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• D. Maria I, mãe de D. João, assume o trono de Portugal.

• Marquês de Pombal perde todos os poderes.

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���� • Morre Jean·Jacques

Rousseau.

���2 • É criada a Universidade

de Havana.

����• É criado no Rio de Janeiro o Gabinete de História Natural.

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• Tiradentes e a Inconfidência Mineira.

• A Queda da Bastilha é o marco da Revolução Francesa.

���� • É criada a Universidade

Quito.

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• É criada em Santiago do Chile a Academia de São Luiz, pelo mestre Dom Manuel de Salas.

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• É criada em Buenos Aires a Escola Náutica, por Manuel Belgrano.

• Napoleão Bonaparte dá o Golpe do Dezoito Brumário, e assume o poder na França

• Problemas menatis afastam a Rainha, D. Maria I, assumindo o governo o Príncipe-Regente D. João.

ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

HISTÓRIA DO BRASIL

HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO

��00• O bispo Azeredo Coutinho funda o Seminário de Olinda.

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• D. Azeredo Coutinho funda em Pernambuco o Recolhimento de Nossa Senhora da Glória, só para meninas da nascente nobreza e fidalguia brasileira.

• O educador suíço Felipe Manuel Fallenberg, funda a Escola Prática de Agricultura.

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• O educador suíço Felipe Manuel Fallenberg, funda o Instituto Agronômico Superior.

• D. Maria I, Rainha de Portugal, seu filho, o Príncipe- Regente D. João, sua nora, a Princesa carlota Joaquina, toda família real e cerca de 15 mil pessoas iniciam a viagem para a colônia brasileira.

• Antes mesmo das naus portuguesas terem desaparecido no horizante, as tropas francesas, comandadas pelo general Junot, ocupam Lisboa.

• D. João deixa instruções para que as tropas francesas sejam bem recebidas em Portugal.

Fonte: História da Educação no Brasil Período Pombalino - (1760 - 1808). Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb03.htm. Acesso em: 24 abr. 2007.

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Resumo

O QUE TROUXEMOS DESSE TRECHO DE NOSSA VIAGEM

Chegamos ao porto seguro, à terra firme, através de vários recursos didáticos, que nos levaram a identificar quem foi o Marquês de Pombal e o que ele tem a ver com a educação brasileira. Em seguida, tivemos a oportunidade de entender o processo da Reforma Pombalina, contextualizando-a no tempo e no espaço, e de identificar as conseqüências que trouxe para a educação brasileira. Concluímos que a destruição de uma proposta educacional em favor de outra, sem que sua consolidação seja realizada, pode causar transtornos desastrosos ao processo de ensino e aprendizagem.

Auto-avaliaçãoEssa é a hora da síntese refletida, da construção do seu DIÁRIO DE BORDO. Escreva em uma folha de papel palavras e idéias que você considera diretamente associadas às reformas pombalinas. Em seguida, escolha um tema que associe essas reformas à educação brasileira. Agora, de forma criativa, disserte sobre seu tema, refletindo criticamente acerca dessa influência incorporando aspectos da educação em sua cidade.

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ReferênciasAZEVEDO, F. de. A transmissão da cultura: parte 3. São Paulo: Melhoramentos/INL, 1976.

CAPRA, F. A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1996.

HARNECKER, M. Para compreender a sociedade. Traduzido por Emir Sader 1 ed, São Paulo: Brasiliense, 1990.

HOBSBAWN, E. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

PILETTI, N. História da Educação no Brasil. 6. ed. São Paulo: Ática, 1996.

ROMANELLI, O. História da Educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2003.

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Anotações

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