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Universidade Técnica de LisboaFaculdade de Motricidade Humana
Da Comunicação à IntruçãoPedagógica
Disciplina: Pedagogia do Desporto IDocente: António Rosado
“ (…) Uma organização humana é simplesmente uma rede comunicacional, se a comunicação falha, uma parte da estrutura organizacional falha” (Wiio,
1995).
Considerações gerais
AS DIMENSÕES DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO“Troca de informação entre o emissor e o receptor/audiência e a influência (percepção) de significado entre as pessoas envolvidas no processo” Bowditch& Buono, 1994; Kreiner & Kinicki, 1998
“Processo através do qual as pessoas se compreendem mutuamente” Diciopédia
“Acção de transmitir e receber mensagens, usando os meios e códigos convencionados”. Dicionário de Língua Portuguesa Contemporânea
EMISSOR RECEPTOR
SIGNIFICADOSubjectivo
Codificação/descodificação Mensagem Meio Contexto Ruído
Funções da Comunicação1.Informação (facilitar as aprendizagens).
2.Motivação (ex: apresentação de objectivos...)
3. Controlo (Controlo do comportamento dos atletas. Ex: apresentar regras)
4.Expressão emocional (expressão de frustrações ou satisfação).
Modos de abordar a comunicação Unidireccional
- O emissor é capaz de, clara e precisamente, traduzir os seus pensamentos em palavras. - O receptor pode atribuir a essas palavras o mesmo significado que o emissor pretendeu imprimir- lhes. - Não há necessidade de ligar ao feedback
Expressão Eficaz = Comunicação Eficaz Circuito
- Processo de dupla via envolvendo a interacção dinâmica do emissor e receptor. - Atender ao feedback, ouvir os receptores, ser aberto. compreendê- los, adaptar as mensagens às suas características. - A consideração das características, pontos de vista e reacções dos receptores permite a compreensão entre as partes.
Compreensão entre Emissor e Receptor = Comunicação Eficaz
Dança Metáfora da Dança – trata-se de uma imagem relativa aos
jogos de comunicação que recorrem à linguagem verbal e
não-verbal
- Linguagem ambígua, várias interpretações da mesma palavra, sedução. - Comunicação 100% pura impossível. Contextos similares, compreensão mínima. - Os significados perfilados pelo emissor e receptor podem divergir mas não impede a coordenação entre ambos.
Formula: Contexto x Conteúdo da mensagem = Significação
Dimensões do Processo de Comunicação
EmissorCodificaçãoMensagemCanalDescodificaçãoFeedbackContextoRuído
Emissor
Pessoa, grupo ou organização que deseja ou pretende comunicar com um determinado receptor.
- Emissores podem ser imaginados ou inferidos.- Qualquer acontecimento, comportamento ou objecto pode ser percepcionado como contendo uma mensagem. “Não se pode não comunicar.”“ (…) Tampouco podemos dizer que a comunicação só acontece quandoé intencional, consciente ou bem sucedida, isto é, quando ocorre uma compreensão mútua.” (Walzlawick, 1967).
Paradigma da comunicação transparente: centrado sobre a fiabilidade e a eficiência técnica, este paradigma dedica especial atenção à identificação dos bloqueios que
inibem a perfeita transmissão, elegendo como “boa” a comunicação em que o receptor recebe exactamente a mesma mensagem que foi transmitida pelo emissor.
Codificação
A comunicação enceta-se quando o emissor traduz a sua ideia para um código ou linguagem, que possa ser compreendido pelo
receptor. O código é um sistema de significados, comum aos membros de uma cultura ou subcultura.
Algumas situações que contrariam o paradigma da transparência:- O emissor recorre a um determinado código no pressuposto erróneo de que ele é partilhado pelo receptor - A ambiguidade verbal é intrínseca a determinadas culturas
- O código pode ele próprio constituir mensagem.
- Uma determinada palavra pode ter significados distintos.
Mensagem
O resultado da codificação é a mensagem – seja ela verbal ou não verbal.
- Imaginadas ou inferidas
As mensagens poderão ser:
- Emitidas e/ou interpretadas independentemente da vontade
- Dependentes da sua forma de transmissão.
Selecção de um canal/Meio
Todas as mensagens atravessam algum tipo de canal. Meio através do qual a mensagem é transmitida permitindo que o emissor e receptor
comuniquem. Exemplos: fax, correio electrónico, telefone, comunicação directa, videoconferência, cartas,
telegramas, mensagens SMS, etc.
Diferentes tipos de Canais Vantagem Desvantagem
Comunicação cara a cara
Emitir e receber mensagens verbalizadas, postura corporal, gestos e olhares. Entender o receptor. Transmissão de informação complexa, potencialmente emocional e confidencial. Negociar, transmitir feedback.
Inexistência de um suporte duradouro, falhas nas informações mais detalhadas.
Telefonemas
Permite o rápido e privado contacto entre pessoas geograficamente distantes. Comportam a paralinguagem (entoação de voz, volume, acentuação, ritmo, suspiros). Apropriados para mensagens curtas e confidenciais.
Não recebem sinais visuais da postura corporal, gestos e olhares. Não apropriados para mensagens complexas e feedback mais profundos.
Cartas
Maior formalidade. Adequadas para enviar informação detalhada e ou mensagens de toque pessoal.
Não comportam as mensagens emitidas pela linguagem corporal, gestos e expressões faciais. Exigentes tecnicamente
Correio electrónico
Endereçar mensagens rapidamente e a baixo custo (mesmo de grande volume) a um grande numero de destinatários. Som e imagem
Não comporta a linguagem corporal, o tom de voz, os gestos e expressões faciais. Exigentes tecnicamente. Pouco apropriado para influenciar, persuadir ou vender. Pouco formalismo.
Videoconferência
Combina imagem e som, sinais verbais e não verbais, permite o feedback rápido, facilita o contacto de pessoas geograficamente dispersas. Economia considerável em tempo de viagem.
Não comporta a energia presencial, pelo que os níveis de interacção social e participação espontânea são inferiores.
Descodificação - criação do significadoConsiste na tradução pelo receptor/audiência dos aspectos
verbais e não verbais da mensagem do emissor (efectivamente efectuada por este ou presumida pelo receptor).
É através dela que o receptor interpreta a mensagem e lhe atribui um significado.
RECEPTOR (Padrões mentais,
valores, cultura, estado de espírito)
MENSAGEM SIGNIFICADO + =
Várias situações podem acontecer no processo de Descodificação:
- Interpretações diferentes para diferentes receptores
- Significação criada pelo receptor sem que haja verdadeira mensagem
- Culturas nacionais
- Os efeitos da mensagem são opostos aos pretendidos, principalmente quando não agradam aos receptores- As emoções afectam o modo como as pessoas recebem e transmitem as mensagens.
- Simulação de compreensão da mensagem- Dificuldade de recepção pela vontade do emissor
Feedback (retroinformação)
O feedback consiste na mensagem de retorno que o receptor (transformando-se ele próprio em emissor) envia ao emissor de
origem.
Emissor Mensagem Receptor
Feedback
CANAL
Contexto
Totalidade das circunstâncias e dos factores históricos, sociais, culturais, etc., que possibilitam ou determinam a produção ou
recepção de uma comunicação.
“Imagem auto-construída do mundo”
- As pessoas só podem “verdadeiramente” compreender-se se partilharem contextos similares; Princípio do etc.
- A diferença de contextos pode gerar dificuldades comunicacionais assinaláveis.
- Os comunicadores não podem presumir que as suas mensagens por serem claras dão origem a interpretações inequívocas.
Ruído e Barreiras à Comunicação
O ruído representa tudo aquilo que interfere na transmissão e recepção das mensagens, reduzindo a fidelidade destas.
A comunicação ideal é aquela em que os significados criados por emissor e receptor coincidem.
Comunicação
Inclui transferência de significados de uma pessoa para outra e,
Compreensão dessa mensagem.
Algumas das principais barreiras “obstrucionistas” que condicionam a transparência dos desejos e intenções na
comunicação:Barreira Breve explanação Ilustração/causas
Percepção selectiva
As pessoas tendem a desconsiderar as mensagens que colidem com a sua perspectiva de vida.
Um estudante habituado a ser repreendido pelo professsor tende a interpretar negativamente um elogio.
Diferenças culturais
As pessoas de diferentes culturas interpretam distintamente as palavras e a linguagem não-verbal.
No Brunai é considerado obsceno apontar com o dedo indicador.*
Filtragem
Ocorre frequentemente na comunicação ao longo da cadeia hierárquica. Distorção (nem sempre deliberada) da informação.
- Para não prejudicar a sua imagem o professor não comunica o elevado nível de indisciplina. - “Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto”.
Sobrecarga de comunicação
Excesso de informação, não é possível absorver ou responder satisfatoriamente a todas as mensagens.
Os alunos têm dificuldade em captar as mensagens de um professor que fala muito e ou depressa.
Contexto temporal
O momento que a mensagem é comunicada pode interferir nos seus efeitos.
- O elogio é mais eficaz se realizado após o acto. - Chegar atrasado pode ser contraproducente, mas também revelar poder e status.
Alguns costumes do Brunai:
Nunca cruzar as pernas, evitar mostrar a solas dos sapatos.Nunca usar firmeza ao apertar a mão a alguém.Evitar tocar alguém na cabeça ou dar palmadas nas costas e braços.Evitar movimentos excessivos com braços e mãos.Nunca assoar ou espirrar em público.
Mensagens não-verbais
São mensagens silenciosas que se consubstanciam em aspectos como os gestos, expressão facial, contacto visual, modo de vestir, tom de voz, etc.Pesam cerca de 90% na impressão que se dá aos outros (Keenan, 2000).
“As pessoas altamente expressivas comunicam por intermédio das suas expressões faciais, da voz dos gestos – de todo o corpo. Esta capacidade permite-lhes emocionar, inspirar e cativar os outros.” Goleman, 1998.
Mensagens não-verbaisFunções (Fiske, 1999)
Veiculam indícios acerca do comunicador
Permitem gerir o tipo de relacionamento com os outros
Contribuem na troca de sinais acerca das emoções
Podem ser usadas para gerir impressões
Mensagens não-verbaisComplexidade
As mensagens não-verbais podem ser intencionais ou não
Podem estar fora do controlo da pessoa
As palavras seguem pensamentos enquanto a linguagem corporal expressa as emoções e sentimentos inconscientes
“as pessoas deixam fugir os seus sentimentos reais através das pernas, pés, mãos e dedos e particularmente através dos olhos” - Lindstone (1995)
A Comunicação Não-VerbalPodemos obter informação acerca dos outros fazendo-lhes perguntas...
Resistência, auto-monitoragem, enviezamentos da percepção....
Ou, atendendo ao seu comportamento não-verbal.Os outros obtém informação nossa também desse modo (é impossível não comunicar).
A comunicação Não-VerbalCódigos Naturais
Expressão facialMovimento ocularGesticulaçãoPostura corporalCheiroEntoação da voz
Códigos ArtificiaisModo de vestirOrnamentaçãoEtc.
Canais Básicos de Comunicação Não-verbal
A face 44 acções podem ser individualizadas sendo visivelmente distintas e, em combinações, constituem a mímica da face.6 expressões emocionais universais: ira, raiva, fúria; medo, tristeza, desagrado, repugnância; felicidade, satisfação; surpresa.
Canais Básicos de Comunicação Não-verbal
O Contacto OcularElevado – associação a sentimentos positivos; é sinal de interesse e de atenção.Excepção: hostilidade, se fixo durante muito tempo.Reduzido – associação a sentimentos negativos, inimizade, timidez.
Canais Básicos de Comunicação Não-verbal
O contacto físicoDepende de quem tocaDa natureza do toque (prolongado, gentil ou rude)Significa: afecto, entusiasmo, dominância, agressão....
Manipulações corporaisToque ou manipulação do próprio corpo durante a comunicaçãoTensão, ambiguidade, conflito.
Comunicação Não-verbalAs expressões não-verbais estão mais perto de um registo expressivo-emotivo, involuntário, ou dificilmente interferível pela vontade.São mais dificilmente falsificáveis.São muito importantes na área da relação interpessoal.São vistas como mais autênticas, com maior validade geral.A interpretação fica, muitas vezes, dependente do contexto em que ocorre.Mensagens verbais e não-verbais devem ser congruentes.
Escuta Activa“Pedra de Toque” da eficácia comunicacional
Alguns autores sugerem que as competências no acto de escutar representam a “pedra de toque” da eficácia comunicacional – incluindo a dos professores e treinadores.
A competência em escutar é, no entanto, muito pouco ensinada, sendo mais comum a formação em escrever e falar (Nichols & Stevens, 1988; Rice, 1998).
“ Escutar envolve muito mais do que ouvir uma mensagem. Ouvir é simplesmente a componente física do escutar. Escutar é o processo de descodificar e interpretar activamente as mensagens verbais. Escutar requer atenção cognitiva e processamento de informação: ouvir não requer tal.Kritner & Kinicki (1998)
Escuta Activa
Demonstrar interesse e concentração no que diz o interlocutor.Mostrar interesse genuíno na pessoa e suas ideias.Actuar com empatia.Afastar o desconforto usualmente gerado pelos silêncios.Ser cuidadoso com a semântica.Controlar os filtros emocionais.Evitar ingressar na conversação com ideias pré-concebidas.Cultivar uma mente abertaColocar questões corteses e assertivas.Prestar atenção à ideia que está a ser transmitida.Focalizar a atenção
Técnicas de InstruçãoTécnica de instrução: Comportamentos de ensino que fazem parte do repertório do professor/treinador para comunicar informação substantiva (Siedentop, 1991).
Dela fazem parte todos os comportamentos, verbais ou não verbais (e.g. explicação, demonstração, feedback, entre outras formas de comunicação acerca do conteúdo) que estão intimamente ligados aos objectivos da aprendizagem.
Determinados modelos de ensino, estratégias e métodos utilizam preferencialmente diversas técnicas instrucionais.
Técnicas de InstruçãoComo transmitir os conhecimentos aos praticantes?Que tipo de linguagem utilizar?Como comunicar com eficácia?Os professores e treinadores mais experientes distinguem-se dos inexperientes no domínio das estratégias de comunicação (Martens, 1999).Clareza da informação e fornecimento de feed-backapropriado são essenciais na eficácia do ensino (Werner e Rink, 1987).
Técnicas de InstruçãoSinopseGarantir a qualidade e a pertinência da informação.
Na apresentação da sessãoNa apresentação das tarefas motorasNa reinstruçãoNo balanço final da sessãoNa construção de exposições oraisNa demonstraçãoNa gestão das intervenções dos atletasNa utilização de meios auxiliaresNa comunicação não-verbalNo questionamentoNo feed-back pedagógico
Da instrução à aprendizagemAs perdas de informação podem chegar aos 40%.Afunilamento instrucional
O que quero dizerO que digoO que o outro ouveO que o outro compreendeO que o outro retémO que o outro responde
Recordamo-nos:Scony-Vacuum Oil Co. Studies
10% do que lemos20% do que ouvimos30% do que vemos50-70% do que vemos e ouvimos80% do que dizemos90% do que fazemos.
O que ouço esqueçoO que vejo recordoO que faço compreendo
EdgarDale
APZ
Abstrato
Concreto
Taxa de esquecimento
Coisas ouvidas:Ao fim de 3 horas: 30%Ao fim de 3 dias: 90%
Coisas vistas:3 horas: 28%3 dias: 88%
Vistas e ouvidas:3 horas: 15%3 dias: 35%
A memória humana no processo de treino
Tudo envolve filtragem e processamento de informação.A teoria de George Millers “7±2”
A capacidade de processar informação é reduzida.
O contexto é uma variável importante sobre a memória.
Somos melhores a reconhecer do que a recordar as coisas.
Recordamos melhor imagens do que palavras.
O processo de persuasão das mensagens instrucionais
A informação envolve elementos informativos mas, também, um efeito persuasivo. A sua influência depende destas duas dimensões.
A persuasão pode ser definida como uma sequência de fases
1. Fase de exposição à informação2. Fase de atenção à informação3. Fase de compreensão4. Fase de aceitação ou rejeição5. Fase de persistência da mudança ou retenção.6. Fase de acção
(McGuire, 1969)
Garantir a persuasão das mensagens instrucionais
O processo persuasivo é determinado por cada um dos elementos do processo de comunicação.
Fonte Canal Mensagem Receptor
Feed-back
A Persuasão das Mensagens1.Compreensibilidade
Muito complexa diminui a probabilidade de compreensão e de persuasão...
2.Tamanho da mensagem (nº de argumentos).
Quanto mais argumentos mais persuasivaEvitar desconfiança
Persuasão das Mensagens3. Apelo ao Medo
Se existe alternativa a dar.
4. Bi-lateral ou Uni-lateralApresentar argumentos contra e a favor tende a ser mais persuasivo. Não é regra.
5. Retirar, ou não, conclusõesLevar a tirar conclusões é mais persuasivo.Só se não forem óbvias é que devem ser incluídas.
Mensagens Mais Persuasivas
EnquadramentoPositivo vs negativo (negativo é mais eficaz).Caso do Medo.
Questões retóricasQuestões implicam mais envolvimento cognitivo.
VividnessGrau de vida que uma mensagem contém: imagens, letras redondas, estilo de apresentação...
Mensagens
Ordem de apresentaçãoEfeitos de primazia.
Efeito de recência.
Recorda-se melhor as primeiras informações e as últimas.
Outras fontes de acreditação da mensagem
Credibilidade do TreinadorExpertiseAtractibilidade FísicaAgradabilidadeUma ou Várias FontesSemelhança com o receptorIntenção de persuadirStatus/poder
Influência do canal na persuasão
Pessoal vs específicosO canal pessoal é mais eficaz (mais atenção, mais pistas, factores emocionais).
Atributos dos canaisSe é complexa é melhor escrita; audio-visualtem mais aceitação que escrita.
Comunicar MelhorUsar múltiplos canais (redundância através de canais diferentes reduz a probabilidade de má compreensão).
Adaptar a mensagem aos praticantes.Empatia (sensibilidade às necessidades, percepções, atitudes e emoções dos receptores. Pôr-se no lugar deles).
Escuta Activa (atenção, interpretação e memorização das mensagens).
Contacto visual, expressões faciais adequadas e meneios de cabeça afirmativos, evitar acções ou gestos de distracção, fazer perguntas, usar paráfrases, evitar interromper a pessoa que fala, não falar ao mesmo tempo.
Qualidade da informação
3 etapas básicas:1. Instrução2. Controlo3. Reformulação
2 Tipos de instrução sempre presentes (ainda que implícitas).Informação sobre o conteúdo/matéria p.d.Informação de organização.
Três passos principaisTrês passos principais
1.1. Estratégias de abertura ou actividades introdutóriasEstratégias de abertura ou actividades introdutórias
2.2. Estratégias e actividades de desenvolvimento ou estudoEstratégias e actividades de desenvolvimento ou estudo
3. Estratégias de Encerramento3. Estratégias de Encerramento
Estratégias de AberturaDiagnóstico da situação;Criar motivação ou predisposição para a tarefa ou aprendizagem;Orientação no assunto a estudar ou aptidão a desenvolver.
Introdução
Prontidão induzida: Técnica utilizada no início das sessões de modo a
preparar os atletas para a aprendizagem e estabelecer o elo de
ligação entre o conhecimento anterior dos alunos e a nova informação.
Organizador Prévio: Afirmações que o treinador faz antes da sessão de
modo a introduzir o novo assunto aos atletas.
A introdução de uma sessãoA introdução de uma sessão
Possibilidades:Enquadramento (prontidão induzida/motivação...)
1. Objectivo (utilidade, interesse, contributo para os objectivos mais gerais...)
2. Relação com as sessões ou aprendizagens anteriores e/ou posteriores
3. e/ou referir os pré-requisitosSumário (organizadores prévios/orientação no assunto a estudar
ou treinar)1. Apresentação do conteúdo - Aspectos fundamentais
IntroduçãoIntrodução5 Apresentação das condições de realização da
sessão• Normas organizativas/ e… demonstração
• Combinar relembrar sinais, por ex.• Constituição de grupos• Combinar/relembrar sinais e regras de intervenção
dos estudantes.6 Questionamento - Controlo do nível de
compreensão/ reformulação7 Apresentação da 1ª actividade
2. Estratégias e actividades de desenvolvimento ou estudo2. Estratégias e actividades de desenvolvimento ou estudo
Análise e estudo/treino dos vários conteúdos
Organização do trabalho
Organização de ideias -Apresentação do conteúdo ou componentes da tarefa-Prática apropriada-Prática gradual-Orientação contínua-Feedbacks-Variação de estímulos
A apresentação da tarefa motoraInformação transmitida pelo professor aos alunos acerca do que fazer e como fazer durante a prática motora (Rink, 1994).
Influência os resultados da aprendizagem (Silverman et al.1995).
Informação referente ao que fazer e como fazer.
Indicar o significado da tarefa, importância e aplicação no contexto do jogo ou competição.
Conteúdo informativo: explicito e conciso.
Indicar o essencial dos aspectos mais importantes de realização da tarefa.
Apresentação da tarefaUtilizar demonstração ou informação visual.
Utilizar palavras-chave:Frases concisas, constituídas por uma ou duas palavras...Evitar a retenção de informação irrelevanteCondensar a informação e focar a atenção nos elementos críticos.
Apresentar exercícios ou tarefas motoras
1. Explicar o objectivo, interesse, utilidade2. Identificar os critérios de êxito/avaliação3. Demonstrar (simultaneamente ou imediatamente a seguir).4. Apresentar/demonstrar as condições de realização(regras organizativas).
Planear as transiçõesRegras de segurançaManipulação do material, etc.
5.Apresentar variantes de facilidade / dificuldade.6.Verificar se compreenderam/ reformular se…
3. Estratégias e actividades de conclusão3. Estratégias e actividades de conclusão
Consolidação e revisão do aprendido
Integração do aprendido num âmbito mais geral
Motivação
Encerramento da SessãoPossibilidades:
2 Funções: Cognitiva e MotivacionalFunção CognitivaIndicadores:
Rever/consolidar os conteúdos leccionados“Repetir”/sintetizar o essencial da aprendizagem da aula consolidando as aprendizagens anteriores.Destacar informação crítica para as aprendizagens que se seguem.Por instrução directa ou por questionamento sobre a matéria dadaVerificar a compreensão - Questões directas/ tempo para retirar dúvidas
Reformular aspectos essenciaisFornecer FB técnicos colectivos/individuaisProcurar fazer balanços globalmente positivos.
Encerramento da SessãoFunção de Motivação
• Possibilidades:
• Solicitar apreciação da sessão. ” Correio dos leitores”.
• Dar indicações sobre a próxima sessão, ou as próximas aprendizagens, destacar a progressão, convidar para novas aprendizagens, propor novos desafios, destacar situações futuras agradáveis e interessantes.
• “Cenas dos próximos capítulos” ou “no Próximo número”.
Encerramento• Sublinhar as relações com sessões ou aprendizagens
anteriores, destacando o enquadramento, o sentido mais geral, a progressão, os objectivos mediatos e a longo prazo.
• Realizar a “extensão dos conteúdos”: Enriquecimento cultural e Extensão à realidade social. Curiosidades.
• Modelar comportamentos sociais (FB+, enc., interacções pessoais, conversas particulares)
• e, preparar a próxima sessão (questões organizativas).
Um plano sequencial de aprendizagem deve considerar Um plano sequencial de aprendizagem deve considerar estratégias e actividades de:estratégias e actividades de:
MotivaçãoClarificação ou percepção
Verificação dos pré-requisitos necessáriosApresentação do conteúdo ou componentes da tarefa
Prática apropriadaPrática gradual
Orientação contínuaFeedbacks
Variação de estímulos
Método demonstrativo
Privilegia o saber-fazer.3 Fases:
1. Informação Inicial (verbal).2.Demonstração (execução).3.Realização pelos Praticantes (prática)4.Correção.
(ou de instrução directa do Arends).
Método DemonstrativoDecompor a tarefa em partes/operações elementares.Ordenação lógica (pedagógica) dessas operações.Informação anterior clara.Competência na demonstração.Qualidade do feed-back.
A demonstração como técnica de ensino
Dirigido à aprendizagem no domínio do saber-fazer.Um excelente meio para fornecer uma imagem motora.
Variáveis a gerir:
Escolha do modelo:o treinador (imagem positiva de si e da atitude face às práticas).Um praticante: ef. de modelação e motivação.
Nível do modelo: um bom modelo bom ou médio, nem sempre os muito bons.passar por muitos estudantes, se possível.“Se não sabe fazer não demonstra”
Demonstrar erros: um bom executante ou o treinador. Destacar que se trata de demonstrar um erro. Evitar chamar os maus praticantes a demonstrar.
A demonstraçãoInformação anterior: preceder a demonstração de uma explicação -focalizar a atenção ou demonstrar e explicar simultaneamente.
Foco verbal: dizer antes para onde olhar.
Quantidade de informação: centração sobre poucos aspectos / “uma coisa de cada vez”.
Relevância da informação: aspectos críticos.
Posição de observação: planear a posição dos observadores. Todos vêem?
Distância de Observação: planear a distância de observação.
A demonstraçãoPerspectiva: decidir sobre a perspectiva de observação/diferentes perspectivas/
Ex: de perfil, de frente, etc.
Âmbito: demonstrar o “todo” e/ou as “partes”. Alternar total/parte/total.
Quantidade de repetições: nº de vezes a repetir a demonstração.
A demonstração
Velocidade da Demonstração: realizar a velocidade normal e, eventualmente, reduzida.Local: de preferência, demonstrar no local onde se vai concretizar a prática.Condições materiais: planear os materiais necessários e tê-los no local onde vão ser necessários.Segurança: Salientar as regras de segurança, treiná-las.Controlo:Retirar dúvidas no final.
Construir uma Exposição Oral
Objectivo: delimitar o objectivo.Duração:prever a duraçãoComplexidade: Delimitar conteúdos e profundidade/complexidade do seu tratamento.Diagnóstico: considerar o perfil dos formandos. Fases: 3 Momentos
IntroduçãoExplanaçãoConclusão
1. Apresentar uma síntese inicialApresentar objectivos e estabelecer a prontidão (predisposição)
2. Apresentar os conceitos a partir de exemplos e não-exemplos. Apresentação de elos explicativos e novos exemplos
Apresentação de exemplos concretos retirados da experiência.3. Testar a aquisição.4. Generalizar a partir dos exemplos.
Análise do raciocínio e integração da aprendizagem5. Apresentar novos exemplos ou demonstração6. Generalizar, sintetizando7. Sublinhar o interesse e a aplicabilidade
Introdução
Conclusão
Explanação
Construir uma Exposição Oral
Uso de ExemplosApresentação e Sequência de Exemplos;
Métodos :• - da regra-para-o- exemplo;• - do exemplo-para-a-regra;• -Técnica da regra-exemplo-regra
-Uso de melhores exemplos;Os primeiros exemplos escolhidos deverão ser familiarespara o grupo.
Na apresentação directa:
Nomear o conceito e dar umadefinição;
-Identificar atributos críticos e dar exemplos e não-exemplos;
Testar a compreensão do conceito
Na aquisição de conceitos:
Dar alguns exemplos querepresentem o conceito e outros que o não façam;Formular hipóteses sobre osatributos do conceito e registar as suas opiniõesQuando conhecem o conceitopodem nomea-lo e descrevero processo que usaram para o identificar.
O Ensino de Conceitos
Qualidade das PrelecçõesQualidade das Prelecções
- 2 caminhos:- Partir do particular, da experiência vivida, do concreto, para o
geral, para o abstracto (indução). - Partir do geral para o particular (dedução).
Quantidade de Informação:Pouca informação de cada vez. Duração:Ser breve/ Só a informação mais relevante/Focado nos objectivosLinguagem: adaptada ao nível de compreensãoPersonalização: ser pessoal (nomes e exp. pessoais).Vivacidade (grau de “vida” de uma mensagem)
Qualidade da Informação
- Retenção:- Enfatizar os aspectos essenciais (entoação e
repetição/redundância).- Marcar bem as partes da prelecção- Controlo:
- Procurar ser visto, ver todos e ser ouvido por todos.Prever a posição dos praticantes e do treinador.Todos devem ser visíveis pelo treinador.Dirigir o olhar regularmente para todos os praticantes /auditório.Todos devem ver o treinadorColocação da voz
Qualidade da Informação
Velocidade de exposição ajustada.Fluidez:Falar de forma fluida, sem pausas ou interrupções desnecessárias.Altura e tom de voz ajustados.Linguagem clara e terminologicamente correctaGestão: Planear os momentos de exposição e a sua duração (início da sessão, períodos de repouso e transição, fim da sessão).Gestão:Planear as condições necessárias
Espaço e material necessário...Gestão: Combinar sinais de sinalização prévia de intervenção (ex: levantar o braço).
Qualidade da Informação
Ser interessante, para manter a atenção...Técnica do “Biquini” (pequenos, interessantes, cobrindo o essencial).Movimentação:Movimentar-se de forma dinâmica pelo espaço.Controlo da qualidade da informação:
Verificar o grau de compreensão da informação• Reservar tempo para dúvidas e discussão• Utilizar o questionamento.
Qualidade da InformaçãoControlo Intermédio:fazer balanços intermédios – ponte entre a matéria anterior e a que se vai seguir.
Ordenação da informação: Trabalhar a matéria principal, de cariz teórico e intelectual logo no início.
1º Conteúdo, 2º organização.Ex: Se sabe logo que é preciso um parceiro vai logo à procura...Deixar para mais tarde a informação acessória.
Recorrer às fontes, explicar as diversas concepções e as razões porque opta por uma no caso de opiniões divergentes.
Qualidade das ComunicaçõesRedundância q.b.
Remover distracções do ambiente
Garantir a atenção
Mensagens verbais congruentes com as mensagens não-verbais.
Entusiasmo do treinador (discurso variado, rápido e com inflexões vocais, exemplos demonstrativos, energia, exuberância, movimentos com o corpo...)
Paralinguagem
Volume da vozRessonância (riqueza ou finura)ArticulaçãoEntoação/ritmo (ênfase posta em diferentes palavras).
Pode ser decisiva na comunicação e na persuasão.
Utilizar meios gráficos no decurso das exposições1 Grandes (“legíveis” por todos)2 Atraentes3 Só informação essencial 4 Complementar com imagens e texto5 Acompanhar com exposição verbal
• Evitar ler o texto6 Colocá-los perto de zonas de trabalho -
- ou deixar para consulta durante a prática.
Meios audio-visuaisProcure prender a atenção
Apresente questões e problemas de forma gráfica.
Use cores, formas, posições e tamanhos contrastantes.
Use sublinhados, linhas e outros destaques sobre o essencial.
Meios auxiliaresExemplos:Quadro Preto, magnético, cavalete,CartazesRetroprojector, acetatos,Slides, projectorVídeo,Documentação de apoio
Saber produzi-los e utilizá-los com qualidade é decisivo.
Exemplos com cor
Dette er en test
Dette er en test
Dette er en testDette er en test
Dette er en test
Dette er en tast
Dette er en testDette er en test
Dette er en testDette er en festDette er en test
Dette er en testDette er en testDette er en testDette er en testDette er en testDette er en testDette er en heltDette er en testDette er en testDette er en testDette er en test
Dificuldades
Os meios audio-visuais podem distrair.
Trata-se de informação a 2 dimensões.
O campo de visão é limitado
Gestão das intervenções (verbais) dos atletas
Regras de Intervenção:Ex: Levantar a mão para intervir
Não permitir comportamentos desrespeitosos.Interromper conversas privadas e paralelas e fazer pontos de ordem. Não deixar interromper os colegas.Ensinar a aprender a ouvir os outros:
Ex: pedir para dizer o que pensa, em resumo, do que o último acabou de dizer.
Gestão das intervenções dos atletas
Centrar e conter os mais divagadores.Evitar referências marginais. Evitar que alguns alunos dominem e outros não intervenham.Levantar questões pertinentes aos mais tímidos e esquivos.Tomar em conta as várias perspectivas.Não ignorar nenhuma pergunta nem nenhuma resposta.Integrar, na exposição, referências dos formandos.
Gestão das intervenções dos atletas
Apontar aspectos chave no quadro.Acalmar tensões e conciliar pontos de vista, esclarecendo os pontos de desacordo e enfatizando os pontos comuns.Não valorizar muito a participação se estão a prestar atenção.
Quando tentam “testar” o treinador:
Manter-se imperturbável.
Responder com firmeza, sem agressividade.
Brincar com a situação...
Gestão das intervenções dos atletas
Responder às objecções complexas
Esclarecer, valorizar, argumentar e concluir.1. Pedir para esclarecer qual é especificamente a objecção
Evitar responder logo, evitar generalizar, dar tempo para pensar, encontrar mais pistas de resposta na própria objecção.Perguntar qual é a resposta ao formando e/ou aos estudantes (perguntas de ricochete).
2.Valorizar: admitir a sua pertinência ou razão de ser.Valoriza-se o conteúdo mas mais a pessoa, permite ganhar o apoio do atleta.
3. Argumentação.4. Conclusão de acordo com a perspectiva dos argumentos.
Produzir documentos de apoioDecisivos:
Aquisições no plano dos conhecimentos (declarativos)
Estudo autónomo
Dar informação sem consumir tempo de aula
Que tipos de documentos ?
Sobre objectivosRegras organizativas e disciplinaresDescrições técnico-tácticas.RegulamentosSistema de avaliaçãoPlanos individuais de trabalhoDocumentos orientadoresTextos de apoio/livros/sebentas...Registos de presenças/resultados/pontuaçõesFichas - tarefaEtc..
Produzir documentos de apoio
Como os organizar?
Esclarecer objectivos dessa documentaçãoEventualmente, apresentar objectivo, interesse, utilidade.
Linguagem adaptada.Sequência lógica de informação.
Produzir documentos de apoio
Captar o interesse e a atençãopartir de exemplos concretos ou imagensAbstrair (do exemplo para a regra!)mais exemplos (ou imagens).Usar muitas ilustrações é sempre um bom conselho!Conter pouca informação: focagem no essencial.Texto interessante/documento atraente“Sublinhar” aspectos essenciais: itálicos, bolds, maiúsculas, etc.
Produzir documentos de apoio
Evitar texto densoEspaçamento entre linhas, nº de linhas por página, etc. devem ser pensados para facilitar a leitura.Alternar figuras e textoUtilizar figuras grandes, visíveis e nítidas.
Legendar as figurasTerminologia e Redacção correctas
O caso das fichas-tarefaQuestões de concepção da ficha
1.Objectivo da tarefa.2. Descrição, nome e imagem desta.3. Condições de realização.4. Critérios de êxito.5. Variantes de facilidade ou dificuldade..6. Regras de segurança ou outras.Criar condições para que fiquem disponíveis durante a prática.Atraentes
Utilização dos documentos de apoio
Técnicas de implementação
Estimular a leitura, o estudo, a consulta.
Fazer perguntas sobre os documentos.
Retirar dúvidas sobre estes.Basear os momentos de informação neles.Realizar fichas e pequenos testes formativosElogiar quem o fez.
- Criar o hábito da sua utilização -
O método InterrogativoBaseia-se na aprendizagem com base em perguntas feitas ao formando e posterior correcção do formador.
Método demorado e muito exigente.
Pode ser usado isoladamente (maieutica de Sócrates) mas é comum usar-se em conjunto com os outros: para fazer uma avaliação inicial, para fazer um balanço final, para garantir o controlo do processo expositivo, por exemplo.
Método interrogativoNão é, habitualmente, usado em exclusividade: pode tornar a acção aleatória, quer em termos de gestão do tempo quer dos resultados.
Por vezes é difícil prever a duração das respostas e o nível de participação.Pode não haver respostas.
Implica conhecimentos prévios sólidos da matéria a tratar.
Método InterrogativoExige planificação de uma sucessão de questões.Favorece a reflexão, a compreensão e a apreensão.Favorece um bom arranque do trabalho.Favorece a atenção e a motivação.Favorece a participação.Útil para avaliação diagnóstica, para revisões, para controlo da sessão, para consolidar as aprendizagens.
O QuestionamentoObjectivos
1 Controlar a aquisição de conhecimentos2 Desenvolver a capacidade de reflexão3 Solicitar apreciação e motivar4 Controlo dos aspectos organizativos5 Aumentar a interacção6 Melhorar o clima, gestão e disciplina
O Questionamento - Cont.
Tipos de perguntas1 Que testam conhecimentos (reconstituição de
factos)2 Que despertam novos conhecimentos (“obrigam
a pensar”)3 Perguntas de Conhecimento/Perguntas de Valor4 Perguntas convergentes/P. divergentes5 Perguntas de controlo/organização6 Perguntas de Retórica
QuestionamentoPerguntas de “ricochete”: devolução da pergunta ao indíviduo ou ao grupo.
Perguntas de Remate: Há dúvidas? Mais questões?
O questionamentoGarantir a validade de conteúdo (representatividade das questões).Garantir a adequação ao perfil do formando.Ser subordinadas aos objectivos/relevantes.Linguagem clara (breves e precisas, evitando confundir).
Evitar:Falsas alternativasQuestões demasiado genéricasFrases negativasDuplas negativasQuestões irrelevantes
O questionamento
Foco: focadas nas matérias essenciais.Linguagem adequada: num vocabulário que facilite o seu entendimento.Relevância sócio-cultural: ajustar o conteúdo à cultura do formando e ao meio onde se insere.
O QuestionamentoAs questões devem ser:Significativas e interessantes
As questões mais simples primeiro; aumentar gradualmente a complexidade Ser perceptíveis por todo o auditórioFormular a pergunta antes de nomear o inquiridoPausa entre a emissão da questão e a nomeação do respondente.Dar tempo para responder.
O QuestionamentoOlhar procurando sinais de que estão prontos para responderMaior pausa e mais lentamente se a questão é complexaReformular por novas palavras se não entenderemAgradecer as respostasDeixar claro que não faz mal errar.Distribuir por todo o grupoSe não responde, redirige-se para outro
.
O Questionamento - Cont.
Não aceitar respostas em coro/ só um de cada vez
- dificuldade de controlo- de reforço
Elogiar as respostas correctas e as incorrectas (o esforço de ter participado)Usar diversos tipos de questões
O Questionamento
Combinar um sinal para responder.Usar perguntas de encaminhamento- Dar “dicas” de resposta para ajudar
Usar perguntas de aprofundamentoNo caso de respostas superficiais
Encorajar a colocação de questõesUsar após períodos de informação
O QuestionamentoDe acordo com as taxonomias:
BLOOM (cognitivo) KRATHWOHL (afectivo)
Memorização CompreensãoAplicaçãoAnáliseSínteseAvaliação
Recepção - AtençãoResposta - ParticipaçãoValorização - 1 valorOrganização - Sistemade valoresActuar de acordo com o sistema de valores
São perguntas que estimulam a aluno/atleta a recordar o que viu viu ou ouviu, associadas à memorização.
Geralmente são fechadas podendo ser desde questões do tipo sim/não até questões de evocação, recordando factos, terminologia, convenções, regras, leis, etc.
Ex: Enuncia a regra do fora de jogo em Futebol.
Perguntas de Conhecimento
Perguntas de Compreensão
• Estimulam a compreensão daquilo que se recorda, correspondendo a descrições pelas suas próprias palavras (tradução ou transposição), ao enunciar de ideias básicas (interpretação) e às comparações. Envolve, também, uma síntese.
• Referem-se sempre a informação dada.
• Ex: Identifica as consequências da actividade actividade física regular na saúde.
Perguntas de Aplicação
Envolvem transferência de conhecimentos de situações conhecidas para situações novas.
Por ex.., deduz as consequências da violência nos estádios a partir de acontecimentos paralelos ocorridos no passado.
Perguntas de Análise• São perguntas envolvendo a capacidade de dividir um
todo em partes, de identificar as relações entre as partes, de esclarecer a estrutura do todo, de identificar motivos e causas subjacentes, fazer inferências e dar exemplos das suas afirmações.
• Exigem organização de ideias, procura de evidências, interpretações e generalizações.
• Ex.: Identifica, na análise do desporto, as motivações subjacentes ao comportamento do público desportivo.
Perguntas de Síntese
• Envolvem a reunião de componentes de de forma a obter um novo conjunto, conduzindo à expressão de uma criação criação original do indivíduo.
• Ex: Elabora um programa individual de preparação da sua condição física.
Perguntas de AvaliaçãoSolicitam um juízo emitido sobre algo em análise, com base em critérios dados.Juízos sobre a qualidade das ideias, sobre o valor das soluções dos problemas. São perguntas que solicitam opinião exigindo juízo de valor sobre as ideias.Ex: Avalia o comportamento dos atletas de alta-competição de acordo com o modelo comportamental do olimpismo
Domínio Sócio-Afectivo
• Perguntas de Recepção: Perguntas que estimulam a disposição do sujeito para tomar consciência e prestar atenção aos fenómenos à sua volta. Ex: Estão a ouvir?
• Perguntas de Resposta: Avaliam a participação, a disposição para responder, a a satisfação na resposta. Ex: Estás a gostar do jogo?
Domínio Sócio-Afectivo
• Perguntas de Valorização (ou Valor): São perguntas que exigem atribuição de um valor às às realidades com que se lida, envolvendo aceitação de um valor, preferência por um valor e defesa de um valor. Exigem apreciação. apreciação.
• Ex: Achas que se devem respeitar sempre as decisões do árbitro?
Domínio Sócio-Afectivo
• Perguntas de Organização: • Questões que exigem a reflexão sobre
diferentes valores, demonstrando a existência de um sistema conceptualizado e coerente de valores por parte do indivíduo.
• Ex: Exponha a sua concepção da utilidade do desporto no desenvolvimento dos indivíduos.