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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013-06-14 · A DITADURA DA BELEZA A DITADURA DA BELEZA Rio Negro- PR 2010 Unidade Didática, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE

PARANAGUÁ

RIO NEGRO- PR

2010

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LÍLIAN BOGO RIBAS

UNIDADE DIDÁTICA

A DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZA

Rio Negro- PR

2010

Unidade Didática, apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, sob a orientação do Professor Adilson do Rosário Toledo da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá.

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PRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática resulta do estudo realizado para a elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica intitulado “Práticas discursivas não artificiais: A importância da produção textual com intenção comunicativa”, o qual pretende propor práticas pedagógicas que contemplem uma exploração relevante e consistente do fenômeno linguístico.

Contribuíram para a concretização deste trabalho os professores participantes do GTR (Grupo de Trabalho em Rede), os quais, através de seu conhecimento e experiência profissional, sugeriram textos e atividades.

Os gêneros textuais selecionados para este material voltam-se para a temática “A ditadura da beleza”, com o objetivo de instigar os alunos para uma discussão crítica a respeito do controle que os meios de comunicação exercem na sociedade, derrubando barreiras culturais, padronizando hábitos de vida e de consumo. Sendo assim, pretende-se com este trabalho estimular o crescimento pessoal, social e político do aluno, através da ampliação gradativa de suas potencialidades comunicativas.

Este material é dirigido aos professores inconformados com o quadro desanimador da educação brasileira, com o objetivo de provocar neles uma revisão de concepções e atitudes, um redimensionamento de valores. Como afirmou o educador Darcy Ribeiro: "sempre há o que aprender, ouvindo, vivendo e sobretudo, trabalhando, mas só aprende quem se dispõe a rever as suas certezas”.

Bom trabalho a todos!

Lílian Bogo Ribas

Professora PDE

Adilson do Rosário Toledo

Orientador

A

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A DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZAA DITADURA DA BELEZA

“... além da fome de pão, cruel mas saciável, há a da beleza, voraz e infindável.”

(Frei Beto)

1. Concepção e aspectos metodológicos

Este trabalho está fundamentado na concepção interacionista da língua, a qual preconiza que o conhecimento da linguagem é interiorizado a partir de atividades com a própria linguagem, tecida nas relações sociais, na interlocução. Pensar a linguagem como forma de interação, é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais.

A teoria da enunciação também embasa este material pedagógico, cuja filosofia preconiza que os textos (gêneros textuais) têm sua origem no processo dialógico entre o locutor e o interlocutor da mensagem. Assim, o texto é entendido como uma unidade de ensino-aprendizagem que permite o diálogo com outros textos.

Em cada situação em que a língua é utilizada são criados tipos relativamente estáveis de enunciados, os gêneros discursivos/textuais, que são os textos materializados encontrados nas diferentes esferas sociais e que possuem formato próprio, suporte específico e possíveis propósitos de leitura. O aluno precisa conhecer esse universo textual e interagir nele e com ele, precisa saber que existem gêneros que provêm de diferentes esferas (jornalística, religiosa, científica, literária, etc), cada um com suas especificidades e intenções (relatar, convencer, divertir, instruir, negar, etc). Afinal, produzimos discursos orais e escritos através dos gêneros, então, desta forma, aprendemos a falar e a escrever melhor, aprendendo os gêneros. Assim, o ensino dos diversos gêneros textuais possibilita aos alunos a compreensão dos discursos que os cercam e condições para interagirem com esses discursos.

Na leitura e na produção textual dos diferentes gêneros o aluno precisa reconhecer que os recursos expressivos têm papel relevante na constituição da significação e que é fundamental a análise do texto conforme as intenções e as condições de sua produção.

Em relação à produção textual é preciso que o aluno tenha o que dizer, que tenha uma razão para dizer, que tenha para quem dizer. Dessa forma, ele se constituirá como sujeito, escolhendo as estratégias adequadas para se fazer entender. A existência desta relação interlocutiva é que orientará todo o processo da prática com a linguagem.

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Para concretizar esses pressupostos teóricos, organizamos esta Unidade Didática, com atividades prévias de leitura de diversos gêneros textuais (novela juvenil, reportagem, notícia, charge, texto de opinião e carta pessoa), que tratam dos mesmos assuntos (anorexia, bulimia, uso nocivo dos anabolizantes e a ditadura da beleza). O objetivo desta sequência didática é desencadear uma proposta de produção textual que terá como interlocutora uma leitora real.

Para que o aluno possa amadurecer sua capacidade de se expor oralmente, numa situação formal, será proposta uma pesquisa em grupo, cujas informações serão socializadas para a turma.

Posteriormente, com o objetivo de ampliar os conhecimentos sobre os temas pesquisados será agendada uma palestra com um profissional de saúde (psicólogo, psiquiatra ou nutricionista).

Na produção textual, para que o aluno possa “ter o que dizer” é preciso que tenha um amplo repertório de leituras. Por isso, os alunos terão a oportunidade de ler de forma compreensiva e crítica diferentes gêneros textuais, reconhecendo neles suas intenções e especificidades. Além dos textos impressos, também serão utilizados alguns textos digitais (vídeos), os quais serão utilizados como motivadores e amplificadores da aprendizagem.

“A razão para se dizer” será determinada pelo gênero proposto (carta pessoal) para a produção textual. O aluno entrará em contato com este gênero primeiramente como leitor, analisando suas intenções e especificidades e depois como escritor.

“Para quem dizer”, esta condição será real na produção textual do aluno, uma vez que seu texto não será lido somente pela professora, mas terá uma destinatária real, o que pressupõe a adequação do texto tanto à situação determinada como também à interlocutora.

Finalmente, na prática de produção de texto, é fundamental conscientizar o aluno sobre a importância de se planejar, escrever, revisar e reescrever. Estas etapas precisam ser respeitadas porque delas depende a qualidade do texto. Neste aspecto, o professor desempenhará o papel de mediador, procurando fazer com que o aluno comunique bem suas ideias, considerando a leitora do texto e o gênero proposto. Nesta atividade, o aluno precisará refletir sobre a organização do texto, os elementos coesivos a serem utilizados, sinais de pontuação, etc.

Desse modo, a revisão e a reescrita dos textos constituem a essência da prática de análise linguística, permitindo ao aluno compreender como a língua funciona. Ao mesmo tempo em que o aluno reflete sobre o uso da linguagem no seu texto, pode refletir sobre a linguagem dos textos produzidos pelos colegas. Esta é uma oportunidade para o professor trabalhar o texto produzido pelo aluno, destacando dele alguns aspectos relevantes para o trabalho com a língua, sem que isso se torne um exercício improdutivo de fazer análise sintática ou de classificar as classes de palavras do texto.

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Na produção escrita alguns aspectos devem ser considerados: intenção, ideia central e coerência entre as partes do texto, elementos coesivos, interlocutor, gênero, título, pontuação, concordância verbal e nominal, paragrafação, maiúsculas e minúsculas, ortografia, acentuação gráfica.

Dessa forma, a análise linguística do texto produzido pelo aluno, permite enfocar a gramática de uma forma diferente, direcionando-a para a melhoria do texto do aluno. As noções gramaticais vão se formando a partir das atividades com a linguagem e com a reflexão sobre a língua.

Assim, o que se deve priorizar, através da análise linguística, é o aprimoramento dos conhecimentos discursivos dos alunos e não o estudo tradicional da nomenclatura gramatical.

Dentro desta perspectiva, a reescrita é o procedimento indispensável para a reestruturação do texto do aluno. Por isso, nesta unidade didática, o professor fará a seleção de alguns textos que representem os problemas de escrita da turma, priorizando aqueles que interferem na clareza do texto. Os textos escolhidos serão colocados em transparências no retroprojetor para que os alunos possam visualizá-los e, com a mediação do professor, haverá a revisão das partes que dificultam o entendimento do texto. À medida que os problemas vão sendo resolvidos pelo grupo, a nova versão do texto será registrada na lousa por um aluno. Isto permitirá que os alunos comparem o texto reescrito com a versão original.

A seguir, será proposto aos alunos que, em duplas, façam a revisão e a reescrita de seus textos, permitindo assim a reflexão sobre o que foi produzido e a troca de opiniões e críticas. Depois de feita a revisão e reescrita de todos os textos, os mesmos serão enviados via e-mail para a sua destinatária.

2. Objetivos específicos da Unidade

o Proporcionar aos alunos o contato com textos de diferentes gêneros, a fim de que eles compreendam que cada um tem formato próprio, suporte específico e possíveis propósitos de leitura.

o Empregar textos de diferentes gêneros, mas que tratem do mesmo assunto, para que os alunos reconheçam a leitura como meio de aquisição de conhecimento e fonte de ideias essencial à produção textual.

o Oportunizar aos alunos a produção de texto com destinatário definido, para que eles aprendam a incorporar a figura do leitor no seu processo de escrita.

o Orientar os alunos na revisão e reescrita do seu texto para que eles se acostumem com o papel de críticos da própria produção, como forma de aprimorar sua escrita.

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o Levar os alunos a descobrirem a importância do conhecimento do sistema linguístico da Língua Portuguesa, através da análise linguística contextualizada.

o Conscientizar os alunos sobre os riscos da anorexia, bulimia e do mau uso dos anabolizantes e sobre a importância de se valorizar a beleza interior das pessoas.

3. Textos e atividades

Antes de se iniciar o trabalho com os textos desta unidade, é importante que se explique aos alunos sobre a definição de Gêneros Textuais e suas diferentes esferas de produção, formatos, suportes e intenções. É interessante levar textos diversos para sala de aula para que o aluno compreenda que os gêneros textuais circulam em todo meio social, cada qual com sua função e especificidade. Como instrumento potencializador da aprendizagem, indicamos a utilização do vídeo Gêneros Textuais, com aproximadamente 4 minutos de duração, produzido pelo Programa Escrevendo o Futuro.

Inicialmente, o texto selecionado para a prática de leitura é a novela juvenil “Quero ser belo” (texto 1), da autora Tânia Alexandre Martinelli, a qual trata dos problemas que serão discutidos em outros gêneros nesta mesma Unidade. O texto será lido para os alunos em voz alta, alguns capítulos a cada aula, como forma de motivá-los para a leitura de outros livros fora do contexto escolar. Além disso, a atividade de ouvir exige um exercício de ativa interpretação e interação por parte de aluno. A cada aula, após a leitura dos capítulos, haverá a formulação de questionamentos orais, a fim de que os alunos reflitam sobre a temática da obra, o comportamento dos personagens e contextualizem o que foi lido.

A seguir, serão trabalhados os gêneros textuais: reportagem, notícia, charge, texto de opinião e carta pessoal. Entre a leitura do texto de opinião e da carta haverá a proposição da pesquisa, da palestra e a análise dos vídeos. O trabalho com todos estes textos visa a preparação dos alunos para a produção textual.

Depois da leitura da carta pessoal, será proposta uma pesquisa na internet sobre a vida da escritora Tânia Alexandre Martinelli (autora do livro que será lido no decorrer da Unidade) para que os alunos saibam mais sobre ela. Isto facilitará a produção textual do aluno que conhecerá um pouco mais sobre sua interlocutora e terá mais ideias para seu texto.

Texto 1 – Novela juvenil: Quero ser belo -disponível no livro da Editora Saraiva, autora: Tânia Alexandre Martinelli, 4 ed., 2003.

Texto 2 – Reportagem: Diários do terror – disponível no livro didático da Atual Editora, autores: William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, Português Linguagens, 8ª série, 4 ed., 2006, p. 12.

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A reportagem é um texto jornalístico que tem por finalidade relatar um fato com mais profundidade, pois utiliza não só dados estatísticos, fotografias, etc, mas também a opinião do jornalista e de pessoas envolvidas com o assunto. Possui normalmente três partes: manchete, lead, corpo.

A manchete é o título da reportagem e tem o objetivo de atrair a atenção do leitor para o texto.

Lead é o resumo, que aparece no início da reportagem.

Corpo é parte do texto que desenvolve o assunto, apresentando detalhes sobre o fato relatado. (Solicitar aos alunos que localizem no texto a manchete, o lead e o corpo)

1- Liste as palavras do texto que você desconhece o significado e selecione, no dicionário, aquele que mais se aplica ao contexto.(É importante corrigir esta questão junto com os alunos antes dar prosseguimento à atividade)

2- Onde e quando o texto foi publicado?

3- Como podemos afirmar que esse texto trata-se de uma reportagem?

4- Essa reportagem foi escrita principalmente para que tipo de leitor?(criança, adolescente, adulto, idoso) Por quê?

5- Qual o assunto principal dessa reportagem?

6- Cite passagens do texto em que aparece a opinião do jornalista sobre o tema abordado.

7- As meninas, adeptas da bulimia e da anorexia, consideram essas práticas: (a) como dois distúrbios alimentares graves que podem levar à morte.

(b) como um estilo de vida a ser seguido, por isso escrevem blogs, participam

de discussões e criam comunidades no orkut dedicadas às mesmas.

(c) um perigo para a saúde que ronda a internet, por isso se comunicam pelo

MSN, por e-mail, cartas e blogs, para alertar outras adolescentes sobre esse

problema.

(d) uma maneira de emagrecer, mesmo conhecendo os riscos que as mesmas

oferecem para a saúde.

8- O emprego de aspas em expressões como: “ana” “ mia” “ miar” “ no food” ,

serve para:

(a) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias.

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(b) para realçar uma palavra ou expressão.

(c) antes e depois de citações textuais.

(d) indicar uma enumeração.

9- Quanto ao emprego da palavra “embarcar” no 4º parágrafo do texto, só

NÃO corresponde ao mesmo sentido:

(a) O atleta morreu de insuficiência cardíaca, pois embarcou na onda dos

anabolizantes.

(b) Um adolescente ofereceu droga ao amigo e este embarcou nessa ideia.

(c) Os turistas embarcaram no avião revoltados com o atraso do voo.

(d) Fazer uma viagem pela bulimia e anorexia é embarcar numa roubada.

10- O que as garotas anoréxicas e bulímicas procuram nos encontros virtuais?

11- “Isabel sabe que pode morrer se continuar nesse regime, mas não pensa

em se tratar”. Os conectivos “se” e “mas ” expressam, respectivamente,

relações de:

(a) condição e adversidade

(b) causa e condição

(c)adversidade e tempo

(d)causa e condição

12- O pronome “isso ” (último parágrafo) retoma:

(a) a palavra “mias”

(b) a palavra “regime”

(c) o verbo “continuar

(d)o verbo “tratar”.

13- A opinião das garotas anoréxicas e bulímicas e da psiquiatra Tatiana Moya em relação à doença é a mesma ou difere? Explique.

14- Observe os três boxes que contêm trechos dos blogs “pró-ana e “pró-mia”. Que tipo de linguagem aparece neles? Formal ou informal? Por que eles estão escritos com vocábulos abreviados e reduzidos?

15- Observe o depoimento da gaúcha Karina: “Vivemos vendo aquelas modelos magérrimas em propagandas e todas aquelas mulheres maravilhosas

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na TV. Com isso nos sentimos inferiores. A mais feia das feias”. Você acha que a mídia interfere tanto assim no comportamento das pessoas? O que você acha disso? Você se sente influenciada pela mídia para estar de acordo com o padrão de beleza imposto por ela?

Texto 3– Notícia: “Ele estava nervoso”, diz mãe de jovem morto por us o de anabolizantes , disponível em:< http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1348986-5605,00>

Esse texto também faz parte do gênero jornalístico. É uma notícia . A notícia também relata um fato, só que de maneira mais ligeira e impessoal, isto é, o jornalista não demonstra sua opinião, não faz comentários.

1- Procure no dicionário o significado das palavras destacadas abaixo:

a) Ele sempre foi uma pessoa que cultuou muito o corpo.

b) No atestado de óbito , a causa da morte é descrita como abuso de anabolizantes e hormônios masculinos , além de intoxicação.

2- Qual o fato relatado nessa notícia?

3- Observe o uso das aspas nesse texto, em que situação elas ocorrem?

4- Que outra palavra foi utilizada no 2º parágrafo em substitução à anabolizante? E no 4º parágrafo?

5- Qual foi a principal consequência do uso abusivo de anabolizantes que chamou a atenção dos familiares da vítima?

6- O que nos chama a atenção em relação ao curso universitário que a vítima estava fazendo e a causa de sua morte?

7- Quanto ao conteúdo do texto, podemos estabelecer uma relação entre a notícia e a reportagem lida anteriormente? Explique.

8- O último parágrafo da notícia relata um fato semelhante ocorrido em outra cidade. Por que esse fato foi citado ao final da notícia?

Texto 4– Charge: Anabolizante : disponível em:<http://www.ccs.saude.gov.br/visa/humorDown.html>

A charge é um texto que se utiliza de um desenho humorístico para retratar de forma crítica um problema da realidade.

Observe a charge e responda:

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1- O que causa humor no texto?

2- A partir da leitura da charge pode-se depreender que:

(a) não há médicos suficientes para atender no Sistema Único de Saúde

(SUS), por isso o ser humano tem de buscar alternativa com médico

veterinário.

(b) o ser humano emprega medicamentos de uso veterinário para melhorar sua

performance física e não se preocupa com as consequências desse uso à

saúde.

(c) o homem precisa de atendimento veterinário, porque os clínicos gerais não

dão conta de resolver problemas de saúde.

(d) o homem precisa esperar o médico atender primeiro aos animais e por

último ao ser humano, por isso está inchado de raiva.

3- A figura do burro nesta charge reforça a tese de que:

(a) o burro, um animal irracional, faz uma ironia ao homem, ser racional, pelo

uso de medicamento veterinário.

(b) o burro, historicamente conhecido como desprovido de inteligência, serve

para dar conselhos ao homem.

(c) o burro é o animal mais indicado para dar conselhos ao homem sobre

medicamentos de uso veterinário.

(d) o burro é considerado mais inteligente que o cachorro, por isso pode

aconselhar o ser humano.

4- “Andou tomando minhas vitaminas, heim?!

a) Esta fala e a expressão corporal do burro indicam: (a) satisfação (b) recriminação (c) comparação (d) compreensão (e) aceitação b) A que se refere a palavra “vitaminas ” nessa oração?

c) O emprego do pronome possessivo “minhas” na fala do burro serve para

reforçar a ideia que os medicamentos de uso veterinário são indicados:

(a) somente para animais.

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(b) tanto para seres humanos quanto para animais.

(c) apenas para seres humanos.

(d) inclusive para seres humanos.

d) O emprego da frase interrogativa/exclamativa na charge serve para:

(a) tirar uma dúvida.

(b) ironizar a situação vivida pelo homem.

(c) reforçar a ideia de questionamento.

(d) confirmar que o burro não é inteligente.

5- O que denota a fisionomia do homem na charge? O que você acha que ele

poderia ter respondido ao burro?

6- Qual a relação da charge com o texto anterior?

7- Qual o problema social criticado na charge?

LEIA, REFLITA, COMENTE

Você sabia que...

• uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência apontou que foram feitas 645.464 cirurgias plásticas em 2009 no Brasil. Deste total, 69% foram cirurgias estéticas e 31% reparadoras, o que representa 1.788 cirurgias plásticas por dia. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial, só perdendo para os Estados Unidos.

• o quadro Mona Lisa, pintado por Leonardo da Vinci, retrata o padrão de beleza da época (1506), ou seja, as mulheres tinham que ser “rechonchudinhas” e trajar muitas roupas.

• Já foram vendidas mais de 1 bilhão de bonecas Barbie em todo o mundo, desde seu lançamento em 1959. O formato do seu corpo, busto grande e cintura muito fina, representa uma imagem inalcançável para as meninas. Com esse corpo, se ela fosse uma adolescente sofreria de anorexia.

• As loiras representam a maioria hoje nos desfiles de moda, nas capas de revista e nos programas infantis, mas, na época da colonização,

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quando os europeus chegaram à África, à América e à Ásia, os brancos eram vistos como fantasmas ou demônios.

Texto 5 – Texto de opinião: Quando o belo feminino se torna um pesadelo e uma obrigação, de Rosângela Angelin. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/046/46cangelin.htm>

Esse é um texto de opinião também chamado de argumentativo . Nele, o autor defende seu ponto de vista com a intenção de convencer o leitor, alterando sua opinião. O texto de opinião apresenta uma introdução (que indica o assunto a ser tratado), o desenvolvimento (onde constam os argumentos utilizados pelo autor para defender sua opinião) e uma conclusão (avaliação final do assunto, uma solução para o problema apresentado). É encontrado normalmente em jornais e revistas.

1- Liste as palavras do texto que você desconhece o significado e selecione, no dicionário, aquele que mais se aplica ao contexto. (É importante corrigir esta questão junto com os alunos antes dar prosseguimento à atividade)

2- Assinale qual o assunto principal do texto: (a) A beleza é algo relativo. (b) Toda mulher, por imposição da mídia, se vê obrigada a ser bela. (c) A discriminação do corpo feminino nos programas de TV e concursos de beleza. (d) A mídia, a serviço do capitalismo, impõe um padrão de beleza para a sociedade. Isto causa uma inversão de valores, nos quais a busca por um corpo perfeito se torna sinônimo de felicidade. (e) A mulher continua sendo o alvo mais visado da “estética” corporal dominante em nossa sociedade. 3- A quem, em especial, o texto é dirigido? Comprove sua resposta com uma frase do texto.

4- Que opinião a autora defende no texto?

5- Que argumentos a autora utilizou para defender sua opinião e convencer o leitor?

6- Por que a autora afirma que a beleza é algo muito relativo?

7- Segundo o texto, como a beleza era vista antigamente e como é encarada nos dias atuais?

8- Por que a escritora americana Noemi Volf afirma que a beleza “é um sistema monetário assim como o ouro”?

9- Com que finalidade a autora, no 4º parágrafo, compara os concursos de beleza às mostras de gado?

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10- Segundo a autora, qual é o papel da mídia na imposição do padrão de beleza dominante em nossa sociedade? Com que propósito isso acontece?

11- “Prova disto , é que os padrões de beleza modificaram-se no decorrer da história da humanidade” (1º parágrafo). O vocábulo destacado refere-se a que parte do texto?

12-“As mulheres são apresentadas, em sua grande maioria, como figuras bonitas e atraentes, porém , imbecis, desprovidas de ideias e vontades.”

No trecho acima, a conjunção porém pode ser substituída sem alterar o sentido da frase por: (a) portanto (b) entretanto (c) por consequência (d) uma vez que 13- “Lamentavelmente, este exemplo evidencia a forte discriminação da mulher como ser humano, ditada pelo mundo masculino e, muitas vezes, aceita pelas próprias mulheres” (5º parágrafo)

A expressão destacada refere-se a qual fato relatado no texto?

14- A conjunção “embora ” (último parágrafo) pode ser substituída, sem alterar

o significado, por:

(a) caso

(b) quando

(c) ainda que

(d) já que

15- Como a autora conclui o texto?

16- A autora do texto é uma feminista. Feminista é a pessoa participante do Feminismo, movimento que luta pela valorização da mulher e pela ampliação dos seus direitos na sociedade. Você acha que o texto escrito por ela está coerente com as ideias do Feminismo? Por quê?

17- Na sua opinião, ter um corpo bonito garante a felicidade da pessoa? Explique.

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Texto Complementar: E o que a globalização tem a ver com isso? . Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/3099404/A-beleza-na-modernidade>

1- Justifique o uso dos parênteses no 1º parágrafo.

2- No fragmento: " E dentro desse contexto, segundo a lógica capitalista, quanto mais pessoas consumirem os mesmos produtos mais fácil será a produção deles e por consequência , maior será o mercado consumidor e também o lucro dos fabricantes." Os termos destacados podem ser substituídos , sem prejuízo de sentido, respectivamente por:

(a) de acordo com - consequentemente

(b) conforme - porque

(c) porém - também

(d) entretanto – portanto

3- Por que o texto cita a pretensão de uma japonesa em se parecer com a Gisele Bündchen como um exemplo da dominação cultural na era da globalização?

4- Explique a frase: " E, mais uma vez, quem sorri por último são os donos das indústrias de beleza".

5- Esse texto está sendo contraditório com o texto apresentado anteriormente? Explique.

Texto 6 – Carta Pessoal

Curitiba, 06/05/10.

Patrícia,

Oi, amiga, tudo legal? Comigo tudo a mesma coisa. Sei que com você posso desabafar. Estou muito triste, depressiva. Lembra que eu lhe falei sobre meu tratamento? Pois é, não está surtindo efeito. Toda semana, na sexta, tenho consulta com a psicóloga. Ela tenta me ajudar, mas não está adiantando. Ela tenta fazer eu enxergar que estou

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errada, insiste que o meu problema está relacionado a conflitos familiares, mas não é.

Só eu sei o que sofro por ser assim, por pensar dessa forma. A realidade é que meu problema está relacionado ao medo que tenho de ser gorda e ser humilhada por ser feia aos olhos dos outros. Quando penso que posso engordar me desespero, imagino a cena, todos me chamando de gorda, feia, assim como fizeram com minha irmã mais velha. Os garotos sempre a humilharam por ela ser gorda, não quero passar pelo que ela passou.

Você sabe, tenho um misto de anorexia e bulimia. Às vezes como compulsivamente e depois provoco o vômito. Outras vezes passo horas sem me alimentar. Sinto que o estrago está cada vez maior. Estou com a garganta machucada de tanto vomitar, estou vomitando sangue. Sinto que estou cada vez mais fraca.

A vida é cruel demais, não sei o que fazer para melhorar. Essas doenças estão me destruindo e eu não consigo vencê-las, elas são mais fortes do que eu. Tenho vontade de adormecer e não acordar nunca mais. Cansei de sofrer, não sou feliz e por mais que eu emagreça não serei feliz, pois quanto mais eu emagrecer mais magra vou querer ser, isto é, nunca estarei bem comigo mesma.

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Será que vale a pena lutar? São 5 anos sendo comandada por esses distúrbios, me condenando, me punindo, acabando pouco a pouco com a minha vida, me auto-destruindo. Sei que os garotos não gostam de meninas muito magras, então fico pensando ninguém vai me querer, aí vem a depressão, a dor, não quero solidão.

Às vezes me pergunto: quem sou? Não sei, só sei que deixo duas doenças me governarem é elas que fazem o que sou, ou parte do que sou. Assim vou levando a vida, me odiando, mas querendo salvação. Quero um dia poder dizer que sou apenas a Andressa, sem pensamentos ilusionistas, sem doenças, sem sofrimento. Quero um dia amar e ser amada, ser feliz enfim.

Beijos

Andressa

Obs.: Os fatos relatados na carta são reais. Os nomes das garotas foram trocados.

A carta pessoal é um texto que utilizamos quando queremos comunicar a amigos, familiares ou a pessoas em geral determinado assunto mais longo, mais detalhado. São tratados assuntos particulares, numa linguagem que pode ser formal ou informal, dependendo do grau de intimidade entre o locutor e o interlocutor.

Atualmente, com a propagação da internet, utiliza-se muito o e-mail (correio eletrônico) para enviar esse tipo de texto.

A carta pessoal apresenta a seguinte estrutura: local e data , vocativo (nome da pessoa a quem se dirige a carta), texto e assinatura . Se tivermos esquecido algo importante, podemos incluir, depois da assinatura, um PS (post scriptum, expressão latina que significa “depois do escrito”) e escrever o que ficou faltando no texto.

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1- Qual a intenção de Andressa ao escrever para Patrícia?

2- Que tipo de linguagem é empregada na carta? Por que Andressa empregou esse tipo de linguagem?

3- Cite passagens da carta em que a autora:

a) Tem receio de não ser aceita pelos outros:

b) Sente que as doenças a estão prejudicando fisicamente e psicologicamente:

c) Tem vontade de morrer:

d) Sente que está sendo dominada pelas doenças:

e) Tem esperança de se curar:

f) Está ciente que mesmo emagrecendo mais não se sentirá satisfeita:

4. Produzindo uma Carta Pessoal

Escreva uma carta para a escritora Tânia Alexandre Martinelli, seguindo a estrutura da carta lida anteriormente. Pense na linguagem a ser utilizada (formal ou informal?) e para ter ideia do que escrever considere o livro que ela escreveu, os textos que estudamos nessa Unidade e o que você pesquisou sobre a vida dela. Todas essas leituras tiveram por objetivo prepará-lo para a produção da carta. Lembre-se que seu texto será enviado por e-mail e que a autora se comprometeu a ler as cartas produzidas e respondê-las. Escreva e reescreva quantas vezes forem necessárias para deixar seu texto cada vez melhor.

Antes de dar início à sua produção leia como o escritor Graciliano Ramos fala sobre o processo de escrever:

“(...) deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem

seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa seja na beira

da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer.

Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais

uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra

limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só

gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na

corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma

coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso: a palavra foi

feita para dizer.”

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5. Vídeos indicados

Gêneros textuais, Programa escrevendo o futuro, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk>

Distúrbios Alimentares – Página Aberta- TV Educativa de Alagoas, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FeJQIzS_7bg>

Atualíssima-Anabolizantes, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t9-6yzwYFsw>

6. Outras leituras (sugestões)

Eu, etiqueta . Texto de Carlos Drumond de Andrade em que se discute a alienação humana através da mídia (publicidade). O poema em forma de áudio encontra-se no endereço <http://br.youtube.com/watch?v=sB64T1mZ2g>

Império da vaidade . Texto do jornalista Paulo Moreira Leite que denuncia os padrões impostos pela mídia, visando convencer o leitor a ser mais crítico em relação ao consumo. Disponível em: <http://www.oei.es/evaluacioneducativa/prova/8portugues_topicoI.pdf >

Filme Shrek , conto de fadas moderno que põe em questão o que é belo e verdadeiro em cada um de nós. Enfatiza a valorização dos aspectos existenciais em detrimento da estética.

Pequena Miss Sunshine , filme que alterna momentos hilários e dramáticos de uma família desajustada que se vê em meio a um mundo em que as pessoas buscam a perfeição física.

Central do Brasil parte 1 , trecho do filme que mostra uma realidade marcada por desigualdades sociais (analfabetismo, pobreza, desemprego, etc). Dora, professora aposentada, escreve cartas para as pessoas analfabetas que passam na estação de trem. Pode-se explorar nesse trecho, o gênero carta pessoal, seu contexto social, sua intenção e especificidade. Além disso, enfatizar para o aluno a importância de se saber ler e escrever. Disponível em:<http://www.youtube.com/watch?v=5VQXtxcg8mE&feature=related>

Ditadura da Beleza , imagem que retrata o contraponto entre o corpo de uma mulher sendo explorado pela mídia e a dura realidade de uma idosa que não tem os seus direitos garantidos. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2sociologia/apogeuequeda.jpg>

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Referências:

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação . São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens , 8ª série. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

COTES, Paloma. Um país que não lê. Época , São Paulo, n. 411, p. 46, 03 abril 2006.

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura . 1ª ed. Curitiba: Base, 1995.

GERALDI, João W. Portos de passagem . 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

MARTINELLI, Tânia Alexandre. Quero ser belo. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

PARANÁ. Diretrizes curriculares de Língua Portuguesa para o s anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: Imprensa Oficial do Estado: 2008.

PINHEIRO, Tatiana. Mikhail Bakhtin, o filósofo que deu vida à linguagem. Nova escola, São Paulo, n. 224 , p. 34, agosto, 2009.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. A produção da leitura na escola, pesquisas x propostas. São Paulo: Ática, 2005.

Obras consultadas on line:

A ditadura da beleza e a globalização . Disponível em < http://www.scribd.com/doc/3099404/A-beleza-na-modernidade > Acesso em 18 fev. 2010.

ANGELIN, Rosângela. Quando o belo feminino se torna um pesadelo e uma obrigação . Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/046/46cangelin.htm em 06/02> Acesso em: 28 fev. 2010.

BIRATAN. Charge . Disponível em <http://www.ccs.saude.gov.br/visa/humorDown.html> Acesso em: 25 fev. 2010.

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Ele estava nervoso, diz mãe de jovem morto por uso de anabolizantes . Disponível em < http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1348986-5605,00> Acesso em: 25 fev. 2010.