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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2007 Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4 Cadernos PDE VOLUME II

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007 - … · SUGESTÃO: Se você quiser saber mais acerca do que Marilena Chauí escreve sobre política, poderá ler o capítulo 9 do livro Convite

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

Produção Didático-Pedagógica 2007

Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4Cadernos PDE

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PROJETO FOLHAS

AUTORA: Terezinha dos Santos Daiprai NRE: Guarapuava ESCOLA: Colégio Estadual Liane Marta da Costa DISCIPLINA: Língua Portuguesa - Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( x ) DISCIPLINA DA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR 1 – Filosofia DISCIPLINA DA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR 2 - Sociologia CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso como prática social CONTEÚDO ESPECÍFICO: Leitura e produção de textos. TÍTULO: Debatendo e construindo opiniões: a política em questão

Vivemos em uma sociedade com regime democrático. A democracia garante a todos os cidadãos o direito de manifestar suas opiniões publicamente, sobre assuntos importantes para a coletividade, seja da nação, estado, município, cidade, bairro, escola etc. Ao manifestarem-se, as pessoas assumem posturas políticas. Aliás, a política é um elemento essencial para a democracia. Embora, seja comum encontrarmos pessoas que, contraditoriamente, dizem-se defensoras da democracia mas não gostam de política.

Para emitirem suas opiniões e interferirem em situações como: solicitar melhorias para uma rua, reclamar da alta indevida do aluguel de um imóvel, organizar um abaixo assinado pedindo a ampliação da escola do bairro, indagar sobre a devolução indevida do troco na panificadora, enfim, nas mais diversas situações de interação social, através da linguagem, seja ela oral ou escrita, as

www.ftiars.org.br

AFINAL, DE QUE MODO CONSTRUÍMOS OPINIÕES SOBRE UM DETERMINADO ASSUNTO?

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pessoas assumem posições políticas. Em uma passeata de movimentos sociais e sindicatos, a linguagem escrita é utilizada nas faixas, a oralidade nas possíveis “palavras de ordem” (frases reivindicatórias repetidas pelos manifestantes), na fala argumentativa dos líderes no momento da negociação, e ainda, nas informações trocadas em conversas informais pelo grupo que se manifesta.

A opinião crítica sobre o mundo em que vivemos é fundamental para a atuação do cidadão consciente politicamente . Ezequiel Theodoro da Silva, no livro “Criticidade e Leitura: ensaios” afirma: “A criticidade não pode operar milagres e nem revoluções da noite para o dia, mas ela pode levar o sujeito a enxergar o avesso das coisas. Pode ser um contraponto ou um escudo aos mecanismos de alienação”.

(SILVA, Ezequiel Theodoro da. Criticidade e leitura: ensaios . Campinas, SP: Mercado de Letras: ALB, 1998, p.16)

“ “Eu não quero nem saber de política.” (Geovana, 14 anos) “Política é coisa para os deputados, prefeitos, vereadores ... essa gente que gosta de enganar o povo.” (Willian, 15 anos) “Eu não entendo nada de política. Nem quero entender.” (Talita, 15 anos) “Política é quando a gente tem que votar.” (Anderson, 15 anos) “Política é uma forma de escolha, seja ela ruim ou boa. É por meio dela que escolhemos presidentes, governos, prefeitos etc. Mas também é quando participamos para melhorar nosso futuro e o da sociedade.” (Guilherme, 15anos) “A política é só uma forma de ganhar dinheiro sem precisar sair todo dia para trabalhar.” (Paulo Henrique, 14 anos) 1 - Certamente, você já ouviu essas frases, ou outras parecidas, sobre política em casa, na rua, na escola e em outros lugares. Converse com seu colega ao lado: você concorda com as afirmações dos estudantes que participaram da enquete? Por quê? 2 - Os estudantes que responderam à enquete demonstram conhecimento amplo sobre a política? Justifique.

picasaweb.google.com

Leia as opiniões de alguns alunos do 1º ano do Ensino Médio sobre política em resposta à pergunta O que é política para você? divulgadas através de uma enquete, isto é, uma pesquisa de opinião que apresenta uma pergunta clara e objetiva com a intenção de levantar a forma de pensamento das pessoas sobre um assunto específico.

PARA INICIAR

EXPLORANDO A ORALIDADE.

Vamos debater essas opiniões.

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3 - De que modo esses estudantes chegaram a construir uma opinião sobre a política? 4 - Agora que você já debateu com o colega ao lado, que tal expor o debate à turma toda? POLÍTICA: 1. Conjunto dos fenômenos e das práticas relativas ao Estado ou a uma sociedade. 2. Arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos. 3. Qualquer modalidade de exercício da política. 4. Habilidade no trato das relações humanas. 5. Modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia. (Minidicionário AURÉLIO da língua portuguesa 7ª Impressão, Curitiba, setembro de 2006, p. 640).

POLÍTICA: 1. Ciência da organização, administração e direção das nações. 2. Arte de dirigir os negócios públicos. 3.Habilidade no agir e no tratar. (Minidicionário HOUAISS da língua portuguesa, 1ª Edição, Rio de Janeiro, 2001, p.348). (Rever o nome do autor: assim que escreve??)

Só encontrei dois dicionários etimológicos e traziam apenas a etimologia da palavra político e apenas como “oriundo da política”. Achei que não contribuiriam em nada esses verbetes, por isso acrescentei aqui a mesma definição etimológica Retirada do livro da Marilena Chauí. Se achar que ficou muito estranho retiramos e deixamos somente os dois verbetes alterando o enunciado da leitura. Pode ser? Penso que está bom assim!!!

A palavra política é grega: ta polítika, vinda de polis. Polis é a cidade, não como conjunto de edifícios, ruas e praças e sim como espaço cívico, ou seja, entendida como a comunidade organizada, formada pelos cidadãos(polítikós), isto é, pelos homens livres e iguais nascidos em seu território, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (igualdade no direito de expor e discutir em público opiniões

sobre ações que a cidade deve realizar). (CHAUI, Marilena .Convite à Filosofia.Ed.Á tica. .p. 349. S Paulo.2004.)

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2004, p.349) 1 - Pense nas idéias debatidas inicialmente a partir da enquete sobre política e compare com as definições apresentadas pelos dicionários: há semelhanças? Comente. 2 - Você costuma consultar o dicionário quando tem dúvida em relação a uma palavra ou assunto? Por quê?

VAMOS LER AGORA DOIS VERBETES A RESPEITO DE POLÍTICA, E UM TEXT0 QUE TRATA DA ETIMOLOGIA DESSA PALAVRA.

AGORA RESPONDA INDIVIDUALMENTE EM SEU CADERNO:

http://www.santoaugusto.rs.gov.br

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3 - No caso da política, você acha que a leitura dos verbetes e do texto que apresenta a etimologia ajuda a compreender melhor o que ela representa, contribui na construção de uma opinião sobre o assunto? Justifique.

Não é raro ouvirmos dizer que “lugar de estudante é na sala de aula e não na rua, fazendo passeata” ou “estudante estuda, não faz política”. Mas também ouvimos o contrário, quando alguém diz que “os estudantes estão alienados, não se interessam por política”. No primeiro caso, considera-se a política uma atividade própria de certas pessoas encarregadas de fazê-la – os políticos

profissionais -, enquanto no segundo caso, considera-se a política um interesse e mesmo uma obrigação de todos. Assim, um primeiro paradoxo da política faz aqui sua aparição: é ela uma atividade específica de alguns profissionais da sociedade ou concerne a todos nós, porque vivemos em sociedade?

Como se observa, usamos a palavra política ora para significar uma atividade específica – o governo -, realizada por um certo tipo de profissional – o político -, ora para

significar uma ação coletiva – o movimento estudantil nas ruas – de reivindicação de alguma coisa, feita por membros da sociedade e dirigida aos governos ou ao Estado. Afinal, a política é uma profissão entre outras ou é uma ação que todos os indivíduos realizam quando se relacionam com o poder? A política se refere às atividades de governo ou a toda ação social que tenha como alvo ou como interlocutor o governo ou o Estado?

No entanto, podemos usar a palavra política ainda em outro sentido.

De fato, freqüentemente, encontramos expressões como “política universitária”, “política da escola”, “política do hospital”, “política da empresa”, “política sindical”. Nesse conjunto de expressões, já não encontramos a referência ao governo nem a profissionais da política. “Política universitária” e “política da escola” referem-se à maneira como uma instituição de ensino (pública ou privada) define sua direção e o modo de participação ou não de professores e estudantes em sua gestão, ao modo como os recursos serão empregados, ao currículo, às formas de avaliação dos alunos e professores, ao tipo de pessoa que será recebida como estudante ou como docente, à carreira dos docentes, aos salários, e, se a instituição for privada, ao custo das mensalidades e matrículas, etc.

(...)

www2.uol.com.br

AMPLIANDO HORIZONTES.

Leia outro excerto de um texto de Marilena Chauí.

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As pessoas que, desgostosas e decepcionadas, não querem ouvir falar em política, recusam-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho políticos, afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas, mesmo tais pessoas, com seu isolamento e sua recusa, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem como estão e, portanto, que a política existente continue tal qual é. A apatia social é, pois, uma forma passiva de fazer política. (CHAUI, Marilena .Convite à Filosofia.Ed. tica.S Paulo.2004.) Rever a referência, conforme a anterior.

1 - Interagindo com a autora do texto, responda às indagações que ela faz ao final do segundo parágrafo. 2 - Explique a afirmação que encerra o último parágrafo. 3 -”. Levando em conta o sentido/ a opinião que vc construiu a partir da leitura do texto, escreva sobre a “política da nossa escola” SUGESTÃO: Se você quiser saber mais acerca do que Marilena Chauí escreve sobre política, poderá ler o capítulo 9 do livro Convite à Filosofia, de onde foram retirados os fragmentos estudados. Esse livro faz parte do acervo da biblioteca do Colégio. Poderá também debater com seu professor de sociologia e filosofia sobre essa temática.

MARILENA CHAUI, nasceu em São Paulo em 1941. Filha do jornalista Nicolau Chaui e da professora Laura de Souza Chaui. É filósofa, escritora e professora. Leciona no Departamento de Filosofia da USP e suas áreas de especialização são História da Filosofia Moderna e Filosofia Política.

O analfabeto político (Berthold Brecht)

O pior analfabeto

É o analfabeto político. Ele não ouve, não fala,

nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida,

o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio

EXPLORANDO A LEITURA DO TEXTO.

MAS AFINAL,QUEM É MARILENA CHAUI?

VEJA AINDA . UM IMPORTANTE POETA ALEMÃO DO SÉCULO XX TAMBÉM FALA SOBRE POLÍTICA ATRAVÉS DO POEMA.

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dependem das decisões políticas. O analfabeto político

é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo

que odeia a política. Não sabe o imbecil que,

da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado,

e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,

............................. (http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=493)

(Poema escrito em 1932)

Eugen Berthold Friedrich Brecht é um dos autores alemães mais importantes do século XX, especialmente nas suas facetas de dramaturgo e de poeta.Nasceu em 10 de fevereiro de 1898, em Augsburg (Baviera), hoje um subúrbio de Munique, começou a escrever ao público durante a primeira guerra, como cronista teatral e poeta. Em 1916, em uma redação escolar, manifesta-se contra a guerra e é ameaçado de expulsão. Nasce ali o Brecht contestador. Entre1920 e 1924, depois de freqüentar o curso de medicina que não completa, circula entre Mônaco e Berlim, trabalhando e colaborando com os diretores teatrais M. Reinhardt e Erwin Piscator, com os músicos Kurt Weill, Hans Eisler e P. Hindemith, com os escritores Bronnen e L. Feuchtwanger e com o desenhista G. Grosz. Ali, se dá a síntese inicial de sua formação artística diversa. Dirigido para pensar o teatro e a poesia a partir dos acontecimentos sociais em seu processo histórico dialético, não apenas refletindo o mundo, mas ousando propor transformá-lo a partir da luta contra a alienação do mundo capitalista.

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_134.html 1 - Em duplas, escrevam sobre o que sentiram ao ler o poema? 2 - Vamos partilhar as sensações da leitura com turma. Agora responda individualmente 3 - O poema Analfabeto Político pode ser considerado também um texto de opinião? Argumente sua resposta. 4 - Compare o poema com o texto de Marilena Chauí e escreva o que eles têm em comum. Essas duas perguntas eles fazem individualmente ou partilham??

5 - No sentido tradicional, analfabeto é aquele que não tem domínio da leitura e da escrita e, esse analfabetismo é considerado um problema social.Considerando o poema, o analfabetismo político é também um problema social? Releia o poema e faça uma charge para representar sua opinião. (A sugestão da charge, no último folhas não estava ruim. A partir daquela sugestão só amplie um pouco de

UM POUCO SOBRE O AUTOR DO POEMA:

CONSTATANDO, PARTILHANDO E PRODUZINDO SENTIDOS...

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modo a explorar as condições. Sugestão: Para isso, procure em jornais e revistas algumas charges e procure perceber sobre que assuntos tratam e de que modo são produzidas. Depois de produzir a sua charge, exponha e discute com a classe o seu trabalho...)

Que País é esse? Banda Capital inicial Composição: Renato Russo

Nas favelas e no senado Sujeira prá todo lado Ninguém respeita A constituição Mas todos acreditam No futuro da nação... Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse? Na Amazônia E no Araguaia ia, ia Na baixada fluminense No Mato grosso E nas Gerais E no Nordeste tudo em paz Na morte eu descanso Mas o sangue anda solto Manchando os papeis Documentos fiéis Ao descanso do patrão...

.............................................

(letras.terra.com.br/capital-inicial/44842/)

PARA DESCONTRAIR.

Sobre a temática em estudo vamos conhecer a letra de uma música e observar o que o seu texto mostra em relação à mesma.

PARA ALÉM DA MELODIA.

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1 - Você concorda com as afirmações acima? Escreva sua opinião sobre as músicas e as opiniões que circulam na sociedade.

2 - Quanto ao conteúdo da música “Que país é esse?” o que você observa em relação à política?

3 - Que crítica pode ser depreendida das entrelinhas da afirmação no final da primeira parte da música? E do título, que é também o refrão?

4 - A música pergunta: “Que país é esse?”. Observando o seu dia-a-dia, que perguntas você gostaria de fazer? Escreva-as e justifique suas indagações.

5 - Maria Helena Chauí diz em seu texto que mesmo quando as pessoas optam por isolar-se, ficando longe de tudo quanto lembre política, estão praticando-a, pois permitem que as coisas continuem exatamente como estão. À qual estrofe da música podemos associar essa afirmação de Chauí? Reescreva essa estrofe em forma de texto argumentativo, fazendo as alterações necessárias. Sugiro retirar a parte destacada, pois vc trabalhará a produção em seguida.

Com base em tudo o que estudamos e debatemos, pense na sociedade em que vivemos:

Quando ouvimos uma música somos tocados muito mais pelo estilo e pela melodia que ela apresenta. Nem sempre prestamos atenção ao conteúdo abordado pelo texto que ela contém. No entanto, as músicas também ajudam a formar e reforçar as opiniões da sociedade.

Pesquisa 1: o poema afirma que o custo de vida depende de decisões políticas. Procure em jornais e revistas, notícias políticas que poderiam comprovar essa afirmação. Relacione em seu caderno os exemplos encontrados, recorte e cole ou copie a manchete ou texto, sem esquecer de citar o nome do jornal ou revista e a data de publicação. Em grupos comparem suas pesquisas e, a partir dos resultados, discutam a atualidade do poema analfabeto político”. Pesquisa 2: você já deve ter visto outros poemas, outros autores, que abordam problemas sociais e, conseqüentemente, políticos em seus poemas. Pesquise e traga para a sala de aula outros poemas que apresentam essa temática. Com eles comporemos uma antologia poética, que será lida e exposta em um varal literário.

PARA FINALIZAR:

Depois da leitura de diferentes textos com informações sobre o mesmo tema, da pesquisa de vários poetas e da leitura de diferentes textos (repetição) com a temática política, agora é a sua vez de demonstrar sua opinião sobre o assunto

VAMOS PESQUISAR

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a) Dos problemas que enfrentamos, quais podem ser resolvidos por decisões políticas? De quem dependem essas decisões?

b) De que maneira podemos vencer o analfabetismo político? c) Como o verdadeiro sentido da palavra política pode ser vivenciado por

nós? Professora, tentei melhorar a idéia DO “PRODUTO FINAL”. Trabalhei a idéia da produção dos poemas e também tentei elaborar uma a partir da sua sugestão, que achei bem legal, a carta para Chauí. Não sei se estão adequadas. E também só encontrei o endereço comercial dela. Se for possível, aponte em que posso melhorar e com qual proposta devo ficar. Penso que vc deve deixar a dos poemas e ficar com a proposta 1, com algumas modificações... Proposta 1 - Expresse suas idéias através de uma carta argumentativa à Marilena Chauí em que apareça a sua opinião sobre política pensada a partir das respostas que daria a essas perguntas, expondo também a importância que o texto dela teve no estudo que realizamos. Embora eu tenha dito na última versão para vc expor algumas cartas, observando bem, elas ficaram estranhas, não esclarecem para o aluno como escrever a carta. Então, parece-me mais conveniente sugerir que o aluno pesquise e leia algumas cartas, pesquise em sites, revistas, jornais, livros didáticos e tragam para a sala de aula. Pode sugerir que eles se reunam em equipes e façam um estudo dessas cartas, levantando alguns pontos. Sugiro a consulta aos seguintes sites, para vc aperfeiçoar a proposta. Você pode expor claramente as direções, citando um exemplo de carta e explorando as suas características ou pode sugerir que o aluno faça esse estudo com o professor. http://www.cursoderedacao.com/p_c/sub_pag.php?cat=8&PHPSESSID=13c0df70f50c7527ead31d1ca718ddb8 http://profjoaomaria.spaceblog.com.br/47256/Carta-argumentativa/ Veja alguns exemplos de cartas de opinião retirados da revista Caros Amigos HENFIL A entrevista com Henfil, cuja vivência significou a essência de um ser humano, idealista, solidário, utópico, pensante, foi um alento à esperança daqueles que ainda prezam a arte, o saber e a vida. Que viva Henfil, hoje e sempre. Cledivaldo Aparecido Donzelli, Penápolis, SP Esporte mata Esporte pode até fazer mal, se exagerado, mas matar nunca. O que pode matar é a ociosidade e o sedentarismo. Desde quando construir ginásios poliesportivos é castigar os jovens? Desde quando levar jovens a praticar

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esportes para afastá-los das drogas é o mesmo que prestar culto ao diabo para não ir para o inferno? Eu moro na periferia e sei a importância dos esportes para livrar os jovens do fácil acesso às armas e à cocaína. Para mim, o que mata é a pedra de crack e a pólvora da 380. André Luiz Gomes, Araçariguama, SP Roseana Sarney Finalmente alguém para falar a verdade em nível nacional. É mais uma pedra no caminho desses insanos que tornam este Estado e seu povo cada dia mais miserável para a sua manutenção no poder. O Maranhão só irá começar a se desenvolver no dia em que a oligarquia Sarney cair. Heraldo Moraes Gouveia, São Luís, MA

O endereço comercial de Marilena Chauí é: Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH). Rua do Lago,717 – Butantã. São Paulo – SP. CEP: o5508 – 900 (OK)

Proposta 2 - Escreva um texto argumentativo em formato de editorial ou um poema com temática política a partir do sentido apreendido dos vários textos aqui estudados. Com esses textos construiremos dois pequenos livros que ficarão na biblioteca do Colégio; um com os poemas e outro com os editoriais. Ambos levarão como subtítulo a política em questão.

Para que vocês conheçam melhor o texto editorial leremos alguns como exemplos, no jornal que o colégio assina. Nesse quadro que vc denominou “por fim” é importante vc retomar a pergunta que deu origem ao folhas. Agora sim vc pode respondê-la. Pode levantar que construimos opiniões lendo, melhor lendo criticamente (aqui vc poderia pôr aquela ótima citação de Silva, que estava no início da última versão do folhas), participando de debates, partilhando opiniões com os colegas, transformando e cosntruindo novos sentidos para os textos... Recuperar a importância da leitura crítica para a formulação de opiniões e participação consciente em sociedade, para a transformação da sociedade. Algumas coisas que vc citou no último e-mail poderiam ser colocadas também...

www.plenarniho.gov.br

POR FIM

Não esgotamos aqui a leitura dos gêneros literários(Não foram lidos só literários) que circulam socialmente com a temática política. Nem era esse nosso objetivo. Esperamos ter contribuído para sua percepção quanto à heterogeneidade de textos veiculados em situações de efetiva comunicação na sociedade e da necessidade de sermos leitores críticos e cidadãos participativos, que manifestam suas opiniões através da linguagem interferindo e descobrindo caminhos

SUGESTÕES DE LEITURAS:

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O livro A Revolução dos bichos conta que num belo dia, os animais da fazenda do

sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhes dão todas as suas energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos serão iguais.

Meninos no Poder. Nesse livro, o autor esmiúça o delicado processo de uma campanha eleitoral e faz com que cada um busque dentro de si mesmo a vontade de pensar a política. Não essa que o povo está cansado de ver com nepotismos, corrupção, jogos de interesse e toma-lá-dá-cá. Mas a política de fazer o certo, o que é preciso fazer. Assim, em meio à prosa inteligente de Domingos Pellegrini, vencedor do Prêmio Jabuti de 2001, o leitor se depara com o sonhador e o menino dentro de cada um de nós. Sugestão: não seria interessante vc incluir uma foto/ imagem de cada um dos livros???

BIBLIOGRAFIA

FERREIRA, Holanda de Buarque Aurélio. Mínidicionário AURELIO da língua portuguesa. 7ª Impressão, Curitiba, de 2006. HOAISS, Antônio. Mínidicionário HOAISS da língua portuguesa, 1ª Edição, Rio de Janeiro, 2001, p.348.

CHAUI, Marilena .Convite à Filosofia. Ed. Ática.S Paulo.2004.

SILVA,Ezequiel Theodoro da. Unidades de Leitura – Trilogia pedagógica. Ed. Autores Associados. Campinas, SP. 2003.

_______________________Leitura & Realidade brasileira.Ed. Mercado Aberto. Porto Alegre. 1988.

MEURER, Luiz José, ROTH-MOTTA, Desirée (orgs.).Gêneros textuais. Ed. EUSC. Bauru, SP.2002

LEIA E CONSTRUA A SUA OPINIÃO

Você poderá ampliar ainda mais os seus conhecimentos com a leitura descontraída de dois livros que abordam a temática política: A revolução dos bichos de George Orwel e Meninos no poder de Domingos Pellegrini

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