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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · das matrizes culturais que fizeram do Brasil um país rico, múltiplo e plural que somos. ... mostrar que a educação é uma ferramenta

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

Fonte: Folder Pacto pela Promoção da Igualdade Racial no Paraná – Governo do Estado do Paraná

CURITIBA

2010

2

VERONI SALETE DEL RÉ

UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA AFRO

BRASILEIRO

Unidade Didática, sobre a

implementação da Lei

10639/2003 apresentado ao

Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE - Secretaria

de Estado da Educação do

Paraná – SEED/PR

Prof. Dr. Marcos Silva

da Silveira

UFPR

Fonte: foto scaneada de comércio de vendas de porta retrato, casa china/Curitiba PR

CURITIBA

2010

3

APRESENTAÇÃO

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor

de sua pele,Por sua origem ou ainda

por sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam

aprender e,

Se podem aprender a odiar,

Podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela

O Brasil é a segunda maior nação negra do mundo. No entanto, ainda pesa a

herança de três séculos e meio de escravização e de um longo período de invisibilidade,

que se traduz em preconceito, discriminação e exclusão social.

Em janeiro de 2003, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina a Lei N.º

10.639/03 que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Africana e Afro

Brasileira nos estabelecimentos da educação básica no Brasil, e, posteriormente, a Lei

N.º 11645/2008, que dá a mesma orientação para o combate à temática Indígena.

Ensinar a História e a Cultura Africana e Afro Brasileira, não é mais uma

questão de vontade pessoal e de interesse particular, mas sim, uma questão curricular de

caráter obrigatório que envolve toda a comunidade escolar, não apenas como

instrumento de orientação para o combate a discriminação, mas também, como Leis

4

Afirmativas, no sentido de que reconhecem a escola como um espaço de formação de

cidadãos e afirmam a relevância de que a escola deve promover a necessária valorização

das matrizes culturais que fizeram do Brasil um país rico, múltiplo e plural que somos.

Para avançar na direção da constituição de relações sociais justas e igualitárias, a

educação, necessariamente necessita desvelar e superar as ideologias de dominação

fundadoras da realidade brasileira, entre elas, a ideologia de dominação racial.

Assim, num processo de ensino aprendizagem da História Africana, o grande

desafio é enfrentar os preconceitos adquiridos ao longo da história, de “desinformação”

sobre o continente Africano, pois normalmente as informações apresentaram e

apresentam caráter racista, alienante e restritivo. Para possibilitar esse desvelamento, a

proposta de trabalho, nesta Unidade Didática, propõe elencar referenciais e princípios

que podem nortear o trabalho escolar na construção da “Pedagogia da Diversidade”,

contribuindo para a Educação das Relações entre Negros e Brancos, para que estas

possam construir-se de forma harmônica, em clima de respeito.

5

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .........................................................................................................03

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................07

1. IDENTIFICAÇÃO .....................................................................................................11

2. UNIDADE DIDÁTICA .............................................................................................11

2.1 TEMA DE ESTUDO ................................................................................................11

2.2. TÍTULO ...................................................................................................................11

3. OBJETIVOS ...............................................................................................................11

4. CONTEÚDOS BÁSICOS ..........................................................................................11

4.1 - Desconstruir, Ressignificar e Reconstruir nosso Imaginário Sobre a África .........12

4.1.1- História da África, Prá quê .................................................................................12

4.1.2- Testando o Imaginário ..........................................................................................12

4.1.3- Verifique suas respostas .......................................................................................13

4.1.4- Confira seus conhecimentos sobre o Continente Africano ..................................15

4.2- Povo Brasileiro ........................................................................................................17

4.2.1- Heranças Étnicas e Culturais: Inicia a Colonização (e a escravidão) ....................................17

4.2.2 - Construindo sua Herança Étnica cultural ............................................................17

Preencha a Árvore Genealógica ..........................................................................20

4.3 - Questão Racial no Cotidiano Escolar .....................................................................21

4.3.1 - Educação etnocêntrica ou Antirracista? ..............................................................21

4.3.2 - Professor/a se você ..............................................................................................21

4.3.3 - Você precisa refazer seus conceitos! ..................................................................22

4.3.4 - Reflita... Reformule... Atualize..........................................................................22

4.4 - interdisciplinaridade, articulação das disciplinas ...................................................24

4.4.1 - Integração dos Saberes: Pensar e Fazer Acontecer! ............................................24

4.4.2 - Pedagogia da diversidade! ...................................................................................24

Júri Simulado – Sugestão de Tema para Júri ......................................................24

Música: Passos para utilização da música ..........................................................25

Sugestões de letras de Músicas: Racistas Otários ...............................................26

A Mão da Limpeza .............................................................................................27

Palmares 1999 .....................................................................................................29

5 - O QUE DIZEM AS LEIS.........................................................................................30

6

5.1- Constituição da República Federativa do Brasil – 1988..........................................30

5.2 - Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) – 1990 .............................................31

5.3 - Lei de Diretrizes e Base (LDB) – 1996 ..................................................................32

5.4 - Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU – 1948 .................................34

6 - SUGESTÃO DE FILMES, LIVROS E SITES ........................................................34

6.1 - Filmes .....................................................................................................................34

6.2 - Livros .....................................................................................................................36

6.3 - Sites .......................................................................................................................37

7 - GLOSSÁRIO ...........................................................................................................38

REFERÊNCIAS .............................................................................................................40

7

INTRODUÇÃO

O objetivo principal das Leis 10.639/2003 e 11645/2008 é o de divulgar e

produzir conhecimentos, bem como atitudes e valores que eduquem os cidadãos quanto

à pluralidade etnicorracial, os tornado capazes de interagir objetivos comuns que

garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e

africana, como outras que direta ou indiretamente contribuíram/contribuem para a

formação da identidade cultural brasileira.

Será valorizado o papel do negro e do índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes a

História do Brasil.

Neste sentido, a Unidade didática “Uma Proposta Pedagógica Afro Brasileiro”

com o Tema: “A naturalização dos educadores frente aos problemas étnicos, da

violência, da discriminação e da desigualdade racial”, tem a pretensão e a intenção de

mostrar que a educação é uma ferramenta importante para a superação do nefasto mito

da democracia racial brasileira. Mito este que ao "naturalizar" o racismo, configura-se

como um instrumento eficaz para a manutenção das diferenças sociais etnicorraciais no

país.

O que diz a Lei 10639/2003:

“Art. 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos

seguintes arts:”

“Art. 26-A - Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro brasileira e Africana e

Indígena.”

“§1°. O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da

História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira

e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro

nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil.

§2º– Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro brasileira serão ministrados no

âmbito de todo currículo escolar, em especial, nas áreas Educação Artística e de

Literatura e Histórias Brasileiras.

Art. 79-B – O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da

Consciência Negra.

Vetos:

8

§3º do Art. 26A – As disciplinas História do Brasil e Educação Artística, no ensino

médio deverão dedicar, pelo menos, dez por cento de seu conteúdo programático anual

ou semestral à temática referida nesta Lei.

Artigo 79-A - Os cursos de capacitação para professores deverão contar com a

participação de entidades do movimento afro-brasileiro, das universidades e de outras

instituições de pesquisa pertinentes à matéria.

Parecer sobre a Lei 10639/2003, do Conselho Nacional da

Educação/Conselho Permanente (CNE/CP) nº03 de 10 de março de 2004:

“Trata, ele [o parecer] de política curricular, fundada em dimensões históricas,

sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca combater o racismo e as

discriminações que atingem particularmente os negros. Nesta perspectivas, propõe a

divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que

eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento etnicorracial (descendentes de

africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos) para interagirem na

construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos

garantidos e sua identidade valorizada”.

Contribuições do MEC, para implementação da Lei 10639/2003:

“Na política educacional, a implementação da Lei n. 10.639/2003 significa

ruptura profunda com um tipo de postura pedagógica que não reconhece as diferenças

resultantes do nosso processo de formação nacional. Para além do impacto positivo

junto à população negra, essa lei deve ser encarada como desafio fundamental do

conjunto das políticas que visam à melhoria da qualidade da educação brasileira para

todos e todas”.

Assim, a educação deve ter como horizonte:

O reconhecimento do problema racial como uma das formas de dominação de

classe no Brasil;

O respeito às origens históricas e manifestações culturais e religiosas das etnias

dos/as estudantes presentes no cotidiano escolar;

O resgate da história de luta e resistência do/a negro/a, indígena e de outros

segmentos étnicos historicamente discriminados na constituição da sociedade

brasileira;

A reflexão-ação constante sobre o racismo no cotidiano escolar;

9

A constituição de relações saudáveis entre a população negra e branca

repudiando todas as atitudes preconceituosas no ambiente escolar;

Que o ensino de história do Brasil valorize a cultura, a religião da população

negra e afrodescendente e traga de forma crítica a participação de todas as etnias

constituintes da sociedade brasileira;

A superação dos estereótipos presentes especialmente em livros didáticos que

levam a uma visão de inferioridade dos/as negros/as e dos afrodescendentes e

indígenas brasileiros;

O reconhecimento e a valorização da história de resistência dos/as negros/s

como constituintes da história de resistência do conjunto dos/as trabalhadores/as;

A oferta de formação continuada para professores/as, e funcionários/as, tendo

em vista a necessidade de uma educação antirracista, não-discriminatória e não

preconceituosa, que reconheça e valorize a identidade etnicorracial presente no

ambiente escolar, a fim de que os/as estudantes possam se reconhecer, se

valorizar e se identificar como negros/as e ou afrodescendentes ou indígenas;

Implementação no Paraná:

A Instrução nº 017/06 SUED/SEED estabelece alguns pontos significativos no

que diz respeito à implementação da Lei nº 10.693/03 nas Escolas Públicas do Paraná.

São eles:

Garantir, no Projeto Político Pedagógico, que a organização dos conteúdos de

todas as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente, ao longo

do ano letivo, a Educação das Relações Etnicorraciais e Ensino da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, na perspectiva de proporcionar aos alunos

uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e

pluriétnica;

Registrar, no requerimento da matricula do aluno o seu pertencimento étnico-

racial, garantindo-se o registro da sua auto declaração;

Compor Equipe Multidisciplinar, que poderá envolver direção, equipe

pedagógica, professores e funcionários, para orientar e auxiliar o

desenvolvimento de ações relativas à educação das Relações Étnico-Raciais e ao

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período

letivo.

Portanto, precisamos superar no campo do currículo:

10

O negro a partir da escravidão; Que o Negro/a não seja fonte histórica somente a

partir da, e tão somente a escravidão.

Visão da África como continente primitivo e selvagem: Desconstruir no

imaginário dos/as educandos e dos/as educadores “essa África Selvagem e

Primitiva”; Como salienta professor Henrique Cunha Junior, “A África não é

uma selva tropical, nem o mais distantes dos continentes (...)”.

Os negros foram escravizados por que eram mais dóceis; Mostrar a Resistência e

a Luta dos Negros/as contra a Escravização.

O fim da escravidão como uma dádiva da Princesa Isabel;

Recuperar valores positivos da população negra, fugindo do folclorismo;

Trabalhar com os escritores, artistas negros no país, suas contribuições para a

humanidade como: A Arquitetura e a Medicina desde o Egito; As Tecnologias

trazidas para o país, como ferro, mineração, cana-de-açúcar, café, algodão etc.

Cuidado com os textos e imagens nos livros didáticos que trazem reflexos da

ideologia de dominação racial;

"Temos o direito de ser iguais

quando a diferença nos inferioriza,

temos o direito de ser diferentes

quando a igualdade nos

descaracteriza".

Boaventura Santos

11

1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Veroni Salete Del'Ré

Área PDE: História

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Profº Drº Marcos Silva da Silveira

IES Vinculada: UFPR

Escola de Implementação: Colégio Estadual Santo Agostinho – EFM

Público objeto da intervenção: Professores (as) e Funcionários (as) do Colégio

Estadual Santo Agostinho

Palavras Chave: Preconceito; Desigualdade Étnica Racial; Democracia Racial; Lei

10639/03

2. UNIDADE DIDÁTICA

2.1 TEMA DE ESTUDO:

“A naturalização dos educadores frente aos problemas étnicos, da violência, da

discriminação e da desigualdade racial”.

2.2 TÍTULO

“UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA AFRO BRASILEIRO”

3. OBJETIVOS

Possibilitar a construção de uma metodologia positiva de tratamento pedagógico

da diversidade racial, visualizando com dignidade o povo negro brasileiro;

Apresentar/sugerir aos Educadores, de forma lúdica e prazerosa, atividades para

a superação do racismo no cotidiano escolar;

Apresentar reflexões que contribuam com os educadores sobre a importância da

necessidade deste estudo/ensino, no combate ao racismo e na educação das relações

etnicorraciais;

Possibilitar atividades simples e práticas sobre a questão racial;

4. CONTEÚDOS BÁSICOS

4.1 - Desconstruir, Ressignificar e Reconstruir nosso Imaginário sobre a África;

4.2 - Povo Brasileiro;

4.3 - Questão Racial no Cotidiano Escolar;

4.4 - Interdisciplinaridade, articulação das disciplinas;

12

4.1 - DESCONSTRUIR, RESSIGNIFICAR E RECONSTRUIR NOSSO

IMAGINÁRIO SOBRE A ÁFRICA

4.1.1- HISTÓRIA DA ÁFRICA Para Quê?

“O elemento básico para a introdução à história africana

Não está na história africana, e sim na desconstrução e

Eliminação de alguns elementos básicos das ideologias

Racistas brasileiras” Henrique Cunha Junior

O objetivo desta atividade é de construir novos conceitos sobre a África, desfazendo o

imaginário ocidental depreciativo, como também a visão idílica construída sobre o

continente, tendo como base sua idealização, e também, de reatualizar os

conhecimentos dos/as professores/as tendo como base a historiografia renovada da

África.

4.1.2- TESTANDO O IMAGINÁRIO SOBRE A ÁFRICA

É hora de verificar o conhecimento ou falta deles, como também desvelar quais

imagens sobre o Continente Africano, sua cultura e suas gentes estão construídos no

imaginário das pessoas.

Coloque V nas afirmativas que considerar Verdadeira e F nas Falsas.

a- ( ) África, berço da Humanidade e das primeiras civilizações;

b- ( ) Muitos Africanos são poliglotas.

c- ( ) Foram os Europeus que levaram a civilização para o Continente Africano.

d- ( ) Na África existe somente animais selvagens, doenças inclusive a Aids surgiu

lá, muita pobreza e conflitos.

e- ( ) O Continente Africano possui especificidades e peculiaridades.

f- ( )A África sempre este isolada dos outros continentes longe da civilização.

g- ( ) A África é o Berço do pensamento Matemático.

13

h- ( ) O comércio entre a África e outras regiões começou com o tráfico de seres

humanos para a escravização.

i- ( ) A escravidão existente na África no período pré-islâmico e pré-colonial tinha

uma conotação diferenciada daquela praticada no Oriente Médio, nas Américas e na

Europa.

j- ( ) O Nacionalismo Africano foi um movimento nascido em favor ao processo de

colonização da África pelas potências européias.

k- ( ) As explorações do Continente Africano foi contínua desde o século XVIII.

Exploradores, religiosos e missionários empreenderam esforços para chegarem ao

“Coração da África”, com propósitos diferentes.

l- ( ) Os Egípcios foram os únicos povos a construir pirâmides.

m- ( ) O Continente Africano é o terceiro mais populoso do mundo, habitada por

uma variedade de povos de origens étnicas diferentes.

n- ( ) Os povos Africanos tiveram que lutar contra a ocupação colonial de seus

territórios.

o- ( ) Em pleno Séc. XXI, ainda existem alguns poucos países africanos que não

conseguiram sua independência.

p- ( ) As culturas africanas utilizavam-se da escrita desde as civilizações egípcias.

q- ( ) As civilizações africanas desenvolveram pelo menos quatro tipos de alfabeto.

r- ( ) As línguas diversificadas impedem os africanos de construir uma verdadeira

integração.

s- ( ) A Libéria é um País Africano que, na sua origem, foi povoado por africanos

do Norte da África.

t- ( ) Forma-se neve no Continente Africano.

4.1.3 - VERIFIQUE SUAS RESPOSTAS

a. Verdadeiro: Continente Africano como berço da Humanidade, identificando-o

como uma das matrizes legítimas da cultura humana geral.

b. Verdadeiro: Um grande número de africanos fala suas línguas nacionais e as

línguas oficiais dos colonizadores.

14

c. Falso: É um conceito equivocado, levando em consideração as comparações e

idealizações depreciativas racializadas feito entre a história africana e a européia, em

que esta aparece como “fonte do saber”.

d. Falso: O Continente Africano como todos os outros continentes têm seus

problemas sociais e estes estereótipos e representações preconceituosas, construídos

no nosso imaginário sobre a África e suas gentes, por isso esse conceito é equivocado.

e. Verdadeiro: A topologia é bastante variada com sua singularidade, também há

diversidade populacional cada uma com suas formas de organização com suas

características específicas de sua cultura.

f. Falso: O Continente Africano teve o papel fundamental na construção da

Humanidade, pois os povos africanos interferiram na historicidade de diversas

sociedades mundiais.

g. Verdadeiro: O “Bastão de Ishango” é um pequeno objeto encontrado em pleno

coração da África, datado de 15.000 anos antes dos cálculos dos faraós e 18.000 anos

antes, do surgimento da matemática na Grécia. O bastão constitui o mais antigo

testemunho matemático da humanidade.

h. Falso: O Continente Africano viveu épocas de grande desenvolvimento

econômico, político e cultural antes de ser colonizado pelos europeus. Alguns povos já

comercializavam com a Europa e a Ásia; conheciam e lidavam muito bem com a

agricultura, mineração, metarlugia, astronomia e medicina.

i. Verdadeiro: A forma de escravidão Africana era, majoritariamente, baseada no

trabalho doméstico serviçal.

j. Falso: O nacionalismo Africano foi um movimento em contraposição ao

processo de colonização imposto pelas potências européias, onde surgiram também os

“movimentos de lebertação nacional”, partidos políticos e sindicatos.

k. Verdadeiro: Religiosos e Missionários tinham como missão a catequese e a

tarefa civilizatória, a modelo da cultura ocidental européia. Os outros exploradores

tinham motivos políticos e econômicos, que fez da África, um continente dominado,

ocupado, explorado e colonizado por diversos estados Europeus.

l. Falso: Além dos egípcios, outros povos antigos também construíram prédios em

formato similar. Povos da Mesopotâmia, civilizações da América pré-colombiana e os

chineses são alguns deles.

15

m. Verdadeiro: Os povos Africanos além de possuir origens étnicas diferenciadas,

possuem ainda tradições, hábitos, valores e crenças, com particularidades culturais que

os diferenciam uns dos outros.

n. Verdadeiro: Muitas foram às formas de luta e resistência do povo Africano

contra a ocupação colonial. Entre elas: Luta Armada; não cooperar com os invasores;

abandoando as terras, ou não produzir o que era imposto por eles.

o. Falso: 19 países africanos conseguiram se tornar independentes em 1960, e em

1975, Algumas colônias que ainda estavam sob dominação de Portugal, conseguiram

suas independências. Dando fim a dominação e a exploração do Continente Africano.

p. Verdadeiro: As culturas africanas não são totalmente ágrafas. A escrita faz parte

dessas culturas desde as civilizações egípcias. África é um continente

predominantemente oral, mas oralidade não significa a ausência de escrita.

q. Verdadeiro: Em diversas áreas do continente e no conjunto das civilizações

africanas, foram desenvolvidos diferentes tipos de alfabetos.

r. Falso: O que marca a territorialidade é, sobretudo, a integração histórica.

Mesmo com suas diferenças lingüísticas, os africanos falam muitas línguas de matrizes

comuns têm a União Africana como referencia continental. Por isso, é possível

estabelecer os traços comuns que ajudam a construir suas bases históricas.

s. Falso: Esse País Africano foi constituído de negros dos Estados Unidos que,

após a abolição da escravatura, resolveram voltar a África.

t. Verdadeira: Há neve sobre o Tibete saariano, os altos planaltos etíopes, o pico de

Ceide, nas Canárias, além do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia.

4.1.4- CONFIRA SEUS CONHECIMENTOS SOBRE O

CONTINENTE AFRICANO

16

VOCÊ TEM BONS

CONHECIMENTOS SOBRE O

CONTINENTE AFRICANO! Partilhe

com seus colegas de trabalho. Isto

enriquecerá o processo de

implantação do Ensino da História e

da Cultura Africana e Afrobrasileira

no currículo escolar. Avance cada dia

em seus conhecimentos sobre a

África e suas gentes.

Não há dúvida de que você tem

procurado se informar sobre as

realidades Africanas. Você esta

razoavelmente preparada para trabalhar

com essa história. Procure superar as

possíveis lacunas para realizar um bom

trabalho em sala de aula.

Não se pode dizer que você não saiba

nada sobre a África, mas seus

conhecimentos ainda são insuficientes

para desenvolver o trabalho na escola.

Cuidado, atualize-se! Enriqueça seus

conhecimentos, pois, muitas vezes, a

intuição de forma simplista pode

indicar caminhos equivocados!

Você tem uma imagem simplista do

Continente Africano. Refaça esta

imagem, procurando atualizar seus

conhecimentos e desfazer estereótipos

sobre a África e seu povo, que

permanecem em seu imaginário. Mas,

não se sinta culpado. Assim como

você, vários/as professores/as deverão

procurar avançar em seus

conhecimentos sobre a África, para

desenvolver um bom trabalho no

cotidiano escolar.

DE 17 A 20

PONTOS

DE 12 A 20

PONTOS

DE O7A 11

PONTOS

ABAIXO DE

07 PONTOS

17

4.2- POVO BRASILEIRO

4.2.1- HERANÇAS ÉTNICAS E CULTURAIS

“O projeto de vida dos jovens negros só será viável dentro de uma

política educacional, que reconheça a formação étnica deste país

e valorize os padrões culturais das etnias”. Raquel de Oliveira

INICIA A COLONIZAÇÃO (e a escravidão)

Texto para Reflexão

Durante as primeiras décadas, o Brasil não chamou muita atenção dos portugueses,

pois preferiram concentrar esforços com o lucrativo comércio com ás Índias. Vinham

para cá apenas algumas expedições com o objetivo de explorar as novas terras, para

ganharem dinheiro e prestigio social.

A fixação dos portugueses na Colônia, só ocorreu, de fato, com o cultivo da cana de

açúcar para a fabricação do açúcar nos engenhos. Essa produção exigia muita mão de

obra. Assim nas primeiras décadas do século XVI, Negros Africanos foram trazidos à

força para trabalhar nas lavouras e nos engenhos como escravos. Desembarcaram no

Brasil, negros de diferentes nações africanas. Traziam conhecimentos agrícolas, de

como trabalhar o bronze, o cobre, o ouro e a madeira. Havia também, entre eles, muitos

tecelões, ferreiros e artesões.

Outros imigrantes de várias nacionalidades, também vieram para povoar o Brasil;

Com uma diferença, estes foram financiados pelos governos provinciais e imperial.

Italianos, espanhóis, russos, ucranianos, turcos, sírios, japoneses e chineses vieram

trabalhar no Brasil. A partir daí, formou-se então, uma grande mistura racial. O Brasil se

tornou um país mestiço.

Muitas pessoas ainda acreditam que, no Brasil, as relações raciais são totalmente

harmônicas, isto é, vivemos em uma verdadeira “democracia Racial”, só que na

realidade, a história não é bem assim não!

18

Embora a Constituição de 1988 afirme que todos os brasileiros, são iguais e tem os

mesmos direitos perante a Lei, os dados oficiais comprovam que isso não é uma

realidade com relação aos negros e pardos. Na passagem do século XX para o XXI,

negros e pardos representavam cerca de 45% da população brasileira. No entanto,

correspondiam 64% da parcela pobre do país. (Censo de 2000).

Nas veias da maioria dos brasileiros corre o sangue índio, negro e branco.

Carregamos, dentro de nós, a herança de todas as culturas e sabemos, hoje, que os

cientistas especializados em genética, chegaram à conclusão que as diferenças entre

grupos étnicos são insignificantes. Essas pequenas ou grandes diferenças no genótipo ou

fenótipo são suficientes para tornar cada um de nós um ser único. Cada um tem sua

história familiar e sua herança étnica e cultural.

Você saberia dizer quem são seus antepassados? De onde você veio? E seu Avô? E

sua Avó? E seus bisavôs? Espelho, espelho meu, de que raça eu pertenço?

O objetivo desta atividade é oportunizar aos professores/as maneiras de conhecer-se a si

própria e a seus alunos/as construindo, de forma lúdica e prazerosa, sua Herança Étnica

Racial.

4.2.2- Construindo sua herança Étnica cultural

É hora de nos conhecermos e conhecer nossos colegas.

Professor sugira a seus/as alunos/as, a Construção

de sua Herança Étnica Cultural, através de um

álbum.

19

Passos para organizar o Álbum:

1º Passo: entrevistar familiares;

Investigar o grupo racial com seus traços físicos e a origem geográfica, incluindo a

cidade, a região, o Estado, ou o País de origem de sua família ou do seu grupo étnico.

Descobrir os principais traços culturais do seu povo: idioma, religião, cerimônias

típicas, festas folclóricas, hábitos alimentares, bebidas típicas, opções de lazer, esportes

mais utilizados, profissões predominantes, objetos típicos, instrumentos musicais,

danças, ritmos, condição financeira, como são tratados os idosos e as mulheres, nível de

instrução no grupo, etc.

Acrescentar as particularidades da família, como algumas receitas típicas, algumas das

orações tradicionais, etc.

(Anotar tudo no caderno).

2º Passo: Pesquisar na Certidão de Nascimento, o local e a data

de nascimento (cor, hora, dia, mês e ano) e ainda o nome dos avôs maternos e paternos.

3º Passo: Preencher a Árvore Genealógica com seus familiares.

4º Passo: Organizando o álbum;

Colar na primeira página, uma foto sua e outra de seus familiares (pode

ser de todos juntos ou uma de cada membro da família);

Tirar uma cópia da Certidão de Nascimento e colar na segunda página;

Completar a Árvore Genealógica e colar na terceira página.

Nas páginas seguintes completar com as informações da pesquisa realizada.

20

21

4.3 - QUESTÃO RACIAL NO COTIDIANO ESCOLAR

4.3.1 - Educação etnocêntrica ou Antirracista?

“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição

mais decidida a qualquer forma de discriminação.

A prática preconceituosa de raças, classe, de gênero,

ofende a subjetividade do ser humano e nega

radicalmente a democracia.” Paulo Freire.

O objetivo desta atividade é refletir sobre os referenciais que direcionam o cotidiano do

trabalho escolar na construção de uma pedagogia da diversidade, da pluralidade cultural

e do respeito às diferenças, contemplando uma educação antirracista.

4.3.2 - Professor/a se você...

É hora de verificar nosso comportamento em relação às diferenças no cotidiano escolar.

Afirma que o estudo sobre as diferenças entre os grupos étnicos culturais e as situações

de desigualdade e discriminação presentes na sociedade não devem ser tratadas na escola,

pois poderiam levar a conflitos...;

Acredita que as Cotas Raciais, como uma das políticas Afirmativas, são para os/as

alunos/as negros/as que não têm capacidade ou porque estudou pouco ou ainda uma

forma de entrar pelas portas dos fundos nas Universidades Pública...;

Têm pouca percepção das dinâmicas etnicorraciais dos estudantes, em especial das

“piadas” que acontecem fora da sala de aula, naturalizando os problemas etnicorraciais

como a discriminação, a desigualdade racial e a violência...;

Acha que os negros discutem a questão racial é porque são traumatizados, frustrados e

22

não acreditam no seu próprio potencial; Que o próprio negro é racista. Muitas vezes

discrimina outro negro...;

Trata da questão racial com seus/as alunos/as somente nas datas comemorativas como 13

de Maio e o 20 de Novembro...;

Pensa que a lei 10639/2003 é assunto somente para professores de História...;

Ainda pensa que não há racismo no Brasil, veja o Pelé, o Milton Nascimento, o Gilberto

Gil, afinal a “Democracia Racial” existe!...;

Crêem que os/as alunos/as negros/as são os mais inquietos, indisciplinados, os que têm

maiores dificuldades de aprendizagem e ainda os que mais fedem suor...;

4.3.3 - Você precisa refazer seus conceitos!

Estas ideias falsas, cristalizadas no modo de pensar

das pessoas são puras manifestações de racismo e

preconceito!

4.3.4 - Reflita... Reformule... Atualize...

PARA REFLETIR

Em 2001, a África do Sul sediou a Terceira Conferência da ONU contra o

Racismo, a Xenofobia e a Intolerância. Na ocasião, organizações africanas

exigiram que os países da Europa envolvidos com a colonização paguem

algum tipo de indenização pelos prejuízos causados pelo tráfico negreiro e

pela exploração do trabalho de africanos escravizados. Representantes

23

europeus reagiram com indignação à proposta.

Em sua opinião, essa reivindicação é justa, ou as ações cometidas

há séculos deveriam ser deixadas de lado, considerando que hoje

os tempos são outros?

Fonte: AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História. São

Paulo: Ática, 2005. Vol.Único. Pagina 204.

O Racismo e as práticas discriminatórias vivenciadas pelo segmento

populacional negro brasileiro não são apenas heranças de um passado

distante, mas vêm sendo reproduzidas e realimentadas ao longo do tempo. A

partir de alguns dados estatísticos, que já é de nosso conhecimento, a

sociedade brasileira não trata de forma igual todos os seus cidadãos. Embora

muitos afirmem que em nosso país vigora uma “Democracia Racial”, o certo

é que em média, os negros não desfrutam dos mesmos status que os brancos.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), em 1999

as taxas de analfabetismo eram da ordem de 20% entre negros e pardos e de

8,3% entre os brancos.

(Fonte:www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad99/html

Acesso em: 27/07/2010).

Em 2003, para garantir o acesso dos negros ao ensino superior, algumas

instituições públicas de ensino superior, passaram destinar cotas de suas vagas

a estudantes negros. A decisão causou polêmica. Alguns setores da sociedade

se opuseram a ela; outros se mostraram francamente favoráveis.

Relacione argumentos dos dois grupos e elabore um texto expondo

sua opinião a esse respeito.

24

4.4 - INTERDISCIPLINARIDADE, ARTICULAÇÃO DAS DISCIPLINAS

4.4.1 - INTEGRAÇÃO DOS SABERES: PENSAR

E FAZER ACONTECER!

“... Algumas práticas pedagógicas e até

silêncio fizeram da escola uma

reprodutora do racismo”.

Rosa Margarida de C. Rocha

O objetivo desta atividade é de valorizar a diversidade cultural, étnica, artística, social,

etc. construindo conhecimentos capazes de promover convivência saudável e práticas

sociais contrária a todas as formas de preconceitos, racismos e discriminação.

4.4.2 - Pedagogia da diversidade!

Sugestões de atividades a todas as áreas do

conhecimento para contribuir com a educação para

a cidadania.

1- Júri Simulado

É uma técnica de aprendizagem que simula um julgamento, onde os

alunos têm a oportunidade de argumentar e apresentas provas e evidências a favor ou

contra o que está sendo julgado.

Além da força da argumentação que se evidência, destaca-se a necessidade de emitir

um julgamento de valor entre outros aspectos relevantes que podem ser trabalhados.

25

Sugestões de temas para o júri simulado:

Julgamento de um abolicionista ou escravocrata.

Ações Afirmativas – Cotas Raciais

Obrigatoriedade da lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

Julgamento de uma atividade de racismo.

2- Músicas

Música é sensibilidade, é Emoção!

Trabalhar com Música é um recurso muito utilizado por muitos

profissionais da Educação, e pode ser trabalhado em todas as áreas do conhecimento,

além de ser uma forma lúdica contribui na disciplina e na aprendizagem dos /as

educandos /as, tornando sua aula mais participativa e prazerosa.

Passos para se trabalhar com Músicas.

1º Passo: Escolha as Músicas com letras que tenham uma mensagem sobre a

questão Racial, Preconceito, que você esta trabalhando.

2º Passo: Disponibilize a letra para seus/as Alunos/as; faça a leitura com

eles/as; Solicite para que pesquisem o significado de palavras desconhecidas e anotem

em seu caderno;

3º Passo: Disponibilize a Música para os/as alunos/as ouvirem; Solicite que

ouçam em silêncio nesta primeira vez, na segunda vez sugira que os alunos que

conhecem cantem juntos com o CD. Se você preferir baixe do yotube, converta para a

TV Pendrive e apresente com Clipe.

26

4º Passo: Solicite aos alunos/as que sentimentos foram despertados e peça

para escreverem.

5º Passo: Sensibilidade e emoção podem ser expressas de várias formas, uma

delas é o desenho. Que tal experimentar?

6ª Passo: Debata com eles sobre o Tema. A partir do debate solicite que

eles/as construam um poema ou uma letra de hip hop, retratando as dificuldades de ser

negro/a no Brasil.

Sugestões de Música para trabalhar com o tema:

RACISTAS OTÁRIOS

(Letra de Mano Brown e Ice blue)

Fonte: www.yotube.com.br Racistas Otários. Holocausto Urbano. Racionais MC’s. Zimbabwe records,

1990.

Então a velha história outra vez se repete

Por um sistema falido

Como marionete nós somos movidos

E há muito tempo tem sido assim

Nos empurraram à incerteza e ao crime enfim

[...]

O sistema é racista, cruel [...]

Os poderosos são covardes, desleais

Mas se analisarmos bem mais você descobre

Que negro e branco pobre se parecem

Mas não são iguais [...]

Porém direi para vocês, irmãos

Nossos motivos pra lutar são os mesmos

O preconceito e o desprezo ainda são iguais

Nós somos negros também temos nossos

ideais

Racistas otários nos deixem em paz [...]

27

Espancam negros nas ruas por motivos banais

E nossos ancestrais

Por igualdade lutaram

Se rebelaram, morreram

E hoje o que fazemos?

Assistimos a tudo de braços cruzados

Até parece que nem somos nós os prejudicados

[...]

Cinqüenta anos agora se completam

Da Lei antirracismo na Constituição

Inflável na teoria

Inútil no dia a dia [...]

No meu país o preconceito é eficaz

Te cumprimentam na frente

E te dão um tiro por trás

“O Brasil é um país de clima tropical,

Onde as raças se misturam naturalmente

E não há preconceito racial” (Rá, rá, rá!...)

Nossos motivos pra lutar ainda são os mesmos

O preconceito e o desprezo ainda são iguais

Nós somos negros também temos nossos ideais

Racistas otários nos deixem em paz...

A MÃO DA LIMPEZA

(Gilberto Gil)

Fonte: www.yotube.com.br (Neste clip, de 1984, os dois cantores interpretam o funk "A mão da limpeza",

um protesto contra o racismo gravado por Gilberto Gil no LP "Raça Humana").

O branco inventou que o negro

Quando não suja na entrada

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

28

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

Que mentira danada, ê

Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o negro penava, ê

Mesmo depois de abolida a escravidão

Negra é a mão

De quem faz a limpeza

Lavando a roupa encardida, esfregando o

chão

Negra é a mão

É a mão da pureza

Negra é a vida consumida ao pé do fogão

Negra é a mão

Nos preparando a mesa

Limpando as manchas do mundo com água e

sabão

Negra é a mão

De imaculada nobreza

Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

29

O que o branco sujava. Ê

Imagina só

Eta branco sujão.

PALMARES 1999

(Natiruts)

Fonte: www.yotube.com.br

Nossa memória foi contada por vocês

E é julgada verdadeira como a própria lei

Por isso temos registrados em toda história

Uma mísera parte de nossas vitórias

É por isso que não temos sopa na colher

E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé

A cultura e o folclore são meus

Mas os livros foi você quem escreveu

Quem garante que palmares se entregou

Quem garante que Zumbi você matou

Perseguidos sem direitos nem escolas

Como podiam registrar as suas glórias

A energia vem do coração

E a alma não se entrega não

A energia vem do coração

E a alma não se entrega não

A influência dos homens bons deixou a

todos ver

Que omissão total ou não

30

5 - O QUE DIZEM AS LEIS

5.1- Constituição da República Federativa do Brasil – 1988

A primeira Constituição brasileira foi outorgada por D. Pedro I, em 1824.

Esta, de 1988, é a oitava Constituição, mas já possui uma série de emendas. Nesta

Constituição, a democracia deu um grande passo ao incluir que o Racismo é Crime.

Alguns Artigos relacionados ao Tema:

TITULO I: DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS

Artigo 3ª – Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades

sociais e regionais;

IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação;

TITULO II: DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS

Capítulo I: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Artigo 5º - Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do

direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos

seguintes:

I- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos

termos desta constituição:

XLII- A prática do racismo constitui crime inafiançável e

imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei;

31

TITULO VIII: DA ORDEM SOCIAL

Capitulo III: Da Educação da Cultura e do Desporto

Artigo 215 – O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso

as fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das

manifestações culturais.

& 1º- O Estatuto protegerá as manifestações das culturas populares,

indígenas e agro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo

civilizatório nacional.

Fonte: Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. BRASIL.

5.2 - Estatuto da Criança e do adolescente (ECA) – 1990

Além das leis da nossa Constituição, houve necessidade de se criar no Brasil lei

especifica para proteger nossas crianças de absurdo. O Estatuto da Criança e do

Adolescente/ECA foi criado pelo governo brasileiro em 1990. Alguns Artigos:

Artigo 2º - Considera-se criança, para efeitos desta Lei, a pessoa até dez anos de idade

incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Artigo 4ª - É dever da família, da Comunidade, da sociedade em geral e do poder

público assegurar, com absoluta prioridade, efetivação dos direitos (da criança e do

adolescente) referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à

profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, á liberdade e a convivência

familiar e comunitária.

Artigo 17 - O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,

psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da

identidade, da autonomia, dos valores, ideias e cresça dos espaços e objetos pessoais.

32

Artigo 18 - É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os

a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou

constrangedor.

Artigo 71- A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes,

diversões, espetáculos e produtos a serviços que respeitem sua condição peculiar de

pessoa em desenvolvimento.

Fonte: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE

1990. www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm Acesso em 20 de julho de 2010.

5.3 - Lei de Diretrizes e Base (LDB) – 1996

A Lei nº9394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional.

TITULO I: DOS PRINCIPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Artigo 2º- A Educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

III – Pluralismos de ideias e concepções pedagógicas;

IV – Respeito á liberdade e apreço a tolerância;

TITULO V: DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO

Capitulo II: Da Educação Básica

Artigo 26 – Os currículos de ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional

comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por

uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da

cultura, da economia e da clientela.

33

& 4º - O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das

diferentes culturas e etnias para a formação do povo Brasileiro, especialmente

das matrizes indígena, africana e européia.

Em 2003, uma nova lei foi criada alterando a LDB e provocando um avanço na

área educacional. Foi a Lei 10639, de 09 de Janeiro de 2003;

“Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro

Brasileira.”

Fonte: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf. Acesso em 20 de julho de 2010.

5.4 - Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU – 1948

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento básico da Organização

das Nações Unidas (ONU) foi assinada em 1948, para tentar amenizar os conflitos

mundiais e promover a paz.

Estas Leis são de caráter Internacional e devem ser obedecidas por todos os países

signatários. Nela, são enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem. São

trinta artigos. Alguns Artigos:

Artigo II – 1. Todo ser humano tem capacidade par gozar os direitos e as liberdades

estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor,

sexo, idioma, religião, opinião política ou de natureza, origem nacional ou social,

riqueza, nascimento ou qualquer outra condição.

Artigo IV – Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e tráfico de

escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Fontes: www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php Acesso em 20 de julho de 2010.

34

6 - SUGESTÃO DE FILMES, LIVROS E SITES

Sugestões: Assistir ao filme antes de passá-los aos alunos é sempre bom para

conferir se ele é adequado, para selecionar algumas cenas, tempo de duração e

também para planejar algumas atividades após a sua exibição.

6.1 - FILMES

A Cor Púrpura: Trata dos conflitos entre brancos e negros escravizados no

período colonização nos Estados Unidos;

A Lista de Schindler: Em algumas cenas, relata o racismo contra os Judeus

durante o período nazista de Hitler. Direção de Steven Spielberg.

Abolição: Direção de Zózimo Bulbul de 1988.

Amistad: A história ocorre em um Navio Negreiro. Direção de Steven Spielberg,

1997.

Ao Mestre com Carinho I: Relata a história de um professor negro, chega para

trabalhar com alunos indisciplinados e consegue fazer um excelente trabalho.

Barravento: O filme trata da história de um pescador negro que, tendo vivido na

cidade, esforça-se para livrar o seu grupo de companheiros das velhas crenças e da

religião, vista por ele como simples alienação e servilidade. Porém, para tanto, usa

meios diabólicos. A palavra barravento significa reviravolta, revolução. Direção

de Glauber Rocha. Brasil 1961.

Código de Honra: Mostra preconceito contra os judeus dentro de uma escola,

onde as pessoas se revelam entre as injustiças e situações de desrespeito.

Desmundo: Retrata a Sociedade Brasileira por volta do ano de 1570, com ênfase

nos primeiros colonizadores portugueses. Direção de Alain Fresnot. Brasil: Sony

Pictures, 2003.

Ganga Zumba: História do quilombo dos Palmares, centrada na figura de Ganga

Zumba. Direção de Cacá Diegues. Brasil: Produções Cinematográficas Herbert

Richers, 1964.

Homens de Honra: História inspirada na determinação de um homem negro que

queira ser mergulhador de elite da Marinha norte americana, enfrentando a

oposição do chefe branco.

35

Kiriku e a Feiticeira: Desenho no qual um menino com dons especiais deve

salvar a aldeia de uma cruel feiticeira. Baseado em uma lenda da África. Direção

de Michel Ocelot (França).

Mississipi em Chamas: Mostra a atuação brutal dos membros da Ku Klux Klan.

Direção Alan Parker, Estados Unidos, 1988.

O Fim da Memória: Documentário que traça um perfil do negro na História

Brasileira sob o aspecto das criações do imaginário, principalmente na música e

na religião, e também sob a perspectiva do racismo. Direção de Eduardo

Coutinho. Brasil 1991.

O Poder de um Jovem: Mostra que uma só pessoa pode fazer a diferença e

mudar uma situação (África do Sul).

O Preço do Desafio: Baseado em fatos reais, um professor vai lecionar e encontra

gangues de drogados e muito preconceito contra os hispânicos. Ele desafia os

alunos a mudarem suas vidas. Direção de Ramon Menendez. Produzido nos

Estados Unidos em 1988.

Quanto Vale ou é Por Quilo? Uma analogia entre o antigo comércio de escravos

e a atual exploração da miséria pelo marketing social, que forma uma

solidariedade de fachada. Direção de Sérgio Bianchi. Brasil: Riofilme, 2005.

Quilombo: Resgata a história de resistência negra em Quilombo dos Palmares,

que evidencia o conflito entre Ganga Zumba e Zumbi. Direção de Cacá Diegues.

Brasil/França: Embrafilme, 1984.

Um Grito de Liberdade: História real, passada na África do sul, sobre o líder

negro Steve Biko. Direção de Richard Attenborough. O filme foi produzido em

1987, na Inglaterra.

Zulu: Retrata a Guerra Sangrenta mostrando a resistência Africana à colonização

européia. Direção de Cy Endfield, em 1964.

6.2 - LIVROS

A Mulher Negra que Vi de Perto, de Nilma Lino Gomes. Belo Horizonte:

Mazza Edições, 1995;

Africanidade do Povo Brasileiro: Somos Iguais e Diferentes, de Jorge Bezerra

Arruda. São Paulo: Editora Diáspora, 2009.

36

Afrografias da Memória, de Leda Maria Martins, Belo Horizonte: Mazza

Edições;

Almanaque Pedagógico Afro Brasileiro, Uma Proposta de Intervenção

Pedagógica na Superação do racismo no Cotidiano Escolar, de Rosa Margarida de

Carvalho Rocha. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.

Bonecas Negras Cadê? O Negro no Currículo Escolar: Sugestões e Práticas, de

Maria Zilá Teixeira de Matos. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2004.

Brasil, Gênero e Raça. Todos Unidos pela Igualdade de Oportunidades –

Discriminação: Teoria e Prática. Programa Nacional de Direitos Humanos.

Assessoria internacional/MTb – Brasília – DF – tel. (XX-61-3225-1242 e

33176126/ e-mail: [email protected]

Cada Homem é uma Raça, de Mila Couto. Rio de Janeiro: Editora Nova

Fronteira;

Consciência Negra do Brasil: Os Principais Livros. Quase trezentas obras

comentadas e recomendadas por especialistas afro brasileiros. Organizadores: Cuti

e Maria das Dores Fernandes. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2002.

Diferenças e Preconceitos na Escola, de Júlio Groppa Aquino. São Paulo:

Editora Summus Editorial.

Direitos Humanos e Diversidade, de Jorge Bezerra Arruda. Volume V. São

Paulo: Editora Diáspora, 2009.

Do Silêncio do Lar ao Silêncio Escolar, de Eliane dos Santos Cavalleiros. São

Paulo: Contexto, 2000.

Educação das Relações Etnicorraciais, Pensando Referenciais para a

Organização da Prática Pedagógica, de Rosa Margarida de Carvalho Rocha. Belo

Horizonte: Mazza Edições, 2007.

Educação e Discriminação dos Negros – Instituto de Recursos Humanos João

Pinheiro. Belo Horizonte: Mazza Edições.

História da África na Educação Básica, de Rosa Margarida de Carvalho Rocha.

Belo Horizonte: Editora Nandyla, 2009.

História dos Povos Indígena e afro brasileiro, de Sérgio Vieira Brandão.

Volume I e II. Curitiba: Editora Gráfica Expoente, 2009.

História e Cultura Africana e Afro Brasileira, de Ney Lopes. São Paulo:

Editora Barsa-Planeta, 2008.

O Negro no Brasil. De Júlio J. Chiavenato. São Paulo. Brasiliense.

37

O que é Racismo, de Joel Rufino dos Santos. São Paulo. Abril

Cultural/Brasiliense, 1984. Coleção Primeiros Passos.

Os Sons dos Negros no Brasil, de José Ramos Tinhorão. São Paulo: Editora 34,

2008.

Ser Negro no Brasil Hoje: de Ana Lúcia Valente. Projeto passo à frente. São

Paulo. Editora Moderna. Coleção Polêmica.

Superando o Racismo na Escola, de Kabengele Munanga – Organizador.

Brasília: Ministério da Educação Fundamental, 2001.

Todos Semelhantes, Todos Diferentes, de Albert Jacquard. São Paulo: Editora

Augustus.

6.3 - SITES

Museu Afro Brasileiro: Disponível em

<www.museuafrobrasil.com.br>. Acesso em: 02 de junho de 2010. Neste site é

possível visualizar máscaras africanas, artefatos, objetos de arte e fotografias.

Brasil 500 anos. Disponível em <www.expo500anos.com.br>. Acesso

em 10 de março de 2010. Este site traz informações sobre diversos períodos do

Brasil colonial.

A Casa das Áfricas. Disponível em <www.casadasafricas.org.br>

Acesso em 10 de março de 2010. Trata-se de um centro de pesquisa e de

promoções culturais relacionadas ao continente Africano. Pode-se encontrar um

vasto material sobre os povos africanos.

Fundação Cultura palmares. Disponível em <www.palmares.gov.br>.

Acesso em 02 de junho de 2010. O Site traz informações com artigos, eventos,

publicações, sobre a cultura africana e afro brasileiro.

Portal Afro. Disponível em < www.ceert.org.br>. Acesso em 22 de

junho de 2010. É um portal de notícias sobre eventos relacionados à cultura,

artes, culinária e religião afro-brasileira, entre outras.

Núcleo de Estudos afro-brasileiros da Universidade Federal do

Paraná – NEAB –UFPR. Disponível em <www.neab.ufpr.br>. Acesso em 31 de

julho de 2010. Tem objetivo geral de se constituir como um centro de referência

que articule e promova atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas ao

campo de estudos afro-brasileiros.

38

7 – GLOSSÁRIO

AÇÕES AFIRMATIVAS: Políticas Públicas compensatórias, voltadas para

reverter às tendências históricas que conferiram a grupos sociais uma posição de

desvantagem, particularmente nas áreas de educação e do trabalho. No Brasil nos

últimos anos, muito se tem discutido a implantação de ações para proporcionar à

população afro brasileira, uma inserção efetiva em espaços como as universidades

e setores do mercado de trabalho.

AFRO BRASILEIRO: Adjetivo usado para referir-se à parcela significativa da

população brasileira com ascendência parcial ou totalmente africana.

DEMOCRACIA RACIAL: É um termo usado por alguns para descrever as

relações raciais no Brasil. O termo denota a crença de que o Brasil escapou do

racismo e da discriminação racial. É um Mito a Democracia Racial no Brasil.

DISCRIMINAÇÃO RACIAL: Segregação, separação, apartação racial. Atitude

que visa separar as raças, baseada em ideias preconceituosas;

ETNIA: População ou grupo social que apresenta relativa homogeneidade

cultural linguística, compartilhando história e origem comuns. Vem sendo usada

em substituição a termos como nação, povo e raça;

ETNOCENTRISMO: Visão de mundo que considera o grupo a que o indivíduo

pertence o centro de tudo. Elegendo-o como o mais correto e como padrão

cultural a ser seguido por todos, consideram os outros, de algumas formas

diferentes, como inferiores.

FENÓTIPO: Aparência externa dos indivíduos, determinada pelo seu genótipo e

pelas condições ambientais;

GENÓTIPO: Conjunto de genes de um indivíduo;

KU KLUS KLAN: Organização dos Estados Unidos que prega a superioridade

da raça branca norte americana e utiliza métodos violentos contra negros, latinos,

asiáticos, judeus e homossexuais;

PRECONCEITO: Conceito ou opinião formado antecipadamente, sem maior

ponderação ou conhecimento dos fatos;

RAÇA: Conjunto de indivíduos cujos caracteres somáticos, tais como a cor da

pele, a conformação do crânio e do rosto, o tipo de cabelo etc..., são semelhantes e

transmitem por hereditariedade, embora variem de indivíduo para indivíduo;

39

RACISMO: Cresça na superioridade biológica, cultural e moral de uma raça

sobre a outra;

Fonte: Almanaque Pedagógico Afro Brasileiro de Rosa Margarida de Carvalho e Bonecas

Negras Cadê? De Maria Zilá Teixeira de Matos.

40

REFERÊNCIAS

ARRUDA, Jorge Bezerra. Africanidade do povo brasileiro: Somos iguais e

diferentes. Coleção: Africanidade e afrobrasilidade no Espaço Escolar. Volume II.

São Paulo: Editorial: Diáspora, 2009.

__________________. Direitos Humanos e Diversidade. Coleção: Africanidade e

afrobrasilidade no Espaço Escolar. Volume V. São Paulo: Editorial: Diáspora,

2009.

AZEVEDO, Gislane Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo:

Editora Ática, 2005. Vol.Único.

BETTO, Frei. OSPB – Introdução à Política Brasileira. 12. ed. São Paulo:

Editora Ática, 1990.

BOULOS, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: Editora FTD,

2010.

BRANDÃO, Sérgio Vieira. História dos Povos Indígena e Afro Brasileiro,

Curitiba: Editora Gráfica Expoente, 2009. Volume I e II.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.

BRASIL. MEC.SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos

temas transversais – 3º e 4º Ciclos. Brasília. MEC,1998.

CARDOSO, Oldimar. Tudo é História. São Paulo: Editora Ática, 2010.

CAVALLEIROS, Eliane dos Santos. Do Silêncio do Lar ao Silêncio Escolar, São

Paulo: Contexto, 2000.

MATOS, Maria Zilá Teixeira. Bonecas Negras Cadê? O Negro no Currículo

Escolar: Sugestões e Práticas. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2004.

PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – História. Curitiba: SEED, 2008.

ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque Pedagógico Afro Brasileiro:

Uma proposta de intervenção pedagógica na superação do racismo cotidiano

escolar. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.

__________________. A História da África na Educação Básica: Almanaque

Pedagógico - referenciais para uma proposta de trabalho. Belo Horizonte:

Nandyala, 2009.

41

__________________. Educação das Relações Etnicorraciais: Pensando

referencias para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza

Edições, 2007.