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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
SONIA MARIA RODER
LONDRINA
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
SONIA MARIA RODER
A Produção Didática Pedagógica é uma das atividades propostas pelo Programa PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional Orientador: Prof. Anísio Calciolari Júnior
LONDRINA
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
UNIDADE DIDÁTICA
A) DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professor PDE: Sonia Maria Roder Área PDE: Educação Física NRE: Londrina Professor Orientador IES: Anísio Calciolari Júnior
IES vinculada: IEL Escola de Implementação: Colégio Estadual Barão do Rio Branco -
EFM Público objeto de intervenção: 5ª série do Ensino Fundamental
B) TEMA DE ESTUDO PROPOSTO DA PROFESSORA PDE
Educação Física e Cultura Popular
C) TÍTULO
O “jogo da peteca”: um resgate da cultura popular nas aulas de Educação Física
Primeiro Bloco
OBJETIVOS: - Criar atmosfera em que reconheçam a influência da cultura popular na vida
diária;
-Reconhecer a importância da preservação dos valores culturais;
- Colaborar para um maior entendimento da diversidade, trabalhando a
contribuição dos povos indígenas e a tolerância às diferenças através do
conhecimento da identidade brasileira;
-Contribuir para o desenvolvimento motor propiciando a vivência de variedade
de movimentos e manuseio de diversos tipos de materiais, ampliando
habilidades e capacidades.
Povos que esquecem suas raízes acabam perdendo a consciência do próprio destino
Atualmente o folclore é reconhecido como uma ciência. A cultura popular
ou folclore, instrumento de educação nas escolas é um bem protegido e
reconhecido pela UNESCO e por muitos países, que inseriram muitos de seus
elementos constituintes em seus elencos de bens de patrimônio histórico e
artístico a serem protegidos e fomentados. http://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore.
De acordo com Catenacci (2001) estudiosos alemães motivados em
grande parte pelo interesse nas tradições populares dão um importante passo
na valorização da cultura popular de seu país ao coletarem contos através do
contato direto com os camponeses, indicando o local onde a história surgia,
influenciando assim os primeiros pesquisadores do folclore brasileiro. Neste
trabalho, destacaram-se os irmãos Grimms como integrantes do movimento
romântico.
É no século XIX que o termo folclore é criado, período da modernização
capitalista em que os intelectuais, ao contrário dos românticos, acreditavam no
desenvolvimento científico, nas formas racionais do pensamento, pois a crença
“na ciência, nas formas racionais de organização social de produção que teriam
a ordem, a disciplina, a obediência e a submissão como principais elementos; o
progresso, enquanto avanço tecnológico, como objetivo” (CATENACCI, 2001,
p. 29).
A organização da sociedade sofria mudanças profundas. A considerada
mais relevante para o trabalho de Catenacci (2001) foi o crescimento das
cidades em detrimento do campo. No auge do capitalismo as mudanças dos
indivíduos quanto aos seus modos de relacionamento foram gerando uma
impessoalidade, principalmente nas grandes cidades.
Segundo Catenacci (2001), no século XIX, os intelectuais, Silvio
Romero, considerado o pai dos estudos folclóricos brasileiros e Celso de
Magalhães acreditavam na investigação da origem e das características das
manifestações folclóricas como o meio mais eficiente para afirmar a identidade
nacional. Essa questão perdura. Apesar disso, as manifestações folclóricas
oriundas do meio rural, foram ameaçadas pelo processo de modernização pela
qual o Brasil se inseria. Acreditava-se nesse sentido na incompatibilidade entre
as manifestações folclóricas e o progresso, ou seja, entre os avanços da
modernidade.
Muitos exemplos demonstraram que esses estudos consideravam as
produções populares “curiosas” e pouco científicas, servindo para comprovar a
“ignorância” das classes subalternas, ou mesmo para ilustrar e enfatizar a falsa
dicotomia entre arte popular e arte erudita, ao separar os que tinham cultura
dos que tinham folclore.
Em consequência dessa antiga abordagem pejorativa, muitos
pesquisadores e estudiosos de brinquedos e brincadeiras preferem se referir a
essas manifestações como sendo de cultura popular e não manifestações
folclóricas.
Na educação o folclore é um conteúdo importante na escola, pois é
também um lugar onde se vive o saber popular e se transmite conhecimentos
tradicionais, seja no desenvolvimento de um jogo, de uma dança ou de um
comportamento.
Texto 1
Entendendo o Folclore:
Folclore
A palavra folclore provém do inglês Folk – lore (saber do povo) criado
por Willian John Thomas, em 1846, para denominar um campo de estudos até
então identificado como “antiguidades populares” ou “literatura popular”.
Os estudos de folclore são parte de uma corrente de pensamento
mundial, cuja origem remonta à Europa da segunda metade do século XIX. Ao
mesmo tempo em que procuravam inovar, esses estudos eram herdeiros de
duas tradições intelectuais que se ocupavam anteriormente da pesquisa do
popular: os antiquários e o Romantismo.
Os antiquários são os autores dos primeiros escritos que nos séculos
XVII e XVIII, retratam os costumes populares. Colecionam e classificam objetos
e informações, e acreditam que o popular é essencialmente bom. O povo, para
os intelectuais românticos, é puro, simples, enraizado nas tradições e no solo
de sua região.
Neste sentido amplo de “saber do povo”, a idéia de folclore designa
muito simplesmente as formas de conhecimento expressas nas criações
culturais dos diversos grupos de uma sociedade. No Brasil, no começo do
século XX, os estudos do folclore incidiam basicamente sobre a literatura oral,
depois veio e interesse pela música, e mais tarde ainda se engloba os
folguedos populares.
O folclore é visto como fator de compreensão entre os povos,
incentivando o respeito às diferenças e permitindo a construção de identidades
diferenciadas entre nações.
O conjunto de iniciativas desenvolvidas era designado pelo nome de
Movimento Folclórico criado em 1958. A Campanha é um organismo nacional
destinado a “defender o patrimônio folclórico do Brasil e a proteger as artes
populares”. (Adaptado de: http://www.tvebrasil.com.br/salto acessado: 09-05-
2010. CALVACANTI, M. L. disponível no site:).
Atividades:
1-Assistir nos sites indicados ou pela TV Pen Drive: Apresentações de
personagens do Folclore Brasileiro e joguinhos que testam se o aluno está por
dentro do conteúdo discutido;
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/Net/oficinas/oficina2003/mussurunga/muss
urunga.pps
www.iia.com.br/.../APRESENTAÇÃO%20-%20DEBORAH.ppt - Similares
2- Realizar uma entrevista com os avôs sobre uma lenda que se recordam
anotando-a no caderno;
3- Em sala de aula, verificar a freqüência da ocorrência das mesmas.
A valorização da cultura popular pelas elites, como nos meios
acadêmicos ou pela indústria do turismo difunde as práticas tradicionais dentro
do cenário da cultura de modo geral. Por outro lado, promove uma alienação,
uma incompreensão dos sentidos e dos significados dessas práticas,
transformando-os apenas em elementos alegóricos, de diversão consumista
nas grandes cidades.
Já para o povo, elas representam a preservação da identidade que dão
sentido comunitário da existência das pessoas. O comunitário se contrapõe ao
mundo capitalista, em que a individualidade é bem maior. Nas comunidades
tradicionais, também existe o respeito à individualidade, nos valores que são
caros e importantes. Por exemplo, na malhação de Judas são colocadas
figuras de políticos desonestos ou mal vistos. Esse ritual constitui uma forma
de revelar uma realidade existente. (Fonte: Educação em ação – Projeto
Pedagógico de Introdução à Cultura Popular Brasileira).
Texto 2
Ampliando os conhecimentos:
Cultura Popular e Educação
Cultura diz respeito ao modo de ser e de viver dos grupos sociais: a
língua, as regras de convívio, o gosto, o que se come, o que se bebe, o que se
veste vão formando aquilo que é próprio de um povo.
Em um país como o Brasil, tão diverso, tão grande, com tantas
expressões diferentes, com tantos jeitos de ser, de brincar, de conviver e rezar,
que vão se modificando de lugar para lugar, e a toda hora, não podemos falar
de uma única cultura, mas das muitas culturas que o formam. Será que
paramos para pensar, por exemplo, quantas nações indígenas nós temos? E
das culturas africanas que para cá vieram não foi uma nação, mas foram
muitas a formar o que chamamos de cultura afro-brasileira.
E os portugueses, foram os únicos? Na verdade, foram muitos os povos
europeus, cada um com suas tradições, línguas, expressões, jeitos de ser e
crer, que vieram para cá e, misturados aos diferentes povos indígenas a
africanos, ajudaram a formar um país plural e de muitas culturas.
A cultura popular é tudo isso bem misturado e refletido nos muitos jeitos
de ser brasileiro. A cultura popular brasileira designa os saberes e fazeres do
povo brasileiro.
Quando falamos sobre cultura popular estamos nos referindo não
apenas às manifestações festivas e às tradições orais e religiosas do povo
brasileiro, mas ao conjunto de suas criações, às maneiras como se organiza e
se expressa, aos significados e valores que atribui ao que faz aos diferentes
modos de trabalhar, aos jeitos de falar, aos tipos de músicas que cria, às
misturas que faz na religião, na culinária, na brincadeira. (Adaptado de:
http://www.tvebrasil.com.br/salto/, acessado em 09-05-2010, FREIRE, B. M.
disponível no site).
Atividades:
1- Entrevistar os seus pais, anotando no caderno dois jogos ou brincadeiras
preferidos de suas infâncias;
2- Em sala de aula formar grupos de até cinco pessoas e montar um painel
com esses jogos e brincadeiras. Em seguida discutir com os colegas sobre o
seu conhecimento e a presença destes jogos no seu cotidiano;
3- Ainda no grupo escolha uma brincadeira para apresentá-la aos demais.
http://www.rosanevolpatto.trad.br/brincadeiras.htm
A valorização dos antepassados, a aceitação de suas crenças e rituais,
assim como a apropriação de seus costumes, é indispensável para
compreendermos de onde viemos, quais princípios e conceitos estiveram
presentes na construção de nossa história familiar e cultural. Assim como a
cultura, as brincadeiras e jogos fazem parte das atividades das crianças e dos
adultos, estabelecendo o crescimento dos indivíduos desde os primórdios das
civilizações.
Observa-se na atualidade, principalmente nas grandes cidades, a
ausência das crianças brincando nas ruas, dos mais velhos interagindo nas
brincadeiras repassando as atividades lúdicas de outrora.
Entre os vários fatores que contribuíram para que os jogos saíssem do
cotidiano não só das crianças como também dos adolescentes destacam-se o
apelo constante da televisão, dos brinquedos eletrônicos, a redução dos
espaços como das praças e quintais; violência das ruas, cursos e a
escolarização cada vez mais precoce.
Resgatar e ressignificar estes jogos em ambientes educacionais,
possibilitará a valorização dos costumes étnicos e tradicionais da cultura dos
antepassados. Os jogos tradicionais possibilitam um resgate da cultura familiar,
uma relação entre avós, pais e filhos como também de grupos étnicos.
Atividade:
1-Individualmente anote no seu caderno as brincadeiras e jogos que fazem
parte do seu dia a dia;
2-Em seguida formar grupos de cinco alunos e discutir com os colegas: com
quem você aprendeu, precisa de amigos para jogar ou pode ser realizada
individualmente, precisam ser estabelecidas regras para jogar, por quê?
Texto 3
Para refletir:
Esporte é história
O esporte é história, pois acompanha a humanidade desde as suas
origens, e é cultura, ou seja, deriva das tradições, das artes e dos meios de
comunicação.
O esporte nasceu com o homem, de sua natural necessidade de
movimentar-se e, por fim, de sua atração pelo jogo. Este assume tal
importância na vida humana que alguns estudiosos o acreditam antecipar-se à
cultura.
A vida do homem primitivo já era um “jogo” pela vida: atacava e
defendia, vencia grandes distâncias e obstáculos, corria, subia em árvores,
saltava, arremessava objetos, nadava ou mergulhava. Nos mementos, de
“descontração”, junto aos seus semelhantes, a compensação podia ser obtida
por outros jogos como, por exemplo, os rituais religiosos que simulavam a
movimentação de sobrevivência ou as danças. As atividades guerreiras
produziram jogos de “adestramento”, perceptíveis ainda hoje nas versões
modernas de alguns esportes.
De qualquer modo, ao longo da evolução dos jogos e, posteriormente,
no desenvolvimento das modalidades esportivas identificamos similares
condições de prática que nivelam o homem moderno ao primitivo.
As antigas civilizações, ultrapassadas as condições essenciais de
sobrevivência, ensaiaram os primeiros passos para a atividade esportiva. O
ambiente cultural (costumes, arte, meios de comunicação) e o ambiente
ecológico (vegetação, água e clima) regularam essas primeiras versões. Assim,
os egípcios já faziam saltos, arremessos, equitação, esgrima, luta livre, remo e
corrida de carros a 4 mil anos antes de Cristo. Os gregos realizam a primeira
Olimpíada no ano 776 a. C., nome originado do lugar onde os jogos eram
realizados: Olímpia, capital do reino da Elide. A sua realização de quatro em
quatro anos perdura até os dias de hoje, como também seu maior significado a
unificação da Grécia através da “paz” decretada no período dos jogos. (texto
adaptado de Lamartine Pereira).
Atividades:
1- Conhecendo um novo jogo:
Vamos aprender hoje um novo jogo. O nome e algumas regras poderão ser
estabelecidos com o desenvolver da atividade e o desempenho dos
praticantes.
-trace um quadrado de um metro, dividindo-o ao meio, formando quatro
quadrados. Em um dos quadrados trace um quadrado de vinte centímetros que
denominaremos de nº 1;
Obs. Este quadrado, num piso mais áspero pode ser riscado com giz; num
pátio de piso de cerâmica, pode ser feito com fita crepe ou pintado com tinta
para ter maior duração dependendo da situação e do ambiente;
-Início do jogo: quatros jogadores cada um no seu quadrado;
-Material: bolas de borracha ou de tênis, para iniciante aconselha-se não ser
muito pequena para facilitar a coordenação, aconselha-se também variar os
tamanhos;
-O jogador que estiver ocupando o quadrado nº1, quica a bola dentro do
quadradinho e com a mão deverá rebatê-la para que toque o quadrado de um
de seus adversários. O jogador que teve o seu quadrado tocado pela bola
deverá rebatê-la e assim por diante;
-As regras vão ter que ser estabelecidas como, por exemplo: a bola rebatida
não tocou nenhuma casa, caiu fora, ou o jogador não conseguiu rebatê-la. Sai
o jogador que não conseguiu dar continuidade ao jogo. Todos rodam e entra
outro jogador no quadrado. Iniciará o jogo quicando e rebatendo a bola o
ocupante do quadrado 1 (jogo apresentado pelo professor Tony Honorato
durante o Curso Específico de Educação Física – O jogo na escola sob a
perspectiva figuracional – 01-10-2009).
Sugestão: o professor poderá por exemplo, deixar duas bolinhas para a turma
para que brinquem nos intervalos, e atraiam outros alunos para o jogo,
repassando as regras aos demais interessados.
2- Atividades com materiais alternativos:
Utilizar de preferência materiais leves como bolas de jornal envoltas com fita
crepe, bolas de meia ou bolas de plástico. Para esta atividade o professor
poderá pedir que os alunos tragam de casa as bolas de meia, (aproveitar para
chamar a atenção sobre a utilização deste material alternativo tão presente nas
brincadeiras das crianças num passado não muito distante);
2.1 Individual, em duplas, trios quartetos, ou em círculos, executar toques, por
baixo, por cima, parado e em deslocamento conforme orientações da
professora;
2.2 Rebater em uma parede, exercitando com a mão direita e esquerda
(Brincadeira de Ordem ou rebatendo para o alto na mesma brincadeira);
2.3 Dividir o espaço da quadra, no sentido longitudinal, utilizando uma corda,
ou elástico, presa nas traves do gol. Dividir a turma dos dois lados da corda,
em duplas, executando o toque, alternando ora por baixo, ora por cima, ao
comando da professora;
2.4 Introduzir movimentos de pulso para mudar a direção da bolinha;
2.5 Realizar deslocamentos para rebater a “peteca” (para frente e para trás,
direita e esquerda) de acordo com o comando da professora que determinará o
lado para iniciar a atividade, jogando a bola para o colega rebater (Adaptado
de: Implementação da peteca nas aulas de Educação Física: Uma abordagem
sócio-crítica. Raimund, A. C. et al.).
Conhecendo melhor as nossas heranças culturais: Os povos indígenas
O termo índio designa os povos nativos encontrados nas Américas, nos
séculos XV e XVI, por navegantes e conquistadores europeus que buscavam
uma rota marítima para as Índias.
Estima-se que entre 2 e 5 milhões de pessoas habitavam o Brasil antes
da chegada dos portugueses (Alli, 2007).
De acordo com Grupioni (2000), encontramos na atualidade por volta de
225 sociedades indígenas e cerca de 460 mil indígenas habitando o território
nacional em aldeias. Além desses, outros 190 mil vivem fora das terras
indígenas, mas que mantêm relações com suas comunidades de origem. São
cerca de 170 línguas e dialetos sendo falados, habitando diferentes áreas
ecológicas em todo o território nacional.
No Paraná, estima-se que entre os anos de 1500 e 1600, habitavam
cerca de 200 mil índios pertencentes a duas famílias lingüísticas: Jê e Tupi-
Guarani (Parellada,2006).
Atualmente segundo dados de 2006 fornecidos pela FUNAI, vivem no
Paraná cerca de 11.500 índios. A maioria Kaingang (8.800) e Guarani (2.600),
além de Xokleng (30), e Xetá (10) em 19 Terras indígenas.
Texto 4
A mudança: Um novo olhar
Até há pouco tempo os duzentos povos indígenas no Brasil continuavam
sendo considerados primitivos, atrasados, folclóricos, um arcaísmo que o
progresso da civilização acabaria superando, através da violência e da
aculturação. Até a pouco, seu futuro era a ausência de futuro: a previsão de
extinção que se prolonga desde o descobrimento.
Nos últimos anos, entretanto, a crise ambiental do planeta começou a
exigir a reversão dessa tendência e a demonstrar a necessidade da questão
indígena ser tratada em outra dimensão. A influência das florestas tropicais nas
condições climáticas e, conseqüentemente, na qualidade de vida de todos os
continentes; a importância da manutenção da diversidade biológica; a
percepção de que a natureza também é tecnologia de produção, num momento
em que a própria tecnologia se revela nossa segunda natureza; a riqueza de
um saber tradicional que preserva o meio-ambiente porque tem como princípio
cuidar do mundo e porque se percebe como parte integrante da natureza –
tudo isso vem suscitando a reavaliação da existência do índio, a descoberta do
alto valor de sua cultura para o mundo contemporâneo... sociedade sem
Estado e contra o Estado - a cultura dos povos indígenas do Brasil deixa,
então, de ser uma herança negativa para tornar-se uma contribuição fértil e
promissora para a sociedade brasileira e para toda a humanidade.
O índio, senhor da terra por ocasião da chegada os europeus, sempre
manteve, e mantém ainda hoje, uma convivência harmônica e íntima com a
natureza. Reconhecendo e respeitando a terra, as matas, os rios e também a
fauna como fontes de vida, o índio soube estabelecer com estas entidades um
relacionamento respeitoso e inteligente, utilizando-as na medida estrita de suas
necessidades, sem agredir ou destruir (Luís Donizete Benzi Grupioni).
Atividades:
1-Após a leitura destacar com os alunos as questões sobre o meio ambiente, a
visão do povo indígena sobre a terra e a sua situação no passado e atual;
2-Pesquisa sobre: O jeito de viver Guarani: educação, agricultura, caça e
pesca, família, religiosidade, a música e o artesanato. Cada equipe ficará
encarregada de pesquisar um item;
3-Para a apresentação deste trabalho iremos nos sentar em um grande círculo
à sombra das árvores na praça em frente à escola.
Segundo bloco
Objetivos:
-Conhecer a história da peteca brasileira e sua evolução;
-Aprender a construir petecas a partir de materiais alternativos;
-Aprimorar os reflexos e desenvolver as habilidades motoras e a sociabilidade
através da participação nas atividades;
-Identificar que existem sentidos diferentes entre a prática social do jogo da
peteca e do esporte peteca;
-Conhecer os fundamentos da prática da peteca;
-Participar de práticas pedagógicas com atividades em que se estabeleça
relação direta com o tema, contribuindo para a discussão de uma ação
pedagógica que dê conta dos objetivos desta legislação, 11.645/08.
Conhecendo a peteca:
A peteca como recreação onde o sentido é “não deixar a peteca cair” ou como
esporte em que a “peteca tem que cair” no campo do adversário, é na verdade
uma diversão para milhares de pessoas de todas as idades.
www.terrabrasileira.net
Texto 1:
História da peteca
Peteca é o nome dado a um material esportivo, utilizado no jogo também
chamado “Peteca”, de origem indígena-brasileiro. Os índios utilizavam uma
trouxa de folhas cheias de pedras que eram amarradas numa espiga de milho.
Brincavam de jogar esta trouxa de um lado para o outro, chamavam-na de
Pe’teka, que em tupi significa bater (Escámez,1998).
Registros históricos indicam que a peteca era utilizada pelos
nativos brasileiros como forma de recreação muito antes dos colonizadores
portugueses chegarem. Ela aparece paralelamente aos rituais e festas
indígenas, o jogo da peteca era praticado tendo como centro as tribos
localizadas no estado brasileiro de Minas Gerais.
Brinquedo de inverno no Brasil, seu uso coincide com a colheita de
milho e com as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. A peteca de
palha como faziam os índios, cascas de bananeiras, pano ou couro, com
enchimento de algodão, areia ou serragem, com penas coloridas de galinha, de
peru ou não, a peteca é antes de tudo, um objeto lúdico amplamente difundido
na cultura popular brasileira que não só sobreviveu a sucessivas gerações,
mas se tornou na atualidade uma modalidade esportiva praticada em vários
estados brasileiros além de Minas Gerais como no Distrito Federal, Goiás, São
Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do
Sul e Rondônia.
Jogam-se peteca também no Paraguai, Bolívia, Chile, Estados Unidos,
Portugal, Holanda, França, Alemanha, Suíça, Estônia, Lituânia, Rússia, China e
Japão.
Através de geração em geração a tradição de jogar peteca foi se
perpetuando, tornando-se enfim o esporte que é hoje.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Peteca,
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/peteca/historia-da-peteca.php
Atividades:
1-Leitura coletiva do texto;
2-Durante a leitura são feitas explicações, a partir das dúvidas que os alunos
levantam;
3-Apresentar a peteca aos alunos (de preferência levar um modelo de Peteca
artesanal e uma oficial), explicando as suas partes (base e penas), material de
que é feito a oficial e outras possibilidades da peteca artesanal. Destacar os
cuidados com o uso da peteca, demonstrando a parte da mão que deverá tocar
a peteca durante o jogo;
4-Confeccionando as nossas petecas:
www.rosanevolpatto.trd.br/brincadeira
É bem simples fazer uma peteca. Ela pode ser feita de vários materiais
como: jornais, sacolas plásticas, penas, tecidos ou borracha Eva, ou de palha
de milho como os índios a confeccionam até os dias atuais.
Hoje vamos aprender a fazer uma peteca de jornal:
-comece amassando uma folha de jornal até formar uma bola meio achatada e
bem firme. E cubra com fita crepe, mantendo o formato achatado. Em seguida
revista com uma sacola de mercado aberta formando uma base com o papel
amassado. Amarre com barbante e abra umas pontas na sacola para imitar as
penas.
Outra opção é revestir com um papel de sua preferência passando fita
crepe. Pinte a parte de cima com mais de duas cores de tinta guache, giz de
cera, lápis de cor, etc. Esta pronta! (Atividade realizada durante o 1º Curso
Específico de Educação Física - Artes e Brinquedos Artesanais: uma
possibilidade para as aulas de Educação Física – ministrado pela professora
Karina Polezel)
5-Agora é só brincar:
http://www.brasilescola.com/cultura/brincadeiras-brinquedos-culturais.htm
Possibilitar aos alunos variações na experimentação para rebater a
peteca (com certeza as atividades realizadas anteriormente deverão possibilitar
a transferência de algumas habilidades). Ex. rebater só com uma mão, a outra,
alternando as mãos, rebater dois a dois, em círculo e assim por diante. Obs. É
importante inicialmente deixar que explorem a vontade o brinquedo.
Conhecendo mais sobre a Peteca:
Os índios tupis que habitavam principalmente a região central do Brasil
faziam a peteca com materiais encontrados na natureza. Com o passar do
tempo esta prática chegou até pequenas comunidades, os arraiais e as
cidades, conquistando cada vez mais adeptos na região de Minas Gerais.
Como recreação, era jogada em círculos e rebatida com as mãos espalmadas.
Não se podia “deixar a peteca cair”, vocábulo popular presente na sociedade
atual.
A brincadeira crescia muito em popularidade e aumentava o número de
praticantes sendo necessária a criação de novas regras e espaço próprio, as
quadras foram sendo construídas principalmente nos clubes e condomínios de
Belo Horizonte.
Atividades:
1-Construído a peteca como brinquedo indígena, isto é, com a palha de
milho seca ou verde, instruções no site abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Z3slqq0o6qo acesso em 01-04-2010
img.socioambiental.org/.../jogo+peteca+xavante.jpg.html
2-Discutir com a turma algumas “normas que devem ser adotadas para as
brincadeiras com a peteca”;
3-Num primeiro momento deixar que experimentem livremente o brinquedo.
Depois pedir que experimentem rebater a peteca como nas atividades
anteriores. Questionar sobre as duas petecas por eles confeccionadas .
Ainda sobre a peteca:
Hordones (2004), cita o relato de Ribeiro Filho (1989), sobre a primeira
participação do Brasil em 1920 em uma olimpíada, a V Olimpíada, realizada na
Antuérpia, capital da Bélgica, em que os atletas brasileiros de natação usaram
petecas para o aquecimento, atraindo curiosos de outros países, interessados
pelos detalhes de sua prática.
A peteca, como esporte, teve origem em Belo Horizonte por volta de 1920, cabendo aos mineiros a primazia de dar forma oficial ao objeto e sentido competitivo ao jogo. Segundo Outorgantino Magalhães Dias, mais conhecido como Tote, várias vezes presidente da federação Mineira, primeiro lugar onde se jogou peteca foi em uma fazenda nos arredores de Belo Horizonte, local conhecido como Acaba Mundo (Hordones, 2004, p. 4).
Texto 2: Você sabia:
Curiosidades sobre a peteca
Na época do surgimento desse jogo as petecas artesanais eram grandes
e sem velocidade, bastante semelhantes às utilizadas nas brincadeiras de
crianças na atualidade. Em sua construção os petequeiros de Minas Gerais,
utilizavam penas de galinha e chegavam a pesar até 200 gramas.
A partir de 1955 a peteca ganha novo formato, próximo ao atual. Isso
ocorreu porque as produções artesanais já não eram suficientes diante da
crescente demanda, assim em 1979, surge a Bonfim Sports com produção em
escala industrial da peteca.
A peteca industrial pesando apenas 41 gramas, é confeccionada com
penas de peru de cor branca. Hoje aparece padronizada com rodelas de
borracha sobrepostas e quatro penas brancas de peru (Peteca Oficial).
Em 1973, foram oficializadas as regras da peteca e as medidas da
quadra, em 1975 foi fundada a Federação Mineira de Peteca – FEMPE. E em
1987 foi realizado o Primeiro Campeonato Brasileiro de Peteca.
Como exemplos do grau de difusão desse esporte dentre a população
em geral podemos citar competições que já ultrapassam a marca dos 3.500
competidores e o Campeonato Mineiro, que já em 2007 alcançou a 19ª edição
na cidade de Poços de Caldas. (Adaptado de: O Esporte Moderno e a
constituição do esporte peteca no Brasil. Hordones, N. M. M.)
Atividade:
1-Avançando na confecção da Peteca: Assistir ao vídeo sobre a confecção
da Peteca com penas de galinha.
http://www.youtube.com/watch?v=BoWMXmfDaZY acesso no dia 25-04-2010
Neste site encontramos instruções para a construção de dois modelos de
peteca muito práticos.
1.1 Materiais necessários para a construção da primeira peteca:
.2 saquinhos de plástico
.1 pedaço de papelão ( 8 cm de diâmetro)
.1 pedaço de tecido (40x40 cm)
. barbante
.1 tesoura grande sem ponta
.7 penas para peteca (pode ser penas de galinha)
. fita crepe
-areia e serragem
Obs. Esta peteca é bastante resistente e indicada para as atividades de
adaptação ao material, “peteca”, e aos fundamentos básicos da modalidade
para iniciantes.
2- Iniciação aos fundamentos da peteca: O Toque
O toque por baixo é executado com a palma da mão virada para cima, de
preferência com a parte central da mão e início das articulações dos dedos. É
um toque defensivo e deve ser usado por principiantes ou quando se chega
atrasado às petecas lançadas principalmente junto à rede. O toque deve ser
realizado com o movimento completo de impulso do braço e do pulso, com o
braço bem esticado e a perna do mesmo lado da execução da jogada, recuada.
Não se deve bater a peteca cruzando os braços à frente do corpo e sim ter
executado a jogada com o outro braço.
As pernas devem, em ambos os casos, estarem levemente flexionadas e
serem estendidas logo após o impulso da peteca sem, contudo, perder o
equilíbrio natural. A posição dos pés deverá ser a de equilíbrio natural, com
afastamento igual à largura dos ombros, paralelos, ou um mais à frente do
outro.
2.1 Realizar toques com a mão indicada procurando reconhecer o peso,
textura e o formato da peteca.
2.2 Toques por baixo em deslocamento (individualmente), com a mão direita,
com a esquerda e alternadamente;
2.3 Toques por baixo, procurando rebater o maior tempo possível sem deixar a
peteca cair, com a mão direita, com a esquerda e alternando as mãos;
2.4 Em duplas, de frente, um colega dá o toque e o outro segura a peteca,
simulando o movimento do toque (variar o toque por baixo e por cima);
2.5 Na quadra de peteca (ou de mini-voleibol), com rede instalada, executar o
toque por baixo, individualmente e em duplas.
3- O Saque:
O saque por baixo é o mais utilizado. A posição do sacador é ligeiramente
inclinada à frente e as pernas flexionadas. O braço que segurar a peteca deve
estar flexionado e o outro ligeiramente para trás, mão aberta. A batida deve ser
balanceada para frente, o tronco se apóia na perna da frente, transferindo os
quadris. Não se deve olhar a peteca no momento do saque.
3.1 Em duplas, frente a frente, sacar por baixo, iniciando com distâncias
menores e ir aumentando gradativamente;
3.2 Em quadra com rede: sacar em alvos inicialmente grandes, buscando
direcionar o saque para um alvo específico;
3.3 Sacar em alvos pequenos (círculos desenhados na quadra e numerados);
3.4 Sacar alternando a direção: paralela e diagonal a rede.
4- Confeccionando a quarta peteca, agora com material EVA:
http://www.youtube.com/watch?v=BoWMXmfDaZY acesso no dia 25-04-2010
4.1 Petecas com material EVA:
.1 placa de EVA de 17 x 8 cm
.1 placa de EVA de 7 x 2,5 cm
.2 círculos de 8 cm de diâmetro sendo um com 1,5 de diâmetro no meio
.1 macarrãozinho de 8 cm de EVA
.1 bexiga
.1 copinho de farinha ou areia
.1 tesoura sem ponta
. cola quente
5- Toque por cima:
No toque por cima ou tipo tênis, atuam as mesmas partes da mão com a palma
virada para cima em direção à peteca. É um toque de maior poder ofensivo se
o praticante tem o domínio da peteca. O corpo deve estar posicionado quase
abaixo da peteca e a direção da mesma deve ser feita com o braço estendido.
O braço deve manter-se esticado e o movimento de impulsão da peteca deve
ser executado com a mão e a munheca. As pernas levemente flexionadas
serão estendidas logo após o impulsionamento da peteca. A posição dos pés
deverá ser a de equilíbrio natural, isto é, com afastamento igual à largura dos
ombros ( Pereira Jr., 1996).
5.1 Lançar a peteca acima da cabeça e realizar movimento de encaixe
segurando-a com a mão como é usada pra rebater;
5.2 O mesmo exercício, com deslocamento;
5.3 Em duplas, frente a frente, rebater a peteca o maior números de vezes
realizando o toque por cima com a mão preferida;
5.4 Idem, utilizando a mão que tem maior dificuldade para rebater;
5.5 Em duplas, rebater a peteca por cima da rede, utilizando apenas o toque
por cima;
6- Brincando de peteca X jogando o esporte peteca
- Pedir que a turma se separe em dois grupos.
- Um para brincar de peteca em roda ou em duplas, e outro para jogar em
quadras adaptadas com uma corda como rede amarrada de gol a gol. Regra: a
peteca caiu dentro da quadra, a equipe adversária inicia o jogo. Trocar as
equipes para que todos vivenciem as experiências
Após a experimentação reunir os alunos para uma avaliação das percepções
das duas práticas destacando que o objetivo é o rebater a peteca. Na
brincadeira seja em círculo ou em duplas, rebatemos para manter a peteca no
alto sem cair, já no jogo em quadra (como esporte), rebatemos para dificultar a
defesa dos adversários tentando fazer com que a peteca não seja rebatida.
Como jogaram, foram estabelecidas outras regras?(Adaptada de:
portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?...)
7- Para finalizar este bloco promover um diálogo:
- Discutir com a turma sobre os quatro modelos confeccionados: (a confecção e
suas possibilidades nas brincadeiras) a utilização desses materiais foi válida?
As petecas produzidas funcionaram? São realmente duráveis? Qual a sua
preferida e por quê? Outros tipos podem ser produzidos?
Terceiro Bloco
Objetivos:
-Diferenciar a peteca como lazer, escolar e de rendimento;
-Conhecer as regras básicas da peteca e criar novas regras, segundo as
necessidades do grupo;
-Vivenciar os fundamentos em situação de jogo.
A peteca é um jogo com raízes na cultura popular brasileira. Ao longo
dos tempos, experimentou adaptações e inovações tanto no seu formato como
na dinâmica do jogo. Daí ser possível falarmos de diversos sentidos e
significados na sua vivência. Se, como jogo, temos referência da sua existência
desde antes da descoberta do Brasil, como esporte, podemos dizer que ainda
é muito jovem, foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Desportos (CND)
em 1985. É uma prática que possibilita várias combinações sem a restrição de
idade, sexo ou número de participantes, além de oferecer baixo risco de
acidentes. Necessita de pouco espaço e utiliza material de baixo custo. Apesar
de todas essas facilidades, no ambiente escolar, ainda é comum vermos a
peteca sendo utilizada no tempo “que restou” de uma aula ou então nos
horários corridos de recreio. (Fonte: Projeto Tempo Integral – Prof. Renato
Machado dos Santos).
Atividades:
1-Questionar os alunos sobre o seu conhecimento sobre as regras. Saberiam
citar algumas regras?
2- Apresentação das regras simplificadas que facilitarão posteriormente
segundo as necessidades do grupo modificar, adaptar e recriar as regras.
Regras simplificadas do jogo da peteca (tabela adaptada do Projeto Tempo
Integral):
Peteca – Jogo oficial Motivos / explicações das regras
N°. de participantes
Individual e Duplas.
Para a prática individual, são consideradas
as linhas internas
Para o jogo em duplas consideram-se as
linhas externas.
Reservas apenas para categorias acima de
50 anos.
Duração do set
1º e 2º sets
12 pontos ou 16 minutos.
Para que o jogo tenha uma duração
estabelecida. O que acontecer primeiro
determina o set. Evoluiu de 20 pontos para
12 pontos e de 20 minutos para 16
minutos.
Contagem de pontos
através da posse do
saque. (vantagem)
Quem tem a vantagem pode
marcar pontos.
Essa regra foi criada para tornar o jogo
mais dinâmico e com uma duração
prevista.Antes dessa regra, os jogos
chegavam a ter até 3 horas e 30 minutos
de duração.
Tie-break
12 pontos sem tempo
estipulado.
Set de desempate. Criado para o set
tornar-se ainda mais rápido valorizando
jogadores de técnica apurada na defesa e
no ataque.
Regras de toque A peteca só poderá ser tocada ou batida
com uma das mãos, de uma vez e por um
único atleta.
Regras de saque
Não se deve pisar na linha no momento do
saque. A peteca pode “queimar”, ou seja,
pode resvalar na rede, passando para o
lado oposto.
Tipos de saque
Por baixo
Por cima
O tipo de saque é livre, bem como o
sacador. Não é obrigatória a alternância de
sacadores.
Faltas: Invasão da rede, toque com as
duas mãos, condução
Contam pontos ou reversão do saque a
favor da equipe adversária.
Quadra Duplas: 15m x 7,50m
Individual: 15m x 5,50m
Altura de rede
2,43 m (masculino)
2,24 m (feminino)
Regra copiada do voleibol considerando a
altura oficial adulto masculino e feminino.
Faixa etária até 12 anos masc. e fem.
2,24m
Obs. As regras poderão ser apresentadas aos alunos em um cartaz para serem
discutidas e posteriormente ser fixada em local de fácil consulta.
3- Debate: Para o jogo da escola, é importante mantê-las, alterá-las ou
simplificá-las? Lembrando que, enquanto agentes sentem-se mais
responsáveis e comprometidos com as regras estabelecidas.
4-Quadra:
A peteca é jogada atualmente entre duas equipes de dois atletas cada. A
dupla é geralmente disposta na quadra de jogo, com um jogador ao lado do
outro. O piso da quadra deverá apresentar uma superfície ligeiramente áspera
e uniforme, para facilitar a movimentação dos jogadores. Sua cor padrão é o
verde.
4.1-Quadra de Peteca para duplas:
www.portalsaofrancisco.com.br/.../peteca/quadra-de-peteca.php
4.2-Quadra para partidas simples:
Dimensões da Rede
http://petecabrasil.vilabol.uol.com.br/regras.htm
5-Assistir aos vídeos abaixo seria também uma atividade muito interessante,
pois a maioria dos nossos alunos nunca assistiu a um jogo de peteca recreativo
ou oficial.
5.1 Campeonato brasileiro de peteca 2004
http://www.youtube.com/watch?v=vgkko0cz7fw
5.2 Jogo recreativo de peteca:
http://www.youtube.com/watch?v=ZH7mGrTY7NM
5.3- Discussão: Diferenças entre os dois jogos.
6-Tabela das categorias para campeonatos oficiais: É interessante que se estabeleça uma rápida discussão a respeito da idade inicial e final para esta pratica e compará-la com outras modalidades mais conhecidas.
Masculino Feminino
Mirim: até 12 anos Mirim: até 12 anos
Infantil: de 13 a 16 anos Infantil: de 13 a 16 anos
Juvenil: de 17 a 20 anos Juvenil: de 17 a 20 anos
Adulto: de 21 a 30 anos Adulto: de 21 a 30 anos
Sênior: de 31 a 40 anos Sênior: de 31 a 40 anos
Master: de 41 a 50 anos Master: de 41 a 50 anos
Veteranos: de 51 a 60 anos Veteranos: de 51 anos acima
Magnos: de 61 anos acima
Categorias masculinas e femininas por faixa etária de acordo com CBP – 2006
7- Avançando nas atividades com a peteca:
7.1 Dividir o espaço da quadra, no sentido longitudinal, desenhar mini-quadras
no espaço e realizar mini-jogos utilizando um número maior de jogadores: 4 x
4, 3 x 3, 2 x 2 até chegar no individual;
7.2 Realizar jogos entre a turma utilizando a contagem de 5 pontos, tie-break,
permanecendo sempre a equipe que é vencedora. Durante os jogos uns alunos
auxiliam a professora na arbitragem, outros jogam em círculo ou em duplas.
Conhecendo mais sobre o jogo da Peteca:
O jogo é iniciado quando o atleta da equipe que venceu o sorteio de
quadra ou posse da peteca decide pela posse da mesma e executa o saque
com a autorização do árbitro. O saque é executado com uma das mãos e
consiste em enviar a peteca por cima da rede em direção ao campo adversário.
A peteca deverá ser sempre batida com uma das mãos e cada equipe tocará
na mesma somente uma vez, devolvendo-a para o campo adversário (CBP,
2006). A defesa ou posição de expectativa mais usada é feita com os pés
afastados, pernas ligeiramente flexionadas, uma em frente à outra, abertura
lateral, calcanhares apoiados sem esforço. Os braços deverão estar separados
e o tronco ligeiramente inclinado para frente. Os antebraços semi-flexionados
com os cotovelos junto à cintura (visando dar mais mobilidade ao atleta em
qualquer direção e qualquer altura). Jogada de baixo para cima: que favorece a
defesa.
Arbitragem do jogo da Peteca:
A equipe de arbitragem é composta por 1 árbitro principal, 1 árbitro auxiliar e
um mesário.Cabe ao árbitro principal dirigir o jogo e suas decisões são
soberanas. Ficará colocado em frente à linha central da quadra, do mesmo
lado do mesário. É de sua competência, conduzir o jogo com precisão, registrar
os acontecimentos e fazer a contagem dos pontos com os mesários.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/peteca/regras-da-peteca.php
Gestos oficiais segundo Pereira, 1996.
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