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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · e o desenvolvimento infantil, com diagnóstico precoce de desnutrição e obesidade. Quanto às cantinas, já existe a preocupação das autoridades

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

ALIMENTAÇÃO: PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO

Autora: Veraci Elisabete Bolsoni Minosso1

Orientador: Marcos Roberto Rosa2

Resumo

Com o intuito dos alunos exercerem a cidadania, o artigo aborda o conhecimento da

composição química da merenda escolar ao contexto social. A escola desempenha importante papel na formação dos hábitos alimentares, nas crianças e adolescentes que nela permanecem por expressivo período de tempo. Trata-se a merenda escolar

de uma refeição importante para milhões de crianças brasileiras, por isto deve ser orgânica, nutritiva e variada; entretanto, algumas escolas oferecem cardápios basicamente industrializados e com pouca diversidade nutricional, além de não

apresentarem infra-estrutura adequada para transformação dos alimentos. É fundamental que a escola propicie uma educação alimentar aos estudantes de acordo com o Programa Nacional de Alimentação Escolar, fato este que motivou a

realização deste estudo acerca da análise da aceitação e da composição química da merenda escolar pública e os possíveis efeitos colaterais em sua ingestão. Para tanto, foi elaborado um questionário de sondagem para os alunos se posicionarem

quanto aos diversos aspectos referentes aos alimentos que consomem na merenda escolar, assim como a verificação dos adicionais químicos dos alimentos da merenda escolar pública e suas interpelações com a química orgânica e sintética,

numa proposta de atividades teóricas e práticas para o Ensino Médio.

Palavras-chave: Merenda escolar; Aditivos Químicos; Composição Química.

1 Introdução

O mundo é influenciado pela ciência e tecnologia em todas as esferas do

comportamento humano da sociedade moderna, na qual se confia na ciência e na

tecnologia como se confia numa divindade. Como consequência, a ciência tem sido

interpretada em sua capacidade de salvar a humanidade, ao considerar que todos

os problemas humanos podem ser resolvidos cientificamente, muitas vezes, com

possíveis efeitos colaterais.

Com a função ideológica de dominação do modo de produção capitalista,

nesse processo o desenvolvimento tecnológico passou a depender do sistema

1 Professora PDE da SEED-PR, Mestre em Ciência da Educação UI-PT, Especialista em Educação

Básica IBPEX, Supervisão Educacional, Graduada em Ciências pela UCS-RS, Química UNISCS-RS, Física pela UTFPR. 2Graduado em Química Bacharelado e licenciatura na Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Mestrado e Doutorado em Físico-Química no IQSC-USP em São Carlos.

institucional no qual o conhecimento técnico e científico são interdependentes ,

porém, cada vez mais eficiente do homem sobre o homem, nos diversos

segmentos da sociedade e, na escala industrial alimentar da composição química

não poderia ser diferente.

O fato é que, muitas vezes, as pessoas desconhecem a composição química

dos alimentos industrializados e acabam consumindo indiscriminadamente pela

praticidade de estarem prontos; correm o risco de possíveis efeitos colaterais à

saúde em função dos adicionais químicos utilizados para aumentar a durabilidade, o

tempo nas prateleiras, a cor o aroma, entre outros.

Considerando o conhecimento científico é fundamental conhecer a

composição química e analisar a aceitação da merenda escolar pública e descrever

alguns aspectos do serviço no âmbito escolar, a saber do Programa Nacional de

Alimentação Escolar (PNAE) e analisar a coexistência desses serviços e suas

influências para com alimentação escolar pública e suas interpelações químicas

orgânica e sintética com a saúde e bons hábitos alimentares desde a infância.

O artigo tem o objetivo de verificar a aceitação da merenda escolar pelos

alunos do Ensino Fundamental e constatar a presença de aditivos químicos na

composição, bem como os possíveis efeitos colaterais dessas substâncias no

cardápio da merenda escolar.

2 Revisão de literatura

Segundo Santos e Mortiner (2002, p.2), estudos filosóficos e sociológicos da

ciência vêm demonstrando a falácia do mito cientificista. Referindo-se a Fourez

(1995) e Japiassu (1999) afirmam que “não existe a neutralidade científica nem a

ciência é eficaz para resolver as grandes questões éticas e sócio-políticas da

humanidade”. A ciência e a tecnologia, porém, têm interferido tornando inconcebível

a idéia de ciência pela ciência, sem consideração das causas e consequências de

suas aplicações sociais e orgânicas.

É também, no contexto alimentar que os estudos da ciência, tecnologia e

sociedade têm responsabilidade quando transforma a matéria em grande escala

industrial para atender a demanda da população. Os alimentos industrializados,

compostos com aditivos químicos que aumentam o seu tempo de vida útil nas

prateleiras e transformam o setor produtivo, são amparados legalmente, mas

preocupam pelos efeitos colaterais que podem causar à saúde.

Esse modo de produção, segundo Santos e Mortimer (2002), tem

acarretado um aumento da responsabilidade social dos produtores de conhecimento

científico e tecnológico. Nele os diferentes profissionais se unem no interesse

comum de resolver grandes problemas: a escassez ou má distribuição de alimentos,

dentre outros. Isso passa a exigir do novo cientista uma maior reflexão e, sobretudo,

a capacidade de dialogar com outras áreas para participar da análise de tais

problemas em uma perspectiva multidisciplinar quanto uma produção alimentícia

saudável às necessidades humanas, o que significa um questionamento à ordem

capitalista, na qual os valores econômicos se impõem aos demais. Será por meio da

discussão desses valores que contribuiremos na formação de cidadãos críticos

comprometidos com a sociedade.

Diariamente, as pessoas estão em contato com dezenas de produtos

químicos e precisam optar ao consumir e como fazer. Essa decisão seria pela

eficiência dos produtos para os fins que deseja, os efeitos sobre a saúde e ao

ambiente, o valor econômico, as questões éticas relacionadas a sua produção e

comercialização, o efeito colateral, entre outros, e realmente é necessário ajuda

para consolidar a submissão da ciência aos interesses de mercado, à busca do

lucro, em detrimento dos questionamentos, como o valor nutricional.

O estado de nutrição de uma população, do ponto de vista da saúde pública,

está relacionado diretamente ao padrão de alimentação, educação, saneamento e

serviços básicos de saúde (JUNES; MONTEIRO, 1993).

O acompanhamento à situação nutricional constitui instrumento para a

aferição das condições de saúde de crianças e adolescentes durante o crescimento

e o desenvolvimento infantil, com diagnóstico precoce de desnutrição e obesidade.

Quanto às cantinas, já existe a preocupação das autoridades em prover a

merenda variada e nutritiva, já que o desafio é fazer com que os alunos se adaptem

ao novo cardápio, aceitando substituir as guloseimas, às quais já habituados de

consumo, por alimento verdadeiramente nutritivo, e aliar as iniciativas de mudança

de cardápio a disciplinas na reeducação alimentar. Enquanto que, para a merenda

escolar esta preocupação ainda não existe, talvez por desconhecerem os fatos ou

por (des)interesses políticos, como reportou a reportagem do programa da Rede

Globo, Fantástico, em maio de 2011.

Pesquisas na área da saúde comprovam que a alimentação deficiente, a

qual não atente para o mínimo de vitaminas e nutrientes necessários, prejudica o

desenvolvimento físico e intelectual dos alunos na escola. Neste sentido, criou-se

em 1972 o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) pelo Ministério da

Educação e Cultura, que estabelece as diretrizes na suplementação da alimentação

de pré-escolares e alunos do Ensino Fundamental, em atender às necessidades

nutricionais, do crescimento e desenvolvimento do aluno, durante sua permanência

na escola, e, de certa forma contribuir para melhorar a capacidade de aprendizagem,

formando bons hábitos alimentares com o cardápio balanceado.

Conforme Decretos Federais nº 31.106/1955 e 72.034/1973, o programa da

merenda escolar objetiva a melhoria das condições nutricionais nas crianças e a

diminuição dos índices de evasão e repetência, com o consequente rendimento

escolar com alimentação equilibrada, assim como disseminar esta cultura nos

espaços por eles frequentados além da escola.

A situação sócio-econômica de grande parcela da comunidade escolar, não

permite que sua alimentação no dia a dia tenha cardápios nutritivos, variados,

evitando ingerir as substâncias sintéticas com aditivos químicos na composição

química. Então, nada melhor do que aproveitar o dia a dia do aluno na escola, para

por em prática o que o sistema rege para o ensino da Química e a sua aplicabilidade

diante do contexto atual da merenda escolar como: o fornecimento dos alimentos, o

cardápio diário, e a necessidade do aluno diante a fase de crescimento e o a teoria

do PNAE.

O artigo – Alimentação: Preocupação com o Futuro - envolve o problema em

torno do qual existam diferentes possibilidades associadas a diferentes conjuntos de

crenças e valores.

Segundo Santos e Mortimer (2002) nas discussões evidenciam-se o poder

de influência dos cidadãos, nas questões éticas e valores humanos relacionados à

ciência e à tecnologia, levando-os a perceber o potencial de influenciar o mercado,

selecionando o que, e como consumir. Além das discussões acerca das questões

sociais e políticas e seus interesses econômicos, os efeitos da mídia no consumo,

dentre outras. Questões dessa natureza propiciarão ao aluno uma compreensão

melhor dos mecanismos de poder dentro das diversas instâncias sociais.

Outro aspecto observado é possibilidade de instrumentalizar os alunos na

tomada de decisões com as aulas de Química e sobre os aditivos químicos da

industrialização dos alimentos, para facilitar a compreensão e as implicações do uso

destes aditivos na comercialização dos produtos e da saúde, bem como as decisões

sobre a escolha de alimentos.

Segundo Chassot (1995), Santos e Schnetzler (1997) concordam que é

papel da escola desenvolver a capacidade de tomada de decisão, formando

cidadãos críticos. Nos países em desenvolvimento, a maioria dos problemas de

saúde e nutrição durante a infância com efeitos colaterais está relacionada ao

consumo alimentar inadequado, enquanto que, algumas infecções de repetição são

ligadas às condições do padrão de vida, “caracterizado como o acesso precário à

alimentação e assistência à saúde, baixa escolaridade materna, configurando-se

como condições sociais que promovem alterações imunológicas”.

A alimentação escolar pode servir para um propósito duplo na provisão

direta de gêneros alimentícios e na oportunidade de uma prática para uma educação

adequada. A intervenção, através da educação alimentar, como proteção e

promoção da saúde, e como prevenção de doenças e complicações, em um estágio

mais precoce, promove uma vida mais saudável e uma sensação de bem estar

geral.

A criança em fase de crescimento abrange requisitos como uma alimentação

elaborada com produtos orgânicos ou mais naturais possíveis, atividade física, lazer,

estímulo da memória, as horas de sono, entre outros fatores, responsáveis pela

qualidade de vida.

Segundo a definição do Codex Alimentarius:

„Agricultura orgânica‟ é um sistema holístico de ordenação da produção que promove e melhora a saúde do agro sistema, com a inclusão da biodiversidade, dos ciclos biológicos e da atividade biológica do solo (CODEX ALIMENTARIUS, 1995, p.192).

A agricultura orgânica tem como princípio a produção de alimentos sem

agrotóxicos, sem adubos químicos, com técnicas de manejo que permitem a rotação

de culturas, a conservação do solo e preferencialmente, sem causar interferências

no ecossistema (animais, insetos).

Os produtos naturais são produzidos, na maioria das vezes, de forma

convencional, portanto, nem sempre obedecendo aos critérios estabelecidos na

produção de produtos orgânicos. Um produto natural não é necessariamente um

produto orgânico.

E, quanto a alimentação industrializada, a regra é constar no rótulo a

composição química, contudo, deve-se ter restrições ao consumir este tipo de

alimento que poderá comportar, mesmo na medida, certa substâncias com

possíveis efeitos colaterais com a ingestão diária, provocando alterações orgânicas

como: anemia, infecções, resfriados, hiperatividade, perda de apetite, diarréias,

obesidade, desnutrição, diabetes, alergias, intoxicações, hipertensão, câncer, entre

outras, assim como a fome provocada pela falta de equilíbrio químico das

substâncias alimentares de acordo com a Pirâmide Alimentar.

No Brasil, a carência de famílias que sobrevivem com baixa renda tem o

processo alimentar comprometido pela dificuldade em adquirir os alimentos; com

isto, algumas crianças têm a merenda escolar como principal refeição do dia.

Portanto, a escola tem fator determinante com o preparo da merenda e na educação

alimentar devido o tempo que ali permanecem.

Segundo Santos (2006, p.611), “é possível afirmar que a maior parte das

pessoas no mundo globalizado: [...] fazem uso diário de produtos químicos

sintetizados pela indústria química originados de conhecimentos químicos”, e para

tal, novos rumos à educação são fundamentais, como a união do conhecimento aos

problemas sociais, através do letramento científico e tecnológico, neste caso, a

alimentação basicamente industrializada do cardápio da merenda escolar pública.

O município de Coronel Vivida, Paraná, na qual a escola está inserida é

essencialmente agrícola com agricultura familiar que contribui com 30% da

alimentação diária na merenda escolar da 1ª a 4ª série, enquanto que a merenda

das escola estadual é essencialmente industrializada, de acordo com a

programação de gêneros da Pauta Alimentar oferecida pela Secretaria Estadual de

Educação do Paraná.

Pautas alimentares é a denominação que se dá à relação de gêneros

alimentícios e quantitativos necessários para proporcionar atendimento da merenda

escolar por um determinado período letivo. A pauta é, portanto, a consolidação dos

seguintes componentes: cardápios escolhidos, frequência com que os mesmos

serão servidos e per capita de cada alimento, são encaminhados pela Fundação

Educacional do Paraná (Fundepar) aos hábitos regionais, fundação que desde 1997

atende aos municípios/estabelecimentos com programações diferenciadas com

cardápios salgados e doces, assim distribuídos:

- 80% de cardápios salgados e 20% de cardápios doces;

- 60% de cardápios salgados e 40% de cardápios doces;

- 40% de cardápios salgados e 60% de cardápios doces;

- 20%de cardápios salgados e 80% de cardápios doces.

Com base nos resultados de pesquisas, a FUNDEPAR tem incluído novos

alimentos, melhorado a tipificação e especificação dos produtos e solicitado o seu

enriquecimento com ferro (para alguns itens), com vistas a reduzir os altos índices

de anemia entre os escolares.

Na composição da pauta alimentar estão os seguintes produtos:

Achocolatado em pó, Açúcar cristal, Almôndega Bovina, Amido de Milho, Arroz,

Bebidas Lácteas, Biscoito Coco ou Leite, Biscoito Cream Craker/ Água e Sal,

Biscoito tipo “It Sal”, Biscoito Maisena, Biscoito Maria, Biscoito Rosquinha, Biscoito

Recheado, Biscoito Sortido, Biscoito Wafer, e os enlatados Carne Bovina em Cubos,

Carne de Frango ao Molho, Carne Moída, Carne Suína, Charque Bovino, Pescado

em conserva, Salsicha Viena, ervilha e milho em Conserva, Extrato de Tomate,

Farinha de Milho, Feijão carioca e preto, Fubá de Milho Comum, Leite em Pó

Integral, Macarrão Espaguete, Macarrão Padre-Nosso, Conchinha ou Letrinha,

Macarrão Parafuso, Milho para Canjica, Mistura para preparo de molho à bolonhesa,

Mistura para preparo de picadinho, Mistura para preparo de sopa (diversos sabores),

Óleo de soja, Pão de mel, Preparado para Refresco, Sagu, Sal Refinado Iodado,

Tempero em pó. Cereais de Milho enriquecido com ferro, Chá Mate.

Os gêneros alimentícios adquiridos pela FUNDEPAR, antes de serem

distribuídos aos municípios, são submetidos ao Controle de Qualidade que é

viabilizado pelo Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos (CEPPA), da

Universidade Federal do Paraná (UFPR).

No Controle de Qualidade são verificados alguns aspectos como: a

composição química dos alimentos, presença de nutrientes nas quantidades

solicitadas (ex. ferro nos cereais de milho), características sensoriais (sabor, cor,

odor, aparência e textura), contaminação por microorganismos, toxinas ou agentes

estranhos (ácaros, insetos, pêlos de roedores, presença de metais), umidade, etc.

Se a amostra for aprovada, o lote é liberado para a distribuição. Em caso negativo, o

fornecedor tem direito à (re)análise. Se o defeito persistir, o produto deve ser

substituído e passa por nova análise.

Com estes cuidados, a FUNDEPAR visa garantir a sanidade e a qualidade

dos gêneros por ela distribuídos, atendendo aos requisitos básicos para uma

alimentação saudável. Para elaboração do cardápio observam-se os gêneros

disponíveis; a variedade dos alimentos utilizados; os prazos de validade dos

gêneros, a média de alunos que consomem efetivamente a merenda.

Pode-se observar que a merenda é essencialmente industrializada, desde o

leite em pó até as carnes enlatadas, com a presença significativa de sal para

conservar os alimentos.

Ferreira-Sae et al. (2010) avaliou, em tese, a quantidade de sódio na dieta.

Um grama de sal tem 400 mg de sódio e o sódio está em uma grande quantidade de

alimentos – produtos embutidos, enlatados, alimentos prontos ou pré-preparados,

temperos e, inclusive, alimentos light e diet.

“O sódio total consumido ao longo do dia proveniente de todos os alimentos,

e não somente do sal adicionado, portanto, é o elemento que se relaciona com as

alterações na carótida”, esclarece que pode ser encontrado também em alimentos

doces. Além do consumo elevado de sódio oferecer maior risco devido às alterações

de elasticidade da artéria carótida, no presente estudo notou-se ainda que os

pacientes ficavam mais propensos à hipertrofia de ventrículo esquerdo, que é uma

lesão de órgão-alvo da hipertensão arterial (FERREIRA-SAE et al., 2010, p.18).

Ferreira-Sae et al. (2010, p.19) garante que, graças aos estudos sobre o

consumo de sal, já se conhece a população de hipertensos: ela consome muito sal.

Sabe-se quais são os fatores da dieta mais expressivos para o consumo de sal final

e, a partir daí, é possível estipular medidas de intervenção. “Nossa contribuição é

realmente intervir. Até então o que tínhamos eram relatos sobre o baixo consumo de

sal, isso porque nossos pacientes eram naturalmente orientados a diminuir o seu

consumo”.

3 Material e método

Na Intervenção Pedagógica pesquisou-se, através de questões abertas e

fechadas, sobre a aceitação da merenda escolar com uma amostra de 220

(duzentos e vinte) de um universo composto por 740 (setecentos e quarenta) alunos

Ensino Fundamental no período da manhã e tarde. E consumir a merenda escolar

para os alunos da 3ª série A do Ensino Médio durante 8 dias alternados, bem como,

fazer um estudo da composição química dos rótulos dos alimentos da merenda

escolar industrializada, como: carnes enlatadas de frango, suína, bovina e peixe,

feijão, leite em pó, bolacha salgada e doce.

A pesquisa foi qualitativa com ação na indagação e da construção da

realidade, com prática teórica vinculada ao pensamento e ação.

Os alunos em grupos realizaram a intervenção-didática, cuja investigação

foi constatar a presença dos aditivos na composição química nos alimentos e

aceitação da merenda escolar pública, de acordo com as etapas: Apresentação do

Projeto, Pesquisa in loco, Análise orientada, Conclusão, Socialização, Unidade

Didática, e artigo como requisito de conclusão do Programa de Desenvolvimento

Educacional da Secretaria Estadual de Educação do Paraná.

O estudo da Química Orgânica sobre a alimentação, Pirâmide Alimentar,

composição química dos alimentos, aditivos químicos foi realizado com a

compreensão da percepção dos educandos sobre a merenda escolar quanto a

aceitação. De acordo com os gráficos procurou-se conhecer a opinião dos

participantes e consumidores, como avaliam a merenda escolar pública em termos

de qualidade, cardápio e o processo de distribuição.

A pesquisa de campo foi aplicada à amostra selecionada de alunos do

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries dos turnos manhã e tarde, com faixa etária

entre 10 e 15 anos do Colégio Estadual Arnaldo Busato – EFMNP, de Coronel

Vivida, Sudoeste do Paraná, nos meses de agosto a novembro de 2010. Os dados

obtidos foram submetidos à análise gráfica qualitativa e quantitativa.

4 Resultados e discussões

A apresentação dos resultados foi realizada por meio de gráficos de acordo

com as porcentagens e o número de alunos que consomem a merenda escolar, com

análise feita pelos alunos do 3º série A do Ensino Médio, sobre a presença dos

aditivos químicos na composição química dos alimentos da merenda escolar e os

possíveis efeitos colaterais e seus riscos para a saúde humana.

Durante a pesquisa constatou-se, que a merenda escolar é ofertada a todos

os alunos do Ensino Fundamental como prevê o programa da PNAE. Nem todos os

alunos, porém, recorrem à merenda, devido à forma que é servida ou preparada;

outros, reclamam do cheiro ruim durante o preparo e quando está pronta.

Observa-se ainda que, muitos alunos gostariam de consumir a merenda,

porém, não o fazem devido ao fato de não aguçar o paladar pelo cheiro forte do

alimento durante a preparação do mesmo.

Pode-se observar no Gráfico 1, a seguir, que mostra a incidência de 47% de

alunos que nunca consomem a merenda oferecida pela escola e apenas 29%

consomem 1 ou 2 vezes a merenda escolar, 18% consomem de 3 a 4 vezes, e

apenas 6% dos alunos comem todos os dias. Um dos fatos que justifica tal

estatística, apontado pelos participantes, é quanto à dúvida da qualidade da

merenda oferecida.

Gráfico 1: Incidência quanto ao consumo semanal de merenda escolar pelos alunos Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Desse modo faz-se necessário um acompanhamento minucioso e técnico

quanto aos alimentos consumidos pelos estudantes, especialmente no tocante à

qualidade do cardápio da merenda escolar, para evitar que os alunos sejam levados

a consumir alimentos inadequados quanto ao processo de industrialização, com a

presença ou não de aditivos químicos.

O interessante seria substituir os industrializados por alimentos da

agricultura familiar, mesmo porque o município é essencialmente agrícola, com

produção de cereais, frutas, verduras, legumes frescos, carnes, leite, ovos, pães,

bolos e embutidos frescos, evitando assim o consumo de alimentos industrializados

como de carnes enlatadas. Nestes há afirmação de que não contêm aditivos

químicos na composição dos ingredientes e citam que o sal faz a conservação; por

isto, coloca-se em questão o aroma e o sabor após o preparo do alimento: por que

este cheiro tão forte?

Com o avanço do processo de industrialização do alimento, percebe-se que

o que parecia seguro e bem estabelecido no PNAE, pode-se revelar inadequado e

possivelmente nocivo à saúde, fruto da falta de atenção e de estudo e fiscalização

quanto a qualidade e a quantidade de substâncias na composição e aditivos

químicos, presentes nos produtos da merenda oferecida aos alunos em fase de

crescimento.

Observa-se que não há a preocupação quanto à aceitação e a necessidade

que representa a merenda escolar para os alunos da 5ª a 8ª série dos turnos da

manhã e tarde. Sabe-se que, muitas vezes, a merenda representa uma importante

refeição do dia e, portanto, deve ser balanceada de acordo com a necessidade do

crescimento e adequada para o resultado do ensino aprendizagem.

Seria interessante a realização de uma investigação por parte do PNAE

quanto à não aceitação da merenda escolar pelos alunos. É possível que tais

resultados indiquem quais mudanças devem ser urgentes e assim permitir um

planejamento quanto à aquisição dos alimentos para a preparação dessas refeições

na escola.

O consumo insuficiente da qualidade dos alimentos, ou seja, a desnutrição,

ainda é, infelizmente, um problema gravíssimo para muitos países, e atinge grande

parte da população brasileira, em especial as classes menos favorecidas.

Assim, as classes com poder socioeconômico também não planejam os

tipos de alimentos que oferecem as crianças e adolescentes, como: carboidratos,

vitaminas, proteínas, sais minerais, lipídios, glicídios, ou até mesmo substituem a

água por refrigerantes e bebidas com a presença de aditivos químicos, e ainda, não

controlam o tempo de sono, e as atividades físicas.

Mas existe outro tipo de fome, que pode não ser provocada pelo "estômago

vazio" e está se expandindo em todas as populações. O problema decorre da falta

de alguns nutrientes importantes ou "protetores", e atinge todas as classes sociais,

desde os mais pobres (por alimentação insuficiente) até aqueles que dispõem de

mesa farta (por hábitos alimentares inadequados). Nos dois casos, os indivíduos não

consomem a quantidade adequada de certos nutrientes indispensáveis, mas isso

não é percebido pelo mecanismo interno de regulação da fome-saciedade. Ou seja,

as pessoas não dispõem de "sensores" que as alertem para essas necessidades

específicas. É a "fome oculta", que corrói o organismo deixando-os desprotegidos

quanto a qualidade dos alimentos.

Na questão seguinte o objetivo foi obter do aluno a atribuição de uma nota

de 0 a 10 sobre a distribuição da merenda e os utensílios utilizados. No Gráf ico 2

são mostrados os resultados.

Gráfico 2: Atribuição de nota pelos alunos para a distribuição da merenda e pelos utensílios utilizados Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Para avaliar a merenda servida nas escolas precisa-se responder às

seguintes questões: Onde se come? Quando se come? O que se come? Com o que

se come? Quanto ao local e utensílios utilizados para servir a merenda a avaliação

de 57% dos alunos atribuíram notas de 1 a 4, enquanto que 38% avaliou com notas

de 5 a 7; porém, a minoria de 5% diz que não se importa com os tipos de utensílios

e nem onde é servida a merenda escolar.

Muitos comem a merenda em pé, na fila, em frente a cozinha, enquanto

outros levam a merenda para as salas de aula, como é o caso das 5ªs e 6ªs séries,

deixando as salas sujas e, muitas vezes, não têm o cuidado devido com utensílios

utilizados pelos alunos.

Além disso, através da alimentação escolar formam-se valores, hábitos e

atitudes no aspecto nutricional. Mais do que isso, junto com o alimento para o corpo,

a escola está passando para o aluno representações sobre comida, relações

sociais/políticas/econômica para a cidadania.

Quanto à merenda, constata-se que não existe local adequado para servir a

merenda e os alunos recebem o lanche em canecas de metal, em pé, formam fila

e/ou comem no pátio, sem lugar para sentar, nas salas de aula ou saguão,

representando assim, a falta de um refeitório, bem como, os utensílios e

equipamentos adequados para uma cozinha que prepara a merenda, de acordo com

o porte da escola, como: forno para fazer um bolo ou o próprio pão, entre outros.

Com relação ao cardápio de preparação da merenda, as notas atribuídas

pelos alunos são mostradas no Gráfico 3.

Gráfico 3: Atribuição de nota pelos alunos para a preparação da merenda Fonte: Dados da pesquisa, 2011

A pesquisa constatou o índice de 60% na atribuição de notas de 1 a 4 pelos

alunos por achar que o cardápio de preparação da merenda não estava de acordo;

34% atribuíram nota de 5 a 7, enquanto que 6% disseram que a nota poderia ser de

8 a 10.

A escola é o principal agente promotor da educação nutricional, mas não

desempenha seu papel com êxito. Nem sempre atende às necessidades protéicas e

calóricas, mantendo suas merendas inadequadas em relação à utilização de

vitaminas e minerais, não participando assim, da construção de uma reeducação

alimentar para com os estudantes no que se refere à suplementação alimentar no

país. A merenda da rede pública é mantida pelo PNAE, tem o objetivo de

complementar à alimentação dos alunos, contribuindo para que permaneçam na

escola, tenham bom desempenho escolar e bons hábitos alimentares.

Será que um cardápio assim oferecido durante um mês, supre as

necessidades alimentares, como: sopa pronta canja; mingau com leite; macarrão

pene com carne bovina enlatada; leite com chá e biscoito gota de chocolate; risoto

com arroz polido e frango enlatado; macarrão com carne suína enlatada, macarrão

com salsicha, sopa pronta de lentilha. As merendeiras reclamam a não aceitação

dos alunos nos cardápios salgados e pedem, por favor, suspender o atum, pescada,

salsicha, pois não tem saída devido o forte cheiro na hora do preparo.

Observa-se, contudo o descaso, e que alguns alunos preferem os lanches

oferecidos na cantina, por terem melhor aparência; outros alunos afirmam que não

são saudáveis por não oferecerem frutas. Atualmente o lanche da merenda escolar

consiste de sucrilhos secos no copo de inox. Será que este cardápio supre as

necessidades alimentares de uma criança em fase de crescimento?

Solicitada atribuição de nota quanto à saciedade do aluno pela merenda

escolar, os resultados são mostrados no Gráfico 4:

Gráfico 4: Atribuição de nota pelos alunos para a saciedade oferecida pela merenda Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Observa-se que 60% dos alunos afirmam que a merenda não sacia sua

fome; isso pode ser constatado quando atribuem a nota de 1 a 4; 27% dos alunos

têm a sua fome saciada de acordo com nota de 5 a 7, porém, apenas 13% afirmam

que sacia sua fome.

Os resultados mostrados nestes gráficos indicam que a questão da merenda

escolar é preocupante quanto à saciedade, e que o PNAE não está cumprindo com

o objetivo que estabelece na suplementação da alimentação dos alunos do Ensino

Fundamental em atender as necessidades nutricionais do crescimento do aluno

durante a permanência da escola com cardápio balanceado.

A partir desses resultados seria necessário realizar outros estudos para

compreender o motivo pelo qual os alunos não mostraram interesse em consumir a

merenda escolar; identificar os alimentos que os alunos consideram saudáveis caso

fossem servidos na merenda escolar e despertar o interesse do corpo discente em

relação à qualidade dos alimentos que consomem, especificamente os que estão

disponíveis em grandes quantidades na agroindústria do município.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nutrição é o processo

pelo qual os seres vivos recebem e utilizam os nutrientes necessários à manutenção

da vida, ao crescimento, ao funcionamento normal dos órgãos e à produção de

energia. Para tal, é preciso que os alimentos tenham determinadas quantidades de

nutrientes que abasteçam as necessidades calóricas de cada indivíduo além de boa

qualidade ao paladar permitindo a formação e a manutenção do organismo.

Também é necessário que o organismo possua a capacidade de ingerir,

digerir e absorver os nutrientes encontrados nos alimentos. “As necessidades

nutricionais variam conforme a idade, sexo, peso, altura, atividade física, estado

fisiológico, agravos a saúde e clima.” (MARCONDES; LIMA, 1987 apud NOBRE,

2002).

Neves (1994, p.27 apud OLIVEIRA JUNIOR; EVANGELISTA; MARTINS,

2008, p.2) afirma que, “[...] a alimentação está sempre em primeiro lugar no que diz

respeito ao desenvolvimento e crescimento do indivíduo desde o inicio da vida até a

velhice”.

A alimentação reflete profundamente na qualidade e na quantidade do

trabalho que se possa efetuar, e se tratando de criança na escola, irá refletir tanto

nos estudos como na educação física. Diante disso, “a merenda escolar está sendo

cada vez reconhecida como necessidade pública, pois é um meio de assegurar

diariamente a alimentação completa a cada criança” (SOUSA, 2008, p.41 apud

OLIVEIRA JUNIOR; EVANGELISTA; MARTINS, 2008, p.2).

Neste sentido:

A merenda escolar, assim como as demais refeições diárias devem conter, pelo menos, um alimento de cada grupo: construtores, energéticos e reguladores. Porém deve se observar a interação entre os nutrientes, respeitando a biodiversidade já que alguns alimentos podem dissolver ou impedir que outras substâncias sejam absorvidas (WEIS et al., 2005 apud SOUSA, 2008, p. 44 apud OLIVEIRA JUNIOR; EVANGELISTA; MARTINS, 2008, p.2).

Nada substitui uma alimentação saudável, principalmente porque o Brasil é

rico na produção de alimentos. Os pais são responsáveis pela educação nutricional

da criança a partir do desmame; estes alimentos devem ser preparados em casa até

formar o paladar de maneira que a criança passe a consumir todos os compostos

orgânicos que forneçam os nutrientes necessários para o crescimento saudável.

Para tal é fundamental o aroma, a boa aparência e a cor que fazem do alimento

apetitoso.

Perguntado aos alunos que nota dariam para itens como cor, aparência e

cheiro da merenda, os dados coletados são mostrados no Gráfico 5:

Gráfico 5: Atribuição de nota pelos alunos para a cor, aparência e cheiro da merenda escolar Fonte: Dados da pesquisa, 2011

De acordo com o Gráfico 5, 62% dos alunos afirmam que a cor, aparência e

principalmente o cheiro são levados em consideração para o não consumo da

merenda escolar gratuita e são unânimes em atribuir as notas de 1 a 4, enquanto

que 27% atribuíram notas de 5 a 7; a minoria de 11%, contudo, disse que a merenda

tem nota de 8 a 10, não se importam com estas características da merenda, pois,

querem matar a fome.

Segundo nutricionistas, o alimento seguro é aquele livre ou com níveis

aceitáveis de contaminantes de origem biológica, química ou física e, portanto, não

cause dano à saúde. Salienta-se que o aroma é um dos causadores da regulação do

paladar para a ingestão alimentar, devendo considerar os efeitos da composição

química dos macronutrientes modificados nos alimentos, pois são elementos

importantes na queda do consumo e na amplitude da saciedade, especialmente no

que se refere ao perfil do cardápio.

A palatabilidade é a avaliação hedônica das propriedades sensoriais de um

alimento; tem sido considerada determinante no fator de seleção alimentar. Boa

aparência do alimento nem sempre significa que esteja nutritivo e saudável; faz parte

das refeições diárias, dezenas de ingredientes presentes nos alimentos

industrializados e nos rótulos das embalagens, engrossando a sopa de letrinhas que,

quando não passam despercebidas, como é o caso do citrato de sódio, por exemplo,

está presente no leite em caixinha, como estabilizante e fosfato tricálcico é usado em

refrescos e sopas em pó, para evitar a presença de umidade. Já o benzoato de

sódio e ácido sórbico servem como conservantes em molhos e sucos, cuja função é

evitar a ação de microrganismos que podem deteriorar os alimentos, fazendo com

que percam as suas características ou até mesmo se estraguem.

A presença desses ingredientes é motivo de muitas controvérsias e dúvidas,

que colocam o consumidor, pesquisas científicas e estratégias de marketing num

intricado dilema onde a sua saúde é que está em jogo.

Nutricionistas e pesquisadores da saúde apontam como danos causados por

esses aditivos, palavras ainda mais amedrontadoras: hipoglicemia, diarréia,

diabetes, candidíase, alergias, diabete, hipertensão e até mesmo distúrbios no

comportamento. Os conservantes são tidos por muitos como os grande vilões da

alimentação industrial, por terem ação bactericida e serem frequentemente

associados a doenças como o câncer.

Alguns tipos de alimentos podem receber alguns compostos químicos para

melhorar a aparência como as carnes enlatadas, que recebem nitrato de sódio para

preservar a sua cor, e aromatizantes, espessantes para engrossar os caldos e tornar

mais viscoso o alimento.

Perguntado ao aluno se ele não come a merenda na escola, fica sem

lanche, as respostas são mostradas no Gráfico 6:

Gráfico 6: Confirmação pelos alunos de que se não consomem a merenda escolar ficam sem lanche Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Analisando o Gráfico 6 tem-se que 51% dos alunos ficam sem lanche

durante o período que estão na escola, porque não consomem a merenda escolar

gratuita, na hora do intervalo; este índice é expressivo e preocupante, sabendo que

a merenda escolar deveria contribuir para a reposição dos nutrientes. E 49% dos

alunos não ficam sem lanche, muitos trazem de casa enquanto outros compram da

cantina da escola.

O objetivo da merenda escolar é ajudar a combater o fracasso escolar e a

desnutrição, elevar o estado de saúde dos alunos da rede pública de ensino através

da melhoria de seus hábitos alimentares que, por sua vez, deveriam influenciar os

de suas famílias. Uma alimentação balanceada e saudável inclui uma variedade de

fatores, desde hábitos individuais, cultura, tradições, gosto, prazer e relações

sociais, até o modo do seu preparo, o horário e o ambiente adequado às refeições,

assim como a disponibilidade e a quantidade necessária dos alimentos.

Perguntado aos alunos se já se sentiram mal após a ingestão da merenda

escolar as incidências nas confirmações ou não, são dispostas no Gráfico 7:

Gráfico 7: Confirmação pelos alunos de que se já se sentiram mal após a ingestão da merenda escolar

Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Observar se alguém já passou mal após comer a merenda é uma

preocupação, pois, é nesse sentido que as informações a respeito das

características qualitativas de conteúdo em nutrientes, de seus efeitos não só na

saúde, mas na capacidade de trabalho, no aprendizado e em todas as funções

orgânicas têm enorme importância. Sendo assim, “mais conhecimento e mais

informações certamente ajudam a planejar adequadamente a boa alimentação”

(OLIVEIRA, 2007, p.130).

Observa-se que 37% dos alunos afirmaram que passaram mal após comer a

merenda da escolar enquanto que 63% responderam que nunca se sentiram mal

após a ingeri-la.

As merendeiras afirmam que o que mais as preocupa é o cheiro dos

alimentos antes de prepararem e quase sempre lavam as carnes enlatadas antes de

colocá-las para cozimento, cujo odor é insuportável.

Analisando os enlatados que contêm carnes suínas, frango, atum e bovina,

constatou-se que estes apresentam na composição química as seguintes

afirmações: “Não contém aditivos químicos; não contém glúten”; como não tem selo

de qualidade, questiona-se se este alimento é conservado apenas com o sal?

Sabe-se também que as latas inchadas, que parecem cheias de ar, podem

indicar a presença do microorganismo, uma vez que gases liberados pela

fermentação bacteriana acabam por estufar a tampa dos recipientes.

Diversos cuidados devem ser tomados no sentido de prevenção a uma

possível contaminação. Além da análise das embalagens do produto a ser

consumido (que não deve apresentar a tampa estufada ou a lata amassada), é

fundamental que o mesmo seja fervido, pelo menos durante oito minutos, antes do

seu possível consumo: a exposição prolongada do alimento às altas temperaturas

permite a destruição das toxinas liberadas pela bactéria, prevenindo-se, com isso,

uma possível contaminação.

Os aditivos são substâncias ou misturas dotada ou não de valor nutritivo

intencionalmente adicionadas aos alimentos com a finalidade de impedir alterações,

manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu

estado físico; muitas vezes, as substâncias não são adicionadas com o objetivo de

elevar o valor nutritivo.

Perguntado ao aluno se ele repete a merenda, as incidências na

confirmação ou não, são mostradas no Gráfico 8.

Gráfico 8: Confirmação pelos alunos de que repetem a merenda escolar Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Dos alunos pesquisados 25% dizem repetir a merenda, enquanto que 75%

dos entrevistados afirmam que não repetem, pois não está de acordo com seu

paladar devido ao o odor muito forte durante o preparo; com isso vão ficando

enjoados e sem vontade de comer.

Tais constatações se configuraram em motivo de preocupação, por isso,

foram encaminhados para análise os enlatados de carnes de porco, gado, atum e

salsicha, com o objetivo de verificar qual a reação química está ocorrendo no

alimento que apresenta tanto mau cheiro quando as latas são abertas. Durante o

cozimento as merendeiras afirmam que é insuportável permanecer na cozinha.

Citam-se alguns alimentos:

- a composição química da carne suína ao suco natural da Oderich: carne

suína em cubo, caldo de cozimento de carne e sal, para uma porção de 80 g tem-se

275mg de sódio. Com as observações: Não contém glúten e este produto não

contém aditivos químicos, e sem prazo de validade;

- o extrato de tomate Oderich: polpa de tomate, sal e açúcar, porção de 15g

tem 106mg de sódio. Não contém glúten e este produto não contém aditivos

químicos;

- carne de frango em pedaços em conserva: Marca FRISA. Carne peito,

caldo do cozimento da carne de frango, polpa de tomate, sal e condimentos naturais;

Não contém glúten e para uma porção de 100g tem 360mg de sódio. Sem prazo de

validade;

- sopa de canja de galinha com legumes e ovos. Marca Boa Safra: arroz pré

cozido, carne de frango desidratada, óleo vegetal refinado, ovo em pó integral,

vegetais desidratados (cenoura, batata, cebola, alho, salsa, cebolinha), corante

natural de cúrcuma. Não contém glutén. Para uma porção de 200ml tem 642,26 g de

sódio. Prazo de validade 01 ano.

- cereal de milho flocado: Marca Palmy: milho, açúcar, malte, fosfato

dissódico e mineral ferro. Para uma porção de 30g tem 174mg de sódio. Contém

glúten. Prazo de validade de 08 meses.

- chá mate sabor limão: Marca Nutrimental, carboidratos, vitamina C, ferro.

Contém aromatizante, antiumectante, acidulante, sódio. Validade: 01 ano;

- feijão carioquinha cozido e temperado. Marca Frisa, com os ingredientes:

feijão, água, sal refinado, óleo de soja, condimentos naturais. Não contém glúten.

Destaca-se a necessidade de um novo estudo, pois também não tem selo de

qualidade.

Como se pode observar é inconcebível viver no interior do Estado do

Paraná, cuja produção agrícola, os alimentos da agro indústria excedente são

distribuídos pelo país in natura, enquanto que, os alunos consomem os enlatados

das negociatas políticas na merenda escolar, como leite em pó, sopa pronta, feijão e

carne enlatada produzida em Estados muito distantes daqui.

Perguntado ao aluno se ele traz merenda de casa, as confirmações são

mostradas no Gráfico 9:

Gráfico 9: Afirmação pelos alunos de que trazem merenda de casa Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Segundo o Gráfico 9, observa-se que apenas 31% dos entrevistados trazem

lanche para a escola. Estes números geram preocupação pela necessidade que a

criança tem de se alimentar. Assim, se 69% dos alunos não trazem merenda de

casa, pode significar que passam um grande período de tempo sem se alimentar,

condição que poderá interferir no desenvolvimento e crescimento pela carência de

nutrientes, mesmo porque, alguns alunos que acordam às 5h para ir à escola pela

manhã e retornam para casa próximo das 13hs; é muito tempo para ficar sem comer.

Considerando a importância de uma alimentação balanceada, a merenda

escolar deveria ser rica em nutrientes e não em calorias e aditivos químicos. Para

isso, a escola necessita de acompanhamento nutricional na formação do cardápio e

dos alimentos que o governo estadual oferece para atender com diversidade de

alimentos oferecidos aos alunos.

Um cuidado especial deve ser tomado em relação às cantinas que existem

nos espaços escolares, onde são vendidos lanches que não atendem às

necessidades nutricionais mencionadas acima. Por isso, é imprescindível que além

de se alimentar bem em sua residência, a criança precisa de lanche na escola e que

este seja muito nutritivo para que tenha um rendimento escolar satisfatório.

Perguntado ao aluno se ele se alimenta antes de ir à escola, as respostas

obtidas são mostradas no Gráfico 10, a seguir.

Gráfico 10: Afirmação pelos alunos de que se alimentam antes de ir à escola Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Alimentar-se antes de ir a escola é fundamental para 69% dos alunos; estes

afirmam que o fazem para não sentir fome durante o período escolar e se a merenda

fosse saborosa e nutritiva e de qualidade passariam a consumir para saciar sua

fome. Os 31% dos alunos afirmam que não se alimentam antes de ir à escola

causam preocupação, pelo fato de que ficar muito tempo sem se alimentar pode

comprometer o seu crescimento e aprendizagem, em razão da importância que

possui a merenda escolar no desenvolvimento das atividades educativas.

No entanto, a importância da merenda escolar não é neutra, pois recebe

influências do contexto social, político e econômico quando são feitas as escolhas

pelas licitações para as distribuições nas escolas, muitas vezes, sem critérios.

A política de saúde e de educação valoriza determinadas práticas em

detrimento de outras; de alguma forma define o que deve ser ensinado e aprendido

e que estratégias pedagógicas devem ser utilizadas, assim como os recursos

financeiros e humanos são designados, preferencialmente, para determinados

programas de cunho intervencionista e não para aqueles que privilegiam as

atividades educativas promotoras de saúde; definem as práticas de que devem ser

adotadas e outras que devem permanecer em segundo plano.

Desse modo, determinadas escolhas, condicionam, de alguma forma, a

prática educativa e a produção de conhecimento, e inibem a construção de práticas

alternativas e criativas com a comunidade atendida, em razão dos limites impostos

pelas instituições financiadoras dos programas, cujo valor nutritivo dos alimentos

oferecidos pelos cardápios que não atendem às necessidades básicas, de acordo

com o valor nutricional e a necessidade básica do corpo.

Devido ao tipo de alimento, a variedade e a forma como são combinados

entre si, não atingem os critérios de preferência na escolha da merenda pelos

alunos.

Na pesquisa com os alunos sobre o acometimento de alergias, os resultados

obtidos são mostrados no Gráfico 11.

Gráfico 11: Confirmação pelos alunos de que possuem alergias Fonte: Dados da pesquisa, 2011

Os alimentos acondicionados nas latas são preenchidos por água, óleo ou

uma solução ácida. Em seguida, as latas são fechadas hermeticamente e expostas a

altas temperaturas e pressões. Alguns tipos de alimentos podem receber alguns

compostos químicos durante o processo para melhorar ainda mais o tempo de

conservação ou mesmo a aparência como é o caso das carnes enlatadas , que

recebem nitrato de sódio para preservar a sua cor. Mesmo assim ainda, observa-se

a alteração significativa do seu aroma, cor e sabor causando má impressão do

alimento.

Os dados do Gráfico 11 confirmam que 34% dos alunos manifestam

sintomas de alergia, um número que é um sinal de alerta, pois significa que esta

parcela de alunos tem possíveis efeitos colaterais. Não se pode afirmar que a causa

é especificamente da merenda escolar, haja visto, que parte da população brasileira

consome quantidade significativa de alimentos industrializados com aditivos

químicos devido a demanda de tempo e facilidade na hora do preparo. Dos

resultados, 66% dos alunos afirmam não sentir possíveis sintomas de alergia.

Sem os aditivos, a variedade de alimentos disponíveis e seu tempo de vida

em manter-se em condições de consumo, seriam muito reduzidos. Contudo, o uso

de aditivos é um tema controverso, com alegações que podem desencadear alergias

e são tóxicos. Algumas pessoas são sensíveis a certos aditivos, especialmente

corantes, e devem verificar os rótulos cuidadosamente para saber quais aditivos o

alimento contém.

Hoje os alimentos podem ser guardados por longas datas, mesmo sem

refrigeração. Com um rígido controle de toxidade foi possível se estabelecer uma

estreita relação entre a química e os alimentos: os sabores foram realçados, as

aparências melhoradas.

Os profissionais químicos trabalham incessantemente para o aumento do

conforto humano; este campo, dos aditivos alimentares, é apenas uma das inúmeras

áreas de atuação desses profissionais. Tais conhecimentos são importantes, mas

uma educação que se limite ao uso de novas tecnologias e ao consumismo sem a

compreensão de seu funcionamento é alienante, pois contribui para manter o

processo de dominação do homem pelos ideais de lucro a qualquer preço, não

contribuindo para a busca de um desenvolvimento sustentável.

O exemplo pode ser visto nos alimentos consumidos diáriamente:

- gorduras hidrogenadas: riscos de doenças cardiovasculares e obesidade;

- corantes artificiais para alimentos: alergias, asma, hiperatividade,

carcinogênicos (que induzem o aparecimento de cânceres);

- nitritos e nitratos: essas substâncias podem gerar nitrosaminas no

organismo, que podem ser cancerígenas;

- sulfitos (dióxido de enxofre, metabisulfito, e outros): reações alérgicas e

asmáticas;

- açúcares e adoçantes: obesidade, cáries, diabetes, hipoglicemia,

incremento de triglicerídeos (gordura na corrente sanguínea) ou candidíase;

- adoçantes artificiais (Aspartame, Acesulfame K e Sacarina): problemas de

comportamento, hiperatividade, alergias e possivelmente carcinogênicos. O governo

desaconselha o uso de adoçantes artificiais para crianças e mulheres grávidas.

Qualquer pessoa com fenilcetonúria (com incapacidade para metabolizar o

aminoácido "fenilalanina" presente nas proteínas) não deve usar o aspartame;

- glutamato monosódico: alergias e reações como dores de cabeça e

depressão; também pode agir como uma neurotoxina;

- conservantes (Butil Hidroxitolueno – BHT; Butil Hidroxianisol – BHA; Cálcio

Dissódico – EDTA, entre outros): reações alérgicas, hiperatividade, possibilidade de

causar câncer. O BHT pode ser tóxico para o sistema nervoso;

- flavorizantes artificiais: alergias e alterações no comportamento;

- farinhas refinadas: baixo teor de calorias, desbalanceamento de

carboidratos, alterações na produção de insulina;

- sal (excesso): retenção de líquidos no corpo e aumento da pressão arterial.

Observa-se que os alimentos em geral contêm significativa quantidade de

aditivos químicos, e estes com possíveis efeitos colaterais.

5 Conclusão

Os fatos encontrados na pesquisa evidenciam mais estudo diante da

constatação da merenda escolar e urge o processo de análise por parte do governo,

quanto ao tipo e a qualidade do alimento oferecido para crianças e adolescentes em

fase de crescimento.

Também a gestão escolar, quando faz opção, é preciso urgentemente uma

atitude imediata para que o PNAE não se torne letras mortas na legislação, como

desenvolver novos modelos alimentares para crianças em fase de crescimento que

tenha aceitação por todos que frequentam a escola e se envolver na organização do

cardápio.

Não adianta apenas inserir temas sociais como Alimentação: Preocupação

com o Futuro, sem qualquer mudança significativa na prática quando se ensina que

se deve comer frutas, verduras, legumes, cereais, carboidratos, sais minerais,

vitaminas, proteínas, lipídios, glicídios de acordo com a pirâmide alimentar.

Não bastam apenas as concepções pedagógicas: é necessário colocá-las

em prática no sistema de educação; só pesquisas não resolvem.

Sem uma compreensão e atitude do papel social dos responsáveis pela

PNAE, pode-se incorrer no erro com pitadas diárias da falta de aplicação das teorias

com as práticas das ciências à sociedade.

Ou seja, sem contextualizar a situação atual do sistema de alimentação

pública educacional brasileira e as condições de transformação e do preparo do

alimento e sua distribuição, dificilmente poderão ser contextualizados os conteúdos

científicos na perspectiva de formação da cidadania.

Apesar dos investimentos financeiros do governo em alimentação escolar, a

merenda servida pela escola em questão não é balanceada, uma vez que

predominam a oferta de sucos em pó, biscoitos doces e salgados, sopas em pó, leite

em pó, e constata-se a presença significativa de aditivos químicos para sua

conservação, pois permanece por semestres na escola.

Não atende, assim, as necessidades nutricionais dos educandos visto que,

aproximadamente 50% dos alunos não consomem a merenda escolar; faz-se

necessário que o núcleo gestor assuma um compromisso maior com a qualidade

desta e que fiscalize a venda de lanches nas dependências da escola, pois os

alunos compram esses alimentos, nos quais predominam alimentos ricos em

carboidratos e lipídios, mas pobres em sais minerais, vitaminas e proteínas e fibras

alimentares.

É necessário um esforço contínuo da família e da escola no tocante à

orientação dos escolares quanto à escolha dos alimentos que consomem. A escola,

como espaço de formação, tem a obrigação de oferecer aos seus alunos as

condições para a construção de hábitos alimentares saudáveis, ressignificando o

valor e a importância de uma alimentação adequada.

Será o cidadão no modelo capitalista atual, pronto a consumir cada vez

mais, independente do reflexo que esse consumo tenha sobre o ambiente e sobre si

na qualidade de vida da maioria da população, onde a teoria e prática são díspares,

e de nada adianta ensinar a teoria se na prática os fatos não se concretizam.

A merenda escolar deve ser explorada, através da interação dos alunos,

como espaço educativo com o objetivo de promover a aprendizagem e a produção

de conhecimentos conceituais, procedimentais e atitudinais, tendo como referência o

cardápio escolar, a qualidade de vida e a Pirâmide Alimentar, promovendo a reflexão

sobre a importância da escola e do conhecimento como espaço formador.

Neste sentido, a entrevista constitui um valioso recurso didático, pois oferece

situações reais de aprendizagem, mediante a investigação na coleta de dados e a

oportunidade de organizar o conhecimento com os resultados adquiridos durante a

entrevista.

O PNAE, o sistema de educação e a merenda escolar deveriam aproveitar o

que agroindústria e agricultura familiar produzem no município de Coronel Vivida,

Paraná, para a relação dos alimentos in natura na formação de um cardápio de

qualidade e quantidade de valor nutricional para os estudantes em fase de

crescimento físico e intelectual.

Com os alimentos in natura e a preparação no local de consumo a merenda

escolar com frutas, verdura, legumes, cereais, vitaminas, proteínas, sais minerais,

carboidratos, terá muito mais sabor, aroma, cor e aparência para aguçar o paladar

de todos os alunos que participarão do programa de alimentação escolar.

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