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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
1
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E AS NOVAS TECNOLOGIAS COMO RECURSOS PEDAGÓGICOS NA ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Márcia de Fátima Dal Pasquale1
Cristiane Silva Melo 2
Resumo: Este artigo discute a formação de professores e o uso de novas tecnologias
como recursos pedagógicos na alfabetização de alunos do ensino fundamental.
Aborda resultados da pesquisa desenvolvida junto ao Projeto de Implementação
Pedagógica intitulado “Formação de professores e o uso das novas tecnologias como
recursos pedagógicos na alfabetização de alunos no ensino fundamental”, em uma
escola pública do município de Campo Mourão, no período de maio a dezembro de
2010, por meio da realização de atividades integrantes do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná
(SEED). No desenvolvimento do Projeto, buscou-se proporcionar aos alunos do Curso
de Formação de Docentes, modalidade normal, de uma escola pública do município
de Campo Mourão, conhecimentos acerca da utilização de novas tecnologias na
alfabetização de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, a fim de promover a
compreensão sobre as contribuições das tecnologias para o ensino e a aprendizagem.
Baseando-se nos pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica (GASPARIN, 2009;
SAVIANI, 1998) e em estudos de materiais bibliográficos referentes aos assuntos
“formação de professores”, “novas tecnologias e educação” e “alfabetização”
(ALMEIDA, 2005; MERCADO, 1999; SATHLER, 2006; TERUYA, 2005; MORAN, 2001;
PIMENTA, 2008; LIBÂNEO, 2006; VALENTE, 1993, VIGOTSKI, 1984; SOARES,
2000), bem como na análise de sites, softwares e programas de informática
educativos, desenvolveram-se junto aos alunos práticas de debates, pesquisas,
dinâmicas, discussões e atividades em sala de aula e no laboratório de informática.
Tendo em vista que as tecnologias são importantes recursos na abordagem de
conteúdos escolares, é necessária a promoção de estudos que contribuam para o
entendimento das possibilidades eficazes de utilização dos computadores nas escolas,
em especial, enquanto ferramenta no ensino, nos anos iniciais do ensino fundamental.
Palavras-chave: Formação Docente; Prática pedagógica; Novas tecnologias e educação.
INTRODUÇÃO
1 Graduada em Pedagogia e Especialista em Pré-Escola e Metodologia das Séries Iniciais pela
Faculdade Estadual de Campo Mourão (FECILCAM). Professora da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), participante do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná (PDE - anos 2009/2010). Atua como professora pedagoga na rede pública estadual do Paraná, no município de Campo Mourão – PR. E-mail: [email protected]. 2 Professora do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná (UEPR / campus de
Campo Mourão - FECILCAM). Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná (PDE).
2
A formação inicial e continuada de professores tem se refletido no
momento atual, devido ao avanço das novas tecnologias de informação e
comunicação, que têm proporcionado novas perspectivas para a realidade da
escola. É importante que os professores conheçam e, quando possível, utilizem
esses recursos em sala de aula, pois são ferramentas significativas para a
atualização da prática pedagógica.
Os educadores têm procurado acompanhar as inovações das
tecnologias, de modo que a indagação “Como utilizar computadores e outros
aparelhos a serviço dos processos de ensino e aprendizagem?” (BANDEIRA,
2010, p. 29) vem sendo discutida nos espaços escolares.
Na sociedade contemporânea, crianças e jovens têm tido um maior
contato com as ferramentas tecnológicas e expressado familiaridade em
manusear alguns instrumentos das novas tecnologias de informação e
comunicação, tais como: câmeras de vídeo e foto para computadores, correio
eletrônico, telefones celulares, vídeo digital, websites, suportes para
armazenamento de informações – discos rígidos, cartões de memória, pen
drives, entre outros.
Essa situação vem despertando a atenção de professores e educadores
na compreensão de que as novas tecnologias podem ser recursos úteis para o
ensino e a aprendizagem. Por outro lado, é fato ouvir relatos de professores
acerca do desconhecimento das possibilidades metodológicas de utilização
desses recursos no ensino. Diante do exposto, considera-se importante
proporcionar aos professores em processo de formação inicial e continuada
capacitação acerca da importância e das possibilidades do uso das novas
tecnologias em sala de aula.
Em uma escola pública do município de Campo Mourão, no período de
maio a dezembro de 2010, por meio da realização de atividades integrantes do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná (SEED), desenvolveu-se o Projeto de Implementação
Pedagógica intitulado “Formação de professores e o uso das novas tecnologias
como recursos pedagógicos na alfabetização de alunos no ensino
fundamental”. Na ocasião, buscou-se proporcionar aos alunos do Curso de
Formação de Docentes, modalidade normal, de uma escola pública do
município de Campo Mourão, conhecimentos acerca da utilização das novas
3
tecnologias na alfabetização de alunos dos anos iniciais do ensino
fundamental, a fim de promover a compreensão sobre as contribuições das
tecnologias para o ensino e a aprendizagem. Baseando-se nos pressupostos
da Pedagogia Histórico-Crítica (GASPARIN, 2009; SAVIANI, 1998) e em
estudos de materiais bibliográficos referentes aos assuntos “formação de
professores”, “novas tecnologias e educação” e “alfabetização” (ALMEIDA,
2005; MERCADO, 1999; SATHLER, 2006; TERUYA, 2005; VERMELHO, 2003;
MORAN, 2001; ALONSO, 2008; PIMENTA, 2008; LIBÂNEO, 2006; VALENTE,
1993, VIGOTSKI, 1984; SOARES, 2000), bem como na análise de sites,
softwares e programas de informática educativos, desenvolveram-se junto aos
alunos práticas de debates, pesquisas, dinâmicas, discussões e atividades em
sala de aula e no laboratório de informática.
Essas atividades foram significativas e proveitosas, uma vez que os
alunos puderam compreender as possibilidades do uso de computadores e da
informática educativa no ensino, por meio da prática de discussões e oficinas
em sala de aula e no laboratório de informática. Além disso, foram orientados
quanto ao correto uso da internet e de sites para pesquisa e realização de
atividades escolares, bem como sobre a escolha de programas e sites
educativos de qualidade que auxiliam na docência.
Segundo Pimenta (2008), um curso de formação inicial pode contribuir
não apenas colocando à disposição dos alunos pesquisas sobre a atividade
docente escolar, mas também procurando desenvolver junto aos alunos
pesquisas da realidade escolar, com objetivo de instrumentalizá-los para a
atitude de pesquisa nas suas atividades docentes, ou seja, trabalhando a
pesquisa como princípio formativo na docência.
A formação de professores sobre as “tecnologias e a educação” é
fundamental na atualidade. Essa significação requer um profissional e um
aluno mais preocupado com o processo do que com o produto, preparado para
tomar decisões e escolher seu caminho de aprendizagem. (MERCADO, 1999,
p. 15).
A formação inicial deve formar o professor e colaborar para o exercício
de sua atividade docente, porém é importante que a prática docente não seja
vista como uma atividade burocrática para a qual se adquire apenas
conhecimentos e habilidades técnico-mecânicas (PIMENTA, 2008, p. 17).
4
Nesse sentido, a atividade docente, enquanto práxis, exige ação, reflexão e
ação. A formação inicial deve promover reflexão acerca dos fundamentos e
práticas docentes.
Conforme a natureza do trabalho docente, que é ensinar colaborando
para o processo de humanização dos alunos, o objetivo da licenciatura é
desenvolver junto aos alunos conhecimentos e habilidades, atitudes e valores
que lhes possibilitem elaborar seu saber e seu fazer docentes a partir das
necessidades e dos desafios que o ensino apresenta no cotidiano. (PIMENTA,
2008).
As teorias da educação e da didática possibilitam compreender o ensino
como realidade social. Assim, os professores podem desenvolver a capacidade
de investigar a própria atividade docente. Desse modo, as aprendizagens
docentes consistem em processo permanente de constituição das identidades
de professores dos docentes. (PIMENTA, 2008).
Alguns professores afirmam terem tido uma excelente formação inicial,
mas reconhecem não estar preparados para a realidade da sala de aula.
Muitos conteúdos imprescindíveis à formação dos professores, como a
alfabetização e as diferentes metodologias para áreas de ensino, inclusive a
utilização de novas tecnologias em sala de aula, em muitos casos, não são
abordados de maneira aprofundada em cursos de formação de professores. Na
parte diversificada do currículo, as disciplinas acabam por não abordar a
questão das tecnologias na formação ampla do profissional educador.
Em vista dessa situação, é interessante questionar a formação de
professores e a sociedade atual. Quais práticas podem ser pensadas para a
formação de professores para atuarem na educação infantil e nos anos iniciais
do ensino fundamental? Quais as contribuições das novas tecnologias, como
recursos pedagógicos, em atividades de ensino voltadas aos alunos em
processo de alfabetização?
Diante dessas indagações, cabe aos professores de cursos de formação
docente oportunizar momentos de estudo, reflexão e prática pedagógica para
que os alunos possuam uma sólida profissionalização para o futuro exercício
da docência.
Marques (1992, p.105-107) destaca a Pedagogia como ciência da
educação, construída a cada passo pelos educadores através de sua práxis. A
5
prática docente permite definir requerimentos que garantam a participação do
professor no processo de entendimento mútuo a respeito do modo como
planejar e guiar práticas didáticas. Assim, contribui para a formação de
profissionais da educação compromissados com a prática educacional.
Pode-se inferir que o profissional preparado para atuar hoje nos anos
iniciais do ensino fundamental, em especial nas séries destinadas às atividades
de alfabetização, deve conhecer e manipular eficazmente os instrumentos
necessários para o desempenho de suas funções. Assim, deve possuir
capacidade para tematizar a própria prática, de maneira a refletir criticamente
sobre sua prática docente.
Formação de Professores e a Utilização de Novas Tecnologias de
Informação e Comunicação
Os computadores são uma realidade na maioria das escolas brasileiras,
estão presentes em laboratórios, bibliotecas e em salas de aula. De posse de
teclados, monitores, mouses, impressoras e softwares, as escolas precisam
discutir e organizar estratégias de uso desses equipamentos. Desse modo, é
necessário promover estudos que contribuam para o entendimento das
possibilidades eficazes de utilização dos computadores nas escolas, em
especial como ferramenta de ensino nos anos iniciais do ensino fundamental.
Segundo Valente (1993), os computadores estão propiciando uma verdadeira
revolução no processo de ensino e aprendizagem, pois têm provocado o
questionamento de métodos e processos de ensino a serem utilizados pelos
professores.
Diante dessa realidade, os professores assumem um novo
posicionamento frente aos novos recursos tecnológicos: eles podem colaborar
para a organização de atividades docentes que contemplem a utilização das
tecnologias, com interesse didático-pedagógico. Para Libâneo (2006), o
enfretamento de exigências colocadas pelo mundo contemporâneo gera, nos
educadores, novos objetivos, novas habilidades cognitivas, assim como mais
capacidade de percepção de mudanças. Assim, há a necessidade de formação
geral e profissional do professor, implicando o repensar dos processos de
aprendizagem e das formas do aprender do aluno, bem como da familiarização
6
com os meios de comunicação e o domínio da linguagem informacional para o
desenvolvimento de capacidades comunicativas e criativas na análise e
produção de situações novas.
Refletir sobre a formação de docentes em nível médio é um desafio a
ser enfrentado no contexto atual, no qual necessitamos de professores com
visão intelectual e produtores de reflexões e práticas educativas. Cada
aprendizagem que o professor adquire abre possibilidades para o
conhecimento da prática docente e repercute também em novas aprendizagens
ao educando.
A formação do professor para a educação infantil e anos iniciais do
Ensino Fundamental não pode ser vista isoladamente. Para Pimenta (2008),
deve-se considerar, nos processos de formação de docentes, a formação, o
desenvolvimento e a valorização profissional dos professores sob perspectivas
de análise que os ajudem a compreender os contextos históricos, sociais e
organizacionais nos quais ocorre sua atividade docente. Isso facilitará ao
professor perceber as dificuldades concretas que encontra em seu trabalho,
bem como superá-las de maneira criativa.
A Secretaria de Educação do Paraná propõe um currículo articulado
para o Curso de Formação de Docentes em nível médio na modalidade normal,
que possa formar os alunos para a profissão de educador, com base nos
fundamentos das diferentes ciências e artes, especialmente das ciências da
educação. É importante que os alunos estejam comprometidos com o processo
de aprendizagem para se prepararem para uma atividade com características
voltadas à educação de crianças.
Vygotsky (1984) afirma que as características tipicamente humanas não
estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultado das
pressões do meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem em
seu meio sócio-cultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o
seu meio para atender às suas necessidades básicas, transforma a si mesmo.
Diante dos adultos, a criança reage como se estivesse interagindo com
uma inteligência superior. Nessa relação de superior e não superior, a criança
passa a distinguir o seu “eu” do “outro”, socializando-se.
Considerando a grande influência que o adulto exerce sobre a educação
da criança, acredita-se que o curso de formação de professores deve propiciar
7
ao profissional da educação a formação de um conhecimento sólido, de caráter
intelectual e técnico, promovendo a criatividade, a consciência profissional e
crítica, que contribuam para o exercício profissional do educador.
Não é mais possível negar a presença das tecnologias de informação na
contemporaneidade e, no contexto escolar, a realização de atividades
mediadas por computador pode motivar os alunos a aprender. Sendo assim, é
importante explorar as potencialidades do meio eletrônico e das tecnologias,
ampliar e flexibilizar suas possibilidades enquanto instrumentos de trabalho que
podem auxiliar no processo de escolarização de alunos. Por meio de atividades
com microcomputadores, o professor pode estabelecer uma didática
interessante que contribua para o processo de aprendizagem do aluno. A
concretização dessa realidade faz com que o professor possa refletir sobre as
possibilidades de uso da tecnologia educacional:
Tecnologia educacional, mais que estratégia na busca de soluções para os difíceis problemas de Educação, reveste-se, hoje, situação inteiramente dicotômica, de características neo-humanísticas. É o pensar filosófico do educador do futuro, preocupado em saber que resultados alcançar; como acelerar o processo de ensino sem perda da realidade; como submeter à tirania dos meios tecnológicos de forma não mecanicista, respeitando o Homem em sua essência em seus anseios. (NISKIER, 1993, p.67)
Para Luiz Paulo Leopoldo Mercado (2002), o professor, nesse contexto
de mudança, precisa saber orientar os educandos sobre os locais onde
encontrar informação, como tratá-la e como utilizá-la. Esse educador será o
encaminhador da autopromoção e o Conselheiro da aprendizagem dos alunos,
ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de grupos
reunidos por áreas de interesse.
A escola tem hoje a função de preparar os alunos para pensar, resolver
problemas e responder rapidamente às constantes mudanças da sociedade
atual. Em virtude disso, confere uma vasta valorização à informação e exige
um profissional crítico, com capacidade de pensar, de aprender, de trabalhar
em grupo e de se conhecer como indivíduo.
8
Com as novas tecnologias faz-se necessário aplicar novas formas de realizar o trabalho pedagógico de estar continuamente capacitando o novo professor para atuar neste ambiente telemático em que a tecnologia serve como mediador do processo ensino-aprendizagem. (PIMENTA, 2008, p.30)
No curso de Formação de Docentes, deve-se incentivar a motivação,
estimulando a pesquisa e levando os alunos a compreender que o professor
também pode aprender com o educando. O conteúdo sobre as novas
tecnologias e a educação deve ser abordado de maneira que, ao final do curso,
os alunos se sintam capazes de incorporar a uma metodologia de ensino o uso
das novas tecnologias em práticas de docência.
O educador, na chamada “sociedade do conhecimento”, deve apresentar
um perfil que inclua o comprometimento com as transformações sociais e
políticas e com o projeto pedagógico, assumindo-o juntamente com a escola.
Ele precisa ser competente, possuir domínio das novas tecnologias
educacionais, desenvolver uma atividade docente crítica e estar aberto ao
diálogo e à ação cooperativa, promovendo um ensino que auxilie os alunos a
progredir de forma autônoma.
A internet é apontada por Mercado (1999) como uma poderosa
ferramenta de mídia. Ao ser utilizada por professores, pode mediar o processo
de formação reflexiva, tornando-se um recurso útil nas práticas de ensino:
A utilização de computadores, especialmente da Internet, contribui para melhorar a prática de ensino, porque tal recurso possibilita o acesso rápido às informações atualizadas, permitindo também a troca de informações e debates por meio de grupos de discussão. Há uma possibilidade real de trocar conhecimento e informações com pessoas de todas as partes do mundo conectadas à rede. (TERUYA, 2005, p.27)
Segundo Sobral (1999), além de a internet conceder liberdade para que
o professor aprenda com o aluno, ela estimula a motivação desse aluno,
promovendo o trabalho em grupo e a troca de informações com os colegas,
englobando mais uma necessidade atual: a experiência direta como
modalidade de aprendizagem mais apta ao desenvolvimento da capacidade de
resolução criativa de problemas.
Prática Docente e as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
9
De acordo com Mercado (2002) cabe às instituições escolares a
introdução das novas tecnologias de informação e comunicação. A escola deve
encaminhar o processo de mudanças, favorecendo ao professor a adoção de
uma postura de orientador da aprendizagem dos alunos, de maneira a
estimular o trabalho individual e coletivo, colocando-se na posição do aluno,
aprendendo com suas experiências e capacitando-os a buscar corretamente a
informação em fontes de diversos tipos. É necessário conscientizar toda a
sociedade escolar, especialmente os alunos, sobre a importância das
tecnologias no desenvolvimento social e cultural.
Para Sathler (2006), para lidar com essa realidade, os professores
precisam desenvolver novas competências quanto ao uso das novas
tecnologias da informação e comunicação, tais como:
Ter a habilidade de decidir por que, quando, onde e como as novas tecnologias podem contribuir com os objetivos de aprendizagem, bem como quais são as tecnologias mais adequadas em determinado momento e para um grupo específico de alunos. Adotar as NTICs para melhorar a didática e variar as metodologias de ensino; Organizar as atividades e avaliações de forma a manter um acompanhamento mais individualizado, reconhecendo e respeitando as diferenças entre alunos, sem, contudo, criar uma relação de dependência ou atenção individual excessiva que prejudique o andamento do curso; Avaliar conteúdos digitais-websites, CD-Row, vídeo, áudio, cursos e outros quanto à sua qualidade e utilidade para os objetivos propostos. Colaborar com os alunos na busca, comparação e análise da informação disponível na internet e em outras fontes; Planejar a inserção das NTICs como parte integrante do conteúdo programático, não apenas como recurso didático mas também em relação à própria matriz curricular, tendo em vista o caráter intradisciplinar que a tecnologia assume em relação aos demais campos do conhecimento. Incentivar os alunos a usarem as NTICs na gestão, crítica, síntese e apresentação dos resultados do processo de aprendizagem. (SATHLER, 2006, p. 18 -19)
Uma das principais atividades docentes passa a ser a colaboração com
os alunos para que consigam transformar os dados disponíveis na internet em
conhecimento, com potencial de transformação nas suas vidas e nas
comunidades com as quais convivem. Portanto, o professor deve possibilitar a
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realização comunicativa com o outro, sustentando a reciprocidade e o respeito.
Dessa forma, ele produz alternativas e a possibilidade de, junto com os alunos,
assegurar valores humanos.
Sabe-se que alguns profissionais do ensino evitam a utilização das
novas tecnologias da informação e comunicação, possuindo aversão às novas
experiências com o uso dessas ferramentas. Entretanto, o professor não deve
viver alheio às inovações, pois a realidade do mundo contemporâneo indica
que as crianças, os adolescentes e jovens necessitam, cada vez mais, de
educadores capazes de fazer a diferença nesse contexto, considerando e
utilizando tais inovações. Assim, o professor
[...] precisa ter uma ação pedagógica inovadora que contemple a instrumentalização dos diversos recursos disponíveis, em especial dos computadores e da rede de informação e comunicação. Sendo assim, uma prática pedagógica competente, que acompanhe os desafios da sociedade moderna, exige a integração das tecnologias de comunicação e informação no fazer diário da sala de aula. (MOLIN, 2007, p.42).
Conforme Almeida (2005), as tecnologias produzem novos
conhecimentos que, por sua vez, facilitam a compreensão dos problemas
atuais e favorecem o desenvolvimento de projetos, na busca de alternativas
inovadoras para a transformação do cotidiano e para a edificação da cidadania.
Os recursos do computador e da internet favorecem a ampliação de
conhecimentos pelos alunos. Para isso, é necessário que pesquisem e
analisem informações contidas no programa a ser utilizado. Quanto maior for a
interatividade dos alunos com as novas tecnologias, maior será a possibilidade
de o professor enriquecer as condições de elaborar o saber, bem como auxiliar
os alunos a se incluírem na sociedade contemporânea, que tem exigido o
domínio do mundo digital. Segundo Gasparin (2009, p. 29),
As necessidades técnico-científico-sociais é que definem os conteúdos que devem ser ensinados e aprendidos, cabe a equipe pedagógica e o corpo docente de cada instituição, seguindo as orientações dos órgãos competentes selecionar os conteúdos que contribuirão para formação de cidadãos conscientes, críticos, participativos. Esses conhecimentos devem ligar-se às necessidades dos alunos e à realidade
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sociocultural como um todo. Enfim, os alunos não aprendem somente o que desejam, mas devem apropriar-se do que é socialmente necessário para os cidadãos de hoje.
Assim, a escola deve proporcionar, em especial aos alunos das classes
populares, o acesso aos recursos tecnológicos. Na escola, os alunos podem ter
contato com modernas tecnologias de maneira sistemática. Quanto mais cedo
a criança iniciar esse processo de conhecimento sobre as novas tecnologias,
melhor, pois a alfabetização digital deve principiar na infância. Desse modo,
cabe à escola considerar esse direito de aprendizagem da criança e capacitar
os professores para que possam preparar os alunos para a denominada
sociedade do conhecimento informacional.
Formação de Professores e o Uso de Novas Tecnologias Como Recursos
Pedagógicos na Alfabetização de Alunos do Ensino Fundamental: relato
de experiência
Ao considerar a importância das novas tecnologias da informação e
comunicação na formação de professores e no cotidiano escolar, desenvolveu-
se, no período de maio a dezembro de 2010, junto às atividades relativas ao
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), o Projeto de
Implementação Pedagógica intitulado “Formação de professores e o uso das
novas tecnologias como recursos pedagógicos na alfabetização de alunos no
ensino fundamental”, em uma escola pública do município de Campo Mourão.
Objetivou-se possibilitar aos alunos do 4º ano do Curso de Formação de
Docentes, em nível médio, modalidade normal, capacitação sobre o uso das
novas tecnologias na alfabetização de alunos dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, a fim de que compreendessem as contribuições das tecnologias
como recursos pedagógicos para o ensino e refletissem acerca da prática
docente em um contexto globalizante.
No desenvolvimento do Projeto, foram abordados conhecimentos sobre
a utilização das tecnologias como recursos pedagógicos no processo de
ensino-aprendizagem dos alunos do ensino fundamental; elaboraram-se, junto
aos alunos do Curso de Formação de Docentes, estratégias metodológicas
com o uso de tecnologias, para a alfabetização e o letramento de alunos dos
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anos iniciais do Ensino Fundamental; foram selecionados e analisados sites e
softwares educativos disponíveis em rede, que apresentam conteúdos e
atividades educacionais a serem utilizadas por professores em práticas de
ensino; realizaram-se discussões acerca da Alfabetização e do Letramento de
alunos no ensino fundamental, com base nas contribuições da teoria “Histórico-
Cultural”; desenvolveram-se momentos de reflexões, discussões e pesquisa
sobre “formação de professores, tecnologias e alfabetização”; e foram
elaborados, junto aos alunos do Curso de Formação de Docentes, por meio de
oficinas, projetos educativos que abordam a utilização das novas tecnologias
na alfabetização de alunos do ensino fundamental, para que, em um momento
posterior, os alunos pudessem desenvolver seus projetos educativos nas
práticas de estágio supervisionado no ensino fundamental.
As atividades foram desenvolvidas em encontros presenciais em sala de
aula e no laboratório de informática da escola, totalizando 32 horas,
culminando com a apresentação de projetos educativos elaborados pelos
alunos durante as oficinas na Mostra Científica Cultural da escola, em
novembro de 2010.
O Projeto “Formação de professores e o uso das novas tecnologias
como recursos pedagógicos na alfabetização de alunos no ensino
fundamental”, em um primeiro instante, ao ser apresentado à Direção, Equipe
Pedagógica e aos Professores e alunos do Curso de Formação de Docentes,
obteve excelente aceitação. Os alunos se interessaram em participar do
Projeto, relataram não possuir conhecimentos sobre como explorar as
ferramentas do computador e da internet para o desenvolvimento de atividades
educativas escolares e, em especial, como utilizar esses recursos na
abordagem da alfabetização e do letramento no ensino fundamental.
O Projeto contou com a participação expressiva e ativa dos alunos. Nas
oficinas, pesquisaram e elaboraram projetos educativos e atividades a serem
direcionadas aos alunos em processo de alfabetização e letramento nos anos
iniciais do ensino fundamental. Na finalização do Projeto, os alunos registraram
ter gostado de participar das atividades desenvolvidas, sendo o tema abordado
interessante e de fundamental importância na formação de educadores. Devido
à importância do tema, a escola optou por desenvolver as oficinas também em
outras turmas do Curso de Formação de Docentes no decorrer do ano de 2011.
13
Assim, pode-se perceber que o uso do computador contribui para a
aprendizagem e motivação dos alunos no cotidiano escolar, fazendo com que
momentos de estudos se tornem interessantes e atrativos. De fato, a utilização
da informática como recurso pedagógico é importante na formação do aluno
crítico, questionador e reflexivo diante da realidade vivida.
O computador também é um aliado do professor que lida com a
alfabetização e o letramento de alunos nos anos iniciais do ensino
fundamental. Em programas, como os de editor de textos e de elaboração de
desenhos (ex: Microsoft Word e Microsoft Paint), os alunos podem realizar
atividades para desenvolver a habilidade de leitura e escrita, pois tais softwares
auxiliam na área de conhecimento do português, da matemática, entre outras.
Ao utilizarem o mouse, os alunos treinam a coordenação motora e o contato
visual com o teclado, situação que auxilia na memorização e na identificação
de letras, números e símbolos.
A forma escrita de apreensão do conhecimento é a que prevalece em nossas culturas letradas, mas a que predomina em todas as formas comunicativas vivenciais. Em meio a elas, e utilizando-se de ambas, o estilo digital de apreensão de conhecimentos é ainda incipiente, mas sua proliferação é veloz. (KENSKI, 1997, p. 61)
O professor, ao utilizar as novas tecnologias da informação e
comunicação, em especial a informática, nas práticas de alfabetização e
letramento, passa a ser o coordenador da aprendizagem do aluno, tendo como
principal tarefa a ação de sensibilizar e motivar os alunos, mostrando
entusiasmo com o ensino e a aprendizagem, a partir da utilização de novas
ferramentas.
A internet é uma tecnologia que incentiva a motivação dos alunos, pela
novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa. Por exemplo, muitos
livros e textos de literatura foram disponibilizados na internet, enriquecendo e
ampliando o mundo letrado, rico em significados para a criança. Além disso,
auxiliam a desenvolver um cidadão participativo, autônomo e consciente dos
seus direitos e deveres na sociedade, de modo a desenvolver maior
consciência do mundo que o envolve.
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Sobre o letramento, Xavier (2008) destaca que a aquisição do
letramento alfabético é indispensável àqueles que querem viver bem nas
sociedades que valorizam a escrita. O desafio que se apresenta ganha nova
dimensão com o mundo digital, em particular, com novos textos virtuais. A
alfabetização tradicional – ler, escrever e contar – acaba por tornar-se um
pressuposto, pois nenhuma criança deixa de usar o computador por não saber
ler e escrever.
A professora Magda Soares (2000) destaca discussões sobre a
alfabetização e a cultura atual, que tem exigido mais que saber ler e escrever.
O mundo contemporâneo exige mais que uma simples aquisição do código
escrito, pois é preciso que o indivíduo seja letrado. Assim, é necessário que o
professor propicie aos alunos o conhecimento e o acesso a todas as formas de
comunicação e de recursos tecnológicos que contribuam para sua
aprendizagem e inclusão no mundo digital.
Ensinar a escrita nos anos iniciais de escolarização impõe,
necessariamente, que a escrita seja relevante à vida do aluno, sendo o
professor um importante mediador do conhecimento (VYGOTSKY, 1991). As
letras e a fala precisam expressar elementos da vida dos estudantes, e os
meios de comunicação podem contribuir nesse processo:
O meios de comunicação operam imediatamente com o sensível, o concreto, principalmente a imagem em movimento. Combinam a dimensão espacial com sinestésica, onde o ritmo torna-se mais alucinante. Ao mesmo tempo utilizam a linguagem conceitual, falada e escrita, mais formalizada e racional. Imagem, palavra e música, integra-se dentro de um contexto comunicacional afetivo, de forte impacto emocional, que facilita e predispõe a aceitar mais facilmente as mensagens. (MORAN, 2001, p.33-34).
As brincadeiras na infância, quando direcionadas para a aprendizagem,
também podem contribuir muito para a alfabetização e o letramento das
crianças. Na atualidade, tem se tornado cada vez mais frequente o uso do
virtual na realização de brincadeiras pela criança. Assim, jogos e atividades
lúdicas presentes em sites e softwares podem, também, ser utilizados com fins
educativos.
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Segundo Huizinga Monteiro (1996), os jogos virtuais facilitam a
motivação dos alunos pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de
interação que oferecem para explorar, aprender a linguagem e solucionar
problemas. Alguns sites educativos, como Educar para Crescer, Menino
Maluquinho, Ecokids, Só Matemática, Site Ruth Rocha, Portal Educacional e
Portal da Turma da Mônica, expressam, por exemplo, conteúdos educativos.
Desse modo, cabe ao professor acompanhar a evolução tecnológica e
ser um pesquisador dessas inovações. É importante que o conhecimento sobre
as contribuições das novas tecnologias de informação e comunicação seja
abordado em cursos de formação inicial e continuada de professores, pois
esses recursos revelam-se significativos para a atualização da prática docente,
ou seja, necessários à práxis educacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As contribuições das novas tecnologias de informação e comunicação
na educação é um tema imprescindível à formação de professores para a
educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Para que os
professores de alfabetização e letramento possam utilizar em sua prática
pedagógica o computador como suporte na abordagem de letras, palavras e
textos, com interação dinâmica, é necessário que conheçam a especificidade
de cada aplicativo e ferramenta disponível no computador, saibam manuseá-
los e incorporá-los como recursos para a aprendizagem do aluno.
A escola não pode ficar alheia à importância das novas tecnologias no
cotidiano dos indivíduos. Ela não deve ignorar a facilidade das crianças em
conhecer as novas tecnologias e lidar com elas; caso isso aconteça, ela
contribuirá para o aumento da exclusão a que estão submetidos milhões de
jovens das camadas populares. Muitos jovens possuem acesso limitado e, em
certos casos, nenhum acesso aos recursos informatizados, fazendo parte de
um novo grupo que vem sendo denominado analfabetismo tecnológico.
(MARTINS, 2004)
De acordo com a matriz curricular de Cursos de Formação de Docentes
(PARANÁ, 2006), os alunos precisam cursar disciplinas específicas que tratam
da formação do professor e, também, diante da nova realidade tecnológica do
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mundo atual, entrar em contato com conteúdos que contemplem os novos
recursos tecnológicos.
Muitas escolas dispõem de laboratório de informática para o
desenvolvimento de aulas; assim, computadores e internet podem promover
atividades educativas que despertem o interesse e incentivem a participação
dos alunos em processo de formação inicial de capacitação docente. Muitos
alunos de Cursos de Formação de Docentes, por serem sujeitos desse
momento histórico, demonstram ter muita habilidade com essa ferramenta de
trabalho, por fazerem parte da realidade do seu dia-a-dia.
Nesse sentido, as novas tecnologias de informação e comunicação
podem ser compreendidas como ferramentas úteis no desenvolvimento de
atividades docentes voltadas para os alunos dos anos iniciais do ensino
fundamental. Computadores e internet podem contribuir para a promoção de
um ambiente favorável para diversas iniciativas em direção a novos contextos
para a aprendizagem de alunos, sendo eficazes para sua socialização e
inserção no mundo globalizado. É papel da escola democratizar o acesso ao
conhecimento, à produção e interpretação das tecnologias. Para isso, torna-se
necessário preparar o professor para utilizar pedagogicamente as tecnologias
na formação de cidadãos, que deverão produzir e interpretar as novas
linguagens do mundo atual e futuro.
É importante também, nos Cursos de Formação de Docentes, organizar
momentos para discussão e reflexão sobre a formação do professor numa
perspectiva globalizante. As atividades com novos procedimentos não
convencionais mediante o uso da tecnologia, no exercício e na discussão da
prática pedagógica, possibilitam que o aluno aprenda com a própria prática de
inserção das tecnologias no ensino e os seus efeitos para a aprendizagem.
Existem diversos recursos tecnológicos na atualidade, como os novos
meios digitais, a multimídia e a internet. As telemáticas trazem novas formas de
ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir; por isso, é necessário educar os
alunos para compreenderem melhor o significado das tecnologias. É importante
que se formem como cidadãos que tenham capacidade de aprender e utilizar a
tecnologia para a busca, a seleção, a análise e a articulação entre informações.
Dessa forma, estarão aptos a construir e reconstruir continuamente os
conhecimentos, utilizando todos os meios disponíveis, em especial, os recursos
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do computador. Alguns teóricos denominam “segunda alfabetização” o fato de
muitos terem que possuir conhecimentos iniciais sobre as tecnologias,
mostrando-se importantes tais saberes. Segundo Moraes (1997, p.12-13),
“Educar para a cidadania global significa formar seres capazes de conviverem,
se comunicarem, dialogarem num mundo interativo e interdependente
utilizando os instrumentos da cultura”.
As atividades desenvolvidas no decorrer do Projeto de Implementação
Pedagógica “Formação de professores e o uso das novas tecnologias como
recursos pedagógicos na alfabetização de alunos no ensino fundamental”
foram relevantes na formação dos alunos, que ampliaram os conhecimentos
acerca da importância das novas tecnologias como recursos pedagógicos na
prática de docência. Como o professor é o mediador do conhecimento, na
educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, deve propiciar aos
alunos o acesso às novas tecnologias e às suas linguagens. O computador é
uma ferramenta que faz parte da realidade de muitos alunos, sendo útil no
cotidiano escolar, no processo de ensino e aprendizagem. Sendo assim, a
alfabetização e a utilização das novas tecnologias em conjunto podem
proporcionar conhecimentos importantes para o exercício da cidadania.
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