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DA NORMA PENAL Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

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DA NORMA PENAL

Direito Penal - Professor Sandro Caldeira Turma PRF

Normas Penais Princípios norteadores do Direito Penal

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TEORIA DO DELITO

Teoria do Delito

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NEXO CAUSAL

Teoria da Conditio sine qua non

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NEXO CAUSAL

Causar Absolutamente independentes:

• Preexistente;

• Concomitante;

• Superveniente

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NEXO CAUSAL

1) Preexistente: é a causa que existe anteriormente à

conduta do agente. Ex: "A" deseja matar a vítima "B" e para

tanto a espanca, atingindo-a em diversas regiões vitais. A

vítima é socorrida, mas vem a falecer. O laudo necroscópico,

no entanto, evidencia como causa mortis envenenamento

anterior, causado por "C", cujo veneno ministrado demorou

mais de 10 horas para fazer efeito;

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NEXO CAUSAL

2) Concomitante: é a causa que surge no mesmo

instante em que o agente realiza a conduta. Ex: "A" efetua

disparos de arma de fogo contra "B", que vem a falecer em

razão de um súbito colapso cardíaco (cuidado, não se trata

de doença cardíaca preexistente, mas sim de um colapso

ocorrido no mesmo instante da conduta do agente!);

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NEXO CAUSAL

3) Superveniente: é a causa que atua após a conduta do

agente. "A" administra dose letal de veneno para "B".

Enquanto este último ainda está vivo, desprende-se um

lustre da casa, que acaba por acertar qualquer região vital

de "B" e vem a ser sua causa mortis.

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NEXO CAUSAL

Então, por não haver relação de causalidade (nexo

causal) entre resultado e conduta do agente, este

responde apenas pelos atos já praticados, isto é,

por tentativa de homicídio, desde que comprovado

o animus necandi.

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NEXO CAUSAL

causas relativamente independentes,

• Preexistentes;

• Concomitantes;

• Supervenientes;

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NEXO CAUSAL

1) Preexistente: a causa existe antes da prática da conduta,

embora seja dela dependente. O clássico exemplo é o

agente que dispara arma de fogo contra a vítima, causando-

lhe ferimentos não fatais. Porém, ela vem a falecer em

virtude do agravamento das lesões pela hemofilia.

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NEXO CAUSAL

2) Concomitante: ocorre simultaneamente à conduta do

agente. Outro clássico exemplo é o do agente que dispara

arma de fogo contra a vítima, que foge correndo em via

pública e morre atropelada por algum veículo que ali

trafegava.

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NEXO CAUSAL

Nessas duas hipóteses, por expressa previsão legal (art. 13,

caput, CP), aplica-se a teoria da equivalência dos

antecedentes causais e o agente responde pelo resultado

naturalístico, já que se suprimindo mentalmente sua

conduta, o crime não teria ocorrido como e quando ocorreu.

Assim, responde por homicídio consumado.

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NEXO CAUSAL

3) Superveniente: aquela que ocorre posteriormente à conduta

do agente. Neste específico caso, torna-se necessário fazer

uma distinção, em virtude do comando expresso ao artigo

13, §1º, CP: A superveniência de causa relativamente

independente exclui a imputação quando, por si só, produziu

o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a

quem os praticou.

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TIPICIDADE

Espécies Formal Material

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Ilicitude ( Antijuridicidade)

Conceito: Consiste na relação de contrariedade entre uma conduta humana e o ordenamento jurídico.

Ilícito

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ILÍCITO

Legítima defesa Estado de necessidade Exercício regular do direito Estrito cumprimento do dever legal

EXCLUDENTES DE ILICITUDE ART. 23 DO CP

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Von Liszt ( distinção entre ilicitude forma e material):

• Ilicitude Formal:é a mera contrariedade do fato ao ordenamento legal (ilícito), sem qualquer preocupação quanto à efetiva perniciosidade social da conduta.

• Ilicitude Material: é a contrariedade do fato em

relação ao sentimento comum de justiça (injusto)

Ilícito

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Relação (ou o grau de relação) entre o fato típico e a

ilicitude formaram-se várias correntes doutrinárias:

a) Teoria da autonomia ou absoluta independência pela qual a tipicidade não tem qualquer relação com a ilicitude, de tal sorte que ocorrido o fato típico, não se pode afirmar que ele é presumidamente ilícito, ainda que seja uma presunção relativa (isso ocorreu no tempo do causalismo e, sobretudo, na construção de Beling, em 1906);

Ilícito

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) b) Teoria da indiciariedade ou da "ratio cognoscendi "

pela qual se há fato típico, presume-se, relativamente, que ele é ilícito; o fato típico é o indício da ilicitude (Mayer, 1915), que deve ser afastada mediante prova em contrário, a cargo (leia-se ônus) da defesa. Ao contrário da primeira corrente, não há aqui uma absoluta independência entre esses dois substratos do crime, mas uma relativa interdependência;

Teoria da ratio cognoscendi: Tipicidade possui função indiciária da ilicitude

( fato típico + ilícito + culpável )= crime

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) c) Teoria da absoluta dependência ou "ratio essendi :

cria o conceito de tipo total do injusto, levando a ilicitude para o campo da tipicidade. Em outras palavras, a ilicitude é a essência da tipicidade, numa absoluta relação de dependência entre esses elementos do delito. Não havendo ilicitude, não há fato típico.

Teoria da ratio essendi: ( Fato típico + ilítico= tipo total + culpável) = crime

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) d) Teoria dos elementos negativos do tipo:

o tipo penal é composto de elementos positivos ou expressos (que são as clássicas elementares do tipo penal) mais elementos negativos ou implícitos do tipo (causas excludentes de ilicitude). Para que o fato seja típico os elementos negativos - excludentes de ilicitude - não podem existir. Aqui também há uma absoluta relação de dependência entre fato típico e ilícito, um pressupondo a existência do outro (Merkel etc.).

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Causas de exclusão da ilicitude

Causas legais: Artigo 23 CP • Estado de necessidade; • Legítima defesa; • Exercício regular do direito; • Estrito cumprimento do dever legal Causas supralegais: • Consentimento do ofendido

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Elementos Objetivos e Subjetivos das causas de

exclusão da ilicitude:

• Elemento objetivo: • Elemento subjetivo:

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Estado de necessidade Art. 24 CP- Considera-se em estado de necessidade

quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Prática de fato para salvar de perigo atual • Perigo não provocado voluntariamente pelo

agente; • Inevitabilidade do dano; • Não razoabilidade de sacrifício do bem ameaçado; • Direito próprio ou de terceiro.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Prática de fato para salvar de perigo atual O perigo iminente está abrangido na expressão atual? 1ª Segmento: Rogério Greco, Basileu Garcia, Aníbal

Bruno – SIM 2º Segmento: Damásio E. de Jesus, José Frederico

Marques - NÃO

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Perigo não provocado voluntariamente pelo

agente; O que significa voluntariamente? 1º- Engloba dolo e culpa- Nélson Hungria, Magalhães

Noronha, 2º- Engloba somente dolo - Heleno Cláudio Fragoso,

Rogério Greco.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Inevitabilidade do dano Duas possibilidades a) O agente tinha como evitar o dano, não praticando

a conduta; b) O agente, entre duas opções danosas, podia ter

escolhido a menos gravosa para a vítima.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Não razoabilidade de sacrifício do bem ameaçado • Princípio da ponderação dos bens em conflito

OBS: Quando não será razoável que se sacrifique seu

bem que está sendo ameaçado?

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Não razoabilidade de sacrifício do bem ameaçado Teoria unitária: Estado de necessidade justificante O bem salvaguardado é de valor igual ou superior

àquele que será afetado.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Teoria diferenciadora:

Estado de necessidade justificante ( bem salvaguardado é de valor superior àquele que será afetado)

Estado de necessidade exculpante ( bem salvaguardado é de valor igual ou inferior áquele que será afetado)

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade- artigos 23, I e 24 do CP

Requisitos: • Direito próprio ou de terceiro.

Ilícito

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Dever legal de enfrentar o perigo

Artigo 24 CP § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem

tinha o dever legal de enfrentar o perigo. A expressão dever legal abrange o dever contratual

também? 1º Segmento: NÃO - Nelson Hungria 2º Segmento: SIM – Bento de Faria

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Formas de Estado de necessidade:

a) Quanto a titularidade do interesse protegido: • Estado de necessidade próprio ou • Estado de necessidade de terceiro; b) Quanto ao aspecto subjetivo do agente: • Estado de necessidade real ; • Estado de necessidade putativo c) Quanto ao terceiro que sofre a ofensa: • Estado de necessidade Defensivo; • Estado de necessidade agressivo;

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estado de necessidade Putativo – Artigo 20,§1º do

CP § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente

justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Legítima defesa Art. 25 CP - Entende-se em legítima defesa quem,

usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Que bens estão amparados pela legítima defesa? Eugênio Raul Zaffaroni e Jósé Henrique Pierangeli ( Manual de Direito penal brasileiro): “ A defesa do direito seu ou de outrem abarca a

possibilidade de defender legitimamente qualquer bem jurídico...”

OBS: Desde que não haja tempo suficiente para buscar a proteção das autoridades constituídas.

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Que bens estão amparados pela legítima defesa? Exceção: Bens comunitários ( fé pública, saúde

pública, etc).

Ilícito

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Requisitos: • Repulsa a agressão injusta atual ou iminente; • Utilização dos meios necessários de forma

moderada; • Direito próprio ou alheio

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Requisitos: • Repulsa a agressão injusta atual ou iminente; OBS: Provocação para criação de situação de

legítima defesa:

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Requisitos: • Utilização dos meios necessários de forma

moderada; Meios necessários; Moderação na utilização dos meios necessários: Imoderação :responderá pelo excesso Obs: Excesso exculpante

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Legítima Defesa – Artigos 23, II e 25 do CP

Requisitos: • Direito próprio ou alheio

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) É possível agir em legítima defesa em face de

agressão oriunda de inimputável? 1ª Segmento: Não, dever ser arguido o estado de

necessidade ( critério político) – Nélson Hungria 2º Segmento: Sim ( Claus Roxin, Rogério Greco,

Fernado Capez)

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Ofendículos ( ofensáculos, ofendículas)

• Conceito: • Natureza jurídica: a) Legítima defesa preordenada ( Nelson Hungria); b) Exercício regular do Direito ( Aníbal Bruno )

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Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio) Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio

Ratio) pio da Intervenção Mínima (Ultima) Estrito cumprimento do dever legal;

Exercício regular do direito;

Ilícito

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Funk das excludentes da ilicitude

Funk das excludentes de ilicitude ( Se ela dança eu danço)

Refrão: Exclui a ilicitude 3X É o 23 do CP O estado de necessidade é pra se salvar de um

perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem de outro modo podia evitar, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era razoável exigir do agente.

Refrão: Exclui a ilicitude 3X É o 23 do CP

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Funk das excludentes da ilicitude

Na legítima defesa, eu vou repelir uma injusta agressão, usando dos meios necessários sempre de forma moderada;e essa agressão poderá ser atual ou iminente.

Refrão: Pra excluir a ilicitude 3X È o 23 do CP

E o exercício regular do direito também vai excluir a

ilicitude da conduta do agente, assim como o estrito cumprimento do dever legal. E esse comportamento não mais será criminoso pois não é ilícito.

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