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Entendendo as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) Da Teoria à Prática de Elaboração, Consolidação e Análise

Da Teoria à Prática de Elaboração, Consolidação e Análise · 2020. 8. 30. · Federação. Nesse sentido, a Subsecretaria de Contabilidade Pública da STN envidou um grande

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Entendendo as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

(DCASP)Da Teoria à Prática de Elaboração,

Consolidação e Análise

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Paulo Henrique FeijóLeandro Menezes Rodrigues

Carlos Eduardo RibeiroGilvan da Silva Dantas

Brasília - 2017

Editora Gestão Pública

Entendendo as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

(DCASP)Da Teoria à Prática de Elaboração,

Consolidação e Análise

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Entendendo as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP)

© Editora Gestão Pública 2017 – Todos os direitos reservados

Capa: Thiago Feijó PonteEditoração eletrônica: Edimilson Alves PereiraRevisão: Tetê OliveiraImpressão e acabamento: Cidade Gráfica e Editora

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, incluindo fotocópia, gravação ou informação com-putadorizada, sem permissão por escrito dos autores. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/1998) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

As opiniões expressas neste livro são de exclusiva responsabilidade dos autores, não ex-pressando necessariamente a opinião dos órgãos e entidades onde os mesmos exercem ou exerceram atividade profissional.

Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, erros de digitação ou impressão poderão ter ocorrido. Caso o leitor identifique qualquer falha, favor informar mediante mensagem para: [email protected].

Os autores estão disponíveis para prestar esclarecimentos adicionais quanto a qualquer dúvida ou questionamento a respeito dos temas tratados neste livro: contato@fi nancaspublicas.com.br.

O editor e os autores não assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas decorrentes da aplicação dos conhecimentos e informações constantes desta publicação.

Editora:

Gestão Pública Editora e Treinamentos Sociedade Ltda. - EPPCondomínio Mansões Entre Lagos, Etapa 1, Conjunto U, Lote 11Região dos Lagos, Sobradinho – Brasília – DF - CEP: 73255-900Tel.: 61 - 999124-6315 – E-mail: [email protected]

Feijó, Paulo Henrique.

Entendendo as demonstrações aplicadas ao setor público / Paulo Henrique Feijó, Leandro Menezes Rodrigues, Carlos Eduardo Ribeiro, Gilvan da Silva Dantas. 1. ed. Brasília: Gestão Pública, 2017.

456 p. : il.

Bibliografia

ISBN 978-85-62880-18-6

1. Contabilidade pública - Brasil 2. Contabilidade - Brasil. 3. Demonstrações Contábeis - Brasil. 4. Plano de contas - Brasil I. Rodrigues, Leandro Menezes. II. Ribeiro, Carlos Eduardo. III. Dantas, Gilvan da Silva. IV. Título.

CDD 657.61

CDU 336.126

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Dedico esta obra aos meus filhos, Davi e Gabriela; aos meus pais, Antonino e Itacy; aos meus irmãos, Ana Cristina, Ana Patrícia, Anthony e Rejane; e à minha esposa Débho-

ra, que me proporcionou a estrutura necessária para que eu pudesse escrevê-la.

Paulo Henrique Feijó

Aos meus pais, Herbert e Andiara, amores da minha vida e meus primeiros profes-sores, por todo amor, esforço e sacrifício dedicado à minha formação pessoal e profissio-

nal; e ao meu irmão Marcelo, pela parceria e amizade de todas as horas.

À minha amada esposa, Stela, amiga e companheira que está sempre ao meu lado dando todo suporte para eu seguir em frente, e que me incentivou e compreendeu os mo-mentos de ausência necessários à elaboração desta obra; à nossa filha, Lívia, que ilumina

nossas vidas e que nos ensina o amor incondicional.

Aos professores que tive ao longo da vida e profissionais com os quais tive a honra de trabalhar; aos amigos do Superior Tribunal Militar e do Tribunal de Contas do Estado

do Paraná, com quem tive a oportunidade de aprender muitos dos conhecimentos aqui compartilhados.

Leandro Menezes Rodrigues

Aos meus pais, Paulo (in memoriam) e Maria Lucia, pelo exemplo de vida e imenso esforço dedicado à minha formação educacional; à minha irmã, Christianne, amiga de

todas as horas; aos meus amigos deste mundo e aos que já estão no mundo espiritual.

À minha amada esposa, Patrícia, que não divide uma vida comigo e sim multiplica a nossa felicidade. Pelo amor, companheirismo, incentivo e compreensão da ausência do

convívio, necessária à dedicação desta obra.

À minha filha, Maria Eduarda, meu coração que bate fora do corpo. Um presente enviado pelo Criador que me fez sentir um amor diferente de tudo, etéreo, incondicional.

Carlos Eduardo Ribeiro

Aos meus queridos pais, Maria e Francisco Dantas, pela criação, educação e de-senvolvimento que me proporcionaram. Eles são o meu porto seguro. Aos meus irmãos

Geraldo, Ivan, Iran, Gilmar e Rodrigo e minhas queridas irmãs Hermília, Ana e Adriana, pelo companheirismo e apoio de sempre.

DEDICATÓRIAS

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À minha amada esposa, Zeneide, e aos meus amados filhos, Lucas, Letícia e Leo-nardo, pelo incentivo e apoio para que eu pudesse dar este importante passo na minha

vida profissional. Eles são a minha fonte de inspiração e a razão do meu viver.

A todos professores, alunos e profissionais com quem tive a honra de trabalhar. Em especial aos meus amigos Paulo Feijó, Leandro Menezes e Carlos Eduardo pela oportuni-dade em poder participar como coautor desta importante obra. A vocês, os meus agradeci-

mentos pelo compartilhar de conhecimentos.

Gilvan da Silva Dantas

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Ter a oportunidade de compartilhar conhecimentos é uma dádiva que Deus nos concedeu e a qual temos que agradecer em primeiro plano.

No entanto, a existência de novas demonstrações contábeis e a reestruturação das que já existiam não foi somente obra divina ou do acaso, mas de um grupo de dedicados técnicos e profissionais de contabilidade que acreditaram que seria possível fazer o que

não havia sido realizado em 40 anos da Lei n° 4.320/1964. Nesse sentido, merecem men-ção honrosa todos os integrantes do Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis e, em

especial, aqueles que participaram das reuniões do subgrupo para elaboração do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e das novas demonstrações contábeis. Nossa gratidão também às servidoras da Secretaria do Tesouro Nacional que organizavam as reuniões,

Damiana Lacerda Soares, Elecilda Lima Franco, Doris Neide de Area Leão Araújo e Maria Amélia Fonseca Lemos.

Há que se reconhecer ainda o trabalho da Gerência de Normas de Contabilidade da STN, que no início dos trabalhos (2008) teve a equipe técnica composta por Allan Lú cio Sathler, Daniel Mateus Barreto, Donade Leal de Andrade, Heriberto Henrique

Vilela do Nascimento, Jean Cá cio Quirino de Queiroz, Rosilene Oliveira de Souza e We-linton Ví tor dos Santos, sob a coordenação do contador Francisco Wayne Moreira. Tão

importantes quanto aqueles que iniciaram a construção do PCASP são os que ajudaram a consolidá-lo e integraram a equipe em 2011 e 2012: Aldemir Nunes da Cunha, Antonio Firmino da Silva Neto, Arthur Lucas Gordo de Sousa, Bento Rodrigo Pereira Monteiro,

Bruno Ramos Mangualde, Flá via Ferreira de Moura, Henrique Ferreira Souza Carnei-ro e Janyluce Rezende Gama. Ao longo do processo de construção e consolidação das

Demonstrações Contábeis do Setor Público, na coordenação estiveram, cada uma ao seu tempo, Roberta Moreira da Costa Pereira e Selene Peres Peres Nunes. Sem a dedicação

de todos vocês este livro jamais existiria.

Depois do desenvolvimento conceitual e técnico, veio o grande desafio da im-plantação do PCASP e das DCASP, tanto no governo federal como nos demais entes da

Federação. Nesse sentido, a Subsecretaria de Contabilidade Pública da STN envidou um grande esforço em nível nacional para capitanear esta implantação. Na esfera federal, esse desafio foi capitaneado por Renato Pontes Dias, titular da Coordenação-Geral de

Contabilidade da União (CCONT); Bárbara Verônica Dias Mágero Viana e Vera Lúcia Araújo de Alencar Portugal, respectivamente, coordenadora e gerente de Manutenção e Procedimentos Contábeis da CCONT; e Lucimar Maciel Belo, gerente de Demons-

AGRADECIMENTOS

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trações Contábeis da União. Nos demais entes da Federação, destaque para a liderança de Leonardo Silveira do Nascimento e Raquel da Ressurreição Costa Amorim, respec-

tivamente, coordenador-geral e coordenadora de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação. Parabéns, vocês fizeram o sonho se tornar realidade!

Paulo Henrique Feijó e Gilvan da Silva Dantas

Na vida não existe acaso nas obras do Criador. Seguimos um curso em que não sabemos o dia de amanhã. Mas creio que a cada etapa da vida encontramos pessoas espe-

ciais para realizar projetos como este livro – um sonho antigo que, para tornar-se reali-dade, precisava reunir profissionais competentes e dedicados à Contabilidade. Agradeço a Deus por colocar nesta minha trajetória amigos como Paulo Henrique Feijó, Leandro Menezes e Gilvan Dantas para juntos produzirmos, com muita determinação, esta obra

com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da CASP.

Agradeço a Ele também a oportunidade de eu exercer uma atividade tão notável, que é a de ensinar, de transmitir conhecimentos. E não podia me furtar em dizer que para ensinar, um dia tive que aprender. Agradeço aos Mestres que me ajudaram nessa minha caminhada, em especial ao professor Lino Martins da Silva, meu incentivador,

conselheiro e orientador.

Carlos Eduardo Ribeiro

Agradeço a Deus pelo dom da vida e por sempre estar ao meu lado, abençoando, iluminando e guiando meus caminhos. Em 2011, comecei a atuar na Setorial Contábil

do Superior Tribunal Militar e precisava aprender o funcionamento da imensidão de telas do Siafi. Foi então que adquiri o livro “Curso de Siafi”, de Paulo Henrique Feijó.

Tornei-me fã dos livros da Editora Gestão Pública e passei a comprar todos que envolves-sem temas da minha rotina de trabalho. Eis que seis anos após esse primeiro contato com

a editora, recebi o convite do professor e amigo Paulo Henrique Feijó para escrevermos esta obra. Obrigado, PH, por essa oportunidade. E nessa empreitada fiz novos amigos,

pessoas que trabalham arduamente em prol da CASP e que tanto admiro. Obrigado, Car-los Eduardo Ribeiro e Gilvan da Silva Dantas, por essa parceria.

Agradeço aos meus professores da Universidade Federal do Paraná, por serem meus incentivadores ao longo de toda a graduação. Agradeço a todos os amigos com os quais trabalhei, em especial os da Setorial Contábil do STM. E, por fim, agradeço muito aos amigos da Coordenadoria de Fiscalização Municipal do Tribunal de Contas do Estado

do Paraná, com quem tenho o prazer de compartilhar uma constante luta na busca pela qualidade da informação contábil no exercício do controle externo dos municípios para-

naenses. Muito obrigado. Aprendi e aprendo muito com todos vocês!!!

Leandro Menezes Rodrigues

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SUMÁRIO

Prefácio ...........................................................................................................................................................................................................................................13

Apresentação ..........................................................................................................................................................................................................................15

Visão Geral .................................................................................................................................................................................................................................17

1 Aspectos Gerais das DCASP ......................................................................................................................................................... 21

1.1 ��As mudanças na contabilidade aplicada ao setor público...................................................................23

1.2 ��O Papel da STN no Processo de Padronização dos Procedimentos Contábeis ....30

1.3 ��Elaboração e Divulgação de Informação Contábil pelas Entidades do Setor Público .......34

1.4 ��Apresentação das Demonstrações Contábeis segundo as Normas Internacionais ......39

2 Balancete de Verificação: A Base para Elaboração das DCASP ......................................... 45

2.1 ��Balancete de Verificação .....................................................................................................................................................................47

2.2 ��Procedimentos de análises contábeis no balancete ...................................................................................48

2.3 ��Balancete de Verificação de Patrimonialópolis ..................................................................................................49

2.4 ��Regras de Integridade do Balancete Contábil ......................................................................................................59

2.5 ��Informações Adicionais de Patrimonialópolis para Elaboração das DCASP ............76

2.6 ��Considerações Finais...............................................................................................................................................................................77

3 Balanço Orçamentário............................................................................................................................................................................ 79

3.1 ��Normas Internacionais de Contabilidade: Apresentação de Informações Orçamentárias .................................................................................................................................................81

3.2 ��O Balanço Orçamentário como Instrumento de Apresentação de Informações Orçamentárias .................................................................................................................................................84

3.3 ��Exercício Financeiro: Conceito x Equilíbrio Orçamentário ..................................................................86

3.4 ��Receitas .......................................................................................................................................................................................................................87

3.5 ��Despesas ...................................................................................................................................................................................................................93

3.6 ��Restos a Pagar Não Processados ..........................................................................................................................................97

3.7 ��Restos a Pagar Processados ....................................................................................................................................................101

3.8 ��Análise do Balanço Orçamentário .....................................................................................................................................104

3.9 ��Notas Explicativas.....................................................................................................................................................................................116

3.10�Balanço Orçamentário de Patrimonialópolis ....................................................................................................117

3.11�Análise do Balanço Orçamentário de Patrimonialópolis .................................................................121

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4 Balanço Patrimonial .............................................................................................................................................................................. 127

4.1 ��Normas Internacionais de Contabilidade................................................................................................................1294.2 ��O Balanço Patrimonial como Instrumento para Apresentação

das Informações do Patrimônio............................................................................................................................................1314.3 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................1324.4 ��Análise do Balanço Patrimonial ...........................................................................................................................................169

5 Demonstração das Variações Patrimoniais ..................................................................................................... 177

5.1 ��Normas Internacionais de Contabilidade................................................................................................................1795.2 ��A DVP como Instrumento de Apuração do Resultado Patrimonial Anual .................1805.3 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................1845.4 ��Notas Explicativas da Demonstração das Variações Patrimoniais.....................................1905.5 ��Regras de Integridade da DVP ................................................................................................................................................1905.6 ��Análise da Demonstração das Variações Patrimoniais.......................................................................1915.7 ��DVP de Patrimonialópolis ..............................................................................................................................................................193

6 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ...................................................................... 201

6.1 ��Normas Internacionais de Contabilidade................................................................................................................2036.2 ��A DMPL como instrumento para apresentação das informações

dos componentes do Patrimônio Líquido ................................................................................................................2046.3 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................2066.4 ��Definições .............................................................................................................................................................................................................2076.5 ��Como elaborar a DMPL ....................................................................................................................................................................2146.6 ��Regras de Integridade da DMPL ..........................................................................................................................................2166.7 ��Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da União ..............................................2176.8 ��DMPL de Patrimonialópolis ........................................................................................................................................................219

7 Demonstração dos Fluxos de Caixa.............................................................................................................................. 223

7.1 ��Normas Internacionais de Contabilidade................................................................................................................2257.2 ��A DFC como Instrumento para Apresentação das Informações

do Caixa e Equivalentes de Caixa ........................................................................................................................................2287.3 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................2307.4 ��Outros Ingressos e Outros Desembolsos

(Operacional/Investimento/Financiamento) ........................................................................................................2527.5 ��Caixa e Equivalentes de Caixa .................................................................................................................................................2537.6 ��Transações que refletem em mais de um Fluxo ...........................................................................................2547.7 ��transações que parecem refletir em mais de um Fluxo ....................................................................2567.8 ��Retenções de Tributos e Consignações .....................................................................................................................2577.9 ��Transferências de Capital ..............................................................................................................................................................2587.10�Dação em Pagamento ........................................................................................................................................................................2597.11�Análise da Demonstração dos Fluxos de Caixa.............................................................................................2637.12�Demonstração dos Fluxos de Caixa de Patrimonialópolis ............................................................266

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8 Balanço Financeiro .................................................................................................................................................................................. 275

8.1 ��O Balanço Financeiro como Instrumento para Apresentação das Informações Orçamentárias e Financeiras .............................................................................................278

8.2 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................2798.3 ��Como montar o Balanço Financeiro ...............................................................................................................................2958.4 ��Análise do Balanço Financeiro ...............................................................................................................................................2958.5 ��Balanço Financeiro de Patrimonialópolis ...............................................................................................................299

8.6 ��Análise do Balanço Financeiro de Patrimonialópolis ............................................................................301

9 Notas Explicativas ..................................................................................................................................................................................... 305

9.1 ��Normas Internacionais ......................................................................................................................................................................3079.2 ��As Notas Explicativas como instrumento para evidenciação

das informações das DCASP .....................................................................................................................................................3079.3 ��Estrutura ................................................................................................................................................................................................................3089.4 ��Definições .............................................................................................................................................................................................................3109.5 ��Notas explicativas: um resumo das normas brasileiras ...................................................................3229.6 ��Modelos Genéricos de Notas Explicativas ..............................................................................................................331

9.7 ��Notas Explicativas de Patrimonialópolis ..................................................................................................................351

10 Regras de Integridade entre as DCASP ................................................................................................................. 367

10.1�Aplicação da Integridade Interdemonstrações para Patrimonialópolis .....................370

10.2�Considerações Finais..........................................................................................................................................................................380

11 Aspectos Gerais das Consolidações das DCASP ..................................................................................... 381

11.1�Consolidação das Contas Públicas no PCASP ................................................................................................383

11.2�A Competência da STN para a Consolidação das Contas Públicas ..................................383

11.3�Consolidar Não é Somar ................................................................................................................................................................385

11.4�Objetivos da Consolidação ...........................................................................................................................................................386

11.5�A Influência da Consolidação na Estrutura das Contas do PCASP ...................................388

11.6�A Lógica da Consolidação no PCASP ...........................................................................................................................390

11.7�Conhecendo Municipialópolis .................................................................................................................................................391

11.8�Consolidação de Patrimonialópolis e Municipialópolis......................................................................400

Avaliação de Aprendizado .................................................................................................................................................................................415

Referências ...........................................................................................................................................................................................................................437

Lista de figuras ................................................................................................................................................................................................................445

Lista de quadros .............................................................................................................................................................................................................447

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PREFÁCIO

Ainda muito novo no serviço público pude acompanhar a aventura brasileira em sis-tematizar e organizar suas contas contábeis e financeiras. Para se ter uma ideia do que era a gestão pública federal, ela não tinha uma peça de orçamento unificada, a contabilidade demorava no mínimo 60 dias para o registro e consolidação dos demonstrativos contábeis e não havia gestão eficiente dos recursos em caixa. Chegava-se ao ponto de existir uma conta bancária para cada conta contábil. E isso nem faz 30 anos. Nesse período, tivemos vários servidores públicos abnegados que colocaram nosso país nos melhores patamares.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, a adesão do país às Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público e a Lei de Acesso à Informação deram maior sustentação ao registro contábil no Brasil e destacaram a sua importância como meio para melhor gerir os recursos públicos e dar transparência ao seu uso. Mas, para isso, era necessário implantar um plano de contas único, e o professor Paulo Feijó teve um papel fundamental nisso. E não há dúvida que muito melhorou. Os aperfeiçoamentos no Sistema Brasileiro de Pagamentos com sua integração ao Sistema Integrado de Administração de Financeira do Governo Federal (Siafi) foram muito importantes. Faltou pouco para implementarmos no país um mecanismo de contabilização automática por meio de troca de arquivos. Não houve patrocinador no governo federal.

Chegamos a servir como referência. Lembro-me de ser convidado para palestrar pelo Banco Mundial em um curso em Shangai sobre esses avanços, mas infelizmente o discur-so fácil nos fez caminhar mais devagar. Tivemos momentos em que o “arrumadinho” e a maquiagem contábil foram valorizados. Precisamos recuperar o tempo perdido e voltar ao ritmo de outrora, pois uma coisa eu aprendi com os grandes mestres que conduziram todas essas mudanças que narro: o caixa não mente jamais! E uma hora não haverá dinheiro para pagar as contas. E foi o que vimos Brasil afora.

Esse processo de melhoria contínua se faz com a transmissão de conhecimento e programas de treinamento em todas as esferas governamentais: União, estados e municí-pios. Nesse sentido, muito me honrou ser convidado para prefaciar esta obra destes quatro talentosos profissionais que tanto contribuíram para o desenvolvimento e avanços de tudo que falei até aqui.

De forma didática, aliando teoria e prática, os autores oferecem um conhecimento mais aprofundado sobre as DCASP e, assim, este livro servirá como suporte e roteiro tanto

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para profissionais que militam na área e precisam elaborar demonstrações contábeis, como para interessados no estudo desse tema.

Tive a honra de ter trabalhado com o professor Paulo Feijó por um bom tempo e acompanhar sua carreira. Esta obra traz com ela o espírito público de seus autores, a vontade de ver o país melhorar e formar bons gestores cientes de suas responsabilidades. Servirá de grande base e apoio para aqueles que se interessam no estudo e para os profissionais que precisam elaborar as demonstrações contábeis do setor público. Sua visão prática e didática servirá como suporte e roteiro para o aprendizado prático e teórico. Portanto, como disse Marco Túlio Cícero, “Não basta adquirir sabedoria; é preciso, além disso, saber utilizá-la”.

George SantoroSecretário de Fazenda de Alagoas

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Por que somente agora a Editora Gestão Pública publica um livro sobre as demons-trações contábeis? Pelo simples fato deste livro fazer parte do sonho de publicação da série, que foi batizada de “Entendendo CASP”. A ideia da série parte da premissa de que para compreender a contabilidade aplicada ao setor público é preciso entender as mudanças, como funciona o PCASP, como se processa a Contabilidade Orçamentária, como se faz a Contabilidade Patrimonial, para, ao final, entender as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público. Nesse sentido, antes foram lançados: “Entendendo as Mudanças na Con-tabilidade Aplicada ao Setor Público” (2013); “Entendendo o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público” (2014); “Entendendo a Contabilidade Orçamentária Aplicada ao Setor Público” (2015); e “Entendendo a Contabilidade Patrimonial Aplicada ao Setor Público” (2017).

Quando assumi a Coordenação-Geral de Contabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional em 2006, nem imaginava que vivenciaria junto com outros profissionais do se-tor público a revolução em curso na CASP. Durante os seis anos em que estive à frente da contabilidade da União, sempre disse que se após todo o processo de mudança o novo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) fosse implantado e consolidado, ao final de tudo, só isso já valeria a pena. Depois descobri que não tinha noção do espaço para inovação que havia nas demonstrações contábeis até então utilizadas no setor público. E o aproveitamento desse espaço deixou um legado ainda maior ao processo de mudança.

As discussões do PCASP acabaram puxando naturalmente aspectos relacionados com as demonstrações contábeis, pois o plano de contas representa a entrada de dados e as de-monstrações representam a saída desejada para análise das informações. Assim, era preciso pensar a estrutura do PCASP sempre pensando na saída da informação, o que passava por discutir a estrutura dos relatórios e demonstrativos.

Como visto nos primeiros livros da série “Entendendo CASP”, o Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis (GTCON) foi fundamental para a criação do PCASP e a alteração das estruturas das demonstrações contábeis exigidas por lei, bem como a incorporação das novas demonstrações: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).

Inicialmente o GTCON priorizou a elaboração do PCASP, mas logo discussões paralelas sobre as alterações nas demonstrações contábeis também integraram a pauta do grupo. Vale

APRESENTAÇÃO

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destacar a dedicação da pequena equipe da Coordenação-Geral de Contabilidade da STN para que um grande feito fosse alcançado: alterar a estrutura das demonstrações contábeis que vigiam desde 1964 e incorporar novas demonstrações. Nunca antes tamanha ousadia havia sido tentada! As alterações propostas no GTCON aconteciam em consonância com o disposto nas primeiras Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, que seriam publicadas pelo Conselho Federal de Contabilidade no segundo semestre de 2008.

Assim, como aconteceu com o PCASP, também houve inúmeras discussões até se chegar ao novo modelo de demonstrações contábeis para o setor público. Escrever sobre este marco para a contabilidade do setor público brasileiro tem o objetivo de assegurar seu registro histórico e mostrar como ficaram as demonstrações alinhadas aos padrões interna-cionais de contabilidade, pois o processo de convergência, por sua vez, explica muitas das características dos atuais demonstrativos.

Ao ver este livro completando, sob o paradigma teórico, a série “Entendendo CASP”, realizo o sonho que tive ao sair da Secretaria do Tesouro Nacional, em 2012, de deixar escrita parte da história que vivi. Mas não conseguiria completar a série se no meio do caminho não tivesse contado com a ajuda dos amigos e autores Leandro Menezes, Carlos Eduardo Ribeiro e Gilvan Dantas, sendo este último o primeiro subsecretário de Contabilidade da STN, com o qual tive a honra de trabalhar.

Paulo Henrique Feijó

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Esta obra está estruturada em 11 capítulos. O primeiro traz a público o processo histórico da construção da nova estrutura das demonstrações contábeis e a incorporação da Demonstração dos Fluxos de Caixa e da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Tudo isso dentro do processo de convergência da contabilidade aos padrões internacionais, que, por sua vez, representa um momento importante de renascimento da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil, considerando que desde 1964 nunca se haviam alterado os demonstrativos previstos na legislação nacional.

Nesse conjunto, o capítulo 1 apresenta o contexto histórico e a liderança da Secre-taria do Tesouro Nacional no processo em questão. A STN aproveitou uma oportunidade existente na legislação para regulamentar e assumir a competência e responsabilidade para alterar os anexos da Lei nº 4.320/1964.

Feita essa introdução, o capítulo 2 é uma peça-chave na engrenagem do livro, porque a partir dele são geradas todas as demonstrações contábeis previstas na legislação. Nele, trata-se do balancete de verificação, que é instrumento preparatório para o levantamento do Balanço Patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro, enfim, de todas as demonstrações contábeis. De forma inédita, o capítulo aborda ainda regras de integridade que devem ser aplicadas para garantir minimamente a consistência de algumas informações. E não se limita à teoria, pois, por meio do balancete ajustado do ente fictício de Patrimonialópolis, extraído do livro “Entendendo a Contabilidade Patrimonial Aplicada ao Setor Público” (2017), mostra a aplicação das regras de forma prática. No entanto, considerando a busca de consolidação do aprendizado, a cada capítulo os autores desenvolvem o balancete e as regras de integridade de Patrimonialópolis.

O núcleo central do livro é representado pelos seis capítulos dedicados às demonstra-ções contábeis: Balanço Orçamentário, Balanço Patrimonial, DVP, DMPL, DFC e Balan-ço Financeiro. Em cada capítulo, são abordadas as exigências das normas internacionais, quando é o caso, por meio de um resumo dos principais pontos estabelecidos pelas IPSAS. Em seguida, apresenta-se a estrutura da demonstração em estudo, detalhando a forma de elaboração, aspectos de análise e regras de integridade intrademonstração. Para não ficar somente no campo da teoria, a partir dos dados do balancete de Patrimonialópolis, mais uma vez os autores levantam a demonstração e a analisam.

VISÃO GERAL

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Um ponto de grande relevância, mas até pouco tempo ignorado quando da publicação dos balanços gerais do setor público, são as notas explicativas, as quais, segundo as normas brasileiras convergidas aos padrões internacionais, são parte integrante das demonstrações contábeis. O capítulo 9 disseca o tema, especificando quais notas são obrigatórias e quais caracterizam a boa prática contábil. Para facilitar a compreensão do leitor, aplicam-se os conceitos teóricos às demonstrações contábeis de Patrimonialópolis.

Depois de levantadas as demonstrações, o profissional, mesmo tendo aplicado as regras de integridade em cada demonstração, deve estar atento à consistência de algumas linhas, colunas ou somas entre uma demonstração e outra. Por exemplo, que dados do Balanço Patrimonial devem bater com os da DFC? O capítulo 10 trata das integridades interdemonstrações, trazendo equações que podem ser muito úteis para todos aqueles que precisam analisar e verificar a consistência das demonstrações.

O último capítulo aborda o processo de consolidação das contas públicas sob a pers-pectiva do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, isto é, sob a ótica das informações de natureza patrimonial. Demonstra como devem ser levantadas as demonstrações consolidadas, em especial o Balanço Patrimonial e a DVP. Vale ressaltar que esse capítulo não detalha aspectos teóricos, porque estes foram exaustivamente abordados no livro “Entendendo o PCASP”. Assim, dedica-se primordialmente a mostrar, na prática, como devem ser conso-lidadas as demonstrações que tratam de aspectos patrimoniais.

Ao final de cada capítulo (exceto os dois primeiros), os autores trazem exercícios teóricos sobre as demonstrações contábeis, regras de integridade e notas explicativas, com o intuito de ajudar os leitores a fixarem o conhecimento compartilhado.

Dessa forma, eles esperam que esta obra seja, ao mesmo tempo, um guia teórico e prático sobre as demonstrações contábeis, que sirva de fonte permanente de consulta aos estudiosos e aos profissionais de contabilidade que militam no setor público.

Contudo, há que se ressaltar que essas demonstrações são, por assim dizer, o “fim da linha da informação contábil” antes de ser entregue ao usuário e para executá-las com sucesso é importante que os registros sejam adequadamente efetuados. Por isso, entende-se que não apenas esta obra, mas todas as demais que integram a “Série Entendendo CASP”1

1 Além deste livro, a “Série Entendendo CASP” compreende mais quatro obras. São elas: – “Entendendo as Mudanças na Contabilidade Aplicada ao Setor Público”, de Paulo Henrique Feijó (2013); – “Entendendo o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público”, de Paulo Henrique Feijó e Carlos Eduardo Ribeiro

(2014, 1ª edição) e de Paulo Henrique Feijó, Jorge Pinto de Carvalho Júnior e Carlos Eduardo Ribeiro (2017, 2ª edição, revisada e ampliada);

– “Entendendo a Contabilidade Orçamentária Aplicada ao Setor Público: Teoria e prática de controle da aprovação e execução do orçamento com base no PCASP”, de Paulo Henrique Feijó, Jorge Pinto de Carvalho Júnior e Carlos Eduardo Ribeiro (2015); e

– “Entendendo a Contabilidade Patrimonial Aplicada ao Setor Público: Do Ativo ao Patrimônio Líquido”, de Paulo Henrique Feijó, Jorge Pinto de Carvalho Júnior, Fernando Carlos Cardoso Almeida, Vitor Maciel dos Santos e Diogo Duarte Barbosa (2017).

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são uma leitura obrigatória para os que buscam ampliar seus conhecimentos sobre a conta-bilidade aplicada ao setor público.

Com este livro, a Editora Gestão Pública fecha, com chave de ouro, a sua série de publicações sobre teoria e prática da CASP. E agora dispõe em seu catálogo de cinco obras, cujos autores são profissionais com larga experiência nesse campo da Contabilidade e uni-ram-se para compartilhar com os leitores seus conhecimentos, esclarecendo-os sobre dúvidas frequentes no dia a dia da rotina contábil.