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V ¦Rio, *** dc Dezembro rpmbafua RUA DE S. JOSÉ N. 13 tolioaçIo fwqa3, quinta a sàbmdos CORSÁRIO ©Ü8C&© DE MORAUSAÇAO 80GBAL 188«— Anno III -N.30 ¦'v. IMACÇÃO RUA DE S. JOSÉ N. ISSWNÁTUBÀI POR ANNO (fora di eArU) UfOH muDO smüubo i mdiado m mm liberal, seio íisistro jpça «. p. de som daktas e chefe de policia o. f. trigo de loieim ¦uvavv, DATÁfi GLORIOSAS mu át Jia«lM &a « «M BrtaUtie lullfa ¦•¦*•¦ propor-aoi «ompri do MUI o da -•«m foUu »o» lfcOMfOW.— W JtooUa- A polUl» diifareada püaelpla « nigir folhai a •«¦Bfltr 01 bocioi Yaadodoio.- tf do Jaaolro - i policia, toado á iaa rroola na dot ¦••< /luMdoi. iatadla a nona oflalaa, »rcaloaao-Boao aoi aottoi taprtiadoa, eoadailndo origl- •••7o mil par«H *• lmpo»»a«ola.— M d* Vntulra-Dau horda do riadaloi, eapltanoadoi por .Àmü Iwrtlrs, anonhá, foipee do machado, ti porto da pomo oficina. Ronbarim c q»o- kV7iM Udi «ao aio ara do faatl e»HiIco»5«, Unhado fo|o aoa dtitroioi é protondoado I i—M—^ITT— ......lMr-.o..-iadoD.<.-bfo-II. ••p.rl.doi ao.c «la.Moi, »<»• P«>o|OTorao ,v.rivvr.t""v.\»r.«."r..;,.»..>*»>« »«— «? damoi a iaprlmir. '• ifln ¦ -I ^Rfl I I—I I ¦ HW? CORSÁRIO Rio, 2(> de Dezembro de 1882 Dissemos no nosso numero pas- «ado que urn dos meios mais efficazes de promover a prosperi- dade do paiz, era democratisar as instituições bancarias, lançando no gyi'0 os pequenos capitães das classes operárias, aceumudados quasi infruetiferamente nas cai- ias econômicas ou em estabeleci- mentos duvidosos, que atinai vem a dar o resultado que deu a celebre caixa depositaria. Fundamentamos a nossa opi- uião, apontando o exemplo dos paizes onde a classe operaria é muito mais numerosa que entre nós e, entretanto, é relativamente mais feliz. Nos paizes como a Inglaterra, a Frauça, a Allemanha, os Esta- dos Unidos, paizes onde o excesso de população," a pobreza do solo, o próprio clima, os longos inver- nos que obrigam a ter-se perpe- tuamente o fogo acceso, tudo, emfim, tende a tornar ao operário mais trabalhosa e difficil a vida, elle gosa, entretanto, de um bem- estar, de um aconchego, de um confortabk. a que o nosso operário ainda não attingiu, tendo mais elementos a seu favor. E isto deve-se principalmente á comprehensão que aqueiles po- vos tem dos benéfico-i resultados da associação. Às cooperativas, os pequenos bancos regionaes em grande numero, substituindo em grande parte as caixas eco- notnicas, são os resultados da ap plicação desse principio e por seu turno a causa dessa felicidade relativa. Na Escossia, o grande viveiro das operários do Reino Unido e a parte delle onde os pobres são menos desgraçados, os pequenos bancos são tantos como as cidades. Em Pariz, o Pequeno Banco, quj hoje é uma poderosa instituição de credito, tem numerosas sue- cursaes e ramificações; nos Esta- dos Unidos, o paiz talvez em que o operário é mais feliz e indepen- dente, ha bancos que fazem tran- sacções com quantias até de um dollar, istj é, dous mil réis. Como pendant a isto observa-se que, as casas de prego não são, como entre nós, uns estabeleci- mentos sombrios, em que se faz o favor de emprestar por um objecto a quarta parte do seu valor, a juros de 4 e 5°/„ ao mez; vê-se nadasse operaria menos vicios, mais amor e mais ligação entre a familia, porque ha mais aconchego no lar e, portanto, o homem, animal naturalmente egoista, é mais feliz e, por cou- seqüência, melhor. E entre nós, o que é que se tem leito em beneficio do povo ? Houve aqui, é exacto, um en- saio de cooperativa, que, afinal, teve o resultado que tem tido tanta idéa nova e boa. Mas morreu, inglória e ectupi- damente, sem deixar entre o povo ao menos o gerraeu de uma idéa, porque Os seus fundadores esque- ceram-se de fazer propaganda I entre o povo e além disto quem compunha a sociedade eram os ricos, isto é, quem não precisava delia. Podem querer-uos objectar que o uosso povo é naturalmente avesso a isto de economia e previ- dencia, mas esta objecção cahe perante o exame do movimento das caixas econômicas e perante o seguinte facto: No Rio de Janeiro são numero- FOLHETIM sas as sociedades funerárias, que tratam de enterros, etc, etc. Ora, nem recorre ao principio de asso- ciação para providenciar sobre o qcaso de morte, facilmente se con vence a empregar o mesmo meio para cuidar da vida. A creacão, pois, de um estabe- lecimento de credito que propor- cione ao pequeno negociante, ao industrial, ao operário, ao em- pregado, o ensejo de fazer frueti- ficar as suas modestas economias, os seus pequenos haveres; a fun- dação, dizemos, de um estabele- cimento desta ordem, feita por homens modestos e de todas as classes e isto nesta terra onde â- frente de qualquer cousa se col- loca immediatamente, como es- pan talho á canalha miúda, os nomes de meia dúzia de potenta- dos, é umcoramettimento que merece todos os app.lausos e todo apoio dos homens bem intencio- nados, sobretudo quando tal instituição se propõe a introdu- zir todos ou parte dos melhora- mentos que a experiência tem feito adoptar nos seus congêneres de outros paizes. Sobre este ponto diremos ainda alguma" palavras. TRAÇOS E TROÇA Sem modéstia, eis ahi um ti- tulo que vai lazer morrer de in- yeja a muita gente que por ahi anda e que não escreve porque falta-lhe o principal: o titulo. O titulo, leitores, é uma cousa titular. Diz o vulgo, e eu creio, que pelo rodar do carro conhece-se quem vem dentro, ditado esse i que se approxima um pouco de umaestrophe do bichento poeta Calino Guedes, que dizia: Seanoito ouvindo as patas dcumcavallo Desperta cm sbbrcsalto a minha bella, E' elle! ella murmura satisfeita K tem abrir-me a porta com cautela. Feliz homem! era conhecido pelas patas!. Mas voltemos ao titulo e dei- xemos o Calino ser pelado pelo Raymundo Corrêa que ímmorta- lisou-oem dous sonetos de bicha- ria., O titulo é uma grande cousa I O titulo de divida, que para mim tem valor mais real do que um titulo real, é o que en mais am- biciono e é o de que eu menos disponho; o titulo acadêmico para que eu sempre andei em sentido inverso dos bacharéis e doutores, / lu°*iu-me, alliviando-me de mais um diploma e distinguindo-me do vulgo pergaminhado. Resta- me o titulo nobiliario e este como é sempre o distiuctivo dos parvos e beocios eu nuuca os invejei, porque sempre entendi que mais importa parecer ser e não ser do que ser sem parecer ser. E' isso justamente o que acontece com o conselheiro Correia, doutor tor- mado por todas as universidades do mundo e outras muitas mais, senador, conselheiro, medalheiro de todos os paizes e sommado tudo isso um furibundo cacete, um neste instante solemne, peior que o S. Sebrão e o Pontes Júnior juntos; afinal um homem que pela sua titularia está no segun- do caso: de parecer ser e não ser. vêm, pois, os leitores que eu disponho de titulos inottensi- vos. Para is*o eu tenho uma pers- picacia enorme. Se quando eu nasci não ti vessem dado o nome ás ousas era eu quem lhes dava. Ora, por exemplo : Quem e, que vendo um gato a fazer artes que lembra a um gato não se lem- bra logo que aquelle animalejo podia chamar-se gato ? Pois nao íe está vendo que aquellas cousas são mesmo de um gato 1 Ura, se um gato faz artes de gaio, o que pôde ser senão um gatoV Uma 1 gata, diria o Agra, porém errava. Eu íaço questão de distineção de sexo. U meu gato é humem. E a gata quando muito seria uma gata que andaria ás gatas quando andasse aos gatos. Quan- to a essa botânica gatologica eu tenho minhas idéas que hei de expol-as ao Sr. Caminhoá quan- do tí. S. entender que seu cabello eatâ bastante esticado, eque pôde conceder-me uma hora aos meus estudos de gatologia, elle que dedica duas horas ao cosiue- tico para endireitar aquelle páu que nasceu torto. Náo pe.ise o leitor que eu estou íaliando mal dos outros. Não ! Nem muito nem pouco, antes, pelo contrario, como diz o Manoel Car- ueiro, o gaiato mais serio que eu conheço e que tem a maldade de passar desandadeiras no próximo como se estivesse dizendo muitas amabilidades. Mas elle é assim em tudo, ate mesmo no titulo da sua folha. Com as mesmas letras será A Fo- lha Nova ou Avó na Folha. Aquillo é um homem para todos os gostos. o Agra é que desagradou-se d'elle. Mas se elle diz agradou-se, o Agra doce, não tinha razão para brigar, mas aquillo era um Agra mai agradecido. Mas aqui estou eu invadindo o terreno do inexplosivo Lopes Car- doso, o homem mais atilado no calem burgo do que a Sra. Isme- nia nos papeis de ingênua, em que pese ao Dr. Dermeval da Fon- teseca. Mas á propósito vem á pello contar uma historia muito gaiata. Conhecem o Eugênio de Maga- lhães ! Quem não o conhece ? O Eugênio, nós todos sabemos, não abusa do liquido a ponto de não ficar solido, porém, tambem não poderia rir do velho Noé. La isso é verdade, mesmo por- que quem é que honestamente e de quando em vez não toma o seu pileqne ? Mas vamos ao caso. Em S. Paulo a companhia da Ismenia representava a Morga- dinha de Yal-Flor, e quando João Fernaudes vè-se na dura necessi- dade de morrer, o Eugênio fazia caretas e contorsões dainnadas, bem capazes de commover á morte» Ismenia diz a solto coce ao Euge- nio: «Morre, dt-sgraçado, tu pa- rece3 um cachorro que engoliu bola. Quem te ensinou a morrer assim V Foi o Der...me...vai ! res- ponde o Eugênio esUebuckvwdcéyr E' atai cousa como diz o Car neiro.

damoi a iaprlmir. HW? i—M—^ ^Rfl I I—I I '¦ ITT—memoria.bn.br/pdf/363065/per363065_1882_00036.pdf · HW? CORSÁRIO Rio, 2(> de Dezembro de 1882 Dissemos no nosso numero pas-

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V¦Rio, *** dc Dezembro

rpmbafuaRUA DE S. JOSÉ N. 13

tolioaçIofwqa3, quinta a sàbmdos

CORSÁRIO©Ü8C&© DE MORAUSAÇAO 80GBAL

188«— Anno III -N.30

¦'v.

IMACÇÃORUA DE S. JOSÉ N. I»

ISSWNÁTUBÀIPOR ANNO (fora di eArU) UfOH

muDO smüubo i mdiado m mm liberal, seio íisistro dí jpça «. p. de som daktas e chefe de policia o. f. trigo de loieim¦uvavv, DATÁfi

GLORIOSASmu — lé át Jia«lM — &a « «M • BrtaUtie 4» lullfa ¦•¦*•¦ propor-aoi • «ompri do MUI o da

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CORSÁRIORio, 2(> de Dezembro de 1882

Dissemos no nosso numero pas-«ado que urn dos meios maisefficazes de promover a prosperi-dade do paiz, era democratisar as

instituições bancarias, lançandono gyi'0 os pequenos capitães dasclasses operárias, aceumudados

quasi infruetiferamente nas cai-ias econômicas ou em estabeleci-mentos duvidosos, que atinai vema dar o resultado que deu a celebrecaixa depositaria.

Fundamentamos a nossa opi-uião, apontando o exemplo dos

paizes onde a classe operaria émuito mais numerosa que entrenós e, entretanto, é relativamentemais feliz.

Nos paizes como a Inglaterra,a Frauça, a Allemanha, os Esta-dos Unidos, paizes onde o excessode população," a pobreza do solo,o próprio clima, os longos inver-nos que obrigam a ter-se perpe-tuamente o fogo acceso, tudo,emfim, tende a tornar ao operáriomais trabalhosa e difficil a vida,elle gosa, entretanto, de um bem-estar, de um aconchego, de umconfortabk. a que o nosso operário

ainda não attingiu, tendo maiselementos a seu favor.

E isto deve-se principalmenteá comprehensão que aqueiles po-vos tem dos benéfico-i resultadosda associação. Às cooperativas,os pequenos bancos regionaesem grande numero, substituindoem grande parte as caixas eco-notnicas, são os resultados da ap

plicação desse principio e por seuturno a causa dessa felicidaderelativa.

Na Escossia, o grande viveirodas operários do Reino Unido e a

parte delle onde os pobres sãomenos desgraçados, os pequenosbancos são tantos como as cidades.Em Pariz, o Pequeno Banco, qujhoje é uma poderosa instituiçãode credito, tem numerosas sue-cursaes e ramificações; nos Esta-dos Unidos, o paiz talvez em queo operário é mais feliz e indepen-dente, ha bancos que fazem tran-sacções com quantias até de umdollar, istj é, dous mil réis.

Como pendant a isto observa-se

que, as casas de prego não são,como entre nós, uns estabeleci-mentos sombrios, em que se fazo favor de emprestar por um

objecto a quarta parte do seuvalor, a juros de 4 e 5°/„ ao mez;vê-se nadasse operaria menosvicios, mais amor e mais ligaçãoentre a familia, porque ha maisaconchego no lar e, portanto, ohomem, animal naturalmenteegoista, é mais feliz e, por cou-seqüência, melhor.

E entre nós, o que é que se temleito em beneficio do povo ?

Houve aqui, é exacto, um en-saio de cooperativa, que, afinal,teve o resultado que tem tido tantaidéa nova e boa.

Mas morreu, inglória e ectupi-damente, sem deixar entre o povoao menos o gerraeu de uma idéa,

porque Os seus fundadores esque-ceram-se de fazer propaganda

I entre o povo e além disto quemcompunha a sociedade eram osricos, isto é, quem não precisavadelia.

Podem querer-uos objectar queo uosso povo é naturalmenteavesso a isto de economia e previ-dencia, mas esta objecção cahe

perante o exame do movimentodas caixas econômicas e peranteo seguinte facto:

No Rio de Janeiro são numero-

FOLHETIM

sas as sociedades funerárias, quetratam de enterros, etc, etc. Ora,nem recorre ao principio de asso-ciação para providenciar sobre o

qcaso de morte, facilmente se convence a empregar o mesmo meio

para cuidar da vida.A creacão, pois, de um estabe-

lecimento de credito que propor-cione ao pequeno negociante, aoindustrial, ao operário, ao em-

pregado, o ensejo de fazer frueti-ficar as suas modestas economias,os seus pequenos haveres; a fun-dação, dizemos, de um estabele-cimento desta ordem, feita porhomens modestos e de todas asclasses e isto nesta terra onde â-frente de qualquer cousa se col-loca immediatamente, como es-

pan talho á canalha miúda, osnomes de meia dúzia de potenta-dos, é umcoramettimento quemerece todos os app.lausos e todoapoio dos homens bem intencio-nados, sobretudo quando talinstituição se propõe a introdu-zir todos ou parte dos melhora-mentos que a experiência temfeito adoptar nos seus congêneresde outros paizes.

Sobre este ponto diremos aindaalguma" palavras.

TRAÇOS E TROÇASem modéstia, eis ahi um ti-

tulo que vai lazer morrer de in-yeja a muita gente que por ahianda e que não escreve porquefalta-lhe o principal: o titulo.

O titulo, leitores, é uma cousatitular.

Diz o vulgo, e eu creio, quepelo rodar do carro conhece-sequem vem dentro, ditado esse

i que se approxima um pouco deumaestrophe do bichento poetaCalino Guedes, que dizia:Seanoito ouvindo as patas dcumcavalloDesperta cm sbbrcsalto a minha bella,E' elle! ella murmura satisfeitaK tem abrir-me a porta com cautela.

Feliz homem! era conhecidopelas patas! .

Mas voltemos ao titulo e dei-xemos o Calino ser pelado peloRaymundo Corrêa que ímmorta-lisou-oem dous sonetos de bicha-ria. ,

O titulo é uma grande cousa IO titulo de divida, que para mimtem valor mais real do que umtitulo real, é o que en mais am-biciono e é o de que eu menosdisponho; o titulo acadêmico paraque eu sempre andei em sentidoinverso dos bacharéis e doutores,

/

lu°*iu-me, alliviando-me de maisum diploma e distinguindo-medo vulgo pergaminhado. Resta-me o titulo nobiliario e este comoé sempre o distiuctivo dos parvose beocios eu nuuca os invejei,porque sempre entendi que maisimporta parecer ser e não ser doque ser sem parecer ser. E' issojustamente o que acontece com oconselheiro Correia, doutor tor-mado por todas as universidadesdo mundo e outras muitas mais,senador, conselheiro, medalheirode todos os paizes e sommadotudo isso um furibundo cacete,um neste instante solemne, peiorque o S. Sebrão e o Pontes Júniorjuntos; afinal um homem quepela sua titularia está no segun-do caso: de parecer ser e não ser.

Já vêm, pois, os leitores que eusó disponho de titulos inottensi-vos. Para is*o eu tenho uma pers-picacia enorme. Se quando eunasci já não ti vessem dado o nomeás ousas era eu quem lhes dava.Ora, por exemplo : Quem e, quevendo um gato a fazer artes quesó lembra a um gato não se lem-bra logo que aquelle animalejo süpodia chamar-se gato ? Pois naoíe está vendo que aquellas cousassão mesmo de um gato 1 Ura, seum gato faz artes de gaio, o quepôde ser senão um gatoV Uma

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gata, diria o Agra, porém errava.Eu íaço questão de distineçãode sexo. U meu gato é humem.E a gata quando muito seriauma gata que andaria ás gatasquando andasse aos gatos. Quan-to a essa botânica gatologica eutenho cá minhas idéas que hei deexpol-as ao Sr. Caminhoá quan-do tí. S. entender que seu cabellojá eatâ bastante esticado, equepôde conceder-me uma hora aosmeus estudos de gatologia, elleque dedica duas horas ao cosiue-tico para endireitar aquelle páuque nasceu torto.

Náo pe.ise o leitor que eu estouíaliando mal dos outros. Não !Nem muito nem pouco, antes, pelocontrario, como diz o Manoel Car-ueiro, o gaiato mais serio que euconheço e que tem a maldade depassar desandadeiras no próximocomo se estivesse dizendo muitasamabilidades.

Mas elle é assim em tudo, atemesmo no titulo da sua folha.Com as mesmas letras será A Fo-lha Nova ou Avó na Folha.

Aquillo é um homem para todosos gostos.

Só o Agra é que desagradou-sed'elle. Mas se elle diz agradou-se,o Agra doce, não tinha razãopara brigar, mas aquillo era umAgra mai agradecido.

Mas aqui estou eu invadindo oterreno do inexplosivo Lopes Car-doso, o homem mais atilado nocalem burgo do que a Sra. Isme-nia nos papeis de ingênua, emque pese ao Dr. Dermeval da Fon-teseca.

Mas á propósito vem á pellocontar uma historia muito gaiata.Conhecem o Eugênio de Maga-lhães ! Quem não o conhece ? OEugênio, nós todos sabemos, nãoabusa do liquido a ponto de nãoficar solido, porém, tambem nãopoderia rir do velho Noé.

La isso é verdade, mesmo por-que quem é que honestamente ede quando em vez não toma o seupileqne ?

Mas vamos ao caso.Em S. Paulo a companhia da

Ismenia representava a Morga-dinha de Yal-Flor, e quando JoãoFernaudes vè-se na dura necessi-dade de morrer, o Eugênio faziacaretas e contorsões dainnadas,bem capazes de commover á morte»Ismenia diz a solto coce ao Euge-nio: «Morre, dt-sgraçado, tu pa-rece3 um cachorro que engoliubola. Quem te ensinou a morrerassim V

— Foi o Der...me...vai ! res-ponde o Eugênio esUebuckvwdcéyr

E' atai cousa como diz o Carneiro.

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MEMORANDUMAinda oa aholieioaista*Não izeaaioa uma simples figura

de r lie co rica quando dissemos (|ueaa cousas abolicionistas não va-lem dous caraeoes, e que a propa-ganda abolicionista é contrapro-docente.

E a esta nossa aasereao liga-seintimamente estão ti tra que, cai-xas e propaganda são feitaa, quasina totalidade, por tratantes ouidiotas.

sem tratarmos já da parte ri-diculaquedá a essaaa sociedadeanm ar euormemente cômico, comosejam as taed conferências obri-gadaa a reeitativos ao piano, pol-kaa-maxixe tocadas por menmadhyatericas e oradored ca betado*de geatos trágicos ephraaea incen-diárias, bas-a-noa encarar aa taescaixas abolicionistas e a tia orga-niaaeão para ficarmos pUnamenteconvencidos de qne a coma nãopresta.

Esquecendo completamente agrande verdade —a timão faza força — oa ára. abolicionistasdividem-se, fraccíonam se, e ati-nal acabarão por se reduz;r á ex-pressão mai.T simples.

Fie une-se meia dúzia de indivi-duos de bôa fé, mad tolos, e orga-nisam uma sociedade abolicio-nista. Principiam por immobiusarem mobílias ecousas para a auacasa o produeto das suas entradaa,portanto deaapparece o capital.Depois daa mensalidades, pagamaluguel de casa e mais desoezia.e tratam de organisar novo ca-pitai cora ,aa sobras.

De ^ez em quando dão umaleata, e para lhe imprimirem umcerto cunho de solemnidade, li-bertam um ea cravo. Este é quaaisempre aigam que já tenha umpecúlio Ue uns 000$; a socie-dade arranja o re.?to por meio desubscripçãò, e faz-ae a cousa.

Ora, para isto, não vale a penaaer sociedade abolicionista.

Quando as taes aobraa da des-peza são de alguma importância.apparece no meio dos tolos algumesperto de mais, e a sociedadeprincipia então a fazer das suas.

E', de certo, por este motivoque a tal caixa José do Patrocinioleva 10 "/'„, a titulo de deposito, aosescravos que levam lá o seu di-nheiro, e que na caixa em que o»Sr. Ciapp é qualquer cousa. osescravos depositam com a maxi-ma facilidade o seu dinheiro, etêm o máximo custo em o retirar.

E é por isso que quando muitasvezes os escravos faliam aos res-pectivos senhores nas caixas abo-acionistas, os senhores lhes res-pondera que é uma ladroeira.

Ao menos, se o não é, parece-o.

AlfândegaHa ainda bem pouco tempo que

quando o negociante deixava dereceber do estrangeiro a sua mer-cadoria, tinha prumpta e com pie-ta indemnisação por parte darespectiva companhia de paque-tes. .

Hoje, porém, a cousa muda defigura. A queid reclama, diz acompanhia: Espere, vamos eacre-ver para a Europa.

iNTo fim de quatro mezes ou maisde espera, esbarra-se na alfândegao pobre negociante com um cer-tincado em que o vice-cônsul doiiíC erioem Liverpool declara nãoter embarcado o aeu volume.

Não estando o extemporâneocertificado, comprehendido nas

attribuições conaularea, que sãopautadas por lei, não se podeadmittir que muitoa mezes depoisde entregue um manifesto devi-damente em fôrma, venha oreferido vice-coaaui, que o auten-ticou, declarar que huuve tal outal engano, que" eate ou aquellevolume embarcou ou deixou deembarcar.

Em que•¦se funda uma declara-ção de cal ordem %

A que decumen o ae reporta %Seudo o manifesto entregue a

relação original da carga, dondeextrãhe, o Sr. Miranda, o seu cer-tiücado %

De uma copia tRespondera pela copia S. S.,

que nâo sustenta a veracidade duoriginal, que é apresenta io soba sua responsabilidade'*

Dirá s§L-j& que tem fé publica.Maa onde, uo cer tine ado junto

ao manifesto ou no outro %Quando aífirina uu quando

nega %Aeresae maia a circumstancia

de que o Sr. Miranda, tempodeputa de ter tomado a declaraçãodoa agentes da companhia, apre-senta como sua e por conta pro-pria essa meama'declaração.

Dado o caao que estivesse oSr. Miranda habilitado á passartaes certificados, cunio os agenteada companhia fazem aute atal declaração, que o meamiaairnoár. Miranda limita-se apenas atomar, tendo elle próprio conhe-cimento do facto"?

Como pois, em tal hypothese,antepõe-^e a simples declaraçãodoa interessados, que são -u-pei-tos, ao certificado do vice-coiiaulque só apparece mezea depois 1

Será por ingenuidade íK possível.Convém notar que só em certos

casos é que uuicameuie se portaporte, laes como nas íntimaçõeae em outros casos da meama na-tureza, sendo amda assim n?ees-sario que o certificado appareçalogo.

Nos archivoa da memória existea traçado tempo.

Acreace que. gosando dessetitulo que directamente não lhecompete, fossa Paternidade temrecebido dinheiro do convento,doa¦ quaes conata que tem feitos

Maa o commercio é que soffre,não querendo austentar chicanas,é ter os prejuizos e metter a violanosacco.

\

Sr. proviiicíül do conventode .Santo Aa tonio

Vossa Paternidade, que se dátanto com o Carlos Pátria, que,até apanna a sua moafa de par-cena com elle, pergunte-lhe senãoé exacto haver no Código Penalum artigo, o 301, que diz o ae-guinte—usar de algum titulo quenão tenha, etc. Pena de prisãode iü a 2U dias e multa corres-poudente a metade do tempo,

í&ém virtude do sob rédito usose tiver obtido oque doutro modonão se obteria—Pena a mesmaem que incorreria o réu se a obti-vesse por violência.

Ura, Vossa Paternidade foi eleitoprovincial em 1874, e o fallecidoguardião protestou contra a suaele. ção.

K-se protesto foi abafado nasecretaria cio império, e Vossa Pa-ternidade foi mesmo provincial.

Mas só podia .-èl-o tres annos, emvirtude dessa eleição. Ura, aindanão houve outra, e Vossa Pater-uidade está sendo Provincial hamais de dez annos.

Logo, como diz o artigo 30í doCódigo Penal, sim, cadeia por ioa oü dias e multa e tal, etc.

\

ainda agora em Janeiro vai receberos juros das apólices, etc, etc.

Logo... nãoaet se sabe.—Penas,.as em que incorreria se obtivessepor vioiencia e tal e cousas.

Ura ahi tem, seu fradalhão delarga venta, o que você deve per-guntar ao Carlos Pátria se é di-reito.

Você sempre é um sujeito queanda de parceria com o CarlosPatifaria I

CuariosíssíttioMora na rua Formosa n. K5,

uma família composta de marido,mulher e uma tilha de 14 annos.

No dia 13 do corrente, por qual-quer motivo, a mãi deu-lhe douscascudos e a pequena chorou.

Ura bem.Uns visinhos que não gostam

deata gente foram ae queixar aoinspector do quarteirão e este, emvirtude de uma lei, que aó elleconhece, foi a casa dos pais dapequena, passou-Lhes uma des-coíupostura e com muitas amea-Çiia terriveia, carregou a meninapara casa, para a apresentar aochefe de policia, dizia elle.

Ura muito bem.Maa, como nã¦> a apresentasse a

auccondade nenhuma e a con-servaaae em sua caaa,. corno umacriada, a mãt da menina seis-mou de ir um deites dias ao chefede policia, o qual promptamentemandou chamar o inspector cul-pado a quem ordenou que entre-gasse a tilha a sua mãi, o quecom effeito se fez.

ura muitíssimo bem.Mas não era nisto que se devia

fazer. Devia-se proceder concra oinspector criminoso, porque foium crime que elle commetteu, equando nada demittil-o, e mesmomettel-o na cadeia

J^iiem nos deu estas informa-ções M a própria mãi da menina,que nos disse queria policia lhedisseram que mesú cá contar-nos aornsa!

Magnífico lMas então, ó collega deaembar-

gador, se lá da sua repartição jámandam gente ao nosso escripto-rio pedir providencias, faca favorde noa dizer, onde esta o nosso or-denado 1

Sim, mesmo porque o collegabem sabe que os tempos andambicudos I

E por que diabo não se provi-denciará seriamente, alim de pôrcobro aa sociedades de danaa embriga com a.s collegas, aos sinosperturbadores do .somno da rna-

os usos que melhor lhe parece, e drugadados pacíficos cidadãos, ás

Elles téai razãoEstes elles são os visinhos da

companhia de Carris Urbanos,cocheiros da antiga locomotora,que dizem estar privados de dor-mir o seu rico somno da madru-gada por causa de um sino mal-vado que um safardana qualquernadita cocheira se põe a tocardeaabridamente todaa as madru-gadas entre tres e quatro horas.Ura isto éproximamenteumapa-tifaria, por que a constituição,dizendo que a propriedade dóci-dadão é inviolável, deixa subeu-tender-se que também o deve sero seu rico somno, o seu socego,tal qual como a sua rica mulher-sinha ou as suas gaUinhas no seuquintal.*

E' verdade que ás vezes ficaelle sem mulher e sem gallmhas,mas, ao menos quanto ao ultimoartigo, o código dá umas tantasprovidencias.

meninas magras que tocam piano,aos sujeitos gordos que fazem ca-li}mhourfjs,tLoac[ne filam cigarros,a tanta praga, em rim, que infestao Rio de Janeiro'?

No fim de contas é a consola-ção que podemos dar aos viainhosmartyrisados pelo sino selvagemda companhia Carris Urbanos, éque todos nós soffre mos um boca-dinho.

U ra q h e re ra os se n ho res sabe r ?Nós temos nem mais nem menosque isto:

U Garrei costuma cá vir!Lastimem-nos, senhores, lasfei-

mem-nos I

Casas de jojroO collega ha de estar sciente do

que lhe dissemos no nosso penuí-tímo numero aobre assumptos dejogarína.

Talvez ficasse até um tanto es-camado por causa disao, e paranos provar que não somos razoa-veis queira dar um golpe de mes-tre.

Pois bem, collega, se as suasintenções são estas, como sup-pomos, e quer tratar de fazer ai-guma cousa útil neate sentido,vamos lhe dar uma ligeira infor-mação para o collega poder prin-cipiar.

Olhe :Mande uma noite dar um cerco

na casa n. oO da rua da Carioca, ese os ^eus agentes fizerem o ser-viço bem feito, pude a câmaramunicipal abrir os cofres para re-ceber a importância das multas,a 4.$ por cabeça.

Ah jogam 'titulares,

altos di-gnatarios, empregados públicos,officiaes superiores do exercite eda armada, etc, etc.

E' por isso que agora, que éfim de armo, andam os pobresdos alfaiates atrapalhados a darbalanço, e forçados a liquidaremmuitas con tas* por intermédio dade lucros e perdas.

CorrespondênciaSr. Ordep.—Os seus versos es

tão muito bons. Ficavam, porém.melhores, se si lhes acresceu-tasseo seguinte :

Ave-Maria !Que amoladòr...E? o atictorDesta;poesia !

Srs. caixeirosda rua do Carmo.— Recebemos, mas não haviapressa.

Sr. Cometa.— Explique-nos pormiuio o negocio do gato feiti-ceiro, que nos despertou umacuriosidade iuvencivel.

O que o senhor nos informanão adianta idéa. Passe muitobem.

Sr.victima.—Xôsyà sabemos detudo isso, e aprova vel-a-haenioutro logar, mas o que diabo selhe ha de fazer'?

Sr. J. P. Júnior.—Pôde mandaras informações que quizer 5''.XLagalhães, Gerente do Progresso tdo Corsário Junior.%r—$ôs aindanão o auetorisamos a chamar-nosamigo e a remetter-uos cartõespara maxixes da rua do Senhordo? Passos. Além disso o senhorescreve-nos um bilhete no qualpõe insoleutemente peçoa assim.

Outro sim : Não nos remetta oque lhe ofterecem, poraue nós não

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Jf-

sé n$qjft publicamos, como nãoagradecemos.

Náo queremos em nada ter con-tacto com estas latrinas de que osenhor é gerente.

CachorradaMoradores da rua do Costa

queixam-se-np-5 de ut ? terrívelmalta de cachorros, lerozes comocapoeiras, cruéis como urbanos, ebarulhentos como sogras, quetrazem num cortado os transeun-tes, que ás vezes vem seriamenteameaçada a integridade das cal-ças e das barrigas das pernas.

Os sobreditos bichos moram emuma casa que tem um portãon. 31 A, e além de morderem agentea qualquer hora que podem,fazem especialmente de noiteuma algazarra igual a que fize-ram sexta-feira no Recreio ospartidários do Sr. Ribeiro e daSra. Esther.

Ora isto a ser exacto, é umadupla cachorrada, para a qualchamamos toda a attenção etodas as bolas do respectivo fiscal.

Cremos prestar desta forma umserviço aos visinhos e aos tran-seuhtès em geral.

Subsídios litterarios0 Sr. commendador Guilherme

Bellegarde descobriu, emfim, omeio de ser auetor de uma porçãode livros, sem entretanto esere-ver nenhum.

Agora está elle tratando de pu-'blicar um livro seu, escripto peloErnesto Sena, o Adelino Fon-toura, por todos os sujeitos final-mente que fizeram qualquer

o-ousa por oceasião da morte deFerreira de Menezes.

Deixe estar, Sr. commendador,que as gerações porvir hão de di-zer do senhor o seguinte, quandoo julgarem, em alguns subsídioslitterarios que um massador fu-turo se lembre de escrever :

— Commendador Bellegarde:Litterato cacete, celebre no se-culo XIX. Escreveu os títulos dediversos livros que os seus con-temporaneos escreveram.

((Jornal do Commercio»No dia 21, foi ao Jornal Maçar io

uma pessoa levar um anuuncio,e fazendo a propósito uma ligeirapergunta, levou, do empregado

com quem estava tratando, umagrande desço m pos tura de burro eoutros nomes mais applicaveistalvez ao Sr. Luiz de Castro.

A pessoa queixou-se-nos muitosentida, e grandemente espan-tada por encontrar no Jornalgente assim tão malcriada.

E«nos até ficamos também com-movidos ea prova é o períodoacima, que uoò cahiuem verso, álaia de noticia aa Folha Nova.

Mas, francamente, o Jornal terempregados tão insolentes !

U órgão monstro lQueuiabo ! Nós somos o Cor-

sano, de que toda a gente temtanto horror, mas ao menost mios paciência e tratamos bema quem nos procura !

Jornal plianiasinaA pretexto de ser ante-hontem

domingo e hontem dia santo, ophantasma do Cruzeiro não deufolha nem segunda-feira nem hoje.

Ao mesmo tempo promette pa-gar hoje a féria que devia serpaga no sabbado, mas não o foipor causa das férias, por haverdous dias feriados.

Que embrulhada de férias porcausa da falta de dinlieiro !

E em toda esta embrulhadaquem vai de embrulho são os po-üres dos empregados que porcau a das férias não vêm a suarica féria.

U' senhores, quem não pode corao tempo não inventa modas 1

Se não ha dinheiro acabem logocom is*o!

:*" districto

jí Temos de chamar a attenção doSr. commandante geral dós ur-banos para o Sr. teneate Caramu-

jo, commandante do terceiro dis-tricto, que se está tornando dignode especial menção por variasbandalheiras que pratica.

Fraco com todos os fortes, estesujeito, pracica toda a espécie dearDitrariedades com os despro-tegidos, maltratando não só pre-sos que lhe vão ter á estação,como os propr.os guardas, mui-tos dos quaes nutrem por estesafado a mais cordial embirração.

Ainda ha poucos dias, só pelofacto de olhar para dentro da es-tação, quando passava, maiidou

o safardana metter no xadrezum pobre pequeno, empregadoem uma padaria ahi na rua daMisericórdia.

Muitas maroteiras fal-as elle deparceria com ura ex-subdelegadoque mora ali na rua da Miseri-cordia, e a cujo respeito temos dedizer umas palavras ao Sr. chefede policia.

Não perdem por esperar.

VaiulalheiraHa ali, rça rua do Cotovello um

botequim, para o qual chamamosa attenção da policia.

E'n. 13, um numero fatídico,com o qual muita gente tem ca-bula.

Ali joga-se, dão-se todas asnoites uns bailes infernaes, queduram até noite velha, compram-se e vendem-se roubos, fazem-sedesordens medonhas, é inferno,finalmente.

U mais especial é que o dono desemelhante tasca é um tratautede marca, que exerce em grandeescala a rendosa industria de ca-ften, diz horrores do Corsário eanda-se a empenhar para ser ins-pector de quarteirão.

Vejjasó, Sr. chefe de policia»,que rica auctoridàde policial nãoestá ali perdida I

Convento dc Santo AntônioRecebemos mais umas infor-

mações a respeito deste convento,dizendo que nos enganamosquando attribuimos intençõesmenos puras ás senhoras que en-trara fora de horas no conventode Santo Antônio, e quanto aofacto dos meninos que nos enga-namos também, porque lá sómoram estudantes, e esses todosfeios como o Carlos Pátria.

Tudo é possível, e nós não du-vidamos da palavra de pessoa ai-guma; mas olhe que padre ébicho do diabo!

E depois lá no convento moramuns tantos padres que foram ousão capellães do exercito. E'gente de muito boa bocea !

Emfim, Deus queira que ostaes homens levem uma vida tãosanta como nol-o quer fazer crero nosso informante ; assim esta-mos livres do susto que nos haviade causar o enxofre e mais in-"•redientes inflamrnaveis a cho-

ver era cima do tal convento, seDeus um bello dia se enchesse derazões.

PELO CORREIO :Sr. redactor do Corsário :¦—Ro-

gamos a V. o especial favor deinserir nas columnas de sua con-ceituada folha o seguinte :

a Um destes dias, foram es-pancados brutalmente a espai-deiradas e também a chicote, ai-guns trabalhadores de carregarsaccas com café, nos armazéns,somente porque advertiram aquem com o furador furava assaccas, tivesse cuidado em nãotocar-lhe na cabeça, o que deumotivo a que os valentes da po-licia os espancassem por queixade um desses empregados doscommissarios de café ; e para quenão se reproduzam novas scenasque podem tornar-se funestas,pedimos a publicação destas li-nhas, afim do Sr. chefe de policiatomar na devida consideração.•

Os indignados.

SECÇÃO HUMORÍSTICACousas c tal

A Folha Nova está dando oresultado que eu esperava.

A' força de deitarem espiritopara lhe

* fazer concorrência, os

redactores da Gazeta estão ficandobestas.

*Assim foi que ainda no sabbado

passado elles queriam uma curvateita pelo direito.

Mas isto é quasi tão erabru-lhado como as cartas que o Sr. Fi-gueiredo de Magalhães anda apublicar ua Folha ÍSova!

•E' verdade!E a Folha Nova será pretendente

á empreza da Copacabana?E' verdade que os jornalistas

agora deram para isto.Cada artigo de fundo deve ren-

der um privilegio de estrada deferro ou de linha telephonica.

Já lá vai o tempo em que sefazia um folhetim por um sim-pies par de calças e uma noticiapor um jantar.

Hoje tudo mudou.Quintino Bocayuvaestá engor-

dando.

FOLHETIM

O

MEDICO CONFESSO»POR

'TI"" E EUtiÉ 1

A ULTIMA CONFIDENCIA

(Continuação)

Na provincia trata-se do um ponto du-vidoso, que cm Paris não deixaria dedespertar a suscoptibilidade dos homensda arte chamados a proniuiciar-sc.

Bastava que houvesse uma duvida pormais insignificante que fosse, para quecada um tratasse de triumphar de suaindecisão.

Na conferência quo teve logar, não soprocedeu assim, e, ãprimeira palavra quedescobriu uma these escabrosa, trataramde tirar ás pressas uma conclusão banal,aíim de nunca terem de oxpliear-so pe-

ranle outra jurisdicção. Landreyarde ha-via proinettido náo procurar inllueneiarseus collogas, e ainda que tivesse outraintenção, ante taos homens, teria per-dido a coragem, principalmente recouhe-cendo a inutilidade de semelhante tenta-tiva. Depois de uni rápido exame feitojunto do leito do enfermo, passaram im-mediatamente para uma sala isolada, ecomeçou a discussão.

A. palavra discussão é aqui empregadahyperbolicamente porquo mio houve nemdiscussão nem refutaçáo, o somente oDr. Hugonet na qualidade do presidenteteve as honras da palavra.Maus caros collegas, disse elle entreoutras cousas doclamatorias do mais bri-lhanto effeito, om face de um caso tâograve como o quo aqui se apresenta, eunáo quiz obrar «próprio mota», e trateido aconselhar-me com vossas luzes evossa experiência.

Essa modéstia confundiu os tres medi-cos quo do commum e maravilhoso acordo,declararam que aquillo que tinham feitoestava bem feito, e que ao doente não res-tava outro recurso^so não entregar-se aoscuidados o á sciencia do Dr. Hugonet.

Cuidados que tenho a honra do par-tilhar com o meu joven collega, respondeuello apertando a mão a Landreyardo, quojá havia apresentado aos outros como umjoven medico cheio de zelo o dedicação, ocomo uma das esperanças do futuro scien-tilico.

Landreyarde retirou-se daquella re-união profundamente compungido. Admi-rado da ignorância dos homens quetinham om suas maus a vida de seus se-

melhantes, e havia íicado ainda maispela pequenhoz dajiatureza e do espiritoacanhado e cúpilo"quo as dirigia.

Se esses homens não tivessem sido do-minados pór um sentimento pueril esem dignidade, talvez o fossem por umoutro que não aquello quo lhes impunhainconscientemente o Dr. Hugonet, poisque, umdellos, principalmente o Dr.Gros-solote, módico de Pont l'Evòquo, pareciainstruído e de natureza a não se enganargrosseiramente, mas, era de uma cidade»pequena, pouco conhecido o não sentia-secom forças para luetar contra Hugonet.Talvez tambom quo á vista do uma igno-rancia que se apresentava com pompas,chegasse a duvidar de sua própria scien-cia, o que acontecera a Landreyarde.

Quanto aos outros dous, seria mesmoinútil fallar nolles. Um era com certezao medico mais ignóbil de Caen o como talconhecido geralmente O outro ora umsubalterno do corpo de saúde, muito ne-cessitado, quo, de bom grado, abraçariaHugonet pelo quo lhe dava, o nem porum império seria capaz de contrarial-o.

Sem precisar ir a Paris, em Caen náofaltavam médicos quo podessem auxiliarLandreyarde o esclarecel-o sobre as du-vidas mais ou menos bem fundadas quetinha a respeito da sciencia do emprego,mas Hugonet tivera o cuidado de os nãochamar. Elle não queria de modo algumsolírer em seu amor próprio, mas Bicarsenhor da situação.

Hugonet seguira para o quarto dodoente, Landreyarde não pensou maissenão nesse ultimo o com espanto per-guntáva a si mesmo quo meio tinha em

seu poder a empregar, afim de arrancai-oa uma morte que julgava cada vez maisimminente.

Todavia appareciam intermittencias es-tranhaa na iudolinjvol moléstia do antigomagistrado.

Muitas vozes ficava durante muitashoras em um estado de prostação abso-luta, semelhante a agonia, depois decla-rava-se do reponto uma crise violenta, amorte parecia por muito tempo disputal-oá vida, que omlim, triumphava, e o doen-to entrava em um periodo de calma. Iaelle lentamente caminhando para a saúde.Dir-se-hia que com alguns dias maisentraria em convaloscença.

Hugonet mostrava então uma alegriaestrondosa, do que participava toda a fa-milia, quo mais ou menos contente, feli-citava-se com elle.

Landreyardo somente, muitas vezes,parecia confiar pouco nessas convales-cenças antecipadas, cujas reacções terri-v«is tantas vezes havia observado. Eramoutros tantos milagre., que elle fazia aforça de estudo de ecuidados. Poder-se-hiadizer que envolvia sou doente num olharmagnético o dáva-lhe o remédio na ocea-siáo om que o mal so declarava, porém,muitas vezos, o mal era mais forte, per-sistia ou apparecia do lado.

> O que deveria fazer seu triumpho, o qu«não fazia senão o de Hugonet que cha-mava a si todos os suecessos obtidos ecantava victoria todas as manhas, lan-çando-lhe na alma somente novas e pun-gentes inquietações.

(Continua)

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O Manoel Carneiro talvez dêem commendador.

Quem sabe'?*

Que havia de ser curioso vertodos e.»tes jornalistas chrysraa-dos!

Oj Elysio—Visconde Serapião.O.Capistrano—Barão das La-

trinas.O Manoel Carneiro—Commen-

dador da ordem do Mosquito.O Castro do Jornal — Grande

dignatario do Urso Branco.José do Patrocínio—Barão de

Páu do Cebo.Quintino Bocayuva—Barão da

Republica.Impagável!

•*•* *

Mais impagável do que isto sóa Gazeta da Tarde a fazer elogiosno Mequetrefe em que sahiu o de-bique aos abolicionistas !

Toma cuidado, Lins!Timeo da nãos e cousas e tal.Olha lá!De repente a Gazeta bota as

mãos ás ilhargas e atira-te umadescompostura... plagiada de ai-guem!

COLLABORAÇAO

beccos, compostas de quantoscommendadores Soizas e Guima-rães existem nesta pacata cidade,para com a sua influencia extor-quirem mais uns cobres docommercio, o eterno bode expia-torio de quanta tolice existe;ainda querem mais, annunciaremos seus productos e tornarem-secelebres para acresceutarem aosseus nomes plebeus mais umdtulo garantido por uma placa,á maueira dos couductores debond ou dos varredores da Gary.

E' preciso que o cummercioacabe com esses especuladores queprocuram esbulhal-o, para á suacusta se enfeitarem com títulos ehonrarias. »

Coucordando em tudo com acarta do nosso correspondentedesconhecido, temos ainda de

grande protecçâo que lhe dispen-sou o Dr. Pizarro.

Para que o publico calcule aintelligencia e habilitações domenino, basta dizer-lhe que sen-do-lhe perguntado o que era cli-ma, o que era clima quente, e seera habitante de um clima quen-te, não soube elle responder.

E é assim que elles se fazem;patronato e mais patronato emais patronato!

Mas, pequeno, vem cá, e ouve-me com attenção-.—se a escola demedicinada corte collocou-te nodedo umannel,euposso pregar-teno pé uma ferradura; se o Saboiaencaixou-te no craneo embotadouma gorra quedeshonras, eu po-derei introduzir-te o queixo emum cabresto; se a congregação teconferiu o titulo de doutor—eu,

perguntar se será o patriotismo ] representante do bom senso e daque leva um tal Maggiuli, medico {justiça, baptiso-te, e^consagro-te

monumento a Aflbnso Hen-riques

Dissemos em um artigo ante-rior que a idéa que determinavatodo este barulho feito a propósitodo monumento do primeiro reiportuguez, não era nem o pátrio-tismo dos portuguezes nem a vou-tade dos brazileiros de fraterni-aarem com elles, mas pura esimplesmente o desejo de appare-cer e juntar ao respectivo nome,como appendice, um commenda-dor, ou então mudal-o de todopara barão de qualquer cousa.

Agora mesmo nos chegam ásmãos diversas cartas que provamnão nos termos enganado quandodissemos pouco mais ou menosque toda esta historia de AtfonsoHenriques não passava de umapalhaçada.

Essa carta, revelando muitobom senso e conhecimento daspessoas, parece-nos tão curiosa,que não nos furtamos ao desejode a transcrever.

Eil-a:« Ha, realmente; manias que

caracterisam uma época, comomuito bem diz o auetor do artigointitulado — Monumento AjfonsoHenriques, mas a nossa época nãoha de ser chamada no futuro deépoca das cornmemorações, ha deser das condecorações e dos commen-dadores; isso sim, é que ha decaracterisar o século XIX.

Na realidade, nada ha maisirrisório do que ver meia dúzia detypos que só primam pela aoun-daucia de estupidez, lembrarem-se um dia de pôr em pratica umatolice que lhes fervia uo bestunto,somente para se tornarem ceie-bres e aproveitarem-se disso paraannunciar as suas já muito an-nunciadas casas de negocio.

Está nestes casos o homem dosyslejna americano que, tendorecorrido a todos os systemas deaniiuiicios que o charlatanismotem inventado, procura agoraver se augmenta a sua receitadiária, á custa da idéa mais ridi-culamente parva que pôde ex-pellir a cachola de um com-mendador.

Não se contentam em nomearicommissões para todas as ruas e

em clinica, e auetoridade policiai sem prestigio, venal e ladrão,a metter-se ua tal grande com-missão do mouumento'?

Perguntaremos ainda se é opatriotismo que leva umas ciucodúzias de capitães da guardanaciunal de Paracatú e outrospaizes longínquos a promoveremmonumentos a um rei, que talvezignorem que foi!

Entretanto, ha cinco annos,desde que Alencar morreu, auda-se a fallar em lhe erigir um mo-aumento. Onde está elle '1

E o nome do visconde do RioBranco ha de esperar que a pos:teridade lhe faça justiça, porqueos homens d'âgora audauí uc-copados com u monumento áAffuiiso Henriques.

Mas isto será decente, honesto,sério?

o diploma de—BURRO.

A PEDIDOSMais um burro

No dia 22 do corrente recebeu ograu de doutor em medicina oSr. Romulo Romauo Stepple daSilva.

È' preciso não deixar de iutei-rar o publico do que foi esse moço,que por si só é uma prova exube-rante do quanto pôde o patronatoneste paiz, e do estado de desmo-ralisação a que tem descido anossa'faculdade. Os quatro pri-meiros annos cursou-os elle naacademia da Bahia, tirando emtodos os seus exames a nota sim-pi es m ente... por misericordiamDei. «No dia do exame a otüciali-dade de marinha existente naBahia, fardava-se de grande uni-forme, não esquecendo a espada,e investia as portas da escola; osprofessores aterrorisados, temeu-do um golpe de espada e quiçáum bombardeio, vendo-se amea-cados na sua vida, collocados naposição de abrir lutas que podiamtindâr por um golpe de sabreatirado pelo herda do Charco, naphrase da GazeH da Tarde, conti-uliam-se, davam um ponta pé nodever e approvavam.

O menino, porém, celebrisou-se... chegou a posição de estu-dante typo. -

Na escola da corte não foi me-nos brilhante a sua figura. O seuquinto anuo foi o uo jubileu ;Houve muita benevolência, e as-sim mesmo o menino foi simpli-ficado.

No sexto anno tirou a mesmanota que em todos os annos au-teriores, em todas as matérias ese não foi reprovado, como o quizo conselheiro Esequiel, foi pela

Ao Sr. ministro da fazendaMuitas pessoas que ; tèm nego-

cio no tbesouro nacional recla-mam de ha muito contra a mácriação e insolencia de algunsempregados daquella repartição.

Ainda no dia 23 do correnteuma pessoa que tinha negócios atratar lá, pedindo ao porteiro o li-vro da porta, foi desabridaraeutetratada.

Queixando-se com bons modosao administrador, este tntou-apeior ainda, e já quando o por-teiro se dispunha, ainda que commuito má vontade a aviar a pes-soa, o tal administrador chegou,dando a seguinte ordem, que nãoprima nem pela delicadeza nempela justiça :

— Dé uma cadeira a este ho-mem, e faça-o esperar. Se disseralguma cousa, prenda-o, ou po-nha-o na rua.

Ora, Sr. n.inistro, a gente acre-dita que os empregados públicosnão gauhara o dinheiro do povopara o maltratar, e tem vontadede saber se quando tiver de ir aothesouro nacioualserá prudentelevar um cacete.

O' nó aberto, tu, na qnalidadede procurador vás comprar a^-guma cousa mais que falte : iraite entender com os directores;não sabes quem são elles'? Oraquaes hão de ser Chiquinho? 0Mane da Maria, o Canhanha, o su-jeito caréra da barba meia brancao nó aberto : não quero mais con-versa, está prompta a feijoada,é chegado o Jones, diz elle quenão vem para comera feijoada, esim para ver a salva que vai tero vice-presidente, de trinta e umtiros, pelas suas bemfeitoriase emrecompensa da demissão do Chi-quinhode Paula Azá.

O' Jone ! foge d'ahi, você querque o fedor da pólvora te mate ?Mas eu não vejo onde estão essaspeças. O' Jones ! pois você nãosabe que estão nas costas dos fi-lhotes da directoria, o Vicente, oMaria, o Torres ?

Cosinhe-me esta feijoada semtomares pitorra ; viva o Chiqui-nho Azá, vivao Canhanha, morraa feijoada que não presta paranada, viva o nó aberto com o sa-lão que eu não sei se já está pago.

Eu como não estouquites não posso fallar.

ANNUNCIOS

lESlillllG

Soeiedadc Flor do RosárioAo Sr. Chiquinho de Paula

Azá: ó Sr. Chiquinho Azá semcoroa, ó senhor canhanha, ó se-nhor nó aberto, diga-me umacousa : por que é que você ha deser descarado e teimoso i ó Chico,ó azá, ó sem coroa, para que tue teu comparsa foram ao presi-dente, velho Ignacio fazer intri-gas de quem outr'ora ua socie-dade, foi teu protector i comoBr:*m, Sant'Anua, e nó aberto?Este tem razão de estar zangado,prrque no dia do baile foi umbandalho, teve o arrojo de dizerque a commissão era de homensbarulhentos: digo eu, sem duvidaalguns de >tes homens da commis-sãojá teriam ido dormir em ai-guma estação como nó aberto jáfoi; ora nó aberto, eu vou lhe per-guntar uma cousa : o salão darua do Senhor dos Passos já estápago ? Então qual a razão por queestás tão zangado ? não te af-fiijas que vás ser empregado na'*feijoada que o Chiquinho Azá es-.us comparsas vão dar, feijoada:triuta litros de feijão bixado,crinta kilos de lombo de porcotom saltões, trinta kilos de tou-ciulio bem rançoso, trinta moco-tós de porco como os do Chiqui-nho Azá, trinta queixadas de ca-uhanha, cinco litros de farinhauara porcos.

ALMOÇO ."SOO 3EtS".2 pratos, a escolher pela lista,,

arroz, matte, chá ou café. pão emanteiga.

JANTAI*. 500 ^S.Sopa, 3 pratos, a escolher pela

lista, arroz, sobremesa de doce oufrueta, chá ou café.

30 RUA DE S. JOSÉ 30(SOBRADO)

IMAGENS DA BAHIANa rua do Regen te n. 72, ha, de

uma pessoa que está de passagempara o Sul, lindas imagens de'todas as invocações, com appare-lhos de ouro e prata. Uma grandevariedade.de Senhor Menino e-Santo Christo.•Os fieis devotos devem apro-veitar a oceasião, pois, imagenstão perfeitas como estas, aindanão vieram ao Rio de Janeiro,

A eucarnação é de primeiraqualidade.

AttençãoPede-se aos senhores que com-

praram, no leilão que fez o* Sr.Enéas Pontes, a 7 de Agosto ul-tiino, dous quadros, sendo um aóleo, representando uma jarraantiga com flores, e outro repre-sentando um desenhode cabellos,que queiram deixar no escripto-rio desta folha as suas moradas,por isso que ha uma pessoa quetem interesse em adquirir os ditosquadros.

CASA DO MOURÃíTRUA. SBTE DE SETEMBRO N. 90

Especialidade em fumos des-fiados do Rio Novo, Goyano,Pomba, Barbacena e todas asqualidades de fumos estrangeiros;superiores charutos e cignrros detodas as qualidades por commodopreço; á rua Sete de Setembron. 90, entre a travessa de S. Fran-cisco e rua da Uruguayna.

Typographia do Corsário