Dança de Salão Apostilha

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  • 7/22/2019 Dana de Salo Apostilha

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    BOLERO UM (passos)Ritmo=> um, dois, trs, pausa1. Bsico Lateral=> esquerda abre ao lado (um), direita encosta na esquerda (dois), esquerda abre ao lado (trs), direitaencosta na esquerda (quatro)2. Bsico Frontal=> esquerda frente (um), direita marca (dois), esquerda atrs (pausa), direita atrs3. Tira ama ao La!o=>". #r$%a a ama=>&. #amin'a!a a Frente=>tiradama ao lado, cruza e caminha lado a lado no ritmo do bolero.. Troca!il'o=>

    . #r$%a!o $plo=>*. #orte Liso=> estando direita da dama o cavalheiro anda frente at ficar esquerda da dama.+. #anan,a LateralBsico Lateral, no trs, abre mais eruendo o bra!o direito da dama e olhando para a direita.1-. ia,onal !e FrenteBsico, cruza a dama, levanta o bra!o direito dela e anda em diaonal, ",#,$,cruza e bsico ao lado.

    Bolero O/ (passos)1. Rocam0ole(12-2-&)no quatro passa a m%o direita pelo bra!o esquerdo da dama buscando sua m%o e abrindo aolado frente a frente, inicia trocadilho (atrs, pela frente, pela frente) conduzindo a dama com a m%o direita para enrolar, bsico

    vai&e&vem, esquerda atrs, enrolando a dama, direita a frente, trocando de lado com ela, esquerda 'unta em contra&tempo,preparando para leque.

    2. asseio c #'ap$ !a amaset-&3. Le4$e5 simples6 !$plo6 7ai e 7em6 simples com tra7a em 8$atro.". #r$%a!o por trs&. La9o !e Fita. Meia L$a. e:o*. #oice+. #anan,a ;alsa!a1-. #anan,a Torci!a

    11. #into6 entea!o c c'a c'a c' (-"1--)bsico, cinto, penteado, penteado, erue a direita dadama e faz ela irar horrio enquanto faz cha cha ch, termina no leque um, dois, no trs tira a perna dadama e faz ela cruzar por trs para seu lado esquerdo, depois faz ela irar pela frente para passar para seulado direito, conduza ela para fazer e sai.

    BOLEROula Bolero"#*"#*+#ocambole

    "&Bsico#&-ai ao lado

    $&Bsico lado a lado (volta passando a m%o direita pelo bra!o esquerdo da dama buscando sua m%o eabrindo ao lado frente a frente)&nicia trocadilho (atrs, pela frente, pela frente) conduzindo a dama com a m%o direita para enrolar/&Bsico vai&e&vem, esquerda atrs, enrolando a dama, direita a frente, trocando de lado com ela,esquerda 'unta em contra&tempo, preparando para leque.

    0an!a de -al%o

    Bolero -amba -oltinho 1ou2 -alsa

    3ubana 4 5ova6or2

    7orr8 9ano :erenue 3ha&cha&cha

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    ;&Leque um, leque dois, leque trs 'untando os ps para tirar a dama para a direita.asseio c* chapu da dama". -ai ao lado, faz bsico ao lado e#. nicia o passeio, fazendo a dama cruzar$. 5o -eis, 3ruza a perna e conduz a dama p* os cruzados. 5o "#?. 9empo sai ao lado e

    . @ira a dama sentido horrio, fica lado a lado a frente.

    ula Boleroabril*#++/"&Bsico#&>uAa para o leque$&3ontra&tempo, prendendo a perna da dama em quatro&direita atrs, conduzindo a dama para cruzado um/&5o seundo cruzado, entra a perna direita tirando para

    "&Bsico#&3hapu

    $&3aminhou, caminhou, caminhou (seurando a m%o direita da dama)&bre paralelo e pea a m%o esquerda da dama./&3ruzado por trs, um, dois

    ula Bolero#;*abril*#++/"&Bsico#&-ai ao lado$&3andana (frescurinha)&3hapu/&3aminha um, dois (termina com a esquerda frente)

    ;&3ruza trocando de m%o (a direita pea a direita da dama)Bolero ula "e%o, termina com peso atrs lado a lado, virados para frente/. 3ontra&tempo conduzindo a dama para frente;. 3oice tirando a perna direita da dama

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    "". 3onduz para C-D por trs, faz contra&tempo e trava o p direito da dama com o p esquerdo, peso afrente.

    "#. ula Bolero#aulista c* cruzado por trs"& Bsico frontal, -ai ao lado#& Bsico lado a lado, com a direita pea a m%o direita da dama$& 7az diaonal por trs da dama ficando de frente para as costas dela, travando para ela n%o ir a frente& Fai atrs com a dama, bsico lado a lado, quando voltar

    /& cruza por trs (um, dois) no trs, fica lado a lado, faz a caGda do leque;& faz uarda&chuva com trava em , tira dama ao lado.

    Bolero maio2--")&Bsico 7rontal, abre e conduz a dama para - de frente para sua esquerda, no seundo -, sua pernadireita vai atrs e tira a perna dela, no outro - sua esquerda tira a perna dela. 5o outro - sua direita trava o

    p dela. 7az sanduiche, sua direita vem por trs da esquerda empurrando&a para tirar a perna da dama

    #)& el8io HHmaio*+

    -3. #r$%a!o a rente-". -&. Romrio /imples-. #amin'a!a la!o a la!o-. Fac:o /imples-*. e:o=>-+. n7ers:o1-. To$c'11.

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    2". 8$e0ra!a c eneite e ro4$e2&. OO enrola!o2. Teso$ra2. invers%o, um dois a frente, por trs da dama, balan!o, fac%o, fac%o, puAa a dama e ca!a p,fac%o, touch.2*. escaria ois conduz dama para trs, com o p esquerdo pesca p da dama, passa a direita porcima, erue o p da dama faz quatro, pisa e tira ao lado.#=. Iuebrada c*

    $+. Romrio ois('oa esquerda ao lado, a frente, enfeite e sai)$". 8$atro !a amaBraGeBsico, dama ao lado, cruza a frente fazendo contra&tempo colocando a

    perna esquerda para tirar a direita dela para fazer um quatro enquanto faz um - por trs com a direitatirando a esquerda para frente com o p para fora (bra2e), enquanto empurra a dama para frente. Fai afrente e contra tempo, empurrando dama para trs, cruza pela frente e ela faz chicote, sai ao lado.32. Bate e ;olta (0sico6 arremessa a !ama como para ioiD6 na alt$ra !a cint$ra !a !ama6 enrolaela ican!o !o se$ la!o !ireito a% pa com a perna !ireita 7olta anti'orrio e sai ao la!o.

    /am0a /a0i -11-1".Bsico#.9ira a dama ao lado$.3ruzado simples.Fai e volta colocando a perna direita entre as pernas da dama./.Ela faz arara, ele contra&tempo com os ps 'untos cruzados e sai.

    uAa a perna esquerda como um quatro,levando a perna direita para trs.

    #. >uAa a perna esquerda p*o 'oelho direito, conduzindo a dama para o outro lado. >osa a direita frente.

    $. perna esquerda vem de trs encostando na direita(um), depois abre (dois), a'oelha (trs).. 7az cruzadoJ direita frente ("), "+K pisa esquerda (#), direita frente ao lado da dama ($).

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    uAa dama, bra2e de direita, rremessa dama, bra2e de esquerda.;. >uAa dama, pisa a frente.erna direita para trs,. 3ruza a dama, sai ao lado.

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    $. utro cruzado voltando e trocando de m%o (a direita seura a esquerda) enquanto lan!a a dama (quefica sentada na perna de trs).. >uAa a dama que vem irando como no assalto, (cavalheiro espera fazendo enfeite com a esquerda afrente no $) ",#,$ e ela vai atrs, (ele finaliza a frente).

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    Mas no pode ser

    Moro em Jaan

    Se eu perder esse trem

    Que sai agora s onze horas

    S amanh de manh

    !"m disso mu!her#em outra coisa

    Minha me no dorme

    $n%uanto eu no chegar

    Sou fi!ho &nico

    #enho minha casa pra o!har

    Faz, faz, faz faz faz faz, faz carinho dumdum,

    Faz carinho dumdum, faz carim dumdum''''''''''Faz dum dum

    5ota ">osturaJ no inGcio da coreorafia todos os cavalheiros est%o com as m%os para trs (a esquerdaseurando a direita). Iuando come!ar a caminhada do malandro, deve air com desembara!o emalandraem, marcando o tempo com os dedos.

    5ota #0urante toda coreorafia evitar olhar para o ch%o... >ostura ereta. >rocurar olhar para o pQblicoesbo!ando um sorriso.

    5ota $>rocurar manter o alinhamento, olhando discretamente para o casal ao lado ou frente.

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    FORRP".Bsico Lateral (quaternrio)#. Bsico 7rontal

    $. Bsico Binrio. 0obradi!a/. Ranela;. @iro -olto no bsico binrioasseio lado a lado"$.

    ula 7orro+/*+/*#++/ & paa 3iarro"&Bsico dois para um lado, dois para o outro#&Bsico frente a trs$&>ara com perna esquerda ponta de pe para frente&paando ciarro com a ponta do pe, acompanhado pelo quadril

    ula 7orro@ut @ut"& 7rente trs#& Em vez de ir frente com a esquerda, vai ao lado e a dama vai trs$& Fai frente com a esquerda batendo o quadril no quadril da dama.& 3omo sair S

    ula 7orr80obradi!a

    ula de 7orr8Ranela

    ula de 7orr83hapu de 3avalheiro c* @iro da 0ama

    ula de 7orr83hachadoula de 7orr8>asseio lado a lado

    ula de 7orr8>assaem de 0ama e 3avalheiro"& Bsico Lateral, ",#,$,#& 0obradi!a ",#,$ no cavalheiro esquerda atrs e dama direita atrs fazendo abertura.$& Era o seu bra!o esquerdo e passe por baiAo (direita a frente e esquerda ao lado) ficando de costas paraa dama. 0ireita para trs e dama esquerda a trs

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    /OLTKJO"& Bsico 7rontal#& Bsico Lateral

    $& >assaem do 3avalheiro e da 0ama& @iro da 0ama/& ocambole;& 3risto >asseio

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    +#. Bsico Lateral e parafusoL9ELJ um, dois, trs, no quatro, o homem erue as duas m%os dadama acima da cabe!a e ira horrio e abre ao lado na frente da dama levando seu peso para a esquerda eas duas m%os dela para o lado direito dela. 9ransfere o peso para a direita e enrola a dama no sentido anti&horrio, fique com peso na direita, olhando&se mutuamente. 3om o ombro direito force a dama paradesenrolar no sentido horrio, ela vai atrs, ira no sentido anti&horrio faz abertura total e bsico frontal.+$. Bsico Lateral e @uilhotinaum, dois, trs, no quatro enrola a dama, ficando lado a lado. Fira delado trazendo sua m%o esquerda para o lado esquerdo do pesco!o da dama, fazendo colar. 7az ela irarenquanto faz contra&tempo, seurando as duas m%os dela troca de posi!%o e faz abertura total.

    +/. Bsico 7rontal e 9rancinha",#,$, no quatro cavalheiro marca parado e pede distVncia da damaseurando as duas m%os. 9rs ela de volta fazendo a trancinha (com a m%o direita dela por trs da suacabe!a e a esquerda por trs da cabe!a dela. 7az ela irar duas vezes (anti&horario), ",#,$ no leva aesquerda a frente. 7az BOnus e ira anti&horrio ao mesmo tempo em que faz ela irar solta, volta para oBsico 7rontal.+;. Bsico 7rontal e 3hicote",#,$ direita a frente sem peso, coloca a m%o direita no ombro esquerdo dadama, enquanto 'unta a perna esquerda a direita, fazendo a dama se curvar para seu ombro esquerdo. pdireito empurra o p esquerdo dela para trs enquanto as m%os a empurra para trs e volta fazendoabertura total e -9E.+

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    direita seura o ombro dela fazendo&a irar sua m%o ir passar acima do busto dela at chear na nuca.Ent%o vc for!a ela para se abaiAar e a enrola pelo pesco!o. Iuando ela sair adiante&se para entrar com seu

    bra!o esquerdo no bra!o esquerdo dela enquanto seu bra!o direito entra no bra!o direito dela. 3osta acosta, inclina para a direita e for!a a ela para irar, abrindo para sua esquerda. (FGdeo do 3elular)

    Boomeranue com 3ambr 0uplo"&Bsico 7rontal, pede distVncia

    #& Bsico Lateral quando a dama vier da sua esquerda para a direita, com sua direita erue a esquerdadela irando&a anti&horrio,",#,$. Ela enfeita (abertura total)",#,$ enquanto vc avan!a colocando o bra!oesquerdo dela na nuca. Fc ira anti&horrio for!ando&a a irar tambm. Ela faz enfeite e na volta vc

    prepara para o 3ambr 0uplo. 0epois ela enfeita e sai...

    Boomeranue com carrossel e cambr#& Bsico 7rontal, pede distancia da dama e conduz a dama para o cruzado lateral. Iuando ela voltar dadireita voc solta a m%o direita dela e seurando a m%o esquerda ira ela em movimentos amplos, ",#,$,(bomeranue) na cheada voc ira anti&horrio, sem soltar a m%o esquerda dela, ",#,$ colocando a suam%o esquerda no ombro esquerdo dela. @ira em volta dela seurando o ombro, ",#,$. 3ontando ",#,$

    parado, escorrea a m%o do ombro para as costas dela for!ando para baiAo para irar, ",#,$, sua m%o

    passa acima do busto dela ",#,$. Iuando ela passar por suas costas voc encaiAa seu bra!o esquerdo pordentro do bra!o direito dela, depois encaiAa sua m%o direita na m%o esquerda dela, fazendo&a irar de

    baiAo para cima. Iuando ela irar completo, sua m%o esquerda prende o bra!o direito dela encaiAandosua m%o acima do busto preparando para o 3ambr. 0epois arremessa a dama e Bsico 7rontal.

    vi%o"& Bsico 7rontal, "#,$, pede distancia da dama e conduz a dama para o cruzado lateral.#& Iuando a dama vier da sua esquerda para a direita, com sua direita pea a direita dela, erue acima dacabe!a",#,$, enquanto ira fazendo um rande cGrculo e baiAa a direita eruendo a esquerda, ela faz omesmo. Fc solta a direita dela e se afasta fazendo o bsico frontal, volta de costas em bsico frontalreencontrando a dama que deve estar atenta para voltar a frente do cavalheiro.

    Bule e :erulho"& Bsico 7rontal, ",#,$, pede distancia da dama e conduz a dama para o cruzado lateral.#& Iuando a dama vier da sua esquerda para a direita, com sua direita pea a direita dela, faz troca de

    pernas ao lado dela enquanto uma m%o na cintura dela e outra estirada. 0epois enrola ela com a direita,for!a ela para baiAo, fazendo parafuso, erue as m%os dela e se afasta, preparando para o merulho, eladesce, sobe e faz abertura total e sai....

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    Tassa a direita acariciando a esquerda da dama, olhando no rosto dela. Ela ficalivre para passar a perna direita dela, acariciando sua esquerda. Iuando ela pisar, faz dois E--E-,trava no / e sai.

    #& direita atrs, esquerda ao lado (curto), contratempo, esquerda ao lado, conduzindo dama para cruzarpor trs uma, duas, coloca seu p direito do lado de dentro do p dela. 7az um Ess%o com a esquerda,enquanto ela faz oito da frente, e voc trava o p detrs dela, conduzindo&a para chicote. 0epois, esse,esse, trava no / e sai.$& Iuadrado5o /, o cavalheiro direita a frente e dama direita a frente. 3avalheiro abre e direita atrs.& OTO #RUQ

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    Tango II 05/11/01"&ito acompanhando a dama pela frente#&-anduGche normal$&Bsico lateral&-anduGche contrrio", #, contra&tempo lateral, contra&tempo, $ (levando o p direito atrs doesquerdo e levando trs num s8 tempo, , dama limpa, chicote, /, ;, < e ./&Bsico continuado de "+ @raus.

    Boero I".0an!arinos frente a frente#.-eis passos para frente$.7az um 3ruzado, um passo, 'unta.3anana para a esquerda, 'unta, transfere o peso/.Bsico, cruza a dama, pea a m%o direita da dama, diaonal de frente;.cruza trazendo o bra!o da dama para o ombro, cruza repetindo

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    & >e%o, finalizando abrindo em paralelo/& @iro solto;& 9ira dama ao ladouladinho e pe%o"ara 3asalJ"& dan!a trar mais harmonia entre seus corpos e mente. 0esenvolver uma intui!%o de um para o outroque em nenhuma outra prtica conseuiria. Mm saber que movimento o outro dese'a fazer sem falar uma

    palavra.#& prazer de realizar movimentos rGtmicos que as outras pessoas ir%o admirar e eloiar.$& dan!a ir revelar qual o rau de cumplicidade do casal e o esfor!o para fazer o outro feliz... u poroutro lado, mostrar o que deve ser trabalhado para desenvolver a cumplicidade perdida pela rotina dodia&a&dia.& dan!a afasta o fantasma do ciQme eAaerado e a inseuran!a que destr8i os relacionamentos.

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    /& 5a dan!a, a pessoa de qualquer idade ou peso tem a chance de desenvolver sua sensualidade ereacender sentimentos, at ent%o esquecidos pelo casal devido a rotina do dia&a&dia.;& Iuantos relacionamentos caem na rotina horas e horas de frente a televis%o quando poderiam estardan!ando, vencendo a rotina e a inrcia do corpo.or inaldo 0onizete de 7reitasEsta pina tem como intuito fornecer aos adeptos das 0an!as de -al%o no!Zes bsicas sobre estasW noentanto devemos procurar nesta forma de eApress%o corporal a maneira mais apropriada para nosdescontrairmos. princGpio devemos nos desvincular um pouco de normas e tcnicas at que nossintamos a vontade neste universo de movimentos interminveis e a partir daG nos aprofundemos em suasnuances.

    0an!a, simplicidade de movimentosBreve hist8ria da dan!as sapatos na dan!a0icas erais>ostura do casal na dan!aEstilo e ritmo

    condu!%o-uestZes, crGticas e dQvidas0an!a, simplicidade de movimentos

    @eralmente achamos que nosso corpo responsvel por n%o conseuirmos concretizar certos ob'etivos,no entanto, eAistem diversos fatores que inibem nossas atitudes. 5osso crebro o principal responsvel

    pela correta conclus%o de nossos anseios. 5osso corpo apenas responde estGmulos enviados por nossamente, quando por eAemplo queremos contar at cinco utilizando os dedos da m%o, apenas elevamos estesum a um at completarmos cinco. Iuando dese'amos pear alum ob'eto que est a uma certa distVncia,apenas vamos ao seu encontro e concluGmos nosso ob'etivo. Estas duas situa!Zes acima s%o simples deserem eAecutadas, pois ' fazem parte de nosso cotidiano, sendo concluGdas quase que inconscientemente,

    no entanto nosso crebro quem envia as mensaens para que estas se'am efetuadas e nosso corpo apenasresponde estes estGmulos. que ocorre quando nos deparamos como uma nova situa!%o, que at ent%o n%o havGamos presenciado que nosso crebro n%o tem domGnio sobre todos os movimentos que esta a!%o eAie, temos ent%o quetentar eAecut&la diversas vezes para que a entendamos e nos condicionemos a realiz&la com clareza eeAatid%o. dan!a por se tratar de uma forma de eApress%o corporal e muitas vezes por n%o fazer parte de nossocotidiano deve ser encarada como uma nova situa!%o e como tal deve ser analisada e eAecutada comharmonia entre crebro e corpo. 3omo qualquer nova informa!%o que eAi'a o sincronismo destes doisaentes para ser concluGda, s8 ser efetuada com eAatid%o quando o corpo estiver recebendo corretamenteos dados que lhe estiverem sendo enviados.

    0evemos nos conscientizar que a eApress%o corporal de fundamental importVncia para o ser humano,fazendo com que aperfei!oemos nossa coordena!%o motora, trazendo ao nosso cotidiano uma rande pazde espGrito e quando efetuada em rupo proporciona a convivncia social saudvel, alm de estarmosfazendo eAercGcios fGsicos que com certeza beneficiar%o nosso oranismo. dan!a como qualquer outra

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    situa!%o inusitada, s vezes nos causa eAaust%o, no entanto devemos sobrepor a este fator os benefGciosque ela pode nos trazer.[9ranscendemos facilmente o limite de nossa compreens%o[. -endo assim podemos dizer que as 0an!asde -al%o, atravs dos movimentos que as constituem, nos causam uma sensa!%o de alGvio, de bem estar,de aleria, no entanto compleAo conseuirmos atravs de palavras eAplicar como a eApress%o corporal,atravs da dan!a, pode nos trazer tantos benefGcios. 3ada passo efetuado transporta em seus movimentos,

    por mais imperceptGvel que se'a, todas as nossas sensa!ZesW nosso estado de espGrito pode determinar commaior ou menor intensidade a facilidade com que transpomos certos obstculos.

    Lembramos ao dan!arino que eAistem aluns requisitos bsicos para que ele possa aprender os ritmoscom mais facilidadeJ& 9enha confian!a no seu potencial, a aprendizaem dos ritmos das 0an!as de -al%o depende, em rande

    parte, da for!a de vontade do alunoW& o iniciar a aprendizaem de um ritmo, se'a ela sozinha ou monitorada, relaAe, solte seus mQsculos,deiAe a tens%o de lado, sinta o ritmo que est sendo eAecutadoW& E por Qltimo, o aluno deve ter pacincia, pois cada um tem o seu tempo de aprendizaem. luns tmmais facilidade de se relaAarem enquanto outros demoram mais a se soltarW lembrando que a perfei!%o dosmovimentos nas 0an!as de -al%o s8 se d com muita disciplina e treino.

    Bre7e 'istYrico !a !an9a0esde a anti\idade, a humanidade ' tinha na eApress%o corporal, atravs da dan!a, uma forma de secomunicar. Encontramos influncias culturais dos paGses onde s%o dan!ados e de onde s%o oriinrios osritmos. 3ada cultura transporta seu conteQdo s mais diferentes reas, dentre estas, as dan!as absorvemrande parte desta transferncia, pois sempre foi de rande importVncia nas sociedades atravs dostempos, se'a como uma forma de eApress%o artGstica, como ob'eto de culto aos deuses ou como simplesentretenimento. 5o entanto em tempos mais remotos o sentido da dan!a tinha um carter mGstico, pois eramuito difundida em ritos reliiosos e raramente era dan!ada em festas comemorativas.

    enascimento cultural dos sculos ]F*]F trouAe diversas mudan!as no campo das artes, cultura,polGtica, dentre outras. 0entro deste conteAto, a dan!a tambm sofreu profundas altera!Zes que ' vinhamse arrastando atravs dos anos. 5esta poca a dan!a come!ou a ter um sentido social, isto , aora eradan!ada em festas pela nobreza apenas como entretenimento e como recrea!%o.

    0esde ent%o a dan!a social foi se transformando e aos poucos tornou&se acessGvel s camadas menosprivileiadas da sociedade que ' desenvolviam outro tipo de dan!aJ as dan!as popularesW que,inevitavelmente, com estas altera!Zes de comportamento foram se unindo s dan!as sociais, dandooriem assim a uma nova vertente da mQsica, dan!ada por casais, que mais tarde seria denominada0an!as de -al%o.

    Os sapatos a!e4$a!os para a !an9a escolha dos sapatos ideais para a dan!a muito importante, pois nossos movimentos podem serfacilitados ou dificultados dependendo da escolha do cal!ado.maine que voc, cavalheiro, est dan!ando e come!a a efetuar um movimento em que tenha que mudarde dire!%o rapidamente irando o corpo. -e voc estiver usando um cal!ado com solado de borracha e seu

    p estiver em contato com o ch%o, provavelmente ter dificuldades para vir&lo, no entanto se estiverusando um sapato com solado de couro com certeza seu passo ser melhor sucedido.^ preferGvel que o cavalheiro use sapatos com sola de couro com salto tac%o ( cm ) ou taco comum ( #cm ). dama deve usar um sapato com um salto de no mGnimo $ cmW usando estes tipos de sapatos comcerteza o casal ter maior facilidade para deslizar no sal%o.

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    & 9entem, ao adentrar a pista de dan!a, se adaptarem ao ritmo da mQsica e a partir daG come!arem adan!arW a dama deve deiAar que o cavalheiro inicie os movimentos e acompanh&loW& 5%o repousem o corpo sobre o parceiroW& 5%o meAam eAcessivamente os ombros W& 0urante a dan!a, n%o eAecutem movimentos em que as pernas se abram eAcessivamenteW& 5%o deiAem os bra!os muito abaiAados nem acima dos ombrosW& luns ritmos eAiem uma ina maior, no entanto os movimentos com um requebrado mais acentuado,na maioria das vezes, devem ser eAecutados pela damaW

    & 5%o dancem com as m%os, esquerda ( o cavalheiro ) e direita (a dama) abertas, nem com os dedosentrela!adosW& 5%o olhem para os ps enquanto estiverem dan!ando.

    ost$ra a!e4$a!a !o casal na !an9a& cavalheiro deve deiAar a sua face direita voltada para a face direita da damaW& EAceto em alumas varia!Zes em que o casal tem a sua lateral como referncia os dois devem olhar parafrenteW& espa!o individual de dan!a deve ser dividido pela m%o esquerda do cavalheiro e a m%o direita dadama, estas devem estar dispostas eAatamente no centro do espa!o que separa um corpo e outro, n%o

    devendo nem um nem outro invadir o espa!o de dan!a do parceiro. s m%os devem estar na altura mdiados ombros do casal e devem estar seuras de palmas.& s cotovelos devem estar dispostos formando um Vnulo de / raus em rela!%o ao corpo.& m%o direita do cavalheiro deve estar com os dedos abertos e repousar na altura mdia das costas dadama, lembrando que esta deve ter resistncia para melhor conduzir a dama e dependendo do ritmoaumentar ou diminuir a distVncia entre o casalW a m%o esquerda da dama deve repousar sobre o ombrodo cavalheiroW& 5a maioria dos ritmos, o p direito do cavalheiro deve estar entre os ps da dama.

    artic$lari!a!es !o estilo e ritmo9odas as pessoas tm ritmo, mas muitas se esquecem de que quando crian!as faziam tudo o que

    dese'avam e n%o eAistia limites para suas atitudes. 0entro deste conteAto podemos dizer que todos n8stemos ritmo e que apenas devemos retirar de nossas mentes os limites para nossas a!Zes, pois as vezes asupera!%o de nossas dificuldades est em transpormos obstculos impostos por n8s mesmos. -omosdiretamente responsveis por muitas das coisas que deiAamos de fazer, pois desistimos ao menor sinal dedificuldade. [>odemos ter total controle sobre nossos corpos, apenas temos que reaprender a us&lo etorn&lo assim cQmplice de nossas vontades em busca de nossos anseios[.>odemos dizer que cada dan!arino tem seu estilo pr8prio. 5a individualidade do estilo est contida aforma de se conduzir e de ser conduzida na pista de dan!aW cada pessoa tem em seus tre'eitos emovimentos as principais caracterGsticas de seu estilo.Iuanto ao ritmo, podemos dizer que a princGpio cada pessoa assimila com maior ou menor intensidade asvibra!Zes que cada mQsica transmite, no entanto o aluno deve se conscientizar de que este item defundamental importVncia para o correto aprendizado das 0an!as de -al%o.

    Tcnicas !e con!$9:o0iante dos diversos itens que constituem as tcnicas de dan!a, com certeza a condu!%o ocupa um luar dedestaque, pois imprescindGvel que o cavalheiro conduza a dama de forma consistente e eleante, deveefetuar movimentos de m%os, pernas e deslocamento claros, para que a dama, que deve estar suscetGvel asvontades do parceiro, perceba com clareza os passos que devem ser eAecutados. condu!%o clara comcerteza levar o casal a ter um melhor sincronismo em suas coreorafias.

    icas5Iuando uma turma de dan!a tem mais mulheres do que homem a desistncia rande porque n%o adiantaa mulher aprender a dan!ar se n%o tem com quem praticar. >or este motivo constante a reclama!%o dasmulheres, e muitas desistem do curso. >ara contornar a situa!%o pode&se criar um rupo de dan!arinos de

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    aluuel. 0an!arinos que s%o remunerados para dan!ar com as mulheres nas festas dan!antes. 0eve&setambm dar a chance e incentivar que a mulher chame o homem para dan!ar. pro'eto 0an!ando no -hoppin, realiza oficinas de dan!a totalmente rtis para os freq\entadores dos

    principais shoppin_s da cidade.

    < an9a:uitos historiadores a apontaram como a mais antia das artes.9udo na vida movimentoJ o universo move seus sistemas, e cada sistema seus s8is, estrelas, planetas esatlites.s esta!Zes se sucedem ritmicamente, assim como o dia seue a noite , e a lua ao sol. veeta!%o evolui em ciclos rGtmicos, sobem e baiAam as mars o ser nasce, cresce, decresce e morre.

    homem testemunha e participa de todo este movimento que a maravilha e eApressa em dan!as seuassombro, sua necessidade de compreens%o. 9udo o que ' foi dan!ado, tudo o que foi ' se dan!ou e.talvez, sem perceb&lo, tudo o que h de ser ' o dan!amos.>ara o homem primitivo n%o eAiste a divis%o entre relii%o e vida, uma a!%o derivada de sua cren!a. homem evolui e com ele sua dan!a, tanto em seu conceito como na sua pr8pria a!%o de mover&se e nodesenho espacial. Esta forma vai revelando, atravs da hist8ria, a muta!%o social e cultural e a rela!%o dohomem com a paisaem, marco eorfico que lhe impZe distintos modos de vida.

    /am0a samba uma dan!a animada com um ritmo forte e caracterGstico. riinou da `frica e foi levado para a

    Bahia pelos escravos enviados para trabalhar nas planta!Zes de a!Qcar. dan!a radualmente perdeu suanatureza ritualista e eventualmente se tornou a dan!a nacional brasileira.5a poca de carnaval no io de Raneiro que colocou o samba no mapa ocidental, os baianos dasplanta!Zes de a!ucar via'avam das aldeias at o io para as festas anuais. @radualmente a batida sutil e anuan!a interpretativa do samba levavam&nos rua acima dan!ando nos cafs e eventualmente at nossalZes de baile, tornou&se a alma dan!a do Brasil.riinalmente a dan!a teve movimentos de m%o muito caracterGstico, derivados de sua fun!%o ritualista,quando eram seurados pequenos recipientes de ervas aromticas em cada uma das m%os e eramaproAimadas do nariz do dan!arino cu'a frarVncia eAcitava. Navia muito trabalho de solo e antes de setornar uma dan!a de sal%o, teve passos incorporados do maAiAe.s randes dan!arinos americanos, rene e 3astelo de Fernou, usou o samba nas suas rotinas

    profissionais, e assim come!ou a se espalhar. :as provavelmente foi 3armem :iranda, a brasileira maisconhecida de todos, que com tremenda vitalidade e perGcia de atriz, colocou o samba como o maiseAcitante e contaiante do mundo. 5o Brasil o desfile das escolas de samba, cresceu e o >aGs desenvolveuseu pr8prio ballet artGstico com ritmo de samba e movimentos bsicos.

    Tan,o tano foi descrito comoJ romVntico, dramtico, eA8tico, sofisticado, simples e absurdo... tano tem uma hist8ria lona, com perGodos de rande popularidade e uma individualidade e fascina!%omarcantes. tano em forma de dan!a foi criado pelos aQchos, esses caleiros brilhantes oriinrios da costa

    oriental da rentina. ritmo veio da altamente ritmica e melodiosa mQsica tocada para eles quandodescansavam nas suas cantinas e tavernas. -e caracteriza por um compasso #* e tocado com umstaccato incomum em cada batida. 9%o rande era sua popularidade que depois, pouco antes da primeirauerra, a dan!a foi proibida na rentina. parentemente tinha perdido sua simplicidade nativa e setornado muito chamativa.

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    veto teve Aito e o tano reapareceu em >aris, particularmente em boates e restaurantes. estilo foidescrito como sofisticado e muitos admiraram a autntoica atmosfera criada pela influncia de violonistase orquestras nativas. -ua popularidade loo se eApandiu para a nlaterra em chs de tano ou aondehavia espa!o. hotel -avo foi um dos primeiros a introduzi&lo, para isso contratou mQsicos eAcelentes.EAibi!Zes eram realizadas nos teatros e clubes de dan!a e os professores da poca incluGram nos seus

    proramas essa dan!a nova e eAcitante.>orm com a declara!%o da uerra em "=", sua popularidade diminuiu e demorou um bom tempo paraque fosse incluGda nas competi!Zes e eventos importantes da poca. Em "=#" o filme [s Iuatro

    3avaleiros do pocalipse trouAe o romVntico e fotonico odolfo Falentino chamando a aten!%o detodo o mundo para o tano dan!ado por ele. pesar do impacto o pQblico em eral n%o se sentia inspiradopara imita&lo e os pr8prios dan!arinos profissionais estavam envolvidos com outros ritmos e dan!as damrica. >orm aluns professores visitaram >aris e prosseuiram seus estudos do tano e notaram que adan!a deveria ser mantida de aluma forma na nlaterra e assim o estilo >arisiense foi unificado. variedade de passos era rande, mas era difGcil ensinar ao aluno comum, e s8 os entusiastas levaram isto asrio.Esta era a situa!%o nos meados de "=$+ quando uma nova interpreta!%o foi apresentada por um casal decompetidores alem%es que apareceu em Londres pela primeira vez. travs de um vior, efetuam ostaccato e aceleram a mQsica e num deslizar que prolona o passo laro, a dan!a assumiu uma novaidentidade e todo mundo concorda que enquanto uardava seu carter especial, era uma dan!a que parecia

    eleante e de possGvel assimila!%o. Esta tese provou estar correta e loo este tano estava sendo dan!adopelos competidores e ensinado nas academias.0evemos admitir que muito tempo levou para que com interpreta!Zes diferentes, tivssemos umacaracterGstica bem definida da maia do tano.

    BoleroMm dos av8s do mambo, ch ch ch e salsa. 5asceu na nlaterra passando pela 7ran!a e Espanha comnomes variados (dan!a e contradan!a). :ais tarde um bailarino espanhol, -ebastian 3erezo, fez umavaria!%o baseadas nas -euidillas, bailados de ciana, cu'os vestidos eram ornados com pequenas bolas(as boleras). 3antores mais famososJ ustin Lara, Bienvenido @randa, Lucho @atica, @re8rio Barros,

    >edro Faras, 3onsuelo Fasquez, rmando :azanera, 9rio ra2it% e recentemente Luis :iuel.

    #' #' #'5o final dos anos +, a cidade de Navana(3uba) era um dos destinos preferidos da buruesia norte&americana, especialmente da 3osta Leste. 5os cassinos da cidade tocavam bandas cubanas e as maisfamosas bandas americanas. lumas destas orquestras combinavam o 'azz americano com a rumbacubana. resultado foi um ritmo chamado [mumbo[ , que mais tarde oriinaria o mambo que, pelas suaseAincias acrobticas, era acessGvel apenas as pessoas familiarizadas com a mQsica afro&cubana.Entre os diferentes movimentos havia o chatch, que consistia em dois passos lentos e trs mudan!asrpidas de contrapeso. ch&ch&ch teve como precursor o violonista e diretor de orquestra cubanoEnrique Rorrin.

    5o final da dcada de +, Rorrin havia composto aluns danzones, dan!a de movimento coletivo, para osquais os mQsicos de orquestra faziam pequenos coros. 3omo este novo adorno conquistou o pQblico,Rorrin compOs outros danzones do mesmo estilo. 5os sucessivos danzones pediu para todas as orquestrascantarem em unGssono, o que alm de refor!ar [disfar!ava[ a qualidade das vozes dos mQsicos que n%oeram cantores.Em "=, a can!%o meAicana 5unca, sofreu uma pequena transforma!%o nas m%os de RorrGnJ a primeira

    parte ficou na forma oriinal, mas a -eunda teve seu ritmo alterado. Esta mudan!a foi t%o bem aceitapelo pQblico, que as partes alteradas acabaram assumindo identidade pr8pria. -uriram temas hist8ricoscomo enanadora que eram concluGdos com uma breve rumba.Rorrin observou os ps dos dan!arinos desta fus%o entre danz8n, rumba e mambo, e percebeu que tinham

    srias dificuldades com os ritmos sincopadosJ os passos s%o realizados a contratempo, no seundo equarto movimento do compasso dois por quatro. >ara obter uma mQsica mais dan!ante, Rorrin trocou oacento da Iuarta colcheia para a primeira, e assim nasceu o ch&ch&ch, nome que a nova dan!a recebeuem alus%o aos trs contrapesos, os chatch, que atualmente uardam semelhan!a com a rumba e o mambo.

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    Meren,$eEm "/+, a dan!a nacional da epQblica 0ominicana era a tumba, dan!a de oriem europia na qual asmulheres ficavam de um lado e os homens de outro. apidamente, os casais das ilhas introduziram alunsmovimentos er8ticos que escandalizaram os europeus. 5o final do sculo ]], a tumba foi substituGda

    por outra dan!a derivada do paseo, durante a qual os dan!arinos escolhiam as dan!arinas. Era omerenue, que naquela poca era formado pelo paseo, pelo merenue propriamente dito e o 'aleo, iros ecoreorafias muito eApressivas.Entretanto, o merenue foi qualificado como [detestvel[ e [paiA%o cruel[ e sofreu censura oficial. >orvolta de "="+, em 3ibao (norte do pais), ho'e considerado o quartel eneral do merenue, foidesenvolvida uma dan!a chamada pirico ripiao (louro depenado) em homenaem a uma taberna de-antiao de los 3aballeros, capital de 3ibao, famosa pela liberdade em questZes morais e seAuais. Essadan!a era tocada no acordeon, interpretada por mQsicos como 7efita la @rande, 7rancisco Mlloa e3ieuito de 5aue. Em outras partes, formaram&se con'untos compostos por acordeon, balsi (pequenotambor) e balsielito lono (maior que um uaio, transformado em raspador).0urante a ocupa!%o americana ("=";&"=#) sure o pambiche, provavelmente derivado da palma beach(tecido estampado), uma vers%o mais lenta do merenue que imitava o modo dos soldados americanosdan!arem merenue. Baseado nesta dan!a, o diretor de orquestra afael -olano criou um novo nero demerenue bastante lentoJ o merenue ampabichao.

    >orm, o sucesso do merenue cheou pelas m%o do ditador afael 9ru'illo ("="&"=;"), que elevou omerenue cateoria de dan!a nacional. p8s seu assassinato os combos de merenue foram um randesucesso, os instrumentos eltricos substituGram as randes forma!Zes do passado. -ob a influncia doroc2, o tempo da dan!a foi acelerado e a sess%o de paseo desapareceu. merenue atual mantm doisneros coeAistentesJ a varia!%o popular e a vers%o orquestrada ou comercial. Esta Qltima compete com asalsa de 3uba e a de >orto ico, como a dan!a de sal%o mais popular da mrica latina e dos EstadosMnidos. >or outro lado, o merenue popular manteve sua vincia ra!as ao ritmo e ao acordeon que seconverteram no sGmbolo da identidade nacional dominicana.

    /alsa7us%o eAplosiva do Razz e ritmos caribenhos, a salsa tomou conta das pistas de dan!a nas dcadas de /+ e

    ;+. :esmo perdendo a popularidade na dcada de +, nos anos =+ a salsa incorpora novos estilos comoJsalsa novaiorquina, portoriquenha, colombiana,... o que fez ultrapassar todas as fronteiras. oriem do termos salsa causa controvrsias. N os que dizem que ela uma metfora que desina umtipo de mistura, como nos molhos de cozinha, dos inredientes de diferentes oriens. utros afirmam quetal terminoloia deriva de um anQncio de um tempero que patrocinava os proramas que difundiam estetipo de mQsica. nero partiu do que as bandas de 'azz chamavam latin 'azz, nas dcadas de + e /+. principalarticulador da transforma!%o do latin 'azz durante estas duas dcadas foi o cubano rsnio odriuez,mais conhecido como ceo maravilhoso. Ele incluiu no seu con'unto um piano, um seundo trompete,um saAofone ocasional e uma rande se!%o rGtmica. s con'untos de odriuez chearam a ser ummodelo para as bandas de mQsica de dan!as cubanas e formaram a base para o estilo musical que,incluindo o mambo e o som cubano, a plena porto&riquenha, o merenue dominicano e a cQmbiacolombiana, ficou sendo conhecido como salsa. Em "=/#, rsnio foi aos Estados Mnidos e, embora otermo salsa n%o tenha sido empreado neste paGs at finais da dcada de ;+ para definir a mQsica realizada

    por 9ito >uente ("=#/), havia os que tocavam essa mQsica h mais de vinte e cinco anos. salsa tornou&se popular principalmente ra!as ao fundador da 7ania ecords, com o tempo, o maior produtor demQsica de dan!a latina, Rerr :asucci. s anos dourados foram os

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    pr8pria vis%o da valsaJ uma mQsica raciosa, leve, de ritmo vivo e melodia brilhante. Rohann -trauss &filho & levou a valsa ao aue com n der schonen baluen 0onau (0anQbio zul). p8s este epis8dio, oestilo da valsa vienense ' estava perfeitamente definido. 3om base na sensa!%o impulsiva, na ailidade eno dinamismo requisitados pelos dan!arinos, a harmonia foi constituida de maneira que proporciona acada compasso um acorde pr8prio. ^ particularmente caracterGstico desta dan!a que o seundo tempo doacompanhamento adiante&se lieiramente, apenas uma fra!%o de seundo, para alcan!ar o seu peculiaracento rGtmico.

    an9a !o ;entre5o princGpio era foo Iuer dizer, mulheres fascinadas pelo calor das foueiras primitivas entravam emestado alterado de conscincia, hipnotizadas pelo foo, soltavam seus corpos ao som dos tambores,imitando os movimentos das chamas. >rovavelmente tenha sido assim, nas cavernas, o inGcio da dan!a doventre. :ais tarde o sarado se distanciou da natureza e foi aprisionado nos templos construGdos palasm%os dos homens que civilizavam tambm as dan!as saradas. 5%o estamos falando de uma dan!acontemporVnea, e sim de uma prtica milenar que teve seu pice no imprio eGpcio e babilOnico. ndesis e starte eram homenaeadas como @rande :%e c8smica, atravs da dan!a. s dan!arinas saradasdan!avam para homenaear os deuses e consequentemente o ei, representante dos 0euses na terra. p8sa invas%o dos povos rabes, a dan!a adquiriu um carter mais profano, as mo!as da nobreza que

    soubessem dan!ar tinham o seu dote de casamento , muitas vezes quadruplicado. dan!a do ventrenasceu na alma do feminino, nasceu no primeiro parto da hist8ria da humanidade, talvez por isso, asbailarinas repitam os movimentos relacionados ao nascimento durante a dan!a. 5um tempo alm do quese imaina tempo antio, as mulheres eram iniciadas em cavernas para conhecermos mistrios da rande0eusa :%e, mistrios estes, liados ao parto, a medicina natural e a espiritualidade consequentemente dan!a. 5%o eAiste no mundo nada mais feminino.

    5a eApress%o da dan!a, todo o universo da mulher se revela, e aqueles que conseuem enAerar com osolhos da alma e n%o com a mente liada apenas ao conteAto seAual, compreendem o sinificado saradode cada movimento. ^ a dan!a que mostra a maia do universo feminino, temperamental e suave, veloz elVnuida, s vezes violenta, tem olhos da ira e num seundo depois o olhar mais inocente do mundo, dramtica e libertadora, rompe rilhZes. ssim como o feminino, dan!a voltil, vibrante e tem a face de

    todas as mulheres, seus vus s%o os mistrios nunca totalmente revelados aos homens, assim como asmulheres, caprichosa e nunca se mostra inteira.Mma bailarina quente, imprenante, vibra inteira, porque a vida em seu pice pulsa dentro dela, assimfascinados como pelo foo os observadores vem&se hipnotizados pelos movimentos ondulantes, que osfazem transcender a realidade e penetrar num ponto alm do espa!o e do tempo.

    Boo,ieZoo,ie Booie&ooie suriu a partir do blues no inGcio do sculo ]], porm levou quase trinta anos para serdifundido entre o rande pQblico americano. 5o entanto, quando este ritmo de estilo africano foiapresentado no 3arneie Nall, foi um estouroJ durante aluns anos quase todas as mQsicas foramtransformadas em booie&ooie.

    5o inGcio do sculo ]], aluns intrpretes de blues come!aram a tocar piano de uma maneira inovadora,forte, simples e direta, baseada em padrZes rGtmicos e mel8dicos repetitivos, embora lamentavelmente n%otenhamos eAemplos de seu estilo. primeiro booie ravado foi o 3hicao -tomp, de Rimm Blthe ("=++&"=$"), em "=#, quando adan!a ainda era conhecido como fast estern, the cral, the roc2s, the fives ou the dozens. Em "=#< ravado um dos tGtulos mais famososJ Non2 9on2 9rain Blues, interpretado por :eade LuA Leis("=+/&"=;). nome booie&ooie, tema indispensvel para qualquer intrprete de booies, e eAaustivamentecopiado. Em "=$, o templo da mQsica clssica de 5ova 6or2, o 3arneie Nall, abre suas portas para o

    'azz e, subitamente o booie craze (a loucura do booie&ooie) difundido em todo Estados Mnidos.

    ritmo deiAa de ser um patrimOnio dos mQsicos neros, e pianistas brancos como 7reddie -lac2 ou Bob1ur2e que introduziram alumas varia!ZesJ basicamente escreviam novas letras e faziam arran'os deorquestra para adapt&los s randes bi bands de 9omm 0orse, 3ount Basie, oodie Nerman. booie&ooie foi incorporado mQsica com uma for!a incomparvel e difGcil distinuir o que foimais influenciado, o booie oriinal ou as demais mQsicas que se adaptaram ao estilo como, por eAemplo,

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    o de uma obra clssica como >olonesas de 3hopin, autor europeu eAaltado pelos mQsicos neroscriadores do ratime, como -cott Roplin. 0urante este processo aumentou tambm a velocidade da mQsica, que perde parte do sentimento oriinal e ressalta o aspecto rGtmicoJ os intrpretes se entream cada vezmais a eAercGcios de virtuosismo e o tempo cada vez mais frentico. booie&ooie um estilofortemente percusivo no qual a m%o direita do pianista toca riffs, frases repetitivas sincopadas, e todo tipode recursos mel8dicos do blues, enquanto a m%o esquerda toca um ostinato, motivo recorrente. EssacompleAidade rGtmica , que, com intrpretes habilidosos era uma autntica polirritimia, fez do booie oestilo mais africano do 'azz, o que alterou definitivamente o mapa da dan!a em todo o mundo, pois

    mesmo perdendo a popularidade ap8s a -eunda @uerra :undial, suas f8rmulas oriinaram outras dan!ascomo o roc2 and roll.

    #Am0iao contrrio das ilhas caribenhas, onde a fus%o de culturas foi pre'udicada pela eAtin!%o radativa dosindGenas, na 3olOmbia, a cultura nativa interou as influncias africanas e espanholas. 3ada povocontribuiu com o que tinha de mais caracterGsticoJ os africanos introduziram a compleAa estrutura rGtmicae uma rande variedade de tamboresW os indGenas mantiveram a elaborada capacidade mel8dica, baseada

    principalmente nas flautas, de bambu e de aitas, e os espanh8is proporcionaram as varia!Zes mel8dicas ea roupa dos dan!arinos, mesmo que esta classifica!%o simplifique a hist8ria, cada cultura proporcionou os

    seus ritmos, melodias e fiurinos. s folcloristas distinuem uma raiz africana na dan!a masculina,enquanto na feminina eAiste uma fus%o de todas as culturas com uma clara reminiscncia africana nomovimento dos quadris. cQmbia nasceu na senzala, onde os neros podiam se eApressar livremente e9er contato com os indGenas, ou se'a, perto dos portos onde os africanos desembarcavam. ssim, o ber!odesse ritmo fica ao lono da costa caribenha da 3olOmbia, na rei%o de -anta :aria e 3artaena. Emmeados do sculo ]], o estilo nacional da 3olOmbia era o bambuco, uma mQsica para viol%o, baseadaem um tempo de ou ;*, e as dan!as mais populares eram varia!Zes da valsa, como o corredor, tambmmuito popular na Fenezuela e no Equador. 5as reas urbanas dan!ava&se ritmos europeus , mazurcas,

    polcas, minuetos, quadrilhas, e as caribenhas, danz8n e havanera. 0epois do surimento e da venda deramofones em meados do sculo ]], a 3olOmbia passou a conhecer a mQsica europia e as tocadas em

    paises como 3uba, :Aico, rentina e Estados Mnidos. 5a dcada seuinte foi a vez do rdio e, nos

    anos $+, foram as pr8prias emissoras colombianas que difundiram esse estilo musical, momento em que obambuco come!ou a deiAar de ser a mQsica preferida da 3olOmbia, e foi substituGda pela mQsica da costacaribenha, especialmente o porro, semelhante a rumba, nascido em ";+, e a cQmbia. t ent%o, a

    buruesia as considerava imorais. :as a sua influncia n%o parou , e a potncia da dan!a fez com que apartir dos medos dos anos ;+, fosse adotada com rande entusiasmo pelos paGses caribenhos.

    Lam0a!a5o final dos anos + e inGcio da dcada de =+, as pistas de dan!a conheceram um novo ritmo muitosensualJ a lambada. surimento desta dan!a d oriem a discussZes sobre quem deveria receber osdireitos autorais. tualmente, o debate deiAou de eAistir nos tribunais e est entre os amantes da dan!a. lan!amento mundial da lambada aconteceu lentamente o que torna muito difGcil descobrir sua oriem.

    5os anos +, um 'ovem diretor de cinema, livier Lorsac, e o 'ornalista mi golpa gopoul investirammuito dinheiro para adquirir os direitos autorais de mais quatrocentas composi!Zes, quase todas

    brasileiras.>orm, a mQsica que erou muitos problemas e proporcionou vantaens n%o era brasileira e, sim, acomposta pelos irm%os bolivianos Mlises e @onzalo Nermosa. 3om um sensGvel instinto comercial,Lorsac e golpa, fizeram com que a mQsica dos bolivianos fosse brasileira, da Bahia, estado mais mesti!odo Brasil, multireliioso e ber!o de ritmos variados. mQsica Llorando de fue teve sua letra e melodiamodificada para adequar&se ao mercado europeu. >ara estilizar a dan!a, criou&se cuidadosamente umrupo multirracial que, com o nome de gaoma, fez eAplodir a lambada no ver%o europeu de "==JLlorando se fuel era um sucesso total, ocupou o primeiro luar na lista dos 30s mais vendidos em quinze

    paGses simultaneamente.Lorsac e golpa anharam milhZes de d8lares, o que fez com que o overno boliviano iniciasse umabatalha 'urGdica para recuperar os direitos autorais que os irm%os Nermosa haviam vendido.

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    7inalmente, os direitos e os benefGcios ficaram nas m%os de Lorsac e golpa, apesar de surirem outros[criadores[ , como foi o caso de um desconhecido mQsico cubano que afirmava ser o criador da dan!a,com a mQsica Lambire.s estudiosos de folclore encontram na Lambada uma mescla de merenue e carimb8, dan!a do estado do>ar, onde era e eAecutada em cGrculo acompanhada de uma forte percuss%o, e em alumas vezes, porinstrumentos de corda. seu principal movimento realizado quando as mulheres 'oam um len!o noch%o e seus parceiros abaiAam para pe&lo com a boca. lambada tem uma forte influncia do merenue, do maAiAe e do forr8. Esta Qltima, uma dan!a

    bastante popular do sculo ]], da qual suriu o samba. Iuanto ao desenvolvimento da lambada, o queparece que tratava&se de uma maneira de dan!ar pouco conhecida, mas ' eAistente na mrica do -ul,provalvemente sua oriem brasileira. partir desta maneira de dan!ar, os irm%os Nermosa [criaram[ asua mQsica e Lorsac e golpa tiveram suficiente tino comercial para transform&la em um rande Aito.:esmo desaparecendo das listas de sucesso, a lambada continua em destaque na Bahia, ondeindependente da moda, permanece como uma das mais fortes concorrentes do samba.

    Mam0o mambo suriu em um lento processo que come!ou no final da dcada de $+ e atiniu o aue emmeados dos anos /+. Em "=$, o mQsico cubano restes L8pez compOs um danz8n mambo, no qual os

    ritmos sincopados eAtraGdos do El son uniam&se a improvisa!Zes de flauta. Estes ensaios chearam aosouvidos de rsenio odriues que, naquela poca, dedicava&se a aperfei!oar o El son cubano e que, nomesmo ano, apresentou o ritmo em Navana um pouco antes de via'ar para 5ova orque na tentativa decurar sua deficincia visual.Este ritmo cativou o arran'ador e baiAista do rupo ntonio rcano sus :aravilhas, srael L8pez3achao. 3om seu irm%o, ele introduziu o ritmo nos salZes da alta sociedade de Navana e, para torn&lomais atrativo, apresentou uma vers%o modificada, que era uma fus%o entre o 'azz e a rumba, com umcompasso mais marcado. pianista do rupo cubano mais famoso no momento, a rquestra 3asino de la>laa, 0maso >rez >rado, foi desde o primeiro momento, um entusiasta do ritmoJ abandonou seurupo, levando consio aluns mQsicos para formar uma nova orquestra voltada para o mambo.:as os empresrios cubanos, aborrecidos com tamanha deser!%o e com o surimento de novos ritmos,

    valeram&se de todos os meios para impedir a contrata!%o de >rado. E conseuiram... Ele teve que emirare, depois de via'ar com pouco Aito pela mrica Latina, chea ao :Aico em "= para uma breveturn. 5aquele paGs encontrou&se com Benn :or. Eles se uniram e criaram a rquestra :eAicana commQsicos cubanos na se!%o ritmica. primeira apresenta!%o causa uma revolu!%o nas pistas de dan!ameAicanas. rapida turn lhe abre as portas para a carreira artGstica, que chea ao apoeu com a rodaemdo filme l son del mambo. >rado se declara colecionador de sons da natureza&o vento, o foo, o coaAardo sapo...& e define o mambo como um reresso ela. >orm, o ardor e a rapidez da dan!a causaraminQmeros problemasJ em "=/", o cardeal Ruan @ualberto @uevara afirmou que nearia a absolvi!%o aqualquer pessoa que houvesse dan!ado [ao compasso do mambo[. >rado responde tal afirma!%ocompondo uma can!%o intitulada o compasso do mambo. Aito tambm alcan!ava as emissoras de rdios hispVnicas de 5ova orque, que, mesmo tendo a

    comunidade latina como pQblico alvo, tambm eram ouvidas por muitos falantes da linua inlesa. >radopassou a ser conhecido tanto pelo apelido de El re del mambo como o de :ambo gin. partir de meados dos anos /+, o mambo tomou conta das pistas de dan!a e substituiu a rumba, pois eramais fcil de dan!ar e permitia que cada um inventasse os seus pr8prios passos. p8s sua difus%o naEuropa, perde sua popularidade nos anos ;+ e, apesar dos esfor!os de >rez >rado para promover novosritmos & sub, pau&pau, chuna, denue... & n%o suriu nada que fosse capaz de reviver o aue da dcadaanterior. 5a dcada de =+ & em parte ra!as aos filmes como Los rees del mambo&, as pistas de dan!avoltaram a ser ocupadas pela for!a desse ritmo cubano.

    8$icGstep

    virada do sculo ]] foi acompanhada por uma acentuada mudan!a social, evidente nas dan!as. ratime, de raed time [tempo desarrado[ , era uma mQsica bastante popular nos Estados Mnidos ( daqual suriria o 'azz). Mma mQsica contradit8ria, livre, e principalmente, de ritmo trepidante. Mm dosinredientes do 'azz foi o foAtrot, dan!a oriunda dos minstrels, par8dia nas quais os atores pintavam acara com rolha queimada e imitavam a louca dan!a dos neros.

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    Narr 7oA foi um desses dan!arinos que em "=", apresentou em 5ova orque, uma dan!a ao som deratime que recebeu o nome de foAtrot. Mm ano depois, a dan!a ' era eAecutada na Europa. L, o casalde dan!arinos, rene e Fernon 3astle, havia desenvolvido um estilo parecido, porm menos aitado. maior preocupa!%o deles era em rela!%o a perda da postura dos dan!arinos durante as fa!anhasacrobticas realizadas nos novos ritmos do inGcio do sculo. >or eAemplo, o charleston era dan!ado umavelocidade que variava de #++ a #+ tempos por minuto, o que causou um rande alvoro!o nas pistas dedan!a. 5a nlaterra, os clubes fiAavam cartazes de advertncia com a sila >3#, [>lease, 3harlestonIuietl[ (>or favor, dance o charleston devaar). Essas confusZes eram acompanhadas por alumas

    mudan!as sociais, que refletiam diretamente na dan!aW contrariando certos padrZes, /+ dos casais apraticavam.s mulheres come!avam eAiir iualdade de direitosJ atividades praticadas por homens como escalarmontanhas, 'oar tnis e at fumar em pQblico, eram adotadas pelo pQblico feminino. Em "=", poucoantes da cheada do foAtrot Europa, os 3astle publicaram o livro :odern 0ancin, no qual analisavamas diversas dan!as populares da pocaJ ratime, tano, one step e maAiAe. Frios capGtulos foramdedicados descri!%o da forma de se vestir e do comportamento social daquela poca. >orm, os 3astlefaziam quest%o de contribuir para o desenvolvimento das novas dan!as e, em "="$, apresentaram em>aris, a 3astle al2, uma combina!%o de seus passos com os de Narr 7oA, que se transformou nofoAtrot.s 3astle foram os principais difusores dessa nova forma de dan!ar, os passos ainda precisavam ser

    definidos. preferncia dos 3astle pelos passos eleantes, fez muitos dan!arinos adotarem uma vers%oum pouco mais lenta do foAtrot, que ficou conhecida como slo foA, enquanto a vers%o mais rpidarecebeu o nome de quic2step (passo rpido com pequenos saltos).

    5%o era apenas uma quest%o de ritmoJ durante o processo de evolu!%o, o quic2step ainda manteve ospassos e os iros que tinha em comum com slo foA e absorveu outras dan!as mais aitadas como ocharleston, o balsa bottom e o shimm.

    /lo[ Foone step ou to steps (um passo ou dois passos) era uma dan!a de compasso dois por quatro, bastante

    popular na Europa entre o final do sculo ]] e meados do sculo ]]. s nomes referiam&se ao ritmo

    que tinha um passo por tempo ou dois por compasso. Em "="$, o casal de dan!arinos de eAibi!%o rene eFernon 3astle eAibiu no 3af de >aris, uma nova dan!a inventada por eles chamada 3astle al2. dan!a consistia em uma srie de passos sobre os dedos dos ps, eAecutados com a eleVncia de um pav%o,freq\entemente marcada em um determinado ponto da mQsica. 0o outro lado do tlVntico nascia ofoAtrotW obra do californiano rthur 3arrinton. rtista circense e 'oador de basquete, entre outrasatividades, faz uma apresenta!%o para um empresrio teatral que, entusiasmado com sua voz, o contratou

    para cantar vaudevilles montadas nos teatros de -%o 7rancisco. 3arrinton adota o nome artGstico deNarr 7oA, e em "=+, se apresenta no teatro Belvedere. Entretanto, ap8s um terremoto e um incndio em"=+;, 7oA mudou&se para 5ova orque. Em "="$ atuou em vrios espetculos nova&iorquinos. iantesco 9eatro de 5ova orque estava se transformando em um cinema e os empresrios decidiram queseria uma boa idia unir a pro'e!%o dos filmes com nQmeros de vaudeville. Narr 7oA e seus merican

    Beauties foram os escolhidos. 5essas atua!Zes, 7oA introduziu um passo diferente (como um trote decavalo) com uma mQsica de ratime. apidamente as pessoas come!aram a cham&los de foAtrot , ou[passo de raposa[.

    5o aue da fama dos 3astle, o novo estilo era alo diferente e foi difundido rapidamente . Em quest%o desemanas, era dan!ado em toda 5ova orque. Mm ano depois, cheou a Londres. rapidez da sua

    propaa!%o deveu&se ao que foi identificado como uma rebeli%o contra as dan!as de sculo ]], alm dotrabalho dos 3astle com a 3astle al2.:as n%o havia um estilo ou passos determinados para definir o foAtrot, apenas uma idia eral, aplicadacom total liberdade. dan!arino americano @. g. nderson, acompanhado pela sua esposa Rosephine Bradle, vencia quasetodas as competi!Zes de dan!a, desenvolveu a forma definitiva do foAtrot.

    combina!%o dos passos rpidos e lentos permitiu uma maior fleAibilidade e proporcionou dan!a umaesttica com perspectivas maiores que as oferecidas pelo one step.Em "=##, os passos tipo trote foram substituGdos por outros que eAiiam menos vior. Em "=#

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    mQsica mais lenta, "#+ tempos por minuto, e retm os passos do seu antecessor. slo foA demonstrouser uma dan!a frtil e oriinou outras dan!as como o peabod e o roseland foA trot.

    /[in, -in tem suas raGzes nas dan!as que apareceram espontaneamente entre os dan!arinos queimprovisavam seus passos ao ritmo das mQsicas de ratime dizieland em meados do sculo ]], no suldos Estados Mnidos. @rande parte desse talento natural era de oriem africanaJ os saltos, os pontaps e osestranhos movimentos est%o relacionados aos dan!arinos neros que adotaram elementos da concep!%o dadan!a social europia para criar uma em, parceria, com movimentos livres e eApressivos.0esde o inGcio n%o eAistiu um estilo unificado que pudesse ser chamado de sin. Era a prolifera!%o deestilos baseados no ra, no qual havia uma srie de caracterGsticas comuns, que recebiam o nome desin. s rupos de dan!a de rua e as emissoras de rdio contribuGram para estabelecer alumas rerasno caos em que se encontravam a mQsica e a dan!a do sul dos Estados Mnidos. >ouco a pouco, foramcriados aluns passos comuns, o sin continua sendo uma das dan!as que apresenta muitas variantes.Iuando suriram os randes rupos de 'azz, na dcada de $+, o sin encontrou um novo aliado. Erauma dan!a perfeita para a mQsica das bi bands, tambm herdeiras da tradi!%o nera. 'azz, queenfrentava um rande preconceito devido sua oriem relacionada com prostGbulos, necessitava de Aitocomercial que poderia receber ra!as sua associa!%o com as pistas de dan!a. Entretanto, a rela!%o entre

    o sin e o 'azz, vinha muito antes. termo sin ' usado em "=+olca na cOrte carioca. 3ultivada por compositores de teatro musicado e amadores componentes derupos de choro, a polca acabaria por fundir&se com outros neros locais de mQsica popular desde avirada dos sculos ]]*]], para chear era dos discos mecVnicos. E isso demonstrado pelolevantamento de centenas de rava!Zes, entre "=+# e "=#eiAoto e Ros :aria de breu E 9ome >olca, ravada pela cantora :arlene.

    Maracat$3orte'o de neros caracterGstico do estado de >ernambuco, em especial da cidade do ecife, recentemente tambm possGvel observar sua forte presen!a no estado do 3ear.

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    5o perGodo colonial, os portuueses, para acalmar os escravos e manter a ordem, incentivavam aschamadas coroa!Zes dos reis de cono, festa em que a nobreza escrava, eleita pelos pr8prios neros, eracultuada com cerimOnias nas ire'as em homenaem padroeira 5ossa -enhora do osrio. o final doato sarado, os escravos cantavam e dan!avam com seus batuques nos adros das ire'as, para feste'ar osseus reis. 3om a aboli!%o da escravatura, essa celebra!%o perdeu sua raz%o de eAistir. 7indada a tradi!%oreliiosa, as na!Zes de maracatu converiram para o carnaval, conservando elementos distintos dequalquer outro corte'o. desfile, alis, n%o tem enredo. Ele se realiza apenas ao som dos tambores.

    palavra maracatu parece ter&se oriinado de uma senha combinada entre os neros para avisar acheada de policiais, que vinham reprimir suas brincadeiras. senha era anunciada pelos toques dostambores, emitindo um som parecido com maracatu * maracatu * maracatu. 5a linuaem popular, tal

    palavra empreada para eApressar confus%o, desordem, o que d respaldo ao pressuposto de sua oriem.utra possibilidade para o nome estaria relacionada aos maracs, instrumentos musicais utilizados emcelebra!Zes do passado. EAistem dois tipos de maracatu. Mm deles o :aracatu 5a!%o ou Baque&Firado. mQsica vocaldenomina&se toada e inclui versos de procedncia africana. inGcio e o fim s%o determinados pelo som deum apito. instrumental, cu'a eAecu!%o denomina&se toque, constituGdo por onu, tarol, caiAa deuerra e zabumbas. j frente v%o os lanterneiros, que outrora iluminavam o caminho do corte'o, rei erainha, prGncipes e princesas, dan!arinas vestidas de baianas, vassalos e as fiuras mais importantes do

    maracatuJ a dama do passo e o estandarte. dama do passo leva nas m%os a caluna, espcie de fetiche em forma de boneca. -eundo atradi!%o, nas m%os dan!antes dessa personaem o adere!o capta os fluidos positivos do universo e osrepassa para os interantes do corte'o. estandarte carreado por um porta&estandarte e leva o nome dena!%o, distinuindo um rupo do outro. indumentria, rica em adornos com tecidos brilhantes, espelhose bi'uterias, era doada antiamente pelos senhores de escravos. eAcesso de enfeites busca relembrar asriquezas deiAadas na frica. outro tipo o :aracatu ural o Baque&-olto, que tem sua oriem na -eunda metade do sculo]], na rei%o canavieira da 1ona da :ata pernambucana. ritmo dos chocalhos e a percuss%o unGssonae acelerada do surdo, acompanhados da marca!%o do tarol, do ronco da cuGca, da batida cadenciada doonu, do barulho caracterGstico dos anzs e de instrumentos de sopro d%o ao con'unto caracterGsticas

    musicais pr8prias e bem definidas dos maracatus tradicionais. s caboclos de lan!a, principaispersonaens dessa variante, vm frente, abrindo espa!o entre a multid%o com suas lan!as de madeira,usadas oriinalmente para afastar os ps de cana&de&a!Qcar do caminho, e usando uma enorme cabeleirade papel celofane. Em sua indumentria trazem como destaque uma espcie de manto usado peloscanavieiros. >orm, para a dan!a, essa vestimenta toda bordada em lante'oulas e paets. Msam tambmo surr%o, uma bolsa confeccionada em couro de carneiro, onde s%o presos imensos chocalhos. s caboclos de lan!a vm eralmente da zona da mata para brincar o carnaval do ecife. ndamquilOmetros a p, carreando o surr%o nas costas. >ara suportar o sacrifGcio da viaem eles tomam um tipode bebida feita tradicionalmente base de lim%o, cacha!a e p8lvora, denominada azouue. >or ser muitoforte, ela os deiAa meio dopados. 3ostuma&se dizer que essa pessoas usam 8culos escuros para esconderos olhos vermelhos, efeito not8rio da bebida.

    Maieriinado de procedimentos empreados pelos mQsicos de rupos de choro e bandas de coretos do io deRaneiro desde a dcada de ";+, o futuro nero de mQsica popular chamado de maAiAe ia surir a partirde "+ acompanhando a maneira eAaeradamente requebrada de dan!ar tal tipo de eAecu!%o,

    principalmente de polca&tano. sso poderia ser comprovado quando, a "< de abril de "$, na cenacOmica intitulada G, 3aradura, o ator Fasques mostrava um carioca, em cu'a casa se realizava um baile,a incitar seu convidado caradura (ho'e cara de pau) a demonstrar suas habilidades de dan!arino dizendoJ[Famos, seu :anduca, n%o me se'a moleJ eu quero ver isso de maAiAe[ que realmente acontecia

    obedecendo a seuinte rubrica do teAtoJ [ orquestra eAecuta uma polca&tano, e ele depois de dan!aralum tempo, rita entusiasmadoJ & G caradura[. o que acrescentava a indica!%oJ [(3antaJ 5o maAiAerequebrado* 5ada perde o maan%o* u aperta a pobre mo!a* u lhe arruma um belisc%o)[.

    7oi, pois, o estilo de tal forma malandra e eAaerada de dan!ar o ritmo quebrado da polca&tano queacabaria por fazer surir o maAiAe como nero musical autOnomo, ao estruturar&se pelos fins do sculo

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    ]] sua forma bsicaJ a eAaera!%o dos baiAos & inclusive pelos instrumentos de tessitura rave dasbandas & conforme o acompanhamento normalmente ' cheio de descaGdas dos mQsicos de choro. u,como eAplicava no artio Faria!Zes sobre o :aAiAe o maestro @uerra&>eiAe, [melodia contrapontada

    pela baiAaria, passaens mel8dicas uisa de contraponto ou varia!Zes e, em aluns casos, baiAariatomando importVncia capital[.

    -ucesso brasileiro na Europa 0efinido como nero autOnomo, o maAiAe, contaminado pelo preconceito em rela!%o ao baiAo nGvelsocial em que surira & os forrobod8s ou bailes populares tambm chamados de maAiAes &, continuaria aser cultivado musicalmente at inGcios do sculo ]], muitas vezes encoberto pelos nomes de tano outanuinho (caso dos tanos pianGsticos de Ernesto 5azareth). E, enquanto dan!a, proressivamentesubmetido estiliza!%o dos seus passos & como loo faria o bailarino ntonio Lopes morim 0iniz, o0uque & a fim de permitir sua aceita!%o nas salas e salZes das classes mdia e alta. 9ransformada emnQmero obriat8rio do teatro de revistas (desde o quadro Mm :aAiAe da 3idade 5ova, da pe!a Bilontra, de rtur zevedo, de ";;), a dan!a do maAiAe seria levada para a Europa no inGcio dos "=++

    para tornar&se & sob o nome de tano brasileiro & uma onda da moda, favorecida por sua atra!%o de coisaeA8tica. E isso a ponto de estimular compositores locais a tentar o nero, como aconteceria com ofrancs 3harles Borel 3ler2 com sua cria!%o intitulada La :atchichinette, consaradora da novidadeJ

    [3kest la chanson nouvelle* :ademoiselle* 3kest la chanson que esuiche* 3kest le matchiche[. maior prova da repercuss%o alcan!ada pelo maAiAe na Europa, porm, seria fornecida pelaliteratura. Em suas :em8rias escritas na dcada de "=;+, o escritor sovitico lia Ehrenbur, ao recordarno capGtulo nfVncia e Ruventude, no primeiro volume, da aitada vida russa de "=+/, lembrava que, 'ent%o, [em luar da minone e da chacona da minha infVncia, as mo!as estudavam, diante das assustadasmam%es, o ca2e&al2 e o maAiAe[. Em outro livro de mem8rias & este do escritor >aul Lautaud, noRournal Littraire & o ensaista e cronista recordava uma recep!%o na casa de :me. 0ehanin, numdomino de novembro de "=+/, em que, ap8s o 'antar, [a senhorita :arcelle 0ehanin, acompanhada ao

    piano por sua m%e, dan!ou para n8s o ca2e&al2, o matchice etc. E ainda antes da >rimeira @rande@uerra, enquanto @eores 3ourteline dedicava uma de suas pequenas cenas cOmicas ao diloo de suas

    parisienses a discutir futilidades como infidelidade dos maridos, festas e o maAiAe, o poeta Rean ichepin& seundo revelava o cronista lvaro :orera em "=" & provocava a cademia 7rancesa com umaconferncia sobre o tano e o maAiAe. 9ema que, alis, aproveitaria loo a seuir numa pe!a teatralescrita em parceria com a mulher, :me. ichepin.

    0esaparecimento radual 5o Brasil, o maAiAe, sob esse nome ou disfar!ado s vezes por outras denomina!Zes (como a desamba, tal como se comprova ouvindo a eAecu!%o de >elo 9elefone pela Banda deon em "="aulo, entoarsem saber o canto de cisne do nero pensando tratar&se de novidade em matria de sambaJ [5ocompasso* 0o samba eu disfar!o* cansa!o* Roana debaiAo do bra!o* 3arreadinho de amor* Fou quevou...[.

    L$n!$ai voc quer morrerIuando morrer, morramos 'untosIue eu quero ver como cabem

    5uma cova dois defuntos[(sto^Bom, lundu de ]isto Bahia)

    >rimeiro nero musical brasileiro, considerado a mais sensual dan!a brasileira, o lundu suriu dafus%o de elementos musicais de oriens branca e nera, tornando&se o primeiro nero afro&brasileiro da

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    can!%o popular. ealmente, essa intera!%o de melodia e harmonia de inspira!%o europia com a rGtmicaafricana se constituiria em um dos mais fascinantes aspectos da mQsica brasileira. -ituado, pois, nasraGzes de forma!%o dos nossos neros afros, processo que culminaria com o advento do samba, o lundufoi oriinalmente uma dan!a sensual praticada por neros e mulatos em rodas de batuque, s8 se fiAandocomo can!%o no final do sculo ]F. ssim, a referncia mais remota encontrada sobre o lundu&mQsicaest na Fiola de Lereno, coletVnea de composi!Zes de 0ominos 3aldas Barbosa, publicada em >ortualem "aula Brito), Eu 5%o @osto de utro mor(>adre 9eles) e nde Fai, -enhor >ereira de :orais (0ominos da ocha :ussuruna).

    :as o rande nome do lundu s8 suriria no final do sculo ]] na fiura do ator, cantor ecompositor baiano ]isto Bahia (""&"=), mais afamado do que Laurindo abelo ("#;&";), o >oetaLaartiAa, tambm cultor do nero que o antecedeu nas rodas musicais do io de Raneiro. -%o de ]istoBahia os lundus 3amale%o, 3anto de -ururina, Nomem, >escador, >reta :ina e o clebre sto ^Bom, mQsica ravada no primeiro disco brasileiro. 3om o aparecimento de outros neros afro&brasileiros

    mais eApressivos, o lundu saiu de moda no come!o do sculo ]].

    Bai:o termo Bai%o possui vrias defini!Zes de diferentes autores e estudiosos do assunto. nalisemosalumasJ >ereira da 3osta , citado pelo folclorista 3Vmara 3ascudo em seu dicionrio, diz que baiano dan!arasada lasciva, movimentada, ao som de canto pr8prio, com letras e acompanhamento a viola e pandeiro,e oriinrio dos africanos. 0iz ser uma transforma!%o das suas dan!as nacionais como o maracatu e o

    batuque. utra defini!%o mostrada por 3ascudo a de -ilvio omero. >ara ele baiano dan!a e mQsica ao

    mesmo tempo. 0a eAecu!%o fazem parte dan!arinos e tocadores de viola. s fiurantes (dan!arinos) e ostocadores improvisam o tempo todo. omero descreve ainda a kMmbiadak, que um modo de envolvermais e mais brincantes durante a dan!a. -obre a oriem do baiano, omero o considera produto domesti!oW a transforma!%o do maracatu africano das dan!as selvaens e do fado portuus. 3Vmara 3ascudo d outro eAemplo do termo Bai%o como uma dan!a, com as palavras de luGsiolves . 3onta que [o convite a dan!ar era feito pelo tocador que, requebrando&se, fazia uma cortesia comoum kcumprimento abertok, e o primeiro contemplado punha&se a dan!ar, convidando outros ao 'oar olen!o da sorte.[ ssim vinham muitos dan!ar o Bai%o. utro a considerar o Bai%o (o mesmo que baiano) como uma parte do samba foi o -r. RQlio :onteiro, tambm mencionado por 3ascudo em seu dicionrio. E fala ainda sobre outro tipo de convite dan!a,que era atravs de estalos de dedos 'oados em dire!%o quem se quer chamar para a dan!a.

    3ascudo ressalta que, entre os cantadores sertane'os o Bai%o n%o canto nem dan!a . ^ uma breveintrodu!%o musical, eAecutada antes do [desafio[ , antes do debate vocal entre os dois cantadores. -%ochamados tambm de ro'%o, ou ro'%o de viola, mais comumente. 3olhemos a defini!%o de Luiz @onzaa , que fala do Bai%o em entrevista dada 9ri2 de -ouza.>ara @onzaa o Bai%o corresponde no sert%o, ao samba na cidade rande.

    3omentrio de Luiz @onzaaJ [Iuando toquei Bai%o para o Numberto 9eiAeira, suriu a idia de fazer um nero novo. Bai%o 'eAistia como coisa do folclore. 9irei o Bai%o baseado no bo'o da viola do cantador, quando ele faz otempero para entrar na cantoria. 0 aquela cadncia e aquela batida no bo'o da viola. -eria mais ou

    menos semelhante toada de ceos. Mns dizem que Bai%o vem de baiano, outros que vem de baGa rande,Bai%o. 0aG o baiano que saiu cantando pelo sert%o deiAou l a batida e os cantadores do nordeste ficaramcom a cadncia do Bai%o. :as n%o tinha uma mQsica que caracterizasse ele, com letra pr8pria nem nada.Era uma coisa que se falavaJ [0 um Bai%o aG...[ E alum cantavaJ [R apanhei minha viola* ' afinei o

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    meu bord%o ... nham nham .... nham nham...[ 9inha s8 o tempero, que era um prelQdio da cantoria. ^aquilo que o cantador faz quando come!a a pontear a viola, esperando a inspira!%o.[ defini!%o de @onzaa, essa descrita h pouco, era a forma clssica conhecida por 3Vmara3ascudo. :as, se analisarmos mais profundamente, podemos perceber que essa vis%o de 3ascudo paracom o Bai%o muito restrita. Bai%o seue por outros caminhos, e como outros autores ' citaramanteriormente, Bai%o tambm canto, dan!a e instrumental. que n%o deve acontecer vermos o Bai%o apenas como uma coisa limitada, e foi isso que Luiz@onzaa fez como veremos mais adiante.

    t "=;, o Bai%o talvez fosse uma manifesta!%o nordestina apenas da Bahia para cima , poisencontravam&se referncias somente em -eripe, >araGba, >ernambuco, io @rande do 5orte, 3ear e:aranh%o, s8 mais tarde, (na dcada de +) o Bai%o come!ou a ser conhecido no sul e sudeste do paGs,virou moda mesmo. E como conta 3Vmara 3ascudo, a partir de "=; o rande sanfoneiro Luiz @onzaado 5ascimento, pernambucano de EAQ, nascido em "="#, divulou pelas esta!Zes de rdio do io deRaneiro o Bai%o. Era uma nova fase para o Bai%o, que deiAava de ser apenas eAecutado durante as festas(casamentos, batizados, etc.) do sert%o nordestino, e passava a ser conhecido e apreciado em todo Brasilcomo dan!a. >assava de simples dan!a do interior, a um dos principais e preferidos neros musicais

    brasileiros, com luar de destaque nas eAecu!Zes radiofOnicas nas melhores rdios. Luiz @onzaa ravou a mQsica, com mesmo nome do nero, que o levaria a ser o principal artistado nordeste brasileiro. principal cantador, e contador das hist8rias do povo do nordeste. mQsica

    Bai%o foi ravada, em "=;.

    Bai:outoresJ Luiz @onzaa*Numberto 9eiAeira.

    Eu vou mostrar pra vocs3omo se dan!a o Bai%oE quem quiser aprender^ favor prestar aten!%o:orena, cheue pra c

    Bem 'unto ao meu cora!%oora s8 me seuir>ois eu vou dan!ar o Bai%oEu ' dancei balanc3hameo, samba e Aerm:as o Bai%o tem um quIue as outras dan!as n%o tmIuem quiser s8 dizer>ois eu com satisfa!%oFou dan!ar cantando o Bai%oEu ' cantei no >ar

    9oquei sanfona em Belm3antei l no 3earE sei o que me convm>or isso eu quero afirmar3om toda convic!%oIue sou doido pelo Bai%o.

    -eundo uma estratia que seria retomada anos mais tarde pela turma da bossa nova, com[0esafinado[, [Bai%o[ era o verdadeiro manifesto de uma nova mQsica, ou, mais precisamente, de umnovo nero inventado por @onzaa e 9eiAeira. ^ claro que o bai%o que Luiz @onzaa ravou n%o o mesmo que se ouvia no sculo passado. 9udo

    tem uma evolu!%o e, a partir disso, concordo com a professora Elba amalho que, comparando o Bai%ode @onzaa com a defini!%o de 3ascudo sobre a mQsica dos cantadores, diz queJ [o entendimento sercomplicado para a maioria da popula!%o do paGs, que conectar o mundo do Bai%o com o tipo de mQsicaravada por LuGs @onzaa[ Iuer dizer, difGcil ho'e em dia n%o ter a imaem do Bai%o como umamQsica de Luiz @onzaa. @onzaa depois que ravou o [Bai%o[, o nero se tornou febre nacional,

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    fazendo com que esse ritmo se tornasse quase que uma idia do sanfoneiro, ou se'a, quando se ouve Bai%oimediatamente se associa mQsica de Luiz @onzaa. 9oda a referencial do nero vem da mQsica de@onzaa e n%o do Bai%o dos cantadores de viola, que tem rande diferen!a. 0o mesmo modo que o Bai%o vem evoluindo ao lono dos anos, ele se modifica de uma rei%o paraoutra. 3laro que essa diferen!a entre reiZes pequena, principalmente ho'e, por causa da for!a dosmeios de comunica!%o que nos passam novas informa!Zes rapidamente. Em minutos ou seundos

    podemos saber o que est acontecendo do outro lado do mundo, a televis%o nos proporciona at, umadivula!%o imediata de acontecimentos lonGnquos. internet outra fonte de informa!%o com essa

    for!a. -e formos procurar mais autenticidade, ho'e se diz que possGvel encontr&la ainda no Estado de>ernambuco. s pernambucanos s%o considerados especialistas no assunto. como eAplica aldons(sanfoneiro cearense), quando diz que, um dos Qnicos luares onde ainda podemos encontrar o Bai%o [pduro[ mesmo, em >ernambuco. EAplicado, talvez, pela influncia da mQsica de Luiz @onzaa naquelarei%o, como refor!a o sanfoneiro 0ominuinhos J

    [ luar ho'e em dia onde se encontra o Bai%o como manifesta!%o mais autntica em >ernambuco.^ >ernambuco porque, inclusive @onzaa era de l, e continua sendo... at alumas bandas que tocam lcontinuam fazendo o 7orr8 autntico, do @onzaa, e mais perto do Bai%o, por causa do conhecimentodeles. E a 'un!%o de ritmos de >ernambuco a mais rica possGvel, eles misturam o maracatu, o bumba,reisado, tudoW as bandinhas de pGfaros, que s%o as maiores riquezas, da coisa de p&de&serra mesmo a

    bandinha de pifano, com dois pGfaros, zabumba, prato, que o ritmo mais ostoso. -e voc tocar 7orr8com o ritmista de uma banda de pGfaros a maior riqueza que voc tem, lindo.[ 9alvez porque @onzaa fosse de >ernambuco ele acha que ainda se encontre forr8 autntico por l e,

    por isso tenha se sustentado um pouco mais. 9ambm pela mistura de ritmos que eAiste naquela rei%o.:as, de certo modo, ele acha que tanto faz uma banda de um luar ou de outro, do interior ou da capital.s diferen!as s%o poucas, porque como afirma 0ominuinhos [eles v%o tocar o que escutam no rdio[.0ominuinhos se contradiz ao afirmar isso, pois, se ele acha que n%o eAiste diferen!a das bandas dointerior pra bandas da capital, ent%o como encontramos o bai%o autnticoS >ara ele ho'e em dia ainda n%o apareceu nada de novo depois de @onzaa, tudo copiado e citacomo eAemplo a mQsica baiana. >ara ele o maior problema do 7orr8 a falta de aten!%o da mGdia, peloverdadeiro 7orr8 (qual o verdadeiro 7orr8S). [-e a mGdia se incomodar em eAecutar o 7orr8 como

    eAecuta outras mQsicas, o 7orr8 vira a mesa de um dia pro outro. 5%o tenha nem dQvida[. 5a poca ("=;) @onzaa quis dar ao Bai%o uma nova roupaem e, para isso, enriqueceu o con'untoreional urbano com o con'unto tradicional do nordesteW acordeon, zabumba e triVnulo. Ele precisava deuma banda nos moldes, ou se'a, adaptvel s necessidades radiofOnicas do nero. instrumento de Luiz @onzaa era a sanfona, e quando resolveu fazer o Bai%o nada mais naturalus&la para compor o con'unto para a eAecu!%o do Bai%o. -8 mais tarde, veio a idia do zabumba , que eleconheceu nas bandas de [esquenta mui[ ou bandas de couro no sert%o. @onzaa se dizia um bomzabumbeiro. Iuando moleque era o zabumba que ele tocava nas bandinhas de pGfaros. triVnulo suriumais tarde. [...quando um dia em ecife, passou um menino vendendo cavaco chins, com aquele tubo nascostas e tocando triVnulo, tinuilim, tinuilin, tinuilin... num ritmo danado. chei que dava certo com ozabumba e fiquei loo apaiAonado, fiquei doido... quis at comprar o triVnulo do menino...[ Bai%o transformou&se, no inGcio da dcada de "=/+ em ritmo internacional de massa (o bai%oinstrumental 0elicado, eAecutado ao cavaquinho por seu autor aldir zevedo, receberia versZesorquestrais dos maestros norte&americanos -tan genton e >erc 7aith), contribuindo mesmo para amen!%o especial mQsica no filme 3anaceiro, de Lima Barreto, no 7estival de 3annes, na fran!a, em"=/$. >assando ent%o a sofrer no eAterior a concorrncia de imita!Zes desvirtuadas ( Bai%o de na,cantado por -ilvana :aano no filme italiano rroz maro, "==, de @iuseppe de -antis, era de autoresitalianos, F. oman e 7. @ionda), e no pr8prio Brasil, a do ritmo do roc2knkroll, que viria a dominar omercado internacional na dcada de "=;+, o bai%o sai de moda para fiurar apenas, sem maior destaque,entre os neros cultivados nos forr8s.

    t o advento da Bossa 5ova, foi o nero brasileiro mais influente no eAterior & as pesquisas deritmos latino&americanos feitas pelos produtores discorficos nos E.M.. incluGram o bai%o & e randessucessos internacionais, como -ave 9he Last 0ance 7or :e, de 0oc >omus e :ort -human ("=;+),lan!ada pelo rupo 9he 0rifters, tm marca!%o rGtmica de bai%o, inclusive utilizando o triVnulo.

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    pr8prio pop&roc2 inls tipificado pelos Beatles tem uma forte influncia do bai%o em suamarca!%o rGtmica, bastando conferir rava!Zes de sucessos como -he Loves 6ou, de Rohn Lennon e >aul:c3artne ("=;$).

    O Bre,a oriem discutidaJ h quem dia que o nome vem dos prostGbulos nordestinos em que esse tipo demQsica era usado para embalar os romances de aluuel. fato que, desde o come!o da dcada de +, a

    palavra brea vem sendo usada para desinar a mQsica de mau osto, eralmente feita para as camadaspopulares, com eAaeros de dramaticidade e*ou letras de uma insuportvel inenuidade. oriem destaramifica!%o indese'ada da :>B, ho'e al!ada condi!%o de quase&nero, pode ser encontrada nos anos$+, em Ficente 3elestino e suas tricas can!Zes em forma de operetaJ ^brio (mQsica&tema dotorturado filme estrelado por ele e diriido por sua mulher, @ilda de breu) e 3ora!%o :aterno (ravada

    por 3aetano Feloso no aue da 9ropiclia, pouco tempo antes da morte de Ficente).5as dcadas seuintes, o samba&can!%o e o bolero levariam adiante essa esttica, principalmente

    quando cantados pelas vozes empostadas de artistas como rlando 0ias (viQvo que desafoava a emo!%ono palco, acenando com o len!o branco para o pQblico), -ilvinho (de Esta 5oite Eu Iueria que o :undocabasse e :ulher @overnanta), 5elson @on!alves ( Folta do Bomio), nGsio -ilva, ltemar 0utra(abastecido pela dupla de compositores Rair morim e Evaldo @ouveia, de Iue Iueres 9u de :imS),

    aldic2 -oriano, (Eu 5%o -ou 3achorro 5%o), dilson amos (-onhar 3ontio), naldo 9im8teo,5elson 5ed, naldo aol e Lindomar 3astilho. :esmo 9eiAeirinha, cantor e compositor dedicado mQsica tradicional aQcha, obteve sua inscri!%o nesse clube ao ravar em "=;+ a dramtica 3ora!%o deLuto, uma narra!%o da morte da sua proenitora, que acabou sendo popularmente rebatizada de3hurrasquinho de :%e. Rovem @uarda, inadvertidamente, abriu caminho para novas modalidades musicais que desafiaramos padrZes de bom osto da classe mdia brasileira. nspirados pelas levadas de uitarra e as letras deromantismo primrio, mQsicos de todo o paGs resolveram embarcar naquela onda. Em ecife, apareceueinaldo ossi, lGder da banda 9he -ilver Rets, com a qual cheou a participar de aluns proramas daRovem @uarda. -eu primeiro sucesso em carreira solo foi >%o, que abriu caminho para uma srie deoutras mQsicas com estilo muito pr8prio, que o tornaram um dos artistas mais populares do 5ordeste a

    partir do come!o dos anos

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    -eiAas inauurou nos anos ara aluns estudiosos, o [bumba[ vem do som da zabumba, mas, para outros,trata&se de uma inter'ei!%o, que daria eApress%o sentidos vrios como [Famos, meu boi[, [\enta,meu boi[ ou [Bate, meu boi[. boi, fiura central do auto, eralmente feito com uma arma!%o de cip8 coberta de chita, rande o

    bastante para que um homem a vista. cabe!a que pode ser feita de papel%o ou com a pr8pria caveira doanimal. 5a encena!%o, a lenda pode ser contada de vrias formas, mas a hist8ria bsica a da escrava3atirina (ou 3atarina), rvida, que pede ao marido 3hico (ou >ai 7rancisco) para que mate o boi mais

    bonito da fazenda porque quer comer a sua lGnua. Ele atende ao dese'o da mulher e preso pelo seufeitor, que tenta a todo custo ressuscitar o boi, com a a'uda de curandeiros. Boi revivido, tudo acaba emfesta. utros personaens podem entrar na hist8ria para dan!ar, dependendo do tipo de boiJ Basti%o,rlequim, >astorinha, 9urtuqu, o enenheiro, o padre, o mdico, o diabo etc, todos quase sempre

    interpretados por homens, que se travestem para compor os personaens femininos.

    7esta em >arintins -ufocado pelos avan!os dos meios de comunica!%o, o boi fica cada vez mais restrito s comunidadesrurais e pesqueiras que ainda conseuem preservar suas tradi!Zes. 5o entanto, ele uma festividade

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    muito popular em -%o LuGs do :aranh%o, para onde vrios rupos do estado (aluns fortes, como o Boi:adre 0eus e o Boi :aracan%) converem na poca 'unina e desfilam por toda a cidade. 5o entanto, esse

    boi ainda n%o supera em pQblico o que acontece anualmente, nos dias #, #= e $+ de 'unho, na cidade de>arintins (mazonas, a #+ 2m de :anaus), quando o boi 3aprichoso (de cor azul, fundado em "="$ porLindolfo :onteverde) e o @arantido (de cor vermelha, fundado em "=" por Ros 7urtado Belm eEmGdio odriues Fieira) desfilam no bumb8dromo da cidade para um pQblico que, entre locais eturistas, chea a reunir mais de /+ mil pessoas. Levado para a mazOnia por imirantes maranhenses que foram no sculo ]] atrs dos lucros da

    borracha, esse boi anhou o nome de boi&bumb, sofreu influncias indGenas e andinas e come!ou a sairao som da chamada toada amazOnica. competi!%o profissional entre 3aprichoso e @arantido come!ouem "=;;, e desde ent%o s8 fez anhar requintes de espetculo (um desfile parecido com o das Escolas de-amba do io, com raio laser e o som amplificado de instrumentos eletrOnicos) que transformou o Boi de>arintins na mais famosa manifesta!%o folcl8rica da rei%o 5orte, patrocinada por indQstrias de bebidas.

    @ra!as ao desfile amazOnico, o boi pode erar em "==; o seu primeiro artista popJ a eA&banda deforr8 3arrapicho, que foi sucesso no Brasil e na 7ran!a (levado pelo ator >atric2 Bruel) com a mQsica 9ic9ic 9ac. @ravado por 7af de Belm e pela cantora de aA :rcia 7reire, a mQsica Fermelho (hino do@arantido, composto por 3hico da -ilva) tambm teve rande Aito, abrindo caminho para artistas de>arintins, como os levantadores de toada rlindo RQnior e 0avid ssaa.

    #aipiras cantos reliiosos dos 'esuGtas e as modinhas trazidas pelos portuueses colonizadores misturaram&se mQsica e dan!a dos Gndios senhores das terras recm&descobertas. 0aG suriram neros que seenraizaram especialmente na rei%o sudeste, depois no sul e centro&oeste do paGs, interando a que ficouconhecida como [mQsica caipira[, como os catiras e cururus, as toadas e modas de viola. viola cavadanum tronco de rvore, com cordas feitas de tripas de animais, e depois de arame, foi sacramentada, nacultura rural, como seu instrumento&base. Entre as palavras do Brasil colonial suridas do tupi e damistura do idioma indGena com o portuus est%o, por eAemplo, [caipira[, 'un!%o de caa (mato) com pir(que corta), e cururu, que veio de curuzu ou curu, que era como os Gndios tentavam dizer cruz.

    3atequistas se moviampra provar o seu amoraos nativos que temiamo estranho invasormas ouvindo o som maviosode uma viola a solu!aro selvaem, cauteloso,espreitava, a escutar.(ssim 5asceu o 3ururu, 3ap. 7urtado e Laureano)

    cururu nasceu, pois, dos cantos reliiosos marcados por batidas de p. 0as festas ao redor dos

    orat8rios anhou os terreiros, nos acontecimentos sociais das fazendas e vilas. 5os anos $+, :rio dendrade via'ou pelo interior paulista, nas suas pesquisas, e observou que no mdio&9iet cururu eradesafio improvisado, uma espcie de [combate potico[ entre violeiros&cantadores, iniciado comsauda!Zes aos santos. 0essa forma ele ainda resiste em cidades como >iracicaba, -orocaba, 9iet,3onchas e tapetinina & a chamada rei%o cururueira do estado. Entre os cururueiros mais famosos dodisco est%o os irm%os Fieira e Fieirinha, de ta'obi, -> (o seundo, morto em "==+), que brilharam nosanos /+. catira ou cateret suriu de uma dan!a indGena, o caateret, tambm adotada nos cultos cat8licosdos prim8rdios da coloniza!%o. s bases mais s8lidas de seu reino se estabeleceram em -%o >aulo e:inas @erais. 3om solos de viola e coro, acompanhados de sapateado e palmeado, ele come!a com umamoda de viola, entremeada por solos, e evolui para uma coreorafia simples mas bastante rGtmica.

    clGmaA, no final, o [recortado[, com viola, coro, palmeados, sapateados e muita anima!%o. catira ocora!%o de festas populares como as 7olias de eis e as de -%o @on!alo, ho'e particularmente eApressivasno interior mineiro. Entre randes catireiros est%o 9onico e 9inoco (o primeiro, morto em "==), quereistraram incontveis sucessos nos anos + e /+. tualmente, entre os novos&caipiras, o mineiro 3hicoLobo violeiro&cantador que domina essa velha arte.

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    fandano, por sua vez, nasceu como dan!a viorosa de tropeiros que o aprenderam no eAtremo suldo paGs, com seus coleas uruuaios. -ofreu modifica!Zes nas diversas reiZes onde cheou e ainda cultivado em aluns nQcleos por todo o paGs, como no litoral paranaense. esultante da mistura da mQsicados brancos da ro!a com a dos neros escravos, o calano firmou&se especialmente no io de Raneirorural e em :inas @erais. :artinho da Fila, fluminense de 0uas Barras, compOs e ravou aluns bonscalan