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O DEVER DE UMA RAINHA Disponibilização e Revisão Inicial: Mimi Revisão Final: Angéllica Gênero: Ménage / Realeza

Dara Tulen - O Dever de Uma Rainha

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livro de Dara Tulen

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  • O DEVER DE UMA RAINHA

    Disponibilizao e Reviso Inicial: Mimi

    Reviso Final: Angllica

    Gnero: Mnage / Realeza

  • Pgina 2

    Astrid de Grey Stones sempre foi uma filha obediente, assim quando os invasores

    vm, matando seu povo e devastando suas terras, ela faz a nica que pode para proteger

    o seu povo... Ela concorda em se casar com o filho de seu inimigo e unir seu povo.

    Embora encontre o prncipe Oliver atraente, deseja ficar com seu amante, Jonas

    o homem que ela sempre pensou que iria se casar. Mas uma princesa deve sempre fazer o

    seu dever, por isso com o corao pesado, que ela se casa com Oliver.

    No entanto Jonas pede uma coisa de Astrid. Para estar ao seu lado como seu

    protetor. Ela concorda deixar seu amor por ele, mas logo fica claro que ser mais difcil

    do que pensava ter Jonas ao seu lado e no ser capaz de toc-lo, o prncipe Oliver

    surpreende Astrid. Este prncipe no to brbaro como ela pensou que fosse e se

    pergunta se seu casamento no vai ser to ruim quanto tinha assumido. Mas ela ser

    capaz de manter o seu amor por Jonas escondido de seu novo marido? E h alguma

    chance de que ela no precise salvar-se apenas para um homem?

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    COMENTRIOS DA REVISOCOMENTRIOS DA REVISOCOMENTRIOS DA REVISOCOMENTRIOS DA REVISO

    MIMIMIMIMIMIMIMI

    Eu quero um dever desse. Pode me forar ao casamento j!!!!!! Gsus que a mulher

    tem uma sorte do CA@#$#$@!!!! Curto, mas gostosinho. Eu quero gelo pra refrescar!!!!

    angllicaangllicaangllicaangllica

    Que marido este? Todo fofo, compreensivo e ainda te presenteia com um

    amante?! Isto foi quente e muito curto.

    Mas t valendo! kkkkkkkk

  • Pgina 4

    Para Astrid de Grey Stones, sua ilha era o seu mundo. A filha nica do rei Iain, ela era

    sua herdeira, e, como tal, foi treinada nas artes do combate, diplomacia e estratgia, todos os

    quais foi informada de que precisava para proteger seu povo. O que ningum tinha previsto

    era que seria necessrio muito mais do que os trs para salvar as pessoas de Grey Stones.

    Com seus cachos por do sol laranja e olhos cinzentos esfumaados, Astrid era a

    prpria imagem de sua amada me, a rainha que eles disseram ter nascido de fogo e

    cinzas. A princesa era to sbia, gentil e forte como era bonita e muitos homens queriam

    ganhar a mo dela, embora apenas um j tivesse segurado seus favores. Astrid sempre

    acreditou que ele seria o nico que ela escolheria para estar ao lado dela para sempre, e se as

    coisas tivessem permanecido as mesmas, ele talvez tivesse sido. Mas, no vero de seu dcimo

    nono aniversrio, os invasores vieram.

    As pessoas lutaram com tudo o que tinham, a guerra feroz atravs do calor do vero e

    no frio do inverno. Nenhuma famlia foi deixada intocada. Quando o rei foi ferido na costa

    oriental um ano aps o incio da guerra em primeiro lugar, Astrid interveio. Quando o

    primeiro dia do vero amanheceu, a princesa aproximou-se dos invasores com os termos da

    rendio. O dia do seu nascimento seria o fim da guerra.

    E por isso seria um casamento entre o prncipe conquistador e a herdeira do Povo de

    Grey Stones. Ela o viu naquele dia, no campo de batalha quando ele aceitou a aliana. Ele

    estava perto de sua idade, talvez alguns anos mais velho, e bonito, ela sups. Era alto, mais

    ainda do que o amante de Astrid, que era o mais alto de seu povo. Com cabelos e olhos azuis

    do campo de flores azul-preto, a colorao do prncipe Oliver no era como a de seu Jonas,

    que tinha olhos to negros como o carvo e o cabelo da cor do trigo. O prncipe foi, ela tinha

    ouvido falar, um homem honrado e digno, aquele quem a companhia ela provavelmente

    desfrutaria. Se no tivesse sido por Jonas, Astrid poderia ter tido uma maior valorizao para

    a partida. Como era, ela no hesitou em seu dever. No podia colocar seu corao acima do

    bem de seu povo.

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    Jonas abriu a porta de sua casa antes dela ainda bater. Ele estava esperando por ela

    voltar da reunio. O casamento era para ser no pr do sol na noite seguinte. O regime tinha

    sido colocado em movimento imediatamente, aps a aliana ter sido atingida. Atrasos

    poderiam ser vistos como uma tentativa de vacilar no compromisso. Isso tambm pode

    permitir que o outro lado mude de ideia. Astrid sabia que no podia permitir que isso

    acontecesse. Na primeira luz, os preparativos iriam comear e iria viajar a partir da aldeia da

    costa, onde a cerimnia seria realizada vista do seus povos, fazendo a Ilha de Grey Stones

    uma parte de seu imprio.

    O peso do seu sacrifcio pesava sobre ela quando passou por Jonas, sem uma

    palavra. Ela havia passado muitos dias e noites neste lugar, mas viu-se olhando ao redor com

    novos olhos. A sala principal parecia a mesma de sempre. A grosso modo, cadeiras de mesa

    esculpidas e correspondentes na frente de um fogo baixo em chamas. A noite de vero estava

    quente, mas mida o suficiente para precisar das chamas. Um banco que o pai de Jonas tinha

    feito sentou de um lado e um tapete feito de pele de um urso cobria parte do piso de

    madeira. Ela sabia que havia dois quartos fora este, aquele em que os pais de Jonas tinham

    dormido, at que a doena do sono deles tinha tomado os dois, quatro veres atrs. O outro

    quarto foi onde Jonas e seus cinco irmos e trs irms tinham crescido. Os que tinham

    sobrevivido at a idade adulta tinham suas prprias casas.

    "Est feito?" Jonas quebrou o silncio com uma pergunta simples.

    Sim est. Astrid virou-se para encar-lo. Ele sabia, claro, o que ela tinha a inteno

    de fazer.

    Ela sempre pensou em si mesma como uma mulher forte. No chorou quando a me e

    o irmo beb tinham morrido quatorze invernos atrs. Ela no havia derramado uma lgrima

    quando recebeu sua ma'sgi, as marcas que mostram o incio de sua formao, ou a ka'sgi mais

    elaborado e doloroso quando ela tinha completado. Sua deciso tinha sido firme na noite que

    tinha escolhido Jonas como seu deleon, aquele que faria dela uma mulher. Ela mostrou a

    mesma determinao, quando tinha feito sua deciso de entrar em um contrato de casamento

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    com o prncipe Oliver. Por que, ento, ela encontrou lgrimas picando os olhos com o

    pensamento de esta ser sua ltima noite com Jonas?

    "Eu tenho um favor a pedir, minha princesa." No havia zombaria no discurso de

    Jonas. Embora nunca o tinha tratado como qualquer coisa, alm de seu igual, ele sempre

    manteve a deferncia para ela. Ele s usou, no entanto, quando estava falando srio sobre

    alguma coisa.

    Isso quase quebrou seu corao ouvi-lo falar assim, mas nunca iria desonr-lo,

    recusando-se a reconhecer a sua solicitao. Se isto estava em seu poder para lhe dar, ela

    decidiu, iria faz-lo.

    "Pea." Seus dedos flexionaram sob seu manto, a nica indicao de seu tumulto

    interior.

    "O seu prncipe ir lev-la de volta sua terra, para mostrar ao seu povo a sua nova

    rainha."

    Ela assentiu. Sim. Seu corao deu um toque especial. Quando criana, ela tinha

    uma vez sonhado em viajar para terras distantes, mas agora que tinha conseguido o seu

    desejo, encontrou-se disposta a negoci-lo para ficar no meio do seu povo, para ficar com

    ele. "Partimos para a sua terra, aps a cerimnia ser concluda."

    A expresso de dor cruzou o rosto de Jonas, mas desapareceu rapidamente. Ele

    entendeu a necessidade de que tinha sido feito. Ele a amava, ela sabia, mas era um guerreiro

    em primeiro lugar, um da elite que tinha ganhado as marcaes intrincadas do da'na'sgi.

    "Este o meu pedido, minha princesa. Gostaria de viajar para sua nova terra como parte de

    sua corte, para guardar e proteg-la."

    "Jonas." Sua voz quase quebrou. Ela no podia conceder-lhe isso. No podia lev-lo

    com ela.

    Ele a conhecia bem e mostrou o conhecimento em seus olhos. Desceu em um

    joelho. "Minha princesa, eu te prometo, sobre a honra da minha famlia, uma vez que esteja

    casada, eu nunca vou olhar para voc como nada, alm da minha rainha. S peo que no me

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    separe de voc. Eu posso suportar nunca tocar em voc de novo, mas no posso viver sem

    saber do seu bem-estar. Permita-me servi-la."

    Astrid deu um passo a frente, os dedos habilmente trabalhando para desatar os laos

    em sua capa. Ela sabia o que estava prestes a dizer, no era a deciso mais sbia, mas tinha

    sido forte por tanto tempo, sua determinao foi enfraquecida pelo o que ia fazer. Se tivesse

    Jonas com ela, poderia continuar a ser forte. Mesmo que no pudesse toc-lo, saber que ele

    estava l seria o suficiente.

    Ela olhou para ele e tomou seu rosto entre as mos. Aquele rosto familiar que havia

    conhecido h muitos anos. Ela no podia perd-lo, mas se ele pedisse, iria deix-lo ir. "Jonas,

    como o meu amor, eu no deveria concordar com isso, mas como sua princesa e sua futura

    rainha, terei prazer em conceder-lhe, meu maior guerreiro, um lugar na minha corte como

    minha guarda pessoal."

    Ela viu a expresso de alvio no rosto por um momento, antes de tomar sua boca com

    a dela. Seus braos deslizaram sob seu manto e ela sentiu seus lbios se contorcerem com

    surpresa, enquanto suas mos se moviam atravs da pele nua. Ela mudou-se com ele quando

    levantou, no querendo separar-se dele um momento. Puxando-a para ele, o calor de seu

    corpo em chamas atravs da tnica fina e calas, e ela podia senti-lo endurecer contra seu

    quadril. Desejo queimou em sua barriga e ela entreabriu os lbios com a lngua. Ele fez um

    som parecido com um grunhido e caminhou de volta, at que ela sentiu a mesa contra suas

    costas.

    Jonas a levantou ento, colocando-a sobre a borda da mesa, de modo que eles estavam

    perto da mesma altura. Ele empurrou a capa dos ombros, deixando as mos arrastarem para

    baixo sobre os braos, traando os padres familiares de sua ma'sgi. Ela inclinou a cabea

    para trs, enquanto sua boca quebrou da dela e comeou a se mover ao longo de sua

    mandbula e para baixo de sua garganta. Os msculos de seus ombros agruparam sob suas

    mos, e ela podia sentir sua tenso quando ele beijou seu caminho at o pescoo. Ela sabia o

    que ele queria, e uma parte dela queria isso tambm. Entre as pessoas de Grey Stones, era

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    costume marcar corpos de seus amantes com a boca e as unhas durante os momentos de

    paixo. As marcas significavam muitas coisas. Habilidade de prazer. A possessividade

    mtua. Lembretes para os amantes ao estarem separados.

    O corao de Astrid doeu quando Jonas se conteve. Ela tinha sido honesta com o

    prncipe em afinidade a vista das relaes entre homens e mulheres de seu povo, mas para

    chegar ao seu leito conjugal, com seu corpo tendo a prova de outra paixo seria uma grande

    desonra. Ela puxou a tnica de Jonas, de repente ansiosa para sentir sua pele nua sob suas

    mos. Ele pode no ser capaz de marc-la, mas ela iria deix-lo com os sinais de seu amor.

    Sua tnica caiu no cho, enquanto suas mos se moviam sobre os seus seios fartos, a

    boca adorando a sua carne macia. Sua lngua circulou o mamilo marrom plido e Astrid

    cravou as unhas em seus ombros. Sentiu-o ofegar, em seguida, tomar a carne sensvel entre

    os lbios. Sua cabea caiu para trs, um gemido escapou de seus lbios, enquanto desejo

    explodiu dentro dela. Ele sugou seus seios, cada puxo de sua boca provocando uma nova

    onda de fogo lambendo atravs de cada centmetro de seu corpo.

    As mos de Jonas deslizaram sobre seus lados at os quadris e puxou-a para a borda

    da mesa. Ela levantou a cabea, olhando para ele quando foi para seus joelhos

    novamente. Desta vez, no houve submisso em seus olhos, apenas calor. Ele tomou seu

    tempo, passando as mos sobre as pernas, at as coxas. Colocou beijos no interior das coxas,

    evitando o lugar que ela mais queria sua boca. Quando ele finalmente parou a provocao,

    seu corpo inteiro estava tenso com antecipao. A primeira passagem de sua lngua a fez

    gritar. Suas costas arquearam quando ele pressionou sua boca contra a dela, a lngua devagar

    e cuidadosamente beijando o lugar mais privado. A onda de prazer a fez cair para trs e

    apenas com as mos nos quadris a mantinha no lugar. Ela se contorcia, enquanto sua boca

    tomou mais uma vez, deixando seu corpo tremendo e formigando, dolorido por mais.

    "Jonas, meu amor." Ela engasgou.

    Ele se ergueu em seguida e levantou-a nos braos. Quando a baixou para o tapete, a

    pele de urso esfregou contra sua pele sensvel, fazendo-a gemer. Ela abriu as pernas, e ele se

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    estabeleceu em cima dela. Quando ele entrou, envolveu suas pernas ao redor dele e puxou-o

    para dentro dela, segurou-o contra ela. Nunca se sentiu to completa como fez quando ele

    estava dentro dela. Seus corpos se moviam juntos, suor penteava reluzente na pele luz do

    fogo bruxuleante. Como sempre foi quando eles estavam juntos, os deveres e encargos de

    suas posies desapareceram, deixando-os apenas e a mais antiga das danas.

    Ela manteve sua promessa para si mesma, sua boca sugando em sua pele at que a

    carne escureceu, seus dentes mordiscando a garganta e os ombros, suas unhas arranhando

    sobre sua da'na'sgi, at que seu corpo estremeceu com o esforo para continuar a conduzir

    dentro dela. Ele tomou seu mamilo na boca e comeou a chupar, deixando a presso

    construir at que ela estava esticada, desesperada por sua libertao. Ele mordeu e arrancou

    um grito de sua garganta quando um raio a atingiu. Segurou-a quando seu corpo ficou

    rgido, seus quadris movendo-se ligeiramente para tirar o prazer dela. Da mesma forma que

    se tornou muito, ele se retirou dela e ela forou seus olhos abertos. Seu olhar estava em seu

    rosto quando ele moveu a mo sobre si mesmo, terminando sua prpria libertao. Sua

    semente derramou sobre a mo, quando o nome dela caiu de seus lbios.

    Eles se renem mais de uma vez naquela noite, ela sabia, mas ele apenas iria acabar na

    mo dele, a mo dela ou a boca. Ela no podia arriscar a vir com uma criana que no fosse

    do prncipe, no importa o quanto desejava sentir Jonas gozar dentro dela, seus corpos

    chegando a esse lugar de xtase juntos uma ltima vez.

    Acordou antes que o sol se levantasse, mas manteve-se nos braos de Jonas. Eles

    haviam adormecido de frente para o outro e agora ela estudou seu rosto, livre de

    preocupao em seu sono. Sabia que iria v-lo novamente, agora que iria acompanh-la, mas

    no seria o mesmo. Ela no seria capaz de v-lo dormir, toc-lo. Seu corpo era to familiar

    para ela como o seu prprio, e seria proibido para ela, uma vez que deixasse aqui. Conhecia a

    histria de cada marca.

    A fina linha branca que cortava de sua tmpora para sua mandbula tinha vindo de

    uma lmina de um assaltante. Ele tinha rido apenas dez invernos de idade, muito jovem para

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    ir com os homens, quando lutou contra o Povo das guas que vieram a cada poucos veres,

    mas ele tinha tomado a espada, quando um assaltante perdido aventurou-se no interior da

    aldeia. O homem a tinha agarrado, com a inteno de lev-la como o povo de guas, como

    tinha feito com outras mulheres ao longo da histria. Jonas tinha lutado com o homem e

    matou-o, mas tinha sido ferido mal o suficiente para que o curador temesse que ele iria

    perder seu olho.

    O da'na'sgi que cobria suas costas tinha sido o ltimo rito de passagem para um

    compromisso de se tornar os guerreiros de elite, que serviram ao lado do rei. Ele tinha sido o

    mais jovem a iniciar o treinamento, com a voz ainda elevada. Ainda assim, no tinha se

    encolhido quando a primeira das marcas pretas tinham sido dadas. Ele completou a sua

    formao mais rpido do que qualquer um em sua histria, o seu da'na'sgi concludo no

    dcimo sexto inverno aps seu nascimento. Ela recebeu seu ma'sgi no mesmo dia e que

    deram sua dor juntos, seus olhos se encontraram.

    Em seu ombro direito foi um caminho de pele branca, ligeiramente levantada, o

    resultado de uma flecha entregue por um dos invasores, no incio da guerra. Ela tomou-o e

    limpou o ferimento por si mesma. Jonas ficara furioso que ela cuidou dele, antes de permitir

    que o curador cuidasse do corte em suas costas. Ela ainda no tinha visto, mas Jonas tinha

    traado para ela, dizendo-lhe como cortar seu ka'sgi de seu ombro at a base de suas costelas.

    Se tivesse sido mais profundo, nem o curandeiro poderia t-la ajudado.

    Havia outras cicatrizes com histrias. Quatro queimaduras circulares sobre seu

    estmago, onde invasores lhe torturaram antes disso, a faanha que tinha lhe rendido o ka'sgi

    que havia resgatado. Numerosas pequenas cicatrizes em suas mos e pulsos de sua

    formao. As suas eram mais numerosas do que as dela, mas eles usavam todos elas com

    orgulho. Trs marcas de garras no seu antebrao do urso cuja pele agora estava.

    Seus olhos se abriram, mas nenhum dos dois falou. Eles ainda iriam falar e estar perto

    um do outro, mas esta era a sua verdadeira despedida, e sabiam que no havia palavras. Ela

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    descansou a mo em seu rosto e ele fez o mesmo com ela, seu polegar roando o canto da

    boca. Eles permaneceram l at os primeiros raios de luz do dia chegar.

    Astrid manteve os olhos para frente, quando seu pai acompanhou-a at a costa. Atrs

    dela estavam o Povo de Grey Stones, todos vestidos com o seu melhor. No importa os seus

    sentimentos sobre o que tinham feito, eles no derramaram uma lgrima e que apoiariam

    esta unio. Ela era a sua princesa, e que iriam honrar seus desejos. Mesmo o homem cujo

    corao estava sofrendo tanto quanto ela prpria.

    Ao darem a volta na curva, viu os navios que trouxeram os invasores da ilha, os que a

    levariam e ao poucos escolhidos de novo. Exrcitos do prncipe estavam nos navios, apenas

    alguns cobriam a praia. Ela no tinha certeza se isso era uma demonstrao de respeito, que

    no estavam exibindo a maior fora que eles tinham conquistado, ou se estava insultando-a,

    lembrando-lhe que mesmo estes poucos a segurariam sua promessa.

    Quando o olhar dela veio finalmente para descansar sobre si Prncipe Oliver, decidiu

    que ele havia tomado sua deciso por respeito. Ela estudou-o quando apresentou seus

    termos, sbio o suficiente para saber que, apesar dela seguir adiante, no importa o qu,

    precisava saber que tipo de homem iria prometer-se. Agora, viu o mesmo homem esperando

    por ela. Seu porte no realizou um trao de arrogncia ou malcia. Ela quis saber por que

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    ento ele tinha vindo para a ilha, mas o motivo no era mais importante, s que seu povo iria

    viver e ser bem tratado.

    Ele estendeu a mo para ela quando se aproximou e viu que seus olhos claros eram

    mais quentes do que esperava. Seu pai colocou a mo no prncipe e depois recuou. Astrid

    podia ver a dor do pai e sabia que era apenas em parte devido sua leso. Ele protestou

    contra a unio, que ele sabia que era o melhor para o seu povo. Seu corao sempre foi do

    tenro.

    Astrid havia solicitado que a cerimnia fosse feita do jeito de seu povo, em seguida, na

    tradio do prncipe, vinculando-os por ambas os povos. Ela tinha sido agradavelmente

    surpreendida, quando ele tinha concordado. Agora, o Mais Velho do Povo se moveu para

    ficar ao lado do homem, o prncipe havia escolhido para conduzir o seu ritual. Ela permitiu

    que as palavras flussem sobre ela, respondendo automaticamente como lhe tinham

    ensinado. Prncipe Oliver seguiu seu exemplo e respondeu na mesma moeda, seu sotaque

    estranho transformavam as palavras em algo desconhecido. O Povo de Grey Stones e os

    invasores compartilhavam uma lngua comum, embora eles falassem com um ritmo e

    pronncia diferente. Quando a primeira cerimnia foi completa, o homem do prncipe

    comeou, e foi a vez de Astrid fazer o que o prncipe tinha feito. Sua lngua queria tropear

    nas palavras, mas ela ficou forte.

    Em seguida, foi terminado e o prncipe estava inclinando a cabea na direo dela. Ela

    se preparou para o que estava por vir. Sua boca era suave sobre a dela, seus lbios

    demorando apenas um momento antes dele se endireitar. Astrid piscou, a nica reao a sua

    descrena. No importa o quo honrado ela ouviu que o prncipe era, no esperava um beijo

    como aquele. Alianas de casamento eram temidas no meio do seu povo, alimentadas por

    histrias do passado, onde suas mulheres foram levadas contra sua vontade, foradas a

    exibies de submisso, no menos do que foi o beijo de vedao.

    O Prncipe Oliver inclinou-se ligeiramente sobre a sua mo e, em seguida, virou-se

    para as pessoas que assistiam a cerimnia. Sua voz soou, a voz de um lder clara e

  • Pgina 13

    forte. "Prestem seu testemunho aqui, que Astrid, Princesa de Grey Stones tem sido tomada

    como minha esposa. Nossas terras e nossos povos esto sempre unidos como ela e eu

    estamos unidos. Nossos filhos vo governar tanto a minha terra e a dela, duas naes

    reunidas atravs desta unio, com todos os privilgios e responsabilidades de ambos. Vocs

    nunca precisaro temer os invasores sobre as guas, como os meus navios so agora

    seus. Aqui comea uma nova vida para todos ns."

    O povo do prncipe aplaudiu e, depois de um momento, o Povo de Grey Stones fez

    tambm. Uma onda de orgulho a encheu. Seu povo no permitiria que isso os

    derrotassem. Eles iriam honr-la como sua rainha, assim como sempre tinha pretendido. Isso

    no importa para eles quem compartilhou sua cama. Ela era sua princesa e que seriam leais a

    ela, curvando-se um joelho quando pedisse e pronto para lutar novamente, se ela assim o

    desejasse.

    Lembrou-se da pequena festa que se seguiu, s que a comida e bebida fluram. Seu

    povo lentamente se misturava com o do prncipe, sua animosidade gradualmente sendo

    superada por sua lealdade aos seus sditos. Foi gratificante ver que o povo do prncipe

    serviu com amor e admirao, e no de medo. Ela tinha esperana nessa aliana.

    O Prncipe Oliver ficou ao lado dela, envolvendo-a em uma conversa sobre sua

    famlia, sua vida. Seu interesse parecia genuno e ela retribuiu com perguntas suas

    prprias. Ele prontamente respondeu-lhes com uma abertura, que ela encontrou

    refrescante. Ela procurou cada palavra para alguma medida de engano e no achou. Ou ele

    era muito hbil em enganar aqueles em torno dele, ou era um homem cuja companhia ela

    sentiu que poderia desfrutar. No havia nada do fogo e a paixo que sentia por Jonas, mas

    no parecia que ela seria to miservel quanto temia. Ainda assim, sentiu o olhar de Jonas

    sobre ela o tempo todo e levou tudo o que tinha para no voltar a ele.

    "Prncipe Oliver." O homem que realizou a cerimnia colocou a mo no ombro do

    prncipe. "Se estamos navegando com a mar, temos de nos preparar para partir."

    O Prncipe assentiu uma vez e, em seguida, virou-se para Astrid. "Est na hora."

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    Ela respirou fundo e forou um sorriso. "Sim, meu prncipe. Devo dizer as minhas

    despedidas e reunir aqueles que iro nos acompanhar."

    Ele lhe deu um sorriso suave. Por um momento, ela pensou que ele iria dizer mais

    alguma coisa, mas inclinou a cabea e se afastou. Ela observou-o ir por um momento. Houve,

    ao que parece, mais ao marido do que parecia.

    Astrid no tinha certeza do que deveria fazer agora. Ela e sua corte tinham embarcado

    no navio que o prncipe tinha chamado de The Lady's Ransom, e uma vez que ela os tinha

    visto resolvidos abaixo do convs, o Prncipe Oliver tinha mostrado seus aposentos, e depois

    disse que iria voltar aps a consulta com o Capito. Ela nunca tinha estado a bordo de um

    navio, antes, somente os pequenos barcos que seu povo utilizava ao redor da ilha. Os

    aposentos do prncipe eram do tamanho da sala principal de sua casa, na ilha, a cama contra

    a parede o dobro do tamanho dela. Os mveis foram mais ricos do que qualquer coisa que

    ela j tinha visto, e, pela primeira vez, se perguntou como a vida dela como rainha de uma

    terra estrangeira seria.

    A porta se abriu e ela se virou, balanando quando o movimento do navio debaixo

    dela a jogou fora o equilbrio. Ela no ficou doente como tinha ouvido que alguns fizeram,

    mas no gostou da desorientao. Seu aborrecimento deve ter mostrado em seu rosto,

    porque, quando o Prncipe entrou no quarto, ele franziu a testa.

  • Pgina 15

    "H algo de errado?"

    Astrid respirou profundamente pelo nariz, em seguida, atravs de sua boca. Ela no

    queria que o Prncipe pensasse que era ingrata pela aliana. "S me acostumando ao navio,

    meu Prncipe."

    O Prncipe Oliver fechou a porta e atravessou a sala, at que ele estava ao alcance do

    brao. "Eu no sou o seu Prncipe, Astrid. Sou seu marido. E quero que voc me chame de

    Oliver, se lhe agrada."

    Ela no conseguia disfarar sua surpresa.

    O Prncipe... Oliver... estendeu a mo e tirou uma mecha do rosto. "Eu no desejo

    subjug-la, mas sim um igual. Voc no vai curvar um joelho para ningum."

    Astrid inclinou a cabea para esconder a emoo passando sobre seu rosto. Ela no

    esperava isso. O melhor que esperava era do Prncipe ser gentil. "Meu Prncipe."

    "Oliver, por favor." Ele enganchou o dedo sob o queixo e levantou a cabea para que

    seus olhos se encontrassem. "Agora, minha Princesa." Ele sorriu, enquanto continuava. "Ns

    temos que tomar uma deciso."

    Astrid franziu o cenho. Que deciso poderia ser? Se eles no tivessem feito todos os

    seus arranjos antes da cerimnia?

    "Embora eu nunca iria pedir uma senhora para fazer qualquer coisa, com a qual ela

    no esteja confortvel, eu sei que o meu povo no estar verdadeiramente em repouso com a

    nossa aliana, at que haja prova da consumao do casamento."

    Uma criana. Astrid assentiu. Ela tambm sabia que seu povo no iria aceitar a verdade

    do casamento, at que a criana nascesse. Ela podia, acreditava, que pediria-lhe para esperar,

    mas ela sabia que se o fizesse, a tentao sempre existiria para continuar a adiar o

    inevitvel. Ela alcanou o lao no ombro direito e puxou a corda, deixando o tecido macio de

    vestido cair ao topo de seus seios. Sem dizer uma palavra, tirou o segundo lao e seu vestido

    agrupou ao redor de seus ps.

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    Ela esperava que as mos em seus seios, entre as pernas fosse spera. Que ele a

    colocasse na cama, talvez nem mesmo retirando sua roupa estranha, e montasse-a. O que ela

    no esperava era o olhar de espanto no rosto, o calor em seus olhos que falou de um desejo

    diferente do que desejo de propriedade. Ele no a tocou, ainda no, s olhou. Ela viu seus

    olhos se arregalarem quando viram seu ma'sgi.

    "Eu no sabia..." Ele fez um gesto para seus braos.

    "Eles so ma'sgi." Disse ela em voz baixa. "Quando comecei a treinar para liderar o

    Povo de Grey Stones, recebi minhas primeiras marcas." Ela virou-se. "E recebi o meu ka'sgi

    quando terminei a minha formao."

    Ela prendeu a respirao quando sentiu seus dedos traarem, e no suas marcas, mas

    sua cicatriz.

    "Di?" Sua voz estava mais perto do que tinha sido antes.

    Ela balanou a cabea. Suas mos se moveram para os ombros e deslizaram nos

    braos para descansar em seus cotovelos.

    "..." Sua voz vacilou. "Isso aconteceu...?"

    Ela sabia o que ele estava perguntando e respondeu honestamente. "Sim. um

    resultado da guerra. "

    Seus lbios tocaram seu ombro e uma fasca passou por ela, fazendo-a ofegar. No

    tinha pensado em reagir ao seu toque. Foi s fsica, nenhuma das emoes que veio com o

    toque de Jonas. Ainda assim, pensou que poderia ser o suficiente.

    Quando ele tirou as mos, virou-se para encontr-lo tirando a camisa. Ela observou em

    silncio enquanto ele revelou, um torso muscular firme. Sua pele no era to marcada como

    Jonas, mas quando se inclinou para tirar as calas, ela viu um emaranhado de cicatrizes em

    suas costas. Ela sabia o que fez essas marcas, mas no sabia quem se atreveria a chicotear um

    prncipe.

    Ela no perguntou, mas quando ele se endireitou, ofereceu uma explicao. "Meu pai

    no tm a amabilidade de minhas reservas sobre a vinda para a ilha."

  • Pgina 17

    Os olhos de Astrid se arregalaram.

    "Eu no disse isso por sua piedade, apenas para que voc saiba que no vim de nimo

    leve." Ele pegou a mo dela. "Outra vez, vou te dizer tudo o que leva a nossa reunio. Essa

    noite, porm, quero fazer voc minha Rainha." Ele fez uma pausa, depois continuou. "Se voc

    no se opor."

    Astrid se sentou na beirada da cama e se empurrou de volta para ao centro. O tecido

    sob suas mos foi mais suave do que qualquer outro que havia sentido antes. As crianas de

    sua aldeia iriam adorar. Talvez essa unio fizesse mais por seu povo, do que apenas o topo

    da guerra. Ela recostou-se nos cotovelos e abriu as pernas. No estava pronta e, a partir do

    que viu, nem ele, mas iriam fazer isso acontecer. Ela tinha visto o seu desejo, sentiu a

    resposta fsica do seu corpo para ele.

    Seu toque era hesitante no incio, mas ela podia ver que ele estava apenas preocupado

    com a reao dela, no que no soubesse o que queria. No havia nada da confiana que ela e

    Jonas tinham experimentado a sua primeira vez, a garantia de saber que seu toque era bem-

    vindo.

    Aos poucos, porm, ela e Oliver mediram reaes, viram rostos e corpos de seus

    parceiros. Quando Oliver respirou quando Astrid raspou os dentes sobre um mamilo

    plano. A forma como a respirao gaguejou quando apertou seus lbios contra esse ponto

    abaixo da orelha. Quando ele finalmente entrou, ela estava molhada e tremendo. Ele era

    gentil, mas podia sentir a fora que estava segurando. A fora que prometia algo com uma

    borda, algo como os laos primordiais que ela e Jonas tinham experimentado aps uma feroz

    batalha ou uma sesso de treinamento empolgante.

    A onda de prazer a pegou de surpresa quando o prncipe revirou os quadris e escovou

    algo dentro dela, que nunca havia sentido antes. Gritou, mordendo o lbio para no dizer um

    nome. Ela no podia chamar Jonas e no queria chamar Oliver. Os quadris do prncipe

    puxaram contra ela, e seu corpo ficou rgido em seus braos. A respirao de Astrid gaguejou

    quando sentiu seu marido esvaziar-se dentro dela.

  • Pgina 18

    Lgrimas queimaram em suas plpebras e ela piscou-as de volta. No iria chorar. Era a

    princesa Astrid de Grey Stones, uma guerreira. Ela forou para baixo as emoes que

    ameaavam domin-la. Quando o prncipe levantou a cabea de seu peito, seus olhos eram

    claros e ela estava mais uma vez no controle.

    O movimento do navio embalou-a para dormir, mas uma sacudida rasgou-a no

    muito tempo depois. Luar transmitia brilhante atravs da janela da cabine e Oliver dormia ao

    seu lado. A necessidade de sentir o vento em seu rosto era forte, e ela caiu da cama. Sua

    roupa tinha sido embalada longe por suas donzelas, que adormeceram em seus prprios

    quartos. Ela no queria perturbar o prncipe e ento pegou o vestido do cho, e colocou-

    o. No se incomodou com as sandlias, preferindo a sensao da madeira spera sob seus ps

    quando deixou a cabine.

    O cheiro de sal era forte, e o cheiro a fazia triste. Melancolicamente, pensou dos

    pinheiros grossos que cercavam sua aldeia. Isso, pensou, estaria atrs dela para sempre. O

    futuro dever conter muitas coisas, mas os pinheiros frescos no estariam entre eles. O vento

    soprava o seu vestido em torno de suas pernas, enquanto ela caminhava para a grade. O mar

    se acalmou e ela descobriu que o movimento foi mais suave agora.

    Astrid fechou os olhos, deixando a nvoa das guas esfri-la. Quanto tempo ela ficou

    de p, no sabia, s que sentiu uma presena atrs dela, um momento antes de um manto

    familiar ser cado sobre os ombros, trazendo consigo o cheiro de casa.

    "Seu vestido est encharcado." A voz de Jonas era baixa. "A menos que a minha

    Princesa deseje que a tripulao veja seu corpo, um manto seria sbio."

    Ela olhou para baixo e viu a forma como o tecido molhado aderia s suas curvas. Calor

    subiu para suas bochechas e ela puxou o manto mais firmemente em torno dela. Isso foi uma

    tolice dela. Ela se virou para Jonas e encontrou-o de p fora do seu alcance. Uma mistura de

    dor e culpa passou por ela sabendo que havia mentido para ningum, no cometeu

    verdadeira traio. Ela se comprometeu ao Prncipe, mas sabia que isso para o arranjo que

  • Pgina 19

    era. Ela no permitiu que seus pensamentos transformassem a forma como o seu corpo

    reagiu ao toque do Prncipe.

    "Ser que ele te machucou?" Jonas perguntou, suas mos apertando ao seu lado, como

    se isso fosse a nica maneira de manter-se de toc-la.

    Ela balanou a cabea. "No. Ele um homem gentil. H muitos contos de sua vida

    que o levaram para as nossas costas. Ele ainda pode vir a ser mais honroso do que eu tinha

    esperana de ousar."

    Por um longo momento, Jonas no disse nada, seus olhos negros e

    ilegveis. Finalmente, ele falou. "Espero que ele seja um homem, minha princesa."

    Astrid tremeu, o frio de suas roupas molhadas de repente chegando a ela.

    "Voc tem que voltar para seus aposentos, minha Princesa. No seria bom voc ficar

    doente em sua noite de npcias." Jonas estendeu o brao com uma pequena

    reverncia. "Depois de voc."

    Assim que Astrid deu um passo, o barco balanou, jogando-a fora de equilbrio. Ela

    tropeou e Jonas a pegou. Ela olhou para cima, com os rostos to prximos que podia

    distinguir entre os dois tons de preto em seus olhos. Ela podia sentir seu corao sob as

    palmas das mos, batendo to violentamente como o dela prprio. Ele soltou um juramento

    baixo e recuou rapidamente, quase fazendo-a cair. Nenhum dos dois falou quando ele a

    seguiu de volta at seus aposentos. Isto, Astrid temia, seria mais difcil do que qualquer um

    deles tinha antecipado.

  • Pgina 20

    O sol estava a pino quando Oliver se aproximou de Astrid, enquanto ela estava no

    parapeito, olhando para o oeste. Sua donzela ficou em silncio enquanto ele se

    aproximava. Elas estavam falando ao seu redor, com a esperana de distra-la de suas

    circunstncias.

    "Uma palavra, minha Princesa?" Ele perguntou educadamente, se um pouco tenso.

    "Claro, meu Prncipe." Astrid olhou para o trio de amigas de infncia. "Todas vocs

    esto dispensadas." Ela lanou os olhos em Jonas e fez sinal para ele sair de perto. Seu rosto

    permaneceu impassvel enquanto ele se movia para trs. Ela voltou sua ateno para o

    Prncipe.

    "Astrid." Comeou ele. "Se eu perguntar algo voc vai responder em verdade?"

    Ela considerou a questo com cuidado antes de responder. "Sim, Oliver. Vou ser

    sincera com voc. Eu prometo, sempre. "

    "Voc trouxe um guarda, porque temia por sua vida?"

    "No." Respondeu Astrid. "Eu confio em voc, meu Prncipe, e meu marido, para

    honrar a sua promessa de me proteger."

    "Voc trouxe-o para ser seu amante?" No havia raiva nos olhos de Oliver, apenas

    uma tristeza que causou a Astrid uma pontada.

  • Pgina 21

    Ela balanou a cabea. "No, Oliver, eu falo de verdade. verdade que Jonas tinha

    sido meu amante, mas no seria uma afronta voc, em minha vida. Ele pediu um favor para

    mim, me acompanhar, cuidar de mim quando voc no possa."

    "Voc o ama ainda?"

    Astrid sabia que ela tinha uma escolha a fazer. Poderia quebrar sua promessa e mentir,

    trair Jonas e, possivelmente, salvar a vida de ambos, ou poderia arriscar tudo em sua crena

    de que Oliver era um bom homem. Ela escolheu a segunda opo. "Eu amei Jonas, desde que

    eu era uma menina e ele salvou a minha vida. Se vocs no tivessem chegado ilha, ele teria

    sido o meu escolhido. Mas, meu Prncipe, vou honrar minha promessa de ser sua para

    sempre. Voc um homem forte, gentil e honrado. Eu realmente acredito que, com o tempo,

    eu possa te amar."

    Oliver olhou para ela como se estivesse procurando uma resposta. Quando ele falou,

    no podia determinar a natureza das suas palavras. "V para a cabine. Eu estarei l em

    breve."

    Queria perguntar o que aconteceria, se ele enviaria Jonas a distncia, se o marido

    mataria seu amor. Ela no fez embora. Era uma Princesa. Manteve a cabea erguida enquanto

    caminhava de volta aos seus aposentos. Uma vez l dentro, estava no centro da sala, sem

    saber o que deveria fazer.

    A temporada parecia passar enquanto ela esperava. Quando a porta se abriu, ela

    estava lutando contra um arrepio gelado que queria assumir. Quando Jonas entrou, ela fez

    um pequeno som de surpresa. Ento Oliver seguiu, e ela percebeu que Jonas parecia estar to

    confuso quanto ela se sentia.

    "Se ambos de vocs sentarem-se." Disse Oliver. Ele no parecia chateado. "Eu gostaria

    de oferecer uma explicao, e, talvez, uma soluo."

    Astrid sentou-se no tronco, ao p da cama. Jonas pegou o banco estreito sua

    frente. Oliver permaneceu de p.

  • Pgina 22

    "Na noite passada, Astrid viu as cicatrizes nas minhas costas a partir de quando o meu

    pai me bateu por expressar a minha discordncia sobre invadir sua ilha."

    Astrid ficou intrigada. Isso era sobre o que ele queria falar? Ela no entendeu.

    "Quando eu ainda me recusei a liderar a invaso, o meu pai levou a mulher que me

    cuidou e me criou aps a morte de minha me. Ele a torturou e matou, mostrando-me seu

    corpo quando ele tinha acabado e dizendo-me o que ele tinha feito. Ele, ento, me disse que

    tinha levado a filha da mulher, e se eu no fizesse o que pediu, iria fazer pior para essa

    criana, que ainda no tinha visto seu dcimo terceiro vero. As coisas que ele disse que faria

    com ela..." Ele estremeceu. "Eu no gostaria disso ao meu maior inimigo." Ele passou a mo

    pelo cabelo. "Eu o teria matado em seguida, se no tivesse tido um de seus homens me

    tornando inconsciente. Quando acordei, eu estava aqui neste navio, navegando para a sua

    ilha. Ao Capito tinha sido dado ordens para no retornar, at que a ilha fosse

    conquistada. Ele , voc v, o irmo da menina, que meu pai tem. Muitos dos meus homens

    lutaram para proteger os membros de suas famlias."

    "Eu... eu..." Astrid no sabia como responder revelao.

    Oliver levantou a mo. "Eu te digo isso, porque quero que voc entenda que no fiz

    nada disso para ganho egosta, e assim voc vai saber que a minha proposta tambm vem de

    um lugar honesto."

    O corao de Astrid comeou a bater mais rpido.

    "Na minha mo, os reis de antigamente escreveram uma lei para permitir-lhes manter

    o casamento por motivos polticos, mantendo um relacionamento com um amante,

    particularmente aquele que lhe deu filhos."

    Ela no entendeu. Foi Oliver dizendo que queria uma amante?

    "A forma como a lei foi escrita, no entanto, est aberta interpretao. Isso no

    especifica que o terceiro ser do sexo feminino."

    "Meu Prncipe?" Astrid tentou sufocar a esperana selvagem que floresceu dentro

    dela. "O que voc est dizendo? Eu no entendi."

  • Pgina 23

    Oliver deu um sorriso. "Se Jonas consentir, eu gostaria que ele se tornasse o nosso

    terceiro. Ele no ter nenhum ttulo real, e todas as crianas seriam produzidas, em todos os

    sentidos, aceitas. Ele vai ser o seu segundo marido."

    A boca de Astrid caiu. Ele no deve estar falando srio. Isto no podia ser verdade.

    "Eu no posso dissolver o nosso casamento e, se sou honesto, no desejo isso. Mas no

    posso permitir um relacionamento escondido, nem eu quero te causar a dor de estar alm do

    que voc ama. H uma cerimnia e uma promessa que ns trs podemos tomar, de que

    seremos leais uns aos outros e que dois nunca negligenciaram o terceiro, mas tratar a todos

    como igualmente casados com todos os direitos e privilgios."

    Seria possvel? Astrid no podia ousar acreditar.

    "O que voc diria?" Oliver se virou para ela. "Voc est disposta a ficar comigo, confiar

    em mim como seu marido em todos os sentidos, e aceitar Jonas como nosso terceiro?"

    Pela primeira vez em sua vida, Astrid no confiava em si mesma para falar. Ela

    balanou a cabea, em seguida, virou-se de Oliver para Jonas.

    "Eu vou." Sua voz era rouca, os olhos escuros incrdulos.

    O rosto de Oliver se iluminou. "Ento vou buscar o Capito e duas testemunhas. Philip

    ir realizar a cerimnia de uma s vez, para que possamos ser unidos, antes de chegarmos a

    minha... A nossa terra. Meu pai iria tentar nos deter. Se isto tiver sido consumado antes de

    chegarmos, as leis da nossa terra vo impedi-lo de desfaz-lo."

    Sua cabea ainda estava girando enquanto estava entre seu marido e seu amante,

    jurando na presena das testemunhas a ser fiel a esses homens como eles foram fiis a ela e

    uns aos outros. Ela esperou por algum lhe dizer que tinha havido um engano, que ela no

    poderia ter ambos, a paz para o seu povo e manter Jonas, mas isso no aconteceu. O chefe

    tomou suas mos e colocou uma em cima da outra. S quando ele comeou a falar as

    palavras finais da ligao, que ela se atreveu a olhar para longe do Capito. Olhou primeiro

    para Oliver e encontrou-o a olhando, com os olhos brilhantes como um cu da manh de

    vero. Ela sustentou o olhar por um momento, em seguida, virou-se para Jonas. Ele tambm

  • Pgina 24

    tinha seus olhos sobre ela, com o rosto to cheio de esperana, que o corao de Astrid

    contraiu.

    Ela ficou surpresa com o quo natural, tudo parecia. Uma vez que o Capito e as

    testemunhas partiram, Astrid sabia o que precisava vir em seguida. Sem dizer uma palavra,

    ela puxou o vestido pela cabea e foi a cama. At o momento que se virou para os homens de

    novo, eles derramaram suas roupas tambm. Ficaram no final da cama, to semelhantes e to

    diferentes. Ela olhou para Oliver na prxima etapa. Ela no sabia o que estava para vir com

    ela primeiro. Ele inclinou a cabea e ela compreendeu.

    Ela estendeu a mo para Jonas e ele veio para ela, seu corpo j duro e esperando. Isso,

    ela sabia, no era o momento para toques remanescentes. Havia uma urgncia alm de

    apenas as necessidades de seus corpos. Eles teriam uma vida juntos, os trs, para aprender

    tudo o que havia para saber sobre o outro. No momento, eles no teriam o luxo.

    Jonas suspirou quando afundou-se nela e Astrid fechou os olhos, deixando que seu

    corpo absorvesse a sensao de plenitude. Ela estava molhada, mas no havia nenhuma

    outra preparao e ele era to grosso. Seus dentes afundaram em seu lbio inferior, abafando

    o gemido que queria fugir. Ela no sabia se poderia expressar seu prazer em sentir Jonas

    dentro dela mais uma vez.

    "No se reprima." Disse Oliver baixinho.

    Astrid sentiu a mo do Prncipe escovar sobre o seu cabelo e abriu os olhos para

    encontr-lo olhando para ela.

    "Ns trs estamos unidos. No h cimes entre ns. Queremos apenas o que bom

    para o outro."

    Ela viu ento que ele estava tocando-se, movendo lentamente sua mo, quando ele se

    sentou na beirada da cama. Em seguida, Jonas comeou a empurrar dentro dela, e no queria

    mais pensar. Tinha dito a Oliver que confiava nele. Agora iria mostr-lo. Quando Jonas a

    encheu uma e outra vez, ela deixou-se ir. Gemeu quando as fascas familiares comearam a

  • Pgina 25

    disparar atravs de seu corpo. Sua boca cobriu a dela e bebeu dele, suas lnguas torceram

    juntas, mesmo quando seus corpos uniram.

    Quando um par de dedos danaram em seu peito, Astrid suspirou, percebendo que

    eles no eram os dedos de Jonas, mas de Oliver. Ele gentilmente apertou seu mamilo e ela

    rasgou a boca de Jonas, clamando quando sua libertao veio. O Prncipe continuou a puxar

    em sua carne sensvel, enviando arrepios de prazer atravs dela, e os lbios de Jonas

    arrastaram pelo pescoo. Quando ele comeou a chupar a pele na base da garganta, Astrid

    estremeceu, uma nova onda lavando sobre ela. Ela cravou as unhas em suas costas, as novas

    marcas juntando as antigas.

    "Astrid." A voz de Jonas era tensa.

    Oliver entendeu o que estava acontecendo antes de Astrid fazer. "Voc pode terminar

    dentro dela, como eu quero."

    Astrid no queria que Jonas recusasse, e assim ela mordeu seu ombro. Ele gritou seu

    nome enquanto empurrou profundamente, derramando sua semente dentro dela quando o

    segurou para ela. Eles ficaram juntos por um momento, enquanto ela mordeu a carne em sua

    boca, at que sabia que sua pele iria suportar a evidncia de sua boca por muitos dias que

    viriam.

    Ela estremeceu quando ele se retirou dela, seu eixo amolecido acariciando suas

    paredes sensveis. Mesmo quando ele saiu de cima dela, estava estendendo a mo para

    Oliver. Ele deslizou facilmente dentro dela, a diferena na sua masculinidade suficiente para

    estic-la em uma nova maneira. Gemeu quando seu corpo respondeu imediatamente. Os

    sentimentos que tinham estado diminuindo, repentinamente, voltando, o envio de um novo

    dilvio de sensaes sobre ela. Era como se o fogo lambesse atravs de sua pele, s que no

    doeu.

    Ela passou as mos nos braos musculosos de Oliver at a parte de trs do seu

    pescoo, puxando-o para baixo e que suas bocas se tocassem. Ela sentiu a surpresa dele de

    que tinha iniciado o beijo e sorriu, abrindo os lbios com a lngua. Explorou sua boca

  • Pgina 26

    lentamente, mesmo quando ele se moveu dentro dela. Comeou quando a mo de Jonas

    levou a de Astrid e colocou-a em suas costas, mas ele no fez nenhum movimento para

    protestar.

    "Marque-o, minha Princesa." A voz de Jonas era suave em seu ouvido. "Faa-o nosso."

    Quando Oliver revirou os quadris, fazendo contato com o mesmo local dentro de

    Astrid, seu corpo ficou tenso e ela passou as unhas pelas costas do prncipe. Ele arrancou sua

    boca da dela, seu grito misturando-se com os dela quando prazer tomou. Ele pulsava dentro

    dela, sua semente misturando com a de Jonas. Ela apertou em torno dele, tirando sua

    libertao, enquanto seus corpos se abalaram e seu mundo se tornou cinza.

    Ela acordou muito mais tarde, envolvida nos braos de seus amantes. Estava de costas

    contra Jonas, sua forma familiar enrolada sobre a dela. Oliver a encarava, seus braos em

    volta dela e Jonas, trs pares de pernas entrelaadas.

    "Vamos precisar nos vestir e ir ao convs em breve." Oliver quebrou o silncio. "Meu

    pai estar esperando por nossa chegada."

    O pensamento que tinha estado brincando na parte de trs da mente de Astrid a partir

    do momento que Oliver tinha lhe dito de violncia de seu pai veio para frente agora. Se a

    cerimnia de trs no tivesse acontecido, ela no achava que teria tido a coragem de falar,

    mas sabia agora que podia confiar no Prncipe, e que ela queria ajud-lo.

    "Meu Prncipe." Ela comeou lentamente. "Antes, quando voc falou de seu pai, tinha

    dito que o teria matado, a oportunidade."

    A expresso de Oliver ficou sria. "Teria sido imprudente, e muito provavelmente me

    custaria a vida, mas sim, que era o que eu pretendia. Meu pai um homem mau, mas ele tem

    seus amigos. Para eliminar o meu pai e sobreviver, preciso eliminar os nobres a quem est

    mais prximo, um feito que estou triste de dizer que eu sou incapaz de realizar."

    Astrid sentiu os braos de Jonas flexionaram em torno de sua cintura, e ela sabia que

    ele entendeu suas intenes. Sempre tinha sido assim entre eles, conhecendo os pensamentos

    do outro.

  • Pgina 27

    "Se eu pudesse fornecer meios para fazer o que precisa ser feito, voc aceitaria?"

    Oliver a estudou por um momento, antes de dar sua resposta.

    As pessoas realmente amavam seu Prncipe, Astrid tinha visto imediatamente. Eles

    tinham recebido ela e Jonas com amor e aceitao, no uma rejeio de seu arranjo. Em todos

    os lugares que viajaram, o povo aplaudiu e gritou elogios. Jonas ainda havia dito que as

    pessoas aqui amavam Oliver como o Povo de Grey Stones amava Astrid.

    Agora, quando ela ficou entre os maridos e olhou para o mar de pessoas abaixo deles,

    sabia que esta terra e a dela iriam florescer sob seu novo rei. Tinham tomado a mudana

    completa de uma lua, mas ela manteve sua promessa ao seu Prncipe. Seis dias se passaram

    desde que o rei e seus nobres tinham sucumbido a uma doena desconhecida, e que era hora

    do herdeiro ser coroado.

    Astrid e Jonas ligaram as mos enquanto observavam a coroa ser baixada na cabea de

    Oliver. A multido gritou em aprovao abaixo. Eles no sabiam ainda, mas logo teriam

    outro motivo para comemorar. A mo livre de Astrid pressionou contra sua barriga. Isso

    ainda era plano e ela ainda no tinha recebido a confirmao, mas sabia a verdade. Embora

    haveria outras crianas, as duas vidas que cresciam dentro dela agora reuniriam estas duas

  • Pgina 28

    naes. Ela quase podia v-los, um loiro, o outro com cachos da cor da asa de um corvo. Seus

    filhos.

    Era estranho, pensou, como algo que ela acreditava que iria roub-la de tudo o que

    sempre quis, a levou para o que ela realmente desejava. Isso, pensou ela, era apenas o

    comeo.

    FIM